SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
OPINIÃO
SALVADOR SÁBADO 31/8/2013A2
opiniao@grupoatarde.com.br
Participe desta página: e-mail: opiniao@grupoatarde.com.br
Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900
ESPAÇO DO LEITOR
Recadastramento do IPTU
Os imóveis que pagam IPTU estão cadastra-
dos, por que recadastrar? Por que não fazer
cadastramentodosquenãopagamoimposto?
Parece que a artimanha é escorchar aqueles
que cumprem suas obrigações. Os que não
pagam vão continuar sem existir para a pre-
feitura. Todo ano aumentam o IPTU, mesmo
sem qualquer melhoria nas vias públicas. Au-
mentar o valor dos imóveis, sobre os quais vai
incidirumataxasemumalógicaestabelecida,
é arrancar imposto e multas. Na época que
estamosdeprotestos,cabeumamanifestação
contra este golpe contra o bolso já tão es-
vaziado pelo poder público. AYRTON FARIA,
SALVADOR - BA, AYRTONFARIA@IG.COM.BR
Abaeté
As adversidades do ambiente costeiro, como
salinidade, ventos fortes e substrato arenoso,
impõem desafios à implantação de jardins e
áreas verdes na orla de Salvador; a prefeitura
(2000)implantouumviveironoParqueCosta
Azul, convênio Conder/Instituto de Biologia
(Ufba) para pesquisas: conhecimento da fi-
siologiaebiodiversidade,propagaçãodeplan-
tas de restinga, diversidade biológica, etc. –
orquídeas, bromélias, cactos, espécies vege-
taisarbustivasearbóreas,vegetaçãoaquática,
provenientes da área do Abaeté. Projeto de-
sativado na administração passada. A APA
Lagoas e Dunas do Abaeté foi criada pelo
Decreto Estadual nº 351, de 22/9/1987, e pro-
tegida pela Lei Federal nº 4.771, de 15/9/1965,
e pela Resolução nº 04, de 18/9/1985, do Co-
nama; ampliação do aeroporto e problemas
fundiários ameaçam essa rica área de pro-
teção ambiental. Os poderes constituídos de-
vem considerar imperativa sua preservação –
não cair na situação do Pituaçu e São Bar-
tolomeu, até porque a orla está prestes a re-
ceber a almejada e grande requalificação ur-
bano paisagística, o que seria sustentável.
THELMO GAVAZZA-TGAVAZZA@YAHOO.COM.BR
Os donos da terra
QuandoCabralaquichegou,osíndioseramos
donoseosprimeiroshabitantesdestaterrade
Santa Cruz. Com o progresso, tomaram-lhe as
terras,seusdireitoseoouro,masaindaassim,
nos dias atuais, lutam e exigem as delimi-
tações das terras que são suas e o governo não
lhes dá posse. Sem dúvida, índios também
têm razão em duvidar do governo, que coloca
a culpa na Justiça e nada resolve. Claro que
hoje estão civilizados, conhecem mais os seus
direitos,formando-seemprofessoreseatéem
direito e, como se sabe, Juruna, membro do
seu povo, já ocupou uma cadeira na Câmara
dos Deputados. Não acreditam no governo,
porqueéfalsoeomisso,prometemuitoenada
cumpre. Queixam-se de que houve mais de-
marcações no governo Collor e FHC do que no
atual. Razão pela qual, revoltados com a si-
tuação, invadem fazendas, gerando conflitos
com fazendeiros, como recentemente 40 ín-
dios invadiram nove fazendas na Bahia em
Buerarema, alegando serem terras legítimas
da nação indígena. HUGO ROCHA, SALVADOR
– BA, HUGOROCHA13@OI.COM.BR
Mais que os médicos
Ao se propor a enfrentar a precariedade da
saúde pública no País, o programa Mais Mé-
dicos está abrindo uma outra janela para a
discussão de uma questão importantíssima,
qual seja a da civilidade. O respeito ao outro,
a obrigação do Estado para com os mais ca-
rentes, a convivência com o diferente. Falo de
questões essenciais que parecem não estar
maisnoscurrículosdeescolas,sejampúblicas
sejam da rede privada no Brasil de hoje. Que
tal aproveitarmos a ocasião para enfrentar e
superar esta carência de formação para a ci-
dadania? ISADORA BROWNE RIBEIRO, SALVA-
DOR - BA, ISADORABROWNE@HOTMAIL.COM
Sugestão para o trânsito na orla
Perguntar não ofende, por que não fazem um
projeto cobrindo toda extensão do rio desde
o ex-combatente até o aeroclube, daria para
mais cinco faixas, cada lado com ciclovias,
como fez com o Imbuí, acabava o engarra-
famento e as muriçocas. WALTER LOPES, SAL-
VADOR - BA, SERINFORMATICA114@GMAIL.COM
Tapa na cara
O Legislativo acaba de dar uma tapa, não de
pelica,mascomamãosuja/asquerosa,nacara
dasociedadecidadã.Namelhordashipóteses,
serviu para “ratificar” sua atual índole re-
jeitada em passeatas País afora. O Executivo
já demonstrou sua posição populista/
sub-reptícia e escrachada em detrimento do
desenvolvimento do País (inflação, impostos,
pibinho, etc.) – o poder a qualquer custo. Em
tempos eleitorais, vale qualquer coisa; até
“pacto com o diabo”, como afirmou nossa
“presidenta”.Preocupaagora,noatualcenário
configuradopelosatuaisdetentoresdopoder,
a resposta do Judiciário. JOSÉ ROBERTO DE
LIMA MACHADO, LIMAMAC@UOL.COM.BR
Olhos vendados
Li uma matéria em um veículo de comu-
nicação de Minas intitulada: Brasil joga R$ 1
trilhão no lixo por ano com corrupção, des-
casoeincompetência.Nãomesurpreendeque
isso seja verdade, pois, enquanto a população
nãotivereducaçãoediscernimentoparavotar
de forma consciente, nunca deixaremos de
ser o País dos olhos vendados para a cor-
rupção, descaso e incompetência. ALEXAN-
DRE FELIPE, AFELIPE1982@YAHOO.COM.BR
Antonio Risério
Escritor
ariserio@terra.com.br
F
oi meu amigo Giovanni Soares quem
chamou minha atenção para recentes
entrevistas e declarações do sociólogo
suíço Jean Ziégler, hoje com 79 anos de
idade. Ziégler está deitando falação a pro-
pósito de seu novo livro, cujo título é uma
referência ao nosso Josué de Castro, que ele
considera “um dos maiores pensadores do
século XX”: Destruição em Massa: Geopo-
lítica da Fome.
Há anos eu não ouvia falar de Ziégler.
Ele passou um tempo aqui na Bahia, ain-
da na década de 1960, andando para ci-
ma e para baixo em companhia do an-
tropólogo Vivaldo da Costa Lima, que o
levava a feiras e festas – ou ao mercado
e ao terreiro. Naquela época, ele já era
conhecido como autor de livros relevan-
tes sobre as realidades negroafricanas, a
exemplo de Sociologie de la Nouvelle Afri-
que. Sua experiência baiana, devidamen-
te interpretada, foi se
gravar num livro
também muito inte-
ressante, O Poder
Africano, que eu cita-
va com frequência,
desde os escritos que
reuni em Carnaval
Ijexá.
Era um livro rico,
variado, inteligente e
provocador. Aborda-
va os mais diversos
temas e problemas,
da questão das rela-
ções entre democra-
cia ocidental e reale-
za africana ao poder dos orixás, passan-
do por leituras dos sistemas temporais
africanos. Sem deixar de parte, é claro, a
guerra de guerrilhas no continente ne-
gro. Ziégler contava, a propósito, um en-
contro com Che Guevara em Genebra,
numa noite de primavera, em 1964:
“Guevara acabara de descobrir a África.
Uma viagem rápida e a amizade de
Mohammed Babu, revolucionário do
Zanzibar, haviam-lhe desvendado de sú-
bito a realidade do combate planetário
contra os imperialismos. Por detrás das
janelas envidraçadas do Hotel Intercon-
tinental já ia se erguendo a alvorada.
Metido em sua roupa de brim verde-oliva
e fumando um charuto depois do outro,
Guevara não parava de falar. Uma de suas
frases gravou-se em meu espírito de ma-
neira especial: ‘Agarras um fuzil, me-
tes-te no meio dos camponeses, não im-
porta onde, na Colômbia, no Congo, e
ficas esperando. O resto virá por si’”.
Bem. Depois disso, eu nunca mais ti-
nha ouvido falar de Ziégler. Agora, fico
sabendo que ele, professor da Univer-
sidade de Genebra e da Sorbonne, foi
relator para o direito à alimentação das
Nações Unidas entre 2000 e 2008 e
membro do Comitê Consultivo do Con-
selho de Direitos Humanos da ONU entre
2008 e 2012. Vem dessa longa experiên-
cia o livro que agora foi traduzido e está
sendo lançado no Brasil. E sua tese é
clara: se a produção mundial de alimen-
tos é suficiente para alimentar todo o
planeta, quem morre de fome hoje é,
portanto, assassinado.
Ziégler: “Hoje não existe falta de ali-
mentos, o que existe é falta de acesso. As
cifras são as seguintes: a cada cinco se-
gundos, uma criança de menos de dez
anos morre de fome. No mundo, 56 mil
pessoas morrem de fome por dia. E um
bilhão de pessoas estão permanente-
mente subalimentadas. O relatório da
FAO mostra que o número de vítimas
cresce, mas que a agricultura mundial
poderia alimentar normalmente, com
uma dieta de 2,2 mil calorias por dia, 12
bilhões de pessoas [o dobro da população
mundial]. Então, uma
criança que morre de
fome, hoje, é assassi-
nada”.
Mais: “São vários os
mecanismos que ma-
tam. Como a especu-
lação nas bolsas de
commodities com ali-
mentos como trigo, ar-
roz e milho, que cor-
respondem a 75% do
consumo mundial de
alimentos. Após a cri-
se financeira de 2008,
com a quebra dos
mercados de ações, os
grandes bancos e os hedge funds migraram
para as bolsas de commodities, para as
matérias-primas agrícolas. Aqui, só é pos-
sível ganhar porque todos somos obriga-
dos a comprar alimentos. Essa especulação,
que infelizmente é legal, produz lucros as-
tronômicos para os fundos e mortes nas
favelas”.
O resultado disso é que as pessoas
mais pobres não têm dinheiro para com-
prar comida por causa da ganância dos
especuladores de alimentos. Ziégler está
certo: isso é crime. “Os especuladores de
alimentos devem ser colocados diante de
um tribunal internacional por crime
contra a humanidade. São diretamente
responsáveis pela morte de milhões de
pessoas”.
A. RISÉRIO ESCREVE NO SÁBADO, QUINZENALMENTE
A tese de Jean Ziégler
é clara: se a
produção mundial de
alimentos é suficiente
para alimentar todo
o planeta, quem
morre de fome hoje é,
portanto, assassinado
Discursos iguais
Na coletiva em que apresentou o resultado do
PIB baiano, ontem, Geraldo Reis, diretor-geral
da Superintendência de Estudos Econômicos
eSociais(SEI),explicouqueocrescimentoreal
(acima da inflação) do ICMS no primeiro se-
mestre deste ano foi de 4,4%. E explicou:
– Não existe uma crise na arrecadação do
Estado. A questão concreta é que os gastos
estão crescendo bem acima da arrecadação.
Um jornalista perguntou:
– Seria isto um sinal de descontrole?
– Eu não sou a pessoa mais indicada para
comentar os gastos do Estado.
Pode não ser, mas a fala dele confere 100%
com o discurso da oposição.
Novo recomeço
Luís Henrique Orge Barradas Carneiro, o filho
de João Henrique, que há pouco menos de um
mês ganhou a mídia por ter sido nomeado
para o cargo de assessor administrativo do
secretário Rui Costa (Casa Civil), desistiu do
projetoporquequis.Oumelhor,nãosuportou
a pressão e pediu o boné.
O secretário Rui Costa afirmou que chegou
a insistir para ele permanecer:
– Ele disse que preferia começar a vida de
outra forma em outro lugar. Respeitamos.
A nau dos ausentes
Dosnovedeputadosfederaisdabancadabaia-
na ausentes ou que estavam presentes e não
votaram na sessão em que a Câmara escu-
lachou o que lhe restava de credibilidade ao
tentar salvar a pele do deputado-presidiário
Natan Donadon, quatro se justificaram: Alice
Portugal (PCdoB) está na China; Cláudio Ca-
jado estava doente; Arthur Maia (PMDB) está
na França; Luiz Alberto (PT) estava em Sal-
vador (na abertura da 3ª Conferência de Pro-
moção da Igualdade Racial da Bahia).
Fernando Torres, José Carlos Araújo, Edson
Pimenta e Sérgio Brito, todos do PSD, mais
Josias Gomes, do PT, continuam devendo.
Vítimas duas vezes
Moradores das cercanias da Escola Gurilân-
dia, na rua Cardeal da Silva, na Federação,
estão bradando contra a Transalvador.
Motivo: a escola, que é particular, foi ins-
talada na gestão de João Henrique no local e
passou a provocar monumentais engarrafa-
mentos (onde o tráfego fluía normalmente) e
quem paga o pato é eles.
Melhor explicando: a Transalvador não
consegue destravar o trânsito e passou a mul-
tar todos que estacionam na porta de casa.
Em suma, a prefeitura criou o caso, a Gu-
rilândia se beneficia e eles se arrebentam.
. A cobrança da taxa de acesso ao Morro de
São Paulo (R$ 15) não foi suspensa, como
noticiamos ontem, e nem há tal cogitação. O
prefeito Fernando Brito (PMDB) diz que a
taxa é legal e nada há de anormal (alguns
agentes de viagem estão mal informados).
. OpresidentedaCBPM,quebaixouportaria
determinando transparência total na em-
presa, é Alexandre Brust, presidente do PDT
na Bahia. Ele fez mais: para cada contrato
designou um gestor e um fiscal, algo tam-
bém inovador em administração pública.
. A ialorixá mãe Stella vai tomar posse na
AcademiadeLetrasdaBahianopróximodia
12 e não dia 13, como ontem divulgamos.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Cuíca
Cuíca de Santo Amaro, o documentário di-
rigido pelo jornalista Josias Pires e o histo-
riador Joel de Almeida, em exibição no Glau-
ber Rocha e outros cinemas da cidade, está
bombando. Quem viu diz tratar-se do melhor
dos trabalhos sobre a obra do poeta popular
que marcou época na vida de Salvador em
meados do século passado.
Relembrando, Newton Macedo Campos
contava que em 1959 Juscelino Kubitschek,
presidente da República, visitou Salvador. Em
frente ao Elevador Lacerda, a multidão aglo-
merada,derepentealguémfurouasegurança
e emergiu na cena. Era Cuíca. Disparou:
Presidente Kubitschek
Homem bom de nome feio
Mande pra mim um cheque
Que do resto já estou cheio
Até Juscelino caiu na gargalhada.
Levi Vasconcelos
Jornalista
tempopresente@grupoatarde.com.br
TEMPO PRESENTE
Assassinato
planetário
Editor
Jary Cardoso
A TARDE ERROU
Foto publicada na edição do dia 27 de agosto
de 2012, junto com a reportagem Pagodeiros
são presos acusados de estupro, mostrava a
formaçãooriginaldabandaNewHit.YanHer-
mano de Souza Tavares, que aparece na ima-
gem, havia deixado a banda em 2011 e nunca
esteve envolvido com as acusações. cineinsite.com.br
atarde.com.br/mundo
DESTAQUES DO PORTAL A TARDE
Cirurgião plástico esculpe
‘mulher ideal’ e casa com ela
Cinema: confira as
estreias do final de semana
Reprodução / Facebook Veronica Matlock
Ex-cliente Veronica e o cirurgião David

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Book oficial carnaval 2011 união da ilha da magia
Book oficial carnaval 2011  união da ilha da magiaBook oficial carnaval 2011  união da ilha da magia
Book oficial carnaval 2011 união da ilha da magiaMari Barboza
 
Jornal Boca do Povo - PT de Picuí
Jornal Boca do Povo - PT de PicuíJornal Boca do Povo - PT de Picuí
Jornal Boca do Povo - PT de PicuíOlivânio Remígio
 
O artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o PNEDH e os entraves histricos
O artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o  PNEDH e os entraves histricosO artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o  PNEDH e os entraves histricos
O artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o PNEDH e os entraves histricosSérgio Henrique da Silva Pereira
 
Um Outro Mundo é Possível
Um Outro Mundo é PossívelUm Outro Mundo é Possível
Um Outro Mundo é PossívelRei
 
Comendo sardinha e arrotando caviar
Comendo sardinha e arrotando caviarComendo sardinha e arrotando caviar
Comendo sardinha e arrotando caviarMensagens Virtuais
 
Aula De Sociologia Do Professor Mario
Aula De Sociologia Do Professor MarioAula De Sociologia Do Professor Mario
Aula De Sociologia Do Professor MarioProfMario De Mori
 
Www.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerr
Www.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerrWww.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerr
Www.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerrPablo Tavares
 
Prova oitavos ii i -respostas
Prova oitavos ii i -respostas Prova oitavos ii i -respostas
Prova oitavos ii i -respostas Diego Prezia
 
Aula 05 Economia Mundial E Do Brasil
Aula 05 Economia Mundial E Do BrasilAula 05 Economia Mundial E Do Brasil
Aula 05 Economia Mundial E Do BrasilProfMario De Mori
 

Mais procurados (12)

Book oficial carnaval 2011 união da ilha da magia
Book oficial carnaval 2011  união da ilha da magiaBook oficial carnaval 2011  união da ilha da magia
Book oficial carnaval 2011 união da ilha da magia
 
Reporter capixaba 72
Reporter capixaba 72Reporter capixaba 72
Reporter capixaba 72
 
Jornal Boca do Povo - PT de Picuí
Jornal Boca do Povo - PT de PicuíJornal Boca do Povo - PT de Picuí
Jornal Boca do Povo - PT de Picuí
 
O artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o PNEDH e os entraves histricos
O artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o  PNEDH e os entraves histricosO artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o  PNEDH e os entraves histricos
O artigo 3 da Constituio Federal de 1988, o PNEDH e os entraves histricos
 
Eugenia e entraves ao artigo 3° da Constituição Federal
Eugenia e entraves ao artigo 3° da Constituição FederalEugenia e entraves ao artigo 3° da Constituição Federal
Eugenia e entraves ao artigo 3° da Constituição Federal
 
Um Outro Mundo é Possível
Um Outro Mundo é PossívelUm Outro Mundo é Possível
Um Outro Mundo é Possível
 
Comendo sardinha e arrotando caviar
Comendo sardinha e arrotando caviarComendo sardinha e arrotando caviar
Comendo sardinha e arrotando caviar
 
Aula De Sociologia Do Professor Mario
Aula De Sociologia Do Professor MarioAula De Sociologia Do Professor Mario
Aula De Sociologia Do Professor Mario
 
Www.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerr
Www.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerrWww.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerr
Www.publico.pt mundo-soldados-que-cercam-favelas-do-rio-tem-experiencia-de-guerr
 
Prova oitavos ii i -respostas
Prova oitavos ii i -respostas Prova oitavos ii i -respostas
Prova oitavos ii i -respostas
 
Aula 05 Economia Mundial E Do Brasil
Aula 05 Economia Mundial E Do BrasilAula 05 Economia Mundial E Do Brasil
Aula 05 Economia Mundial E Do Brasil
 
Verdade seja dita
Verdade seja ditaVerdade seja dita
Verdade seja dita
 

Semelhante a Pagina 2 (20)

Reporter capixaba 68
Reporter capixaba 68Reporter capixaba 68
Reporter capixaba 68
 
Reporter capixaba 68
Reporter capixaba 68Reporter capixaba 68
Reporter capixaba 68
 
Reporter capixaba 68
Reporter capixaba 68Reporter capixaba 68
Reporter capixaba 68
 
Reporter capixaba 82
Reporter capixaba 82Reporter capixaba 82
Reporter capixaba 82
 
Reporter capixaba 82
Reporter capixaba 82Reporter capixaba 82
Reporter capixaba 82
 
Meu sonho brasil frei beto
Meu sonho brasil frei betoMeu sonho brasil frei beto
Meu sonho brasil frei beto
 
Reporter capixaba 70
Reporter capixaba 70Reporter capixaba 70
Reporter capixaba 70
 
Reporter capixaba 70
Reporter capixaba 70Reporter capixaba 70
Reporter capixaba 70
 
Reporter capixaba 56
Reporter capixaba 56Reporter capixaba 56
Reporter capixaba 56
 
Reporter capixaba 56
Reporter capixaba 56Reporter capixaba 56
Reporter capixaba 56
 
Inconfidência n 259
Inconfidência n 259 Inconfidência n 259
Inconfidência n 259
 
Revista cachoeiro rc68
Revista cachoeiro rc68Revista cachoeiro rc68
Revista cachoeiro rc68
 
Reporter capixaba 69
Reporter capixaba 69Reporter capixaba 69
Reporter capixaba 69
 
Reporter capixaba 69
Reporter capixaba 69Reporter capixaba 69
Reporter capixaba 69
 
Reporter capixaba 69
Reporter capixaba 69Reporter capixaba 69
Reporter capixaba 69
 
Tese Reconquistar a UNE 49-CONUNE
Tese Reconquistar a UNE 49-CONUNETese Reconquistar a UNE 49-CONUNE
Tese Reconquistar a UNE 49-CONUNE
 
CARTA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA À POPULAÇÃO BRASILEIRA.pdf
CARTA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA À POPULAÇÃO BRASILEIRA.pdfCARTA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA À POPULAÇÃO BRASILEIRA.pdf
CARTA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA À POPULAÇÃO BRASILEIRA.pdf
 
Reporter capixaba 72
Reporter capixaba 72Reporter capixaba 72
Reporter capixaba 72
 
Reporter capixaba 72
Reporter capixaba 72Reporter capixaba 72
Reporter capixaba 72
 
Tempo Presente 20-01-2014
Tempo Presente 20-01-2014Tempo Presente 20-01-2014
Tempo Presente 20-01-2014
 

Mais de Sergyo Vitro

Mais de Sergyo Vitro (20)

A tarde13 de_agosto_de_2016_a_tardepag3
A tarde13 de_agosto_de_2016_a_tardepag3A tarde13 de_agosto_de_2016_a_tardepag3
A tarde13 de_agosto_de_2016_a_tardepag3
 
A tarde28 de_junho_de_2015_muitopag12
A tarde28 de_junho_de_2015_muitopag12A tarde28 de_junho_de_2015_muitopag12
A tarde28 de_junho_de_2015_muitopag12
 
Pagina 3-7
Pagina   3-7Pagina   3-7
Pagina 3-7
 
Noticias de homofobia no brasil
Noticias de homofobia no brasilNoticias de homofobia no brasil
Noticias de homofobia no brasil
 
205447
205447205447
205447
 
205489
205489205489
205489
 
205420
205420205420
205420
 
204936
204936204936
204936
 
204824
204824204824
204824
 
Pagina 2-1
Pagina   2-1Pagina   2-1
Pagina 2-1
 
Pagina 1
Pagina   1Pagina   1
Pagina 1
 
Pagina 1
Pagina   1Pagina   1
Pagina 1
 
Ao som da Clarineta - Maria Esther Maciel
Ao som da Clarineta - Maria Esther Maciel Ao som da Clarineta - Maria Esther Maciel
Ao som da Clarineta - Maria Esther Maciel
 
145 jan 13 - noronha
145   jan 13 - noronha145   jan 13 - noronha
145 jan 13 - noronha
 
137 mai 12 - galinhos
137   mai 12 - galinhos137   mai 12 - galinhos
137 mai 12 - galinhos
 
36 43 dicionario ne
36 43 dicionario ne36 43 dicionario ne
36 43 dicionario ne
 
Pagina 1uzeda1
Pagina   1uzeda1Pagina   1uzeda1
Pagina 1uzeda1
 
Pagina 11
Pagina   11Pagina   11
Pagina 11
 
Pagina 9uzeda9
Pagina   9uzeda9Pagina   9uzeda9
Pagina 9uzeda9
 
Pagina 8uzeda8
Pagina   8uzeda8Pagina   8uzeda8
Pagina 8uzeda8
 

Pagina 2

  • 1. OPINIÃO SALVADOR SÁBADO 31/8/2013A2 opiniao@grupoatarde.com.br Participe desta página: e-mail: opiniao@grupoatarde.com.br Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 ESPAÇO DO LEITOR Recadastramento do IPTU Os imóveis que pagam IPTU estão cadastra- dos, por que recadastrar? Por que não fazer cadastramentodosquenãopagamoimposto? Parece que a artimanha é escorchar aqueles que cumprem suas obrigações. Os que não pagam vão continuar sem existir para a pre- feitura. Todo ano aumentam o IPTU, mesmo sem qualquer melhoria nas vias públicas. Au- mentar o valor dos imóveis, sobre os quais vai incidirumataxasemumalógicaestabelecida, é arrancar imposto e multas. Na época que estamosdeprotestos,cabeumamanifestação contra este golpe contra o bolso já tão es- vaziado pelo poder público. AYRTON FARIA, SALVADOR - BA, AYRTONFARIA@IG.COM.BR Abaeté As adversidades do ambiente costeiro, como salinidade, ventos fortes e substrato arenoso, impõem desafios à implantação de jardins e áreas verdes na orla de Salvador; a prefeitura (2000)implantouumviveironoParqueCosta Azul, convênio Conder/Instituto de Biologia (Ufba) para pesquisas: conhecimento da fi- siologiaebiodiversidade,propagaçãodeplan- tas de restinga, diversidade biológica, etc. – orquídeas, bromélias, cactos, espécies vege- taisarbustivasearbóreas,vegetaçãoaquática, provenientes da área do Abaeté. Projeto de- sativado na administração passada. A APA Lagoas e Dunas do Abaeté foi criada pelo Decreto Estadual nº 351, de 22/9/1987, e pro- tegida pela Lei Federal nº 4.771, de 15/9/1965, e pela Resolução nº 04, de 18/9/1985, do Co- nama; ampliação do aeroporto e problemas fundiários ameaçam essa rica área de pro- teção ambiental. Os poderes constituídos de- vem considerar imperativa sua preservação – não cair na situação do Pituaçu e São Bar- tolomeu, até porque a orla está prestes a re- ceber a almejada e grande requalificação ur- bano paisagística, o que seria sustentável. THELMO GAVAZZA-TGAVAZZA@YAHOO.COM.BR Os donos da terra QuandoCabralaquichegou,osíndioseramos donoseosprimeiroshabitantesdestaterrade Santa Cruz. Com o progresso, tomaram-lhe as terras,seusdireitoseoouro,masaindaassim, nos dias atuais, lutam e exigem as delimi- tações das terras que são suas e o governo não lhes dá posse. Sem dúvida, índios também têm razão em duvidar do governo, que coloca a culpa na Justiça e nada resolve. Claro que hoje estão civilizados, conhecem mais os seus direitos,formando-seemprofessoreseatéem direito e, como se sabe, Juruna, membro do seu povo, já ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Não acreditam no governo, porqueéfalsoeomisso,prometemuitoenada cumpre. Queixam-se de que houve mais de- marcações no governo Collor e FHC do que no atual. Razão pela qual, revoltados com a si- tuação, invadem fazendas, gerando conflitos com fazendeiros, como recentemente 40 ín- dios invadiram nove fazendas na Bahia em Buerarema, alegando serem terras legítimas da nação indígena. HUGO ROCHA, SALVADOR – BA, HUGOROCHA13@OI.COM.BR Mais que os médicos Ao se propor a enfrentar a precariedade da saúde pública no País, o programa Mais Mé- dicos está abrindo uma outra janela para a discussão de uma questão importantíssima, qual seja a da civilidade. O respeito ao outro, a obrigação do Estado para com os mais ca- rentes, a convivência com o diferente. Falo de questões essenciais que parecem não estar maisnoscurrículosdeescolas,sejampúblicas sejam da rede privada no Brasil de hoje. Que tal aproveitarmos a ocasião para enfrentar e superar esta carência de formação para a ci- dadania? ISADORA BROWNE RIBEIRO, SALVA- DOR - BA, ISADORABROWNE@HOTMAIL.COM Sugestão para o trânsito na orla Perguntar não ofende, por que não fazem um projeto cobrindo toda extensão do rio desde o ex-combatente até o aeroclube, daria para mais cinco faixas, cada lado com ciclovias, como fez com o Imbuí, acabava o engarra- famento e as muriçocas. WALTER LOPES, SAL- VADOR - BA, SERINFORMATICA114@GMAIL.COM Tapa na cara O Legislativo acaba de dar uma tapa, não de pelica,mascomamãosuja/asquerosa,nacara dasociedadecidadã.Namelhordashipóteses, serviu para “ratificar” sua atual índole re- jeitada em passeatas País afora. O Executivo já demonstrou sua posição populista/ sub-reptícia e escrachada em detrimento do desenvolvimento do País (inflação, impostos, pibinho, etc.) – o poder a qualquer custo. Em tempos eleitorais, vale qualquer coisa; até “pacto com o diabo”, como afirmou nossa “presidenta”.Preocupaagora,noatualcenário configuradopelosatuaisdetentoresdopoder, a resposta do Judiciário. JOSÉ ROBERTO DE LIMA MACHADO, LIMAMAC@UOL.COM.BR Olhos vendados Li uma matéria em um veículo de comu- nicação de Minas intitulada: Brasil joga R$ 1 trilhão no lixo por ano com corrupção, des- casoeincompetência.Nãomesurpreendeque isso seja verdade, pois, enquanto a população nãotivereducaçãoediscernimentoparavotar de forma consciente, nunca deixaremos de ser o País dos olhos vendados para a cor- rupção, descaso e incompetência. ALEXAN- DRE FELIPE, AFELIPE1982@YAHOO.COM.BR Antonio Risério Escritor ariserio@terra.com.br F oi meu amigo Giovanni Soares quem chamou minha atenção para recentes entrevistas e declarações do sociólogo suíço Jean Ziégler, hoje com 79 anos de idade. Ziégler está deitando falação a pro- pósito de seu novo livro, cujo título é uma referência ao nosso Josué de Castro, que ele considera “um dos maiores pensadores do século XX”: Destruição em Massa: Geopo- lítica da Fome. Há anos eu não ouvia falar de Ziégler. Ele passou um tempo aqui na Bahia, ain- da na década de 1960, andando para ci- ma e para baixo em companhia do an- tropólogo Vivaldo da Costa Lima, que o levava a feiras e festas – ou ao mercado e ao terreiro. Naquela época, ele já era conhecido como autor de livros relevan- tes sobre as realidades negroafricanas, a exemplo de Sociologie de la Nouvelle Afri- que. Sua experiência baiana, devidamen- te interpretada, foi se gravar num livro também muito inte- ressante, O Poder Africano, que eu cita- va com frequência, desde os escritos que reuni em Carnaval Ijexá. Era um livro rico, variado, inteligente e provocador. Aborda- va os mais diversos temas e problemas, da questão das rela- ções entre democra- cia ocidental e reale- za africana ao poder dos orixás, passan- do por leituras dos sistemas temporais africanos. Sem deixar de parte, é claro, a guerra de guerrilhas no continente ne- gro. Ziégler contava, a propósito, um en- contro com Che Guevara em Genebra, numa noite de primavera, em 1964: “Guevara acabara de descobrir a África. Uma viagem rápida e a amizade de Mohammed Babu, revolucionário do Zanzibar, haviam-lhe desvendado de sú- bito a realidade do combate planetário contra os imperialismos. Por detrás das janelas envidraçadas do Hotel Intercon- tinental já ia se erguendo a alvorada. Metido em sua roupa de brim verde-oliva e fumando um charuto depois do outro, Guevara não parava de falar. Uma de suas frases gravou-se em meu espírito de ma- neira especial: ‘Agarras um fuzil, me- tes-te no meio dos camponeses, não im- porta onde, na Colômbia, no Congo, e ficas esperando. O resto virá por si’”. Bem. Depois disso, eu nunca mais ti- nha ouvido falar de Ziégler. Agora, fico sabendo que ele, professor da Univer- sidade de Genebra e da Sorbonne, foi relator para o direito à alimentação das Nações Unidas entre 2000 e 2008 e membro do Comitê Consultivo do Con- selho de Direitos Humanos da ONU entre 2008 e 2012. Vem dessa longa experiên- cia o livro que agora foi traduzido e está sendo lançado no Brasil. E sua tese é clara: se a produção mundial de alimen- tos é suficiente para alimentar todo o planeta, quem morre de fome hoje é, portanto, assassinado. Ziégler: “Hoje não existe falta de ali- mentos, o que existe é falta de acesso. As cifras são as seguintes: a cada cinco se- gundos, uma criança de menos de dez anos morre de fome. No mundo, 56 mil pessoas morrem de fome por dia. E um bilhão de pessoas estão permanente- mente subalimentadas. O relatório da FAO mostra que o número de vítimas cresce, mas que a agricultura mundial poderia alimentar normalmente, com uma dieta de 2,2 mil calorias por dia, 12 bilhões de pessoas [o dobro da população mundial]. Então, uma criança que morre de fome, hoje, é assassi- nada”. Mais: “São vários os mecanismos que ma- tam. Como a especu- lação nas bolsas de commodities com ali- mentos como trigo, ar- roz e milho, que cor- respondem a 75% do consumo mundial de alimentos. Após a cri- se financeira de 2008, com a quebra dos mercados de ações, os grandes bancos e os hedge funds migraram para as bolsas de commodities, para as matérias-primas agrícolas. Aqui, só é pos- sível ganhar porque todos somos obriga- dos a comprar alimentos. Essa especulação, que infelizmente é legal, produz lucros as- tronômicos para os fundos e mortes nas favelas”. O resultado disso é que as pessoas mais pobres não têm dinheiro para com- prar comida por causa da ganância dos especuladores de alimentos. Ziégler está certo: isso é crime. “Os especuladores de alimentos devem ser colocados diante de um tribunal internacional por crime contra a humanidade. São diretamente responsáveis pela morte de milhões de pessoas”. A. RISÉRIO ESCREVE NO SÁBADO, QUINZENALMENTE A tese de Jean Ziégler é clara: se a produção mundial de alimentos é suficiente para alimentar todo o planeta, quem morre de fome hoje é, portanto, assassinado Discursos iguais Na coletiva em que apresentou o resultado do PIB baiano, ontem, Geraldo Reis, diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos eSociais(SEI),explicouqueocrescimentoreal (acima da inflação) do ICMS no primeiro se- mestre deste ano foi de 4,4%. E explicou: – Não existe uma crise na arrecadação do Estado. A questão concreta é que os gastos estão crescendo bem acima da arrecadação. Um jornalista perguntou: – Seria isto um sinal de descontrole? – Eu não sou a pessoa mais indicada para comentar os gastos do Estado. Pode não ser, mas a fala dele confere 100% com o discurso da oposição. Novo recomeço Luís Henrique Orge Barradas Carneiro, o filho de João Henrique, que há pouco menos de um mês ganhou a mídia por ter sido nomeado para o cargo de assessor administrativo do secretário Rui Costa (Casa Civil), desistiu do projetoporquequis.Oumelhor,nãosuportou a pressão e pediu o boné. O secretário Rui Costa afirmou que chegou a insistir para ele permanecer: – Ele disse que preferia começar a vida de outra forma em outro lugar. Respeitamos. A nau dos ausentes Dosnovedeputadosfederaisdabancadabaia- na ausentes ou que estavam presentes e não votaram na sessão em que a Câmara escu- lachou o que lhe restava de credibilidade ao tentar salvar a pele do deputado-presidiário Natan Donadon, quatro se justificaram: Alice Portugal (PCdoB) está na China; Cláudio Ca- jado estava doente; Arthur Maia (PMDB) está na França; Luiz Alberto (PT) estava em Sal- vador (na abertura da 3ª Conferência de Pro- moção da Igualdade Racial da Bahia). Fernando Torres, José Carlos Araújo, Edson Pimenta e Sérgio Brito, todos do PSD, mais Josias Gomes, do PT, continuam devendo. Vítimas duas vezes Moradores das cercanias da Escola Gurilân- dia, na rua Cardeal da Silva, na Federação, estão bradando contra a Transalvador. Motivo: a escola, que é particular, foi ins- talada na gestão de João Henrique no local e passou a provocar monumentais engarrafa- mentos (onde o tráfego fluía normalmente) e quem paga o pato é eles. Melhor explicando: a Transalvador não consegue destravar o trânsito e passou a mul- tar todos que estacionam na porta de casa. Em suma, a prefeitura criou o caso, a Gu- rilândia se beneficia e eles se arrebentam. . A cobrança da taxa de acesso ao Morro de São Paulo (R$ 15) não foi suspensa, como noticiamos ontem, e nem há tal cogitação. O prefeito Fernando Brito (PMDB) diz que a taxa é legal e nada há de anormal (alguns agentes de viagem estão mal informados). . OpresidentedaCBPM,quebaixouportaria determinando transparência total na em- presa, é Alexandre Brust, presidente do PDT na Bahia. Ele fez mais: para cada contrato designou um gestor e um fiscal, algo tam- bém inovador em administração pública. . A ialorixá mãe Stella vai tomar posse na AcademiadeLetrasdaBahianopróximodia 12 e não dia 13, como ontem divulgamos. POLÍTICA COM VATAPÁ Cuíca Cuíca de Santo Amaro, o documentário di- rigido pelo jornalista Josias Pires e o histo- riador Joel de Almeida, em exibição no Glau- ber Rocha e outros cinemas da cidade, está bombando. Quem viu diz tratar-se do melhor dos trabalhos sobre a obra do poeta popular que marcou época na vida de Salvador em meados do século passado. Relembrando, Newton Macedo Campos contava que em 1959 Juscelino Kubitschek, presidente da República, visitou Salvador. Em frente ao Elevador Lacerda, a multidão aglo- merada,derepentealguémfurouasegurança e emergiu na cena. Era Cuíca. Disparou: Presidente Kubitschek Homem bom de nome feio Mande pra mim um cheque Que do resto já estou cheio Até Juscelino caiu na gargalhada. Levi Vasconcelos Jornalista tempopresente@grupoatarde.com.br TEMPO PRESENTE Assassinato planetário Editor Jary Cardoso A TARDE ERROU Foto publicada na edição do dia 27 de agosto de 2012, junto com a reportagem Pagodeiros são presos acusados de estupro, mostrava a formaçãooriginaldabandaNewHit.YanHer- mano de Souza Tavares, que aparece na ima- gem, havia deixado a banda em 2011 e nunca esteve envolvido com as acusações. cineinsite.com.br atarde.com.br/mundo DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Cirurgião plástico esculpe ‘mulher ideal’ e casa com ela Cinema: confira as estreias do final de semana Reprodução / Facebook Veronica Matlock Ex-cliente Veronica e o cirurgião David