O documento discute o romantismo e como ele ainda está presente na literatura e poesia de forma sutil. Aponta que o romantismo sobrevive em muitas literaturas ao redor do mundo, mesmo no século XX, e que poetas considerados atrasados ou provincianos ainda apresentam traços românticos em suas obras. Também aborda o arquétipo do malandro brasileiro e como heróis românticos funcionam como crítica à narrativa.
3. “Por isso, não é justo verificar, com certo desprezo, um
“romantismo anacrônico” em poetas “atrasados”,
“provincianos”, que não têm nome ou são legião, ou em
“fantaisistes”, solitários como Stevenson, ou em
celebridades patrióticas como Sienkiewicz; ou então
considerar como consequência de atraso literário e da
disposição racial pela retórica e sobrevivência do
hugonianismo nas literaturas hispano-americanas, até
o “Hugo dos Andes”, Santos Chocano, em pleno século
XX. Em outros poetas e outras literaturas o romantismo
sobrevive de maneira mais sutil ou mais dissimulada,
mas um pouco em toda parte e às vezes com ruído, de
modo que se pode dizer: o romantismo continua”
(Grifo nosso)
(CARPEAUX, 2010, p. 63-64)
14. O Don Juan de Molière
.”
(CORIASSO, 2017, p. 92)
15. “Don Juan denuncia a hipocrisia e falsidade, não de seu protago
“Com Molière, portanto, Don Juan desenvolve o seu aspecto maquiavélico. Transforma
o tema amoroso donjuanesco, de uma “brincadeira” alegre, a uma estratégia de guerra,
adotando uma linguagem polêmica que transformará as mulheres em lugares que
assediar, atacar e subjugar. O prazer do amor é o prazer da guerra e a conquista uma
vez realizada perde todo o interesse.”
16. CORIASSO, Cristina Martín-Posadillo. O don Juan de Vitaliano Brancati: don Giovanni in
Sicília, o mito de don Juan, arquétipo, mito, transformação e desmistificação. Conselho
Científico Editorial, p. 87 - 108, 2017.
HUGO, Victor. Do grotesco e do sublime. São Paulo: Perspectiva, 2019.
CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental. Brasília: Senado Federal, 2010.
REFERÊNCIAS