A internet das coisas vem com a promessa de facilitar o cotidiano das pessoas. Objetos do dia a dia passarão a estar conectados em rede. Carros, pulseiras, camas, geladeiras, despertadores, fechaduras e até sofás estarão munidos de diversos sensores, responsáveis por monitorar o comportamento humano. E serão tomadores de decisões, agindo de forma automática. A cama relatará ao plano de saúde a quantidade de horas dormidas. A geladeira avisará ao nutricionista a qualidade da alimentação. O carro emitirá à fiscalização de transito se houve ocupação de vaga tempo a mais do que permitido. A humanidade já é dependente da tecnologia, será que também se tornará refém?
Diante disso, percebe-se a dialética entre tecnologia e humanidade: o homem tornou-se escravo de sua própria concepção. E a tecnologia, algoz do homem. Isso pode ser vislumbrado nos “corretores de comportamento”. Um exemplo, são as pulseiras Pavlok, que vem com três aplicativos (fitness, despertador e monitor de hábitos na internet, onde seu método de repressão ao usuário é através de choques elétricos. Seu lema: “Pavlok não apenas monitora, mas transforma quem você é”.
Assim, esse novo tipo de arranjo coloca sobre o ser humano toda a culpa e peso por seus “deslizes”. Mas as causas profundas que ocasionam esses ‘erros comportamentais’ são ignoradas por esses aplicativos, como a ignorância, pobreza ou doenças psíquicas e físicas.
O tema dessa palestra foi abordar a internet das coisas vs comportamento humano sob o aspecto da ‘tirania’ respaldada no desejo de educar. E essa vigilância comportamental toda traz à tona importantes questionamentos: A dependência da humanidade na tecnologia está transformando o indivíduo em máquina. Como o software livre pode ajudar na autonomia, interação e ‘preservação’ de dados e da vida de seus usuários? É importante ressaltar que a tecnologia é uma aliada do indivíduo, e não a protagonista de sua vida. Será que o ser humano já se conscientizou disso?
2. Designer, especialista em Branding
e prós-graduanda em Gestão de Projetos.
Co-fundadora da página O que queremos? (Facebook).
Trabalhou com marcas como: Oracle, SAP, Ford Brasil,
Rede Globo, Sony Filmes, Governo Federal, Grêmio, etc...
Gestora em marketing, palestrante e junkie coffee.
it’s me, Maia
3. Se você tem algo que não
quer que ninguém saiba,
talvez você não deveria
fazer isso em primeiro lugar."
Eric Schmidt
“
11. TERCEIRA ONDA
DA INTERNET...
50 BILHÕES
CONEXÕES DE USUÁRIOS
(PROJEÇÃO)
2 BILHÕES
CONEXÕES DE USUÁRIOS
(ANOS 2000)
1 BILHÃO
CONEXÕES DE USUÁRIOS
(ANOS 90)
14. ...uma era onde todos os objetos são capazes
de capturar, receber, transmitir, armazenar,
processar e mostrar informação e, se for o caso,
agir [em contexto] em função da informação
que detêm e sua capacidade de processá-la.”
Adam Greenfield, 2006 (The dawning age of ubiquitous computing)
“
16. Diferentemente das duas
primeiras ondas das Internet,
a IOT vem rompendo os modelos
dos mais diversos setores
(saúde, automobilístico
moda, varejo, etc...)
E É MUITO MAIOR DO
QUE SE IMAGINA...
17. Três grandes movimentos
tecnológicos acontecendo dentro
de um conceito muito amplo
SMART
CITIES
WEARABLE
DEVICES
CONNECTED THINGS
cidades
coisas
seres
24. Muitos especialistas dizem que a ascensão da
computação embutida ou vestível vai trazer a
próxima revolução em tecnologia digital. [...] O
lado negativo são os desafios à privacidade,
expectativas muito altas que podem ser frustradas
e a complexidade tecnológica que acaba por
atrapalhar nosso cotidiano[...]”
Janna Anderson (Imagining the Internet Center na Universidade de Elon)
“
28. A pulseira Pavlok funciona dando choques na
pessoa caso ela faça atividades que não deveria.
Ela pode, entre outras coisas, bloquear acesso ao
celular e fazer com que os usuários paguem uma
multa para voltar a acessá-lo.
29.
30. O Safegard Germ Alarm é uma saboneteira que
aciona um comando digital se percebe que você
está deixando o banheiro sem lavar as mãos. Esse
comando pode ser usado para qualquer coisa,
como tocar um alarme ou trancar a porta.
31.
32. [...] as research has shown the
brain already treats tools
including computers as
temporary parts of the body…”
Justin McKeown - Head of Fine Art & Computer Science da York St John University
“
33. Precisamos de tantos sensores e alertas em nossas vidas? E se a
sua geladeira "disser" não? E se sua casa não (quiser) te deixar
sair? E se a startup que gerencia sua casa falir da noite pro dia?
Você ficaria sem serviço? E se você não puder acender as luzes
da sua própria casa? Quem estará lá para reclamar quando o
Facebook decidir testar como seu ambiente doméstico afeta o
consumo de conteúdo e publicidade? E se uma delas for
comprada por uma gigante da tecnologia? Terá que atualizar ou
reinstalar o aplicativo? E se o termostato enlouquecer e
transformar seu quarto em um forno industrial?
36. Che teve um chip de
2 mm x 12 mm implantado
em sua mão esquerda, dando
início ao projeto Diário do
Homem Biônico. A partir da
experiência, ele passou a estudar
os prós e contras da inserção da
internet das coisas na vida das
pessoas — e começou a
descobrir como tornar a
experiência dos usuários a mais
confortável e segura
38. Liberdade de executar o programa para
qualquer propósito
Liberdade para estudar o funcionamento do
programa e adaptá-lo às suas necessidades
(código aberto)
Liberdade para distribuir cópias
Liberdade para melhorar o programa e soltar
para o público, beneficiando assim a
comunidade (código aberto)
PRINCÍPIOS