O documento discute como o mundo precisa mudar para acabar com a degradação moral e a morte em vida. Aristóteles e Agostinho afirmam que tudo que existe um dia acabará, e a maior perecibilidade é a morte em vida que o ser humano causa através da matança com palavras e ações, e privando os outros do direito à vida. A conclusão é que devemos permitir que um novo mundo se faça presente para transformar vidas.
1. O FIM DO MUNDO
O mercado publicitário da atualidade traz um comercial que
desde a primeira vez em que assisti, me chamou muito
atenção pela temática apresentada, “O Fim do Mundo”.
Colocando à parte as devidas considerações sobre o produto
comercialmente apresentado, a imagem de uma criança
dizendo que o mundo da forma como o conhecemos precisa
ter um fim, é bastante reflexiva para a humanidade, pois
somente desejamos liquidar com algo que não dá certo. E por
que não?
2. Aristóteles afirma que “todo algo que existe é algo que um
dia acabará” e Santo Agostinho, reforça a ideia, dizendo “já
estava escrito que este mundo iria acabar. Creiam que o mundo
irá acabar para que entendam que o mundo irá acabar”.
Ambos trabalham com o conceito de perecibilidade, da
fragilidade. Tudo que existe e está sujeito ao tempo tem uma
finalização.
Mas a maior perecibilidade é a morte em vida. Um matar, um
destruir que o ser humano já vem há muito, ou melhor, desde
sempre atrozmente cometendo.
3. A matança no uso ácido das palavras, dos gestos e
sentimentos para com o outro; a degradação moral e
ética da identidade humana; a morte e a exclusão do
direito à vida; às condições mínimas e dignas de
sobrevivência e subsistência; um ignorar o “nós” que é
igual ao “eu”... são situações que diluem a alteridade
até a consumação final do esvaziamento e da perda
do sentido o que é ser humano?
4. Me conectando a expressão artística da
face pueril do comercial, “in the end” é a
máxima que nos cabe a fazer para com esse
mundo, permitindo que o novo se faça
presente e transforme vidas e corações.
Sabrina Guedes