2. A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO DE
PRIMEIROS SOCORROS
Acidentes acontecem e a todo o momento
estamos expostos a inúmeras situações de
risco que poderiam ser evitadas se, no
momento do acidente, a primeira pessoa a
ter contato com a vítima soubesse
proceder corretamente na aplicação dos
primeiros socorros.
Muitas vezes esse socorro é decisivo para
o futuro e a sobrevivência da vítima.
3. OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Baseia-se nos três ERRES:
Rapidez no atendimento
Reconhecimento das lesões
Reparação das lesões
4. RECOMENDAÇÕES AOS SOCORRISTAS
Em todas as situações!!!
Procure sempre conhecer a história do
acidente;
Peça ou mande pedir um resgate
especializado(192 ou 193);
Enquanto você realiza os procedimentos
básicos sinalize e isole o local do acidente
durante o atendimento utilize, de
preferência, luvas e calçados fechados.
5. Contusões
É uma lesão dos tecidos moles,
produzida por objetos, tombo, soco,
pontapé, batida em ferramentas,
máquinas, quedas, etc.
Manifestações:
Local pode apresentar-se arroxeado
(equimose), que é decorrente de
hemorragia pela ruptura de pequenos
vasos sanguíneos.
Dor e edema.
Mudança de coloração de pele.
6.
7. Procedimento
Elevar a parte atingida.
Manter em repouso a parte contundida.
Aplicar compressas frias ou saco de gelo,
até que a dor e o inchaço tenham
diminuído.
Aplicar uma bandagem compressiva para
reduzir o inchaço (edema).
Aplicar o calor da região acometida, após
+/- 48 horas, para auxiliar a absorção.
Se a contusão for grave, encaminhe a
vítima ao médico
10. Sinais e Sintomas
Dor intensa no local
Impossibilidade de movimentar o
membro atingido
Deformação do osso
Edema equimose tardia
Aparecimento do osso na fratura
exposta
11. Ação
Imobilização provisória do membro atingido
Se a fratura for exposta, coloque gaze ou
pano limpo sobre o ferimento, firme o mesmo
mantendo a vítima deitada
Observe todo o corpo, da cabeça aos pés, de
maneira metódica, verificando a presença de
lacerações, abaulamento e deformidades.
Manipule a área delicadamente e o menos
possível
Transporte a vítima com cautela e
cuidadosamente.
12. Diretrizes básicas na imobilização
Sempre que passar uma atadura faça-o no sentido da
circulação venosa.
Não fixe as talas sobre os ferimentos, ou sobre o
foco da fratura.
Aplique a atadura de maneira firme e uniforme com
pressão igual do inicio ao fim.
Nunca cubra ferimentos sujos.
Verifique a bandagem e fique atento a qualquer sinal
de circulação comprometida como: dor, extremidades
frias e azuladas, o que significa que a imobilização
está apertada.
Deixe sempre que possível as extremidades expostas
para visualização.
13. No caso de colocação de ataduras
para firmar curativos, sempre se
inicia e se termina a mais ou menos 5
cm, abaixo e acima da ferida.
O corpo deve ser mantido em posição
anatômica natural.
14. Hemorragias
É a perda de sangue devido o
rompimento de um vaso sanguíneo, veia
ou artéria. Toda hemorragia deve ser
controlada imediatamente. A
hemorragia abundante e não controlada
pode causar a morte em 3 a 5 minutos.
15. Tipos
Arterial : Sangue de cor vermelho-vivo e
sai em jato ou esguicha.
Venosa : Sangue escuro e escorre
lentamente.
Capilar : A perda de sangue se dá por
gotejamento. Exemplo: Nasal, Arranhões.
16. Classificação
Externas : Se exteriorizam logo após a
ocorrência, através das cavidades naturais
do corpo ou pela lesão produzida pelo
trauma.
Internas : Não se exteriorizam, o sangue
fica nas cavidades do organismo e só é
percebido através de sinais indiretos como:
queda de pressão, sudorese, palidez, pulso
filiforme. Se persistir poderá haver perda
de consciência, choque e morte.
17. Sintomas Gerais
Falta de ar.
Sudorese.
Sede.
Queda de pressão.
Pele fria.
Pupilas dilatadas.
Perda de consciência.
Respiração rápida e profunda.
Tonturas.
Palidez intensa
Lábios e unhas azuladas
Queda de temperatura
18. Tratamento de urgência
Se o ferimento estiver coberto, descobri-
lo e faça um exame físico rápido.
Deitar a vítima e mantenha-a com a cabeça
mais baixa que os pés,
Deixar em repouso o local do ferimento
para ajudar na formação de coágulo.
Evite qualquer compressão do corpo,
afrouxando o colarinho, cinta, etc.
19. Mantenha a vítima aquecida com
cobertores, mantas, casacos, etc.
Mantenha o local da hemorragia
sempre limpo.
Esteja atento a sinais que indiquem
agravamento do estado geral da
vítima
20. Métodos para conter uma hemorragia
Compressão
Limpe o local do ferimento;
Use uma compressa limpa de gaze, lenço, pano de
camisa, lençol, etc.;
Coloque a compressa sobre o ferimento e faça
pressão;
Amarre-a com atadura, tira de pano, gravata, etc.;
Se não houver fratura lembre-se que se deve:
Se a hemorragia for nos braços ou pernas, mantenha o
mais levantada possível.
Flexione o joelho, se o ferimento for na perna,
Evite colocar substâncias não medicamentosas nas
hemorragias como: pó de café, teia de arranha, etc.
21.
22. 1 - Levante a parte do corpo que está
ferida.
2 – Com um pano limpo (ou sua mão
limpa(com luva), caso não tiver pano)
aperte diretamente o ferimento. Continue
apertando até que o sangramento pare.
Isso pode demorar de 15 min a 1 hora ou
mais.
23. Pontos de pressão
Envolva a mão em um pano ou lenço
limpo e calque fortemente com o dedo
ou com a mão de encontro ao osso nos
pontos onde a veia ou a artéria são
mais fáceis de encontrar.
24. Compressas
Aplique compressas de gelo no local do
ferimento até cessar a hemorragia.
Se não tiver a bolsa, coloque gelo picado
em um saco plástico e envolva-o com uma
toalha, depois coloque diretamente sob o
ferimento, por mais ou menos 30 minutos,
retire-o por 5 minutos e recoloque-o
novamente;
25. As compressas frias são mais indicadas quando se
suspeita de hemorragia interna;
Se a hemorragia for externa, prefere-se a
compressão do local utilizando a compressa de
gelo somente nos casos em que esta for de menor
intensidade;
Proteja sempre a pele com uma toalha, pois a longa
permanência do gelo diretamente sob a pele pode
causar queimaduras.
Obs.: nunca use compressa quente em
hemorragias, pois estas aumentam a hemorragia.
Nos casos de formação de hematomas ou
equimoses a compressa quente só é indicada após
48 horas depois do traumatismo
26. Mordidas e picadas de
insetos
Uma vespa ou uma formiga pode usar seus ferroes
separadamente, porem a abelha produtora de mel
deixa o ferrão e saco de veneno ligado a pele.
Sintomas
Dor
Eritema
Edema
Coceira
tumefação sob forma de pápula.
Apreensão e medo
27.
28. Reações alérgicas: prurido (coceira),
pápulas, fraquezas, cefaleia, dificuldade
para respirar e ansiedade e cólicas
abdominais.
A vítima pode a partir daí entrar em
choque e morrer. A morte pode ocorrer 6
minutos após a ferrada.
29. Ação
Deixe a vítima em posição confortável se
possível, o membro afetado mais baixo que a
cabeça.
Observe a vítima cuidadosamente e verifique a
causa, observe atentamente sintomas de reação
alérgica, nesses casos, o transporte deverá ser
imediato e o socorro prestado durante o
mesmo;
Retire os ferroes de inseto com o seu saco de
veneno e pressione o local para sair o veneno;
Coloque gelo ou água fria no local da picada;
Procure socorro médico imediato.
30. Corpos estranhos
Pequenas partículas de poeira, areia
ou limalha, grãos diversos, sementes
ou pequenos insetos e etc. podem
penetrar nos olhos, nariz, ouvidos ou
pele.
Olhos
Sintomas
Lacrimejamento abundante
31. Ação
Não esfregar os olhos
Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as
lágrimas lavem e removam o corpo estranho
Irrigue os olhos ou o olho afetado com água limpa .
Peça à vítima para pestanejar
Se ainda assim não resolver passe a seguinte ação:
Puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para
cima a pálpebra superior. Descoberto o corpo estranho
tente retirá-lo com cuidado, tocando-o de leve com a
ponta úmida de um lenço úmido ou cotonete.
Se o cisco estiver sobre o globo ocular ou se tratar de
corpo estranho encravado no olho não tente retirá-lo.
Coloque uma compressa ou pano limpo e leve a vítima ao
médico.
32. Envenenamento/Intoxicação
Veneno é qualquer substância que
quando ingerida, inalada, absorvida,
aplicada na pele ou produzida pelo
organismo, em quantidade
relativamente elevada, provoca lesão
no organismo devido a sua ação
química.
33. Vias de absorção de
veneno
Oral
Respiratória
Venosa
Cutânea
Ocular
34. Venenos mais comuns
Raticidas (venenos contra ratos);
inseticidas;
Remédios (de qualquer tipo, quando ingeridos em grande
quantidade).
Tintura de iodo;
Alvejantes (água sanitária), detergentes, soda caustica,
ácido muriático, etc;
Cigarros; Álcool;
Sementes, folhas, grãos ou frutos de plantas
venenosas;
Carrapateira (mamona)
Fósforo
Querosene, gasolina;
35. Como se manifesta
As manifestações dependem da dose e o tempo de
permanência no organismo humano.
Alterações no hálito (cheiro da substancia ingerida)
Dor abdominal e diarreia
Salivação abundante
Náuseas e vômitos
Tosse e dificuldade respiratória
Dor de cabeça
Convulsão
Sonolência e inconsciência
Sinais de estado de choque
Parada respiratória e cardíaca.
36. Nos casos de venenos
corrosivos
Além dos sintomas a vítima pode
apresentar:
Dor intensa, sensação de queimação
na boca e garganta
Deglutição dolorosa ou incapacidade
de engolir
Lesões na mucosa oral.
37. Casos em que se deve suspeitar de
envenenamento
Cheiro de veneno no hálito
Mudança de cor nos lábios e na boca
Dor ou sensação de queimação na boca e
garganta
Vidros ou embrulhos de drogas ou de
produtos químicos em poder da vítima.
Se a vítima comeu frutas ou folhas
venenosas pode haver evidências na boca.
Estado de inconsciência, de confusão ou
mal súbito quando for possível acesso ou
contato da vítima com venenos.
38. Venenos aspirados
Como proceder:
Carregue ou arraste a vítima imediatamente para
um local arejado e não contaminado. Não deixe a
vítima andar.
Mantenha a vítima agasalhada, procure transporte
imediatamente
Tome medidas de precauções para não se tornar
outra vítima;
Ao retirar a vítima do ambiente, se não tiver
máscara, cubra o rosto com um lenço e evite
respirar até que saia do ambiente contaminado.
Cuide par não ficar muito próximo do rosto da
vítima para não inalar o veneno.
39. Envenenamento através da pele
Como proceder
Dependendo do local atingido e dos recursos que
dispor lave a pele com água abundante: banho de
chuveiro, de mangueira, de torneira, etc.
Continue aplicando jatos de água sobre a pele
enquanto retira as roupas da vítima,
A rapidez em lavar a pele é de máxima
importância, pois reduz a tensão da lesão ou da
absorção do veneno.
Após a limpeza, não passe nada no local da lesão,
deixe apenas um pano limpo e úmido no local.
Leve a vítima imediatamente para o hospital
40. CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico, geralmente causado
por altas descargas, é sempre grave,
podendo causar distúrbios na circulação
sanguínea e, em casos extremos, levar à
parada cardiorrespiratória.
Na pele, podem aparecer duas pequenas
áreas de queimaduras (geralmente de 3º
grau) - a de entrada e de saída da
corrente elétrica.
41. Primeiras providências
Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral.
Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa,
envolva-as em jornal ou um saco de papel.
Empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com
um objeto seco, não condutor de corrente, como um cabo
de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou
bastão de borracha.
Nunca toque na vítima até que ela seja separada da
corrente elétrica, ou que esta seja interrompida.
Se a corrente não puder ser desligada, coloque-se sobre
um pedaço de madeira e afaste a vítima com uma vara de
madeira ou bambu.
42. Consequências Mais Comuns nos Casos de
Eletrocussão (Choque Elétrico)
Queimaduras - As queimaduras por corrente elétrica
se propagam em ondas, o que acarreta a continuidade
das lesões, podendo atingir planos mais profundos da
pele mesmo após a separação da vítima da corrente
elétrica.
Arritmias Cardíacas (ritmo irregular dos batimentos
cardíacos) - Costumam ser a causa mais comum de
morte por choque elétrico e podem levar à parada
cardiorrespiratória.
Convulsões
43. Cuidados com a Vítima
verifique a respiração e o pulso
se não houver respiração e pulso,
inicie imediatamente as manobras de
ressuscitação cardiorrespiratórias
trate as queimaduras produzidas
pela corrente elétrica
transporte a vítima para o hospital
imediatamente.
44. QUEIMADURAS
Queimaduras são lesões no tecido do revestimento do
corpo, causada por agentes térmicos, químicos,
radioativos ou elétricos, podendo destruir total ou
parcialmente a pele e seus anexos, e até atingir camadas
mais profundas (músculos, tendões e ossos). A
queimadura danifica basicamente a pele, causando
destruição dos
vasos sanguíneos da área afetada. Muitas vezes ela pode
ser rodeada por um eritema.
São lesões decorrentes da ação do calor sobre o
organismo.
75% das queimaduras ocorrem no lar, com crianças e
pessoas idosas por descuido na manipulação de líquidos
superaquecidos.
45. Causas Mais Comuns por Ordem de
Frequência
líquidos superaquecidos
exposição direta às chamas químicas
objetos superaquecidos
elétricas
46. Primeiros socorros nas
queimaduras:
Afastar a vítima do agente causador;
Resfriar a área com água em abundância;
Retirar as vestimentas que não aderiam à
área queimada;
Se estiver consciente, dar bastante água
para beber, evitando desidratação rápida;
47. Retirar joias, como aneis, pulseiras, relógios e
outros;
No caso de queimadura química ou ácida, lavar a
área com água em abundância por mais ou menos
10 minutos;
No caso de queimadura por choque elétrico,
interromper a corrente desligando a chave geral.
Não tentar puxar a vítima sem antes “cortar” a
corrente, pois há
possibilidade de ficar “preso” a vítima;
48. Nas queimaduras por soda cáustica, tirar a soda
com um tecido limpo, em seguida lavar, pois o
contato da soda com a água provoca reação
química com aumento de calor;
Colocar compressas úmidas sobre as áreas
expostas e envolve essas compressas limpas;
Providenciar transferência da vítima para um
posto médico ou hospital mais próximo.
49. Procedimentos que devem ser
evitados:
Não dar líquidos para a vítima ingerir caso
esteja inconsciente;
Não ultrapassar o tempo de 10 minutos lavando a
área queimada, pois pode provocar hipotermia;
Se houver “bolhas”, não perfurar, pois o risco de
infecção pode aumentar;
Não aplicar nenhum tipo de loção, creme, infusão
caseira, pasta de dente, pó de café, gelo, produto
gorduroso, como graxa e óleo, pois só complica e
interfere no tratamento;
Não remover roupas ou acessórios que aderiram
ao tecido cutâneo lesado;
50. Engasgamento
O engasgamento ou sufocação pode ser
definido como uma obstrução total ou
parcial das vias aéreas, obstrução esta,
provocada pela presença de um corpo
estranho.
Na obstrução total das vias aéreas a vítima
não consegue tossir, falar ou respirar.
Manobra de heimlich
51.
52. Em caso de engasgamento ou sufocação, auxilie
a vítima prestando o socorro da forma
que segue:
1. Se a vítima está consciente, de pé ou sentada,
posicione-se por trás dela e coloque seus braços
ao redor da cintura da vítima. Segure um dos
punhos com a sua outra mão, colocando o polegar
contra o abdome da vítima, entre o final do osso
esterno (apêndice xifóide) e o umbigo.
De então repetidos puxões rápidos para dentro e
para cima, a fim de expelir o corpo estranho.
Repita os movimentos até conseguir desobstruir
as vias aéreas da vítima, ou então, até ela ficar
inconsciente.
53. 2. Se a vítima está inconsciente, deite-a de costas
e posicione-se sobre o seu quadril.
Coloque a palma de uma de suas mãos contra o
abdome da vítima, cerca de 4 dedos acima do
umbigo. Com a outra mão sobre a primeira,
comprima 5 vezes contra o abdome da vítima com
empurrões rápidos para cima. Depois abra a boca
da vítima e pesquise a presença do corpo estranho.
Se esse aparecer na boca, retire-o com seu dedo.
Se não, providencie uma ventilação e se o ar não
passar, reposicione a cabeça e ventile novamente.
Se a obstrução persiste repita o procedimento
novamente, até conseguir expulsar o objeto que
causa a obstrução respiratória.
54. Quedas
Deixar a vítima onde está, imobilizar o local da dor
com material apropriado.
Se estiver desacordado, atentar para a respiração
Não movimentar a vítima.
Chamar socorro 192 ou 193( bombeiro ou SAMU).
55. Convulsões
Deitar a vítima cuidadosamente
Afrouxar roupas
Lateralizar sua cabeça
cuidadosamente
Tirar objetos que possam machucá-la
Ligar para atendimento 192
Aguardar a crise passar( duram em
média 3 a 5 min)
56. Desmaios
Se a vítima, referir tontura ou mal
estar, coloca-se numa posição
confortável; sentada ou deitada
Afrouxe roupas
Coloque em um local ventilado
Levante MMII