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Mateus Silva
Passos para o estudo da Bíblia
Quatro partes essenciais compõem o
fundamento de todo estudo da Bíblia –
observação, interpretação, correlação e
aplicação. Estas são partes básicas para
empregar no seu estudo da Palavra,
independentemente da espécie de estudo em
que você está empenhado (tais como,
devocional, biográfico, analítico, tópico e livro
por livro), é necessário examinar cada uma
individualmente, com profundidade.
Observação (Descubra o que o texto diz!) – O passo
da OBSERVAÇÃO requer que você assuma o papel de
detetive bíblico, procurando pistas quanto ao
significado do texto. Aprender nunca é fácil. Exige um
ato de vontade: você precisa ter a disposição e o
desejo de aprender. Exige persistência, diligência e
disciplina. Exige registro; anote tudo que achar
importante, mas não se perca nas minúcias.
Muitas pessoas não leem bem, pois nem sempre
entendem o que estão lendo ou não vão se
lembrar de muita coisa que leram – e poderiam
ser ajudadas com a obra A Arte de Ler , de
Mortimer J. Adler, Editora Agir, ou Técnicas para
uma leitura rápida e eficaz , de Donald Weiss,
Editora Nobel.
Aprenda a ler o texto bíblico
O dr. G. Campbell Morgan, conhecido comentarista
bíblico da geração passada, costumava dizer que não
se lançava ao ensino de qualquer livro da Bíblia
enquanto não o houvesse lido pelo menos
cinquenta vezes. Ele cria que precisava de lê-lo pelo
menos esse número de vezes para entender bem
cada parte e relacioná-la ao todo.
Quem?
– Quem escreveu? É sempre proveitoso para o leitor procurar
conhecer o autor humano dos livros bíblicos: seu modo de
viver, pensar e trabalhar.
– Quem está recebendo (ou deveria receber) a mensagem? É
o exercício de identificar os prováveis leitores originais (os
destinatários da mensagem ou do livro bíblico). Outra
variação desta pergunta é: A quem se fala? ou A quem se
dirige esta palavra?
– Quem são as pessoas no texto? Ao identificar quem está na
passagem (quem está falando ou quem é retratado), procure
saber:
a. O que se diz a respeito da pessoa ou pessoas? Note bem
cada vez que se diz algo sobre uma pessoa. Certifique-se
de consultar outras passagens para aprender tudo que
puder sobre a pessoa mencionada.
b. b. O que a pessoa diz?
O quê?
– O que está acontecendo neste texto?
Quais são os eventos? Em que ordem
ocorrem? O que acontece com as
personagens? Ou, se for uma passagem
que discute um ponto: Qual o argumento?
Qual o ponto? O que o escritor está
tentando comunicar?
– O que está errado nesta situação?
Onde?
– Onde a narrativa está acontecendo? Onde
estão as pessoas na história? De onde estão
vindo? Para onde vão? Onde está o escritor?
Onde estavam os leitores originais do texto?
Esta pergunta fornece o local. Mapas que
mostram onde os eventos bíblicos
aconteceram podem ajudar você obter as
respostas.
Quando?
– Quando os eventos do texto aconteceram?
Quando ocorreram em relação a outros
eventos nas Escrituras? Quando acontecerá?
Quando o autor escreveu?
Esta é a pergunta que indica tempo. Palavras
que geralmente dão a dica para o leitor
observar o tempo: depois disto, quando, até,
então, etc.
Por quê?
– Por que esse “ensino” em particular foi
apresentado? Por que foi colocado aqui? Por que
vem depois daquilo? Por que precede aquilo? Por
que esta pessoa diz isso? Por que aquela pessoa não
diz nada?
A questão “Por quê?” busca por significado ou
propósito; ela investiga o texto mais do que qualquer
outra pergunta. Fazê-la, inevitavelmente conduzirá
você a novas perspectivas em seu estudo bíblico.
Para quê?
– Que diferença isso faria se eu fosse aplicar esta verdade?
“Para quê” é a pergunta que nos faz começar a praticar algo
sobre o qual lemos. Lembre-se, a Palavra de Deus não foi
escrita para satisfazer nossa curiosidade; mas para mudar
nossas vidas. Assim, em qualquer passagem das Escrituras,
precisamos perguntar: e daí? Quando chegarmos ao passo da
Aplicação, você verá maneiras de se responder a esta
pergunta.
Também pode ser usada a pergunta Como? – Como as coisas
se deram? Qual foi o resultado? Que método foi utilizado?
Como isso é feito? Como aconteceu? Como essa verdade é
exemplificada?
Propósito através da estrutura gramatical
Precisamos prestar cuidadosa atenção nos
seguintes aspectos gramaticais do texto:
Verbos – são as palavras de ação ou
movimento que nos dizem quem está fazendo
o quê. Examine-os com toda atenção e
questione: Que espécie de ação os verbos
expressam? A maioria está na voz ativa ou
passiva? Os verbos estão no imperativo – dão
ordens? Quais verbos se repetem? Que
significam? Ex: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais
ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. (João
5:39)
Sujeito e objeto –
o sujeito de uma sentença executa a
ação e o objeto sofre a ação. É
importante não confundi-los.
Modificadores – são as palavras descritivas como
os adjetivos e advérbios. Eles ampliam o
significado das palavras que modificam e muito
frequentemente fazem toda a diferença. Entre
elas, estão os termos de conclusão e consequência
– veja, por exemplo, II Tm 1: v.4 ( para que ); v.6 (
por cujo motivo ou por esta razão ); v.7 ( porque );
v.8 ( portanto ); v.12 ( por isso; porque ).
Frases preposicionais – preposições são pequenas
palavras que nos dizem onde a ação acontece: em ,
sobre , através , para etc.
Conjunções – são palavras que unem duas orações
ou dois termos semelhantes da oração: e, mas ,
portanto , porém , enquanto , ainda , a fim de que
etc.
Algumas questões para o estudo analítico:
1) Qual é o assunto principal? 2) Quem são as pessoas principais? 3) O que o
texto diz a respeito de Cristo? 4) Qual é o versículo-chave ou principal? 5)
Qual a lição central? 6) Quais são as principais promessas? 7) Qual o erro
apontado que devo evitar? 8) Qual o exemplo que devo seguir? 9) O que há
nesta passagem que eu mais preciso aplicar em minha vida?
Exemplo : Estudo Analítico de 1 Pd 2:1-25
Vv.1 ( Interpretação ): Seguir este conselho é alienar-se do mundo, pois é
assim que o mundo age. Não segui-lo é alienar-se de Deus.
Vv. 2 ( Aplicação ): Peça com ardor o leite da Palavra.
Vv. 3 ( Correlação ): Salmo 34:8.
Vv. 1 e 11 ( Observação ): A santificação é uma das ênfases de 1 Pedro. Ela
deve dar-se em três direções:
a. Para com Deus (v. 13) – esperar, ter fé, apropriar-se da graça de Deus; b.
Para com os outros (v. 1) – relacionada com os últimos seis dos Dez
Mandamentos; c. Para consigo mesmo (v. 11) – estes são pecados que
primeiramente ferem a pessoa que os comete.
Vv. 4-8 (O): Três citações do VT são usadas para explicar o uso de pedra com
referência a Jesus Cristo (Is 8:14; 28:16; Sl 118:22).
Vv. 9-10 (O): Quem somos? Somos...
a. Raça eleita – a palavra eleita (“eleitos”) é empregada em 1:2 também.
Fomos eleitos para a obediência (1:2), e fomos eleitos para o serviço (2:9). A
santificação é a nossa meta, e a obediência é o processo.
b. Sacerdócio real – no vers. 5 é sacerdócio santo ; aqui é sacerdócio real,
com as figuras provavelmente tomadas de Melquisedeque, o rei-sacerdote
do VT (Gn 14).
c. Nação santa – coletivamente somos o povo de Deus e formamos uma
nação singular, povo cujo carimbo distintivo é a santidade. Nosso alvo é
sermos parecidos com Cristo.
d. Propriedade exclusiva, peculiar – somos povo especialmente aparelhado
para ser possessão de Deus. A palavra peculiar , usada em algumas versões,
significa “produzido ou adquirido por alguém para si mesmo” – ou seja,
refere-se a algo que é privativo de uma pessoa. Deus nos adquiriu para
sermos um povo para Ele.
(A) Nem sempre fomos essas quatro coisas, razão por que devemos louvar a
Deus porque Ele nos mudou:
1. Das trevas para a luz – do pecado para a gloriosa salvação.
2. Da condição de não povo para a de povo de Deus – da insignificância para
propósito e sentido.
3. Da ausência de misericórdia para tê-la em abundância.
Vv. 12 - Sendo exemplo diante dos incrédulos.
Vv. 13 (O): “toda instituição humana”. Devemos obedecer a todas as leis que
não violem as leis de Deus, quer o governo seja favorável, quer seja hostil, e o
fazemos por causa do Senhor (ver Atos 4:19; 5:25).
Vv. 13,15 (O): as duas ordens dadas nesta parte são sujeição e serviço
(“sujeitai-vos”... “pela prática do bem”).
Vv. 15,19,20 (O): as duas razões dadas nesta porção para submissão e serviço
são:
1. demonstrar ao mundo que a vocação de Deus é para uma vida em prol do
bem; 2. a Deus agrada tal conduta, visto que reflete o caráter de Jesus Cristo
(vv. 21-25).
Vv. 13,14,18 (O): os dois grupos aos quais devemos sujeitar-nos e aos quais
devemos servir são o governo e os empregadores .
Vv. 25 (O): somos bem parecidos com ovelhas extraviadas, mas Cristo nos
trouxe de volta para Si. Isso revela que Ele é:

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Passos para estudar a Bíblia

  • 2. Passos para o estudo da Bíblia Quatro partes essenciais compõem o fundamento de todo estudo da Bíblia – observação, interpretação, correlação e aplicação. Estas são partes básicas para empregar no seu estudo da Palavra, independentemente da espécie de estudo em que você está empenhado (tais como, devocional, biográfico, analítico, tópico e livro por livro), é necessário examinar cada uma individualmente, com profundidade.
  • 3. Observação (Descubra o que o texto diz!) – O passo da OBSERVAÇÃO requer que você assuma o papel de detetive bíblico, procurando pistas quanto ao significado do texto. Aprender nunca é fácil. Exige um ato de vontade: você precisa ter a disposição e o desejo de aprender. Exige persistência, diligência e disciplina. Exige registro; anote tudo que achar importante, mas não se perca nas minúcias.
  • 4. Muitas pessoas não leem bem, pois nem sempre entendem o que estão lendo ou não vão se lembrar de muita coisa que leram – e poderiam ser ajudadas com a obra A Arte de Ler , de Mortimer J. Adler, Editora Agir, ou Técnicas para uma leitura rápida e eficaz , de Donald Weiss, Editora Nobel. Aprenda a ler o texto bíblico
  • 5. O dr. G. Campbell Morgan, conhecido comentarista bíblico da geração passada, costumava dizer que não se lançava ao ensino de qualquer livro da Bíblia enquanto não o houvesse lido pelo menos cinquenta vezes. Ele cria que precisava de lê-lo pelo menos esse número de vezes para entender bem cada parte e relacioná-la ao todo.
  • 6. Quem? – Quem escreveu? É sempre proveitoso para o leitor procurar conhecer o autor humano dos livros bíblicos: seu modo de viver, pensar e trabalhar. – Quem está recebendo (ou deveria receber) a mensagem? É o exercício de identificar os prováveis leitores originais (os destinatários da mensagem ou do livro bíblico). Outra variação desta pergunta é: A quem se fala? ou A quem se dirige esta palavra? – Quem são as pessoas no texto? Ao identificar quem está na passagem (quem está falando ou quem é retratado), procure saber: a. O que se diz a respeito da pessoa ou pessoas? Note bem cada vez que se diz algo sobre uma pessoa. Certifique-se de consultar outras passagens para aprender tudo que puder sobre a pessoa mencionada. b. b. O que a pessoa diz?
  • 7. O quê? – O que está acontecendo neste texto? Quais são os eventos? Em que ordem ocorrem? O que acontece com as personagens? Ou, se for uma passagem que discute um ponto: Qual o argumento? Qual o ponto? O que o escritor está tentando comunicar? – O que está errado nesta situação?
  • 8. Onde? – Onde a narrativa está acontecendo? Onde estão as pessoas na história? De onde estão vindo? Para onde vão? Onde está o escritor? Onde estavam os leitores originais do texto? Esta pergunta fornece o local. Mapas que mostram onde os eventos bíblicos aconteceram podem ajudar você obter as respostas.
  • 9. Quando? – Quando os eventos do texto aconteceram? Quando ocorreram em relação a outros eventos nas Escrituras? Quando acontecerá? Quando o autor escreveu? Esta é a pergunta que indica tempo. Palavras que geralmente dão a dica para o leitor observar o tempo: depois disto, quando, até, então, etc.
  • 10. Por quê? – Por que esse “ensino” em particular foi apresentado? Por que foi colocado aqui? Por que vem depois daquilo? Por que precede aquilo? Por que esta pessoa diz isso? Por que aquela pessoa não diz nada? A questão “Por quê?” busca por significado ou propósito; ela investiga o texto mais do que qualquer outra pergunta. Fazê-la, inevitavelmente conduzirá você a novas perspectivas em seu estudo bíblico.
  • 11. Para quê? – Que diferença isso faria se eu fosse aplicar esta verdade? “Para quê” é a pergunta que nos faz começar a praticar algo sobre o qual lemos. Lembre-se, a Palavra de Deus não foi escrita para satisfazer nossa curiosidade; mas para mudar nossas vidas. Assim, em qualquer passagem das Escrituras, precisamos perguntar: e daí? Quando chegarmos ao passo da Aplicação, você verá maneiras de se responder a esta pergunta. Também pode ser usada a pergunta Como? – Como as coisas se deram? Qual foi o resultado? Que método foi utilizado? Como isso é feito? Como aconteceu? Como essa verdade é exemplificada?
  • 12. Propósito através da estrutura gramatical Precisamos prestar cuidadosa atenção nos seguintes aspectos gramaticais do texto: Verbos – são as palavras de ação ou movimento que nos dizem quem está fazendo o quê. Examine-os com toda atenção e questione: Que espécie de ação os verbos expressam? A maioria está na voz ativa ou passiva? Os verbos estão no imperativo – dão ordens? Quais verbos se repetem? Que significam? Ex: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. (João 5:39)
  • 13. Sujeito e objeto – o sujeito de uma sentença executa a ação e o objeto sofre a ação. É importante não confundi-los.
  • 14. Modificadores – são as palavras descritivas como os adjetivos e advérbios. Eles ampliam o significado das palavras que modificam e muito frequentemente fazem toda a diferença. Entre elas, estão os termos de conclusão e consequência – veja, por exemplo, II Tm 1: v.4 ( para que ); v.6 ( por cujo motivo ou por esta razão ); v.7 ( porque ); v.8 ( portanto ); v.12 ( por isso; porque ). Frases preposicionais – preposições são pequenas palavras que nos dizem onde a ação acontece: em , sobre , através , para etc. Conjunções – são palavras que unem duas orações ou dois termos semelhantes da oração: e, mas , portanto , porém , enquanto , ainda , a fim de que etc.
  • 15. Algumas questões para o estudo analítico: 1) Qual é o assunto principal? 2) Quem são as pessoas principais? 3) O que o texto diz a respeito de Cristo? 4) Qual é o versículo-chave ou principal? 5) Qual a lição central? 6) Quais são as principais promessas? 7) Qual o erro apontado que devo evitar? 8) Qual o exemplo que devo seguir? 9) O que há nesta passagem que eu mais preciso aplicar em minha vida? Exemplo : Estudo Analítico de 1 Pd 2:1-25 Vv.1 ( Interpretação ): Seguir este conselho é alienar-se do mundo, pois é assim que o mundo age. Não segui-lo é alienar-se de Deus. Vv. 2 ( Aplicação ): Peça com ardor o leite da Palavra. Vv. 3 ( Correlação ): Salmo 34:8. Vv. 1 e 11 ( Observação ): A santificação é uma das ênfases de 1 Pedro. Ela deve dar-se em três direções: a. Para com Deus (v. 13) – esperar, ter fé, apropriar-se da graça de Deus; b. Para com os outros (v. 1) – relacionada com os últimos seis dos Dez Mandamentos; c. Para consigo mesmo (v. 11) – estes são pecados que primeiramente ferem a pessoa que os comete.
  • 16. Vv. 4-8 (O): Três citações do VT são usadas para explicar o uso de pedra com referência a Jesus Cristo (Is 8:14; 28:16; Sl 118:22). Vv. 9-10 (O): Quem somos? Somos... a. Raça eleita – a palavra eleita (“eleitos”) é empregada em 1:2 também. Fomos eleitos para a obediência (1:2), e fomos eleitos para o serviço (2:9). A santificação é a nossa meta, e a obediência é o processo. b. Sacerdócio real – no vers. 5 é sacerdócio santo ; aqui é sacerdócio real, com as figuras provavelmente tomadas de Melquisedeque, o rei-sacerdote do VT (Gn 14). c. Nação santa – coletivamente somos o povo de Deus e formamos uma nação singular, povo cujo carimbo distintivo é a santidade. Nosso alvo é sermos parecidos com Cristo. d. Propriedade exclusiva, peculiar – somos povo especialmente aparelhado para ser possessão de Deus. A palavra peculiar , usada em algumas versões, significa “produzido ou adquirido por alguém para si mesmo” – ou seja, refere-se a algo que é privativo de uma pessoa. Deus nos adquiriu para sermos um povo para Ele.
  • 17. (A) Nem sempre fomos essas quatro coisas, razão por que devemos louvar a Deus porque Ele nos mudou: 1. Das trevas para a luz – do pecado para a gloriosa salvação. 2. Da condição de não povo para a de povo de Deus – da insignificância para propósito e sentido. 3. Da ausência de misericórdia para tê-la em abundância. Vv. 12 - Sendo exemplo diante dos incrédulos. Vv. 13 (O): “toda instituição humana”. Devemos obedecer a todas as leis que não violem as leis de Deus, quer o governo seja favorável, quer seja hostil, e o fazemos por causa do Senhor (ver Atos 4:19; 5:25). Vv. 13,15 (O): as duas ordens dadas nesta parte são sujeição e serviço (“sujeitai-vos”... “pela prática do bem”). Vv. 15,19,20 (O): as duas razões dadas nesta porção para submissão e serviço são: 1. demonstrar ao mundo que a vocação de Deus é para uma vida em prol do bem; 2. a Deus agrada tal conduta, visto que reflete o caráter de Jesus Cristo (vv. 21-25). Vv. 13,14,18 (O): os dois grupos aos quais devemos sujeitar-nos e aos quais devemos servir são o governo e os empregadores . Vv. 25 (O): somos bem parecidos com ovelhas extraviadas, mas Cristo nos trouxe de volta para Si. Isso revela que Ele é: