Musica

1. Luzia13-09-2015

2. Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos

3. Sem amor eu nada seria

4. É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade

5. O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

6. Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida, que dói e não se sente

7. É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

8. É um não querer
mais que bem-querer

9. É solitário andar por entre as redes
É um não contentar-se de contente

10. É cuidar que se ganha e se perder
É um estar-se preso por vontade

11. É servir a quem vence o vencedor
É um ter com quem nos mata

12. Lealdade tão contrário
assim é o mesmo amor

13. Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem

14. Agora vejo em parte
Mas então veremos, face a face

15. É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade

16. O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

17. Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos

18. Sem amor, eu nada seria

19. A música a ser analisada nesses princípios é “Monte Castelo” de Renato
Russo. Ela é um diálogo com o texto bíblico “O amor é um dom supremo’’
escrito pelo apóstolo Paulo à Igreja de Coríntios (que fala da sublimidade
do amor como sentimento puro, verdadeiro e generoso) e o soneto de
Camões “amor é um fogo que arde sem se ver” (que apresenta o amor
existente entre homem e mulher). Além disso, analisando a música em
seu contexto histórico percebemos que o seu nome também é um fator de
intertextualidade, visto que nessa época ocorreram as Guerras Mundiais
(I e II) e foi na Segunda Guerra Mundial que aconteceu a batalha de
Monte Castelo (Itália), na qual a força expedicionária Brasileira (FEB),
conhecida também como “os pracinhas", teve participação obtendo êxito
apesar de seus soldados terem, em sua maioria
sido dizimados.

20. FORMATAÇÃO: LUZIA GABRIELE
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
FOTOS: INTERNET
FONTE: INTERNET
MÚSICA: FAGNER E ÂNGELA MARIA
MONTE CASTELO
DATA: 13 DE SETEMBRO DE 2015
Repassesemmodificar
LuziaGabriele
Nesse caso, constatamos a presença de outro princípio de textualidade : a
intencionalidade. O compositor conseguiu realizar esse diálogo entre o texto e o
soneto que falam do amor de maneiras bastante distintas, com o intuito de
mostrar que esse sentimento se realiza nas ações do homem e que apesar de
manifestar seu lado puro também é repleto de sofrimento e dor. Ou seja, ele fala
do amor existente entre as pessoas em geral e que sua ausência provoca conflito
entre as nações destruindo vidas e os sonhos daqueles que esperam por dias de
paz e justiça.