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1.0 INTRODUÇÃO
A Educação à Distância (EAD) é uma modalidade da Educação, com a mediação de
recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes
de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos
meios de comunicação (TESSAROLLO, 2000).”. De acordo com Borba (2005), a
construção do conhecimento envolve uma combinação de seres humanos e de recursos
didáticos.
Se, no passado a Educação a Distância (EAD) já acontecia por meio de
correspondência, atualmente, com todas essas facilidades, a disseminação dessa vertente
educacional é inevitável. De 2003 a 2006, o número de cursos nessa modalidade no
Brasil aumentou 571% (CHAMARELLI, 2008), o que demonstra a velocidade dessa
expansão. Nesse cenário, há de se levar em consideração a matemática no ensino a
distância, uma vez que não está isenta desse processo. Hoje, o material didático
disponível na aprendizagem conta com uma gama de opções que vai da ferramenta mais
simples ao recurso tecnológico mais sofisticado.
Essa variedade de ferramentas e métodos hoje utilizados no EAD, nos motiva a
conhecer de que forma a matemática se apropria delas e as utilizas como método de
ensino. Onde uma das premissas fundamentais do método é o respeito às diferenças
individuais do corpo discente. Interessamo-nos em descobrir as metodologias aplicadas
na EAD, de como se compõe a grade curricular, qual o perfil do corpo docente e, por
fim compará-los ao curso presencial. A relevância do trabalho se dá porque não só por
ele se apresentar como um ensino a distancia, mas também por tratar-se de um curso de
licenciatura, onde o corpo discente amanhã deverá se apresentar do outro lado na forma
de docente.
Desse modo questionamos:
Que metodologias de ensino são aplicadas nesta modalidade de curso, qual o perfil
do corpo docente e como é composta sua grade curricular?
2.0 OBJETIVOS:
2.1 Geral:
Descrever e comparar entre dois cursos de Licenciatura em Matemática, as formas de
ensino a distância e presencial.
2.2 Específicos:
- Descrever a metodologia de ensino, grade curricular e o perfil do corpo docente entre
as duas modalidades;
- Comparar as metodologias de ensino, grade curricular e o perfil do docente
entre as duas modalidades.
3.0 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Breve Relato da História da Educação a Distância - EAD no Brasil
Alguns autores citam as cartas do apóstolo Paulo como os primeiros registros de EAD
(LOUZADA, 2001; PETERS, 2003). A educação a distância não constitui um assunto
novo. Grande parte do conhecimento matemático produzido na antiguidade não se
limitou a um único país. Os matemáticos se correspondiam, compartilhando seus
estudos. Arquimedes, em Siracusa, nessa mesma época, já trocava cartas comunicando
suas descobertas matemáticas a Erastóstenes, em Alexandria. (EVES, 2004).
Segundo Nunes (2010), a EAD surgiu no Brasil em 1904, com o ensino por
correspondência, ofertado por instituições privadas que ofereciam educação não formal,
por meio de cursos profissionalizantes em áreas técnicas, sem exigência de
escolarização anterior.
No período da República Velha e das oligarquias agrárias, quando houve o predomínio
dos fazendeiros, ocorre a primeira transmissão radiofônica brasileira em Recife em abril
de 1919. O rádio passa a partir daí a contribuir para o fortalecimento do ensino a
distancia no Brasil.
A partir de 1941, o Instituto Universal Brasileiro passa a desempenhar durante anos o
papel de promover EAD no Brasil. Esse serviço disponibilizado pelo instituto tem como
meio de comunicação os serviços de correspondência que eram realizados pela antiga
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), atual Correios (Nunes,2010).
Na década de 70 em pleno período da Ditadura Militar no Brasil inaugura-se uma nova
modalidade de EAD, o da Tele difusão. A partir daí houve uma grande participação de
canais de televisão abertos que através dos seus projetos de Telecurso, passam a
oferecer a educação do segundo grau (1978).
A partir do ano de 1992, quando a internet começa a despontar no Brasil como um meio
de comunicação, inicia-se um novo momento da EAD. Por volta do ano de 1994, as
universidades brasileiras passam a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores à
distância, assim como ao uso de novas tecnologias nesse processo. Em maio de 96 é
criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED) através do Decreto nº 1.917.
Após uma série de encontros realizados pelo País para discutir suas diretrizes iniciais,
foi lançado oficialmente, em 1997, o Proinfo – Programa Nacional de Informática na
Educação –, cujo objetivo é a instalação de laboratórios de computadores para as
escolas públicas urbanas e rurais de ensino básico de todo o Brasil. (BRASIL, 1996).
Além da constituição da Secretaria de Educação a Distância, no ano de 1996 também
foi publicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que estabeleceu as
prerrogativas da educação do País, trazendo em seu bojo algumas inovações e
deliberando também sobre a Educação a Distância, segundo o PROINFO com a nova
LDB a EAD passou a ser considerada oficialmente uma modalidade de educação. O
artigo 80 da Lei nº 9394 estabelece na legislação educacional brasileira, pela primeira
vez, de forma clara, a educação à distância quando diz que:
[...] caracteriza-se a educação à distância como modalidade educacional na qual a
mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a
utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”.
(BRASIL, 1996).
E finalmente em Dezembro de 2005, através do Decreto Nº 5.622, de 19 de dezembro
de 2005segundo as basesLei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conforme
regulamentado que:
Art. 1º Para os fins deste Decreto caracteriza-se a educação à distância como
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em
lugares ou tempos diversas.
3.2 O Que é Educação a Distância – EAD
A Educação é, e sempre foi, assunto que merece atenção especial, levando em
consideração que a aprendizagem é um processo contínuo na vida de qualquer pessoa.
Ao trabalhar com o conceito de Educação a Distância (EAD), o objeto de estudo é o
ensino onde há uma distância física entre professor e aluno (MORAN, 2002; SANTOS,
1999; LEITE e SILVA, 2003).
Neste caso, é fundamental a utilização dos meios de comunicação que possam facilitar
oprocesso de ensino-aprendizagem.
De acordo com o Decreto nº 2494, de 10 de fevereiro de 1998, do MEC:
“(...) trata-se de uma forma de ensino que possibilita a
autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos
sistematicamente organizados, apresentados em diferentes
suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e
veiculados pelos diversos meios de comunicação.”
Um dos objetivos da EAD é formar uma nova mentalidade em relação ao uso de
tecnologias para a aprendizagem (DANDOLINI, 2006). A tecnologia não faz nada
sozinha. É fundamental o envolvimento do aluno na construção do conhecimento. É
importante que o aluno entenda o aprendizado no ambiente virtual como uma
oportunidade de estudo cooperativo. O discente deixa o papel de receptor passivo do
conhecimento e passa a ser participativo e ativo no processo de aprendizagem.
Não há uma regra geral que diga se as turmas virtuais são mais ou menos participativas,
mas é necessário quebrar o estereótipo de que o ensino a distância, necessariamente,
está ligadaa uma educação fria e desprovida de sentimento. Uma preocupação constante
entre os educadores envolvidos nessa área é a relação professor-aluno. Saraiva (1996)
coloca que, nessa modalidade especialmente, deve existir um processo bilateral, ou seja,
deve existir um comprometimento de ambas as partes, professor e aluno, para promover
uma educação consistente.
Segundo Borba et al (2007, p. 27):
“Quando o foco é aprendizagem matemática, a interação é
uma condição necessária no seu processo”. Trocar ideias,
compartilhar as soluções encontradas para um problema proposto,
expor o raciocínio, são as ações que constituemo ‘fazer’
Matemática. “E, para desenvolver esse processo a distância, os
modelos que possibilitam o envolvimento de várias pessoas têm
ganhado espaço, em detrimento daqueles que focalizam a
individualidade.”
Nesse contexto, fica evidente que o ambiente virtual está impregnado de relações
sociais, como afirma Borba et al (2007). Assim, apesar de não haver o contato face a
face, a interatividade é compensada de outras formas. No chat, por exemplo, o diálogo
se dá umamaneira descontraída e informal. Nesse espaço, as pessoas buscam colocar
características nalinguagem escrita que demonstrem suas intenções ou entonação de
voz, por exemplo.
Borba et al (2007, p. 26) ressalta ainda que:
“A interação via internet, por sua vez, permite combinar as
várias possibilidades de interação humana, no que diz respeito aos
softwares e as interfaces, com a liberdade referente ao tempo e/ou
ao espaço. Nesse contexto, encontram-se as relações entre o aluno
e os diversos elementos que compõem o cenário educativo, como o
conteúdo, o professor, outros alunos, a instituição de ensino, etc.”.
Freire (1994) já falava da importância de desenvolver a autonomia no educando e o
ensino a distância é uma ótima maneira de trabalhar a responsabilidade do aluno diante
das suas decisões, uma vez que ele vai organizar seus horários de estudo e definir suas
prioridades em relação ao curso que optou por fazer.
Nosso país tem procurado acompanhar o mundo atual, participando desta globalização
com as suas convergências, divergências e necessidades, econômicas, sociais, e
educacionais, buscando alternativas para oportunizar o oferecimento da educação para
todos, com mais condições igualitárias conforme a UNESCO estabelece “Educação para
todos”, em suas metas para um mundo melhor, mais justo e inclusivo, e é neste contexto
de inclusão que se criou a Universidade Aberta (UAB), como nos trás, Cossio (2011).
Conforme nos diz Dourado (2008) [...] o Brasil com alto avanço tecnológico e, ao
mesmo tempo, com parcela significativa da população em situação de extrema pobreza,
historicamente estruturado por desigualdades sociais imensas, agrega inúmeros
desafios. Tais como na saúde, na habitação, e no oferecimento da educação superior a
parcela significativa da população. As instituições particulares são as que mais oferecem
vagas nos cursos superiores, mas por causa dos seus altos custos boa parte dessa
população não consegue custeá-los ou manter-se nestas instituições de ensino privado.
Buscando-se uma alternativa para o contexto brasileiro de falta de vagas e de altos
custos dos cursos da Educação Superior, surge uma nova fase na modalidade de ensino,
a EAD, para preencher esta lacuna. E a Educação a Distância destaca-se pela sua oferta
pela rede particular de ensino, e é necessário um acompanhamento da qualidade da
educação independente de ser particular ou publica presencial ou à distância. Como nos
traz Dourado (2008).
3.3 A Matemática na História da EAD
No séc. XIX há registros da EAD de maneira sistematizada (FRANCO, 2006;
SARAIVA, 1996). Com uma ferramenta simples como a escrita, a matemática se
desenvolveu de maneira expressiva. Desenvolvimento que ficaria perdido se não
houvesse a possibilidade de se trocar e compartilhar informações a cerca dos estudos
feitos em cada época. Nesse caso, pode-se observar o exemplo do francês Pierre de
Fermat que, segundo Eves (2004):
“Embora publicasse pouco durante sua vida, manteve
correspondência científica com muitos dos principais matemáticos
de seu tempo e, dessa maneira, exerceu considerável influência
sobre seus contemporâneos. Fermat enriqueceu tantos ramos da
matemática com tantas contribuições importantes que é
considerado o maior matemático francês do século XVII.”
Embora não se tratasse de EAD propriamente dita, a troca de informações era feita
predominantemente por cartas, o que já demonstrava a importância dos meios de
comunicação na produção do conhecimento. A produção matemática especialmente no
séc. XVII foi uma das maiores de todos os tempos (EVES, 2004).
Com esse cenário, é fácil perceber que a matemática, mesmo nas épocas mais remotas,
não se eximiu de produzir conhecimento pela distância ou dificuldade de comunicação.
Pelo contrário, participou efetivamente da melhoria dos recursos tecnológicos, além de
ter a correspondência escrita constantemente presente na troca de informações e estudos
entre os matemáticos. Entretanto, a oficialização e regulamentação dos estudos
matemáticos que utilizam essa modalidade de ensino vieram bem mais tarde.
Um exemplo na matemática é a história da francesa Sophie Germain (1776-1831).
Umamulher que se apaixonou por matemática após conhecer a biografia de
Arquimedes. Noentanto, para a sociedade da época era inconcebível uma mulher
aprofundar algum conhecimento científico.Em 1794 foi fundada a ÉcolePolytechnique,
em Paris, destinada à formação de cientistas e matemáticos. A escola era restrita à
homens e, apesar da vontade, Sophie não pôde se matricular. Germain então passou a
utilizar o pseudônimo masculino de M. Leblanc e conseguiu as notas de vários
professores com os quais ela passou a se corresponder e enviar os trabalhos escritos que
lhe resultaram intermináveis elogios de Lagrange, que era um dos professores da escola.
(EVES, 2004).
Ao descobrir que o senhor Leblanc era uma mulher, Lagrange não sentiu menos respeito
por aquela mente fantástica e numa segunda edição de seu livro
EssaisurleThéoriedesNombres acrescentou várias descobertas de Sophie relatadas em
suas cartas (MORAISFILHO, 2003). Segundo Eves (2004), além de Lagrange, Germain
também se correspondia com Gauss, por quem foi elogiada e cumprimentada. Eves
(2004) ainda lamenta que Sophie e Gauss nunca tenham se conhecido pessoalmente e
que Germain tenha morrido (em 1831) “antes de a Universidade de Göttingen conferir-
lhe o título honorário de doutor recomendado por Gauss.” (Eves, 2004, p. 525).
Sophie demonstrou como a EAD ajudou a quebrar as barreiras de preconceito existentes
na época, levando em consideração que a Escola Politécnica só se tornou acessível a ela
pela possibilidade do estudo à distância. Germain também deixou claro que é possível
odesenvolvimento de uma educação matemática de qualidade à distância.Interessante
observar que a história de Sophie Germain se passa antes da fundação da primeira
escola de línguas por correspondência de Berlim (1856). Ou seja, o ensino a distância
estava presente em vários pontos do planeta, mas em determinado momento alguém
percebeu a necessidade de sistematizar e organizar essa estrutura de ensino.
Todavia, ainda hoje é fácil constatar com uma pesquisa informal, a desconfiança em
relação à matemática na EAD por parte de algumas pessoas mais conservadoras. É
quase um senso comum à expressão de espanto da maioria das pessoas ao ouvir falar de
matemática no ensino a distância, sempre seguida de uma das perguntas: “E isso dá
certo?” ou “Isso é possível?”.Como foi verificada, essa forma de estudar matemática
não é uma novidade, basta montar uma estrutura adequada para desenvolver uma
metodologia de ensino eficaz.
3.4 A Matemática na Atual Conjuntura da EAD Brasileira
Desde 1920, quando houve as primeiras experiências de EAD no Brasil, até por
volta do ano 2000, não foram encontradas referências seguras sobre as atividades de
matemática na EAD.Não se sabe exatamente o que foi produzido nesse período. As
notas devidamente regulamentadas que se referem aos procedimentos utilizados com o
intuito detransmissão de conhecimento matemático, no Brasil, quase totalmente se
remetem a experiências de menos de 10 anos.
A maior parte desses exemplos está relacionada ao desenvolvimento de software para
facilitar a interação em ambiente virtual.A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM)
reconhece a importância da matemática trabalhada no ensino virtual, com a
possibilidade de levar o conhecimento matemático a um número de pessoas cada vez
maior, independentemente da distância. Levando em consideração que dados do
Instituto Nacional de Analfabetismo Funcional (INAF) apontam que 77% dos
brasileiros são analfabetos funcionais em matemática, uma preocupação relevante da
SBM é com a qualidade dos cursos ministrados a distância. (SBM).
Importante levar em consideração a segurança das informações encontradas na internet.
Uma das maiores preocupações da SBM e de qualquer professor sério que trabalhe com
matemática na EAD é justamente se a informação passada é confiável ou não. Até para
que se evite propagar o trauma que a maioria das pessoas tem de matemática.
Dandoline,(2006) afirma que:
“Quando tratamos de Matemática, historicamente há uma
visão de que esta éa ciência mais difícil de ser compreendido de
todo o currículo de formação daeducação básica no Brasil. Esse
fato é extremamente preocupante efacilmente comprovado, pois
desde 1991 o Ministério da Educação vemobtendo informações
sobre o desempenho dos alunos de nossas escolas, pormeio do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).”
Ou seja, ao se tratar de matemática, é importante estar atento para a forma como
essadisciplina é abordada. Especialmente no ensino a distância, é importante que o
professor sejacuidadoso ao trabalhar com cada conteúdo. As tecnologias de informação
e comunicaçãodevem ser ferramentas a favor dessa disciplina. Os conceitos
matemáticos devem serapresentados de forma mais interessante, mais dinâmica e mais
motivadora, para superar essavisão preconceituosa de que matemática é difícil.
Atualmente existem inúmeras páginas na internet voltadas para auxiliar o ensino
presencial. São sites com o intuito de tirar dúvidas e auxiliar os alunos com alguns
conceitos matemáticos. No entanto, é preciso ser cuidadoso e buscar sites com fontes
seguras. A produção e uso do site criaram novas e promissoras perspectivas relativas à
expansão dos limites de sala de aula, além de permitir aos alunos uma forma mais
independente de construir seu conhecimento matemático em nível superior.
Em 2005, o Material Didático-Pedagógico citado ficou entre os dez projetos
reconhecidos pelo PAPED – Programa de Apoio a Pesquisa de Educação a Distância -,
que é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância – SEED em conjunto com a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Por meio do
PAPED, o Ministério da Educação incentiva a pesquisa e a melhoria na qualidade do
ensino na modalidade a distância. (E-CALCULO)
3.5 Cursos de Matemática a Distância
Deve-se ressaltar que educação matemática a distância se remete ao estudo específico
de matemática. Outro aspecto é quando se trata da matemática presente na educação à
distância. Quer dizer, como a matemática é trabalhada no ensino virtual
independentemente do curso ministrado.
De acordo com Souza (2005, p. 3): “No Brasil, as poucas iniciativas existentes na área
de Ensino a Distância em Matemática encontram-se ainda em fase inicial de pesquisa e
desenvolvimento”. Uma das primeiras experiências de cursos de matemática a distância,
tem as propostas estruturadas desde 2000 e foram desenvolvidas pelo professor Borba
(2007) e sua equipe na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
(UNESP) de Rio Claro - SP. Os projetos de ensino de matemática a distância
começaram com um curso de extensão chamado Tendências em Educação Matemática,
totalmente a distância, oferecido para professores de matemática que se interessassem
pelo tema.
Os responsáveis pelo curso de Tendências tiveram contato com Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA) que, como o próprio nome já diz, são ambientes virtuais na web
de acesso restrito, voltados para melhor atender o estudo e aprendizagem dos alunos.
Como exemplo comum de AVA há o MOODLE, que disponibiliza ferramentas como
caixa de mensagem, fórum de discussões, calendário acadêmico do curso, além de
exercícios e trabalhos que podem ser enviados através da própria plataforma.
4.0 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso de cunho exploratório, com abordagem descritiva e
comparativa.
Segundo Yin, o estudo de caso representa uma investigação
empírica e compreende um método abrangente, com a lógica
do planejamento, da coleta e da análise de dados. Pode incluir
tanto estudos de caso único quanto de múltiplos, assim como
abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa.
O estudo de caso destaca-se por estudar uma unidade bem delimitada e contextualizada,
com a preocupação de não analisar apenas o caso em si, como algo à parte, mas o que
ele representa dentro do todo e a partir deste ponto.
Por meio dos estudos exploratórios, busca-se conhecer com maior profundidade o
assunto de modo a torná-lo mais claro ou construir questões importantes para condução
da pesquisa. Gil (1999) destaca que a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido
de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. A pesquisa descritiva tem
como principal objetivo descrever características de determinada população ou
fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas caraterísticas
mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados (Gil,
1999).
4.1 Local do Estudo
A pesquisa será realizada no Instituto Federal de Educação Tecnológica – IFPE,
localizada na Cidade Universitária – Recife – Pernambuco e na Faculdade de Ciências
Sociais de Igarassu – FACIG, localizada na BR 101, Igarassu – Pernambuco. Adotamos
como instituição I o IFPE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Pernambuco onde oferece o curso de Licenciatura em Matemática na modalidade à
distância e, instituição II a FACIG – Faculdade de Igarassu, onde a modalidade é
presencial.
4.2 Sujeitos da Pesquisa
Os sujeitos da pesquisa serão professores formadores, tutores e coordenador do curso
EAD e Professores e Coordenador do curso presencial.
4.3 Instrumentos da Pesquisa
Para atingir os objetivos propostos, serão utilizados os seguintes instrumentos:
 Análise documental realizada nas dependências das duas instituições;
 Questionários com perguntas abertas, aplicados aos professores à
distância e presenciais e os coordenadores das duas instituições;
 Quanto aos meios bibliográficos foram obtidos por meio de literatura
correlata e telematizada por meio de consulta em internet e sites
específicos.
Visando garantir o sigilo das pessoas entrevistadas, não constaram dados que permitam
a identificação dos sujeitos. Na pesquisa foram utilizados dados primários e
secundários. Os dados secundários serão coletados através da obtenção de documentos
dos cursos através da coordenação ou do departamento ao qual esteja ligado. Os dados
primários serão coletados através da aplicação de questionários semiestruturados.
(Anexo I)
5.0 RESULTADOS
5.1 Instituição I – EAD
5.1.1 Estrutura Organizacional
5.1.1.1 Metodologia de Ensino
Utiliza-se a Metodologia investigativa, ou seja, os professores assumem o papel de
investigadores, sempre interessados em melhorar práticas educacionais nos seus próprios
cenários, avaliando e modificando suas ações e os seus comportamentos de forma a tornar a
aprendizagem dos estudantes mais eficiente.
Há questões com resoluções de problemas, com correção automática para os componentes
curriculares de matemática com plantões de atendimento virtuais para tirar dúvidas dos
estudantes, links e materiais multimídias para melhorar a compreensão das aulas presenciais,
publicação de notas e resultados de avaliações, cronograma do curso (utilizando a
ferramenta calendário), entrega de trabalhos, projetos e listas de problemas por meio do
ambiente Moodle.
Moodle, nada mais é do que um sistema gerenciador de cursos, ou seja, um LMS (“Learning
Management System”), desenvolvido sob a ótica do construtivismo social, a qual defende a
construção de ideias e conhecimentos em grupos sociais de forma colaborativa, uns para com os
outros, criando assim uma cultura de compartilhamento de significados de em ambiente gratuito
e código aberto. Todo o conteúdo, interação entre os alunos e professores é realizada dentro
deste ambiente.
A instituição realiza três encontros periódicos, sendo dois para aulas presenciais e um para
avaliação. Destacamos também:
 A liberação das atividades para os estudantes em certo período predefinido;
 A aceitação de trabalhos até a data marcada ou mesmo depois dela com a
possibilidade de incluir automaticamente uma penalidade pela entrega atrasada;
 A inclusão de fóruns de noticias, eventos mais recentes e fórum de dúvidas;
 O planejamento, calendário com as atividades e agendamento para o atendimento
individual virtual ou presencial;
 Aproximação entre os participantes e rapidez no esclarecimento de dúvidas;
 Com o registro escrito, datado e arquivado de todos os passos do estudante, o
professor cria uma web fólio para cada estudante;
 Interface que pode ser modificada pelo professor, conforme o teor de sua disciplina
ou do curso;
Segue abaixo algumas características organizacionais e metodológicas do curso na
modalidade à distância:
CARACTERÍSTICAS
DO CURSO EAD
COMENTÁRIOS
Estrutura básica do
curso on-line
Mensagens assíncronas para grupos e indivíduos, acesso aos
materiais do curso e eventos interativos em tempo real.
Discussões Acontecem em fóruns de debates virtuais, correio eletrônico,
compartilhamento de arquivos e nas aulas presenciais com
estrutura planejada. Formam-se grupos com os estudantes,
tarefas específicas e orientação do cronograma.
Atividades
colaborativas
Construção de páginas com os trabalhos dos grupos. Solução
de problemas, simulações ou experimentos on-line e
comparação das soluções. Comentários dos colegas.
Atividades integradas no curso e avaliação.
Avaliação 01 (um) encontro por período (seis meses) para realização das
avaliações que são presenciais.
Aprendizado just-in-
time e learner centered
Aprender a aprender - pesquisar, selecionar e sintetizar
informações, descobrir como e onde localizar respostas e
soluções.
Quadro 1: Aspectos que norteiam o curso a Distância (Coordenação EAD, IFPE).
Segue quadro que vem ao encontro de nossas observações em relação às Metodologias
educacionais nas modalidades em questão.
DIDÁTICA EAD DIDÁTICA PRESENCIAL
O estudante estuda onde e quando desejar
há separação física entre professor e
aluno.
O centro geográfico é a sala de aula
Menor interação social, importância maior
no material didático, que será o meio pelo
qual o estudante terá acesso ao
conhecimento.
Maior interação social, as aulas ocorrem
face a face, métodos e recursos para a
disposição do conteúdo aos estudantes.
Aprendizagem independente e autônoma,
o estudante é mais ativo em relação ao
processo.
Situação controlada pelo professor há
maior possibilidade do estudante ficar
passivo
Vários tipos de Docentes, o que elabora o
material, o presencial eaquele que atua
totalmente à distância.
Um só tipo de docente, presente diante do
estudante.
Professor – mediador da aprendizagem
Tutor – suporte e orientador da
aprendizagem
Professor, fonte de conhecimento.
Ensino via tecnologias de informação e
comunicação (TICs), uso de ferramentas
tecnológicas de interação.
Ensino face a face, recursos presenciais
usuais.
Ênfase na mediação, utilização de
ferramentas de interação.
Ênfase na interação
Comunicação diferenciada no espaço e
tempo.
Comunicação Direta
Esforço focado em auxiliar o estudante a
se organizar e buscar o conhecimento em
locais e horários fixados por ele próprio.
Esforço focado em atender diretamente o
estudante no sentido de transmitir-lhe o
conhecimento na instituição de ensino.
Quadro 2: Metodologias de Ensino aplicadas nas Modalidades EAD e Presencial
5.1.2.1 Grade Curricular – Instituição I
A grade curricular é composta por quarenta e duas disciplinas divididas em 2.685
horas∕aula. Podemos verificar com detalhes no quadro a seguir a grade curricular e carga
horária de cada componente curricular.
PERÍODO COMPONENTES CURRICULARES OBRIGATÓRIOS
CARGA
HORÁRIA
(h/aula)
REQUISITOS
I 360 h
Elementos de Lógica e Teoria dos Conjuntos 60 x
Matemática Elementar I 60 x
Português Instrumental 60 x
Informática em EAD 60 x
Fundamentos da Educação a Distância 60 x
Metodologia Científica 60 x
II 360 h
Construções Geométricas 60 x
Matemática Elementar II 60
Matemática
Elementar I
Geometria I 60 x
Fundamentos Filosóficos e Sociológicos de Educação 60 x
Introdução às Ciências Físicas 60 x
Fundamentos Psicológicos e Epistemológicos da Educação 60 x
III 360 h
Cálculo I 60
Matemática
Elementar II
Geometria Analítica 60 x
Geometria II 60 Geometria I
Cognição e aprendizagem em Matemática 60
Fundamentos
Psicológicos e
Epistemológicos
da Educação
Física 60 x
IV 360 h
Cálculo II 60 Cálculo I
Análise Combinatória 60 x
Álgebra Linear 60
Geometria
Analítica
Didática Geral 60 x
Política e Legislação da Educação 60 x
Planejamento e Avaliação Escolar 60 x
V 360 h
Estatística 60
Análise
Combinatória
Álgebra I 60 x
Cálculo III 60 Cálculo II
Estágio Supervisionado I 60 x
Laboratório e Prática de Ensino da Matemática I 60 x
VI 360 h
Didática da Matemática 60 Didática Geral
Álgebra II 60 Álgebra I
Estágio Supervisionado II 120
Estágio
Supervisionado
I
Laboratório e Prática da Matemática II 60
Laboratório e
Prática da
Matemática I
Equações Diferenciais e Ordinárias 60 x
VII 360 h
Análise Real 60 x
Conteúdo e Metodologia do Ensino da Matemática para
Educação Básica
60 x
História da Matemática 60 x
Língua Brasileira de Sinais 60 x
Estágio Supervisionado III 120
Estágio
Supervisionado
II
VIII 360 h
Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos – EJA 60 x
Estágio Supervisionado IV 105
Estágio
Supervisionado
III
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC 60 x
Metodologia da Pesquisa 60 x
TOTAL
2.685
horas/aula
42 Disciplinas
Fonte: IFPE – Elaborado pelo autor, 2013.
Quadro 3: Grade Curricular da Modalidade a Distância, IFPE.
5.1.3.1Corpo Docente – Instituição I
O perfil de titulação dos Professores Formadores, responsáveis pela coordenação das
atividades acadêmico-pedagógicas de cada disciplina, como também da orientação dos
tutores em suas atividades didáticas. Percebe-se que dentre os entrevistados, 11 (5%) deles
possuem o título de Bacharel em áreas diversas e diferenciadas do perfil do curso.
Sendo elas Engenharia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária e Tecnologia em
Processamento de Dados, como consta no quadro 4.
Dos professores pesquisados 27 (100%) possuem graduação, 22 (81%) tem mestrado e
6 (27,27%) do universo com mestrado são Doutores, Quadro 4.
Nº GRADUAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
1 Licenciatura em Letras Letras
2 Bacharelado em Engenharia Química Engenharia Química
3 Licenciatura em Matemática Estatística
4 Licenciatura em Matemática Matemática Aplicada Matemática
5 Licenciatura em Letras Educação
6 Licenciatura em Matemática Tecnologia Ambiental Educação
7 Licenciatura em Matemática Educação Matemática
8 Licenciatura em Matemática Ensino das Ciências
9 Licenciatura em Física Ciências
10 Tecnologia em Processamento de Dados
11 Licenciatura em Matemática Estatística
12 Bacharelado em Psicologia Psicologia Cognitiva
13 Bacharelado em Engenharia Civil Ciências do Solo Ciências do Solo
14 Licenciatura em Pedagogia
15 Bacharelado em Medicina Veterinária Administração Rural Cências da
Comunicação16 Licenciatura em Ciências Agrícolas Comunicação Rural
17 Licenciatura em Matemática Educação
18 Bacharelado em Matemática Educação
19 Bacharelado em Pedagogia Psicologia Cognitiva Psicologia
20 Bacharelado em Filosofia Filosofia Ciências da Educação
21 Licenciatura em Matemática
22 Bacharelado em Pedagogia Educação Contemporânea
23 Bacharelado em Sistemas da Informação
24 Bacharelado em Engenharia da Computação Ciências da Computação
25 Bacharelado em Fonoaudiologia Fonoaudiologia
26 Licenciatura em Matemática
27 Licenciatura em Matemática Educação
27 22 6
Fonte: IFPE – Elaborado pelo autor, 2013.
Quadro 4: Perfil Corpo Docente na modalidade à distância (Professores Formadores)
5.1.4.1 Tutores
O Tutor a Distância trabalha de forma integrada aos professores. Auxilia na elaboração
e correção de provas, corrige trabalhos, dá o “feed-back” para os alunos. Além disso,
cada Polo possui um ou dois tutores, diferentemente dos professores, todos eles são
licenciados e responsáveis por tirar as dúvidas dos alunos e manter uma relação pessoal
mais íntima, acompanhando cada estudante individualmente.
Uma das funções do tutor é esclarecer as dúvidas. Para esse fim, a tutoria pode se dá de
duas maneiras: a primeira é através da tutoria síncrona, na qual o estudante e o tutor
dialogam em tempo real, no chat. E a segunda chamada de assíncrona, aluno e tutor
interagem em tempos diferentes, por exemplo, por meio de correio eletrônico via
internet. Os Tutores presenciais deverão se dedicar a orientar os estudantes no uso da
Plataforma Moodle e dominar todos os recursos e instrumentos didáticos a serem
utilizados.
Deverão ter condições de orientar de forma geral os conteúdos de um determinado
semestre ou área de conhecimento. Além disso, a tutoria presencial tem como objetivo
a criação de ambientes de trabalho que permitam o atendimento individualizado dos
alunos, possibilitando sua organização em grupos e promovendo o trabalho cooperativo
e colaborativo.
Analisando os dados expostos no Quadro 3, verifica-se que 15 (100%) possuem
graduação e que 5 (33%) dos tutores possuem pós-graduação em nível de
especialização, enquanto que 2 (13%) com mestrado e apenas 1 (0,6%) com Doutorado.
É importante salientar que sete entre os quinze possuem Licenciatura em Matemática,
perfazendo um total de 63%, Gráficos 2 e 3.
Nº SEXO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
1 F Licenciatura em Matemática
Mestre em
Educação
2 F Licenciatura em Letras Mestre em Ciências
3
M
Licenciatura em Biologia
4 Licenciatura em Matemática
5 M Licenciatura em Matemática Coordenação Pedagógica
6 M Licenciatura em Matemática
7 F Licenciatura em Biologia
8
M
Licenciatura em Física Metodologia de Ensino de
Física9 Licenciatura em Matemática
10 F Licenciatura em Matemática Matemática
11 F Licenciatura em Biologia
12 M Licenciatura em Matemática Educação
13
M
Bacharelado em Filosofia
Teorias e Técnicas de
Comunicação
Linguística e língua
Português
14 Licenciatura em Letras
15 Bacharelado em Direito
TOTAL 15 5 2 1
Fonte: IFPE - Elaboração própria
Quadro 5: Perfil do Tutor a Distância
Gráfico 2: Perfil do Tutor à distância
(Graduação)
Gráfico 3: Perfil do Tutor à distância
(Pós-Graduação)
100%
GRADUAÇÃO 79%
21%
MESTRADO
DOUTORADO
5.2 Instituição II
5.2.1 Metodologia – Instituição II
O curso de Licenciatura em Matemática na Modalidade Presencial apresenta uma
metodologia que visa à associação da prática com a teoria através de estudos de casos,
práticas de ensino, práticas em laboratório de informática, elaboração de projetos, leitura e
pesquisa de informações e vivências práticas. As aulas de Matemática são exploradas com
atividades pautadas na Resolução de Problemas, Investigações Matemáticas e Modelagem
Matemática.
A modelagem matemática é a área do conhecimento que estuda a simulação de sistemas
reais a fim de prever o comportamento dos mesmos, sendo empregada em diversos campos
de estudo. Ou seja, consiste na arte de se descrever matematicamente um fenômeno.
A metodologia de ensino por parte dos professores das áreas de psicologia e didática é de
aulas expositivas dialogadas, dinâmicas de grupo, materiais multimídias e textos
elaborados pelos mesmos. Existe uma parcela dentre os 11 professores, 4 (36%) que é
responsável pelas disciplinas que envolvem álgebra, cálculo, aritmética e geometria. Estas
utilizam recursos didáticos tradicionais, ou seja, quadro branco e piloto. O professor
responsável pela disciplina prepara seu material didático, indica literaturas para consulta. A
interação entre professor e aluno é realizada no mesmo espaço físico, Quadro 6.
5.2.2 Grade Curricular – Instituição II
A grade curricular traz uma carga horária total de 3.200 horas∕aula, distribuídas em 3.000
horas∕aula em quarenta e cinco disciplinas e 200 horas∕aula de atividades acadêmicas
extracurriculares. Logo abaixo apresentamos o Quadro xxxx, com detalhes da grade
curricular do curso presencial.
PERÍODO
COMPONENTES
CURRICULARES
OBRIGATÓRIOS
CARGA
HORÁRIA (h/a)
REQUISITOS
I
360 h/a
Português Instrumental I 60
Fundamentos da Matemática I 60
Introdução à Educação 60
Geometria Plana 60
Informática I 60
Prática do Ensino da
Matemática I
75
II
360 h
Português Instrumental II 60
Português
Instrumental I
Fundamentos da Matemática II 60
Fundamentos da
Matemática I
Estruturas Algébricas I 60
Geometria Espacial 60 Geometria Plana
Informática II 60 Informática I
Prática de Ensino da
Matemática II
75
Prática de Ensino
da Matemática I
III
360 h
Estrutura e Funcionamento da
educação Básica
60
Cálculo Diferencial e Integral I 60
Fundamentos da
Matemática II
Geometria Analítica 60
Lógica Aplicada à Computação 60 Informática II
Prática de Ensino da
Matemática III
75
Prática de Ensino
da Matemática II
IV
360 h
História da Matemática 60
Psicologia da Educação I 60
Cálculo Diferencial e Integral
II
60
Cálculo Diferencial
e Integral I
Estatística 60
Introdução à Engenharia de
Software Educação
60
Lógica Aplicada à
Computação
Prática de Ensino da
Matemática IV
90
Prática de Ensino
da Matemática III
V
360 h
Física I 60
Psicologia da Educação II 60
Psicologia da
Educação I
Cálculo Diferencial e Integral
III
60
Cálculo Diferencial
e Integral II
Didática 60
Introdução à
Educação
Álgebra Linear I 60
Geometria
Analítica
Prática de Ensino da
Matemática V
90
Prática de Ensino
da Matemática IV
VI
360 h
Física II 60 Física I
Álgebra Linear II 60 Álgebra Linear I
Cálculo Diferencial e Integral
IV
60
Cálculo Diferencial
e Integral III
Didática da Matemática 60 Didática
Informática e Ensino da
Matemática I
60
Introdução à
Engenharia de
Software Educação
VI Estágio Supervisionado I 90
VII Metodologia Científica 60
360 h
Cálculo Numérico 60
Diferencial e
Integral III
Fundamentos de Análise
Matemática
60
Diferencial e
Integral III
Filosofia (Disciplina Eletiva I) 45
Informática e Ensino da
matemática II
60
Informática e
Ensino da
Matemática I
Estágio Supervisionado II 90
Estágio
Supervisionado II
VIII
360 h
Desenvolvimento da pesquisa
em Educação Matemática
60
Metodologia da
Pesquisa Científica
Matemática Financeira
(Disciplina Eletiva II)
45
Estágio Supervisionado III 225
Estágio
Supervisionado II
SUBTOTAL
3000 horas/aula 45 Disciplinas
200 horas/aulas
Atividades Extra
Curriculares
TOTAL 3200 horas/aulas
Fonte: FACIG – Elaborado pelo autor, 2013.
Tabela 6: Grade curricular da Modalidade presencial
5.2.3 Corpo Docente – Instituição II
A composição do corpo docente para centros universitários é determinada pelo Decreto
5.786/2006, é formado por 10 professores Especialistas, sendo desses 7 (70%) com
Mestrado e 1 (10%) com Doutorado, Quadro 7.
Fonte: FACIG - Elaboração do Autor
Quadro 7: Perfil do Corpo Docente da Modalidade Presencial
Gráfico 3:Perfil do Corpo Docente da Modalidade Presencial (Graduação)
100%
GRADUAÇÃO
Nº GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
1 Licenciatura em Letras e Pedagogia x x
2 Engenharia Civil x x
3 Licenciatura em Matemática x x
4 Licenciatura em Matemática x
5 Licenciatura em Matemática x x
6 Pedagogia x x x
7 Licenciatura em Matemática x x
8 Licenciatura em Letras x X
9 Licenciatura em Física x
10 Licenciatura em Matemática x
10 10 7 1
2
6.0 DISCUSSÃO
A primeira consideração relevante diz respeito ao próprio conceito de Educação a
Distância. É importante ressaltar que o ensino a distância, apesar de não ser uma ideia
nova, requer uma metodologia apropriada e uma sistematização. É grande a diferença de
estruturas dos dois tipos de ensino, visto que o ensino presencial é estruturado de uma
maneira onde o professor possui contato direto com o aluno enquanto que no EAD o
professor é representado pelo tutor que estabelece contato com os alunos através da
internet por recursos interativos como: chat, fóruns, e-mails, etc. A metodologia de
ensino é bem diversificada, varia entre encontros presenciais e mensagens assíncronas.
O contraste existente é que no modo à distância, todo o material didático é exposto no
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), enquanto que no curso presencial é
entregue e exposto pessoalmente pelo professor.
Sobre a Carga Horária das Instituições, observou-se que as duas instituições
enquadram-se na Legislação de Diretrizes e Bases da Educação, uma vez que a
modalidade EAD apresenta carga horária de 2.685 horas∕aula e a modalidade Presencial,
3.200 horas∕aula. O que está de acordo com o Parecer CNE/CES n.º 329, de 11 de
novembro de 2004 que trata da questão da carga horária mínima dos cursos de
graduação para três anos de duração, o curso de Licenciatura em Matemática na
modalidade a Distância está em conformidade com a legislação vigente.
Para a disciplina de prática da matemática na modalidade EAD há uma carga horária de
120 horas∕aula, já na modalidade presencial, 405 horas∕aula, Metodologia Científica em
EAD traz 120 e na presencial, 60 horas∕aula. O graduando em EAD possui aulas de
Metodologia em dois períodos diferentes um no início e no fim do curso, facilitando
assim a elaboração do seu projeto de conclusão de curso desde o ingresso na instituição,
sendo estimulado a pensar sobre o que irá pesquisar, enquanto que na modalidade
presencial o estudante tem esta disciplina apenas no final do curso. No curso presencial
há a disciplina de Matemática Financeira e no EAD não existe, disciplina importante,
pois os estudantes entram em contato com os conteúdos de tal disciplina presentes em
livros didáticos.
3
Já a Resolução CNE/CP 2, de 19 DE Fevereiro de 2002, que institui a duração e a carga
horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da
Educação Básica em nível superior, diz que a carga horária será efetivada mediante a
integralização de no mínimo 2800 hora/aula, desde que haja uma articulação entre teoria
e prática e que garanta as seguintes cargas horárias mínimas para os seus componentes
comuns. Sendo eles estágio supervisionado, prática matemática, conteúdo curricular e
atividades extracurriculares com suas cargas horárias mínimas respectivamente de 400,
400, 1800 e 200 hora/aula.
As Grades Curriculares apresentam algumas diferenças entre os componentes
curriculares no que diz respeito às disciplinas não comuns. Enquanto que para os
componentes comuns, há equivalência quanto à carga horária e disciplina. De acordo
com o Parecer CNE/CES nº 1.302, de 6 de novembro de 2001, diz que os conteúdos comuns a
todos os cursos de Licenciatura, podem ser distribuídos ao longo do curso de acordo com o
currículo proposto pela IES.
· Cálculo Diferencial e Integral
· Álgebra Linear
· Fundamentos de Análise
· Fundamentos de Álgebra
· Fundamentos de Geometria
· Geometria Analítica
A parte comum deve ainda incluir:
a) conteúdos matemáticos presentes na educação básica nas áreas de Álgebra,
Geometria e Análise;
b) conteúdos de áreas afins à Matemática, que são fontes originadoras de problemas e
campos de aplicação de suas teorias;
c) conteúdos da Ciência da Educação, da História e Filosofia das Ciências e da
Matemática.
4
A seguir os componentes curriculares que constam simultaneamente nas duas
modalidades e os que não contam e suas respectivas cargas horárias.
Nº COMPONENTES CURRICULARES
MODALIDADE CARGA HORÁRIA
PRESENCIAL EAD PRESENCIAL EAD
1 Informática em EAD X 60
2 Metodologia Científica X X 60 120
3 Didática Geral X X 60 60
4 Didática da Matemática X X 60 60
5 Estágio Supervisionado X X 405 460
6 Laboratório e Prática de Ensino da Matemática I X 120
7 Língua Brasileira de Sinais X 60
8
Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos –
EJA
X 60
9 Prática do Ensino da Matemática X 405
10 InformáticaAplicada ao Ensino da Matemática X 360
11 Matemática Financeira X 45
No corpo docente, constatou-se que o quadro do curso presencial é menor, haja vista
que cada professor, especialista da área é responsável por uma única turma e prepara o
material que será utilizado nas aulas. Enquanto que no curso à distância, professores
especialistas na área do conhecimento, assessorados por professores especialistas em
EAD, elaboram o material de estudo. A transposição do conteúdo para linguagem WEB
é feita também por especialistas da área de informática, sob a supervisão do professor
que elabora o material de estudo. O professor especialista na área do conhecimento
responsabiliza-se pessoalmente pela tutoria dos alunos podendo ainda orientar dois ou
mais tutores, cada um atendendo a quantidade de estudantes que o professor atende com
a remuneração que corresponde à metade do salário do professor especialista.
Há alguns professores no curso EAD que não possuem como graduação o título de
licenciatura e sim, bacharelado. De acordo com o MEC, os cursos de bacharelado não
habilitam o profissional a lecionar. Para atuar como docente, o bacharel precisa de curso
5
de complementação pedagógica, ou seja, Pós – Graduação Lato Sensu e/ou Stricto
Sensu, que compreendem programas de especialização e incluem os cursos designados
como Especialização, Mestrado e Doutorado, art. 44, III, Lei nº 9.394/1996 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação. Nesta situação, a maioria dos profissionais é licenciada
com pós-graduação e quando bacharéis possuem pós-graduação na área de educação,
com exceção de alguns que não se enquadram na legislação citada anteriormente.
Relativo aos tutores percebe-se que os mesmos possuem menor titulação, haja vista que
não é de suas responsabilidades a elaboração do material didático e sim, do professor
formador, exigindo assim uma melhor preparação. A intenção na elaboração deste
material não é de substituir o professor, mas facilitar a aprendizagem, tornando o
estudante um ser ativo na relação aluno-professor. Já no curso na modalidade
presencial, com a mínima exceção, a maioria possui o título de licenciatura,
principalmente em Matemática, nada excepcional, afinal trata-se de um curso de
Licenciatura em Matemática.
6
7.0 CONCLUSÃO
Concluímos que:
 As metodologias aplicadas são bastante diversificadas, pois o fator primordial
para esta diversificação está no tempo e espaço do estudante e do professor. Na
EAD existe uma preocupação maior na elaboração do material de estudo, pois é
através dele que o aluno torna-se ser ativo no aprendizado e vai de encontro ao
conhecimento recebendo auxílio poucas vezes do professor e do tutor, enquanto
que na Presencial a preocupação está diretamente no conteúdo que será
repassado em sala de aula, o aluno é um ser passivo no processo de
aprendizagem.
 Entre as Grades Curriculares das duas modalidades existem diferenças nas disciplinas,
a ausência de algumas delas pode distinguir a formação do professor na modalidade
EAD e Presencial;
 O corpo Docente do curso EAD possui um nível de titulação mais elevado entre estas
instituições. Existem em uma maior quantidade porque há diversos níveis na
preparação do curso, porém algumas de suas formações não condizem com a
Legislação Vigente. Na modalidade Presencial, a titulação dos professores também
varia bastante entre especialização e doutorado, fator importante para o conceito da
Faculdade. A maioria é Licenciada, atendendo assim a Legislação vigente;
 Existem diferenças relativas à carga horária, no curso presencial existe uma maior
quantidade de atividades práticas e acadêmicas científicas.
 Vemos que é viável a possibilidade da formação de professores a distância
como também não a vejo como salvação de todos os problemas relacionados à
educação e a formação do professor de matemática. As duas modalidades
apresentaram pontos positivos e negativos, ambas demonstram aplicabilidade e
são diferenciadas segundo os objetivos e necessidades de cada instituição.
7
8.0 RECOMENDAÇÕES
Para o curso de Licenciatura em Matemática Presencial é importante à inserção de
recursos tecnológicos para incrementar o funcionamento do curso, pondo fim às formas
tradicionais de ensino ainda verificada nas aulas de vários professores. A inserção de
parte da carga horária na modalidade EAD pode ser um caminho para se alcançar um
novo modelo em educação.
A Portaria Nº 4.059, de 10 DE Dezembro DE 2004, diz que as Instituições de Ensino
Superior podem inserir até 20% da carga horária total do curso na modalidade EAD,
onde as avaliações são presenciais. Para a Instituição Presencial pode ser um fato a se
pensar quando se trata de uma possível junção entre as modalidades EAD e Presencial.
Segue abaixo algumas sugestões para as duas modalidades:
SUGESTÕES
Ensino EAD Ensino Presencial
- Recursos visuais mais atrativos.
Aumento no número dos encontros
presenciais.
Maior participação em eventos
Mais tempo para as disciplinas serem
trabalhadas.
Maior aplicação prática das teorias
desenvolvidas em sala de aula.
Aumentar a carga horária de aulas de
práticas de ensino.
Aulas mais dinâmicas com utilização
de Datashow
-
Mais atividades em grupo, mais
seminários.
Inserção da Disciplina de Matemática
Financeira
Maior carga horária para a disciplina de
Metodologia Científica
Aceitar como docentes apenas
profissionais habilitados em Educação
Inclusão das Disciplinas de Fundamentos
da Educação de Jovens e Adultos – EJA e
Língua Brasileira de Sinais
8
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARUFI, M. C. B. E-calculo: um e-curso de matemática. Departamento de matemática
do instituto dematemática e estatística da universidade de São Paulo, SP- Brasil.
Disponível em:http://ecalculo.if.usp.br/noticias/artigo_espanha.htm
BORBA, M. C. Dimensões da educação matemática a distância. In: BICUDO, M. A.
V.; BORBA M. C. (Org.).Educação matemática: pesquisa em movimento. I. ed. São
Paulo: Cortez, 2004.
BORBA, M. C. et al. Educação a distância online. Coleção Tendências em educação
matemática. BeloHorizonte: Autêntica, 2007.
CHAMARELLI, R. Os avanços da educação a distância. Gramado - RS, 2008.
http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=com_content&task=view&id=10388&i
nterna=6.
BRASIL. Cursos supe
riores autorizados pelo MEC. 1997. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=649&sid=17>.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Fundamental de Educação.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf>
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9394. Dezembro de
1996. Disponível em: <http://www.unifesp.br/reitoria/reforma/ldb.pdf>.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Fundamental de Educação.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.
9
BRASIL. Referenciais de qualidade para EAD. Ministério da Educação e Cultura.
1997.<http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=62&Ite
mid=191>.
D'AMBRÓSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus,
2003. apudNASCIMENTO,DANDOLINI, G. A., et al. Curso de licenciatura em
matemática a distância: um relato de experiência. Novastecnologias na educação. v. 4,
n. 1, CINTED –UFRGS: Julho, 2006.
DOTTA, S.; GIORDAN, M. Tutoria em educação a distância: um processo dialógico.
Encontro InternacionalVirtual Educa Brasil. São José dos Campos- SP, 2007.
D’AMBRÓSIO, U. Tecnologias de informação e comunicação: reflexos na matemática
e no seu ensino. São Paulo: UNESP, 2003. Disponível em:
http://vello.sites.uol.com.br/reflexos.htm
DOTTA, S.; GIORDAN, M. Tutoria em educação a distância: um processo dialógico.
Encontro Internacional Virtual Educa Brasil. São José dos Campos- SP, 2007.
E-CALCULO. Disponível em < http://ecalculo.if.usp.br/>.
EVES, H. Introdução à história da matemática. Tradução: DOMINGUES, H. H..
Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004.
FLEMMING, D. M. et. al. Desenvolvimento de material didático para educação a
distância no contexto da educação matemática. Associação brasileira de educação à
distância.<file:///I:/EAD/Referenciais%20te%C3%B3ricos%20da%20EAD.htm>
FRANCO, S. R. K.; et al. Aprendizagem na educação a distância: caminhos do Brasil.
Novas tecnologias naeducação. Porto Alegre, v. 4, n. 2.; UFRGS: dezembro, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia, saberes necessários à prática docente. São
Paulo: Paz e Terra, 2004.
10
LOUZADA, I. C.; RODRIGUES, N. E.;Impactos e possibilidades das tecnologias no
contextosócio educacional.UFSC. Florianópolis: junho, 2001
MATEMÁTICA ESSENCIAL. Construída por Ulysses Sodré. Disponível em:
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/index.html.
MORAN, J. M. O que é educação a distância. Rio de Janeiro-RJ, 2002. Disponível em
http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm. Acesso em 25 de setembro de 2007.
PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Unisinos, 2001.
Parecer CNE/CES n.º 329, de 11 de novembro de 2004
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14384:pergu
ntas-frequentes-sobre-educacao-superior&catid=12
SARAIVA, T. Educação a distância no Brasil: lições da história. Abril/ Junho, 1996.
SBM, Projeto para educação a distância. Materiais didáticos de matemática para
EAD. www.sbm.org.br/EADSBM.doc
SBM. Sobre o ensino a distância.
<http://br.geocities.com/joaolucasbarbosa/Ensino/EAD01.pdf>.
SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: http://www.somatematica.com.br/index2.php
SOUZA, J. A. et. al. Curso de licenciatura em matemática a distância – Uma síntese do
projeto pedagógico.Novas tecnologias na educação. v. 3, n. 1, CINTED –UFRGS:
Maio, 2005.
YIN R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2a ed. Porto Alegre: Bookman; 2001.
11

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Educação a Distância: Estudo Comparativo entre as modadlidades EaD e Presencial

  • 1. 1 1.0 INTRODUÇÃO A Educação à Distância (EAD) é uma modalidade da Educação, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação (TESSAROLLO, 2000).”. De acordo com Borba (2005), a construção do conhecimento envolve uma combinação de seres humanos e de recursos didáticos. Se, no passado a Educação a Distância (EAD) já acontecia por meio de correspondência, atualmente, com todas essas facilidades, a disseminação dessa vertente educacional é inevitável. De 2003 a 2006, o número de cursos nessa modalidade no Brasil aumentou 571% (CHAMARELLI, 2008), o que demonstra a velocidade dessa expansão. Nesse cenário, há de se levar em consideração a matemática no ensino a distância, uma vez que não está isenta desse processo. Hoje, o material didático disponível na aprendizagem conta com uma gama de opções que vai da ferramenta mais simples ao recurso tecnológico mais sofisticado. Essa variedade de ferramentas e métodos hoje utilizados no EAD, nos motiva a conhecer de que forma a matemática se apropria delas e as utilizas como método de ensino. Onde uma das premissas fundamentais do método é o respeito às diferenças individuais do corpo discente. Interessamo-nos em descobrir as metodologias aplicadas na EAD, de como se compõe a grade curricular, qual o perfil do corpo docente e, por fim compará-los ao curso presencial. A relevância do trabalho se dá porque não só por ele se apresentar como um ensino a distancia, mas também por tratar-se de um curso de licenciatura, onde o corpo discente amanhã deverá se apresentar do outro lado na forma de docente. Desse modo questionamos: Que metodologias de ensino são aplicadas nesta modalidade de curso, qual o perfil do corpo docente e como é composta sua grade curricular?
  • 2. 2.0 OBJETIVOS: 2.1 Geral: Descrever e comparar entre dois cursos de Licenciatura em Matemática, as formas de ensino a distância e presencial. 2.2 Específicos: - Descrever a metodologia de ensino, grade curricular e o perfil do corpo docente entre as duas modalidades; - Comparar as metodologias de ensino, grade curricular e o perfil do docente entre as duas modalidades.
  • 3. 3.0 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Breve Relato da História da Educação a Distância - EAD no Brasil Alguns autores citam as cartas do apóstolo Paulo como os primeiros registros de EAD (LOUZADA, 2001; PETERS, 2003). A educação a distância não constitui um assunto novo. Grande parte do conhecimento matemático produzido na antiguidade não se limitou a um único país. Os matemáticos se correspondiam, compartilhando seus estudos. Arquimedes, em Siracusa, nessa mesma época, já trocava cartas comunicando suas descobertas matemáticas a Erastóstenes, em Alexandria. (EVES, 2004). Segundo Nunes (2010), a EAD surgiu no Brasil em 1904, com o ensino por correspondência, ofertado por instituições privadas que ofereciam educação não formal, por meio de cursos profissionalizantes em áreas técnicas, sem exigência de escolarização anterior. No período da República Velha e das oligarquias agrárias, quando houve o predomínio dos fazendeiros, ocorre a primeira transmissão radiofônica brasileira em Recife em abril de 1919. O rádio passa a partir daí a contribuir para o fortalecimento do ensino a distancia no Brasil. A partir de 1941, o Instituto Universal Brasileiro passa a desempenhar durante anos o papel de promover EAD no Brasil. Esse serviço disponibilizado pelo instituto tem como meio de comunicação os serviços de correspondência que eram realizados pela antiga Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), atual Correios (Nunes,2010). Na década de 70 em pleno período da Ditadura Militar no Brasil inaugura-se uma nova modalidade de EAD, o da Tele difusão. A partir daí houve uma grande participação de canais de televisão abertos que através dos seus projetos de Telecurso, passam a oferecer a educação do segundo grau (1978). A partir do ano de 1992, quando a internet começa a despontar no Brasil como um meio de comunicação, inicia-se um novo momento da EAD. Por volta do ano de 1994, as
  • 4. universidades brasileiras passam a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores à distância, assim como ao uso de novas tecnologias nesse processo. Em maio de 96 é criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED) através do Decreto nº 1.917. Após uma série de encontros realizados pelo País para discutir suas diretrizes iniciais, foi lançado oficialmente, em 1997, o Proinfo – Programa Nacional de Informática na Educação –, cujo objetivo é a instalação de laboratórios de computadores para as escolas públicas urbanas e rurais de ensino básico de todo o Brasil. (BRASIL, 1996). Além da constituição da Secretaria de Educação a Distância, no ano de 1996 também foi publicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que estabeleceu as prerrogativas da educação do País, trazendo em seu bojo algumas inovações e deliberando também sobre a Educação a Distância, segundo o PROINFO com a nova LDB a EAD passou a ser considerada oficialmente uma modalidade de educação. O artigo 80 da Lei nº 9394 estabelece na legislação educacional brasileira, pela primeira vez, de forma clara, a educação à distância quando diz que: [...] caracteriza-se a educação à distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”. (BRASIL, 1996). E finalmente em Dezembro de 2005, através do Decreto Nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005segundo as basesLei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conforme regulamentado que: Art. 1º Para os fins deste Decreto caracteriza-se a educação à distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversas.
  • 5. 3.2 O Que é Educação a Distância – EAD A Educação é, e sempre foi, assunto que merece atenção especial, levando em consideração que a aprendizagem é um processo contínuo na vida de qualquer pessoa. Ao trabalhar com o conceito de Educação a Distância (EAD), o objeto de estudo é o ensino onde há uma distância física entre professor e aluno (MORAN, 2002; SANTOS, 1999; LEITE e SILVA, 2003). Neste caso, é fundamental a utilização dos meios de comunicação que possam facilitar oprocesso de ensino-aprendizagem. De acordo com o Decreto nº 2494, de 10 de fevereiro de 1998, do MEC: “(...) trata-se de uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação.” Um dos objetivos da EAD é formar uma nova mentalidade em relação ao uso de tecnologias para a aprendizagem (DANDOLINI, 2006). A tecnologia não faz nada sozinha. É fundamental o envolvimento do aluno na construção do conhecimento. É importante que o aluno entenda o aprendizado no ambiente virtual como uma oportunidade de estudo cooperativo. O discente deixa o papel de receptor passivo do conhecimento e passa a ser participativo e ativo no processo de aprendizagem. Não há uma regra geral que diga se as turmas virtuais são mais ou menos participativas, mas é necessário quebrar o estereótipo de que o ensino a distância, necessariamente, está ligadaa uma educação fria e desprovida de sentimento. Uma preocupação constante entre os educadores envolvidos nessa área é a relação professor-aluno. Saraiva (1996) coloca que, nessa modalidade especialmente, deve existir um processo bilateral, ou seja, deve existir um comprometimento de ambas as partes, professor e aluno, para promover uma educação consistente.
  • 6. Segundo Borba et al (2007, p. 27): “Quando o foco é aprendizagem matemática, a interação é uma condição necessária no seu processo”. Trocar ideias, compartilhar as soluções encontradas para um problema proposto, expor o raciocínio, são as ações que constituemo ‘fazer’ Matemática. “E, para desenvolver esse processo a distância, os modelos que possibilitam o envolvimento de várias pessoas têm ganhado espaço, em detrimento daqueles que focalizam a individualidade.” Nesse contexto, fica evidente que o ambiente virtual está impregnado de relações sociais, como afirma Borba et al (2007). Assim, apesar de não haver o contato face a face, a interatividade é compensada de outras formas. No chat, por exemplo, o diálogo se dá umamaneira descontraída e informal. Nesse espaço, as pessoas buscam colocar características nalinguagem escrita que demonstrem suas intenções ou entonação de voz, por exemplo. Borba et al (2007, p. 26) ressalta ainda que: “A interação via internet, por sua vez, permite combinar as várias possibilidades de interação humana, no que diz respeito aos softwares e as interfaces, com a liberdade referente ao tempo e/ou ao espaço. Nesse contexto, encontram-se as relações entre o aluno e os diversos elementos que compõem o cenário educativo, como o conteúdo, o professor, outros alunos, a instituição de ensino, etc.”. Freire (1994) já falava da importância de desenvolver a autonomia no educando e o ensino a distância é uma ótima maneira de trabalhar a responsabilidade do aluno diante das suas decisões, uma vez que ele vai organizar seus horários de estudo e definir suas prioridades em relação ao curso que optou por fazer. Nosso país tem procurado acompanhar o mundo atual, participando desta globalização com as suas convergências, divergências e necessidades, econômicas, sociais, e educacionais, buscando alternativas para oportunizar o oferecimento da educação para todos, com mais condições igualitárias conforme a UNESCO estabelece “Educação para todos”, em suas metas para um mundo melhor, mais justo e inclusivo, e é neste contexto de inclusão que se criou a Universidade Aberta (UAB), como nos trás, Cossio (2011).
  • 7. Conforme nos diz Dourado (2008) [...] o Brasil com alto avanço tecnológico e, ao mesmo tempo, com parcela significativa da população em situação de extrema pobreza, historicamente estruturado por desigualdades sociais imensas, agrega inúmeros desafios. Tais como na saúde, na habitação, e no oferecimento da educação superior a parcela significativa da população. As instituições particulares são as que mais oferecem vagas nos cursos superiores, mas por causa dos seus altos custos boa parte dessa população não consegue custeá-los ou manter-se nestas instituições de ensino privado. Buscando-se uma alternativa para o contexto brasileiro de falta de vagas e de altos custos dos cursos da Educação Superior, surge uma nova fase na modalidade de ensino, a EAD, para preencher esta lacuna. E a Educação a Distância destaca-se pela sua oferta pela rede particular de ensino, e é necessário um acompanhamento da qualidade da educação independente de ser particular ou publica presencial ou à distância. Como nos traz Dourado (2008).
  • 8. 3.3 A Matemática na História da EAD No séc. XIX há registros da EAD de maneira sistematizada (FRANCO, 2006; SARAIVA, 1996). Com uma ferramenta simples como a escrita, a matemática se desenvolveu de maneira expressiva. Desenvolvimento que ficaria perdido se não houvesse a possibilidade de se trocar e compartilhar informações a cerca dos estudos feitos em cada época. Nesse caso, pode-se observar o exemplo do francês Pierre de Fermat que, segundo Eves (2004): “Embora publicasse pouco durante sua vida, manteve correspondência científica com muitos dos principais matemáticos de seu tempo e, dessa maneira, exerceu considerável influência sobre seus contemporâneos. Fermat enriqueceu tantos ramos da matemática com tantas contribuições importantes que é considerado o maior matemático francês do século XVII.” Embora não se tratasse de EAD propriamente dita, a troca de informações era feita predominantemente por cartas, o que já demonstrava a importância dos meios de comunicação na produção do conhecimento. A produção matemática especialmente no séc. XVII foi uma das maiores de todos os tempos (EVES, 2004). Com esse cenário, é fácil perceber que a matemática, mesmo nas épocas mais remotas, não se eximiu de produzir conhecimento pela distância ou dificuldade de comunicação. Pelo contrário, participou efetivamente da melhoria dos recursos tecnológicos, além de ter a correspondência escrita constantemente presente na troca de informações e estudos entre os matemáticos. Entretanto, a oficialização e regulamentação dos estudos matemáticos que utilizam essa modalidade de ensino vieram bem mais tarde. Um exemplo na matemática é a história da francesa Sophie Germain (1776-1831). Umamulher que se apaixonou por matemática após conhecer a biografia de Arquimedes. Noentanto, para a sociedade da época era inconcebível uma mulher aprofundar algum conhecimento científico.Em 1794 foi fundada a ÉcolePolytechnique, em Paris, destinada à formação de cientistas e matemáticos. A escola era restrita à homens e, apesar da vontade, Sophie não pôde se matricular. Germain então passou a utilizar o pseudônimo masculino de M. Leblanc e conseguiu as notas de vários professores com os quais ela passou a se corresponder e enviar os trabalhos escritos que
  • 9. lhe resultaram intermináveis elogios de Lagrange, que era um dos professores da escola. (EVES, 2004). Ao descobrir que o senhor Leblanc era uma mulher, Lagrange não sentiu menos respeito por aquela mente fantástica e numa segunda edição de seu livro EssaisurleThéoriedesNombres acrescentou várias descobertas de Sophie relatadas em suas cartas (MORAISFILHO, 2003). Segundo Eves (2004), além de Lagrange, Germain também se correspondia com Gauss, por quem foi elogiada e cumprimentada. Eves (2004) ainda lamenta que Sophie e Gauss nunca tenham se conhecido pessoalmente e que Germain tenha morrido (em 1831) “antes de a Universidade de Göttingen conferir- lhe o título honorário de doutor recomendado por Gauss.” (Eves, 2004, p. 525). Sophie demonstrou como a EAD ajudou a quebrar as barreiras de preconceito existentes na época, levando em consideração que a Escola Politécnica só se tornou acessível a ela pela possibilidade do estudo à distância. Germain também deixou claro que é possível odesenvolvimento de uma educação matemática de qualidade à distância.Interessante observar que a história de Sophie Germain se passa antes da fundação da primeira escola de línguas por correspondência de Berlim (1856). Ou seja, o ensino a distância estava presente em vários pontos do planeta, mas em determinado momento alguém percebeu a necessidade de sistematizar e organizar essa estrutura de ensino. Todavia, ainda hoje é fácil constatar com uma pesquisa informal, a desconfiança em relação à matemática na EAD por parte de algumas pessoas mais conservadoras. É quase um senso comum à expressão de espanto da maioria das pessoas ao ouvir falar de matemática no ensino a distância, sempre seguida de uma das perguntas: “E isso dá certo?” ou “Isso é possível?”.Como foi verificada, essa forma de estudar matemática não é uma novidade, basta montar uma estrutura adequada para desenvolver uma metodologia de ensino eficaz.
  • 10. 3.4 A Matemática na Atual Conjuntura da EAD Brasileira Desde 1920, quando houve as primeiras experiências de EAD no Brasil, até por volta do ano 2000, não foram encontradas referências seguras sobre as atividades de matemática na EAD.Não se sabe exatamente o que foi produzido nesse período. As notas devidamente regulamentadas que se referem aos procedimentos utilizados com o intuito detransmissão de conhecimento matemático, no Brasil, quase totalmente se remetem a experiências de menos de 10 anos. A maior parte desses exemplos está relacionada ao desenvolvimento de software para facilitar a interação em ambiente virtual.A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) reconhece a importância da matemática trabalhada no ensino virtual, com a possibilidade de levar o conhecimento matemático a um número de pessoas cada vez maior, independentemente da distância. Levando em consideração que dados do Instituto Nacional de Analfabetismo Funcional (INAF) apontam que 77% dos brasileiros são analfabetos funcionais em matemática, uma preocupação relevante da SBM é com a qualidade dos cursos ministrados a distância. (SBM). Importante levar em consideração a segurança das informações encontradas na internet. Uma das maiores preocupações da SBM e de qualquer professor sério que trabalhe com matemática na EAD é justamente se a informação passada é confiável ou não. Até para que se evite propagar o trauma que a maioria das pessoas tem de matemática. Dandoline,(2006) afirma que: “Quando tratamos de Matemática, historicamente há uma visão de que esta éa ciência mais difícil de ser compreendido de todo o currículo de formação daeducação básica no Brasil. Esse fato é extremamente preocupante efacilmente comprovado, pois desde 1991 o Ministério da Educação vemobtendo informações sobre o desempenho dos alunos de nossas escolas, pormeio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).”
  • 11. Ou seja, ao se tratar de matemática, é importante estar atento para a forma como essadisciplina é abordada. Especialmente no ensino a distância, é importante que o professor sejacuidadoso ao trabalhar com cada conteúdo. As tecnologias de informação e comunicaçãodevem ser ferramentas a favor dessa disciplina. Os conceitos matemáticos devem serapresentados de forma mais interessante, mais dinâmica e mais motivadora, para superar essavisão preconceituosa de que matemática é difícil. Atualmente existem inúmeras páginas na internet voltadas para auxiliar o ensino presencial. São sites com o intuito de tirar dúvidas e auxiliar os alunos com alguns conceitos matemáticos. No entanto, é preciso ser cuidadoso e buscar sites com fontes seguras. A produção e uso do site criaram novas e promissoras perspectivas relativas à expansão dos limites de sala de aula, além de permitir aos alunos uma forma mais independente de construir seu conhecimento matemático em nível superior. Em 2005, o Material Didático-Pedagógico citado ficou entre os dez projetos reconhecidos pelo PAPED – Programa de Apoio a Pesquisa de Educação a Distância -, que é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância – SEED em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Por meio do PAPED, o Ministério da Educação incentiva a pesquisa e a melhoria na qualidade do ensino na modalidade a distância. (E-CALCULO)
  • 12. 3.5 Cursos de Matemática a Distância Deve-se ressaltar que educação matemática a distância se remete ao estudo específico de matemática. Outro aspecto é quando se trata da matemática presente na educação à distância. Quer dizer, como a matemática é trabalhada no ensino virtual independentemente do curso ministrado. De acordo com Souza (2005, p. 3): “No Brasil, as poucas iniciativas existentes na área de Ensino a Distância em Matemática encontram-se ainda em fase inicial de pesquisa e desenvolvimento”. Uma das primeiras experiências de cursos de matemática a distância, tem as propostas estruturadas desde 2000 e foram desenvolvidas pelo professor Borba (2007) e sua equipe na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) de Rio Claro - SP. Os projetos de ensino de matemática a distância começaram com um curso de extensão chamado Tendências em Educação Matemática, totalmente a distância, oferecido para professores de matemática que se interessassem pelo tema. Os responsáveis pelo curso de Tendências tiveram contato com Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) que, como o próprio nome já diz, são ambientes virtuais na web de acesso restrito, voltados para melhor atender o estudo e aprendizagem dos alunos. Como exemplo comum de AVA há o MOODLE, que disponibiliza ferramentas como caixa de mensagem, fórum de discussões, calendário acadêmico do curso, além de exercícios e trabalhos que podem ser enviados através da própria plataforma.
  • 13. 4.0 METODOLOGIA Trata-se de um estudo de caso de cunho exploratório, com abordagem descritiva e comparativa. Segundo Yin, o estudo de caso representa uma investigação empírica e compreende um método abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de dados. Pode incluir tanto estudos de caso único quanto de múltiplos, assim como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa. O estudo de caso destaca-se por estudar uma unidade bem delimitada e contextualizada, com a preocupação de não analisar apenas o caso em si, como algo à parte, mas o que ele representa dentro do todo e a partir deste ponto. Por meio dos estudos exploratórios, busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a torná-lo mais claro ou construir questões importantes para condução da pesquisa. Gil (1999) destaca que a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas caraterísticas mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados (Gil, 1999).
  • 14. 4.1 Local do Estudo A pesquisa será realizada no Instituto Federal de Educação Tecnológica – IFPE, localizada na Cidade Universitária – Recife – Pernambuco e na Faculdade de Ciências Sociais de Igarassu – FACIG, localizada na BR 101, Igarassu – Pernambuco. Adotamos como instituição I o IFPE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco onde oferece o curso de Licenciatura em Matemática na modalidade à distância e, instituição II a FACIG – Faculdade de Igarassu, onde a modalidade é presencial. 4.2 Sujeitos da Pesquisa Os sujeitos da pesquisa serão professores formadores, tutores e coordenador do curso EAD e Professores e Coordenador do curso presencial. 4.3 Instrumentos da Pesquisa Para atingir os objetivos propostos, serão utilizados os seguintes instrumentos:  Análise documental realizada nas dependências das duas instituições;  Questionários com perguntas abertas, aplicados aos professores à distância e presenciais e os coordenadores das duas instituições;  Quanto aos meios bibliográficos foram obtidos por meio de literatura correlata e telematizada por meio de consulta em internet e sites específicos. Visando garantir o sigilo das pessoas entrevistadas, não constaram dados que permitam a identificação dos sujeitos. Na pesquisa foram utilizados dados primários e secundários. Os dados secundários serão coletados através da obtenção de documentos dos cursos através da coordenação ou do departamento ao qual esteja ligado. Os dados primários serão coletados através da aplicação de questionários semiestruturados. (Anexo I)
  • 15. 5.0 RESULTADOS 5.1 Instituição I – EAD 5.1.1 Estrutura Organizacional 5.1.1.1 Metodologia de Ensino Utiliza-se a Metodologia investigativa, ou seja, os professores assumem o papel de investigadores, sempre interessados em melhorar práticas educacionais nos seus próprios cenários, avaliando e modificando suas ações e os seus comportamentos de forma a tornar a aprendizagem dos estudantes mais eficiente. Há questões com resoluções de problemas, com correção automática para os componentes curriculares de matemática com plantões de atendimento virtuais para tirar dúvidas dos estudantes, links e materiais multimídias para melhorar a compreensão das aulas presenciais, publicação de notas e resultados de avaliações, cronograma do curso (utilizando a ferramenta calendário), entrega de trabalhos, projetos e listas de problemas por meio do ambiente Moodle. Moodle, nada mais é do que um sistema gerenciador de cursos, ou seja, um LMS (“Learning Management System”), desenvolvido sob a ótica do construtivismo social, a qual defende a construção de ideias e conhecimentos em grupos sociais de forma colaborativa, uns para com os outros, criando assim uma cultura de compartilhamento de significados de em ambiente gratuito e código aberto. Todo o conteúdo, interação entre os alunos e professores é realizada dentro deste ambiente. A instituição realiza três encontros periódicos, sendo dois para aulas presenciais e um para avaliação. Destacamos também:  A liberação das atividades para os estudantes em certo período predefinido;  A aceitação de trabalhos até a data marcada ou mesmo depois dela com a possibilidade de incluir automaticamente uma penalidade pela entrega atrasada;  A inclusão de fóruns de noticias, eventos mais recentes e fórum de dúvidas;  O planejamento, calendário com as atividades e agendamento para o atendimento
  • 16. individual virtual ou presencial;  Aproximação entre os participantes e rapidez no esclarecimento de dúvidas;  Com o registro escrito, datado e arquivado de todos os passos do estudante, o professor cria uma web fólio para cada estudante;  Interface que pode ser modificada pelo professor, conforme o teor de sua disciplina ou do curso; Segue abaixo algumas características organizacionais e metodológicas do curso na modalidade à distância: CARACTERÍSTICAS DO CURSO EAD COMENTÁRIOS Estrutura básica do curso on-line Mensagens assíncronas para grupos e indivíduos, acesso aos materiais do curso e eventos interativos em tempo real. Discussões Acontecem em fóruns de debates virtuais, correio eletrônico, compartilhamento de arquivos e nas aulas presenciais com estrutura planejada. Formam-se grupos com os estudantes, tarefas específicas e orientação do cronograma. Atividades colaborativas Construção de páginas com os trabalhos dos grupos. Solução de problemas, simulações ou experimentos on-line e comparação das soluções. Comentários dos colegas. Atividades integradas no curso e avaliação. Avaliação 01 (um) encontro por período (seis meses) para realização das avaliações que são presenciais. Aprendizado just-in- time e learner centered Aprender a aprender - pesquisar, selecionar e sintetizar informações, descobrir como e onde localizar respostas e soluções. Quadro 1: Aspectos que norteiam o curso a Distância (Coordenação EAD, IFPE).
  • 17. Segue quadro que vem ao encontro de nossas observações em relação às Metodologias educacionais nas modalidades em questão. DIDÁTICA EAD DIDÁTICA PRESENCIAL O estudante estuda onde e quando desejar há separação física entre professor e aluno. O centro geográfico é a sala de aula Menor interação social, importância maior no material didático, que será o meio pelo qual o estudante terá acesso ao conhecimento. Maior interação social, as aulas ocorrem face a face, métodos e recursos para a disposição do conteúdo aos estudantes. Aprendizagem independente e autônoma, o estudante é mais ativo em relação ao processo. Situação controlada pelo professor há maior possibilidade do estudante ficar passivo Vários tipos de Docentes, o que elabora o material, o presencial eaquele que atua totalmente à distância. Um só tipo de docente, presente diante do estudante. Professor – mediador da aprendizagem Tutor – suporte e orientador da aprendizagem Professor, fonte de conhecimento. Ensino via tecnologias de informação e comunicação (TICs), uso de ferramentas tecnológicas de interação. Ensino face a face, recursos presenciais usuais. Ênfase na mediação, utilização de ferramentas de interação. Ênfase na interação Comunicação diferenciada no espaço e tempo. Comunicação Direta Esforço focado em auxiliar o estudante a se organizar e buscar o conhecimento em locais e horários fixados por ele próprio. Esforço focado em atender diretamente o estudante no sentido de transmitir-lhe o conhecimento na instituição de ensino. Quadro 2: Metodologias de Ensino aplicadas nas Modalidades EAD e Presencial
  • 18. 5.1.2.1 Grade Curricular – Instituição I A grade curricular é composta por quarenta e duas disciplinas divididas em 2.685 horas∕aula. Podemos verificar com detalhes no quadro a seguir a grade curricular e carga horária de cada componente curricular. PERÍODO COMPONENTES CURRICULARES OBRIGATÓRIOS CARGA HORÁRIA (h/aula) REQUISITOS I 360 h Elementos de Lógica e Teoria dos Conjuntos 60 x Matemática Elementar I 60 x Português Instrumental 60 x Informática em EAD 60 x Fundamentos da Educação a Distância 60 x Metodologia Científica 60 x II 360 h Construções Geométricas 60 x Matemática Elementar II 60 Matemática Elementar I Geometria I 60 x Fundamentos Filosóficos e Sociológicos de Educação 60 x Introdução às Ciências Físicas 60 x Fundamentos Psicológicos e Epistemológicos da Educação 60 x III 360 h Cálculo I 60 Matemática Elementar II Geometria Analítica 60 x Geometria II 60 Geometria I Cognição e aprendizagem em Matemática 60 Fundamentos Psicológicos e Epistemológicos da Educação Física 60 x IV 360 h Cálculo II 60 Cálculo I Análise Combinatória 60 x Álgebra Linear 60 Geometria Analítica Didática Geral 60 x
  • 19. Política e Legislação da Educação 60 x Planejamento e Avaliação Escolar 60 x V 360 h Estatística 60 Análise Combinatória Álgebra I 60 x Cálculo III 60 Cálculo II Estágio Supervisionado I 60 x Laboratório e Prática de Ensino da Matemática I 60 x VI 360 h Didática da Matemática 60 Didática Geral Álgebra II 60 Álgebra I Estágio Supervisionado II 120 Estágio Supervisionado I Laboratório e Prática da Matemática II 60 Laboratório e Prática da Matemática I Equações Diferenciais e Ordinárias 60 x VII 360 h Análise Real 60 x Conteúdo e Metodologia do Ensino da Matemática para Educação Básica 60 x História da Matemática 60 x Língua Brasileira de Sinais 60 x Estágio Supervisionado III 120 Estágio Supervisionado II VIII 360 h Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos – EJA 60 x Estágio Supervisionado IV 105 Estágio Supervisionado III Trabalho de Conclusão de Curso - TCC 60 x Metodologia da Pesquisa 60 x TOTAL 2.685 horas/aula 42 Disciplinas Fonte: IFPE – Elaborado pelo autor, 2013. Quadro 3: Grade Curricular da Modalidade a Distância, IFPE.
  • 20. 5.1.3.1Corpo Docente – Instituição I O perfil de titulação dos Professores Formadores, responsáveis pela coordenação das atividades acadêmico-pedagógicas de cada disciplina, como também da orientação dos tutores em suas atividades didáticas. Percebe-se que dentre os entrevistados, 11 (5%) deles possuem o título de Bacharel em áreas diversas e diferenciadas do perfil do curso. Sendo elas Engenharia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária e Tecnologia em Processamento de Dados, como consta no quadro 4. Dos professores pesquisados 27 (100%) possuem graduação, 22 (81%) tem mestrado e 6 (27,27%) do universo com mestrado são Doutores, Quadro 4.
  • 21. Nº GRADUAÇÃO MESTRADO DOUTORADO 1 Licenciatura em Letras Letras 2 Bacharelado em Engenharia Química Engenharia Química 3 Licenciatura em Matemática Estatística 4 Licenciatura em Matemática Matemática Aplicada Matemática 5 Licenciatura em Letras Educação 6 Licenciatura em Matemática Tecnologia Ambiental Educação 7 Licenciatura em Matemática Educação Matemática 8 Licenciatura em Matemática Ensino das Ciências 9 Licenciatura em Física Ciências 10 Tecnologia em Processamento de Dados 11 Licenciatura em Matemática Estatística 12 Bacharelado em Psicologia Psicologia Cognitiva 13 Bacharelado em Engenharia Civil Ciências do Solo Ciências do Solo 14 Licenciatura em Pedagogia 15 Bacharelado em Medicina Veterinária Administração Rural Cências da Comunicação16 Licenciatura em Ciências Agrícolas Comunicação Rural 17 Licenciatura em Matemática Educação 18 Bacharelado em Matemática Educação 19 Bacharelado em Pedagogia Psicologia Cognitiva Psicologia 20 Bacharelado em Filosofia Filosofia Ciências da Educação 21 Licenciatura em Matemática 22 Bacharelado em Pedagogia Educação Contemporânea 23 Bacharelado em Sistemas da Informação 24 Bacharelado em Engenharia da Computação Ciências da Computação 25 Bacharelado em Fonoaudiologia Fonoaudiologia 26 Licenciatura em Matemática 27 Licenciatura em Matemática Educação 27 22 6 Fonte: IFPE – Elaborado pelo autor, 2013. Quadro 4: Perfil Corpo Docente na modalidade à distância (Professores Formadores)
  • 22. 5.1.4.1 Tutores O Tutor a Distância trabalha de forma integrada aos professores. Auxilia na elaboração e correção de provas, corrige trabalhos, dá o “feed-back” para os alunos. Além disso, cada Polo possui um ou dois tutores, diferentemente dos professores, todos eles são licenciados e responsáveis por tirar as dúvidas dos alunos e manter uma relação pessoal mais íntima, acompanhando cada estudante individualmente. Uma das funções do tutor é esclarecer as dúvidas. Para esse fim, a tutoria pode se dá de duas maneiras: a primeira é através da tutoria síncrona, na qual o estudante e o tutor dialogam em tempo real, no chat. E a segunda chamada de assíncrona, aluno e tutor interagem em tempos diferentes, por exemplo, por meio de correio eletrônico via internet. Os Tutores presenciais deverão se dedicar a orientar os estudantes no uso da Plataforma Moodle e dominar todos os recursos e instrumentos didáticos a serem utilizados. Deverão ter condições de orientar de forma geral os conteúdos de um determinado semestre ou área de conhecimento. Além disso, a tutoria presencial tem como objetivo a criação de ambientes de trabalho que permitam o atendimento individualizado dos alunos, possibilitando sua organização em grupos e promovendo o trabalho cooperativo e colaborativo. Analisando os dados expostos no Quadro 3, verifica-se que 15 (100%) possuem graduação e que 5 (33%) dos tutores possuem pós-graduação em nível de especialização, enquanto que 2 (13%) com mestrado e apenas 1 (0,6%) com Doutorado. É importante salientar que sete entre os quinze possuem Licenciatura em Matemática, perfazendo um total de 63%, Gráficos 2 e 3.
  • 23. Nº SEXO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO 1 F Licenciatura em Matemática Mestre em Educação 2 F Licenciatura em Letras Mestre em Ciências 3 M Licenciatura em Biologia 4 Licenciatura em Matemática 5 M Licenciatura em Matemática Coordenação Pedagógica 6 M Licenciatura em Matemática 7 F Licenciatura em Biologia 8 M Licenciatura em Física Metodologia de Ensino de Física9 Licenciatura em Matemática 10 F Licenciatura em Matemática Matemática 11 F Licenciatura em Biologia 12 M Licenciatura em Matemática Educação 13 M Bacharelado em Filosofia Teorias e Técnicas de Comunicação Linguística e língua Português 14 Licenciatura em Letras 15 Bacharelado em Direito TOTAL 15 5 2 1 Fonte: IFPE - Elaboração própria Quadro 5: Perfil do Tutor a Distância Gráfico 2: Perfil do Tutor à distância (Graduação) Gráfico 3: Perfil do Tutor à distância (Pós-Graduação) 100% GRADUAÇÃO 79% 21% MESTRADO DOUTORADO
  • 24. 5.2 Instituição II 5.2.1 Metodologia – Instituição II O curso de Licenciatura em Matemática na Modalidade Presencial apresenta uma metodologia que visa à associação da prática com a teoria através de estudos de casos, práticas de ensino, práticas em laboratório de informática, elaboração de projetos, leitura e pesquisa de informações e vivências práticas. As aulas de Matemática são exploradas com atividades pautadas na Resolução de Problemas, Investigações Matemáticas e Modelagem Matemática. A modelagem matemática é a área do conhecimento que estuda a simulação de sistemas reais a fim de prever o comportamento dos mesmos, sendo empregada em diversos campos de estudo. Ou seja, consiste na arte de se descrever matematicamente um fenômeno. A metodologia de ensino por parte dos professores das áreas de psicologia e didática é de aulas expositivas dialogadas, dinâmicas de grupo, materiais multimídias e textos elaborados pelos mesmos. Existe uma parcela dentre os 11 professores, 4 (36%) que é responsável pelas disciplinas que envolvem álgebra, cálculo, aritmética e geometria. Estas utilizam recursos didáticos tradicionais, ou seja, quadro branco e piloto. O professor responsável pela disciplina prepara seu material didático, indica literaturas para consulta. A interação entre professor e aluno é realizada no mesmo espaço físico, Quadro 6.
  • 25. 5.2.2 Grade Curricular – Instituição II A grade curricular traz uma carga horária total de 3.200 horas∕aula, distribuídas em 3.000 horas∕aula em quarenta e cinco disciplinas e 200 horas∕aula de atividades acadêmicas extracurriculares. Logo abaixo apresentamos o Quadro xxxx, com detalhes da grade curricular do curso presencial. PERÍODO COMPONENTES CURRICULARES OBRIGATÓRIOS CARGA HORÁRIA (h/a) REQUISITOS I 360 h/a Português Instrumental I 60 Fundamentos da Matemática I 60 Introdução à Educação 60 Geometria Plana 60 Informática I 60 Prática do Ensino da Matemática I 75 II 360 h Português Instrumental II 60 Português Instrumental I Fundamentos da Matemática II 60 Fundamentos da Matemática I Estruturas Algébricas I 60 Geometria Espacial 60 Geometria Plana Informática II 60 Informática I Prática de Ensino da Matemática II 75 Prática de Ensino da Matemática I III 360 h Estrutura e Funcionamento da educação Básica 60 Cálculo Diferencial e Integral I 60 Fundamentos da Matemática II Geometria Analítica 60 Lógica Aplicada à Computação 60 Informática II
  • 26. Prática de Ensino da Matemática III 75 Prática de Ensino da Matemática II IV 360 h História da Matemática 60 Psicologia da Educação I 60 Cálculo Diferencial e Integral II 60 Cálculo Diferencial e Integral I Estatística 60 Introdução à Engenharia de Software Educação 60 Lógica Aplicada à Computação Prática de Ensino da Matemática IV 90 Prática de Ensino da Matemática III V 360 h Física I 60 Psicologia da Educação II 60 Psicologia da Educação I Cálculo Diferencial e Integral III 60 Cálculo Diferencial e Integral II Didática 60 Introdução à Educação Álgebra Linear I 60 Geometria Analítica Prática de Ensino da Matemática V 90 Prática de Ensino da Matemática IV VI 360 h Física II 60 Física I Álgebra Linear II 60 Álgebra Linear I Cálculo Diferencial e Integral IV 60 Cálculo Diferencial e Integral III Didática da Matemática 60 Didática Informática e Ensino da Matemática I 60 Introdução à Engenharia de Software Educação VI Estágio Supervisionado I 90 VII Metodologia Científica 60
  • 27. 360 h Cálculo Numérico 60 Diferencial e Integral III Fundamentos de Análise Matemática 60 Diferencial e Integral III Filosofia (Disciplina Eletiva I) 45 Informática e Ensino da matemática II 60 Informática e Ensino da Matemática I Estágio Supervisionado II 90 Estágio Supervisionado II VIII 360 h Desenvolvimento da pesquisa em Educação Matemática 60 Metodologia da Pesquisa Científica Matemática Financeira (Disciplina Eletiva II) 45 Estágio Supervisionado III 225 Estágio Supervisionado II SUBTOTAL 3000 horas/aula 45 Disciplinas 200 horas/aulas Atividades Extra Curriculares TOTAL 3200 horas/aulas Fonte: FACIG – Elaborado pelo autor, 2013. Tabela 6: Grade curricular da Modalidade presencial
  • 28. 5.2.3 Corpo Docente – Instituição II A composição do corpo docente para centros universitários é determinada pelo Decreto 5.786/2006, é formado por 10 professores Especialistas, sendo desses 7 (70%) com Mestrado e 1 (10%) com Doutorado, Quadro 7. Fonte: FACIG - Elaboração do Autor Quadro 7: Perfil do Corpo Docente da Modalidade Presencial Gráfico 3:Perfil do Corpo Docente da Modalidade Presencial (Graduação) 100% GRADUAÇÃO Nº GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO 1 Licenciatura em Letras e Pedagogia x x 2 Engenharia Civil x x 3 Licenciatura em Matemática x x 4 Licenciatura em Matemática x 5 Licenciatura em Matemática x x 6 Pedagogia x x x 7 Licenciatura em Matemática x x 8 Licenciatura em Letras x X 9 Licenciatura em Física x 10 Licenciatura em Matemática x 10 10 7 1
  • 29. 2 6.0 DISCUSSÃO A primeira consideração relevante diz respeito ao próprio conceito de Educação a Distância. É importante ressaltar que o ensino a distância, apesar de não ser uma ideia nova, requer uma metodologia apropriada e uma sistematização. É grande a diferença de estruturas dos dois tipos de ensino, visto que o ensino presencial é estruturado de uma maneira onde o professor possui contato direto com o aluno enquanto que no EAD o professor é representado pelo tutor que estabelece contato com os alunos através da internet por recursos interativos como: chat, fóruns, e-mails, etc. A metodologia de ensino é bem diversificada, varia entre encontros presenciais e mensagens assíncronas. O contraste existente é que no modo à distância, todo o material didático é exposto no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), enquanto que no curso presencial é entregue e exposto pessoalmente pelo professor. Sobre a Carga Horária das Instituições, observou-se que as duas instituições enquadram-se na Legislação de Diretrizes e Bases da Educação, uma vez que a modalidade EAD apresenta carga horária de 2.685 horas∕aula e a modalidade Presencial, 3.200 horas∕aula. O que está de acordo com o Parecer CNE/CES n.º 329, de 11 de novembro de 2004 que trata da questão da carga horária mínima dos cursos de graduação para três anos de duração, o curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a Distância está em conformidade com a legislação vigente. Para a disciplina de prática da matemática na modalidade EAD há uma carga horária de 120 horas∕aula, já na modalidade presencial, 405 horas∕aula, Metodologia Científica em EAD traz 120 e na presencial, 60 horas∕aula. O graduando em EAD possui aulas de Metodologia em dois períodos diferentes um no início e no fim do curso, facilitando assim a elaboração do seu projeto de conclusão de curso desde o ingresso na instituição, sendo estimulado a pensar sobre o que irá pesquisar, enquanto que na modalidade presencial o estudante tem esta disciplina apenas no final do curso. No curso presencial há a disciplina de Matemática Financeira e no EAD não existe, disciplina importante, pois os estudantes entram em contato com os conteúdos de tal disciplina presentes em livros didáticos.
  • 30. 3 Já a Resolução CNE/CP 2, de 19 DE Fevereiro de 2002, que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior, diz que a carga horária será efetivada mediante a integralização de no mínimo 2800 hora/aula, desde que haja uma articulação entre teoria e prática e que garanta as seguintes cargas horárias mínimas para os seus componentes comuns. Sendo eles estágio supervisionado, prática matemática, conteúdo curricular e atividades extracurriculares com suas cargas horárias mínimas respectivamente de 400, 400, 1800 e 200 hora/aula. As Grades Curriculares apresentam algumas diferenças entre os componentes curriculares no que diz respeito às disciplinas não comuns. Enquanto que para os componentes comuns, há equivalência quanto à carga horária e disciplina. De acordo com o Parecer CNE/CES nº 1.302, de 6 de novembro de 2001, diz que os conteúdos comuns a todos os cursos de Licenciatura, podem ser distribuídos ao longo do curso de acordo com o currículo proposto pela IES. · Cálculo Diferencial e Integral · Álgebra Linear · Fundamentos de Análise · Fundamentos de Álgebra · Fundamentos de Geometria · Geometria Analítica A parte comum deve ainda incluir: a) conteúdos matemáticos presentes na educação básica nas áreas de Álgebra, Geometria e Análise; b) conteúdos de áreas afins à Matemática, que são fontes originadoras de problemas e campos de aplicação de suas teorias; c) conteúdos da Ciência da Educação, da História e Filosofia das Ciências e da Matemática.
  • 31. 4 A seguir os componentes curriculares que constam simultaneamente nas duas modalidades e os que não contam e suas respectivas cargas horárias. Nº COMPONENTES CURRICULARES MODALIDADE CARGA HORÁRIA PRESENCIAL EAD PRESENCIAL EAD 1 Informática em EAD X 60 2 Metodologia Científica X X 60 120 3 Didática Geral X X 60 60 4 Didática da Matemática X X 60 60 5 Estágio Supervisionado X X 405 460 6 Laboratório e Prática de Ensino da Matemática I X 120 7 Língua Brasileira de Sinais X 60 8 Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos – EJA X 60 9 Prática do Ensino da Matemática X 405 10 InformáticaAplicada ao Ensino da Matemática X 360 11 Matemática Financeira X 45 No corpo docente, constatou-se que o quadro do curso presencial é menor, haja vista que cada professor, especialista da área é responsável por uma única turma e prepara o material que será utilizado nas aulas. Enquanto que no curso à distância, professores especialistas na área do conhecimento, assessorados por professores especialistas em EAD, elaboram o material de estudo. A transposição do conteúdo para linguagem WEB é feita também por especialistas da área de informática, sob a supervisão do professor que elabora o material de estudo. O professor especialista na área do conhecimento responsabiliza-se pessoalmente pela tutoria dos alunos podendo ainda orientar dois ou mais tutores, cada um atendendo a quantidade de estudantes que o professor atende com a remuneração que corresponde à metade do salário do professor especialista. Há alguns professores no curso EAD que não possuem como graduação o título de licenciatura e sim, bacharelado. De acordo com o MEC, os cursos de bacharelado não habilitam o profissional a lecionar. Para atuar como docente, o bacharel precisa de curso
  • 32. 5 de complementação pedagógica, ou seja, Pós – Graduação Lato Sensu e/ou Stricto Sensu, que compreendem programas de especialização e incluem os cursos designados como Especialização, Mestrado e Doutorado, art. 44, III, Lei nº 9.394/1996 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Nesta situação, a maioria dos profissionais é licenciada com pós-graduação e quando bacharéis possuem pós-graduação na área de educação, com exceção de alguns que não se enquadram na legislação citada anteriormente. Relativo aos tutores percebe-se que os mesmos possuem menor titulação, haja vista que não é de suas responsabilidades a elaboração do material didático e sim, do professor formador, exigindo assim uma melhor preparação. A intenção na elaboração deste material não é de substituir o professor, mas facilitar a aprendizagem, tornando o estudante um ser ativo na relação aluno-professor. Já no curso na modalidade presencial, com a mínima exceção, a maioria possui o título de licenciatura, principalmente em Matemática, nada excepcional, afinal trata-se de um curso de Licenciatura em Matemática.
  • 33. 6 7.0 CONCLUSÃO Concluímos que:  As metodologias aplicadas são bastante diversificadas, pois o fator primordial para esta diversificação está no tempo e espaço do estudante e do professor. Na EAD existe uma preocupação maior na elaboração do material de estudo, pois é através dele que o aluno torna-se ser ativo no aprendizado e vai de encontro ao conhecimento recebendo auxílio poucas vezes do professor e do tutor, enquanto que na Presencial a preocupação está diretamente no conteúdo que será repassado em sala de aula, o aluno é um ser passivo no processo de aprendizagem.  Entre as Grades Curriculares das duas modalidades existem diferenças nas disciplinas, a ausência de algumas delas pode distinguir a formação do professor na modalidade EAD e Presencial;  O corpo Docente do curso EAD possui um nível de titulação mais elevado entre estas instituições. Existem em uma maior quantidade porque há diversos níveis na preparação do curso, porém algumas de suas formações não condizem com a Legislação Vigente. Na modalidade Presencial, a titulação dos professores também varia bastante entre especialização e doutorado, fator importante para o conceito da Faculdade. A maioria é Licenciada, atendendo assim a Legislação vigente;  Existem diferenças relativas à carga horária, no curso presencial existe uma maior quantidade de atividades práticas e acadêmicas científicas.  Vemos que é viável a possibilidade da formação de professores a distância como também não a vejo como salvação de todos os problemas relacionados à educação e a formação do professor de matemática. As duas modalidades apresentaram pontos positivos e negativos, ambas demonstram aplicabilidade e são diferenciadas segundo os objetivos e necessidades de cada instituição.
  • 34. 7 8.0 RECOMENDAÇÕES Para o curso de Licenciatura em Matemática Presencial é importante à inserção de recursos tecnológicos para incrementar o funcionamento do curso, pondo fim às formas tradicionais de ensino ainda verificada nas aulas de vários professores. A inserção de parte da carga horária na modalidade EAD pode ser um caminho para se alcançar um novo modelo em educação. A Portaria Nº 4.059, de 10 DE Dezembro DE 2004, diz que as Instituições de Ensino Superior podem inserir até 20% da carga horária total do curso na modalidade EAD, onde as avaliações são presenciais. Para a Instituição Presencial pode ser um fato a se pensar quando se trata de uma possível junção entre as modalidades EAD e Presencial. Segue abaixo algumas sugestões para as duas modalidades: SUGESTÕES Ensino EAD Ensino Presencial - Recursos visuais mais atrativos. Aumento no número dos encontros presenciais. Maior participação em eventos Mais tempo para as disciplinas serem trabalhadas. Maior aplicação prática das teorias desenvolvidas em sala de aula. Aumentar a carga horária de aulas de práticas de ensino. Aulas mais dinâmicas com utilização de Datashow - Mais atividades em grupo, mais seminários. Inserção da Disciplina de Matemática Financeira Maior carga horária para a disciplina de Metodologia Científica Aceitar como docentes apenas profissionais habilitados em Educação Inclusão das Disciplinas de Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos – EJA e Língua Brasileira de Sinais
  • 35. 8 9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARUFI, M. C. B. E-calculo: um e-curso de matemática. Departamento de matemática do instituto dematemática e estatística da universidade de São Paulo, SP- Brasil. Disponível em:http://ecalculo.if.usp.br/noticias/artigo_espanha.htm BORBA, M. C. Dimensões da educação matemática a distância. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA M. C. (Org.).Educação matemática: pesquisa em movimento. I. ed. São Paulo: Cortez, 2004. BORBA, M. C. et al. Educação a distância online. Coleção Tendências em educação matemática. BeloHorizonte: Autêntica, 2007. CHAMARELLI, R. Os avanços da educação a distância. Gramado - RS, 2008. http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=com_content&task=view&id=10388&i nterna=6. BRASIL. Cursos supe riores autorizados pelo MEC. 1997. Disponível em: <http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=649&sid=17>. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Fundamental de Educação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf> BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9394. Dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.unifesp.br/reitoria/reforma/ldb.pdf>. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Fundamental de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.
  • 36. 9 BRASIL. Referenciais de qualidade para EAD. Ministério da Educação e Cultura. 1997.<http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=62&Ite mid=191>. D'AMBRÓSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 2003. apudNASCIMENTO,DANDOLINI, G. A., et al. Curso de licenciatura em matemática a distância: um relato de experiência. Novastecnologias na educação. v. 4, n. 1, CINTED –UFRGS: Julho, 2006. DOTTA, S.; GIORDAN, M. Tutoria em educação a distância: um processo dialógico. Encontro InternacionalVirtual Educa Brasil. São José dos Campos- SP, 2007. D’AMBRÓSIO, U. Tecnologias de informação e comunicação: reflexos na matemática e no seu ensino. São Paulo: UNESP, 2003. Disponível em: http://vello.sites.uol.com.br/reflexos.htm DOTTA, S.; GIORDAN, M. Tutoria em educação a distância: um processo dialógico. Encontro Internacional Virtual Educa Brasil. São José dos Campos- SP, 2007. E-CALCULO. Disponível em < http://ecalculo.if.usp.br/>. EVES, H. Introdução à história da matemática. Tradução: DOMINGUES, H. H.. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004. FLEMMING, D. M. et. al. Desenvolvimento de material didático para educação a distância no contexto da educação matemática. Associação brasileira de educação à distância.<file:///I:/EAD/Referenciais%20te%C3%B3ricos%20da%20EAD.htm> FRANCO, S. R. K.; et al. Aprendizagem na educação a distância: caminhos do Brasil. Novas tecnologias naeducação. Porto Alegre, v. 4, n. 2.; UFRGS: dezembro, 2006. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia, saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
  • 37. 10 LOUZADA, I. C.; RODRIGUES, N. E.;Impactos e possibilidades das tecnologias no contextosócio educacional.UFSC. Florianópolis: junho, 2001 MATEMÁTICA ESSENCIAL. Construída por Ulysses Sodré. Disponível em: http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/index.html. MORAN, J. M. O que é educação a distância. Rio de Janeiro-RJ, 2002. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm. Acesso em 25 de setembro de 2007. PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Unisinos, 2001. Parecer CNE/CES n.º 329, de 11 de novembro de 2004 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14384:pergu ntas-frequentes-sobre-educacao-superior&catid=12 SARAIVA, T. Educação a distância no Brasil: lições da história. Abril/ Junho, 1996. SBM, Projeto para educação a distância. Materiais didáticos de matemática para EAD. www.sbm.org.br/EADSBM.doc SBM. Sobre o ensino a distância. <http://br.geocities.com/joaolucasbarbosa/Ensino/EAD01.pdf>. SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: http://www.somatematica.com.br/index2.php SOUZA, J. A. et. al. Curso de licenciatura em matemática a distância – Uma síntese do projeto pedagógico.Novas tecnologias na educação. v. 3, n. 1, CINTED –UFRGS: Maio, 2005. YIN R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2a ed. Porto Alegre: Bookman; 2001.
  • 38. 11