1) Um jovem marroquino viajou escondido num camião durante 4 horas entre a Espanha e Portugal.
2) Mais de 4500 pessoas chegaram de barco à ilha italiana de Lampedusa em 5 dias, vindos do sul da Tunísia, fugindo de motivos económicos ou políticos.
3) Uma situação não descrita.
4. Um jovem marroquino de 15 anos viajou durante cerca de quatro horas pendurado no eixo traseiro de um camião de transporte de peixe. O rapaz terá fugido de uma instituição em Algeciras (Espanha). Foi encontrado pelo camionista em estado de choque e hipotermia, mas sem ferimentos. O condutor, de nacionalidade marroquina, iniciou a viagem no Sul de Marrocos e tinha como destino a Galiza (Espanha). Antes de chegar a Portugal pelo Algarve, parou na fronteira de Algeciras (Espanha), para tratar da documentação. Terá sido aí que o jovem saltou para a viatura, carregada de peixe, e se escondeu num dos eixos junto às rodas traseiras. O condutor só parou ao fim de quatro horas na área de serviço de Olhão. Adaptado de Jornal de Notícias, 21 Fevereiro 2010
6. Ninguém estava à espera, muito menos a Itália, apesar de Lampedusa, a sua ilha mais meridional, ficar mais perto de Tunis (117 km) do que da Sicília. Quando, no passado dia 5 de Fevereiro, o Mediterrâneo ficou semeado de barcos que avançavam em direcção à ilha – portanto, em direcção à Europa -, os militares não acreditavam no que os seus olhos viam. Segundo o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), em cinco dias chegaram 4500 pessoas sem documentos. Somam 5500 desde o início de Janeiro.O Presidente da Câmara teve que requisitar autocarros e até o padre local pôs as instalações da paróquia à disposição, mas não chegavam. Teve de se abrir o campo de futebol. O governo italiano teve que organizar transportes para o continente, para descongestionar a ilha. "Todos estão bem. Contaram-nos que saíram de Djerba, no Sul da Tunísia, e que foram obrigados a voltar atrás por diversas vezes devido às más condições do mar”, disseram as autoridades. Os imigrantes são todos jovens entre os 18 e os 30 anos, quase exclusivamente homens, que partiram por questões variadas: por motivos económicos ou com receio por terem feito parte dos apoiantes do antigo governo. Adaptado de semanário Expresso, 19 Fevereiro 2011