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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DOS JOGOS TRANSVERSAIS



                                    METODOLOGIA DOS JOGOS




                                            1ª ETAPA

                                       CONTEXTUALIZAÇÃO

                                       1. CONSTATAÇÃO
                                       2. ENRIQUECIMENTO
                                       3. ESTIMULAÇÃO



                                           2ª ETAPA

                                           REFLEXÃO




   Quando aqui se estabelece uma metodologia para aplicação dos Jogos transversais,
pensamos não como um roteiro ou caminho fechado que deva ser seguido rigidamente para
atingir seus objetivos, porém assim estabelecemos como um exemplo de experiência que vem
dando resultado e que pode e deve ser questionada, ampliada e até modificada. Quando
pensamos então nos Jogos Transversais como proposta de abordagem para a Educação Física
Escolar, pensamos primeiro nas condições ideais para o seu desenvolvimento. E o ideal é que
esse desenvolvimento se dê dentro dos princípios da transversalidade. Nesta perspectiva, onde a
união faz a força, onde as áreas do conhecimento se entrecruzam para atingirem em sua
totalidade os temas sociais relevantes, surgem às condições mais favoráveis para execução dos
fins a que se propõe o processo ensino-aprendizagem. A organização dos Temas Transversais
sob forma de projetos ou de temas geradores também atendem a essa demanda. Destacamos
ainda que a divisão da aula foi adotada para melhor compreensão didática e que o
desenvolvimento da aula se processa de forma contínua.        . Ressaltamos ainda que nosso
trabalho é desenvolvido para o 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, porém temos desenvolvido
experiências com todos os seguimentos e etapas de ensino.
   Inicialmente, como parte primeira de cada aula, definimos como primeira etapa e de
fundamental importância para o sucesso dos Jogos Transversais, a contextualização do Tema
Transversal a ser abordado. Essa contextualização se refere a criar um ambiente favorável para o
desenvolvimento da aula e dos jogos. Dividimo-la em três partes, a constatação, o
enriquecimento e a estimulação. A constatação é a etapa que visa detectar que grau de
conhecimento os alunos possuem sobre o tema a ser abordado. Ela se dá através de perguntas
básicas relacionados ao tema (Ex. Tema: Ética; perguntas: Quem sabe dizer o que é ética?
Alguém poderia dar um exemplo?). A segunda parte é o enriquecimento através da utilização de
um material de apoio. Esta parte pode se dá sob diversas formas, ou seja, através da leitura um
pequeno texto, de uma reportagem, uma música, uma fábula, um caso, um velho ditado, um
poema, um provérbio, ou até mesmo uma pequena frase, que esteja relacionado ao tema ou a
reflexão proposta pelo jogo. Pode se dar também através da exibição de uma imagem, foto ou
um simples desenho. A terceira parte, que é a estimulação, ocorrerá exclusivamente pela prática
dos Jogos Transversais, visando sempre a segurança e possibilitando a inclusão de todos. A
prática dos jogos nada mais é do que, a construção de situações didático-metodológicas que
buscam valorizar e potencializar a capacidade de questionar, de debater, de refletir sobre os
temas sociais em questão, ou seja, situações de aprendizagem que buscam garantir aos alunos
o desenvolvimento das capacidades necessárias à construção progressiva de conhecimentos
para uma atuação pautada por princípios da ética democrática. Todos os jogos podem e devem
ser adequadas as condições sócio-cognitivas dos alunos e as suas realidades locais e coletivas.
Variações poderão surgir. Esperamos também que, principalmente, possam servir de inspiração
para que novos jogos sejam criados por qualquer aluno, profissionais ou pessoa que com eles
simpatize e os adote.
   A segunda e última etapa é a reflexão, que acontecerá após cada jogo e/ou ao final da
aula, preferencialmente nos momentos de recuperação e descanso, buscando fazer uma ligação
do tema com o jogo e a realidade individual e social, ou seja, com a vida de seus praticantes,
buscando sempre que possível propor mudanças para melhorar as condições existentes, tanto
endógenas quanto exógenas. É neste momento que serão confrontados os valores definidos no
texto constitucional e os valores que cada aluno trás consigo, para que a partir desse confronto,
possam eleger seus novos valores.
   Após a reflexão teríamos então como resultado as propostas ou sugestões direcionadas para
as resoluções dos problemas sociais apresentados ou de apontamentos sobre qual a melhor
conduta, comportamento e/ou atitude a ser adotada ante a questão exposta no momento e
contexto histórico-cultural atual.
   Segundo os PCNs (BRASIL, 1998), o fato de os alunos serem crianças e adolescentes não
significa que sejam passivos e recebam sem resistência ou contestação de tudo o que implícita
ou explicitamente se lhes quer transmitir; e que mesmo nas séries iniciais é possível oferecer
informações, vivências e reflexão sobre as causas e as nuanças dos valores que orientam os
comportamentos e tratá-los como produtos de relações sociais, que podem ser transformados.
Inicialmente nem todos os alunos de uma turma, ou apenas alguns poucos, terão um nível de
consciência crítica favorável as devidas reflexões, porém à medida que esse trabalho for se
desenvolvendo isso irá acontecendo de forma lenta e gradativa. Cada jogo transversal contém
uma ou mais reflexões que podem ser adaptadas e até serem substituídas, tendo o devido
cuidado de não deixar de fazer sentido com o respectivo jogo. As adaptações deverão sempre
buscar uma adequação ao nível de consciência e ao vocabulário dos seus alunos.

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Metodologia de desenvolvimento dos jogos transversais

  • 1. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DOS JOGOS TRANSVERSAIS METODOLOGIA DOS JOGOS 1ª ETAPA CONTEXTUALIZAÇÃO 1. CONSTATAÇÃO 2. ENRIQUECIMENTO 3. ESTIMULAÇÃO 2ª ETAPA REFLEXÃO Quando aqui se estabelece uma metodologia para aplicação dos Jogos transversais, pensamos não como um roteiro ou caminho fechado que deva ser seguido rigidamente para atingir seus objetivos, porém assim estabelecemos como um exemplo de experiência que vem dando resultado e que pode e deve ser questionada, ampliada e até modificada. Quando pensamos então nos Jogos Transversais como proposta de abordagem para a Educação Física Escolar, pensamos primeiro nas condições ideais para o seu desenvolvimento. E o ideal é que esse desenvolvimento se dê dentro dos princípios da transversalidade. Nesta perspectiva, onde a união faz a força, onde as áreas do conhecimento se entrecruzam para atingirem em sua totalidade os temas sociais relevantes, surgem às condições mais favoráveis para execução dos fins a que se propõe o processo ensino-aprendizagem. A organização dos Temas Transversais sob forma de projetos ou de temas geradores também atendem a essa demanda. Destacamos ainda que a divisão da aula foi adotada para melhor compreensão didática e que o desenvolvimento da aula se processa de forma contínua. . Ressaltamos ainda que nosso trabalho é desenvolvido para o 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, porém temos desenvolvido experiências com todos os seguimentos e etapas de ensino. Inicialmente, como parte primeira de cada aula, definimos como primeira etapa e de fundamental importância para o sucesso dos Jogos Transversais, a contextualização do Tema Transversal a ser abordado. Essa contextualização se refere a criar um ambiente favorável para o desenvolvimento da aula e dos jogos. Dividimo-la em três partes, a constatação, o
  • 2. enriquecimento e a estimulação. A constatação é a etapa que visa detectar que grau de conhecimento os alunos possuem sobre o tema a ser abordado. Ela se dá através de perguntas básicas relacionados ao tema (Ex. Tema: Ética; perguntas: Quem sabe dizer o que é ética? Alguém poderia dar um exemplo?). A segunda parte é o enriquecimento através da utilização de um material de apoio. Esta parte pode se dá sob diversas formas, ou seja, através da leitura um pequeno texto, de uma reportagem, uma música, uma fábula, um caso, um velho ditado, um poema, um provérbio, ou até mesmo uma pequena frase, que esteja relacionado ao tema ou a reflexão proposta pelo jogo. Pode se dar também através da exibição de uma imagem, foto ou um simples desenho. A terceira parte, que é a estimulação, ocorrerá exclusivamente pela prática dos Jogos Transversais, visando sempre a segurança e possibilitando a inclusão de todos. A prática dos jogos nada mais é do que, a construção de situações didático-metodológicas que buscam valorizar e potencializar a capacidade de questionar, de debater, de refletir sobre os temas sociais em questão, ou seja, situações de aprendizagem que buscam garantir aos alunos o desenvolvimento das capacidades necessárias à construção progressiva de conhecimentos para uma atuação pautada por princípios da ética democrática. Todos os jogos podem e devem ser adequadas as condições sócio-cognitivas dos alunos e as suas realidades locais e coletivas. Variações poderão surgir. Esperamos também que, principalmente, possam servir de inspiração para que novos jogos sejam criados por qualquer aluno, profissionais ou pessoa que com eles simpatize e os adote. A segunda e última etapa é a reflexão, que acontecerá após cada jogo e/ou ao final da aula, preferencialmente nos momentos de recuperação e descanso, buscando fazer uma ligação do tema com o jogo e a realidade individual e social, ou seja, com a vida de seus praticantes, buscando sempre que possível propor mudanças para melhorar as condições existentes, tanto endógenas quanto exógenas. É neste momento que serão confrontados os valores definidos no texto constitucional e os valores que cada aluno trás consigo, para que a partir desse confronto, possam eleger seus novos valores. Após a reflexão teríamos então como resultado as propostas ou sugestões direcionadas para as resoluções dos problemas sociais apresentados ou de apontamentos sobre qual a melhor conduta, comportamento e/ou atitude a ser adotada ante a questão exposta no momento e contexto histórico-cultural atual. Segundo os PCNs (BRASIL, 1998), o fato de os alunos serem crianças e adolescentes não significa que sejam passivos e recebam sem resistência ou contestação de tudo o que implícita ou explicitamente se lhes quer transmitir; e que mesmo nas séries iniciais é possível oferecer informações, vivências e reflexão sobre as causas e as nuanças dos valores que orientam os comportamentos e tratá-los como produtos de relações sociais, que podem ser transformados. Inicialmente nem todos os alunos de uma turma, ou apenas alguns poucos, terão um nível de consciência crítica favorável as devidas reflexões, porém à medida que esse trabalho for se
  • 3. desenvolvendo isso irá acontecendo de forma lenta e gradativa. Cada jogo transversal contém uma ou mais reflexões que podem ser adaptadas e até serem substituídas, tendo o devido cuidado de não deixar de fazer sentido com o respectivo jogo. As adaptações deverão sempre buscar uma adequação ao nível de consciência e ao vocabulário dos seus alunos.