SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
REGRAS DO MÉTODO René Descartes, in 'Discurso do Método'
Conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos
objectos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir
pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais
compostos; e admitindo mesmo certa ordem entre aqueles
que não se precedem naturalmente uns aos outros.
Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa sem a conhecer
evidentemente como tal; isto é, evitar cuidadosamente a
precipitação e a prevenção; não incluir nos meus juízos nada
que se não apresentasse tão clara e tão distintamente ao meu
espírito, que não tivesse nenhuma ocasião para o pôr em
dúvida.
PRIMEIRO
SEGUNDO
Dividir cada uma das dificuldades que tivesse de abordar no
maior número possível de parcelas que fossem necessárias
para melhor as resolver.E o último, fazer sempre
enumerações tão complexas
e revisões tão gerais, que
tivesse a certeza de nada
omitir.
TERCEIRO
metodologia projectual Bruno Munari
metodologiaprojectualFRANCSICOGÓMEZCASTRO.NASDESIGN.
P
metodologia projectual Bruno Munari
metodologiaprojectualFRANCSICOGÓMEZCASTRO.NASDESIGN.
dP
S
Modelos verificados e
desenvolvidos após as
análises observadas de
todos os dados coletados
(briefing e materiais),
resultando em uma
proposta adequada ao
problema definido
anteriormente.
SDESENHO FINAL
(OU DE CONSTRUÇÃO)
A solução final é, então,
uma síntese de dados
levantados ao longo de
todo um processo que
envolve fases distintas.
Portanto é a obra
resultante de diversas
áreas agregadas em
torno do objetivo principal.
SOLUÇÃO
É na verificação que
se observam as
falhas, caso existam,
e se corrigem as
mesmas.
Pode também, haver
possibilidade de
existência de dois ou
mais modelos e é na
verificação que se
decide por este ou
aquele, depois de
testados os funcio-
namentos.
É neste momento
também que se
"fecham" questões
quanto a conteúdos
controversos ou a
permanência ou não
de determinada
tecnologia.
dP
Verificação
Das experiencias
resultam
amostras,
conclusões,
informações que
levam a
construção de
modelos.
São realizados
para demonstrar
as possibilidades
materiais ou
técnicas a serem
utilizadas no
projeto.
Modelo
Depois da coleta de
dados sobre
materiais e técni-
cas, a criatividade
dirige experimen-
tações dos mate-
riais e dos instru-
mentos para obter
ainda outros dados
que permitam
estabelecer
relações úteis ao
projeto.
Experimentação
Outra pequena
coleta de dados,
agora relativo aos
materiais e
tecnologias
disponíveis para
realização do
projeto.
Impossível
desconsiderar esta
etapa.
Materiais e
Tecnologias
Neste momento a
“IDEIA” é
substituida pela
CRIATIVIDADE,
que leva em
consideração
todas as possibili-
dades para se
chegar a uma
solução.
Criatividade
Esta análise pode
fornecer sugestões
acerca do que não
se deve fazer no
projeto, e pode
orientar sobre
outras possibilida-
des, materiais, etc.
Deve-se analisar os
valores técnicos,
esquecendo o
caráter estético, à
princípio.
Análise
dos dados
Coleta de dados
Pois é, o roteiro de
coleta de informações
mais detalhado
possível.
Desta forma, se
recolhe todos os
dados necessários
para estudar esses
componentes um a
um.
A idéia que deveria
resolver tudo deve ser
deixada para mais
tarde.
Dividir o problema
em vários proble-
mas menores, ou
subproblemas.
Desta forma, vemos
partes do todo e
resolvemos por
etapas as questões
encontradas.
Qualquer que seja
o problema
pode-se dividi-lo
em seus compo-
nentes.
Componentes
do Problema
Um problema pode ter várias
soluções, e é preciso nesse
caso decidir por qual
optar.Após definir o
problema, tem-se ideias.
Elas servem para resolver o
problema, mas nem sempre
trazem a solução dele.
Muitos projetos param na
primeira ideia, pois, o
designer acredita esta
soluciona o problema.
Alguns elementos que
fazem parte do escopo
para se definir o
problema:
Público-alvo;
Conceitos;
Recursos necessários.
DEFINIÇÃO DO
PROBLEMA
Idea

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Metodo projectual munari

Design Thinking Process
Design Thinking ProcessDesign Thinking Process
Design Thinking ProcessOlogia
 
MTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptx
MTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptxMTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptx
MTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptxAlanBrando7
 
Da escola ao museu 3
Da escola ao museu 3Da escola ao museu 3
Da escola ao museu 3João Lima
 
O método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesiano
O método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesianoO método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesiano
O método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesianoGlaucoVelosodosSantos
 
Aula 07 metodologia munari
Aula 07   metodologia munariAula 07   metodologia munari
Aula 07 metodologia munariMarcio Duarte
 
TRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para Inovar
TRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para InovarTRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para Inovar
TRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para InovarSylvio Silveira Santos
 
Como elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth Fantauzzi
Como elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth FantauzziComo elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth Fantauzzi
Como elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth FantauzziElizabeth Fantauzzi
 
Pensamento computacional e transdisciplinaridade
Pensamento computacional e transdisciplinaridadePensamento computacional e transdisciplinaridade
Pensamento computacional e transdisciplinaridadeFernando Albuquerque Costa
 
Design thinking para quem trabalha em agências de publicidade
Design thinking para quem trabalha em agências de publicidadeDesign thinking para quem trabalha em agências de publicidade
Design thinking para quem trabalha em agências de publicidadeBruno Araldi
 
Palestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data Science
Palestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data SciencePalestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data Science
Palestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data ScienceRodrigo Vieira
 
Gestão da criatividade
Gestão da criatividadeGestão da criatividade
Gestão da criatividadeLauren Piana
 
CAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e Chsinell
CAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e ChsinellCAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e Chsinell
CAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e ChsinellFernanda Sarmento
 
Desig thinking e confiança criativa
Desig thinking e confiança criativaDesig thinking e confiança criativa
Desig thinking e confiança criativaColaborativismo
 
Manual de instruções Feira Municipal de Ciências
Manual de instruções Feira Municipal de CiênciasManual de instruções Feira Municipal de Ciências
Manual de instruções Feira Municipal de CiênciasCélio Sousa
 
Contibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis Monteiro
Contibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis MonteiroContibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis Monteiro
Contibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis MonteiroRenata Aquino
 
Metodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisaMetodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisapoliany carlos
 

Semelhante a Metodo projectual munari (20)

Design Thinking Process
Design Thinking ProcessDesign Thinking Process
Design Thinking Process
 
MTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptx
MTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptxMTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptx
MTC - Projeto de Pesquisa e Normas ABNT.pptx
 
Da escola ao museu 3
Da escola ao museu 3Da escola ao museu 3
Da escola ao museu 3
 
O método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesiano
O método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesianoO método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesiano
O método científico e a comparação entre o modelo newtoniano e o cartesiano
 
Agile Testing Coaching
Agile Testing Coaching  Agile Testing Coaching
Agile Testing Coaching
 
Aula 07 metodologia munari
Aula 07   metodologia munariAula 07   metodologia munari
Aula 07 metodologia munari
 
TRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para Inovar
TRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para InovarTRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para Inovar
TRIZ e DNA do Produto: Uma Metodologia Prática e Estruturada Para Inovar
 
Como elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth Fantauzzi
Como elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth FantauzziComo elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth Fantauzzi
Como elaborar um projeto de pesquisa - profa. Elizabeth Fantauzzi
 
Pensamento computacional e transdisciplinaridade
Pensamento computacional e transdisciplinaridadePensamento computacional e transdisciplinaridade
Pensamento computacional e transdisciplinaridade
 
Sociologia
Sociologia Sociologia
Sociologia
 
Como fazer um bom brainstorm.docx
Como fazer um bom brainstorm.docxComo fazer um bom brainstorm.docx
Como fazer um bom brainstorm.docx
 
Design thinking para quem trabalha em agências de publicidade
Design thinking para quem trabalha em agências de publicidadeDesign thinking para quem trabalha em agências de publicidade
Design thinking para quem trabalha em agências de publicidade
 
Palestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data Science
Palestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data SciencePalestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data Science
Palestra TDC 2016: 3 Lições que Aprendi em Data Science
 
Gestão da criatividade
Gestão da criatividadeGestão da criatividade
Gestão da criatividade
 
CAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e Chsinell
CAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e ChsinellCAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e Chsinell
CAPÍTULO 12 - Handbook of Usability Testing” de Rubin e Chsinell
 
Desig thinking e confiança criativa
Desig thinking e confiança criativaDesig thinking e confiança criativa
Desig thinking e confiança criativa
 
Manual de instruções Feira Municipal de Ciências
Manual de instruções Feira Municipal de CiênciasManual de instruções Feira Municipal de Ciências
Manual de instruções Feira Municipal de Ciências
 
Técnicas e ferramentas criatividade[1]
Técnicas e ferramentas criatividade[1]Técnicas e ferramentas criatividade[1]
Técnicas e ferramentas criatividade[1]
 
Contibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis Monteiro
Contibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis MonteiroContibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis Monteiro
Contibuicoes e Reflexoes De Um Pesquisador por Aneridis Monteiro
 
Metodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisaMetodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisa
 

Metodo projectual munari

  • 1. REGRAS DO MÉTODO René Descartes, in 'Discurso do Método' Conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objectos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais compostos; e admitindo mesmo certa ordem entre aqueles que não se precedem naturalmente uns aos outros. Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa sem a conhecer evidentemente como tal; isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção; não incluir nos meus juízos nada que se não apresentasse tão clara e tão distintamente ao meu espírito, que não tivesse nenhuma ocasião para o pôr em dúvida. PRIMEIRO SEGUNDO Dividir cada uma das dificuldades que tivesse de abordar no maior número possível de parcelas que fossem necessárias para melhor as resolver.E o último, fazer sempre enumerações tão complexas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir. TERCEIRO metodologia projectual Bruno Munari metodologiaprojectualFRANCSICOGÓMEZCASTRO.NASDESIGN.
  • 2. P metodologia projectual Bruno Munari metodologiaprojectualFRANCSICOGÓMEZCASTRO.NASDESIGN. dP S Modelos verificados e desenvolvidos após as análises observadas de todos os dados coletados (briefing e materiais), resultando em uma proposta adequada ao problema definido anteriormente. SDESENHO FINAL (OU DE CONSTRUÇÃO) A solução final é, então, uma síntese de dados levantados ao longo de todo um processo que envolve fases distintas. Portanto é a obra resultante de diversas áreas agregadas em torno do objetivo principal. SOLUÇÃO É na verificação que se observam as falhas, caso existam, e se corrigem as mesmas. Pode também, haver possibilidade de existência de dois ou mais modelos e é na verificação que se decide por este ou aquele, depois de testados os funcio- namentos. É neste momento também que se "fecham" questões quanto a conteúdos controversos ou a permanência ou não de determinada tecnologia. dP Verificação Das experiencias resultam amostras, conclusões, informações que levam a construção de modelos. São realizados para demonstrar as possibilidades materiais ou técnicas a serem utilizadas no projeto. Modelo Depois da coleta de dados sobre materiais e técni- cas, a criatividade dirige experimen- tações dos mate- riais e dos instru- mentos para obter ainda outros dados que permitam estabelecer relações úteis ao projeto. Experimentação Outra pequena coleta de dados, agora relativo aos materiais e tecnologias disponíveis para realização do projeto. Impossível desconsiderar esta etapa. Materiais e Tecnologias Neste momento a “IDEIA” é substituida pela CRIATIVIDADE, que leva em consideração todas as possibili- dades para se chegar a uma solução. Criatividade Esta análise pode fornecer sugestões acerca do que não se deve fazer no projeto, e pode orientar sobre outras possibilida- des, materiais, etc. Deve-se analisar os valores técnicos, esquecendo o caráter estético, à princípio. Análise dos dados Coleta de dados Pois é, o roteiro de coleta de informações mais detalhado possível. Desta forma, se recolhe todos os dados necessários para estudar esses componentes um a um. A idéia que deveria resolver tudo deve ser deixada para mais tarde. Dividir o problema em vários proble- mas menores, ou subproblemas. Desta forma, vemos partes do todo e resolvemos por etapas as questões encontradas. Qualquer que seja o problema pode-se dividi-lo em seus compo- nentes. Componentes do Problema Um problema pode ter várias soluções, e é preciso nesse caso decidir por qual optar.Após definir o problema, tem-se ideias. Elas servem para resolver o problema, mas nem sempre trazem a solução dele. Muitos projetos param na primeira ideia, pois, o designer acredita esta soluciona o problema. Alguns elementos que fazem parte do escopo para se definir o problema: Público-alvo; Conceitos; Recursos necessários. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Idea