SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Ciência Viva, Portugal                                                                           12345678

                     Raquel Gaspar
                     Associação Viver a Ciência
                     Av. da República, nº 34, 1º Lisboa | rgaspar@viveraciencia.org




                     A Menina do Mar


                     O CARANGUEJO

                     1. Observar e experimentar
                     2. Oficina de expressão plástica
                     3. Oficina "faz de conta que..."
                     4. Para saber mais


                     1. Observar e experimentar
                        O objectivo das actividades que se seguem é o de permitir que as
                     crianças tomem consciência das características dos caranguejos e como
                     estas se relacionam com o seu modo de vida e habitat. As actividades
                     envolvem a observação do caranguejo no seu habitat natural ou em
                     aquários, o contacto directo com os animais para observar as suas
                     estruturas externas (utilizando caranguejos comprados no mercado ou
                     apanhados na praia) ou utilizando imagens, diagramas e vídeos.


                     Observação das estruturas externas do caranguejo
                     Para que as crianças conheçam as características dos caranguejos,
                     podem observar os seguintes aspectos morfológicos:

                     - carapaça: forma, textura, consistência e padrão de coloração;
                     - zonas do corpo: cefalotórax e abdómen;
                     - cefalotórax: dois olhos pedunculados, dois pares de antenas, dois tipos
                     de patas (com pinças e locomotoras), o número de segmentos da pata,
                     a forma, a consistência e o número de partes da boca (lado abdominal);
                     - abdómen: em forma de V (macho) ou de U invertido (fêmea);
                     - simetria bilateral do corpo do caranguejo.

                        As observações podem ser feitas durante a visita à praia e às poças de
                     maré ou na sala de aula utilizando um caranguejo comprado no mercado,
                     com a ajuda de um diagrama e utilizando lupas e pinças.
                        Na visita à poça de maré, recolher as carapaças (resultantes de mudas
                     ou da predação) que são úteis para observar e consolidar conhecimentos.
                     As crianças deverão desenhar os caranguejos que observam.




www.cienciaviva.pt                                                1                               Copyright © Ciência Viva, 2008
Ciência Viva




Caranguejo preto macho. Identificação da morfologia externa.




                     Por que razão os caranguejos têm carapaça?

                        Manusear os caranguejos de modo a perceber a consistência do corpo
                     (mole por dentro) e da carapaça dura do animal e a concluirem sobre
                     a sua função (protecção contra o ataque dos predadores, protecção
                     contra os arranhões nas rochas e contra a perda da humidade do corpo
                     por exposição ao ar).

                        Trazer para a aula objectos utilizados para proteger o corpo das
                     agressões exteriores (joelheiras, cotoveleiras, capacetes de protecção,
                     roupas, sapatos, armadura) e estabeleçer um paralelo com a função da
                     carapaça do caranguejo.
                        Identificar as estruturas que protegem as partes duras do corpo
                     humano e que têm uma função semelhante à da carapaça do caranguejo
                     (ex. unhas dos dedos das mãos e dos pés, crânio para o cérebro, as
                     costelas para os pulmões e as crostas para os cortes).
                        Procurar objectos que simulem a consistência do corpo mole do
                     caranguejo em contraste com dureza da sua carapaça (embalagem
                     cartão de ovos com os ovos lá dentro, uma noz inteira).


                     Crescer e mudar de casa!
                        Utilizando desenhos, mostrar o paralelismo entre a relação do
                     crescimento do corpo humano e as roupas que vão deixando de servir à
                     medida que o corpo cresce, com a situação do caranguejo que abandona
                     a carapaça inicial e produz uma nova quando o seu corpo cresce.
                        Sugere-se a seguinte actividade para simular o facto de a carapaça
                     não acompanhar o crescimento do corpo do caranguejo:
                        - colocar um balão dentro de uma caixa com tampa fazendo um
                     pequeno buraco na para permitir a saída da extremidade do balão.
                     Encher o balão, soprando até que a tampa comece a levantar simulando
                     a quebra da carapaça quando o volume do corpo do caranguejo é maior
                     que a capacidade da carapaça.




www.cienciaviva.pt                                               2                             Copyright © Ciência Viva, 2008
A Menina do Mar



                                 Observar os caranguejos no seu habitat
                                    As crianças observam os caranguejos numa poça de maré, nas rochas,
                                 areia ou num aquário, onde faz registos sobre o comportamento, habitat
                                 e locomoção do caranguejo. Elaboram desenhos ou fazem construções
                                 na areia sobre o habitat do caranguejo, incluindo outros seres vivos que
                                 com ele co-habitam.

                                 Andar de lado como o caranguejo!
                                    Realizar actividades que permitam que as crianças identifiquem
                                 a forma como o caranguejo se desloca (de lado, apoiando as pontas
                                 das patas locomotoras) e as características das patas (número
                                 e localização, estrutura, número de segmentos, articulações
                                 e consistência da junção entre os segmentos). Sugestões:

                                   - caminhar apressadamente em "biquinhos de pé", ou seja, imitar o
                                 movimento do caranguejo apoiando as pontas pontiagudas das patas.




                                               B
                                                               C
                                                                                        A
                                               A
                                                                                                     C
                                                                                        B

                                                                                            B
                                                 B


                                  C                                                 A
                                                   A

                                                                                                     C


                                 A = Cefalotórax B = Pinças C = Patas locomotoras


                                    - estabeleçer um paralelo entre os nossos dedos e as patas e pinças
                                 do caranguejo (5 estruturas compostas por segmentos articulados
                                 localizadas lateralmente no corpo).

                                    - simular o movimento das patas do caranguejo com as mãos (polegar
                                 – pinça; dedos – patas-nadadoras; ver imagem), explorando a direcção
                                 e sentido do movimento, ou seja, de lado ou em diagonal, devido à
                                 localização lateral das patas e ao facto de a articulação (tal como nos
                                 dedos) apenas permitir o movimento para a frente e para trás.




Copyright © Ciência Viva, 2008                            3                                                 www.cienciaviva.pt
Ciência Viva


                     2. Oficina de construção

                     Criar modelos de caranguejo
                        Criar modelos de caranguejos explorando as suas características
                     morfológicas, por exemplo, as patas articuladas, ou a relação entre a
                     carapaça e o corpo do caranguejo durante o crescimento, utilizando
                     materiais do dia-a-dia, se possível reciclados (ex. embalagem dos ovos,
                     papel de revista, fita adesiva, paus de gelado, fitas) ou naturais. Para
                     construir as patas, é aconselhável fornecer materiais que permitam
                     às crianças criar modelos flexíveis, articulados entre si e que tenham
                     movimento.


                     Caranguejos feitos de caixas de cartão e fitas




                        Antes de começar a construir os modelos, as crianças devem
                     apresentar a sua planificação, indicando as razões para a escolha
                     dos materiais a usar, em especial as escolhas dos materiais para
                     representar as partes moles e as partes duras do corpo do caranguejo.
                        Na fase da construção, o/a professor/a deve dar a liberdade
                     às crianças para que façam as suas escolhas, incentivando a
                     criatividade, abstendo-se de fazer juízos de valor ou correcções.
                     No final da actividade, e perante os modelos construídos, o/a
                     professor/a pode avaliar os conhecimentos adquiridos e identificar os
                     conteúdos que possam precisar de clarificação e/ou consolidação.


                     3. Oficina "Faz de conta que..."
                                                                                                Desenho de esquema de caranguejo
                     A menina do mar e o caranguejo

                        Sugere-se que os alunos sejam envolvidos na dramatização de
                     episódios do conto que explorem as actividades e o comportamento
                     do caranguejo (músico, cozinheiro, costureiro e joalheiro, utilizava as
                     pinças para beliscar o rapaz defendendo a menina do mar) e que façam
                     uso das aprendizagens sobre o habitat e o estilo de vida do caranguejo.

                        Devem ser facultados às crianças diferentes tipos de materiais,
                     para as ajudar na representação das tarefas do caranguejo (pinças,
                     tesouras, quebra-nozes, castanholas), encenação de episódios do conto
                     e caracterização das personagens.




www.cienciaviva.pt                                                    4                              Copyright © Ciência Viva, 2008
A Menina do Mar



                                 4. Para saber mais

                                 Imagens de caranguejos
                                 http://images.google.pt/images?hl=pt-PT&q=crab&btnG=Procurar+
                                 imagens&gbv=2

                                 Caranguejo Pachygrapsus marmoratus
                                 piclib.nhm.ac.uk/piclib/www/image.php?img=83341&frm=ser&sear
                                 ch=rock

                                 MarLIN:
                                 www.marlin.ac.uk/php/image_viewer.php?images=pacmar2&topic=
                                 Species
                                 Contém: Foto do abdómen de uma fêmea

                                 DORIS (Données d'Observations pour la Reconnaissance et
                                 l’Identification de la faune et de la flore Subaquatiques)
                                 http://doris.f fessm.fr/f iche2.asp?f iche_numero=164&f iche_
                                 espece=Pachygrapsus%20marmoratus




Copyright © Ciência Viva, 2008                     5                                        www.cienciaviva.pt
                                                                                           www.partnerurl.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (10)

Livro 384
Livro 384Livro 384
Livro 384
 
Mus fc sintra 23set2011
Mus fc sintra 23set2011Mus fc sintra 23set2011
Mus fc sintra 23set2011
 
Visita de estudo ao visionarium
Visita de estudo ao visionariumVisita de estudo ao visionarium
Visita de estudo ao visionarium
 
Introdução ao comportamento animal - etologia e bem-estar animal
Introdução ao comportamento animal - etologia e bem-estar animalIntrodução ao comportamento animal - etologia e bem-estar animal
Introdução ao comportamento animal - etologia e bem-estar animal
 
comportamento e sobrevivencia
comportamento e sobrevivenciacomportamento e sobrevivencia
comportamento e sobrevivencia
 
Serpentes - Nutrição
Serpentes - NutriçãoSerpentes - Nutrição
Serpentes - Nutrição
 
Folha semanal paulo freire
Folha semanal paulo freireFolha semanal paulo freire
Folha semanal paulo freire
 
Lilliput Effect
Lilliput EffectLilliput Effect
Lilliput Effect
 
Conchas e algas
Conchas e algasConchas e algas
Conchas e algas
 
Aula 02: História dos Sistemas Hipertextuais
Aula 02: História dos Sistemas HipertextuaisAula 02: História dos Sistemas Hipertextuais
Aula 02: História dos Sistemas Hipertextuais
 

Destaque

Destaque (17)

"A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº3 "O polvo"
"A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº3 "O polvo""A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº3 "O polvo"
"A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº3 "O polvo"
 
Caranguejos
CaranguejosCaranguejos
Caranguejos
 
A Menina Do Mar
A Menina Do MarA Menina Do Mar
A Menina Do Mar
 
O tapete-magico-um-dia-inesquecivel
O tapete-magico-um-dia-inesquecivelO tapete-magico-um-dia-inesquecivel
O tapete-magico-um-dia-inesquecivel
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
A menina do mar
A menina do mar A menina do mar
A menina do mar
 
Menina Do Mar
Menina Do MarMenina Do Mar
Menina Do Mar
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
Menina do mar power point1publicar
Menina do mar power point1publicarMenina do mar power point1publicar
Menina do mar power point1publicar
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
Tipos e Formas de frase
Tipos e Formas de fraseTipos e Formas de frase
Tipos e Formas de frase
 
A Menina do Mar - Joana Gomes
A Menina do Mar - Joana GomesA Menina do Mar - Joana Gomes
A Menina do Mar - Joana Gomes
 
A HISTÓRIA DA "MENINA DO MAR"
A HISTÓRIA DA "MENINA DO MAR"A HISTÓRIA DA "MENINA DO MAR"
A HISTÓRIA DA "MENINA DO MAR"
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
A Horta do Senhor Lobo
A Horta do Senhor LoboA Horta do Senhor Lobo
A Horta do Senhor Lobo
 
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEsO TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
 
Tipos Formas Frase Aa
Tipos Formas Frase AaTipos Formas Frase Aa
Tipos Formas Frase Aa
 

Semelhante a Caranguejos na praia

Equinodermos
EquinodermosEquinodermos
EquinodermosURCA
 
"A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré"
"A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré" "A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré"
"A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré" Associação Viver a Ciência
 
Aula cristiane filo molusco
Aula cristiane filo moluscoAula cristiane filo molusco
Aula cristiane filo moluscoCristianer
 
Metáfora da estrela-do-mar e da aranha
Metáfora da estrela-do-mar e da aranhaMetáfora da estrela-do-mar e da aranha
Metáfora da estrela-do-mar e da aranhaLuciana Maryllac
 
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do AmanhãProva 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do AmanhãLeonardo Kaplan
 
Plano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteisPlano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteisfamiliaestagio
 
Plano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteisPlano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteisfamiliaestagio
 
Cnidarios
CnidariosCnidarios
CnidariosURCA
 
Aula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEM
Aula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEMAula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEM
Aula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEMRosalia Azambuja
 
Workshop Plau - Fabulosa Verão no IED
Workshop Plau - Fabulosa Verão no IEDWorkshop Plau - Fabulosa Verão no IED
Workshop Plau - Fabulosa Verão no IEDPlau
 
2005 terceira série
2005   terceira série2005   terceira série
2005 terceira sérieCidinha Paulo
 
2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos
2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos
2EM #27 Platelmintos e NematelmintosProfessô Kyoshi
 
Atividade de Ciências IV bimestre 7º ano
Atividade de Ciências IV  bimestre    7º anoAtividade de Ciências IV  bimestre    7º ano
Atividade de Ciências IV bimestre 7º anoMary Alvarenga
 

Semelhante a Caranguejos na praia (20)

Equinodermos
EquinodermosEquinodermos
Equinodermos
 
"A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré"
"A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré" "A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré"
"A menina do mar" - Ficha Pedagógica nº2 "Visitas às poças de maré"
 
Meninapeixe
MeninapeixeMeninapeixe
Meninapeixe
 
"A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº5 "O peixe"
"A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº5 "O peixe""A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº5 "O peixe"
"A Menina do Mar" - Ficha Pedgógica nº5 "O peixe"
 
Aula cristiane filo molusco
Aula cristiane filo moluscoAula cristiane filo molusco
Aula cristiane filo molusco
 
Metáfora da estrela-do-mar e da aranha
Metáfora da estrela-do-mar e da aranhaMetáfora da estrela-do-mar e da aranha
Metáfora da estrela-do-mar e da aranha
 
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do AmanhãProva 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
 
Artrópodes
ArtrópodesArtrópodes
Artrópodes
 
Plano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteisPlano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteis
 
Plano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteisPlano de aula 6 anfíbios e repteis
Plano de aula 6 anfíbios e repteis
 
Moluscos
MoluscosMoluscos
Moluscos
 
Cnidarios
CnidariosCnidarios
Cnidarios
 
Aula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEM
Aula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEMAula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEM
Aula Moluscos Prof. Rosalia 2ºEM
 
Correção de exercícios (Répteis) 7° ano APOEMA
Correção de exercícios (Répteis) 7° ano APOEMACorreção de exercícios (Répteis) 7° ano APOEMA
Correção de exercícios (Répteis) 7° ano APOEMA
 
Workshop Plau - Fabulosa Verão no IED
Workshop Plau - Fabulosa Verão no IEDWorkshop Plau - Fabulosa Verão no IED
Workshop Plau - Fabulosa Verão no IED
 
2005 terceira série
2005   terceira série2005   terceira série
2005 terceira série
 
2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos
2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos
2EM #27 Platelmintos e Nematelmintos
 
Atividade de Ciências IV bimestre 7º ano
Atividade de Ciências IV  bimestre    7º anoAtividade de Ciências IV  bimestre    7º ano
Atividade de Ciências IV bimestre 7º ano
 
Peixes , anfíbios e répteis
Peixes , anfíbios e répteisPeixes , anfíbios e répteis
Peixes , anfíbios e répteis
 
Questao td artropodes
Questao td artropodesQuestao td artropodes
Questao td artropodes
 

Mais de Associação Viver a Ciência

Programa Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da Corunha
Programa Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da CorunhaPrograma Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da Corunha
Programa Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da CorunhaAssociação Viver a Ciência
 
Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...
Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...
Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...Associação Viver a Ciência
 
Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"
Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"
Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"Associação Viver a Ciência
 
Relatório do Workshop Ciência, Política e os Media
Relatório do Workshop Ciência, Política e os MediaRelatório do Workshop Ciência, Política e os Media
Relatório do Workshop Ciência, Política e os MediaAssociação Viver a Ciência
 
Artigo de opinião assinado por Maria José Gomes e Pedro Lind
Artigo de opinião assinado por Maria José Gomes e  Pedro LindArtigo de opinião assinado por Maria José Gomes e  Pedro Lind
Artigo de opinião assinado por Maria José Gomes e Pedro LindAssociação Viver a Ciência
 
Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Associação Viver a Ciência
 
Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Associação Viver a Ciência
 
Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Associação Viver a Ciência
 

Mais de Associação Viver a Ciência (20)

Artigo "Retornados da Troika" (Jornal de Negócios)
Artigo "Retornados da Troika" (Jornal de Negócios)Artigo "Retornados da Troika" (Jornal de Negócios)
Artigo "Retornados da Troika" (Jornal de Negócios)
 
Catálogo Leilão Simbiontes 2012
Catálogo Leilão Simbiontes 2012Catálogo Leilão Simbiontes 2012
Catálogo Leilão Simbiontes 2012
 
Simbiontes Autismo - Programa de Março de 2012
Simbiontes Autismo - Programa de Março de 2012Simbiontes Autismo - Programa de Março de 2012
Simbiontes Autismo - Programa de Março de 2012
 
Simbiontes Autismo - Programa de Fevereiro de 2012
Simbiontes Autismo - Programa de Fevereiro de 2012Simbiontes Autismo - Programa de Fevereiro de 2012
Simbiontes Autismo - Programa de Fevereiro de 2012
 
Simbiontes Autismo - Programa de Janeiro de 2012
Simbiontes Autismo - Programa de Janeiro de 2012Simbiontes Autismo - Programa de Janeiro de 2012
Simbiontes Autismo - Programa de Janeiro de 2012
 
Simbiontes Autismo - Programa de Dezembro
Simbiontes Autismo - Programa de DezembroSimbiontes Autismo - Programa de Dezembro
Simbiontes Autismo - Programa de Dezembro
 
Simbiontes Autismo - Programa de Novembro
Simbiontes Autismo - Programa de NovembroSimbiontes Autismo - Programa de Novembro
Simbiontes Autismo - Programa de Novembro
 
Programa Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da Corunha
Programa Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da CorunhaPrograma Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da Corunha
Programa Completo da IV Mostra de Ciencia e Cinema da Corunha
 
Simbiontes Autismo - Actividades CADIN
Simbiontes Autismo - Actividades CADINSimbiontes Autismo - Actividades CADIN
Simbiontes Autismo - Actividades CADIN
 
Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...
Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...
Colóquio “Mulheres na Ciência: Contributo para o crescimento inteligente” – 0...
 
Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"
Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"
Ciência na UL: 3º Ciclo de Palestras "Ciência em Português"
 
Caderno Profissão: Cientista (versão portuguesa)
Caderno Profissão: Cientista (versão portuguesa)Caderno Profissão: Cientista (versão portuguesa)
Caderno Profissão: Cientista (versão portuguesa)
 
Prémio Simbiontes 2010 - Guidelines
Prémio Simbiontes 2010 - GuidelinesPrémio Simbiontes 2010 - Guidelines
Prémio Simbiontes 2010 - Guidelines
 
Regulamento Prémio Simbiontes 2010
Regulamento Prémio Simbiontes 2010Regulamento Prémio Simbiontes 2010
Regulamento Prémio Simbiontes 2010
 
Regulamento Prémios Pfizer 2010
Regulamento Prémios Pfizer 2010Regulamento Prémios Pfizer 2010
Regulamento Prémios Pfizer 2010
 
Relatório do Workshop Ciência, Política e os Media
Relatório do Workshop Ciência, Política e os MediaRelatório do Workshop Ciência, Política e os Media
Relatório do Workshop Ciência, Política e os Media
 
Artigo de opinião assinado por Maria José Gomes e Pedro Lind
Artigo de opinião assinado por Maria José Gomes e  Pedro LindArtigo de opinião assinado por Maria José Gomes e  Pedro Lind
Artigo de opinião assinado por Maria José Gomes e Pedro Lind
 
Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Niède Guidon (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
 
Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Thaisa Storchi-Bergmann (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
 
Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
Norma Andrews (excerto do livro "Vidas a Descobrir")
 

Caranguejos na praia

  • 1. Ciência Viva, Portugal 12345678 Raquel Gaspar Associação Viver a Ciência Av. da República, nº 34, 1º Lisboa | rgaspar@viveraciencia.org A Menina do Mar O CARANGUEJO 1. Observar e experimentar 2. Oficina de expressão plástica 3. Oficina "faz de conta que..." 4. Para saber mais 1. Observar e experimentar O objectivo das actividades que se seguem é o de permitir que as crianças tomem consciência das características dos caranguejos e como estas se relacionam com o seu modo de vida e habitat. As actividades envolvem a observação do caranguejo no seu habitat natural ou em aquários, o contacto directo com os animais para observar as suas estruturas externas (utilizando caranguejos comprados no mercado ou apanhados na praia) ou utilizando imagens, diagramas e vídeos. Observação das estruturas externas do caranguejo Para que as crianças conheçam as características dos caranguejos, podem observar os seguintes aspectos morfológicos: - carapaça: forma, textura, consistência e padrão de coloração; - zonas do corpo: cefalotórax e abdómen; - cefalotórax: dois olhos pedunculados, dois pares de antenas, dois tipos de patas (com pinças e locomotoras), o número de segmentos da pata, a forma, a consistência e o número de partes da boca (lado abdominal); - abdómen: em forma de V (macho) ou de U invertido (fêmea); - simetria bilateral do corpo do caranguejo. As observações podem ser feitas durante a visita à praia e às poças de maré ou na sala de aula utilizando um caranguejo comprado no mercado, com a ajuda de um diagrama e utilizando lupas e pinças. Na visita à poça de maré, recolher as carapaças (resultantes de mudas ou da predação) que são úteis para observar e consolidar conhecimentos. As crianças deverão desenhar os caranguejos que observam. www.cienciaviva.pt 1 Copyright © Ciência Viva, 2008
  • 2. Ciência Viva Caranguejo preto macho. Identificação da morfologia externa. Por que razão os caranguejos têm carapaça? Manusear os caranguejos de modo a perceber a consistência do corpo (mole por dentro) e da carapaça dura do animal e a concluirem sobre a sua função (protecção contra o ataque dos predadores, protecção contra os arranhões nas rochas e contra a perda da humidade do corpo por exposição ao ar). Trazer para a aula objectos utilizados para proteger o corpo das agressões exteriores (joelheiras, cotoveleiras, capacetes de protecção, roupas, sapatos, armadura) e estabeleçer um paralelo com a função da carapaça do caranguejo. Identificar as estruturas que protegem as partes duras do corpo humano e que têm uma função semelhante à da carapaça do caranguejo (ex. unhas dos dedos das mãos e dos pés, crânio para o cérebro, as costelas para os pulmões e as crostas para os cortes). Procurar objectos que simulem a consistência do corpo mole do caranguejo em contraste com dureza da sua carapaça (embalagem cartão de ovos com os ovos lá dentro, uma noz inteira). Crescer e mudar de casa! Utilizando desenhos, mostrar o paralelismo entre a relação do crescimento do corpo humano e as roupas que vão deixando de servir à medida que o corpo cresce, com a situação do caranguejo que abandona a carapaça inicial e produz uma nova quando o seu corpo cresce. Sugere-se a seguinte actividade para simular o facto de a carapaça não acompanhar o crescimento do corpo do caranguejo: - colocar um balão dentro de uma caixa com tampa fazendo um pequeno buraco na para permitir a saída da extremidade do balão. Encher o balão, soprando até que a tampa comece a levantar simulando a quebra da carapaça quando o volume do corpo do caranguejo é maior que a capacidade da carapaça. www.cienciaviva.pt 2 Copyright © Ciência Viva, 2008
  • 3. A Menina do Mar Observar os caranguejos no seu habitat As crianças observam os caranguejos numa poça de maré, nas rochas, areia ou num aquário, onde faz registos sobre o comportamento, habitat e locomoção do caranguejo. Elaboram desenhos ou fazem construções na areia sobre o habitat do caranguejo, incluindo outros seres vivos que com ele co-habitam. Andar de lado como o caranguejo! Realizar actividades que permitam que as crianças identifiquem a forma como o caranguejo se desloca (de lado, apoiando as pontas das patas locomotoras) e as características das patas (número e localização, estrutura, número de segmentos, articulações e consistência da junção entre os segmentos). Sugestões: - caminhar apressadamente em "biquinhos de pé", ou seja, imitar o movimento do caranguejo apoiando as pontas pontiagudas das patas. B C A A C B B B C A A C A = Cefalotórax B = Pinças C = Patas locomotoras - estabeleçer um paralelo entre os nossos dedos e as patas e pinças do caranguejo (5 estruturas compostas por segmentos articulados localizadas lateralmente no corpo). - simular o movimento das patas do caranguejo com as mãos (polegar – pinça; dedos – patas-nadadoras; ver imagem), explorando a direcção e sentido do movimento, ou seja, de lado ou em diagonal, devido à localização lateral das patas e ao facto de a articulação (tal como nos dedos) apenas permitir o movimento para a frente e para trás. Copyright © Ciência Viva, 2008 3 www.cienciaviva.pt
  • 4. Ciência Viva 2. Oficina de construção Criar modelos de caranguejo Criar modelos de caranguejos explorando as suas características morfológicas, por exemplo, as patas articuladas, ou a relação entre a carapaça e o corpo do caranguejo durante o crescimento, utilizando materiais do dia-a-dia, se possível reciclados (ex. embalagem dos ovos, papel de revista, fita adesiva, paus de gelado, fitas) ou naturais. Para construir as patas, é aconselhável fornecer materiais que permitam às crianças criar modelos flexíveis, articulados entre si e que tenham movimento. Caranguejos feitos de caixas de cartão e fitas Antes de começar a construir os modelos, as crianças devem apresentar a sua planificação, indicando as razões para a escolha dos materiais a usar, em especial as escolhas dos materiais para representar as partes moles e as partes duras do corpo do caranguejo. Na fase da construção, o/a professor/a deve dar a liberdade às crianças para que façam as suas escolhas, incentivando a criatividade, abstendo-se de fazer juízos de valor ou correcções. No final da actividade, e perante os modelos construídos, o/a professor/a pode avaliar os conhecimentos adquiridos e identificar os conteúdos que possam precisar de clarificação e/ou consolidação. 3. Oficina "Faz de conta que..." Desenho de esquema de caranguejo A menina do mar e o caranguejo Sugere-se que os alunos sejam envolvidos na dramatização de episódios do conto que explorem as actividades e o comportamento do caranguejo (músico, cozinheiro, costureiro e joalheiro, utilizava as pinças para beliscar o rapaz defendendo a menina do mar) e que façam uso das aprendizagens sobre o habitat e o estilo de vida do caranguejo. Devem ser facultados às crianças diferentes tipos de materiais, para as ajudar na representação das tarefas do caranguejo (pinças, tesouras, quebra-nozes, castanholas), encenação de episódios do conto e caracterização das personagens. www.cienciaviva.pt 4 Copyright © Ciência Viva, 2008
  • 5. A Menina do Mar 4. Para saber mais Imagens de caranguejos http://images.google.pt/images?hl=pt-PT&q=crab&btnG=Procurar+ imagens&gbv=2 Caranguejo Pachygrapsus marmoratus piclib.nhm.ac.uk/piclib/www/image.php?img=83341&frm=ser&sear ch=rock MarLIN: www.marlin.ac.uk/php/image_viewer.php?images=pacmar2&topic= Species Contém: Foto do abdómen de uma fêmea DORIS (Données d'Observations pour la Reconnaissance et l’Identification de la faune et de la flore Subaquatiques) http://doris.f fessm.fr/f iche2.asp?f iche_numero=164&f iche_ espece=Pachygrapsus%20marmoratus Copyright © Ciência Viva, 2008 5 www.cienciaviva.pt www.partnerurl.com