1. O documento descreve a trajetória do desenvolvimento dos estudos sobre crime, violência e direitos humanos no Brasil pelas ciências sociais.
2. Inclui prefácio de Elizabeth Leeds e entrevistas com dezessete pesquisadores pioneiros nessa área.
3. Tem como objetivo mapear as origens intelectuais e trajetórias desses pesquisadores, contribuindo para entender a consolidação desse campo de estudos no país.
O documento apresenta um resumo de um texto argumentativo sobre caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. O texto argumenta que a intolerância religiosa no país é resultado de fatores individuais inerentes aos seres humanos e de legados do processo colonizador, e propõe campanhas de conscientização do Estado e educação sobre diversidade religiosa nas escolas como caminhos para reverter essa mentalidade.
O documento discute o conceito de controle social como conjunto de instituições e normas que promovem a submissão do indivíduo às normas da sociedade. Apresenta as teorias do consenso e do conflito como objetivos do controle social e divide o controle social em informal, exercido por família, escola e comunidade, e formal, exercido por justiça e polícia.
O documento discute a diferença entre direitos humanos e direitos dos cidadãos. Direitos dos cidadãos variam entre países e estão ligados a uma ordem jurídica específica, enquanto direitos humanos são universais e naturais. No Brasil, direitos humanos são frequentemente associados de forma equivocada à criminalidade. É importante educar sobre a universalidade e importância dos direitos humanos.
1) O documento descreve o que foi a Queima dos Sutiãs em 1968, um protesto de mulheres contra o concurso de Miss América que objetificava a mulher.
2) As mulheres colocaram símbolos de opressão feminina como sutiãs, salto alto e maquiagem no chão para queimassem, simbolizando a libertação das amarras patriarcais.
3) Apesar do nome, nenhum sutiã foi realmente queimado no protesto.
1. O documento descreve a trajetória do desenvolvimento dos estudos sobre crime, violência e direitos humanos no Brasil pelas ciências sociais.
2. Inclui prefácio de Elizabeth Leeds e entrevistas com dezessete pesquisadores pioneiros nessa área.
3. Tem como objetivo mapear as origens intelectuais e trajetórias desses pesquisadores, contribuindo para entender a consolidação desse campo de estudos no país.
O documento apresenta um resumo de um texto argumentativo sobre caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. O texto argumenta que a intolerância religiosa no país é resultado de fatores individuais inerentes aos seres humanos e de legados do processo colonizador, e propõe campanhas de conscientização do Estado e educação sobre diversidade religiosa nas escolas como caminhos para reverter essa mentalidade.
O documento discute o conceito de controle social como conjunto de instituições e normas que promovem a submissão do indivíduo às normas da sociedade. Apresenta as teorias do consenso e do conflito como objetivos do controle social e divide o controle social em informal, exercido por família, escola e comunidade, e formal, exercido por justiça e polícia.
O documento discute a diferença entre direitos humanos e direitos dos cidadãos. Direitos dos cidadãos variam entre países e estão ligados a uma ordem jurídica específica, enquanto direitos humanos são universais e naturais. No Brasil, direitos humanos são frequentemente associados de forma equivocada à criminalidade. É importante educar sobre a universalidade e importância dos direitos humanos.
1) O documento descreve o que foi a Queima dos Sutiãs em 1968, um protesto de mulheres contra o concurso de Miss América que objetificava a mulher.
2) As mulheres colocaram símbolos de opressão feminina como sutiãs, salto alto e maquiagem no chão para queimassem, simbolizando a libertação das amarras patriarcais.
3) Apesar do nome, nenhum sutiã foi realmente queimado no protesto.
Criminologia e escola positiva do direito penalHenrique Araújo
O documento descreve a contribuição de Cesare Lombroso para a criminologia e a Escola Positiva de Direito Penal. Lombroso foi um médico italiano que estudou criminosos e propôs a teoria do "delinqüente nato", argumentando que criminosos possuem características físicas e mentais distintas. Embora suas teorias tenham sido influentes, foram posteriormente refutadas por falta de método científico rigoroso.
O documento resume a vida e obra de Cesare Lombroso, fundador da Antropologia Criminal. Lombroso nasceu na Itália em 1835 e estudou medicina, especializando-se em psiquiatria. Ele desenvolveu a teoria de que criminosos possuem características físicas e mentais atávicas. Embora criticada, sua obra influenciou o Direito Penal positivista e a criminologia. Seus principais sucessores foram Enrico Ferri e Raffaele Garofalo.
Entrevista/Perfil de Michel Temer pela Revista Fórum JurídicoMichel Temer
1) O documento discute uma entrevista com o vice-presidente Michel Temer sobre a Constituição de 1988 e sua avaliação dela depois de 25 anos. 2) Temer acredita que a Constituição combinou princípios liberais e socialistas de forma bem-sucedida, permitindo um "banho de democracia" no Brasil. 3) Ele não acha necessária uma nova Constituinte, preferindo reformas políticas feitas pelo Congresso com consulta popular.
1) O documento discute a avaliação positiva de Michel Temer sobre a Constituição de 1988 por ter conseguido incluir princípios liberais e socialistas, garantindo direitos e estabilidade;
2) Temer acredita que uma reforma política pode ser feita pelo Congresso, sem necessidade de uma nova Constituinte, mas ouvindo o povo;
3) O documento também aborda a carreira acadêmica e literária de Temer, incluindo seu livro "Anônima Intimidade".
1) O documento discute uma entrevista com o vice-presidente Michel Temer sobre a Constituição de 1988 e sua avaliação dela. 2) Temer acredita que a Constituição equilibrou princípios liberais e sociais, permitindo um período democrático estável no Brasil. 3) Ele também discute sua carreira acadêmica e entrada na política.
[Livro crp rs] entre a garantia de direitos e práticas libertáriasEder Amaral
Este documento apresenta a composição do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul para o triênio de 2010 a 2013, listando os nomes dos conselheiros efetivos e suplentes. Além disso, traz informações sobre a diagramação, capa e revisão do livro "Entre Garantia de Direitos e Práticas Libertárias".
Estupro no brasil uma radiografia segundo os dados da saúdeJosé Ripardo
1. O documento apresenta estatísticas e dados sobre estupros no Brasil extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em 2011.
2. Em 2011, foram notificados 12.087 casos de estupro no Sinan, cerca de 23% do total registrado na polícia em 2012.
3. O documento analisa características das vítimas, autores e circunstâncias dos estupros registrados no Sinan em 2011.
1. O documento apresenta estatísticas e dados sobre estupros no Brasil segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em 2011.
2. Em 2011, foram notificados 12.087 casos de estupro no Brasil no Sinan, correspondendo a cerca de 23% dos casos registrados na polícia em 2012.
3. O documento analisa características das vítimas, autores e circunstâncias dos estupros registrados no Sinan em 2011, como forma de radiografar o fenômeno no Brasil.
O documento discute as relações entre direito e outros fenômenos sociais como religião, família, poder político e violência. Aborda como o direito foi influenciado por esses fenômenos ao longo da história e como eles continuam interligados, especialmente no que se refere à normatização da sociedade e das relações humanas.
O documento discute diversos temas relacionados à ética e bioética, incluindo a natureza da ética, aspectos da bioética como gênero e família, e a obra do sociólogo Zygmunt Bauman sobre a relação entre modernidade e Holocausto.
O documento discute a história e importância dos direitos humanos. Começa com uma introdução sobre o tema e continua explorando a definição de ser humano, a história dos direitos humanos desde códigos antigos até a Declaração Universal de 1948, e o papel de organizações como a ONU na proteção dos direitos humanos.
O documento descreve a instauração e o funcionamento da Ditadura Militar no Brasil entre 1964 e 1985, assim como os esforços posteriores de justiça de transição, incluindo a criação da Comissão Nacional da Verdade em 2012.
Este documento fornece um resumo da vida e obra de Cesare Lombroso, fundador da antropologia criminal. Lombroso desenvolveu teorias sobre a natureza biológica da criminalidade que influenciaram o direito penal positivista. Embora suas ideias tenham sido posteriormente criticadas e superadas, Lombroso teve grande impacto no estudo do crime e do comportamento humano.
Este documento fornece um resumo da vida e obra de Cesare Lombroso, fundador da antropologia criminal. Lombroso desenvolveu teorias sobre a ligação entre características físicas e tendência ao crime, embora suas ideias tenham sido posteriormente superadas. Sua obra influenciou a criação da Escola Positiva do Direito Penal no século XIX.
O documento discute a história dos direitos humanos desde a Idade Média até a Declaração Universal de 1948. Apresenta como os direitos humanos evoluíram de privilégios naturais para princípios universais de liberdade, igualdade, propriedade e segurança. Também aborda a expansão dos direitos para incluir direitos econômicos, sociais, de grupos e do meio ambiente. Define violência como atos que agridem esses direitos fundamentais.
O documento discute a história dos direitos humanos desde a Idade Média até a Declaração Universal de 1948. Apresenta como os direitos humanos evoluíram de privilégios naturais para princípios universais de liberdade, igualdade, propriedade e segurança. Também aborda a expansão dos direitos para incluir direitos econômicos, sociais, de grupos e do meio ambiente. Violência é definida como qualquer ato que limite os direitos fundamentais.
O documento discute a história dos direitos humanos desde a Idade Média até a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. O professor destaca que os direitos humanos emergiram com a noção moderna de indivíduo e a ideia de que todos nascem livres e iguais. A Revolução Francesa consagrou direitos civis como liberdade de expressão e religião. Após as atrocidades da Segunda Guerra Mundial, as Nações Unidas aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
Os direitos humanos: A questão de PortugalJoão Silva
Este documento descreve a história dos direitos humanos e a situação dos direitos humanos em Portugal. Aborda a participação de Portugal em organizações internacionais relacionadas aos direitos humanos e exemplos de violações de direitos humanos no país, incluindo tortura em prisões, prisão preventiva prolongada e desigualdades de gênero e entre minorias. Também discute os desafios atuais como exploração infantil e abuso de idosos.
O documento discute três tópicos principais: 1) A importância histórica do conceito de liberdade de expressão na Grécia Antiga; 2) A distinção entre Direito e Justiça, sendo que o Direito busca a Justiça, mas ela o transcende; 3) Os desafios atuais do Brasil em estabelecer um Estado de Direito justo diante dos problemas de corrupção, desigualdade e insegurança.
1. A seção sindical do ANDES-SN em Campina Grande teve sua sede invadida pela Polícia Federal em busca de panfletos sobre democracia. Os policiais também apreenderam os HDs dos computadores da entidade.
2. O jornalista Juremir Machado pediu demissão do programa Bom Dia, da Rádio Guaíba, após ser censurado durante entrevista com o candidato Jair Bolsonaro, que só permitiu perguntas do apresentador.
3. Um encontro nacional de docentes debateu a precarização do
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1) O documento discute uma entrevista com o vice-presidente Michel Temer sobre a Constituição de 1988 e sua avaliação dela depois de 25 anos. 2) Temer acredita que a Constituição combinou princípios liberais e socialistas de forma bem-sucedida, permitindo um "banho de democracia" no Brasil. 3) Ele não acha necessária uma nova Constituinte, preferindo reformas políticas feitas pelo Congresso com consulta popular.
1) O documento discute a avaliação positiva de Michel Temer sobre a Constituição de 1988 por ter conseguido incluir princípios liberais e socialistas, garantindo direitos e estabilidade;
2) Temer acredita que uma reforma política pode ser feita pelo Congresso, sem necessidade de uma nova Constituinte, mas ouvindo o povo;
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1) O documento discute uma entrevista com o vice-presidente Michel Temer sobre a Constituição de 1988 e sua avaliação dela. 2) Temer acredita que a Constituição equilibrou princípios liberais e sociais, permitindo um período democrático estável no Brasil. 3) Ele também discute sua carreira acadêmica e entrada na política.
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1. O documento apresenta estatísticas e dados sobre estupros no Brasil extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em 2011.
2. Em 2011, foram notificados 12.087 casos de estupro no Sinan, cerca de 23% do total registrado na polícia em 2012.
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1. O documento apresenta estatísticas e dados sobre estupros no Brasil segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em 2011.
2. Em 2011, foram notificados 12.087 casos de estupro no Brasil no Sinan, correspondendo a cerca de 23% dos casos registrados na polícia em 2012.
3. O documento analisa características das vítimas, autores e circunstâncias dos estupros registrados no Sinan em 2011, como forma de radiografar o fenômeno no Brasil.
O documento discute as relações entre direito e outros fenômenos sociais como religião, família, poder político e violência. Aborda como o direito foi influenciado por esses fenômenos ao longo da história e como eles continuam interligados, especialmente no que se refere à normatização da sociedade e das relações humanas.
O documento discute diversos temas relacionados à ética e bioética, incluindo a natureza da ética, aspectos da bioética como gênero e família, e a obra do sociólogo Zygmunt Bauman sobre a relação entre modernidade e Holocausto.
O documento discute a história e importância dos direitos humanos. Começa com uma introdução sobre o tema e continua explorando a definição de ser humano, a história dos direitos humanos desde códigos antigos até a Declaração Universal de 1948, e o papel de organizações como a ONU na proteção dos direitos humanos.
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Este documento fornece um resumo da vida e obra de Cesare Lombroso, fundador da antropologia criminal. Lombroso desenvolveu teorias sobre a ligação entre características físicas e tendência ao crime, embora suas ideias tenham sido posteriormente superadas. Sua obra influenciou a criação da Escola Positiva do Direito Penal no século XIX.
O documento discute a história dos direitos humanos desde a Idade Média até a Declaração Universal de 1948. Apresenta como os direitos humanos evoluíram de privilégios naturais para princípios universais de liberdade, igualdade, propriedade e segurança. Também aborda a expansão dos direitos para incluir direitos econômicos, sociais, de grupos e do meio ambiente. Define violência como atos que agridem esses direitos fundamentais.
O documento discute a história dos direitos humanos desde a Idade Média até a Declaração Universal de 1948. Apresenta como os direitos humanos evoluíram de privilégios naturais para princípios universais de liberdade, igualdade, propriedade e segurança. Também aborda a expansão dos direitos para incluir direitos econômicos, sociais, de grupos e do meio ambiente. Violência é definida como qualquer ato que limite os direitos fundamentais.
O documento discute a história dos direitos humanos desde a Idade Média até a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. O professor destaca que os direitos humanos emergiram com a noção moderna de indivíduo e a ideia de que todos nascem livres e iguais. A Revolução Francesa consagrou direitos civis como liberdade de expressão e religião. Após as atrocidades da Segunda Guerra Mundial, as Nações Unidas aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
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O documento discute três tópicos principais: 1) A importância histórica do conceito de liberdade de expressão na Grécia Antiga; 2) A distinção entre Direito e Justiça, sendo que o Direito busca a Justiça, mas ela o transcende; 3) Os desafios atuais do Brasil em estabelecer um Estado de Direito justo diante dos problemas de corrupção, desigualdade e insegurança.
1. A seção sindical do ANDES-SN em Campina Grande teve sua sede invadida pela Polícia Federal em busca de panfletos sobre democracia. Os policiais também apreenderam os HDs dos computadores da entidade.
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3. Um encontro nacional de docentes debateu a precarização do
Semelhante a Mauro Zacher: Sessão Solenidade Título Cidadão Emérito de Porto Alegre (20)
Mauro Zacher: Sessão Solenidade Título Cidadão Emérito de Porto Alegre
1. Pronunciamento do Ver. Mauro Zacher (PDT)
Sessão solene do dia 19/03/2010, quando da entrega do título de
Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr. Marcos Rolim
Marcos Rolim nasceu em Porto Alegre, na Benificência Portuguesa, em 16
de agosto de 1960. É filho do engenheiro e professor universitário Flávio Rolim e
da pedagoga e professora universitária Rosa Maria Schneider. Residiu em Santa
Maria, onde estudou nas escolas estaduais Olavo Bilac, Maria Rocha e Manoel
Ribas, tendo iniciado sua militância aos 14 anos no movimento secundarista.
Antes mesmo de ingressar na Universidade Federal de Santa Maria, em 1979,
Marcos já era membro da Anistia Internacional e participava de um grupo de
esquerda independente, liderado por Adelmo Genro Filho, que se somaria ao
movimento que deu origem ao Partido Revolucionário Comunista (PRC), o qual
integrou como membro do Comitê Central. Antes disso, participou ativamente do
processo de reconstrução da UNE e das entidades estudantis, tendo sido vice-
presidente por duas gestões da UEE/RS. Em 1982, foi eleito vereador pelo
PMDB, com a maior votação da cidade. Na Câmara de Vereadores, teve atuação
destacada e polêmica. Seu primeiro projeto foi o que criou a Comissão de Direitos
Humanos no parlamento municipal, a qual presidiu por dois anos. Autor de
inúmeros projetos de repercussão, Rolim começou a visitar o presídio regional,
denunciando casos de tortura sobre presos comuns. Ainda em plena ditadura,
aprovou moção considerando o Coronel santamariense Carlos Alberto Brilhante
Ustra, ex-comandante do centro de tortura conhecido como DOI-CODI em São
2. 2
Paulo, persona non grata na cidade. Se filiou ao PT em 1984, logo após a
campanha das diretas, sendo o segundo vereador do partido no RS. Em 1986,
acompanhou de perto a primeira experiência do PT em uma prefeitura de capital,
na condição de assessor político da prefeita Maria Luiza Fontenelle, em
Fortaleza. Um ano depois, já de volta a Santa Maria, Rolim rompeu com o
marxismo, definindo sua militância em torno da luta pelos direitos humanos.
Em 1988, concorreu à Prefeitura de Santa Maria alcançando expressiva
votação e, em 1990, elegeu-se deputado estadual pelo PT, cargo para o qual foi
re-eleito em 1994. Na Assembléia gaúcha, presidiu a Comissão de Cidadania e
Direitos Humanos por 6 anos consecutivos, realizando um trabalho que, ainda
hoje, é reconhecido como um dos mais brilhantes na história do parlamento
gaúcho. Foi autor da Lei da Reforma Psiquiátrica e da Proteção aos que
Padecem de Sofrimento Psíquico, primeira legislação do gênero no Brasil e a
segunda na América Latina, aprovada por unanimidade na AL em 1992; foi autor
do projeto que instituiu o Programa de Proteção às Testemunhas Ameaçadas
(PROTEGE), também lei pioneira no Brasil e da única lei nacional até hoje de
Proteção às Vítimas da Violência, entre outras. Em seu período na presidência
da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da AL/RS concebeu e editou o
Relatório Azul: garantias e violações dos direitos humanos no RS, o mais
amplo relatório sobre direitos humanos publicado no País. Sua atuação fez com
que a Comissão se transformasse em uma referência internacional, pautando
temas até então desconsiderados pela agenda política tradicional como a reforma
prisional e das instituições socioeducativas, a reforma das polícias, os direitos das
prostitutas, das crianças vítimas de abuso sexual, negligência e maus-tratos, os
3. 3
direitos humanos dos homossexuais, dos portadores de deficiência, da
comunidade surda, entre outros.
Eleito Deputado Federal em 1998, assumiu a presidência da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, ampliando sua atuação para todo o
Brasil com o projeto das Caravanas Nacionais de Direitos Humanos. No ano
de 2000, atravessou o Brasil de ponta a ponta 6 vezes, em viagens de inspeção
às chamadas “Instituições Totais”. A primeira Caravana revelou ao Brasil a
realidade manicomial; a segunda, visitou presídios em vários estados; a terceira,
visitou as polícias brasileiras, defendendo os direitos humanos dos policiais e
lançando a proposta – apenas agora aprovada, de fixação de um piso nacional de
salário para as polícias; a quarta Caravana visitou as FEBEMs; a quinta,
percorreu o Brasil visitando asilos de idosos. Por fim, a sexta Caravana Nacional
conheceu de perto a realidade dramáticas dos orfanatos e abrigos de crianças.
Seus projetos de lei no Congresso Nacional trataram de alguns dos
problemas brasileiros mais relevantes, que ainda aguardam solução. Entre eles,
podemos citar:
a) O projeto de lei de Reforma da Lei de Execução Penal;
b) Projeto de Lei que institui o Código de Ética da Programação Televisiva;
c) Proposta de Emenda à Constituição que veda discriminação por orientação
sexual e crença religiosa;
d) Projeto de lei que propõe a discriminalização do uso da maconha;
4. 4
e) Projeto de lei que regulamenta de forma restritiva o uso da
eletroconvulsoterapia;
f) Projeto de lei que estabelece incentivos à adoção;
g) Projeto de lei que cria claúsula protetiva aos Direitos Humanos em
contratos de financiamento concedidos por instituições oficiais;
h) Projeto de lei que estabelece mecanismos de prevenção à tortura;
i) Projeto de lei que estabelece normas para o emprego da força e uso de
armas de fogo pelos agentes encarregados de fazer cumprir a lei, entre
outros.
Em que pese o amplo reconhecimento alcançado por seu trabalho no
Congresso Nacional, Marcos Rolim não foi reconduzido à Câmara nas eleições
de 2002. Sua votação aumentou, mas não o suficiente para estar entre os eleitos
da bancada do PT. Rolim, então, aceitou o convite para um período de um ano
de estudos na Universidade de Oxford, na Inglaterra. O Brasil estava perdendo
um de seus melhores parlamentares, mas ganhando um intelectual amadurecido
e de larga produção que iria ocupar a posição de um dos especialistas mais
importantes no Brasil na área das políticas públicas de segurança.
Na Inglaterra, Marcos Rolim escreveu seu 5º livro: “A Síndrome da
Rainha Vermelha: policiamento e segurança pública no século XXI”, lançado
em 2006 pela Editora Zahar, em edição conjunta com a Universidade de Oxford.
Para que se tenha uma ideia da importância deste trabalho, bastaria dizer que se
trata da única obra de autor brasileiro lançada com o selo da prestigiada e quase
milenar universidade britânica. Antes dele, em 1980, Rolim havia escrito em co-
5. 5
autoria com Sérgio Weigert e Adelmo Genro Filho o livro: “Hora do Povo: uma
vertente para o fascismo”; depois, em 1993, lançou “A Imitação da Política”,
livro onde Rolim faz uma crítica - que se revelaria profética - ao fenômeno da
burocratização dos partidos políticos; em 1999, lançou o livro “Teses Para uma
Esquerda Humanista”, onde projeta uma agenda inovadora para o pensamento
de uma esquerda democrática; em 2005, em pleno referendo, Rolim lançou a
obra: “Desarmamento: evidências científicas, ou tudo aquilo que o lobby das
armas não gostaria que você soubesse”, um estudo de fôlego que agrega o
conhecimento sobre o tema de forma persuasiva. Em 2008, lançou pela
UNESCO, outro trabalho importante: “Mais Educação, Menos Violência”, uma
avaliação sobre as possibilidades da escola na prevenção da violência.
Nos próximos meses, a Editora Dom Quixote estará lançando novo livro de
Marcos Rolim com o título: “Bullying: o pesadelo da escola”, tema de sua
dissertação de mestrado em Sociologia na UFRGS e que permitiu minha
aproximação com o homenageado. Decidido a apresentar um projeto sobre
bullying, procurei o auxílio de Rolim que, prontamente, se dispôs a colaborar para
que Porto Alegre pudesse ter uma das primeiras leis no Brasil sobre a matéria,
objetivo recentemente alcançado com a aprovação nesta Casa do projeto de lei
que apresentamos.
Esta produção intelectual, não obstante, nunca afastou Marcos Rolim dos
compromissos cotidianos e práticos em favor da transformação da sociedade.
Como professor do IPA, assumiu a responsabilidade na Cátedra de Direitos
Humanos de levar a frente o projeto do primeiro curso universitário dentro de um
6. 6
presídio brasileiro. Em convênio com o Governo do Estado e sem receber
qualquer recurso público, o IPA reformou uma das alas do Presídio Feminino
Madre Pelletier, construindo ali duas salas de aula, um laboratório de informática
e uma biblioteca. Neste espaço, montou uma turma com presas e com agentes
penitenciários aprovados no vestibular para o Curso de Serviço Social,
assegurando bolsa integral a todos. A primeira turma deste projeto formou-se em
janeiro para emoção e alegria de todos aqueles que acreditam nas possibilidades
de uma educação inclusiva. O sucesso deste empreendimento elogiável do IPA
tem muito a ver com a disposição e com os compromissos humanistas do
homenageado desta noite.
Além de professor da Cátedra de Direitos Humanos do IPA, Marcos
Rolim responde atualmente pela Direção de Comunicação Social do Tribunal
de Contas do RS e está concluindo seu doutoramento em sociologia pela
UFRGS. Mantém, já há quase 8 anos, uma coluna quinzenal em Zero Hora, cada
vez mais lida e respeitada, além de atuar como consultor em direitos humanos
e segurança pública. Em trabalho voluntário, é membro do Conselho Nacional
de Política Criminal e Penitenciária; membro fundador do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública e do Instituto Brasileiro de Justiça Restaurativa e
membro do Comitê Nacional Contra a Tortura.
De forma muito abreviada, este é o perfil político do nosso homenageado.
Algo que sintetiza apenas uma parte de tudo o que ele já fez e apenas uma parte
daquilo que ele mesmo é. Isto porque grande parte de seu compromisso com os
excluídos, com os esquecidos, com os abandonados, com os loucos, com os
7. 7
injustiçados, com os humilhados, não possui tradução pública. Diz respeito a uma
vida inteira dedicada não à humanidade em abstrato, mas às pessoas reais, de
carne e osso, que sempre o procuraram com pleitos de dignidade e com
demandas de reconhecimento. Para defender a dignidade das pessoas, Rolim
nunca poupou esforços e, já há 7 anos afastado do parlamento e, desde meados
do ano passado, também sem filiação partidária, ele segue sendo a mesma
pessoa, sempre atencioso e compreensivo, sobretudo com as pessoas mais
humildes, e sempre disposto à luta.
Sua trajetória é daquelas que assinalam um exemplo para todos nós. Sua
concepção política combina uma intensa e coerente dedicação à causa pública
com uma sólida formação intelectual e moral. Por tudo isso, independente dos
partidos políticos, das disputas entre a esquerda e a direita, dos que concordam
ou dos que discordam de suas teses, Marcos Rolim alcançou a rara condição de
ser um cidadão respeitado e admirado por todos. Na verdade, Rolim não está à
esquerda ou à direita. Suas posições não se enquadram nos paradigmas
tradicionais, talvez porque ele esteja à frente de nosso tempo. Com estas
palavras, tenho a honra de dizer, em nome desta Casa e do povo de Porto
Alegre, muito obrigado, Marcos Rolim!