1) O documento discute a necessidade de uma "nova musicologia" no Brasil que dialogue mais com outras áreas e tendências internacionais para superar o isolamento.
2) Propõe reflexão sobre problemas conceituais levantados pela musicologia nas últimas décadas e contribuições para o Brasil, à luz de disciplinas como história cultural, sociologia e crítica pós-moderna.
3) Defende maior diálogo transdisciplinar entre musicologia e sociedade para que a área cumpra seu papel de integrar conhecimento acadêmico e
O documento descreve a obra "As Meninas" de Diego Velázquez, incluindo detalhes sobre o autor, a descrição da obra, e uma análise da composição e elementos. A obra retrata a infanta Margarida com suas damas de companhia e outros membros da corte espanhola.
Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959) richard_romancini
Este documento apresenta três pontos principais:
1) A civilização contemporânea trouxe grandes conquistas materiais, porém também conquistas morais que transformaram a humanidade.
2) Apesar dos progressos, a sociedade sofre de um mal-estar e inquietação devido ao rápido progresso mecânico e industrial.
3) A indisciplina moral, intelectual e social é a manifestação mais grave da crise por que passa a civilização.
Revisitando teoricos Comenius e RousseauRobson Santos
Revisão de teóricos da Educação: Comenius e Rousseau, suas contribuições para a Pedagogia.
Disciplina de Teorias Pedagógicas II, FAFICA, prof. Robson Santos
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae BarbosaMariana Brandão
O documento descreve a trajetória da pesquisadora Ana Mae Barbosa e sua importante contribuição à arte-educação no Brasil, especialmente a criação da "Proposta Triangular" em parceria com Paulo Freire. A proposta triangular envolve a produção, fruição e reflexão como processos interligados no ensino de arte.
1. O documento discute pesquisa qualitativa e fenomenologia, com foco na abordagem da "modalidade do fenômeno situado".
2. Ele fornece breves considerações sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia, destacando a "redução fenomenológica".
3. O objetivo é delinear os fundamentos da abordagem do fenômeno situado na pesquisa qualitativa, que se baseia nos princípios da fenomenologia de ir "às coisas mesmas" sem pressupostos prévios.
O documento descreve a evolução histórica do ensino de artes visuais no Brasil, desde a Academia Imperial de Belas Artes em 1816 até os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1996. Também discute os principais conceitos e métodos da Escola Nova, como a ênfase na criatividade e expressão livre do aluno.
Anisio Teixeira- Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova- Educação Não é Privi...Eunice Portela
O documento discute as ideias pedagógicas de Anísio Teixeira e como ele foi influenciado pelos pensadores da Escola Nova como John Dewey e Maria Montessori. Apresenta a biografia de Anísio Teixeira e suas principais obras que defenderam a educação pública, laica e gratuita para todos no Brasil. Também resume o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova de 1932 que propôs uma reconstrução do sistema educacional brasileiro.
A Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo em 1922 e marcou o início do modernismo no Brasil. O evento apresentou novas ideias artísticas em pintura, escultura, poesia, literatura e música durante cinco dias no Teatro Municipal. Embora parte da mídia tenha reagido de forma conservadora, a Semana de Arte Moderna representou uma renovação na arte brasileira buscando experimentação e liberdade criativa.
O documento descreve a obra "As Meninas" de Diego Velázquez, incluindo detalhes sobre o autor, a descrição da obra, e uma análise da composição e elementos. A obra retrata a infanta Margarida com suas damas de companhia e outros membros da corte espanhola.
Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959) richard_romancini
Este documento apresenta três pontos principais:
1) A civilização contemporânea trouxe grandes conquistas materiais, porém também conquistas morais que transformaram a humanidade.
2) Apesar dos progressos, a sociedade sofre de um mal-estar e inquietação devido ao rápido progresso mecânico e industrial.
3) A indisciplina moral, intelectual e social é a manifestação mais grave da crise por que passa a civilização.
Revisitando teoricos Comenius e RousseauRobson Santos
Revisão de teóricos da Educação: Comenius e Rousseau, suas contribuições para a Pedagogia.
Disciplina de Teorias Pedagógicas II, FAFICA, prof. Robson Santos
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae BarbosaMariana Brandão
O documento descreve a trajetória da pesquisadora Ana Mae Barbosa e sua importante contribuição à arte-educação no Brasil, especialmente a criação da "Proposta Triangular" em parceria com Paulo Freire. A proposta triangular envolve a produção, fruição e reflexão como processos interligados no ensino de arte.
1. O documento discute pesquisa qualitativa e fenomenologia, com foco na abordagem da "modalidade do fenômeno situado".
2. Ele fornece breves considerações sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia, destacando a "redução fenomenológica".
3. O objetivo é delinear os fundamentos da abordagem do fenômeno situado na pesquisa qualitativa, que se baseia nos princípios da fenomenologia de ir "às coisas mesmas" sem pressupostos prévios.
O documento descreve a evolução histórica do ensino de artes visuais no Brasil, desde a Academia Imperial de Belas Artes em 1816 até os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1996. Também discute os principais conceitos e métodos da Escola Nova, como a ênfase na criatividade e expressão livre do aluno.
Anisio Teixeira- Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova- Educação Não é Privi...Eunice Portela
O documento discute as ideias pedagógicas de Anísio Teixeira e como ele foi influenciado pelos pensadores da Escola Nova como John Dewey e Maria Montessori. Apresenta a biografia de Anísio Teixeira e suas principais obras que defenderam a educação pública, laica e gratuita para todos no Brasil. Também resume o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova de 1932 que propôs uma reconstrução do sistema educacional brasileiro.
A Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo em 1922 e marcou o início do modernismo no Brasil. O evento apresentou novas ideias artísticas em pintura, escultura, poesia, literatura e música durante cinco dias no Teatro Municipal. Embora parte da mídia tenha reagido de forma conservadora, a Semana de Arte Moderna representou uma renovação na arte brasileira buscando experimentação e liberdade criativa.
O documento discute a concepção interacionista de aprendizagem, que enfatiza a interação entre o aluno e objetos no processo de aprendizagem. Apresenta os principais pressupostos históricos e teóricos, incluindo as interpretações de Piaget, Vygotsky e Wallon, que destacam a importância das interações sociais e do desenvolvimento cognitivo. Por fim, propõe um exercício prático para alunos de 8o ano sobre ângulos de triângulos utilizando materiais como régua e tesoura.
O documento descreve o grupo expressionista alemão Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), fundado em Munique em 1911 por Wassily Kandinsky e Franz Marc. Reunia artistas como Kandinsky, Marc, Paul Klee, Alexej Jawlensky e outros interessados no primitivismo, infantilismo e onirismo como formas de revelar o imaginário. O movimento promovia novas formas de abstração na pintura e na música.
O documento discute as diferenças entre a educação tradicional e a nova educação, notando que a tradicional via o professor como único detentor do conhecimento enquanto a nova promove a participação dos alunos. A conclusão é que ambos os modelos tem pontos positivos e negativos, e o mais importante é o comprometimento do professor.
O documento discute o período do Romantismo na história da música entre 1815 e início do século XX, mencionando gêneros musicais como Romeu e Julieta e obras de Mozart como As Bodas de Fígaro e A Flauta Mágica. O texto também descreve a vida e carreira do compositor Mozart, nascido na Áustria em 1756.
O documento discute o conceito de pós-modernismo, definindo-o como uma época de mudanças em diversos campos após a queda do comunismo e o surgimento de novas tendências econômicas e culturais. A arte pós-moderna questiona os ideais modernistas e enfatiza a fragmentação, o pluralismo e a referência ao passado. A mídia desempenha um papel importante na divulgação dos valores pós-modernos.
O documento discute a perspectiva filosófica do cognitivismo sobre o valor da arte. De acordo com o cognitivismo, a arte tem valor porque aumenta o conhecimento. O documento explora como a arte pode expandir a compreensão de acordo com Nelson Goodman e discute as principais objeções ao cognitivismo.
Neoprodutivismo e suas variantes - Savianiamiltonp
O documento descreve as transformações nas ideias pedagógicas no Brasil na década de 1990 influenciadas pelo contexto econômico e social da época. A pedagogia passou a enfatizar "aprender a aprender" e competências para adaptação ao mercado de trabalho em constante mudança, levando ao surgimento de abordagens como o neoescolanovismo e a pedagogia das competências. O Estado também reduziu seu papel e passou a avaliar a educação com base em critérios de eficiência e produtividade.
Grupos são sistemas organizados de indivíduos que se reconhecem mutuamente e compartilham objetivos, normas e interações frequentes. A coesão grupal representa a força dos laços entre os membros e afeta positivamente a comunicação, produtividade e permanência no grupo. Papéis e status definem as funções e prestígio de cada um, influenciando a receptividade à liderança. Normas estabelecem padrões de comportamento que promovem a coordenação e identidade do grupo.
O IMPACTO DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA ...ProfessorGesiel1
O documento discute o impacto da pandemia na educação no Brasil e como a tecnologia foi utilizada como ferramenta de ensino. Ele descreve como as aulas presenciais foram suspensas e as instituições adotaram o ensino remoto através de videoconferências e ambientes virtuais de aprendizagem. Além disso, destaca os desafios do ensino a distância como a desigualdade no acesso à tecnologia e a necessidade de adaptar as metodologias de ensino para o ambiente online.
O documento discute a importância da arte na infância e formação de professores. A arte ajuda no desenvolvimento da criança ao estimular a percepção e expressão através de atividades como desenho e brincadeiras. No entanto, a arte é desvalorizada em relação a outras disciplinas. Além disso, a formação de professores de arte é atípica se comparada a outras áreas.
O documento discute o Concretismo e o Neoconcretismo no Brasil, resumindo:
1) O Concretismo buscava a pureza formal através de elementos plásticos como planos e cores, enquanto o Neoconcretismo dava mais protagonismo ao leitor na construção do sentido da obra.
2) Os grupos Ruptura e Frente foram pioneiros destes movimentos em São Paulo e Rio de Janeiro respectivamente, questionando a arte figurativa da época.
3) A poesia concreta valorizava a disposição gráfica das palav
Postmodernism emerged in the late 20th century as a departure from modernism. It is characterized by skepticism of culture and history and a rejection of the idea that any media or text has greater value than another. Postmodernism reflects society's feelings of alienation and uncertainty about identity. Theorists argue that economic and technological changes, like television and the internet, have led to a "three minute culture" and a society dominated by images and spectacle. Postmodern art is hybrid and samples different styles and levels of culture to blur hierarchies of taste.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um evento cultural realizado em São Paulo que inaugurou o movimento modernista no Brasil. O evento contou com apresentações de música, dança, poesia e artes plásticas fortemente influenciadas pelas vanguardas européias. Apesar da elite paulista não ter compreendido completamente a proposta, o evento influenciou definitivamente os rumos culturais brasileiros por décadas.
O documento descreve os principais movimentos artísticos de início do século XX na Europa, como Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo. Detalha suas características e representantes mais importantes, como o uso de cores vivas no Fauvismo, formas geométricas no Cubismo e a ênfase no inconsciente no Surrealismo.
O documento discute os efeitos da reprodutibilidade técnica na arte e na percepção humana. Avanços como a xilogravura, litografia e fotografia permitiram a reprodução em massa de obras de arte, diminuindo seu valor único de culto. O cinema é apontado como o meio mais poderoso de massificação, que aliena o ator e predetermina a percepção do público.
O documento discute a Escola Nova, um movimento educacional que propunha uma nova abordagem para a educação das crianças. A Escola Nova tinha seus fundamentos na biologia e psicologia e visava renovar a mentalidade dos educadores. Algumas características incluíam métodos ativos, adaptação do ensino ao desenvolvimento individual e testes em vez de provas tradicionais. A Escola Nova chegou ao Brasil na década de 1920 e influenciou reformas educacionais, embora tenha havido divergências entre grupos liberais e cat
Historia da arte - período Renascimento - resumoAndrea Dressler
O documento resume os principais períodos da arte do Renascimento, destacando: 1) A ênfase no humanismo e na valorização do artista individual; 2) O desenvolvimento da perspectiva na pintura durante o Quatrocentos em Florença; 3) As obras primas de Leonardo da Vinci e outros mestres do Alto Renascimento refletindo profunda intuição psicológica.
Didatica e formação do professor parte1Naysa Taboada
O documento descreve a evolução histórica da didática desde os jesuítas até a década de 1960 no Brasil. Inicialmente a didática era dogmática e focada na memorização, mas passou a enfatizar aspectos práticos e técnicos com influências do pragmatismo e do behaviorismo. Nas décadas de 1960-1970, a didática tornou-se mais tecnicista, com foco em eficiência e objetivos pré-determinados.
Maria amélia garcia de alencar música, identidade e memória - musicólogos e...Gisele Laura Haddad
O documento analisa a trajetória da musicologia e do folclore no Brasil no século XX. Intelectuais ligados ao movimento modernista se empenharam em institucionalizar pesquisas sobre folclore musical, tanto por meio de órgãos do Estado quanto em universidades. Embora tenham sido bem-sucedidos na criação de "lugares de memória" para o folclore nacional, os estudos de folclore permaneceram marginais nas ciências sociais. A identidade musical brasileira se ligou mais ao samba do que à tradição folcl
1) O documento discute contribuições dos estudos etnomusicológicos e musicais para o estudo acadêmico do jazz, cobrindo a história da etnomusicologia e perspectivas teóricas.
2) É dividido em duas partes, primeiro revisando estudos musicais e depois descrevendo características do jazz que apontam para seus aspectos normativos e convencionais.
3) A etnomusicologia forneceu novas abordagens antropológicas para o estudo da música popular e do jazz.
O documento discute a concepção interacionista de aprendizagem, que enfatiza a interação entre o aluno e objetos no processo de aprendizagem. Apresenta os principais pressupostos históricos e teóricos, incluindo as interpretações de Piaget, Vygotsky e Wallon, que destacam a importância das interações sociais e do desenvolvimento cognitivo. Por fim, propõe um exercício prático para alunos de 8o ano sobre ângulos de triângulos utilizando materiais como régua e tesoura.
O documento descreve o grupo expressionista alemão Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), fundado em Munique em 1911 por Wassily Kandinsky e Franz Marc. Reunia artistas como Kandinsky, Marc, Paul Klee, Alexej Jawlensky e outros interessados no primitivismo, infantilismo e onirismo como formas de revelar o imaginário. O movimento promovia novas formas de abstração na pintura e na música.
O documento discute as diferenças entre a educação tradicional e a nova educação, notando que a tradicional via o professor como único detentor do conhecimento enquanto a nova promove a participação dos alunos. A conclusão é que ambos os modelos tem pontos positivos e negativos, e o mais importante é o comprometimento do professor.
O documento discute o período do Romantismo na história da música entre 1815 e início do século XX, mencionando gêneros musicais como Romeu e Julieta e obras de Mozart como As Bodas de Fígaro e A Flauta Mágica. O texto também descreve a vida e carreira do compositor Mozart, nascido na Áustria em 1756.
O documento discute o conceito de pós-modernismo, definindo-o como uma época de mudanças em diversos campos após a queda do comunismo e o surgimento de novas tendências econômicas e culturais. A arte pós-moderna questiona os ideais modernistas e enfatiza a fragmentação, o pluralismo e a referência ao passado. A mídia desempenha um papel importante na divulgação dos valores pós-modernos.
O documento discute a perspectiva filosófica do cognitivismo sobre o valor da arte. De acordo com o cognitivismo, a arte tem valor porque aumenta o conhecimento. O documento explora como a arte pode expandir a compreensão de acordo com Nelson Goodman e discute as principais objeções ao cognitivismo.
Neoprodutivismo e suas variantes - Savianiamiltonp
O documento descreve as transformações nas ideias pedagógicas no Brasil na década de 1990 influenciadas pelo contexto econômico e social da época. A pedagogia passou a enfatizar "aprender a aprender" e competências para adaptação ao mercado de trabalho em constante mudança, levando ao surgimento de abordagens como o neoescolanovismo e a pedagogia das competências. O Estado também reduziu seu papel e passou a avaliar a educação com base em critérios de eficiência e produtividade.
Grupos são sistemas organizados de indivíduos que se reconhecem mutuamente e compartilham objetivos, normas e interações frequentes. A coesão grupal representa a força dos laços entre os membros e afeta positivamente a comunicação, produtividade e permanência no grupo. Papéis e status definem as funções e prestígio de cada um, influenciando a receptividade à liderança. Normas estabelecem padrões de comportamento que promovem a coordenação e identidade do grupo.
O IMPACTO DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA ...ProfessorGesiel1
O documento discute o impacto da pandemia na educação no Brasil e como a tecnologia foi utilizada como ferramenta de ensino. Ele descreve como as aulas presenciais foram suspensas e as instituições adotaram o ensino remoto através de videoconferências e ambientes virtuais de aprendizagem. Além disso, destaca os desafios do ensino a distância como a desigualdade no acesso à tecnologia e a necessidade de adaptar as metodologias de ensino para o ambiente online.
O documento discute a importância da arte na infância e formação de professores. A arte ajuda no desenvolvimento da criança ao estimular a percepção e expressão através de atividades como desenho e brincadeiras. No entanto, a arte é desvalorizada em relação a outras disciplinas. Além disso, a formação de professores de arte é atípica se comparada a outras áreas.
O documento discute o Concretismo e o Neoconcretismo no Brasil, resumindo:
1) O Concretismo buscava a pureza formal através de elementos plásticos como planos e cores, enquanto o Neoconcretismo dava mais protagonismo ao leitor na construção do sentido da obra.
2) Os grupos Ruptura e Frente foram pioneiros destes movimentos em São Paulo e Rio de Janeiro respectivamente, questionando a arte figurativa da época.
3) A poesia concreta valorizava a disposição gráfica das palav
Postmodernism emerged in the late 20th century as a departure from modernism. It is characterized by skepticism of culture and history and a rejection of the idea that any media or text has greater value than another. Postmodernism reflects society's feelings of alienation and uncertainty about identity. Theorists argue that economic and technological changes, like television and the internet, have led to a "three minute culture" and a society dominated by images and spectacle. Postmodern art is hybrid and samples different styles and levels of culture to blur hierarchies of taste.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um evento cultural realizado em São Paulo que inaugurou o movimento modernista no Brasil. O evento contou com apresentações de música, dança, poesia e artes plásticas fortemente influenciadas pelas vanguardas européias. Apesar da elite paulista não ter compreendido completamente a proposta, o evento influenciou definitivamente os rumos culturais brasileiros por décadas.
O documento descreve os principais movimentos artísticos de início do século XX na Europa, como Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo. Detalha suas características e representantes mais importantes, como o uso de cores vivas no Fauvismo, formas geométricas no Cubismo e a ênfase no inconsciente no Surrealismo.
O documento discute os efeitos da reprodutibilidade técnica na arte e na percepção humana. Avanços como a xilogravura, litografia e fotografia permitiram a reprodução em massa de obras de arte, diminuindo seu valor único de culto. O cinema é apontado como o meio mais poderoso de massificação, que aliena o ator e predetermina a percepção do público.
O documento discute a Escola Nova, um movimento educacional que propunha uma nova abordagem para a educação das crianças. A Escola Nova tinha seus fundamentos na biologia e psicologia e visava renovar a mentalidade dos educadores. Algumas características incluíam métodos ativos, adaptação do ensino ao desenvolvimento individual e testes em vez de provas tradicionais. A Escola Nova chegou ao Brasil na década de 1920 e influenciou reformas educacionais, embora tenha havido divergências entre grupos liberais e cat
Historia da arte - período Renascimento - resumoAndrea Dressler
O documento resume os principais períodos da arte do Renascimento, destacando: 1) A ênfase no humanismo e na valorização do artista individual; 2) O desenvolvimento da perspectiva na pintura durante o Quatrocentos em Florença; 3) As obras primas de Leonardo da Vinci e outros mestres do Alto Renascimento refletindo profunda intuição psicológica.
Didatica e formação do professor parte1Naysa Taboada
O documento descreve a evolução histórica da didática desde os jesuítas até a década de 1960 no Brasil. Inicialmente a didática era dogmática e focada na memorização, mas passou a enfatizar aspectos práticos e técnicos com influências do pragmatismo e do behaviorismo. Nas décadas de 1960-1970, a didática tornou-se mais tecnicista, com foco em eficiência e objetivos pré-determinados.
Maria amélia garcia de alencar música, identidade e memória - musicólogos e...Gisele Laura Haddad
O documento analisa a trajetória da musicologia e do folclore no Brasil no século XX. Intelectuais ligados ao movimento modernista se empenharam em institucionalizar pesquisas sobre folclore musical, tanto por meio de órgãos do Estado quanto em universidades. Embora tenham sido bem-sucedidos na criação de "lugares de memória" para o folclore nacional, os estudos de folclore permaneceram marginais nas ciências sociais. A identidade musical brasileira se ligou mais ao samba do que à tradição folcl
1) O documento discute contribuições dos estudos etnomusicológicos e musicais para o estudo acadêmico do jazz, cobrindo a história da etnomusicologia e perspectivas teóricas.
2) É dividido em duas partes, primeiro revisando estudos musicais e depois descrevendo características do jazz que apontam para seus aspectos normativos e convencionais.
3) A etnomusicologia forneceu novas abordagens antropológicas para o estudo da música popular e do jazz.
Histórias da Música no Brasil e Musicologia: uma leitura preliminarRenato Borges
Apresentação preparada para a disciplina de "História da Música Brasileira", PPGM UniRIo 2013.2.
Conteúdo reflete um fichamento do artigo "Histórias da Música no Brasil e Musicologia: uma leitura preliminar", de Carla Bromberg.
Campbell, luciano; soares, t. r. p. a relação da cidade de cuiabá com a estét...lcwebd
O documento discute a relação entre a cidade de Cuiabá, que tem forte cultura popular, e a estética musical contemporânea, representada pela Bienal de Música Brasileira Contemporânea de Cuiabá. Os pesquisadores analisaram como uma cidade com cultura popular aceita e se interessa por uma estética diferente da sua. Eles também exploram como a música erudita contemporânea se relaciona com o cenário cultural de Cuiabá e como a Bienal tem papel importante na divulgação desse tipo de música.
O documento discute o caxixi, um instrumento de percussão afro-brasileiro utilizado na capoeira. Aborda as origens do caxixi na região do Congo-Angola, seu uso em rituais e cerimônias, e como foi adotado no Brasil associado à capoeira e à música popular brasileira. Defende o uso do caxixi em atividades de educação musical por desenvolver habilidades manuais e estimular a percepção sonora através da confecção do instrumento.
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - BahiaFrancemberg Teixeira Reis
O documento apresenta o programa da III Semana de História realizada pela UNEB em Alagoinhas, Bahia, em 2014. O evento contou com conferências, mesas redondas, simpósios e programação cultural com o objetivo de debater o tema "Histórias, Sujeitos e Trajetórias" e fortalecer os laços acadêmicos entre a universidade e a sociedade. Além disso, as discussões ocorreram no contexto dos 50 anos do golpe militar de 1964 no Brasil.
A tendência da teoria e análise ao direcionamento crítico na nova musicologia...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este artigo discute autores que tem estabelecido contribuições significativas quanto ao
direcionamento da teoria e da análise musical no cenário contemporâneo da musicologia brasileira
em direção à crítica musical. Discorre sobre o desafio de transcender a compreensão da
composição musical atual e cânon teórico em direção à aplicabilidade da análise musical embasada
em teoria crítica capaz de superar aspectos tecnicistas em direção à utopia e à inovação na
metodologia musicológica e seus resultados como produto de conhecimento contextualizado.
José maria neves musicologia histórica para a música de hojeGisele Laura Haddad
1) O documento discute a necessidade de a musicologia histórica se voltar para a produção musical contemporânea, em vez de focar excessivamente no passado europeu.
2) Isso permitiria que os musicólogos estudassem contextos culturais familiares e de seu interesse pessoal.
3) Também é necessário incluir a música popular em termos de uso e valor social nas pesquisas musicológicas.
O documento discute a importância da música na educação infantil. Aborda vários tópicos como a história da música, crítica musical, educação musical no Brasil e métodos de musicalização para crianças. Tem como objetivo principal mostrar como a música pode contribuir para o desenvolvimento global das crianças.
This document summarizes the latest issue of the TeMA newsletter. It discusses an interview with music theorist Michael Klein on intertextuality and narrativity in music analysis, highlights of an upcoming TeMA conference in João Pessoa, Brazil, and summaries of recent publications in music theory and analysis from Brazil and abroad.
O documento apresenta um resumo do terceiro número do boletim TeMA informativo. Contém uma entrevista com o compositor Ricardo Tacuchian sobre sua carreira e visão sobre música, anúncios de eventos acadêmicos, fotos do congresso da TeMA e resumos de livros e artigos sobre teoria e análise musical.
Este documento resume as discussões de um grupo de trabalho sobre música e mídia (GT Música e Mídia). Apresenta resumos de três textos sobre o impacto do repertório musical veiculado pelas rádios, a circulação de música fora do mainstream através de nichos e a associação entre trilhas sonoras e governos no Brasil. Também discute a dinâmica do debate entre os participantes.
O documento discute a história da música, dividida em música erudita e popular. Apresenta as origens culturais da música em diferentes grupos humanos e como ela evoluiu ao longo do tempo, desenvolvendo formas, gêneros e estilos musicais próprios, bem como sistemas de notação. Destaca compositores importantes como Bach, Beethoven, Mozart e Villa-Lobos e como a chegada da família real portuguesa ao Brasil impulsionou as atividades musicais locais.
1) O documento discute o Movimento Armorial e o Tropicalismo como expressões dos dilemas da questão nacional na cultura brasileira contemporânea.
2) O Movimento Armorial, liderado por Ariano Suassuna, defende uma arte baseada nas culturas populares nordestinas. O Tropicalismo critica posturas nacionalistas rígidas e incorpora influências internacionais.
3) Ambos os movimentos refletem debates sobre a identidade cultural brasileira e a apropriação de elementos populares e estrangeiros.
Este documento apresenta uma entrevista com Maria Lúcia Pascoal, uma importante pesquisadora brasileira da teoria e análise musical. Ela discute sua trajetória como pianista e como se tornou uma das pioneiras no ensino e aplicação de métodos analíticos no Brasil. Ela também fala sobre suas contribuições para a formação de gerações de pesquisadores e sobre a importância dos festivais de música para o desenvolvimento de sua carreira.
A história da música estuda as origens e evolução da música ao longo do tempo considerando diferentes culturas. Inicialmente focava-se na música erudita européia, mas passou a incluir também a música não-europeia e pré-histórica. Pode-se falar da história da música de forma ampla ou de forma específica por cultura ou estilo musical. Os temas estudados incluem origens culturais, influências sociais, sistemas musicais, formas musicais e personalidades marcantes.
O documento discute a história da música como o estudo da origem e evolução da música ao longo do tempo, inserido na história da arte e evolução cultural. Também define a história da música como uma divisão da musicologia e teoria musical, cujo estudo é realizado por historiadores e musicólogos. Explica que a história da música inclui não apenas a música erudita européia, mas também as músicas de outras culturas e regiões.
Este artigo analisa o potencial do uso de músicas como fontes históricas no ensino sobre a ditadura militar brasileira (1964-1985). Duas canções são analisadas: "Acorda Amor" de Chico Buarque e "Metrô Linha 743" de Raul Seixas. As músicas criticavam sutilmente o regime através de metáforas e eram estratégias de drible à censura. O artigo defende que tais canções, quando bem exploradas, podem enriquecer o aprendizado hist
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Leandro Lopes
1. O documento apresenta os Estudos Culturais, discutindo suas origens no Reino Unido a partir dos anos 1950 e 1960, influenciados por autores como Richard Hoggart, Raymond Williams e E.P. Thompson.
2. Três momentos principais são destacados: início focado em subculturas dos anos 1970; ênfase nos meios de comunicação de massa a partir de 1970; e influência do feminismo desde 1970, ampliando o escopo para questões de gênero e sexualidade.
3. Os Estudos Culturais surgiram de forma
O documento descreve o surgimento e influência do movimento Tropicalismo na música popular brasileira dos anos 1960. O Tropicalismo misturou gêneros musicais brasileiros e estrangeiros de forma inovadora e questionou fronteiras culturais. Liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, o movimento recebeu críticas por sua fusão de estilos e uso de guitarras elétricas. Apesar da censura da ditadura, o Tropicalismo renovou a cultura brasileira com seu sincretismo musical.
Semelhante a Maria alice volpe uma nova musicologia para uma nova sociedade (20)
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)Gisele Laura Haddad
Este documento analisa a participação de músicos estrangeiros na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto entre 1995-2000, sob a batuta do maestro Roberto Minczuk. A pesquisa oferece um histórico da influência estrangeira na cena musical local desde a chegada de imigrantes e destaca figuras como François Cassoulet. Relatos de vida de músicos estrangeiros e brasileiros que atuaram na orquestra nesse período são apresentados.
1) O documento discute as características da música brega e sua natureza híbrida e mutável, tornando difícil definí-la com precisão.
2) Artistas considerados bregas como Waldick Soriano apropriaram-se de diversas influências musicais ao longo do tempo, de boleros a sambas.
3) O tecnobrega atual também apresenta grande diversidade de estilos, como melodia, brega dance, brega sarro e brega hardcore.
O documento discute a música popular no rádio como produto cultural ou comercial. Apresenta a história da música popular no Brasil desde antes da era do rádio, quando era veiculada em casas de música e teatros, até a popularização do rádio e a profissionalização da indústria musical. Destaca figuras importantes como Sinhô, considerado o primeiro grande compositor popular, e sua contribuição para o desenvolvimento inicial do samba e sua comercialização.
Myrian de Souza Strambi atuação e produção literária musicalGisele Laura Haddad
Este documento é uma monografia apresentada por Isabela Marques à Universidade de Ribeirão Preto sobre a vida e obra de Myrian de Souza Strambi. A monografia analisa a atuação de Strambi como professora, compositora, arranjadora e memorialista, destacando sua importante contribuição à educação musical em Ribeirão Preto entre as décadas de 1950 e 1990. Além disso, o trabalho busca divulgar a metodologia desenvolvida por Strambi para o ensino de harmonia musical.
1. Este trabalho discute o ensino do bandolim no Brasil a partir da sua história e de seus principais ícones: Jacob do Bandolim e Luperce Miranda.
2. Analisa e reflete as metodologias de três métodos para o ensino do bandolim, identificando dificuldades dos alunos e propondo alternativas para o entendimento harmônico e digitação de acordes.
3. Conclui que os métodos analisados fornecem bases sólidas para o aprendizado do bandolim, mas que há espaço para a
50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989Gisele Laura Haddad
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, tela maior e bateria de longa duração por um preço acessível. O dispositivo tem como objetivo atrair mais consumidores em mercados emergentes com suas especificações equilibradas e preço baixo. Analistas esperam que as melhorias e o preço baixo impulsionem as vendas do novo aparelho.
Este documento é uma dissertação sobre a vida e obra do compositor Belmácio Pousa Godinho. A dissertação apresenta detalhes biográficos do compositor, analisa os diversos gêneros musicais cultivados por ele e cataloga sua extensa produção musical. O trabalho busca destacar a importância de Godinho para a música brasileira e para a cidade de Ribeirão Preto durante o século XX.
Este documento é uma monografia apresentada por Júlio César Gonçalves ao curso de Licenciatura Plena em Música da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) em 2012. A monografia aborda a importância da atividade física para a saúde e prevenção de lesões nos músicos. O trabalho contém seções sobre anatomia do braço e antebraço, lesões comuns em músicos e formas de prevenção. O objetivo é demonstrar que a atividade física é fundamental para evitar problemas de saúde
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)Gisele Laura Haddad
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BANDA MUSICAL DE CONCERTO DE SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAGisele Laura Haddad
Este documento é um relatório de experiência sobre a Banda Musical de Concerto Escola Viva de Santa Cruz das Palmeiras entre 2009-2012. Ele descreve o processo de ensino musical e educação para músicos jovens, identificando desafios como repertório limitado e falta de inserção de novos membros. A banda desempenha um papel cultural importante na comunidade.
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Este documento descreve a influência de quatro importantes pedagogos musicais do século XX (Dalcroze, Willems, Orff e Suzuki) na prática docente do autor. Ele relata sua experiência aplicando os métodos destes pedagogos em uma escola municipal de música em Luiz Antônio, SP entre 2009 e 2012, resultando em melhorias nas apresentações musicais dos alunos e na relação professor-aluno.
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Este documento descreve a educação musical na escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes em Tambaú, SP. O resumo apresenta:
1) A localização e contexto social de Tambaú;
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3) O material didático de artes utilizado e sua aplicação nas aulas, com ênfase nas atividades musicais.
Este documento discute a criação da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto em 1938 sob a liderança do empresário alemão Max Bartsch. A monografia analisa o contexto cultural e social da época, quando a cidade passava por um processo de modernização urbana e mudança do eixo do poder político. Apesar de resistências ao modernismo, a elite local valorizava a música erudita. Bartsch soube aproveitar esse ambiente favorável, usando seu carisma para mobilizar apoio e fundar a Orquestra,
Este documento fornece uma lista de revistas científicas. Menciona que a lista pode estar desatualizada e direciona para um site da Capes para conferir a classificação Qualis atualizada de cada revista, que pode ser pesquisada pelo nome ou código ISSN da publicação. Algumas revistas na lista estão destacadas por terem classificação A1, A2 ou B1 no Qualis.
A empresa está enfrentando desafios financeiros devido à queda nas vendas e precisa cortar custos. O departamento de marketing gastou muito em eventos que não geraram resultados e sua estrutura de custos precisa ser revisada. Uma proposta é reduzir o tamanho da equipe de marketing e realocar recursos para canais digitais que possam gerar mais receita.
Este documento é uma dissertação apresentada por Gisele Laura Haddad ao programa de pós-graduação em música da UNESP sobre a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. A dissertação analisa o contexto histórico e social que levou à criação da orquestra na cidade no século XX, bem como sua representação e significado social através da interação com a elite local. O trabalho utiliza fontes dos arquivos da cidade e da própria orquestra, como programas de concerto, fotos e jornais da época
Este documento descreve a música em Ribeirão Preto no início do século XX. Apresenta o desenvolvimento de bandas, músicos, comércio de instrumentos musicais e o papel da música em escolas, comemorações e entretenimento. Detalha como a modernização e o crescimento econômico influenciaram a cena musical local.
Maria alice volpe uma nova musicologia para uma nova sociedade
1. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
Indentificação da modalidade: Comunicação de pesquisa
Título Uma nova musicologia para uma nova sociedade
Anais do II Encontro de Música. Universidade Estadual de Maringá, PR. outubro 2003. Ed. Massoni, 2004.
118 p.: 99-110 ISBN 85-88905-24-8 (capítulo em livro)
Nome da autora: Maria Alice Volpe
Instituição: Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Musicologia; Transdiciplinaridade; Crítica Cultural
Área de concentração: Musicologia
Endereço: Rua Conde de Baependi no. 13 apto 404 – Laranjeiras – Rio de Janeiro RJ CEP 22231-240
Tel/ fax: (21) 2225-9459
e-mail: mavolpe@mail.utexas.edu
malicevolpe@ig.com.br
Título: Uma nova musicologia para uma nova sociedade
Autora: Maria Alice Volpe
Resumo: O presente trabalho propõe o diálogo da musicologia com outras áreas de
conhecimento, bem como com as tendências mais recentes da musicologia internacional,
visando a superação do isolamento em que vive a disciplina, de modo que ela cumpra o
seu compromisso de integração entre o conhecimento produzido na universidade e a
sociedade. Propõe uma reflexão sobre os problemas teórico-conceituais levantados pela
musicologia internacional nos últimos 40 anos e suas possíveis contribuições para a
musicologia brasileira, colocada à luz dos paradigmas de disciplinas nas quais a prática
musicológica tem se respaldado, sobretudo a história cultural, a nouvelle histoire, a
antropologia cultural, a sociologia, a crítica literária, a crítica ideológica derivada da
Escola de Frankfurt, o pensamento crítico pós-moderno e a hermenêutica. Propõe,
portanto, uma reflexão conceitual da musicologia tout court, levantando aspectos
relevantes para a identidade e expansão dos programa de pós-graduação em música, bem
como contribuir mais amplamente para o debate sobre a musicologia na universidade
brasileira,visando maior diálogo e representatividade na sociedade mais ampla.
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2. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
Uma nova musicologia para uma nova sociedade
Maria Alice Volpe*
A relevância da musicologia como disciplina se justifica em grande parte pelo seu
potencial de se integrar no concerto das outras áreas de conhecimento. Para tanto, é
necessário um constante re-equacionamento de seus paradigmas, propósitos e impacto
social. Tais considerações se fazem extremamente oportunas numa época de crescente
institucionalização da música na universidade brasileira, sobretudo com a disseminação
dos estudos pós-graduados por todo o país.
Os resultados da pesquisa musicológica brasileira não têm gerado na comunidade
acadêmica ou na sociedade mais ampla o mesmo nível de interesse de outras disciplinas,
como a história, os estudos literários e as artes plásticas. A história cultural tem sido
protagonista de disseminação significativa de estudos acadêmicos entre um público mais
amplo. Trabalhos inovadores sobre a história do Brasil, como, por exemplo, A formação
das almas (1990), de José Murilo de Carvalho, As barbas do imperador (1998), de Lilia
Moritz Schwarcz, a série História da vida privada no Brasil (1997-99), organizada por
Fernando Novais, os estudos literários que se formaram em torno da figura maior de
Antonio Candido, O Cinematógrafo das Letras (1987), de Flora Sussekind, Estilo
Tropical (1991), de Roberto Ventura, a série sobre a arte brasileira Mostra do
Redescobrimento – Fundação Bienal de São Paulo (2000), organizada por Nelson
Aguilar, e a coletânea de estudos Paisagem e Arte, a invenção da natureza, a evolução
do olhar (2000), têm colocado a produção mais recente da pesquisa e reflexão acadêmica
para além dos muros da própria disciplina.
Cabe indagar aqui, quais seriam os motivos para o relativo isolamento da
musicologia brasileira, seu diálogo precário com as outras disciplinas e a limitação de seu
*
Maria Alice Volpe, Ph.D. em Musicologia/ Etnomusicologia pela University of Texas at Austin, E.U.A., é
Professora Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Música, cadeira de Musicologia.
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3. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
impacto social à disponibilização de produtos sonoros (sobretudo, concertos e CDs). A
musicologia brasileira deveria estar integrada no conjunto das reflexões da história e
crítica cultural e suas contribuições deveriam transcender a sua própria província.
Suspeitamos que o relativo isolamento da musicologia brasileira se deva menos
aos obstáculos que o conhecimento técnico da linguagem musical coloca aos especialistas
de outras áreas e ao público em geral, mas sobretudo à sua desatualização teórico-
conceitual. Todos os estudos históricos, literários e das artes visuais mencionados
anteriormente se alinham com as abordagens mais atualizadas de suas disciplinas e, em
sua maioria, manifestam substantiva transdisciplinaridade. A pesquisa musicológica
brasileira tem permanecido, em grande medida, e com distinguidas ressalvas que
aflorarão no decorrer desta pesquisa, alheia às questões que têm promovido a renovação
contínua nas outras disciplinas. Os poucos trabalhos que têm trazido novas abordagens e
ampliado o campo teórico-conceitual sobre a música e o discurso historiográfico-musical
no Brasil são muitas vezes oriundos de pesquisadores alocados em outras disciplinas,
como é o caso de “A música brasileira no séc. XIX: a construção do mito da
nacionalidade” (1977), Música e ideologia no Brasil (1985) e “Música no Brasil: história
e interdisciplinaridade, algumas interpretações” (1991), de Arnaldo Daraya Contier e,
mais recentemente, do excelente estudo O Brilho da Supernova: A Morte Bela de Carlos
Gomes (1995), de Geraldo Mártires Coelho, ambos historiadores.
A desatualização teórico-conceitual da musicologia brasileira deve ser analisada
também à luz dos desenvolvimentos da musicologia internacional nos últimos 40 anos,
período de intenso questionamento dos paradigmas da prática musicológica. A década de
1960 foi um período decisivo na musicologia internacional. Críticas à musicologia
histórica surgem de dentro e de fora dessa disciplina. Por um lado, a própria musicologia
histórica procedeu a uma auto-crítica de sua postura predominantemente positivista e, a
partir de então, foram questionados todos os paradigmas que guiaram a disciplina,
incluindo o organicismo, o historicismo, a idéia de Zeitgeist, a idéia de “estilo musical”, a
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4. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
idéia de “música absoluta”, o formalismo, o nacionalismo e a construção do canon
musical que marcou profundamente a conceituação histórica que tem guiado os estudos
musicológicos até décadas bastante recentes. Por outro lado, a etnomusicologia engajou-
se numa crítica crescentemente acirrada ao etnocentrismo da musicologia que se dedicava
ao estudo da música culta ocidental e, confundindo-a com a postura predominante entre
os especialistas de teoria e análise musical, acusou-a (a musicologia histórica) de abordar
o seu objeto de estudo (a música) fora de seu contexto sócio-histórico-cultural.
Essa crítica contínua da musicologia levou à valorização de abordagens alinhadas
com uma história sócio-cultural da música. Manfred Bukofzer, por exemplo, teve papel
importante nesse sentido, e seu trabalho The Place of Musicology (1957) refletiu
profundamente sobre a relação da musicologia com as outras disciplinas. A velha guarda
da musicologia histórica ofereceu modelos expressivos de história sócio-cultural, entre os
quais podemos citar, Curt Sachs, Paul Henry Lang, Friedrich Smend, Edward Lowinsky,
Leo Schrade, Manfred Bukofzer, Iain Fenlon e William Crosten. Depois disso, Carl
Dahlhaus, Theodor Adorno, Joseph Kerman e Leo Treitler, figuras decisivas para o
desenvolvimento da musicologia das décadas de 1970 e 1980, colocaram em primeiro
plano discussões frutíferas sobre o historicismo, a história da recepção, a crítica musical,
a crítica cultural, a sociologia da música e a hermenêutica na musicologia.
Durante esse período desenvolveu-se também uma relação paradoxal entre a
musicologia histórica e a etnomusicologia. Por um lado, acentuou-se um antagonismo
entre essas sub-áreas, expressos em artigos como os de Frank Harrison e Mantle Hood
(respectivamente, “American Musicology and the European Tradition” e “Music, the
Unknown”, in Palisca, Harrison & Hood 1963), que tocaram em problemas que vieram a
ser a linha de frente das batalhas entre a musicologia e a etnomusicologia. Por outro lado,
defendeu-se a unificação da musicologia e da etnomusicologia. Charles Seeger, pioneiro
em tal postura, afirmou em seu artigo de 1961 que “não se deve mais tolerar o costume de
ver a musicologia e a etnomusicologia como duas disciplinas separadas, praticadas por
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5. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
dois tipos diferentes de especialistas, os quais têm objetivos totalmente diferente e
mutuamente antagônicos” (p. 80). Tal unificação foi vista, sobretudo, como uma
aplicação das técnicas da etnomusicologia ao estudo da música popular e folclórica do
ocidente, bem como da música culta ou artística do ocidente. O termo “musicologia
cultural” foi proposto por Gilbert Chase (“American Musicology and the Social
Sciences”, in Brook, Downes & Solkema, 1972), por analogia à “antropologia cultural”,
ou seja, uma espécie de etnomusicologia da música ocidental, uma abordagem sócio-
cultural na musicologia.
As críticas à musicologia pela etnomusicologia tiveram bastante repercussão e, de
fato, resultados bastante concretos, a partir da década de 1980, sobretudo com um grupo
bastante polêmico que levantou a bandeira da New Musicology. Esse período foi
protagonizado por trabalhos como os de Rose Rosengard Subotnik, Catherine Clément,
Katherine Bergeron, Philip Bohlman, Susan McClary, Gary Tomlinson e Lawrence
Kramer. O artigo de Tomlinson, “The web of culture: a context for musicology” (1984),
onde o autor evoca Clifford Geertz, constituiu um marco no percurso da musicologia
histórica em direção a uma abordagem mais etnográfico-antropológica. Mais tarde em
Music and the Renaissance Magic (1993), Tomlinson propõe uma “historiografia do
outro”, cujo componente teórico-conceitual central reside em considerar o passado como
o “outro”. Nesse livro, Tomlinson se utiliza de autores como Gadamer, Ricouer e
Foucault, além de citar James Clifford, Bakhtin, Lyotard, etc. Lawrence Kramer faz
como que um contraponto à postura de Tomlinson, defendendo um outro tipo de nova
musicologia, o que ele chama de musicologia pós-moderna, e cujas posturas principais
estão consubstanciadas em Music as Cultural Practice: 1800-1900 (1990) e Classical
Music and Post-Modern Knowledge (1995).
Nota-se, portanto, a influência da postura da etnomusicologia perante o discurso
historiográfico sobre a música européia, e sobretudo as contribuições teóricas da
antropologia, da hermenêutica, do pensamento crítico pós-estruturalista e pós-moderno.
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6. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
Esse grupo polêmico se caracterizou também por introduzir temas tabus na musicologia,
como a crítica feminista, a sexualidade, a homossexualidade, e posturas revisionistas da
relação entre música e historiografia musical e a política.
Outros musicólogos menos polêmicos, embora extremamente representativos das
novas tendências da musicologia internacional, têm se engajado em abordagens
extremamente enriquecedoras para o alinhamento da musicologia com a história cultural,
entre os quais podemos citar Jim Samson, Lary Todd, Leon Botstein, John Roselli,
Richard Leppert, Carolyn Abbate, Ralph Locke, John Daverio e Jeffrey Kallberg. Tais
autores se apegaram mais à história institucional, a história das idéias, a história social e a
sociologia da música, a história da recepção, as teorias do orientalismo e do
nacionalismo, a teoria dos gêneros, a história da sexualidade e a uma abordagem
revisionista aos estudos estilísticos.
Esses desenvolvimentos da musicologia internacional das últimas décadas estão
praticamente ausentes nas posturas teórico-conceituais da produção musicológica
brasileira atual, com exceção dos estudos sobre a mulher na música brasileira. Entre os
poucos musicólogos brasileiros preocupados com os problemas teórico-conceituais da
área, figuram Regis Duprat, cujo artigo “Análise, musicologia, positivismo” (1996,
originalmente apresentado no Encontro Nacional da ANPPOM em 1992) pode ser
considerado um divisor de águas nas discussões sobre o assunto no Brasil, e que pela
primeira vez discutiu o estruturalismo à luz da hermenêutica moderna. Outro texto
importante é o de Ricardo Tacuchian (1992), que abordou o problema do pós-
modernismo com a preocupação central de entender a criação musical brasileira recente.
Mais recentemente, o trabalho apresentado por Duprat no I Encontro de Musicologia de
Ribeirão Preto (2003) trouxe uma nova perspectiva a questões que raramente são
refletidas como um conjunto interdependente, como o problema da linguagem na música
contemporânea, sua recepção e formação de público e mercado, em estreita relação com
os problemas da análise, musicologia e hermenêutica. O diálogo entre a musicologia
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7. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
histórica e a etnomusicologia tem sido a preocupação de diversos estudiosos, como
Gerard Béhague, Regis Duprat, Maria Elisabeth Lucas, Samuel Araújo, Martha Ulhôa, eu
mesma e muitos outros, embora tal vertente ainda não tenha se constituído num
movimento que articule as diversas propostas dentro de um quadro teórico mais amplo e
esteja, portanto, aguardando discussões mais sistemáticas sobre seus problemas
conceituais.
New Musicology e Musicologia Brasileira
As soluções encontradas pela New Musicology americana não são
necessariamente a panacéia para a musicologia brasileira. Mais do que uma mudança
conceitual, trata-se de uma mudança ideológica na qual está implicada a política
institucional da disciplina bem como a ação política de um grupo, de uma comunidade,
que quer se legitimar socialmente. Trata-se de musicólogos/as engajados/as em causas
das “minorias” da sociedade americana – por exemplo, os homossexuais definidos como
gays e lesbians (curiosamente, a moral americana não advoga outras formas de
sexualidade na sua agenda política, pelo menos não ostensivamente). Aliás, não apenas
engajados, mas que fazem parte efetiva dessas minorias e têm adotado como estratégia
um discurso demolidor, agressivo, polêmico. Certamente, é a parcela da New Musicology
que faz mais barulho. Quando digo que a New Musicology americana não deve ser
tomada como a panacéia da musicologia brasileira, não estou querendo com isso
deslegitimizar suas reivindicações. Me preocupo com nossas especificidades culturais, de
modo que possamos estabelecer prioridades que tenham representatividade na sociedade
brasileira mais ampla. As causas das "minorias" estão atualmente entre os problemas
sociais mais graves, ou pelo menos assim se quer fazer crer, da sociedade americana. Há
que se estudar o caso brasileiro. Sem desconhecer que tais causas encontrem eco no
Brasil, não ousaria afirmar que as causas que têm chamado mais atenção para a New
Musicology americana – ou seja, gay & lesbian studies – estariam entre os problemas que
mais afligem a sociedade brasileira no momento. No entanto, há que se reconhecer que a
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8. Maria Alice Volpe – II Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá 2003
causa dos “transgêneros”, termo cunhado por Belisa Ribeiro em seu artigo no Jornal do
Brasil (2003), esteja associada a outras causas de grande alcance como a questão
ambiental, AIDS, patentes de medicamentos etc., e que no fundo fazem parte do mesmo
pacote, de um mesmo movimento, de uma mesma postura político-social. Mas há que se
salientar também que nossas "minorias" – que na verdade são maiorias do ponto de vista
estatístico pois perfazem mais de 70% da população – são étnicas. Aliás, adotar tal
nomenclatura, “minorias”, denota colonialismo cultural pois tal termo, além de não
definir com propriedade a realidade brasileira, pode ser substituído por expressões já
consagradas pelo dito político-popular brasileiro, como os “sem-teto”, os “sem-terra”, os
“sem-camisa”, os “meninos de rua”, enfim, os desprivilegiados, os marginalizados da
sociedade, ou para ser mais atual e abrangente, os “excluídos”. Parece ser consenso que a
prioridade entre as questões sociais do Brasil atual seja a exclusão social, e este termo
engloba tanto fatores sócio-econômicos, conseqüências de um longo processo histórico,
como também preconceito racial, religioso, sexual, e também falta de acesso à educação,
alimentação, moradia, bens de consumo, bens culturais etc.. Fica então a questão que não
quer calar. De que maneira a musicologia brasileira poderia responder à questão da
exclusão, seja ela de que natureza for? De que maneira a musicologia brasileira pode
responder às questões atuais da cidadania? E finalmente, em que medida as questões
urgentes da cidadania no Brasil podem se beneficiar das questões sociais referentes aos
direitos de cidadania dos E.U.A.? Em que medida as questões eleitas pela New
Musicology americana podem contribuir para a musicologia brasileira atual?
Claro que a New Musicology americana não se resume em gay & lesbian studies.
Olhemos então para outros discursos dessa comunidade que está na vanguarda da
musicologia internacional da atualidade. Um dos artigos mais provocativos foi
“Musicologia como ato político” (1993), de Philip Bohlman, que constituiu um
verdadeiro manifesto, exortando a que a musicologia assuma responsabilidade moral
sobre a atual crise intelectual e social. A disciplina costuma equivocadamente se colocar
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numa posição apolítica, respaldada em grande parte pela suposta “autonomia” de seu
objeto de estudo. No entanto, a musicologia, quer se reconheça ou não, é agente
importante numa dada política cultural, e mais amplamente na construção do saber, e
seus quadros metodológicos, ideológicos e institucionais têm grande impacto na
historiografia musical.
Outras correntes, como as teorias do exotismo e do nacionalismo, a etnografia
histórica, a formação do canon ou do museu musical, a crítica ideológica, a desconstrução
– e até mesmo a história da recepção, a história institucional, a história das idéias, a
história social, a sociologia da música e as abordagens revisionistas dos estudos
estilísticos – têm como denominador comum a crítica cultural, levando na maior parte das
vezes ao questionamento de valores e visões tradicionais, com maior ou menor ênfase no
reconhecimento da natureza política da interpretação e do conhecimento como poder
(Foucault).
A crítica cultural concebida de uma maneira mais ampla nos parece ser a proposta
da musicologia internacional mais frutífera e de maiores conseqüências para o caso
brasileiro, pois nos instiga a buscar novos quadros interpretativos para a nossa história e o
nosso presente musical. Acima de tudo, decidir sobre o tipo de musicologia que
queremos implica em decidirmos que tipo de sociedade queremos, o que nos lança
portanto para horizontes que visam o futuro.
Proposições finais
Nessa linha de reflexão visamos contribuir para a integração da musicologia
brasileira nos problemas discutidos pela musicologia internacional mais recente,
colocando ambas sob a luz do desenvolvimento das outras áreas de conhecimento,
sobretudo a história, a antropologia, a sociologia, a crítica literária, o pensamento crítico
e a hermenêutica. Para tanto, faz-se extremamente necessário um estudo crítico do
pensamento musicológico brasileiro em seus diversos quadros interpretativos, no qual as
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críticas e propostas mais recentes sejam contempladas vis a vis da tradição historiográfico
musical brasileira, bem como das tendências mais recentes da musicologia internacional e
da potencial contribuição da transdisciplinaridade.
O conteúdo das reflexões aqui propostas mantém estreito vínculo com o programa
de pós-graduação em música, pois além de propor uma revisão crítica da musicologia
internacional, contempla as novas tendências e seu potencial impacto na musicologia
brasileira. As questões abordadas são fundamentais não apenas para o conteúdo das
disciplinas oferecidas, como também para a filosofia do programa de pós-graduação.
Visamos, primeiramente, contribuir para o avanço qualitativo dos cursos de mestrado, e
sobretudo debater a identidade dos programas de pós-graduação, sua inserção na
universidade e na sociedade, bem como os caminhos para integração entre musicologia e
outros campos de conhecimento. Consideramos, portanto, abordar aspectos relevantes
para a identidade e expansão dos programas de pós-graduação em música, bem como
contribuir mais amplamente para o debate sobre a musicologia na universidade brasileira.
Visamos um acessamento crítico sobre o papel da musicologia na universidade
brasileira. Além de refletir sobre a potencial contribuição das novas tendências da
musicologia internacional e da transdisciplinaridade, nos guiamos pela constante
preocupação por alternativas que permitam a elaboração de um discurso musicológico
que transcenda as fronteiras da própria disciplina, sem abandonar suas especificidades
técnicas, e que venha a atender aos interesses e expectativas de um público mais amplo
de leitores. Nossas reflexões sobre as novas musicologias e o programa de pós-graduação
têm como horizonte a possibilidade de que a musicologia se torne efetivamente uma
interlocutora com relação às outras áreas de conhecimento e, sobretudo, de que ela
cumpra o seu compromisso de integração entre o conhecimento produzido na
universidade e a sociedade.
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