O livro de Luiz Costa Lima discute as relações entre história, ficção e literatura, analisando obras como as de Heródoto, Tucídides e Homero. Ele argumenta que a história sempre terá um lado obscuro e que a ficção não precisa mentir. Costa Lima também examina como Aristóteles conceitualizou a poesia e a mímesis.
O documento discute as intertextualidades entre a obra Otelo, de Shakespeare, e o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Analisa como o ciúme é tratado nas duas obras e como Machado de Assis faz diálogo intertextual com Shakespeare ao abordar o tema do ciúme em seu romance, influenciado pela tragédia de Otelo. Também discute a presença da obra de Shakespeare no texto de Machado e a universalidade do sentimento de ciúme retratado nas duas obras canonais.
O documento discute a crônica brasileira e faz uma comparação entre os cronistas Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. Apresenta o contexto cultural do Rio de Janeiro na década de 1950 e características da crônica como gênero híbrido que mistura fatos e subjetividade. Temas preferenciais de Paulo Mendes Campos em suas crônicas são analisados, como a figura do brotinho e a descrição ideal de um domingo.
Este documento discute o romance Cães da Província de Luiz Antonio de Assis Brasil, que tem como protagonista o dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, conhecido como Qorpo-Santo. O resumo explora como a obra mistura ficção e história através da figura de Qorpo-Santo, questionando a verdade histórica e a construção da realidade por meio da linguagem.
Este documento discute a evolução dos termos "mimesis" e "literariedade". Mimesis foi definido por Aristóteles como imitação, mas ao longo do tempo passou a significar imitação da realidade. Já os Formalistas Russos definiram "literariedade" como aquilo que torna uma obra literária. Embora tenham origens diferentes, mimesis e literariedade compartilham o foco no objeto literário em si.
Policarpo quaresma um embate entre a utopia e a realidadeUNEB
O documento analisa a obra literária "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, e como ela representa aspectos da sociedade brasileira nos primeiros anos da República através do personagem Policarpo Quaresma. Quaresma é descrito como um patriota ingênuo que tenta contribuir para o Brasil de forma idealista, mas é ridicularizado por não entender a realidade política e social distorcida do período republicano marcado por interesses individuais e corrupção.
Relações entre ficção e história. uma breve revisão teórica (1).pdfPatrciaSousa683558
Este documento apresenta uma breve revisão teórica das relações entre ficção e história ao longo da história do pensamento ocidental. Aborda como autores como Platão, Aristóteles, Hegel, Lukács, Barthes e outros pensaram sobre as fronteiras entre o ficcional e o factual no discurso literário e como a literatura pode incorporar elementos da realidade histórica.
Histc3b3ria literc3a1ria-um-gc3aanero-em-crisePedro Lima
O documento discute a história literária como um gênero que passou por um longo período de crise desde o final do século XIX até o final do século XX. Apesar de declínio no prestígio acadêmico, a história literária continua sendo a forma predominante de estudo da literatura nas universidades e escolas. Recentemente, novas abordagens históricas têm descentralizado o cânone literário tradicional.
1) O termo "literatura" foi utilizado de forma universalizante para se referir a produções verbais de todas as épocas, mas recentemente passou a ser questionado se existia antes do século XVIII.
2) Existem duas hipóteses sobre o conceito de literatura: a tradicional que considera que os "fatos literários" existem independentemente do termo, e a nominalista que defende que surgiu no século XVIII junto com a palavra.
3) Na verdade, o termo "literatura" existe há mais de dois mil anos em latim
O documento discute as intertextualidades entre a obra Otelo, de Shakespeare, e o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Analisa como o ciúme é tratado nas duas obras e como Machado de Assis faz diálogo intertextual com Shakespeare ao abordar o tema do ciúme em seu romance, influenciado pela tragédia de Otelo. Também discute a presença da obra de Shakespeare no texto de Machado e a universalidade do sentimento de ciúme retratado nas duas obras canonais.
O documento discute a crônica brasileira e faz uma comparação entre os cronistas Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. Apresenta o contexto cultural do Rio de Janeiro na década de 1950 e características da crônica como gênero híbrido que mistura fatos e subjetividade. Temas preferenciais de Paulo Mendes Campos em suas crônicas são analisados, como a figura do brotinho e a descrição ideal de um domingo.
Este documento discute o romance Cães da Província de Luiz Antonio de Assis Brasil, que tem como protagonista o dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, conhecido como Qorpo-Santo. O resumo explora como a obra mistura ficção e história através da figura de Qorpo-Santo, questionando a verdade histórica e a construção da realidade por meio da linguagem.
Este documento discute a evolução dos termos "mimesis" e "literariedade". Mimesis foi definido por Aristóteles como imitação, mas ao longo do tempo passou a significar imitação da realidade. Já os Formalistas Russos definiram "literariedade" como aquilo que torna uma obra literária. Embora tenham origens diferentes, mimesis e literariedade compartilham o foco no objeto literário em si.
Policarpo quaresma um embate entre a utopia e a realidadeUNEB
O documento analisa a obra literária "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, e como ela representa aspectos da sociedade brasileira nos primeiros anos da República através do personagem Policarpo Quaresma. Quaresma é descrito como um patriota ingênuo que tenta contribuir para o Brasil de forma idealista, mas é ridicularizado por não entender a realidade política e social distorcida do período republicano marcado por interesses individuais e corrupção.
Relações entre ficção e história. uma breve revisão teórica (1).pdfPatrciaSousa683558
Este documento apresenta uma breve revisão teórica das relações entre ficção e história ao longo da história do pensamento ocidental. Aborda como autores como Platão, Aristóteles, Hegel, Lukács, Barthes e outros pensaram sobre as fronteiras entre o ficcional e o factual no discurso literário e como a literatura pode incorporar elementos da realidade histórica.
Histc3b3ria literc3a1ria-um-gc3aanero-em-crisePedro Lima
O documento discute a história literária como um gênero que passou por um longo período de crise desde o final do século XIX até o final do século XX. Apesar de declínio no prestígio acadêmico, a história literária continua sendo a forma predominante de estudo da literatura nas universidades e escolas. Recentemente, novas abordagens históricas têm descentralizado o cânone literário tradicional.
1) O termo "literatura" foi utilizado de forma universalizante para se referir a produções verbais de todas as épocas, mas recentemente passou a ser questionado se existia antes do século XVIII.
2) Existem duas hipóteses sobre o conceito de literatura: a tradicional que considera que os "fatos literários" existem independentemente do termo, e a nominalista que defende que surgiu no século XVIII junto com a palavra.
3) Na verdade, o termo "literatura" existe há mais de dois mil anos em latim
1) O documento discute a relação entre ficção e realidade na literatura, analisando como os conceitos de "fictício" e "imaginário" são abordados no romance "Sem Nome" de Helder Macedo.
2) A autora se concentra em um episódio do romance que envolve uma carta fictícia que descreve detalhes violentos da morte de uma personagem, ilustrando como a ficção pode se entrelaçar com a realidade.
3) Ela argumenta que os conceitos de "fictício" e "imaginário" propost
Apresentação de Slides sobre Walter Benjamin. Esses slides foram apresentados pelas alunas Caroline Rocha, Priscilla Gomes e Jessica Mendes em seminário da disciplina de Literatura Portuguesa da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Trata-se de uma espécie de resumo do livro "Para ler Banjamin", de Flávio Khote.
O documento discute vários movimentos teóricos literários, incluindo o formalismo russo, New Criticism, fenomenologia, estruturalismo, pós-estruturalismo e desconstrução. Ele descreve as principais características e ideias de cada movimento, como o foco dos formalistas na literariedade e dos estruturalistas nas estruturas subjacentes que produzem sentido.
1. A literatura é a arte da palavra e faz da palavra seu principal objeto, concedendo-lhe outras possibilidades além de seu significado usual.
2. A literatura existe para preencher os vazios que a realidade não consegue perceber.
3. Os três gêneros literários clássicos são o lírico, o épico e o dramático.
Este ensaio discute o debate contemporâneo sobre valor estético e cânone literário. O autor argumenta que tanto culturalistas quanto defensores do cânone ocidental compartilham pressupostos problemáticos sobre esses temas. Sugere repensar valor e cânone literário de forma descontinuada e reconhecendo o caráter contingente do valor estético.
Este documento é um resumo de um artigo acadêmico que analisa a obra de Machado de Assis como fonte historiográfica. O artigo compara as perspectivas de críticos como John Gledson, Roberto Schwarz e Sidney Chalhoub sobre temas como o patriarcalismo, escravidão e questões sociais do século XIX retratadas na obra de Machado. O resumo destaca como esses críticos se complementam ao analisar como a sociedade é refletida na literatura de Machado.
Este documento é um resumo de um artigo acadêmico sobre a obra de Machado de Assis. Analisa como sua obra literária aborda questões sociais do Brasil do século XIX, contrariando visões anteriores que enxergavam pouca atenção a esses temas. Compara perspectivas de diferentes críticos literários como John Gledson, Roberto Schwarz e Sidney Chalhoub sobre temas como patriarcalismo, escravidão e política no Império. Busca relacionar aspectos sociais retratados na obra de Machado com a compreens
O documento discute o conceito de literatura, seus diferentes tipos e gêneros. A literatura é definida como a arte de criar e compor textos, podendo ser poesia, prosa, ficção ou outros gêneros. Ao longo do tempo, o conceito de literatura foi alterado, passando a ser considerado também como objeto de estudo.
A representação da metrópole pós colonial n"Os versos satânicos" de Salman Ru...Erimar Cruz
1. O documento analisa a representação da metrópole pós-colonial em "Os Versos Satânicos" de Salman Rushdie, focando na construção discursiva do espaço na narrativa.
2. A pesquisa propõe uma abordagem interdisciplinar combinando análise literária com conceitos de estudos culturais, pós-coloniais e geografia simbólica para entender como o discurso colonial e pós-colonial articulam diferentes perspectivas sobre espaço na obra.
3. O estudo pretende ampliar pesquisas
O documento resume o primeiro capítulo do livro "Teoria da Literatura: uma introdução" de Terry Eagleton. O capítulo traça a história do estudo da literatura desde os séculos XVII até os pós-modernos, discutindo o cânone literário e o que define uma obra como literatura. Eagleton apresenta as principais correntes teóricas como os formalistas russos e como a definição de literatura depende da forma como o leitor lê o texto.
O documento resume o primeiro capítulo do livro "Teoria da Literatura: uma introdução" de Terry Eagleton. Nele, Eagleton traça a história do estudo da literatura desde os séculos XVII até as teorias pós-modernas, discutindo questões como o cânone literário e o que define uma obra como literatura. Ele apresenta os conceitos dos formalistas russos e como estes foram modificados pelo stalinismo e posteriormente pelo estruturalismo e pós-estruturalismo.
A formação de um topos: ficção, verdade ou mentira?
Desde a Antiguidade, a ficção foi associada à mentira devido à sua capacidade de criar ilusões de realidade através da linguagem. Isso gerou um topos em que a ficção era vista como algo falso escondido por "palavras graciosas". Ao longo do tempo, diferentes pensadores refletiram sobre a relação entre ficção e verdade de diferentes formas, deslocando o foco da dicotomia verdade/mentira para a ficção como construção linguística que o
O documento discute as perspectivas de quatro escritores brasileiros do Romantismo - Álvares de Azevedo, Castro Alves, Fagundes Varela e José de Alencar - sobre as relações entre escritores e público leitor. Os poetas expressaram visões pessimistas sobre a falta de valorização e apoio financeiro dos artistas, mas José de Alencar testemunhou uma mudança com a inserção dos escritores no sistema editorial e a figura do editor.
O documento discute o conceito de literatura, definindo-a como uma manifestação artística que recria a realidade a partir da visão do autor, utilizando a linguagem e técnicas narrativas. A literatura diferencia-se de outras artes pela matéria-prima, que é a palavra. O texto também aborda como a noção de literatura evoluiu ao longo do tempo e varia de acordo com cada época e sociedade.
1) O documento discute as formações ideológicas na cultura brasileira, especificamente a tensão entre formalismo/estruturalismo e marxismo nas décadas de 1960 e 1970.
2) Nos anos 1970, surgiu uma crise no estruturalismo e marxismo ortodoxo com a ascensão da dialética negativa e do pensamento anti-racionalista.
3) O autor argumenta que literatura e ideologia se tangenciam ao expressar a experiência intersubjetiva, porém de forma diversa, com a literatura disseminando e a ide
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaEneida da Rosa
O documento discute a forma romanesca e sua evolução histórica. Apresenta três pontos principais: 1) O romance surgiu na Inglaterra do século XVIII como gênero épico que reflete a sociedade e se opõe à epopeia antiga; 2) Personagens de romances passaram a ser vistas como indivíduos com nomes e contextos sociais particulares, ao invés de tipos; 3) O romance incorporou elementos como tempo e espaço específicos, diferentemente de outros gêneros literários.
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaEneida da Rosa
O documento discute a forma romanesca e sua evolução histórica. Apresenta três pontos principais: 1) O romance surgiu na Inglaterra do século XVIII como gênero épico que reflete a sociedade de forma individualista; 2) Personagens devem ser vistas como indivíduos particulares e não tipos, com nomes e contexto social definidos; 3) Tempo e espaço são elementos estruturais essenciais do romance para situar as personagens.
Este documento resume o livro "Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos" do historiador Reinhart Koselleck. O livro explora como os conceitos mudam ao longo do tempo e como isso afeta a percepção do passado e do futuro. Koselleck argumenta que a ideia moderna de "história" emergiu quando várias narrativas individuais se tornaram uma narrativa universal. Ele também discute como a dissolução do conceito de que a história ensina lições de vida afetou a experiência humana.
O documento fornece um resumo sobre a literatura na Idade Média, abordando tópicos como o que é literatura, gêneros literários como lírico, dramático e épico, e escolas literárias como Trovadorismo, Humanismo e Classicismo. Destaca o Trovadorismo como a escola literária dominante na Idade Média, que legitimava a nova ordem social através da poesia de amor cortês produzida e difundida por trovadores.
1) O documento discute a relação entre ficção e realidade na literatura, analisando como os conceitos de "fictício" e "imaginário" são abordados no romance "Sem Nome" de Helder Macedo.
2) A autora se concentra em um episódio do romance que envolve uma carta fictícia que descreve detalhes violentos da morte de uma personagem, ilustrando como a ficção pode se entrelaçar com a realidade.
3) Ela argumenta que os conceitos de "fictício" e "imaginário" propost
Apresentação de Slides sobre Walter Benjamin. Esses slides foram apresentados pelas alunas Caroline Rocha, Priscilla Gomes e Jessica Mendes em seminário da disciplina de Literatura Portuguesa da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Trata-se de uma espécie de resumo do livro "Para ler Banjamin", de Flávio Khote.
O documento discute vários movimentos teóricos literários, incluindo o formalismo russo, New Criticism, fenomenologia, estruturalismo, pós-estruturalismo e desconstrução. Ele descreve as principais características e ideias de cada movimento, como o foco dos formalistas na literariedade e dos estruturalistas nas estruturas subjacentes que produzem sentido.
1. A literatura é a arte da palavra e faz da palavra seu principal objeto, concedendo-lhe outras possibilidades além de seu significado usual.
2. A literatura existe para preencher os vazios que a realidade não consegue perceber.
3. Os três gêneros literários clássicos são o lírico, o épico e o dramático.
Este ensaio discute o debate contemporâneo sobre valor estético e cânone literário. O autor argumenta que tanto culturalistas quanto defensores do cânone ocidental compartilham pressupostos problemáticos sobre esses temas. Sugere repensar valor e cânone literário de forma descontinuada e reconhecendo o caráter contingente do valor estético.
Este documento é um resumo de um artigo acadêmico que analisa a obra de Machado de Assis como fonte historiográfica. O artigo compara as perspectivas de críticos como John Gledson, Roberto Schwarz e Sidney Chalhoub sobre temas como o patriarcalismo, escravidão e questões sociais do século XIX retratadas na obra de Machado. O resumo destaca como esses críticos se complementam ao analisar como a sociedade é refletida na literatura de Machado.
Este documento é um resumo de um artigo acadêmico sobre a obra de Machado de Assis. Analisa como sua obra literária aborda questões sociais do Brasil do século XIX, contrariando visões anteriores que enxergavam pouca atenção a esses temas. Compara perspectivas de diferentes críticos literários como John Gledson, Roberto Schwarz e Sidney Chalhoub sobre temas como patriarcalismo, escravidão e política no Império. Busca relacionar aspectos sociais retratados na obra de Machado com a compreens
O documento discute o conceito de literatura, seus diferentes tipos e gêneros. A literatura é definida como a arte de criar e compor textos, podendo ser poesia, prosa, ficção ou outros gêneros. Ao longo do tempo, o conceito de literatura foi alterado, passando a ser considerado também como objeto de estudo.
A representação da metrópole pós colonial n"Os versos satânicos" de Salman Ru...Erimar Cruz
1. O documento analisa a representação da metrópole pós-colonial em "Os Versos Satânicos" de Salman Rushdie, focando na construção discursiva do espaço na narrativa.
2. A pesquisa propõe uma abordagem interdisciplinar combinando análise literária com conceitos de estudos culturais, pós-coloniais e geografia simbólica para entender como o discurso colonial e pós-colonial articulam diferentes perspectivas sobre espaço na obra.
3. O estudo pretende ampliar pesquisas
O documento resume o primeiro capítulo do livro "Teoria da Literatura: uma introdução" de Terry Eagleton. O capítulo traça a história do estudo da literatura desde os séculos XVII até os pós-modernos, discutindo o cânone literário e o que define uma obra como literatura. Eagleton apresenta as principais correntes teóricas como os formalistas russos e como a definição de literatura depende da forma como o leitor lê o texto.
O documento resume o primeiro capítulo do livro "Teoria da Literatura: uma introdução" de Terry Eagleton. Nele, Eagleton traça a história do estudo da literatura desde os séculos XVII até as teorias pós-modernas, discutindo questões como o cânone literário e o que define uma obra como literatura. Ele apresenta os conceitos dos formalistas russos e como estes foram modificados pelo stalinismo e posteriormente pelo estruturalismo e pós-estruturalismo.
A formação de um topos: ficção, verdade ou mentira?
Desde a Antiguidade, a ficção foi associada à mentira devido à sua capacidade de criar ilusões de realidade através da linguagem. Isso gerou um topos em que a ficção era vista como algo falso escondido por "palavras graciosas". Ao longo do tempo, diferentes pensadores refletiram sobre a relação entre ficção e verdade de diferentes formas, deslocando o foco da dicotomia verdade/mentira para a ficção como construção linguística que o
O documento discute as perspectivas de quatro escritores brasileiros do Romantismo - Álvares de Azevedo, Castro Alves, Fagundes Varela e José de Alencar - sobre as relações entre escritores e público leitor. Os poetas expressaram visões pessimistas sobre a falta de valorização e apoio financeiro dos artistas, mas José de Alencar testemunhou uma mudança com a inserção dos escritores no sistema editorial e a figura do editor.
O documento discute o conceito de literatura, definindo-a como uma manifestação artística que recria a realidade a partir da visão do autor, utilizando a linguagem e técnicas narrativas. A literatura diferencia-se de outras artes pela matéria-prima, que é a palavra. O texto também aborda como a noção de literatura evoluiu ao longo do tempo e varia de acordo com cada época e sociedade.
1) O documento discute as formações ideológicas na cultura brasileira, especificamente a tensão entre formalismo/estruturalismo e marxismo nas décadas de 1960 e 1970.
2) Nos anos 1970, surgiu uma crise no estruturalismo e marxismo ortodoxo com a ascensão da dialética negativa e do pensamento anti-racionalista.
3) O autor argumenta que literatura e ideologia se tangenciam ao expressar a experiência intersubjetiva, porém de forma diversa, com a literatura disseminando e a ide
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaEneida da Rosa
O documento discute a forma romanesca e sua evolução histórica. Apresenta três pontos principais: 1) O romance surgiu na Inglaterra do século XVIII como gênero épico que reflete a sociedade e se opõe à epopeia antiga; 2) Personagens de romances passaram a ser vistas como indivíduos com nomes e contextos sociais particulares, ao invés de tipos; 3) O romance incorporou elementos como tempo e espaço específicos, diferentemente de outros gêneros literários.
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaEneida da Rosa
O documento discute a forma romanesca e sua evolução histórica. Apresenta três pontos principais: 1) O romance surgiu na Inglaterra do século XVIII como gênero épico que reflete a sociedade de forma individualista; 2) Personagens devem ser vistas como indivíduos particulares e não tipos, com nomes e contexto social definidos; 3) Tempo e espaço são elementos estruturais essenciais do romance para situar as personagens.
Este documento resume o livro "Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos" do historiador Reinhart Koselleck. O livro explora como os conceitos mudam ao longo do tempo e como isso afeta a percepção do passado e do futuro. Koselleck argumenta que a ideia moderna de "história" emergiu quando várias narrativas individuais se tornaram uma narrativa universal. Ele também discute como a dissolução do conceito de que a história ensina lições de vida afetou a experiência humana.
O documento fornece um resumo sobre a literatura na Idade Média, abordando tópicos como o que é literatura, gêneros literários como lírico, dramático e épico, e escolas literárias como Trovadorismo, Humanismo e Classicismo. Destaca o Trovadorismo como a escola literária dominante na Idade Média, que legitimava a nova ordem social através da poesia de amor cortês produzida e difundida por trovadores.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
LUIZ COSTA LIMA.pdf
1. 297
Itinerários, Araraquara, n. 25, 297-299, 2007
QUESTÕES DE HISTÓRIA E DE LITERATURA
Emerson Calil ROSSETTI1
LIMA, Luiz Costa. História. Ficção. Literatura. São Paulo: Companhia das
Letras, 2006.
Em História. Ficção. Literatura, o teórico Luiz Costa Lima propõe reflexões
de grande importância sobre questões que, ao longo do tempo, têm ocupado os
estudiosos. Dividido em três seções (“Seção A: A escrita da História”; “Seção B:
A Ficção”; “Seção C: A Literatura”), já no Prefácio o livro apresenta os problemas
que ocupam lugar central no desenvolvimento do trabalho: o discurso poético e
o discurso histórico, tomando como primeiras referências sobretudo as obras de
Homero, Heródoto e Tucídides. O crítico afirma que a escrita da História está
inevitavelmente subordinada ao ponto de vista que precede sua compreensão e
tem por aporia a verdade do que houve, ao passo que no discurso ficcional não se
postula uma verdade. Tais considerações, no entanto, não perdem de vista o fato
de que, em qualquer discurso, é preciso considerar a maneira como a realidade é
verbalmente trabalhada.
Na “Seção A: A escrita da História”, o autor ressalta que Heródoto e
Tucídides não são propriamente o princípio da escrita da História, mas os primeiros
historiadores de quem possuímos os textos integrais. Sobre eles, aliás, fica evidente
no texto de Costa Lima que, se são herdeiros da tradição narrativa épica, também
desenvolvem o projeto histórico presente nos poemas homéricos, cujas bases,
inclusive, eram atacadas por esses historiadores.
O juízo crítico do teórico a respeito da obra de Heródoto ressalta que o
historiador “[...] tinha o cuidado de não confundir o que pensava com o que lhe
haviam dito, ora recusando o que registrava, ora declarando haver outras opiniões,
ora dando seu endosso.” (LIMA, 2006, p.52). E conclui seu julgamento alegando
que uma figura assim deslizante não poderia ser passível de absoluta confiança em
relação ao que se exigia de um historiador.
Costa Lima também considera o modo como se acentua, na obra de Tucídides,
a solidificação da via aporética. Desse modo, enquanto em Heródoto a História é
registro de versões sobre um determinado acontecimento, em Tucídides é rigorosa
acribia, mais legítimo registro do que houve e, de caráter utilitário, como um
1
FIRA – Faculdades Integradas Regionais de Avaré – Departamento de Letras. Avaré – SP – Brasil.
18700-902 – emersonrossetti@ig.com.br.
2. 298 Itinerários, Araraquara, n. 25, 297-299, 2007
Emerson Calil Rossetti
patrimônio, sua perenidade resultaria numa escrita de proveito para as futuras
gerações.
Quanto à completa fidelidade em relação aos eventos, Costa Lima se coloca
de maneira bastante objetiva, afirmando que, por sermos criaturas históricas, é
impossível não sermos parciais. E, colocando-se criticamente contra o pensamento
positivista, afirma: “A exatidão é muitas vezes sinônimo de superficialidade”
(LIMA, 2006, p.95).
E se a querela entre História e Ficção é de longa data, o teórico ilumina a
questão: para ele, um mesmo fenômeno pode dar lugar a diferentes tipos de
tratamento e cada tipo de saber pode transformar a “história crua” segundo critérios
bem diversos. Sendo assim, a História sempre manteria uma face obscura, um lado
não indagado. Quanto à ficção, “suspendendo a indagação da verdade, se isenta
de mentir” (LIMA, 2006, p.156). Em outras palavras, o relato absolutamente
transparente do que houve, pretendido pelo historiador, não é possível, pois a
verdade historiográfica está condicionada à intervenção do julgamento de um
agente que interpreta os fatos e estabelece critérios para a realização de sua tarefa.
Na “Seção B: A Ficção”, a Ilíada é apontada como realização que simboliza
o ápice da tradição épica, ao passo que a Odisséia é relacionada ao início de
sua decadência. Essa transformação que se verifica de uma obra para outra seria
motivada por uma progressiva perda da “[...] dignidade histórica dos feitos dos
heróis e o conseqüente destaque da cena privada.” (LIMA, 2006, p.173). Dito de
outro modo, a decadência do gênero épico assim compreendida é mensurada pelo
grau de interesse da epopéia pela História. E em virtude de tal decadência, a poesia,
cujo estatuto teórico era até então bastante precário, começa a tematizar-se a si
própria.
De acordo com Costa Lima (2006), se a tragédia e a sofística supunham a
falência do mito, a nova organização política grega acaba por conferir outro
papel à palavra: esta, meio de expressão para se contarem histórias (entendidas
como coisas não verdadeiras), reforça a desconfiança a respeito da ficção. Pois a
sofística, desestabilizando a palavra, faz cair por terra a crença de que o lógos era
uma garantia da verdade. Além disso, o poeta, que fora uma espécie de mestre da
verdade no distante período micênico, já havia perdido essa condição no auge da
épica. Recorrendo à preocupação rigorosa com as fontes de pesquisa, o teórico
acrescenta: “À palavra da sabedoria, reservada ao filósofo, há a palavra apenas de
encanto e embuste: a que se realiza pela mímesis.” (LIMA, 2006, p.181).
Dessa maneira, é somente com a Poética de Aristóteles que, conforme o
crítico, confere-se novo alento às discussões sobre o estatuto da palavra poética. E
como não poderia deixar de ser, o ensaísta procede a uma longa reflexão acerca de
conceitos como catarse e mímesis, fundamentais para a compreensão das questões
debatidas no livro, além de elementos centrais nas preocupações do teórico.
3. 299
Itinerários, Araraquara, n. 25, 297-299, 2007
Questões de história e literatura
Costa Lima adverte que fictio, termo de origem latina e não utilizado por
Aristóteles em seu tratado, tinha tanto a acepção negativa de embuste quanto o
significadopositivodeatodecriação.Enemmesmonosentidopositivoéconsiderado
equivalente de mímesis, embora seja também articulado pela imaginação. O autor,
neste ponto, esclarece que a mímesis é “[...] a viga que acolhe e seleciona os valores
da sociedade e os converte em vias de orientação que circulam em suas obras [...]”,
ao passo que a ficção “diz da característica discursiva de tais textos” (LIMA,
2006, p.206). O que quer dizer que a mímesis se realiza ou se concretiza a partir da
vigência social de determinados valores e costumes, nutrindo-se da matéria-prima
da sociedade, explorando-a. Para Costa Lima, então, a ficção é um modo discursivo
ou uma modalidade do uso da linguagem. E a relação da ficção poética com a
verdade não é a proximidade com a realidade, mas a abertura de caminhos para o
que está sob ela: o real. Sendo assim, “O ficcional literário incorpora, ainda que de
maneira velada ou esotérica, parcelas da realidade.” (LIMA, 2006, p.282).
Na “Seção C: A Literatura”, Luiz Costa Lima apresenta importantes
considerações sobre a concepção de belas-letras e a vigência moderna do termo
“literatura”. Para tanto, se vale de escritos de Schlegel, Mme. de Staël, René de
Chateaubriand, Marcel Proust e Paul Valéry.
Posteriormente, o teórico trata das “formas híbridas”, textos que mesclam
documento e literatura, apresentando breve e eficiente análise do romance
Memórias do cárcere como exemplo dessa modalidade. Segundo o ensaísta, esta
obra de Graciliano Ramos pertence à forma híbrida “[...] porque reconhece que o
documento não exaure o que a configuração verbal admite.” (LIMA, 2006, p.364).
Finalmente, empreende-se uma análise de Os sertões, na qual Costa Lima
exercita plenamente e com grande clareza os conceitos apresentados e debatidos ao
longo do livro, fazendo uma leitura crítica da obra de Euclides da Cunha segundo
os parâmetros que presidem os estudos da História e do romance.
História. Ficção. Literatura, obra hermética se submetida a um julgamento
primário, revela-se uma leitura imprescindível aos que se interessam por poesia e
História, sobretudo em virtude da escassez de documentos dessa estatura entre as
produções acadêmicas.
Contra o argumento que pode acusar o excesso de teoria, deve-se ressaltar que
nenhum conceito (ou recorrência a reflexões de outros estudiosos que se dedicaram
ao assunto) é gratuito; ao contrário, todos os debates propostos são acompanhados
de análises de obras de grande expressão no cenário da cultura ocidental. Em toda
a abordagem do livro, a homologia entre teoria e prática se encarrega, portanto, de
tornar mais claras polêmicas que poucos estudiosos seriam capazes de apresentar
de modo tão denso e objetivo.