Este documento é um resumo de três parágrafos do conto "Um Artista da Fome" de Franz Kafka. Ele descreve a vida de um artista da fome profissional que se exibia em jaulas para entreter o público com jejuns prolongados. O documento detalha como o artista se sentia insatisfeito com sua profissão apesar da admiração do público, e como o empresário às vezes distorcia a verdade sobre seus jejuns para vender mais ingressos.
- O trabalho "A Culinária Bahiana", do Prof. Manoel Querino, analisa as influências lusitana, indígena e africana na culinária da Bahia, mostrando seus traços característicos.
- O Prof. Bernardino de Souza elogia o trabalho por abordar um tema importante e negligenciado sobre a geografia da alimentação.
- Estudos sobre alimentação, habitação e vestuário são fundamentais para a geografia econômica e compreensão das culturas, conforme teóricos franceses.
Este resumo descreve uma reunião familiar no Sobrado dos Cambarás durante a Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul. Maria Valéria recebe visitas de Vanja, que chora pela morte de uma personagem de folhetim, e do Coronel Barbalho, que garante a segurança da família. À noite, os Carbone e Roque Bandeira aparecem para conversar sobre a revolução.
O documento é um resumo de três contos de Dostoievski, incluindo "O Subsolo". O conto descreve um homem doente que vive em Petersburgo e se sente incapaz de ser bom ou mau. Ele se tortura por sua consciência aguda e deseja ser um inseto para escapar de sua mente.
Nina caminhava em direção ao Cedro carregando documentos importantes que poderiam destruir a carreira política de Ambrósio, seu inimigo. Ela planejava revelar esses documentos publicamente para se vingar dele e provar que ainda era virgem, apesar das fofocas. No passado, Ambrósio a culpou injustamente pela traição da esposa dele. Agora, Nina queria se vingar e limpar seu nome.
A autora se prepara para uma viagem à Síria fazendo compras de roupas adequadas ao clima quente. Ela enfrenta dificuldades para encontrar peças que sejam confortáveis e práticas para escavações arqueológicas, além de caberem em seu tamanho atual. Após visitar diferentes departamentos de uma loja, acaba encontrando saias e blusas de Shantung, típicas do estilo colonial inglês, que atenderão às suas necessidades.
Este documento resume um capítulo de um livro que descreve uma reunião social na casa de Rodrigo Cambará. Rodrigo prepara comida e bebidas para seus convidados, incluindo caviar e champanha. Ele discute com sua tia Maria Valéria sobre modernizar a casa de seu pai. A reunião começa com conversas animadas entre os convidados sobre política e sociologia.
1) O autor apresenta a história dos molhos desde os tempos primitivos, quando técnicas de conservação de alimentos foram desenvolvidas.
2) Ele descreve como os primeiros livros de gastronomia gregos, no século V a.C., começaram a documentar receitas de molhos.
3) O livro detalha a classificação dos molhos em categorias, começando por essências básicas e molhos-matriz antes de explicar diversos tipos de molhos.
Este documento apresenta um resumo de três contos de Dostoievski traduzidos para o português por Ruth Guimarães e publicados pela editora Edições de Ouro em 1970. O primeiro conto resumido é "O Subsolo", que descreve as reflexões de um homem insatisfeito consigo mesmo sobre sua vida e consciência.
- O trabalho "A Culinária Bahiana", do Prof. Manoel Querino, analisa as influências lusitana, indígena e africana na culinária da Bahia, mostrando seus traços característicos.
- O Prof. Bernardino de Souza elogia o trabalho por abordar um tema importante e negligenciado sobre a geografia da alimentação.
- Estudos sobre alimentação, habitação e vestuário são fundamentais para a geografia econômica e compreensão das culturas, conforme teóricos franceses.
Este resumo descreve uma reunião familiar no Sobrado dos Cambarás durante a Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul. Maria Valéria recebe visitas de Vanja, que chora pela morte de uma personagem de folhetim, e do Coronel Barbalho, que garante a segurança da família. À noite, os Carbone e Roque Bandeira aparecem para conversar sobre a revolução.
O documento é um resumo de três contos de Dostoievski, incluindo "O Subsolo". O conto descreve um homem doente que vive em Petersburgo e se sente incapaz de ser bom ou mau. Ele se tortura por sua consciência aguda e deseja ser um inseto para escapar de sua mente.
Nina caminhava em direção ao Cedro carregando documentos importantes que poderiam destruir a carreira política de Ambrósio, seu inimigo. Ela planejava revelar esses documentos publicamente para se vingar dele e provar que ainda era virgem, apesar das fofocas. No passado, Ambrósio a culpou injustamente pela traição da esposa dele. Agora, Nina queria se vingar e limpar seu nome.
A autora se prepara para uma viagem à Síria fazendo compras de roupas adequadas ao clima quente. Ela enfrenta dificuldades para encontrar peças que sejam confortáveis e práticas para escavações arqueológicas, além de caberem em seu tamanho atual. Após visitar diferentes departamentos de uma loja, acaba encontrando saias e blusas de Shantung, típicas do estilo colonial inglês, que atenderão às suas necessidades.
Este documento resume um capítulo de um livro que descreve uma reunião social na casa de Rodrigo Cambará. Rodrigo prepara comida e bebidas para seus convidados, incluindo caviar e champanha. Ele discute com sua tia Maria Valéria sobre modernizar a casa de seu pai. A reunião começa com conversas animadas entre os convidados sobre política e sociologia.
1) O autor apresenta a história dos molhos desde os tempos primitivos, quando técnicas de conservação de alimentos foram desenvolvidas.
2) Ele descreve como os primeiros livros de gastronomia gregos, no século V a.C., começaram a documentar receitas de molhos.
3) O livro detalha a classificação dos molhos em categorias, começando por essências básicas e molhos-matriz antes de explicar diversos tipos de molhos.
Este documento apresenta um resumo de três contos de Dostoievski traduzidos para o português por Ruth Guimarães e publicados pela editora Edições de Ouro em 1970. O primeiro conto resumido é "O Subsolo", que descreve as reflexões de um homem insatisfeito consigo mesmo sobre sua vida e consciência.
Miss Marple está de férias no Caribe, ouvindo as histórias de um Major sobre sua vida no Quênia. Enquanto isso, ela reflete sobre como seu sobrinho Raymond a convenceu a sair de sua pacata vida no campo para esta viagem, e sobre como os livros modernos que ele manda parecem glorificar o sexo sem amor.
O coronel Caetano surpreende sua esposa com outro homem e mata os dois em um acesso de fúria. Ele expulsa a esposa e passa os meses seguintes se entregando ao álcool e mulheres, até que decide trazer a esposa de volta, alegando que já está acostumado com ela.
A avó de Abraham conta a lenda de Jusef Sardu, um gigante polonês que sofria de uma doença que o deixava muito alto e fraco. Sardu acompanhou seu pai e tios em uma caçada na Romênia, mas todos foram mortos dentro de uma caverna por uma criatura desconhecida. Anos depois, Sardu retornou mudado e passou a assombrar a aldeia à noite, enquanto crianças começavam a desaparecer misteriosamente.
O documento é um conto de Machado de Assis sobre um deputado chamado Cordovil que reflete sobre a morte após saber que um inimigo político morreu. Ele imagina cenários de uma morte repentina para si mesmo e conclui que preferiria uma morte rápida e indolor a uma longa doença.
Este documento fornece uma breve biografia de Manuel da Graça desde o seu nascimento em 1949 na cidade de Portalegre, Portugal. Ele cresceu em uma propriedade rural onde aprendeu sobre agricultura e desenvolveu uma paixão por vinho. Aos 14 anos começou a frequentar bailes locais e aprendeu a dançar e fumar. Aos 30 anos, ele aceitou que era alcoólatra e se internou voluntariamente em um centro de tratamento.
Este documento é um resumo de três parágrafos do livro "O Arquipélago" de Érico Veríssimo. Describe uma cena em que Rodrigo Cambará tem um ataque cardíaco à noite e sua família chama o Dr. Camerino para ajudar. Rodrigo sente que está sufocando e tem medo de morrer sozinho. Quando o Dr. Camerino chega, ele teme que seja outro ataque cardíaco.
O documento resume os principais capítulos do livro "Abusado" de Caco Barcelos, contando a história do traficante Juliano VP e sua ascensão no morro da Santa Marta no Rio de Janeiro ao longo de três partes com 38 capítulos no total.
O autor descreve um jantar romântico entre Carolina e Artur que parece estar indo mal. Artur parece querer terminar o relacionamento, mas hesita em explicar o motivo. O autor especula sobre a história deles, como Carolina tomou a iniciativa mais vezes e escolheu Artur, mas agora ele parece querer se afastar.
O documento descreve o encontro de Garcia com Fortunato, que socorreu um homem ferido em sua casa. Apesar de seu ato de bondade, Fortunato tratou o homem de forma rude quando ele foi agradecer. Mais tarde, Garcia descobre que Fortunato se casou com a doce Maria Luísa, porém parece haver desarmonia no casamento. Fortunato sugere que eles abram uma casa de saúde juntos.
O documento descreve a evolução psicológica do personagem Batola ao longo do conto. Inicialmente, ele é preguiçoso e dorme até tarde, mas com a guerra passa a acordar mais cedo e conversar com os clientes, tornando-se mais ativo. A telefonia é importante para os aldeões pois lhes traz notícias e entretenimento, rompendo a solidão do local. A expressão "iam ser, outra vez, o rebanho" sugere que os homens se sentiam como animais, levados apenas pelas tarefas diárias
Sarah morgan artimanhas do destino -autora otimaLENI TORRES
1) A história se passa em um bar onde Jessie canta para sobreviver. Ela planeja escapar de homens perigosos que vieram atrás dela.
2) Silvio observa Jessie no palco e se sente culpado por como sua vida se tornou difícil.
3) Jessie enfrenta os homens no beco atrás do bar e os ataca para escapar.
Este documento apresenta receitas típicas da culinária de comunidades rurais reunidas em assentamentos coletivos no Rio Grande do Sul. Inclui receitas doces como bolo de nata, bolacha caseira e sequilhos, e salgadas como pão de queijo e massa de pastel. As receitas foram fornecidas por clubes de mães das comunidades e representam pratos tradicionais consumidos no cotidiano e em celebrações.
O documento descreve a lenda de Manuel do Riachão, um misterioso violeiro e improvisador do folclore nordestino. Durante uma festa de São João, Manuel do Riachão aparece e desafia os cantadores locais para uma disputa poética e musical, derrotando todos os que o enfrentam com sua habilidade na viola e no verso.
1) O documento apresenta resumos de 16 contos escritos por Machado de Assis, incluindo temas, características e detalhes narrativos de cada conto;
2) Os contos abordam temas como triângulos amorosos, impossibilidade humana diante do destino, vícios, virtudes, puberdade e comportamento humano;
3) O estilo de Machado de Assis se caracteriza pelo humor, ironia e crítica social presentes nos contos.
O documento é um relato nostálgico sobre o "tempo do onça", descrevendo memórias e aspectos culturais de uma época passada no Brasil, como casas comerciais, transporte público, esporte, música, moda, tecnologia, política e medicamentos. O narrador lista detalhadamente itens, locais e acontecimentos que faziam parte de seu tempo distante, expressando saudade de uma época que não voltará.
capítulos 1 e 2 de "O Bicho-da-Seda" escrito por J. K. Rowling sob o pseudônimo Robert Galbraith e publicado pela editora Rocco com lançamento previsto para o dia 10 de novembro
O capítulo descreve a noite de V. após se alimentar. Ele reflete sobre seu vício em controlar os outros através de sessões sadomasoquistas em seu loft, onde mantém equipamentos para tortura. Uma fêmea chega e ele planeja uma sessão dolorosa com ela, se alimentando dela ao fim.
O Fio da Navalha de William Maugham realizado por Constança Branco12anogolega
Este documento resume o enredo do livro "O Fio da Navalha" de William Somerset Maugham. Conta a história de Larry Darrel, um homem que volta da guerra mudado e quer viver uma vida de busca espiritual em vez de seguir o caminho tradicional de casamento e trabalho. Após romper o noivado com Isabel, Larry viaja pela Europa e Índia em busca de respostas, enquanto Isabel casa com outro homem. No final, Larry encontra a paz que procurava.
O documento resume o filme "O Nome da Rosa", baseado no livro de mesmo nome de Umberto Eco. O filme se passa em um mosteiro na Idade Média onde ocorrem assassinatos misteriosos. O monge William de Baskerville investiga os crimes enquanto evita o Inquisidor Bernardo Gui. O documento também fornece detalhes sobre a produção, elenco e sinopse do filme.
- O homem estrangula e enforca seu gato Plutão em um acesso de raiva, sentindo remorso em seguida. Ele depois adota um novo gato preto com uma mancha branca que lhe lembra Plutão.
- O homem passa a sentir aversão pelo novo gato à medida que a mancha branca vai ganhando a forma de uma forca. Ele assassina sua esposa com uma machadinha durante uma discussão.
- Ao tentar esconder o corpo, o homem é delatado pelo miado do gato preso dentro
O documento resume o filme "O Nome da Rosa", baseado no livro de mesmo nome de Umberto Eco. O filme se passa em um mosteiro na Idade Média onde ocorrem assassinatos misteriosos. O monge William de Baskerville investiga os crimes enquanto evita o Inquisidor Bernardo Gui. O documento também fornece detalhes sobre a produção, elenco e biografias dos atores principais Sean Connery e Christian Slater.
O filme retrata investigações de mortes misteriosas em um mosteiro na Idade Média, onde monges eram encontrados com dedos e línguas roxas. Um monge franciscano usa a razão e a ciência para solucionar os crimes, desagradando a Igreja e a Inquisição, que queriam manter o poder absoluto e cercear o conhecimento.
Miss Marple está de férias no Caribe, ouvindo as histórias de um Major sobre sua vida no Quênia. Enquanto isso, ela reflete sobre como seu sobrinho Raymond a convenceu a sair de sua pacata vida no campo para esta viagem, e sobre como os livros modernos que ele manda parecem glorificar o sexo sem amor.
O coronel Caetano surpreende sua esposa com outro homem e mata os dois em um acesso de fúria. Ele expulsa a esposa e passa os meses seguintes se entregando ao álcool e mulheres, até que decide trazer a esposa de volta, alegando que já está acostumado com ela.
A avó de Abraham conta a lenda de Jusef Sardu, um gigante polonês que sofria de uma doença que o deixava muito alto e fraco. Sardu acompanhou seu pai e tios em uma caçada na Romênia, mas todos foram mortos dentro de uma caverna por uma criatura desconhecida. Anos depois, Sardu retornou mudado e passou a assombrar a aldeia à noite, enquanto crianças começavam a desaparecer misteriosamente.
O documento é um conto de Machado de Assis sobre um deputado chamado Cordovil que reflete sobre a morte após saber que um inimigo político morreu. Ele imagina cenários de uma morte repentina para si mesmo e conclui que preferiria uma morte rápida e indolor a uma longa doença.
Este documento fornece uma breve biografia de Manuel da Graça desde o seu nascimento em 1949 na cidade de Portalegre, Portugal. Ele cresceu em uma propriedade rural onde aprendeu sobre agricultura e desenvolveu uma paixão por vinho. Aos 14 anos começou a frequentar bailes locais e aprendeu a dançar e fumar. Aos 30 anos, ele aceitou que era alcoólatra e se internou voluntariamente em um centro de tratamento.
Este documento é um resumo de três parágrafos do livro "O Arquipélago" de Érico Veríssimo. Describe uma cena em que Rodrigo Cambará tem um ataque cardíaco à noite e sua família chama o Dr. Camerino para ajudar. Rodrigo sente que está sufocando e tem medo de morrer sozinho. Quando o Dr. Camerino chega, ele teme que seja outro ataque cardíaco.
O documento resume os principais capítulos do livro "Abusado" de Caco Barcelos, contando a história do traficante Juliano VP e sua ascensão no morro da Santa Marta no Rio de Janeiro ao longo de três partes com 38 capítulos no total.
O autor descreve um jantar romântico entre Carolina e Artur que parece estar indo mal. Artur parece querer terminar o relacionamento, mas hesita em explicar o motivo. O autor especula sobre a história deles, como Carolina tomou a iniciativa mais vezes e escolheu Artur, mas agora ele parece querer se afastar.
O documento descreve o encontro de Garcia com Fortunato, que socorreu um homem ferido em sua casa. Apesar de seu ato de bondade, Fortunato tratou o homem de forma rude quando ele foi agradecer. Mais tarde, Garcia descobre que Fortunato se casou com a doce Maria Luísa, porém parece haver desarmonia no casamento. Fortunato sugere que eles abram uma casa de saúde juntos.
O documento descreve a evolução psicológica do personagem Batola ao longo do conto. Inicialmente, ele é preguiçoso e dorme até tarde, mas com a guerra passa a acordar mais cedo e conversar com os clientes, tornando-se mais ativo. A telefonia é importante para os aldeões pois lhes traz notícias e entretenimento, rompendo a solidão do local. A expressão "iam ser, outra vez, o rebanho" sugere que os homens se sentiam como animais, levados apenas pelas tarefas diárias
Sarah morgan artimanhas do destino -autora otimaLENI TORRES
1) A história se passa em um bar onde Jessie canta para sobreviver. Ela planeja escapar de homens perigosos que vieram atrás dela.
2) Silvio observa Jessie no palco e se sente culpado por como sua vida se tornou difícil.
3) Jessie enfrenta os homens no beco atrás do bar e os ataca para escapar.
Este documento apresenta receitas típicas da culinária de comunidades rurais reunidas em assentamentos coletivos no Rio Grande do Sul. Inclui receitas doces como bolo de nata, bolacha caseira e sequilhos, e salgadas como pão de queijo e massa de pastel. As receitas foram fornecidas por clubes de mães das comunidades e representam pratos tradicionais consumidos no cotidiano e em celebrações.
O documento descreve a lenda de Manuel do Riachão, um misterioso violeiro e improvisador do folclore nordestino. Durante uma festa de São João, Manuel do Riachão aparece e desafia os cantadores locais para uma disputa poética e musical, derrotando todos os que o enfrentam com sua habilidade na viola e no verso.
1) O documento apresenta resumos de 16 contos escritos por Machado de Assis, incluindo temas, características e detalhes narrativos de cada conto;
2) Os contos abordam temas como triângulos amorosos, impossibilidade humana diante do destino, vícios, virtudes, puberdade e comportamento humano;
3) O estilo de Machado de Assis se caracteriza pelo humor, ironia e crítica social presentes nos contos.
O documento é um relato nostálgico sobre o "tempo do onça", descrevendo memórias e aspectos culturais de uma época passada no Brasil, como casas comerciais, transporte público, esporte, música, moda, tecnologia, política e medicamentos. O narrador lista detalhadamente itens, locais e acontecimentos que faziam parte de seu tempo distante, expressando saudade de uma época que não voltará.
capítulos 1 e 2 de "O Bicho-da-Seda" escrito por J. K. Rowling sob o pseudônimo Robert Galbraith e publicado pela editora Rocco com lançamento previsto para o dia 10 de novembro
O capítulo descreve a noite de V. após se alimentar. Ele reflete sobre seu vício em controlar os outros através de sessões sadomasoquistas em seu loft, onde mantém equipamentos para tortura. Uma fêmea chega e ele planeja uma sessão dolorosa com ela, se alimentando dela ao fim.
O Fio da Navalha de William Maugham realizado por Constança Branco12anogolega
Este documento resume o enredo do livro "O Fio da Navalha" de William Somerset Maugham. Conta a história de Larry Darrel, um homem que volta da guerra mudado e quer viver uma vida de busca espiritual em vez de seguir o caminho tradicional de casamento e trabalho. Após romper o noivado com Isabel, Larry viaja pela Europa e Índia em busca de respostas, enquanto Isabel casa com outro homem. No final, Larry encontra a paz que procurava.
O documento resume o filme "O Nome da Rosa", baseado no livro de mesmo nome de Umberto Eco. O filme se passa em um mosteiro na Idade Média onde ocorrem assassinatos misteriosos. O monge William de Baskerville investiga os crimes enquanto evita o Inquisidor Bernardo Gui. O documento também fornece detalhes sobre a produção, elenco e sinopse do filme.
- O homem estrangula e enforca seu gato Plutão em um acesso de raiva, sentindo remorso em seguida. Ele depois adota um novo gato preto com uma mancha branca que lhe lembra Plutão.
- O homem passa a sentir aversão pelo novo gato à medida que a mancha branca vai ganhando a forma de uma forca. Ele assassina sua esposa com uma machadinha durante uma discussão.
- Ao tentar esconder o corpo, o homem é delatado pelo miado do gato preso dentro
O documento resume o filme "O Nome da Rosa", baseado no livro de mesmo nome de Umberto Eco. O filme se passa em um mosteiro na Idade Média onde ocorrem assassinatos misteriosos. O monge William de Baskerville investiga os crimes enquanto evita o Inquisidor Bernardo Gui. O documento também fornece detalhes sobre a produção, elenco e biografias dos atores principais Sean Connery e Christian Slater.
O filme retrata investigações de mortes misteriosas em um mosteiro na Idade Média, onde monges eram encontrados com dedos e línguas roxas. Um monge franciscano usa a razão e a ciência para solucionar os crimes, desagradando a Igreja e a Inquisição, que queriam manter o poder absoluto e cercear o conhecimento.
O documento discute a história de um artista que jejuava como forma de arte e faz uma proposta para que as pessoas "jejuem" de seus gostos artísticos habituais por um tempo para explorar novos estilos e ampliar seus horizontes culturais. A proposta tem como objetivo que as pessoas deixem de ouvir apenas um estilo musical ou ler apenas um tipo de livro por um período para encontrar novos gostos artísticos.
1) O documento analisa a antologia de poemas de Claudia Roquette-Pinto, explorando temas como dualidade entre corpo e alma, deformidade e poesia.
2) A autora utiliza recursos como versificação livre e vocabulário inesperado para singularizar sua voz poética e questionar significados estabelecidos.
3) Os poemas sugerem uma mística inspirada em filosofias e religiões milenares, com referências sutis a temas como o tarô e a ópera Carmen.
Neste documento, é apresentado o resumo do livro "O Cão dos Baskerville" de Arthur Conan Doyle. O resumo descreve que Sherlock Holmes é contratado para investigar a morte de Sir Charles Baskerville e descobre que o sobrinho de Sir Charles, Jack Stapleton, estava por trás dos crimes ao usar um cão para assustar as vítimas até a morte para obter a herança. O resumo fornece detalhes adicionais sobre as personagens e os eventos-chave do enredo.
Este documento resume um relatório de apresentação de livros feito por uma estudante do 12o ano sobre o livro "O Perfume", de Patrick Suskind. Apresenta informações sobre o autor, a sinopse da história, que gira em torno da busca de Grenouille pelo perfume perfeito, e a opinião pessoal da estudante, que gostou do livro.
1) O documento descreve o filme O Nome da Rosa, situando-o historicamente na Baixa Idade Média na Itália. 2) Narra a investigação de um monge franciscano sobre uma série de assassinatos em um mosteiro, utilizando um método racional em contraste com as explicações teológicas da época. 3) Também discute as disputas intelectuais e políticas entre diferentes correntes filosóficas e religiosas no período, representadas na biblioteca secreta do mosteiro.
O documento discute como a história de um artista da fome de Franz Kafka reflete a mudança da sociedade moderna. O artista da fome atraía grandes multidões com seus jejuns, mas com o surgimento de novos entretenimentos como o circo, seu espaço foi diminuindo. Assim como o artista foi abandonado pelo público, a sociedade moderna se volta para novos objetos que parecem mais apreciáveis do que coisas importantes para o crescimento pessoal.
O documento resume o livro "O Hobbit" de J.R.R. Tolkien, descrevendo a história de Bilbo Baggins, um hobbit recrutado pelo mago Gandalf para ajudar 13 anões em uma missão para roubar o ouro do dragão Smaug. O documento também fornece informações sobre o autor, ilustrações, personagens e uma opinião sobre o livro.
O documento descreve a história de Grenouille, um homem do século XVIII em Paris que possui um olfato extraordinário mas não tem cheiro próprio. Ele usa seus poderes de detecção de cheiro para criar perfumes e para encontrar virgens cujo cheiro ele acredita ser perfeito, matando 24 mulheres em sua busca pelo perfume perfeito.
1) O filme é baseado no livro de Umberto Eco e retrata investigações de crimes em um mosteiro italiano no século XIV durante a Inquisição.
2) Um monge e seu assistente são chamados para investigar mortes misteriosas no mosteiro, descobrindo que elas estão ligadas a um livro proibido.
3) Após várias mortes, o assassino é revelado como sendo um monge cego que queimou a biblioteca para destruir provas, mostrando os perigos da censura.
Este documento fornece informações sobre o livro "Para Maiores de Dezasseis" da autora portuguesa Ana Saldanha. O livro conta a história de uma relação ilegal entre uma adolescente de 15 anos e um homem de 29 e aborda temas como o amadurecimento físico e mental durante a adolescência.
O documento resume o enredo do filme O Nome da Rosa, que se passa em um mosteiro na Idade Média onde ocorrem assassinatos misteriosos. Um monge franciscano chamado William de Baskerville é chamado para investigar os casos e resolve os mistérios com a ajuda de seu aprendiz Adso de Melk.
O documento apresenta um resumo do conto "O Caminho de Damasco", de Machado de Assis. Introduz os três personagens principais, Jorge Aguiar, seu pai e sua mãe, e descreve brevemente a relação tensa entre Jorge e sua mãe devido às restrições que ela impõe. Também apresenta a prima de Jorge, Clarinha, uma jovem órfã que vive com a família.
O documento descreve a história de Manuel João, um artesão e festeiro da cidade de Coruripe, Alagoas. Manuel João era conhecido por sua personalidade animada e festeira, especialmente durante as festas juninas, quando enfeitava as ruas com fogueiras e fogos de artifício criativos. Apesar de viver de forma desregrada, Manuel João era admirado por sua energia positiva e habilidade de se comunicar com as pessoas.
O conto narra a história de um escravo sem nome que nasceu na Bahia durante a escravidão. Após sofrer maus-tratos, ele decide fugir da fazenda durante uma tempestade de areia. Corre pelo mato durante dias até encontrar um manguezal, atravessá-lo e chegar à praia, onde vê o mar pela primeira vez.
Relato de ideias a partir do texto um artista da fome de frank kafkapibiduergsmontenegro
O documento analisa o conto "Um Artista da Fome", de Kafka, que trata de um artista que jejua para entreter o público. O texto reflete sobre como certas práticas absurdas são naturalizadas pela sociedade e sobre como os artistas se relacionam com seu público e propósito. Também discute como o jejum pode ser usado como forma de expressão artística quando não se encontra outro alimento que agrade.
1) Dois homens doentes compartilhavam um quarto de hospital com apenas uma janela;
2) Um homem descrevia a paisagem lá fora para o outro homem deitado;
3) Quando o primeiro homem morreu, o segundo pediu para ser movido para a cama perto da janela, mas só viu um muro lá fora.
1) O documento descreve a história de Cândido Neves, um homem que não conseguia se manter em nenhum emprego por muito tempo. Ele acabou se tornando um "caçador de escravos", capturando escravos fugidos para receber uma recompensa.
2) No entanto, com mais competidores nesse ofício, os lucros de Cândido diminuíram e a vida dele e de sua esposa Clara ficou cada vez mais difícil, com dívidas crescentes e falta de comida.
3) Quando Clara engra
Este documento conta a história de uma família transmontana através de gerações. A narrativa se concentra na relação dos membros da família com a terra onde viveram e com o cemitério local, debaixo dos sobreiros, onde muitos estão enterrados. A história também descreve a chegada dos bisavós da narradora a Portugal como refugiados políticos da Espanha e seu encontro com o homem que se tornaria seu bisavô.
Este documento fornece um resumo de 3 frases ou menos:
O documento apresenta a história de uma família do Nordeste de Portugal, contada através de memórias e lugares significativos para eles, como a casa ancestral e o cemitério localizado debaixo de sobreiros. A narrativa se concentra na relação especial que os membros da família tinham com esses locais e com a terra onde viviam, além de mencionar a história dos bisavós, imigrantes políticos espanhóis que se estabelecer
Este documento conta a história de uma família transmontana através de gerações. A narrativa se concentra na relação dos membros da família com a terra onde viveram e com o cemitério local, debaixo dos sobreiros, onde muitos estão enterrados. A história também descreve a chegada dos bisavós da narradora a Portugal como refugiados políticos da Espanha e seu encontro com o homem que se tornaria seu bisavô.
1) Fabrício pede a Augusto que o ajude a forjar uma cruel cilada contra uma jovem de dezessete anos. No entanto, Augusto se recusa a fazer isso.
2) No jantar, Fabrício conta mentiras sobre Augusto, que se defende dizendo que acha injusto amar apenas uma garota.
3) Carolina insiste para que Augusto participe de um brinde, falando o alfabeto inteiro para mostrar que não ama apenas uma garota.
1) O documento descreve as memórias de infância do autor sobre seu papagaio verde de estimação.
2) O papagaio verde era exuberante e demonstrava amizade apaixonada pelo autor, contrastando com o outro papagaio cinza e retraído da família.
3) O autor aprendeu sobre caráter e amizade observando o papagaio verde, que o recebia com gritos de alegria.
“Histórias simples para pessoas complicadas” apresenta situações de forma simples, irónica, cómica e por vezes ridícula, acessíveis à compreensão de qualquer leitor...."
O conto descreve a fuga de uma galinha que estava prestes a ser morta para o almoço de domingo. A galinha consegue escapar e é perseguida por um rapaz até ser capturada. Surpreendentemente, após a captura a galinha põe um ovo. Isso faz com que a família decida poupar sua vida e a galinha passa a viver com eles, tornando-se uma espécie de mascote da casa.
O documento conta a história de Tico, um menino esperto e apaixonado por futebol que morava próximo da casa do narrador na infância. Tico passava os dias entre a escola e jogando bola com outras crianças do bairro. Ele tinha grande habilidade com a bola e liderava o time local, chamado Real Futebol Clube. Sonhava em ser jogador profissional, mas teve de abandonar esse sonho para ajudar a sustentar a família.
O texto descreve a vida de pessoas que moram sob uma ponte. Eles não pagam aluguel ou impostos e vivem de doações. Um dia, recebem uma grande posta de carne de um amigo, mas ao comê-la adoeceram gravemente, vindo dois a óbito, pois a carne estava estragada.
1) A autora critica a falta de educação no trato diário com as pessoas e exalta a boa educação cultivada pelo povo japonês.
2) Ela conta uma situação em que repreende alguém mal-educado no telefone e fica satisfeita por ele ter pedido desculpas.
3) O texto também descreve a vida de moradores de rua que comem carne encontrada, mas acabam envenenados por sal contaminado.
O documento discute dois artigos. O primeiro fala sobre encontrar encanto nas pequenas coisas da vida e não aprisionar a beleza. O segundo artigo trata da importância de preservar a história local e cultivar o amor pela terra natal. O terceiro artigo discute a relação entre pais e filhos.
O texto apresenta um simulado de interpretação textual com 11 questões sobre 3 textos diferentes. As questões abordam temas como a fuga de uma galinha, a descrição de um bonde elétrico e sinais luminosos para controle de tráfego.
O documento descreve a velha-do-postigo, que passa os dias sentada em um banco rendilhando uma renda e observando o mundo através de um postigo. Ela reflete sobre a natureza da renda, do postigo e do mundo que observa, questionando se estes objetos são realmente o que parecem ser.
1. O conto descreve as ações de um médico, Dr. Simão Bacamarte, que internava pessoas na Casa Verde sob a alegação de que elas eram loucas.
2. Bacamarte passa a internar grande parte da população da vila, gerando revolta. Ele depois muda de ideia e libera todos os internados.
3. O conto faz uma sátira da sociedade da época e coloca em questão os limites entre o normal e o anormal através das ações extremas do médico.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
3. Um Artista da
Fome
FRANZ KAFKA
O interesse pelos jejuadores profissionais cai consideravelmente nos
últimas décadas. Se antigamente a organização por conta própria deste tipo
de espetáculos trazia o seu lucro, hoje em dia isso seria absolutamente
impossível. Os tempos eram outros. Houve época em que a cidade inteira
sentia viva curiosidade pelo artista da fome, aumentando a excitação à
medida que o jejum se prolongava, querendo todos vê-lo ao menos uma vez
por dia. Havia mesmo pessoas que compravam bilhetes para os últimos
espetáculos, sentando-se desde manhã até a noite diante das grades da
jaula. As exibições noturnas eram realçadas por archotes e, quando a
temperatura era amena, levavam a jaula para o ar livre, sendo o jejuador
mostrado às crianças como divertimento especial.
Os adultos, muitas vezes consideravam aquilo pilhéria, aceita por estar
em moda, mas as crianças ficavam boquiabertas, de mãos dadas para se
sentirem mais seguras, maravilhando-se ante o homem pálido, de costelas
salientes, que vestia justas calças negras e não tinha sequer uma cadeira,
sentando-se na palha espalhada no chão. Às vezes ele inclinava a cabeça
cortesmente, ou respondia com um sorriso constrangido às perguntas que
lhe eram feitas, estendendo de vez o braço através das grades, para que
verificassem como estava magro. Recolhia-se depois à sua mudez, não
prestando atenção a nada nem a ninguém, nem mesmo ao relógio para ele
tão importante e que era a um único adorno ou utensílio da jaula. Ficava a
3
4. olhar o vazio, de pálpebras semi cerradas, de vez em quando alcançando um
pequeno copo d'água e tomando um gole para umedecer os lábios.
Além dos espectadores comuns, havia permanentemente vigias
escolhidos pelo público, que se revezavam. Por estranho que pareça, em
geral eram açougueiros, em grupos de três, que tinham por obrigação
observar o jejuador dia e noite, para evitar que ingerisse disfarçadamente
algum alimento. Mera formalidade, instituída para tranqüilizar o povo, pois
os iniciados sabiam perfeitamente bem que, fossem quais fossem as
circunstâncias, nem mesmo a força o artista se resolveria a quebrar o jejum,
durante a prova. A honra da profissão o impedia. Nem todos os
espectadores, naturalmente, eram capazes desta compreensão.
Freqüentemente havia grupos de vigilantes noturnos que relaxavam o
cumprimento do dever, retirando-se para um canto, onde se deixavam
empolgar por um jogo de cartas, com a evidente intenção de dar ao jejuador
ensejo de tomar alimento, que eles supunham existir em algum esconderijo.
Nada aborrecia mais o artista que semelhantes vigias. Faziam-no sentir-se
infeliz e tornavam a abstinência insuportável. Às vezes conseguia dominar
suficientemente a fraqueza para cantar, o mais que lhe era possível,
tentando provar a injustiça de tais suposições. Isto de nada adiantava, pois
os homens apenas admiravam a habilidade que lhe permitia comer enquanto
cantava. Apreciava mais os guardas que se sentavam perto das grades e
que, não se contentando com a parca iluminação do local, lançavam sobre
ele o clarão direto das lanternas elétricas que o empresário pusera à sua
disposição. A luz dura não o incomodava.
De qualquer maneira, não podia mesmo dormir, mas conseguia cochilar,
sob qualquer luz, fosse qual fosse a hora, mesmo quando a sala se achava
repleta de espectadores ruidosos. Ficava satisfeito por poder passar uma
noite insone em companhia de tais vigias, estando sempre disposto a
pilheriar com eles, contendo-lhe histórias de sua vida nômade, qualquer
coisa que os conservasse acordados para demonstrar que não tinha comida
na jaula e era capaz de uma abstinência que nenhum deles suportaria. Mas
o momento mais feliz era quando chegava a manhã e vinham servir aos
guardas, a suas expensas, um farto desjejum, ao qual eles se atiravam com
feroz apetite de homens robustos, após cansativa noite de vigília.
Naturalmente havia quem alegasse ser tal refeição uma desleal tentativa de
suborno, mas isso era ir longe demais. Quando essas pessoas eram
convidadas a participar de uma noite de guarda, apenas por amor a arte,
sem a expectativa do café da manhã esquivavam-se, embora continuassem
teimosamente a manter suas dúvidas.
4
5. Tais suspeitas, no entanto, eram inevitáveis na profissão. Impossível,
naturalmente, ficar uma pessoa e observá-lo continuamente, dia e noite, e
ninguém poderia garantir, por experiência própria, que o jejum fora rigoroso
e ininterrupto. Somente o artista sabia disso, sendo, portanto, o único
realmente convicto. Mas, por outros motivos, nunca estava verdadeiramente
satisfeito. Talvez não fosse apenas o jejum que o tivesse reduzido àquele
estado de magreza que fazia com que muitas pessoas se afastassem,
embora a contragosto, por não poderem suportar o espetáculo. A
insatisfação para consigo mesmo talvez fosse a verdadeira causa de seu
depauperamento. Só ele sabia o que não era dado a saber nem mesmo a
outros iniciados: como era fácil jejuar. A coisa mais fácil do mundo. Não
fazia segredo disto, mas o povo não lhe dava crédito. Quando muito,
consideravam-no modesto, mas a maioria achava que ele estava querendo
fazer publicidade, ou, então, que se tratava de um trapaceiro que descobrira
meio de tornar fácil o jejum e cinicamente o confessava.
Ele vira-se obrigado a aceitar tal reação e, com o tempo, a ela se
habituara, mas a íntima satisfação persistia e nunca, justiça seja feita,
deixara a jaula por espontânea vontade, quando chegava o término da
prova. O prazo máximo fora fixado em quarenta dias pelo empresário, que
não lhe permitia ir além, nem mesmo nas grandes cidades. Havia boas
razões para isso. A experiência demonstrara que, durante 40 dias, a
curiosidade do público podia ser mantida pela pressão de anúncios, mas
depois disso o povo começa a se desinteressar, diminuindo o numero de
simpatizantes. Isto variava, naturalmente, de uma cidade a outra, entre este
ou aquele país, mas em geral 40 dias era o limite.
Assim, no quadragésimo dia abria-se a porta da jaula engrinaldada de
flores. Entusiásticos espectadores enchiam o local, entravam na jaula, para
verificar o resultado da prova, que era anunciado por meio de alto-falante.
Finalmente apareciam duas moças, felizes por terem sido escolhidas para tal
honraria. Iam ajudar o artista a descer os poucos degraus que levavam à
mesa onde se achava a refeição cuidadosamente preparada para um homem
em suas condições físicas. Neste momento, o jejuador sempre se mostrava
obstinado. Verdade que entregava os braços descarnados às duas moças
que sobre ele se inclinavam para auxiliá-lo, mas não queria saber de
levantar. Por que interromper o jejum especialmente neste instante, após 40
dias? Agüentara por muito tempo: por que desistir agora, quando se achava
em plena forma, ou, para ser exato, ainda não estava em sua melhor forma?
Por que negar-lhe a fama que teria, se continuasse, a glória de ser, não
apenas o recordista da fama de todos os tempos (o que talvez já fosse) mas
a de sobrepujar seu próprio feito, com uma demonstração que ninguém
julgaria possível? Ele sabia não haver limite para sua resistência. Já que o
público parecia admirá-lo tanto, por que não se mostrava mais paciente? Se
5
6. ele podia suportar uma abstinência prolongada, por que não agüentavam
eles o espetáculo? Além do mais, estava cansado, achava-se sentado
confortavelmente sobre a palha, e agora lhe viam exigir que se levantasse
para comer! Só de pensar nisto sentia náusea e somente a presença das
moças o impedia de manifestá-la e, assim mesmo, com esforço. Fitou-as,
aparentemente tão amigas, mas na realidade cruéis; e sacudiu a cabeça que
lhe pesava no pescoço enfraquecido. Aconteceu então, o que sempre
acontecia. O empresário adiantou-se sem dizer palavra – a banda
impossibilitava qualquer espécie de discurso – ergueu os braços acima do
artista, como que a convidar o céu a olhar para aquela pobre criatura ali na
palha, mártir que em verdade era, embora noutro sentido. Com exageradas
precauções, agarrou-lhe a cintura emaciada, para que pudessem apreciar
devidamente a sua frágil condição, e entregou-o as moças, muito pálidas,
dando-lhes disfarçadamente uma sacudidela que fez vacilarem suas pernas
trôpegas. O artista submeteu-se agora totalmente, a cabeça tombada sobre
o peito, como se ali tivesse ido parar por acaso. O corpo foi puxado para
fora, os joelhos tentavam firmar-se um no outro, no instinto de conservação,
as pernas se arrastavam como se ele não pisasse terreno firme e, apesar
disso, o procurasse. Leve como pluma, tentou apoiar-se a uma das moças.
Ofegante, ela olhou à volta em busca de socorro, parecendo achar que o
posto de honra não correspondia à expectativa, e espichou o pescoço o mais
que pôde para livrá-lo do contato desagradável. Vendo que era impossível e
que sua mais feliz companheira não lhe vinha em auxílio, limitando-se a
segurar na mão trêmula o feixe de ossos que era a mão do artista, rompeu
em pranto, com grande gozo dos espectadores. Teve que ser substituída por
um funcionário, que ali se achava de prontidão. Chegou a hora da comida e
o empresário conseguiu enfiar alguma coisa por entre os lábios de seu
protegido, que parecia a ponto de desmaiar. Falava ao mesmo tempo,
alegremente, para que ninguém notasse o estado do jejuador. Depois, foi
feito ao público um brinde, aparentemente instigado por um murmúrio do
artista ao ouvido do empresário. A banda confirmou-o com um vigoroso
rufar de tambores e o povo foi-se dissolvendo, parecendo todos satisfeitos
com o que tinham visto, com exceção do homem que se exibira, que nunca
se sentia satisfeito.
Assim viveu muitos anos, com pequenos intervalos de recuperação, em
plena glória, admirado pelo mundo, mas apesar disto infeliz, tanto mais que
ninguém parecia levar a sério seu desgosto. Que palavras de conforto
precisaria ele ouvir? Que mais poderia desejar? Quando uma pessoa de boa
vontade, dele se apiedando, tentava consolá-lo, dizendo que o jejum devia
ser a causa de sua tristeza, acontecia ver-se ele tomado de cólera,
principalmente quando a prova já ia adiantada. Com alarme geral, punha-se
a sacudir as grades da jaula, tal animal selvagem. Mas o empresário tinha
meios de pôr cobro a essas explosões, com as quais o artista gostava de se
6
7. exibir. Desculpava-se publicamente por tal procedimento. Devia ser
relevado, dizia ele, por causa da irritabilidade provocada pela abstinência,
que pessoas bem alimentadas não estavam em condições de compreender.
Depois, numa transição natural, mencionava a também incompreensível
jactância do homem que se dizia capaz de jejuar por prazo maior ainda,
elogiava-lhe a ambição, a boa vontade, o espírito de sacrifício implícitos em
semelhante declaração. Dava em seguida o contragolpe, trazendo os
fotógrafos que iriam vender ao público os retratos onde se veria o jejuador,
no quadragésimo dia, caído na palha, quase morto de exaustão. Essa
distorção da verdade, embora conhecida do artista, tirava-lhe a coragem,
deixando-o mais abatido ainda. Aquilo que era apenas conseqüência do
precoce término do jejum era apresentado como causa! Impossível lutar
contra a geral incompreensão. Inúmeras vezes, com o máximo da boa
vontade, ficava perto das grades, ouvindo palavras do empresário, mas,
assim que chegavam os fotógrafos, caía de novo na palha, com um gemido,
e o público, tranqüilizado, podia de novo aproximar-se para contemplá-lo.
Anos mais tarde, quando testemunhas de tais cenas as relembravam,
não podiam às vezes compreendê-las. É que, neste meio-tempo, o interesse
por essas exibições esmorecera, tendo acontecido quase que da noite para o
dia. Talvez houvesse razões profundas para o fato, mas quem iria se
preocupar em analisá-las? De qualquer maneira, o mimado artista da fome
viu-se um belo dia abandonado pelas pessoas ávidas de divertimento, que
iam agora em busca de espetáculos mais atraentes. Num derradeiro esforço,
o empresário correu com ele metade da Europa, a ver se a antiga simpatia
poderia ser reavivada. Tudo em vão. Em toda a parte, como que por secreto
acordo, havia positiva repulsa pelos jejuadores profissionais. Naturalmente
isto não poderia ter surgido assim tão de repente. É claro que tal fenômeno
não aconteceu de um momento para o outro e que agora,
retrospectivamente, as pessoas se lembravam de alguns acontecimentos aos
quais na altura não fora dada a devida atenção, indícios que não foram
devidamente suprimidos, mas de qualquer das formas já era demasiado
tarde para os tentar combater. Que poderia então fazer o artista da fome?
Fora aplaudido por milhares de pessoas e não queria agora conformar-se
com exibições em barracas de feira, nas aldeias. Quanto a adotar outra
profissão, não somente estava muito velho, como era fanático pela sua.
Assim, despediu-se do empresário, companheiro de uma carreira inigualável,
e firmou contrato com um grande circo. Para não ferir a própria
susceptibilidade, evitou ler-lhe as cláusulas.
Um circo importante, que está continuamente contratando e
substituindo homens, animais e aparelhamento, sempre pode utilizar um
artista, até mesmo um jejuador, contanto que não exija muito. No caso
presente, não estavam os diretores interessados somente no artista, como
7
8. em sua fama, durante longos anos adquirida. Considerando-se a
peculiaridade de seu ofício, que não se prejudicara com a idade, não se
podia dizer que ali estivesse um artista que, tendo ultrapassado a
maturidade e não se achando mais em plena forma, viera buscar refúgio
num circo. Pelo contrário, o jejuador afirmava ser capaz de suportar a
abstinência tanto quanto antes e disso não se poderia duvidar. Chegou
mesmo a declarar que se lhe dessem carta branca, o que lhe foi
imediatamente prometido, poderia assombrar o mundo, estabelecendo um
recorde jamais alcançado. Tal declaração provocou risos nos outros
profissionais, pois não estava sendo levada em conta a frieza do público,
fato que o jejuador, em seu zelo, parecera ter convenientemente esquecido.
No íntimo, ele não deixava de perceber a verdadeira situação.
Conformou-se em ver sua gaiola colocada, não no meio da arena, como
principal atração, e sim fora, perto das jaulas dos animais -–local, afinal de
contas – bastante acessível. Cartazes grandes e vistosos emolduravam a
jaula, anunciando o tipo de espetáculo. Quando o público vinha, nos
intervalos, ver as feras, tinha de passar pelo jejuador e algumas pessoas
paravam, por momentos. Talvez se demorassem por mais tempo, não
fossem os empurrões dos que vinham atrás, pela estreita passagem, e que
não compreendiam o motivo pelo qual eram detidos. Isto impedia que os
primeiros o examinassem com calma. Foi esta a razão que fez com que o
artista que aguardara tais visitas como o maior acontecimento de sua vida,
começasse a temê-las. A princípio, mal podia esperar pelos intervalos. Era
excitante ver a multidão escoar para o seu lado, até que (tarde demais!)
apesar do obstinado e quase consciente desejo de iludir-se, teve que se
render à evidência. Convenceu-se de que aquelas pessoas, a julgar pela sua
atitude, procuravam apenas visitar os animais. A sensação mais agradável
sempre fora vê-los de longe. Quando se aproximavam, ficava aturdido com
os gritos e insultos dos dois grupos dissidentes, sempre renovados,
constituídos, um, pelos que desejavam parar para observá-lo (não por real
interesse e sim por teimosia) e o segundo, por aqueles que ansiavam por
ver as feras. Logo começou a detestar mais os primeiros. Depois que
passava o maior número, vinham os retardatários. Embora pudessem
contemplá-lo à vontade, apressavam-se, sem nem mesmo olhá-lo, tal o
medo de chegarem atrasados às jaulas dos animais. Raramente acontecia
ter ele um golpe de sorte, quando um pai de família parava com os filhos,
apontando-o e explicando o fenômeno, contando histórias de anos passados,
quando ele próprio assistira a espetáculos mais emocionantes. As crianças,
sem nada entender, pois nem na escola e nem em casa haviam sido
preparadas para isto (que lhes importava o jejum?) indicavam, pelo brilho
dos olhos, que dias mais auspiciosos estavam para vir. Talvez as coisas
corressem melhor, pensava o artista, se não o tivessem colocado tão perto
dos animais. Isto tornava ao povo fácil a escolha, mesmo não se levando em
8
9. consideração que ele sofria com o cheiro desagradável, a inquietação das
feras à noite, a passagem dos pedaços de carne crua, o ruído na hora de
serem alimentados, coisas que o deprimiam profundamente. Mas não
ousava queixar-se. Afinal de contas, devia aos animais a afluência de tantas
pessoas e sempre podia haver alguém que o notasse e lembrasse de sugerir
lugar mais isolado para a gaiola, caso ele chamasse atenção para sua
existência e para o fato de, na realidade, nada mais ser do que um obstáculo
à passagem do público.
Pequeno obstáculo, não havia dúvida, e que cada vez menor se tornava.
As pessoas familiarizavam-se com a estranha idéias de que delas se
esperava, nestes tempos, que se interessassem pelo artista da fome, e esta
familiaridade era justamente o veredicto contra ele. Poderia jejuar à vontade
e era o que fazia, mas nada agora o salvaria. O povo passava, indiferente.
Fosse alguém explicar a arte do jejum! Quem não a apreciasse
espontaneamente, jamais chegaria a compreendê-la. Os belos cartazes
foram tornando-se sujos e ilegíveis e acabaram sendo em parte arrancados.
A pequena tabuleta indicando o número de dias, havia muito marcava a
mesma data, pois nem mesmo este pequeno esforço parecia útil aos
funcionários. Assim sendo, o artista continuava jejuando e jejuando, como
antes fora seu sonho. Isto não o incomodava, como ele soubera, que não o
incomodaria. Mas ninguém mais contava os dias, ninguém.; nem mesmo o
artista sabia que recorde estaria ele batendo e seu coração se confrangia.
Quando, de vez em quando, um passante se detinha e zombava do velho
deitado ali no chão, falando em fraude, tratava-se da mais estúpida mentira
jamais inventada pela indiferença e malícia humanas. Não era o artista que
estava trapaceando. Ele trabalhava honestamente; o mundo, sim, o lograva,
privando-o da merecida recompensa.
Muitos dias se passaram e também aquilo chegou ao fim. Um fiscal
apareceu ali e perguntou aos funcionários por que se desperdiçava uma
jaula que continha apenas um monte de palha suja. Ninguém soube
responder até que um deles, notando o cartaz com o número de dias,
lembrou do artista da fome. Enfiaram um pau na palha e o descobriram.
– Ainda está jejuando? – perguntou o inspetor. – Quando, em nome dos
céus, pretende parar?
– Perdoem-me todos – murmurou o artista. Somente o fiscal, que tinha o
ouvido perto das grades, conseguiu entendê-lo.
– Claro que o perdoamos – respondeu, batendo na testa, como a indicar
aos empregados o estado mental do jejuador.
9
10. – Sempre desejei que admirassem minha resistência.
– Claro que a admiramos – disse o fiscal, amavelmente.
– Mas não deviam admirar.
– Está certo, não admiramos, então, mas por que diz isto?
– Porque tenho que jejuar, não posso evitá-lo.
– Que tipo você é! – exclamou o inspetor – Por que não pode evitá-lo?
– Porque não consegui encontrar comida a meu gosto – respondeu o
artista, erguendo um pouco a cabeça e falando junto ao ouvido do outro,
para que não se perdesse uma sílaba. – Se a tivesse encontrado, creia que
não teria feito nada disto e me empanturraria como o senhor ou qualquer
outro.
Foram estas suas ultimas palavras, mas não olhos apagados restava a
firme, embora não mais orgulhosa, certeza de que continuaria a jejuar.
– Pois bem, limpem isto aqui! – ordenou o fiscal.
Enterraram o artista da fome, com palha e tudo. Em seu lugar, puseram
uma jovem pantera. Até mesmo as pessoas mais insensíveis acharam
agradável ver o animal selvagem pulando na jaula que durante muito tempo
tão lúgubre parecera. A pantera ia muito bem. A comida que lhe convinha
era trazida pontualmente pelos empregados e ela nem mesmo dava
impressão de sentir a ausência de liberdade. Aquele nobre corpo, provido ao
máximo de todo o necessário, parecia trazer em si a própria liberdade. A
alegria de viver fluía de suas faces com tal ardor, que aos espectadores não
era difícil suportar o choque. Mas enchiam-se de coragem, comprimindo-se à
volta da jaula, e acabavam não querendo mais se afastar.
*************
10
11. Sobre o Autor e sua obra
Franz Kafka nasceu em Praga a 3 de julho
de 1883, cidade que durante todos os 35 anos
da vida do escritor pertenceu à monarquia
austro-húngara. Filho de um abastado
comerciante judeu, Kafka cresceu sob as
influências de três culturas: a judia, a tcheca
e a alemã.
Filho de uma típica família judeu classe
média, da qual escolheu como ícone seu pai,
um comerciante autoritário, cuja figura
patriarcal ficou associada, na cabeça do
escritor, até o final de sua vida, a de um
gigante, ao mesmo tempo fascinante e
desprezível. Carta ao Pai, escrito em 1919, é
um longo desabafo em que Kafka
responsabiliza o pai (que é claro, nunca
recebeu a tal carta) por sua incapacidade de
viver, casar e amar como os outros. Escolherá
a literatura para tentar exorcizar esse fantasma.
Em 1914 o escritor tcheco Franz Kafka, em seu livro, "O Processo", narrou a
história de um bancário, Joseph K., que, ao acordar, é preso por policiais sem
motivos declarados. O personagem parte para uma busca, durante toda obra, a fim
de descobrir o motivo pelo qual estava sendo levado a julgamento.
Em vida, lançou A Metamorfose (1915), Carta a meu Pai e Na Colônia Penal, ambos
de 1919, mas sem muita repercussão. Depois de morto, seu amigo Max Brod
patrocinou as edições de O Processo (1925) e O Castelo (1926), seus principais
romances, bem como o restante da obra kafkiana.
11