O documento descreve como os apóstolos receberam o dom de falar em línguas estranhas no dia de Pentecostes. Isso representa a capacidade de expressar verdades espirituais de forma inspirada ao invés de conceitos teóricos. A Bíblia deve ser entendida de forma interior através de linguagem figurativa. Quando meditamos nas verdades de Deus, colhemos os frutos espirituais e vivemos na terra prometida, expressando harmonia.

1. Falar Noutras Línguas
Joseph Murphy

2. No Capítulo Dois de Atos dos Apóstolos,
está escrito o seguinte:
"Quando chegou o dia do Pentecostes,
encontravam-se todos reunidos no mesmo local.
E de repente, ressoou, vindo do céu, um som comparável
ao de uma forte rajada de vento,
que encheu toda a casa onde eles se encontravam.”

3. “Viram então aparecer umas línguas,
como se fossem de fogo, que se iam dividindo,
e cada uma pousou sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e começaram a falar outras línguas,
conforme o Espírito Santo
lhes ordenava que se exprimissem.”

4. O dia do Pentecostes era, para os Israelitas,
a grande festa da colheita.
Porém, o verdadeiro sentido do Pentecostes
é que, à medida que vamos meditando
e dando atenção às verdades eternas, ou verdades de Deus,
começamos a exprimi-las;
e elas tornam-se realidades na nossa vida,
em vez de conceitos teóricos mantidos pelo nosso consciente.

5. Devemos ter o sentido interior da Bíblia;
caso contrário,
não temos absolutamente nada.
Ela fala numa linguagem
figurativa, idiomática e alegórica.

6. Por outras palavras,
colhemos o fruto das verdades espirituais
em que meditamos.
Entramos na luz, ou na razão iluminada
referida como a terra prometida da Bíblia.
A terra prometida é a percepção do desejo do nosso coração.
Ela não possui demarcação geográfica nenhuma.

7. Vivemos na terra prometida
quando exprimimos harmonia, saúde,
paz, alegria e abundância.
"Encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar",
significa que eles concentravam a sua atenção
em todas as suas capacidades, ansiedades
e atividades da mente em exaltação
e louvor do Espírito Infinito de Deus em nós.

8. O "som vindo do céu" e a "forte rajada de vento"
representam o movimento do Espírito
pelas nossas mentes e corações.
É a alegria da prece atendida.
Porque o céu é a nossa mente em paz.

9. Quando adquirimos o hábito de rezar
e de estar em comunhão com o Infinito,
vemos que a exaltação do Espírito
nos anima, inspira e sustém,
o que simboliza
o efeito estimulante do vinho novo.

10. Por isso, a Bíblia diz
que esses homens estão cheios de vinho novo.
Ora, é evidente que não devemos interpretar isso à letra.
O resultado último dessa transfusão do espírito
através de todo o nosso ser
é ficarmos decididamente inspirados
para exprimir a verdade de uma outra maneira.

11. É a exaltação do Espírito de Deus em nós.
É o nosso entusiasmo,
o nosso fervor,
a nossa alegria,
porque acordamos
o dom de Deus em nós.

12. Chama-se a isso falar noutras línguas.
Falamos na língua do amor,
da paz, da harmonia, da alegria,
da boa vontade, da inspiração e da orientação.
Falamos do reino de Deus em nós.
Elevamos as pessoas.

13. Inspiramos nossos semelhantes de tal modo
que as nossas palavras são maçãs de ouro
e imagens de prata.
Elas são doces para a alma
e riqueza para os ossos.
É isso que significa falar noutra língua.
É a língua do coração... do Amor!

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