O sindicato se opõe à proposta de reajuste salarial da empresa Rio de Janeiro Refrescos, que oferece aumentos menores do que a inflação. Os trabalhadores estão insatisfeitos com a quebra da promessa da empresa de equiparação progressiva dos salários com outras unidades. O sindicato convoca os trabalhadores para assembleias para discutir a proposta e a possibilidade de greve.
Rio de Janeiro Refrescos adia equiparação e frustra trabalhadores
1. Informativo dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do ES - 12 de setembro de 2012 - Distribuição: Rio de Janeiro Refrescos
Empresa adia ainda mais a equiparação
Frustração, descaso e falta de Além dos nossos trabalhadores se-
censo. Estes foram os sentimentos rem açoitados com uma jornada que
que a Rio de Janeiro Refrescos cau- avança o dia de folga, agora a empresa
sou no último dia 06 de setembro está tentando nos impor uma pro-
quando não houve negociação, posta que não condiz com os nossos
apenas uma repetição da última esforços para o crescimento dela. O
proposta, ou seja: posicionamento do sindicato é dizer
NÃO a esta proposta que fere os prin-
cípios da dignidade do trabalho. Nós
→ 7% para auxiliares de Pátio
trabalhadores, que deixamos nossas
e Produção; famílias em nossa folga, para lutar
→ 5% para os demais cargos; pelo crescimento da empresa em um
→ Ticket reajustado em janei- mercado competitivo, merecemos
ro de 2013 sob o INPC acu- mais. Merecemos muito mais!
mulado.
DIGA NÃO A
Assembleia: Quarta-feira - dia 19 às 22h20
Quinta-feira - dia 20 às 14h20
ESTA
Quebra da política de boa vizinhança PROPOSTA!
A empresa nos últimos três anos
manteve um discurso de equipara-
Mas com a proposta apresentada
nessa rodada, o discurso caiu por ter-
Como funciona a
ção progressiva com o Rio de Janeiro. ra e é possível ver que a Rio de Janei- GREVE
O sindicato considerava que, apesar ro Refrescos não está se empenhando
de nenhum contrato jurídico firma- nisso. Caso o processo de “equipara- Quando se esgotam todas as
do entre as partes, a empresa estava ção progressiva” seja quebrado este possibilidades de negociação entre
mantendo sua palavra numa ordem ano, a diferença que existe entre os as partes, temos uma arma política
progressiva anual para equiparar real- trabalhadores do Rio de Janeiro e os de luta, a GREVE! Podemos utilizá
mente os nossos salários. capixabas seria ainda mais atrasada. -la como recurso para demonstrar
a insatisfação e a sensação de falta
“PALAVRA COM O PRESIDENTE” de respeito da qual também esta-
mos sendo vítimas.
Podemos dizer que, nos últi- trar nossa força de luta a esta A greve precisa ser aprovada
mos três anos, temos consegui- administração. em assembleia e a empresa avisada
do fechar acordos condizentes Por isso, companheiro, faça com antecedência, mas temos di-
com o cenário econômico-fi- do seu voto uma ferramenta reito à paralisação das atividades e
nanceiro do Brasil. de comunicação com o pre- esse instrumento é legítimo!
Este ano temos à frente da Rio sidente da Rio de Janeiro Re- Seja um combatente e informe-se!
de Janeiro Refrescos uma nova frescos para que ele conheça
administração e temos de mos- a nossa insatisfação. Pesquise sobre a LEI Nº 7.783.
Sindicalize-se!
FILIADO A
2. Trabalhadores conscientes
são menos vítimas de assédio
O Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo, chega quase a ser tão antigo
quanto o trabalho. A novidade é que o fenômeno se banalizou, mas não tem sido mais ignorado como se
não existisse. Isso porque cada vez mais os trabalhadores têm se conscientizado e lutado por seus direitos,
principalmente junto do seu sindicato. Entretanto, é necessário pensar sobre o assunto, tentar entender o
problema e, mais importante ainda, saber como não ser vítima do assediador.
O assédio moral se caracteriza laços com a vítima e podem co-
hostilizada, ridicularizada, infe-
pela degradação deliberada das con- meçar a reproduzir as ações e os
riorizada, culpabilizada e desacre-
dições de trabalho em que prevale- atos do agressor no ambiente de
ditada diante dos companheiros
cem atitudes e condutas negativas de trabalho. trabalho. Isso acaba instaurando
dos chefes ou patrões em re- um “pacto de tolerância e
lação aos seus subordinados. silêncio” sobre o assunto.
Cada pessoa reage de manei- Enquanto isso, a vítima vai
ra diferente ao ser atacado e se desestabilizando e fragi-
assediado, mas essa experiên- lizando, perdendo sua au-
cia acarreta prejuízos práticos toestima.
e emocionais para o trabalha- A estratégia é diferente
dor e a empresa. com homens e mulheres.
Na Rio de Janeiro Refres- Geralmente, com homens
cos tivemos casos de assé- as ofensas atingem a virili-
dio moral em vésperas de dade. Contra as mulheres
Acordos Coletivos e Banco os agressores costumam
de Horas. Temos processos intimidar proibindo a fala,
que tramitam nessa matéria controlando a frequência
aguardando sentença. Por e o tempo de permanência
isso, trabalhador, lute pelos nos banheiros. Relacionam
seus direitos e não permita também atestados médicos
que isso aconteça novamente. e faltas à suspensão de ces-
Entretanto, se você está sendo Os companheiros quase sem- tas básicas ou promoções.
vítima de assédio, não se culpe! pre por vergonha, medo de per- Entretanto, quer seja um ato
A vítima é escolhida sem expli- der o emprego ou de também isolado ou a repetição deste ato,
cações aparentes, passando a ser serem humilhados rompem os praticado contra homem ou mu-
lher, devemos combater o assédio
por constituir uma violência psi-
E o que é assédio moral no trabalho? cológica que causa danos à saúde
física e mental, não somente da-
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhan- quele que é excluído, mas de to-
tes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de dos que testemunham os atos, e
trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações até mesmo a família.
hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas O assédio altera a capacida-
negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou de laborativa, pode provocar de-
mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a semprego ou até mesmo a morte.
relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçan- É um risco invisível, porém con-
do-o a desistir do emprego. creto, nas relações e condições de
trabalho. Não se cale!
FILIADO A
Sindialimentação. Coordenador da Comunicação: Elifas Nascimento. Jornalista: Patricia Grosman.
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