SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
 INTRODUÇÃO
 O cristianismo bíblico e ortodoxo sempre manteve uma
posição de cautela e até mesmo reserva com respeito ao
uso do dinheiro e aquisição de riquezas. Na verdade, os
primeiros líderes cristãos, inspirados nos ensinos de Jesus,
passaram a desestimular a aquisição de bens materiais.
Entretanto, o secularismo e o materialismo sempre rondaram
o arraial cristão e, vez por outra, Mamon tem deixado suas
marcas em nosso meio.
 Observaremos, nesta lição, que os ensinos de Jesus sobre a
aquisição de riquezas se distanciam do judaísmo de seus
dias e, também, daquele que é praticado hoje por muitos
setores do cristianismo evangélico. Longe de estimular a
aquisição de bens, como fazem dezenas de igrejas, Jesus
aconselhava se desvencilhar delas.
 Aprendamos com o Mestre o uso correto do dinheiro e como
ser bons mordomos dos bens que nos foram confiados.
1. Perspectiva secular. Uma das formas mais comuns
de se enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura
secular é vê-los apenas como algo de natureza
puramente material. Tanto no mundo antigo quanto no
contemporâneo, é possível observar que a realidade
material pareceu sempre se sobrepor à espiritual. O
material passa a dominar a vida das pessoas e isso
inclui dinheiro, bens e posses. No Mundo Ocidental,
essa forma de enxergar as coisas transformou-se em
uma filosofia de vida que se recusa a enxergar outra
coisa além da matéria. Por essa perspectiva, o material
é superestimado enquanto o espiritual é ignorado e
suplantado. Nesse contexto, quem tem posses é
valorizado, e quem não as possui nada vale. O
dinheiro, como valor material que garante posses,
ganha o status de senhor em vez de servo.
 2. Perspectiva cristã. No contexto cristão, o
mesmo Deus que fez o espiritual é o mesmo que
fez o material. Nos ensinos de Cristo, não há um
dualismo entre matéria e espírito! Todavia, as
coisas espirituais, por serem de natureza eterna,
ganham primazia sobre as materiais, que são
apenas temporais (Lc 10.41). Na perspectiva cristã,
portanto, as dimensões material e espiritual devem
coexistir. Assim como servimos a Deus com o
nosso espírito, nossa dimensão espiritual,
devemos também servir com o nosso corpo (1 Co
6.19,20; 1 Ts 5.23), nossa dimensão material.
Dessa forma, quem se tornou participante dos
valores espirituais deve também servir com seus
bens materiais (Rm 15.27; Lc 8.3). Aqui, o dinheiro,
como valor material, não é visto como senhor, mas
 1. Ricos e pobres. No judaísmo do tempo de
Jesus, a sociedade estava dividida em dois
grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais
abastada, estavam os sacerdotes, participantes
de uma elite que controlava o sistema de
sacrifícios e lucravam com ele, e os herodianos
que possuíam grandes propriedades. Um outro
grupo era formado por membros da aristocracia
judaica que enriqueceu à custa de impostos de
suas propriedades e ao seu comércio. O último
grupo era formado por judeus comerciantes,
que, embora não possuíssem herdades,
participavam ativamente da vida econômica da
nação. No extremo oposto dessa situação,
estavam os pobres! Estes eram "o povo da
terra" (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda
 2. Generosidade e prosperidade. Na cultura
judaica nos dias de Jesus, a posse de bens
materiais não era vista como um mal em si. O
expositor bíblico P. H. Davids observa que os
exemplos de Abraão, Salomão e Jó serviam de
inspiração àqueles que almejavam a
prosperidade. A ideia era que os ricos
prosperavam porque sobre eles estava o favor
de Deus. Dessa forma, a prosperidade passou a
ser associada à piedade. Para evitar a avareza
e a ganância, a tradição rabínica estimulava os
ricos a serem generosos e solidários com os
pobres, que era maioria na
comunidade. Evidentemente que essa
concepção estimulava apenas as ações
 1. Jesus alertou sobre os perigos da riqueza. O
ensino de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais
radical do que ensinava o judaísmo e a tradição rabínica
dos seus dias. Jesus, ao contrário dos rabinos, não
associou a piedade com a prosperidade. A riqueza de
alguém nada dizia sobre a sua real condição espiritual.
Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que
elas poderiam, até mesmo, se transformar numa
personificação do mal e reivindicar o culto para si. Por
isso, advertiu: "Não podeis servir a Deus e [as riquezas]"
(Lc 16.13). O vocábulo traduzido como "riqueza", nesse
texto, corresponde à palavra grega de origem aramaica
Mammonas, traduzida na ARC como Mamom. A riqueza
pode se transformar em um ídolo, ou deus, para aqueles
que a possui. Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um
obstáculo no caminho daquele que serve a Deus (Lc
8.14).
 2. Jesus ensinou a confiança em Deus.
Embora Jesus tenha mostrado que as riquezas
podem, até mesmo, se tornar uma
personificação do mal, Ele não as demonizou.
No entanto, na perspectiva lucana, Jesus
desencoraja a aquisição de riquezas (Lc 12.13;
18.22) e estimula a confiança em Deus. E havia
uma razão para isso. Logo após mostrar os
perigos da avareza a alguém que queria fazer
dEle um juiz em uma questão relacionada a
uma herança, Jesus revela a seus discípulos
que a melhor forma de se proteger desse mal é
confiar inteiramente na provisão divina (Lc
12.13-34). As riquezas dão a falsa sensação de
segurança e de independência das coisas
 1. Avaliando a intenção do coração. Os léxicos
definem a avareza como um apego demasiado e
sórdido ao dinheiro e mesquinhez. Vimos que, para
evitar esse mal, a tradição rabínica estimulava as
práticas filantrópicas e solidárias. O ensino de Jesus
sobre o uso das riquezas vai muito além da simples
doação de bens e ações filantrópicas. Ele não se
limitava a avaliar apenas as ações exteriores, mas,
sobretudo, voltava-se para as atitudes interiores.
Dessa forma, valorizou as atitudes da mulher
pecadora na casa de Simão, o leproso, e de Maria
de Betânia, a irmã de Marta e de Lázaro (Lc 7.36-
50). Não era, portanto, apenas se desfazer dos
bens, mas a atitude e intenção com que isso era
feito (Lc 11.41; 21.1-4). Não basta apenas ofertar,
ou dar o dízimo, mas a atitude com que se faz
 2. Entesourando no céu. Mordomo é alguém
que administra os bens de outra pessoa. Os
bens não lhe pertencem, mas ele pode usufruir
deles enquanto os administra para seu legítimo
dono. Jesus contou a parábola do administrador,
ou mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc
16.1-13). O entendimento entre os intérpretes
da Bíblia é que essa parábola tem um fim
escatológico. Assim como os filhos deste mundo
são perspicazes e astutos no que diz respeito
ao uso de suas riquezas, assim também os
filhos do Reino devem ser sábios na aplicação
de seus bens. O ensino da parábola é que o
melhor investimento é usar os recursos
materiais adquiridos na propagação do Reino de
Conclusão.
 Não há valor moral no dinheiro em si. Ter
dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim. Isso
vai depender do conjunto de valores daquele
que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para
ajudar uma obra filantrópica, ou investir na
obra missionária, é uma coisa útil e louvável.
Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu
Jesus, simplesmente com a atitude de querer
mais posses, mais prestígio, mais
autossatisfação, acaba se tornando uma coisa
ruim. Leiamos com cuidado o terceiro
Evangelho e descubramos o exercício da
O ensino de Jesus sobre o uso correto do dinheiro
O ensino de Jesus sobre o uso correto do dinheiro
O ensino de Jesus sobre o uso correto do dinheiro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Religião- Judaísmo e Hinduísmos
Religião- Judaísmo e HinduísmosReligião- Judaísmo e Hinduísmos
Religião- Judaísmo e HinduísmosIsabele Félix
 
Apresentao bases bblicas de misses
Apresentao   bases bblicas de missesApresentao   bases bblicas de misses
Apresentao bases bblicas de missesJairosoliveira
 
Lbj lição 11 a igreja e a política
Lbj lição 11    a igreja e a políticaLbj lição 11    a igreja e a política
Lbj lição 11 a igreja e a políticaboasnovassena
 
Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade social
Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade socialLição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade social
Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade socialErberson Pinheiro
 
MINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIA
MINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIAMINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIA
MINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIALeonam dos Santos
 
Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história.
Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história. Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história.
Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história. Pedron Vanessa
 
A historia da igreja parte 01
A historia da igreja parte 01A historia da igreja parte 01
A historia da igreja parte 01Mauricio Borges
 
Cristo o senhor da psicologia
Cristo o senhor da psicologiaCristo o senhor da psicologia
Cristo o senhor da psicologiaRodrigo Marcelino
 
7 ano ul2_judaism_ositio
7 ano ul2_judaism_ositio7 ano ul2_judaism_ositio
7 ano ul2_judaism_ositioBento Oliveira
 
religiões CP- IA-Dr1
religiões CP- IA-Dr1religiões CP- IA-Dr1
religiões CP- IA-Dr1mega
 
Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...
Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...
Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...RICARDO CARDOSO
 

Mais procurados (20)

Religião- Judaísmo e Hinduísmos
Religião- Judaísmo e HinduísmosReligião- Judaísmo e Hinduísmos
Religião- Judaísmo e Hinduísmos
 
Apresentao bases bblicas de misses
Apresentao   bases bblicas de missesApresentao   bases bblicas de misses
Apresentao bases bblicas de misses
 
10 mobilização missionária
10 mobilização missionária10 mobilização missionária
10 mobilização missionária
 
A infância de Jesus
A infância de JesusA infância de Jesus
A infância de Jesus
 
Judaismo
JudaismoJudaismo
Judaismo
 
Lbj lição 11 a igreja e a política
Lbj lição 11    a igreja e a políticaLbj lição 11    a igreja e a política
Lbj lição 11 a igreja e a política
 
Diversidade religiosa
Diversidade religiosaDiversidade religiosa
Diversidade religiosa
 
Estudo das Religiões
Estudo das ReligiõesEstudo das Religiões
Estudo das Religiões
 
Judaismo
JudaismoJudaismo
Judaismo
 
Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade social
Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade socialLição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade social
Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade social
 
Monoteísmo
MonoteísmoMonoteísmo
Monoteísmo
 
MINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIA
MINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIAMINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIA
MINI-CURSO DE TEOLOGIA - TEONTOLOGIA
 
Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história.
Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história. Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história.
Judaísmo - Os Hebreus o povo que continua vencendo a história.
 
Judaísmo
JudaísmoJudaísmo
Judaísmo
 
A historia da igreja parte 01
A historia da igreja parte 01A historia da igreja parte 01
A historia da igreja parte 01
 
Cristo o senhor da psicologia
Cristo o senhor da psicologiaCristo o senhor da psicologia
Cristo o senhor da psicologia
 
Judaísmo
JudaísmoJudaísmo
Judaísmo
 
7 ano ul2_judaism_ositio
7 ano ul2_judaism_ositio7 ano ul2_judaism_ositio
7 ano ul2_judaism_ositio
 
religiões CP- IA-Dr1
religiões CP- IA-Dr1religiões CP- IA-Dr1
religiões CP- IA-Dr1
 
Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...
Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...
Historia de israel aula 47 e 48 principais tradições e ritos judaicos [modo d...
 

Semelhante a O ensino de Jesus sobre o uso correto do dinheiro

2° trimestre 2015 lição 10
2° trimestre 2015   lição 102° trimestre 2015   lição 10
2° trimestre 2015 lição 10Joel Silva
 
2° trimestre 2015 lição 10
2° trimestre 2015   lição 102° trimestre 2015   lição 10
2° trimestre 2015 lição 10ebdadultos
 
2° Trimestre 2015 - Lição 10
2° Trimestre 2015 - Lição 102° Trimestre 2015 - Lição 10
2° Trimestre 2015 - Lição 10Joel Silva
 
2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos
2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos
2° Trimestre 2015 Lição 10 AdultosJoel Silva
 
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIROAnderson Silva
 
Lição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessário
Lição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessárioLição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessário
Lição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessárioÉder Tomé
 
Apostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoesApostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoesCaetan Capellan
 
Lição 4 - A prosperidade em o Novo Testamento
Lição 4 - A prosperidade em o Novo TestamentoLição 4 - A prosperidade em o Novo Testamento
Lição 4 - A prosperidade em o Novo TestamentoAilton da Silva
 
Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015
Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015
Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015Pr. Andre Luiz
 
Lições bíblicas cpad 2º trimestre 2006 - lição 1
Lições bíblicas cpad   2º trimestre 2006 - lição 1Lições bíblicas cpad   2º trimestre 2006 - lição 1
Lições bíblicas cpad 2º trimestre 2006 - lição 1Anderson Silva
 
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BJosé Lima
 
Cultura do reino de deus!
Cultura do reino de deus!Cultura do reino de deus!
Cultura do reino de deus!11091961
 
Lição 3 – O dinheiro e seus perigos
Lição 3 – O dinheiro e seus perigosLição 3 – O dinheiro e seus perigos
Lição 3 – O dinheiro e seus perigosÉder Tomé
 
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSISTODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSISHelio Diniz
 

Semelhante a O ensino de Jesus sobre o uso correto do dinheiro (20)

Jesus e o dinheiro
Jesus e o dinheiroJesus e o dinheiro
Jesus e o dinheiro
 
2° trimestre 2015 lição 10
2° trimestre 2015   lição 102° trimestre 2015   lição 10
2° trimestre 2015 lição 10
 
2° trimestre 2015 lição 10
2° trimestre 2015   lição 102° trimestre 2015   lição 10
2° trimestre 2015 lição 10
 
2° Trimestre 2015 - Lição 10
2° Trimestre 2015 - Lição 102° Trimestre 2015 - Lição 10
2° Trimestre 2015 - Lição 10
 
2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos
2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos
2° Trimestre 2015 Lição 10 Adultos
 
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
 
Lição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessário
Lição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessárioLição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessário
Lição 2 – Nem pobreza e nem riqueza, mas o necessário
 
Apostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoesApostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoes
 
Lição 4 - A prosperidade em o Novo Testamento
Lição 4 - A prosperidade em o Novo TestamentoLição 4 - A prosperidade em o Novo Testamento
Lição 4 - A prosperidade em o Novo Testamento
 
Teologia da Prosperidade
Teologia da ProsperidadeTeologia da Prosperidade
Teologia da Prosperidade
 
Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015
Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015
Jesus e o dinheiro - Lição 10 - 2ºTrimestre/2015
 
Lições bíblicas cpad 2º trimestre 2006 - lição 1
Lições bíblicas cpad   2º trimestre 2006 - lição 1Lições bíblicas cpad   2º trimestre 2006 - lição 1
Lições bíblicas cpad 2º trimestre 2006 - lição 1
 
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
 
Razões da nossa fé lição 9
Razões da nossa fé   lição 9Razões da nossa fé   lição 9
Razões da nossa fé lição 9
 
Cultura do reino de deus!
Cultura do reino de deus!Cultura do reino de deus!
Cultura do reino de deus!
 
Lição 3 – O dinheiro e seus perigos
Lição 3 – O dinheiro e seus perigosLição 3 – O dinheiro e seus perigos
Lição 3 – O dinheiro e seus perigos
 
Mordomia cristã
Mordomia cristãMordomia cristã
Mordomia cristã
 
Lição
 Lição Lição
Lição
 
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSISTODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
 
Jesus e o dinheiro
Jesus e o dinheiroJesus e o dinheiro
Jesus e o dinheiro
 

Mais de Pr. Gerson Eller

Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.
Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.
Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.Pr. Gerson Eller
 
Quem é quem dentro da igrja
Quem é quem dentro da igrjaQuem é quem dentro da igrja
Quem é quem dentro da igrjaPr. Gerson Eller
 
O destino final dos mortos.
O destino final dos mortos.O destino final dos mortos.
O destino final dos mortos.Pr. Gerson Eller
 
Lição 01 escatologia, o estudo das últimas coisas
Lição 01 escatologia, o estudo das últimas coisasLição 01 escatologia, o estudo das últimas coisas
Lição 01 escatologia, o estudo das últimas coisasPr. Gerson Eller
 
José a realidade de um sonho
José a realidade de um sonhoJosé a realidade de um sonho
José a realidade de um sonhoPr. Gerson Eller
 
LIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS
LIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUSLIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS
LIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUSPr. Gerson Eller
 
Lição 07 eu sei em quem tenho crido
Lição 07    eu sei em quem tenho cridoLição 07    eu sei em quem tenho crido
Lição 07 eu sei em quem tenho cridoPr. Gerson Eller
 
Lição 6 conselhos gerais
Lição 6    conselhos geraisLição 6    conselhos gerais
Lição 6 conselhos geraisPr. Gerson Eller
 
Lição 5 a apostasia, fidelidade e diligência no ministério
Lição 5    a apostasia, fidelidade e diligência no ministérioLição 5    a apostasia, fidelidade e diligência no ministério
Lição 5 a apostasia, fidelidade e diligência no ministérioPr. Gerson Eller
 
Lição 4 pastores e diaconos
Lição 4   pastores e diaconosLição 4   pastores e diaconos
Lição 4 pastores e diaconosPr. Gerson Eller
 
Lição 3 oração e recomendação às mulheres cristãs
Lição 3   oração e recomendação às mulheres cristãsLição 3   oração e recomendação às mulheres cristãs
Lição 3 oração e recomendação às mulheres cristãsPr. Gerson Eller
 
Uma mensagem à igreja local e à liderança
Uma mensagem à igreja local e à liderançaUma mensagem à igreja local e à liderança
Uma mensagem à igreja local e à liderançaPr. Gerson Eller
 
Lição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Lição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUSLição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Lição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUSPr. Gerson Eller
 
As Limitações dos Discipulos
As Limitações dos DiscipulosAs Limitações dos Discipulos
As Limitações dos DiscipulosPr. Gerson Eller
 
O poder de Jesus sobre a Natureza e os demonios
O poder de Jesus sobre a Natureza e os demoniosO poder de Jesus sobre a Natureza e os demonios
O poder de Jesus sobre a Natureza e os demoniosPr. Gerson Eller
 
Poder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e mortePoder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e mortePr. Gerson Eller
 
Mulheres que ajudara, Jesus
Mulheres que ajudara, JesusMulheres que ajudara, Jesus
Mulheres que ajudara, JesusPr. Gerson Eller
 

Mais de Pr. Gerson Eller (20)

Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.
Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.
Os 5 princípios biblicos para a leitura da Biblia.
 
Familia
FamiliaFamilia
Familia
 
Quem é quem dentro da igrja
Quem é quem dentro da igrjaQuem é quem dentro da igrja
Quem é quem dentro da igrja
 
O destino final dos mortos.
O destino final dos mortos.O destino final dos mortos.
O destino final dos mortos.
 
Lição 01 escatologia, o estudo das últimas coisas
Lição 01 escatologia, o estudo das últimas coisasLição 01 escatologia, o estudo das últimas coisas
Lição 01 escatologia, o estudo das últimas coisas
 
José a realidade de um sonho
José a realidade de um sonhoJosé a realidade de um sonho
José a realidade de um sonho
 
O tribunal de cristo
O tribunal de cristoO tribunal de cristo
O tribunal de cristo
 
LIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS
LIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUSLIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS
LIÇÃO 08 - APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS
 
Lição 07 eu sei em quem tenho crido
Lição 07    eu sei em quem tenho cridoLição 07    eu sei em quem tenho crido
Lição 07 eu sei em quem tenho crido
 
Lição 6 conselhos gerais
Lição 6    conselhos geraisLição 6    conselhos gerais
Lição 6 conselhos gerais
 
Lição 5 a apostasia, fidelidade e diligência no ministério
Lição 5    a apostasia, fidelidade e diligência no ministérioLição 5    a apostasia, fidelidade e diligência no ministério
Lição 5 a apostasia, fidelidade e diligência no ministério
 
Lição 4 pastores e diaconos
Lição 4   pastores e diaconosLição 4   pastores e diaconos
Lição 4 pastores e diaconos
 
Lição 3 oração e recomendação às mulheres cristãs
Lição 3   oração e recomendação às mulheres cristãsLição 3   oração e recomendação às mulheres cristãs
Lição 3 oração e recomendação às mulheres cristãs
 
Uma mensagem à igreja local e à liderança
Uma mensagem à igreja local e à liderançaUma mensagem à igreja local e à liderança
Uma mensagem à igreja local e à liderança
 
Lição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Lição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUSLição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Lição 13 A RESSURREIÇÃO DE JESUS
 
A última Ceia
A última CeiaA última Ceia
A última Ceia
 
As Limitações dos Discipulos
As Limitações dos DiscipulosAs Limitações dos Discipulos
As Limitações dos Discipulos
 
O poder de Jesus sobre a Natureza e os demonios
O poder de Jesus sobre a Natureza e os demoniosO poder de Jesus sobre a Natureza e os demonios
O poder de Jesus sobre a Natureza e os demonios
 
Poder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e mortePoder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e morte
 
Mulheres que ajudara, Jesus
Mulheres que ajudara, JesusMulheres que ajudara, Jesus
Mulheres que ajudara, Jesus
 

Último

AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 

Último (20)

AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 

O ensino de Jesus sobre o uso correto do dinheiro

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.  INTRODUÇÃO  O cristianismo bíblico e ortodoxo sempre manteve uma posição de cautela e até mesmo reserva com respeito ao uso do dinheiro e aquisição de riquezas. Na verdade, os primeiros líderes cristãos, inspirados nos ensinos de Jesus, passaram a desestimular a aquisição de bens materiais. Entretanto, o secularismo e o materialismo sempre rondaram o arraial cristão e, vez por outra, Mamon tem deixado suas marcas em nosso meio.  Observaremos, nesta lição, que os ensinos de Jesus sobre a aquisição de riquezas se distanciam do judaísmo de seus dias e, também, daquele que é praticado hoje por muitos setores do cristianismo evangélico. Longe de estimular a aquisição de bens, como fazem dezenas de igrejas, Jesus aconselhava se desvencilhar delas.  Aprendamos com o Mestre o uso correto do dinheiro e como ser bons mordomos dos bens que nos foram confiados.
  • 7.
  • 8. 1. Perspectiva secular. Uma das formas mais comuns de se enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular é vê-los apenas como algo de natureza puramente material. Tanto no mundo antigo quanto no contemporâneo, é possível observar que a realidade material pareceu sempre se sobrepor à espiritual. O material passa a dominar a vida das pessoas e isso inclui dinheiro, bens e posses. No Mundo Ocidental, essa forma de enxergar as coisas transformou-se em uma filosofia de vida que se recusa a enxergar outra coisa além da matéria. Por essa perspectiva, o material é superestimado enquanto o espiritual é ignorado e suplantado. Nesse contexto, quem tem posses é valorizado, e quem não as possui nada vale. O dinheiro, como valor material que garante posses, ganha o status de senhor em vez de servo.
  • 9.
  • 10.  2. Perspectiva cristã. No contexto cristão, o mesmo Deus que fez o espiritual é o mesmo que fez o material. Nos ensinos de Cristo, não há um dualismo entre matéria e espírito! Todavia, as coisas espirituais, por serem de natureza eterna, ganham primazia sobre as materiais, que são apenas temporais (Lc 10.41). Na perspectiva cristã, portanto, as dimensões material e espiritual devem coexistir. Assim como servimos a Deus com o nosso espírito, nossa dimensão espiritual, devemos também servir com o nosso corpo (1 Co 6.19,20; 1 Ts 5.23), nossa dimensão material. Dessa forma, quem se tornou participante dos valores espirituais deve também servir com seus bens materiais (Rm 15.27; Lc 8.3). Aqui, o dinheiro, como valor material, não é visto como senhor, mas
  • 11.
  • 12.
  • 13.  1. Ricos e pobres. No judaísmo do tempo de Jesus, a sociedade estava dividida em dois grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais abastada, estavam os sacerdotes, participantes de uma elite que controlava o sistema de sacrifícios e lucravam com ele, e os herodianos que possuíam grandes propriedades. Um outro grupo era formado por membros da aristocracia judaica que enriqueceu à custa de impostos de suas propriedades e ao seu comércio. O último grupo era formado por judeus comerciantes, que, embora não possuíssem herdades, participavam ativamente da vida econômica da nação. No extremo oposto dessa situação, estavam os pobres! Estes eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda
  • 14.
  • 15.  2. Generosidade e prosperidade. Na cultura judaica nos dias de Jesus, a posse de bens materiais não era vista como um mal em si. O expositor bíblico P. H. Davids observa que os exemplos de Abraão, Salomão e Jó serviam de inspiração àqueles que almejavam a prosperidade. A ideia era que os ricos prosperavam porque sobre eles estava o favor de Deus. Dessa forma, a prosperidade passou a ser associada à piedade. Para evitar a avareza e a ganância, a tradição rabínica estimulava os ricos a serem generosos e solidários com os pobres, que era maioria na comunidade. Evidentemente que essa concepção estimulava apenas as ações
  • 16.
  • 17.
  • 18.  1. Jesus alertou sobre os perigos da riqueza. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais radical do que ensinava o judaísmo e a tradição rabínica dos seus dias. Jesus, ao contrário dos rabinos, não associou a piedade com a prosperidade. A riqueza de alguém nada dizia sobre a sua real condição espiritual. Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que elas poderiam, até mesmo, se transformar numa personificação do mal e reivindicar o culto para si. Por isso, advertiu: "Não podeis servir a Deus e [as riquezas]" (Lc 16.13). O vocábulo traduzido como "riqueza", nesse texto, corresponde à palavra grega de origem aramaica Mammonas, traduzida na ARC como Mamom. A riqueza pode se transformar em um ídolo, ou deus, para aqueles que a possui. Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um obstáculo no caminho daquele que serve a Deus (Lc 8.14).
  • 19.
  • 20.
  • 21.  2. Jesus ensinou a confiança em Deus. Embora Jesus tenha mostrado que as riquezas podem, até mesmo, se tornar uma personificação do mal, Ele não as demonizou. No entanto, na perspectiva lucana, Jesus desencoraja a aquisição de riquezas (Lc 12.13; 18.22) e estimula a confiança em Deus. E havia uma razão para isso. Logo após mostrar os perigos da avareza a alguém que queria fazer dEle um juiz em uma questão relacionada a uma herança, Jesus revela a seus discípulos que a melhor forma de se proteger desse mal é confiar inteiramente na provisão divina (Lc 12.13-34). As riquezas dão a falsa sensação de segurança e de independência das coisas
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.  1. Avaliando a intenção do coração. Os léxicos definem a avareza como um apego demasiado e sórdido ao dinheiro e mesquinhez. Vimos que, para evitar esse mal, a tradição rabínica estimulava as práticas filantrópicas e solidárias. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas vai muito além da simples doação de bens e ações filantrópicas. Ele não se limitava a avaliar apenas as ações exteriores, mas, sobretudo, voltava-se para as atitudes interiores. Dessa forma, valorizou as atitudes da mulher pecadora na casa de Simão, o leproso, e de Maria de Betânia, a irmã de Marta e de Lázaro (Lc 7.36- 50). Não era, portanto, apenas se desfazer dos bens, mas a atitude e intenção com que isso era feito (Lc 11.41; 21.1-4). Não basta apenas ofertar, ou dar o dízimo, mas a atitude com que se faz
  • 26.
  • 27.
  • 28.  2. Entesourando no céu. Mordomo é alguém que administra os bens de outra pessoa. Os bens não lhe pertencem, mas ele pode usufruir deles enquanto os administra para seu legítimo dono. Jesus contou a parábola do administrador, ou mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc 16.1-13). O entendimento entre os intérpretes da Bíblia é que essa parábola tem um fim escatológico. Assim como os filhos deste mundo são perspicazes e astutos no que diz respeito ao uso de suas riquezas, assim também os filhos do Reino devem ser sábios na aplicação de seus bens. O ensino da parábola é que o melhor investimento é usar os recursos materiais adquiridos na propagação do Reino de
  • 29.
  • 30.
  • 31. Conclusão.  Não há valor moral no dinheiro em si. Ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim. Isso vai depender do conjunto de valores daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para ajudar uma obra filantrópica, ou investir na obra missionária, é uma coisa útil e louvável. Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu Jesus, simplesmente com a atitude de querer mais posses, mais prestígio, mais autossatisfação, acaba se tornando uma coisa ruim. Leiamos com cuidado o terceiro Evangelho e descubramos o exercício da