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JB NEWS
Informativo Nr. 376
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 11 de setembro de 2011
Índice deste domingo:
1. Almanaque
2. “: K Entre Nós” – (Pedras Polidas, mas sempre brutas? Ir.
Marco Antonio Nunes)
3. A Preparação do Maçom (Ir. Marcos José da Silva)
4. Oratória (Verbete – do Vade-Mécum Do Meio-Dia à Meia-
Noite do Ir. João Ivo Girardi)
5. Destaques JB
WWW. RADIOSINTONIA33.COM.BR
 1297 - Os escoceses liderados por William Wallace derrotam os ingleses na
Batalha de Stirling Bridge, durante a guerra pela independência.
 1609 - descoberta do Rio Hudson por Henry Hudson.
 1714 - Tomada de Barcelona pelas forças borbónicas durante a Guerra da
Sucessão Espanhola
 1836 - Rebeldes farroupilhas proclamam a República Rio-Grandense (v. Guerra
dos Farrapos).
 1857 - Massacre de 150 colonos não-mórmons em Mountain Meadows perto de
St. George (Utah), EUA, supostamente por mórmons radicais.
 1875 - Fundação da Academia Mexicana de Línguas
 1905 - Joaquim Xavier Guimarães Natal é nomeado ministro do Supremo
Tribunal Federal do Brasil.
 1936 - Presidente Franklin Delano Roosevelt inaugura a represa Boulder.
 1968 - Lançamento da primeira edição da revista Veja.
 1969 - Junta Militar edita o AI-15.
 1971 - Morre o líder soviético Nikita Khrushchov.
 1973 - Assassinato do presidente eleito do Chile de Salvador Allende, e
bombardeando do Palácio de La Moneda como inicio do golpe militar no Chile,
realizado com apoio americano através da CIA e que levou ao poder o ditador
militar Pinochet no Chile,cujo regime resultou na morte de cerca de 30,000
pessoas e milhares de desaparecidos e torturados.
 1973 - Assassinato da menina Ana Lídia em Brasília/DF.
 1985 - Maior acidente ferroviário de que há memória em Portugal.
 1987 - Assassinato de Peter Tosh, durante um assalto em sua residência.
 1990 - Sancionada, no Brasil, lei de defesa do direito do consumidor
 1997 - Chega a Marte a sonda Mars Global Surveyor.
 2001 - Ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova
Iorque e ao Pentágono em Washington, provocando cerca de 3000 mortes.
 2005 - Israel declara unilateralmente seu desligamento militar nas operações na
faixa de Gaza.
 Feriado municipal em Araripina
 Feriado municipal em Ribeirão
 Feriado municipal em Cabrobó
Espanha
 Dia Nacional da Catalunha
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1811:
Fundação da Grande Loja da Saxônia
1826:
O desaparecimento de William Morgan, autor de uma inconfidência,
provoca uma violenta campanha anti-maçônica nos Estados Unidos.
1973:
Uma junta militar depõe o presidente Salvador Allende () no Chile.
O autor, Ir – Florianópolis – SC
é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9
Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC
Escreve aos domingos o “K ENTRE NÓS”.
Contato: martoni.nunes@gmail.com
Pedras Polidas, mas sempre Brutas?
Quando Aprendiz, por ocasião das primeiras instruções,
fixei-me muito no significado da Pedra, muito representativa
dentre as inúmeras simbologias que nos são passadas no
início da nossa jornada maçônica. Tanto assim, que
idealizei este diálogo entre um Aprendiz e um Mestre
versando justamente sobre as infindáveis divagações e
interpretações que a nossa imaginação pode nos levar
sobre um símbolo tão significativo como é a Pedra:
- Mestre, por que somos comparados a pedras?
- Comparados não seria o termo adequado.
Ingressastes na Ordem recentemente e não tens ainda a
noção do que representam as pedras na Maçonaria e os
demais símbolos, que não são poucos. Tudo é uma
questão de associação de pensamentos filosóficos, dentro
de um contexto simbólico. Se formos nos comparar a
pedras, como fazes alusão na tua pergunta, poderíamos
partir para uma série de infindáveis digressões e todas
elas chegariam a significados admissíveis, caso
partilharmos o mesmo ponto de vista. Ao contrário, diver-
gindo em qualquer aspecto, já não teríamos uma
comparação plausível e partiríamos para novas digres-
sões até encontrarmos outro ponto de convergência.
- Mas se não somos comparados, por que então alguns
mestres falam que nós, aprendizes, somos pedras brutas
que devem ser lapidadas?
- É uma forma de utilizar a simbologia, muito forte na
Maçonaria, notadamente nos graus simbólicos. Quando
galgares os demais graus, irás entender melhor e chegarás
a conclusões próprias que melhor forem do teu
entendimento e te adaptarás à tua forma de pensar e de
interpretar todas as questões simbólicas. Quanto à compa-
ração aprendiz/pedra bruta, estaria mal formulada, tendo
em vista que a comparação não é propriamente feita com a
pessoa do aprendiz, mas com a condição de neófito na sua
nova dimensão de conhecimento e aprendizado, para o
qual foi iniciado.
Sua formação maçónica começou justamente na
iniciação, onde foram transmitidas inúmeras informações.
Se tivesses prestado atenção em tudo quanto aconteceu e
te foi dito, perceberias que toda a tua futura vida maçónica
foi ali reproduzida. Só que as informações foram tantas,
quase todas elas direcionadas somente para o teu sentido
auditivo, já que teus demais sentidos estavam todos
concentrados na expectativa e na aflição da nova
experiência que, aos poucos, tua memória irá trabalhar
esse mundo novo que foi descortinado e que, à medida que
fores tomando ciência e absorvendo esses ensinamentos,
irás perceber que as lascas impuras da ignorância irão dar
lugar à polidez do conhecimento já latente nas tuas
experiências pessoais e de outras vidas.
- Insinuas que a gente nasce sábio e necessita de
estímulo para aflorar essa sabedoria?
- Grande parte de nós, sim. A crosta que envolve a
polidez da nossa pedra pode ser mais ou menos espessa,
dependendo da planificação da missão engendrada com
nossos mentores antes de assumirmos a nova jornada.
Assim como a polidez interna, ainda não perfeita, que pode
receber novos acabamentos, após o desbaste da crosta
que a envolve.
- Então é essa a comparação com a pedra que nos é
feita? Tuas palavras me fazem pensar diferente. Não tinha
pensado na profundidade da simbologia da pedra. Nossos
defeitos são as impurezas brutas das lascas que
absorvemos com a maneira de agir, de pensar, das nossas
ansiedades e paixões..
- Vejo que já estás progredindo e entendendo o sentido
desta analogia.
- Seguindo este raciocínio, poderíamos acrescentar
muitas outras comparações!
- Como exemplo?
- Existem pedras, ou rochas, que são polidas por fora,
mas completamente irregulares por dentro! Levando-nos a
pensar que existem pessoas polidas na aparência, mas
desprovidas de bons sentimentos e de boas intenções. Ou
seja, completamente incultas espiritualmente.
- Perfeita a tua visão! Poderíamos avançar nessa linha
comparativa e admitir o contrário, ou seja, muitos
possuímos a polidez interna encoberta por uma camada de
imperfeições. Um exemplo de pedra ou rocha que se
encaixa nessa nossa comparação é a ágata, uma pedra
semipreciosa completamente disforme e sem atrativo
externo, mas no seu interior encerra uma beleza
translúcida impressionante, dando-nos a exata dimensão
da períeição com que a natureza, no seu infinito capricho,
trabalha os seus elementos de forma harmónica.
Lembremo-nos, também, do diamante que sai da mina
completamente impuro e sem o esplendor da beleza que é
realçada com a sua lapidação, alcançando valores incal-
culáveis.
- Não gostei da comparação do diamante!
- Por que?
-Diamante serve somente para ostentar o seu valor, a
sua beleza, o seu brilho e ornamentar outros tipos de jóias.
Haveria pessoas com essas características?
- E como! Não existem, por acaso, aqueles que vivem
somente de aparências? Esplendorosos por fora e
completamente translúcidos e transparentes no seu interior.
Por outro lado, seguindo o nOSSO raciocínio, temos as
pessoas autênticas que realmente são aquilo que
aparentam e foram preparadas com esmerada educação,
valorizando a sua pureza de espírito, caracterizando o
diamante verdadeiro que, quanto mais perfeita a sua
lapidação, maior o seu valor; nesse caso, infelizmente,
cada vez mais raros entre nós.
E os falsos diamantes? Esses existem em todos os
lugares, em todas as estratificações sociais. Por serem
falsos, não se consegue agregar valor nem com a mais
perfeita lapidação.
- Mestre. Uma pergunta que me ocorre neste momento.
Sendo a Maçonaria composta de homens justos e
perfeitos, caracterizando os diamantes verdadeiros,
existiriam entre eles os “falsos diamantes”? Poderíamos
comparar a Maçonaria a uma joalheria que contivesse so-
mente pedras preciosas e verdadeiras?
- Meu aprendiz, meu aprendiz! Tens pela frente muito a
entender e aprender sobre os homens e, em consequência,
sobre os maçons. Por enquanto, pense na Maçonaria como
uma imensa pedreira de onde são extraídos blocos de
rochas, que se transformam em pedras disformes e brutas
com o uso dos instrumentos que aprenderás a manejar.
Com o uso desses instrumentos, aprenderás a técnica do
desbaste das imperfeições mais brutas das pedras para,
posteriormente e em etapas sequentes, serem encaixadas
numa grande obra. Essa interminável obra a que todos os
Maçons se dedicam a erigir, mas que jamais será tida
como concluída.
Daí, a conclusão a que se chega é a de que justos
temos condições de ser, à medida que entendamos o real
significado de justiça e a prática das nossas ações em
direção a ela. Mas perfeitos...
Talvez encontremos essa joalheria que fazes menção lá
no Oriente Eterno, para onde são encaminhadas somente
as pedras já prontas e devidamente lapidadas, qual o
nosso diamante verdadeiro. Quanto aos refugos, ou seja,
aquelas pedras ainda com muitas imperfeições, essas, sim,
devem ir para uma outra pedreira e passar novamente por
todos os processos de lapidação e acabamento até chegar
ao controle de qualidade do Grande Geólogo do Universo,
que deverá aquilatar a qualidade da pedra.
- Mestre. Obrigado por este ensinamento da pedra.
Chego à conclusão de que não passamos de meros
cascalhos perdidos e soltos no mundo, agregando os
elementos da natureza até sermos descobertos e
trabalhados para fazermos parte de uma grande obra.
- É, meu aprendiz! E o reino mineral é o primeiro deles. Dá
para perceber o quanto ainda somos primatas e o quanto
ainda temos que evoluir. E há quem se julgue perfeito!
Ir Marcos José da Silva
Grão Mestre Geral do
Grande Oriente do Brasil.
Talvez não seja exagero insistir na responsabilidade das
Lojas Simbólicas e seus Mestres na formação Maçônica
dos Irmão s aprendizes, estes que estão dando os
primeiros passos na longa estrada que se estende a seu
olhar, sedentos de verem o predomínio, no mundo, da
virtude e da justiça. O sonho do iniciado do primeiro grau é
ver a exaltação da fraternidade humana, tema praticamente
alijado da presente ideologia da competitividade.
A grande prova de confiança e de entusiasmo natural com
que o homem profano se candidata a ingresso na Sublime
Instituição, ao aceitar a devassa em sua vida privada por
pessoas geralmente desconhecidas, no processo de
admissão, deve ter, em contrapartida, o carinho e o desvelo
da Loja em sua preparação maçônica, de modo a não se
frustrarem as expectativas do principiante na senda da
virtude.
Em sessões dedicadas aos aprendizes, que se realizam
em nossos templos uma soma considerável de conceitos
maçônicos são oferecidos à reflexão do novel maçom que
deseje estudar criteriosamente o seu ritual e tenha
disposição mental de repousar o pensamento sobre cada
um desses conceitos. Mas, é dever dos Mestres da Loja
orientar os estudos, deixando sempre cada Irmão livre para
enriquecer seus conhecimentos e premiar seus próprios
esforços.
Embora o ensinamento maçônico não siga o modelo do
magister dix, está subordinado aos princípios gerais e aos
postulados da Ordem, e o estudante tem liberdade para
explorá-lo especulativamente, sob orientação, claro, do
Mestre, cuja principal missão é justamente essa, como se
diz nas instituições iniciáticas em geral: espargir a luz.
O descaso com a preparação do maçom que engatinha nos
primeiros graus é um dos mais perversos desserviços à
Maçonaria, eis que o aprendiz de hoje pode ser o mestre e
Grão-Mestre de amanhã, cabendo-lhe, nesse momento, a
missão de conduzir os destinos da Sublime Instituição. A
formação deficiente do Maçom pode ser causa do
enfraquecimento da Ordem.
Maior atenção deve ser dedicada aos que ingressam na
Maçonaria, via de regra movidos por impulso interior,
intuição pessoal, à áspera de estímulos de toda natureza
para que realize, em si mesmo, com toda perfeição, em
ambiente de verdadeira fraternidade, o ideal maçônico em
benefício da humanidade.
O Ir. João Ivo Girardi
da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau)
dominicalmente enfoca um dos mais de 3.000 verbetes
de sua obra de 700 páginas.
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”.
Contato: joaogira@terra.com.br
VERBETE DESTE DOMINGO:
ORATÓRIA:
1. É a arte de falar ao público.
Diz a nossa instituição que cabe ao Orador a linguagem clara,
conclusiva e não afetada quando se dirige aos Irmãos. Entendo
que para assumir as funções de Orador a Loja escolha entre os
seus membros aqueles que dispõem das qualidades de uma boa
oratória.
No entanto, quando qualquer Irmão é designado para uma Peça de
Arquitetura e o mesmo não tem uma mínima preparação de
técnicas de oratória, o resultado é um desastre. Cabe a cada um,
individualmente, o desenvolvimento destas técnicas.
Para lembrar aos Irmãos, um dos degraus que dá acesso do
Ocidente para o Oriente é simbolizado pela Retórica.
Técnicas de Oratória:
1. Fale sobre aquilo que você
conhece a fundo e sabe que
conhece. Ou seja: Prepare-se. Não
passe dez minutos ou dez horas em
sua preparação. Passe dez semanas,
melhor ainda, dez meses na sua
preparação.
2. Fale de algo que haja despertado
seu interesse. Fale daquilo que tem
profundo desejo de comunicar a seus
Irmãos. As palestras pobres são
geralmente aquelas que foram escritas ou decoradas, e faladas
sem emoção, sem sentimento e, por isso soam artificiais, causando
tédio na platéia. As palestras boas são aquelas que saem do
íntimo, como uma fonte.
3. Tenha um grande desejo de comunicar sua mensagem.
Preocupe-se com a altura de sua voz. Faça anotações no seu
texto, nas partes que deseja dar ênfase, chamar atenção. Treine
em casa algumas vezes, antes de se apresentar. Cronometre seu
tempo. Saiba quanto tempo vai durar sua apresentação com
antecedência. Assim você não se preocupará com a duração do
trabalho, pois já saberá antecipadamente o tempo a ser
despendido.
4. Nunca, nunca decore uma palestra palavra por palavra. Se
você decorar sua palestra, o mais provável é que esqueça no
momento de apresentá-la, e o auditório ficará feliz, já que ninguém
quer ouvir mesmo uma papagaiada.
5. Movimente-se enquanto fala. Mexa seus braços, olhe para
todos os lados, para os Vigilantes para as duas Colunas. Olhe nos
olhos da sua platéia. Isso dissipará sua tensão e aumentará sua
convicção. Ajudará a prender a atenção da platéia para as suas
idéias. Um orador estático rapidamente perde a atenção da platéia,
e não conseguirá produzir sintonia à recepção da oratória.
6. Use sua voz em diferentes tonalidades. Varie a tonalidade de
sua voz de acordo com o desenvolvimento do texto. Fale alto ou
fale baixo de acordo com o andamento de sua apresentação.
Discursos pronunciados em tom de voz único provocam sonolência
e desinteresse da platéia. Você certamente não
desejará que seu trabalho tão bem desenvolvido e preparado se
perca por falta de comunicabilidade.
7. Ensaie sua palestra conversando com os amigos. Converse
com seus Irmãos sobre o trabalho que está preparando. Observe
neles o interesse sobre o assunto. Peça-lhes sugestão. Este é um
modo infinitamente mais efetivo de ensaiar uma palestra do que
gesticular diante do espelho.
8. Não imite ninguém. Seja você mesmo. Não tema ser você
mesmo. Este é um bom conselho para fazer música, para escrever
e para falar. Você é algo novo neste mundo. Alegre-se. Ninguém
tem sido igual, nunca haverá ninguém igual a você. Assim
aproveite sua individualidade. Sua conversação deve ser parte de
sua própria pele. Deve sair de suas próprias experiências,
convicções, personalidade e de sua própria maneira de viver.
Ninguém sabe o que é que você pode fazer, até que você o faça.
9. Sempre que possível utilize os nomes de alguns de seus
ouvintes. Esta regra é útil se usada com moderação. O nome de
uma pessoa é para ela o som mais doce e importante do idioma.
Ajuda a prender a atenção do grupo para suas próximas citações.
10. Fale com modéstia e não com presunção. A modéstia e a
humildade inspiram confiança e benevolência. A pessoa que está
segura de si mesmo e tem confiança, nunca sente a necessidade
impressionar os demais com sua capacidade. Só o fracassado e o
indivíduo sem valor querem forçar-nos a reconhecer seus méritos.
11. Nunca fale com cara de poucos amigos e com tom de voz
áspero. Lembremo-nos que a expressão de nossos rostos e o tom
de nossa voz muitas fala melhor e mais fortes que nossas palavras.
Aquilo que ofende nossos ouvidos não poderá ganhar aceitação
facilmente.
12. Desfrute sua oratória enquanto fala. Se não desfrutarmos
enquanto falamos, como vamos esperar que os outros desfrutem
ouvindo? Por isso prepara-se para falar, ponha brilho no seu olhar,
sentimento na sua voz, e o faça com satisfação.
13. Não se desculpe nunca. Quantas vezes já ouvimos um orador
iniciar dizendo: Eu tinha um grande desejo de preparar-me, mas...
e assim temo não poder desempenhar a contento. Além disso, não
sou um grande orador, e portanto... Neste caso é preferível nem
começar a Peça de Arquitetura.
14. Recebamos bem as críticas (construtivas), em vez de
aborrecermo-nos com elas. Aprenda a ouvir com cordialidade as
vozes discordantes. Reflita sobre elas. Procure tirar proveito das
observações. Os elogios fáceis e despropositados não ajudam a
construir um bom palestrante.
2. Suportei, recentemente, uma palestra a respeito da Importância
da Maçonaria na Arte Contemporânea; evidentemente, como os
leitores poderão perceber no decorrer desta história, o título foi
outro e o nome do palestrante jamais será revelado. Tal palestra
nada acrescentou, nem a mim nem a ninguém. Contudo, pude
extrair algumas sábias lições de como não incorrer nos mesmos
erros. A palestra principiou quarenta e cinco minutos após a hora
anunciada; o palestrante fez-se apresentar por um Orador que leu
uma dezena de páginas; em vez de falar, leu; e leu mal. O
palestrante, por sua vez, também leu; e embora lendo bem, leu.
Quem não sabe falar sem ler não deve dar palestras. Ninguém
é obrigado a dá-las. A palestra é uma conversa com o público e
somente poderemos perceber a reação dos ouvintes se estivermos
falando. O público, por sua vez, é o termômetro do palestrante, e
quem lê, olhando folhas de papel, não consegue perceber as
utilíssimas indicações desse termômetro, suas oscilações,
variações, quedas e ascensões.
O palestrante, em lugar de entrar diretamente no assunto, fez um
longo e desnecessário preâmbulo e, vinte minutos depois, quando
abordou realmente o tema, metade da platéia já cochilava; sem
disso se aperceber, pois estava atento apenas à sua leitura, o
palestrante solicitou que as luzes fossem apagadas e que alguém o
auxiliasse no manuseio de um retroprojetor; resultado: três quartos
do público já dormia.
O operador do retroprojetor manteve-se, o tempo todo, em
descompasso com o palestrante; quando este mencionava a
Coluna dórica, aquele projetava a jônica; quando um discorria
acerca do compasso, o outro projetava o esquadro, e assim por
diante...Felizmente, para o orador, quando ele solicitou que as
luzes se acendessem novamente, alguém tropeçou, caiu, alguns
riram e todos despertaram. O único
momento comovedor foi quando,
finalmente, o orador declarou que,
não querendo abusar mais da
paciência de todos, apressaria-se em
concluir. Foi, então, entusiasticamente
aplaudido. Na saída, recebeu os
cumprimentos e os elogios habituais:
Parabéns, mestre. Foi uma palestra
inesquecível. Adoramos.
E assim por diante...
Conclusões:
1) Não acredite, palestrante, que o público comparece ávido para
ouvi-lo; o público geralmente são seus parentes, que comparecem
por obrigação; são seus amigos, que comparecem por espírito
fraterno, e são seus subalternos, que assim pretendem cair nas
boas graças do chefe. Algumas vezes são também seus inimigos e
adversários, que apenas desejam perceber seus pontos fracos ou
aguardar a oportunidade de uma vaia ou de uma violenta
contestação no momento certo. Poucos, bem poucos, são os que
comparecem por estarem realmente interessados no tema.
2) Quando anunciar que vai começar às 20 horas, comece às 20
horas, mesmo que ainda haja muitas poltronas vagas; se aguardar
mais alguns minutinhos por consideração aos retardatários, estará
cometendo uma descortesia com todos aqueles que chegaram
pontualmente.
3) Não acredite nos aplausos. Aplaudem-se todos os palestrantes,
independentemente do valor de suas palestras. O aplauso, salvo
aquele espontâneo que irrompe no meio de uma frase, é mera
convenção social, algo que não custa nada.
4) Não fale, como falam muitos, como se fizesse uso de uma
metralhadora; faça com que as palavras não formem uma torrente,
mas um rio sereno e variado.
5) Não queira dar lições. Passada a idade escolar, ninguém está
disposto a sentar-se à carteira e ouvir sermões. Se quiser
convencer ou persuadir aqueles que o ouvem, deixe-lhes a ilusão
de que a idéia partiu de cada um, e não de você. É o método
socrático, pelo qual se induz os outros a mudarem de opinião, com
uma concatenização de perguntas que demonstram seus erros.
6) A capacidade de resistência do público tem limites; nunca os
ultrapasse. Uma palestra lida não deve durar mais que trinta
minutos; falada, sessenta; impecável, noventa.
7) O interesse do público se demonstra pela imobilidade nas
poltronas, pela ausência de conversas paralelas e pelos olhares
que o acompanham. Quando estes esmaecerem, conclua
rapidamente... e todos lhe agradecerão. (Carlos Brasílio Conte, em,
O Livro do Orador).
3. Pequeno Dicionário de Oratória: Ambigüidade - Não deixar
claro o sentido de uma palavra ou de uma frase que podem ser
interpretadas pelo menos de duas maneiras diferentes. Antítese -
Figura de linguagem que faz uso de expressões opostas: De
repente do riso fez-se o pranto (Vinícius de Morais). Aparência -
Uma boa aparência ajuda a aumentar a autoconfiança e a
confiança que as pessoas têm no orador. Isto mostra que o orador
os respeita e se esforçou para se vestir adequadamente.
Apresentação - É uma ferramenta de comunicação muito
poderosa que deve ser adequada à personalidade do orador. As
imagens devem ser usadas com parcimônia. Embora se diga que
uma figura vale por 1000 palavras, é preciso verificar se ela não
está deixando a inteligência inativa.
Arcaísmo - Emprego de palavras ou construções antigas, que já
caíram em desuso. Antanho por no passado. Antelóquio por
prefácio. Argumento - Ao nível da Retórica, o argumento consiste
no emprego de provas, justificativas, arrazoados, a fim de apoiar
uma opinião ou tese, e/ou rechaçar uma outra.
Auditório - Tecnicamente, é o conjunto de todos aquelas pessoas
que o orador quer influenciar mediante o seu discurso. Barbarismo
- Consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com
a norma culta. Eles ocorrem:
1) na grafia: analizar por analisar;
2) na pronuncia: rúbrica por rubrica;
3) na morfologia: deteu por deteve;
4) na semântica (sentido das palavras): o iminente jurista presidiu a
seção (por eminente sessão).
Cacoetes Lingüísticos - São palavras ou partículas usadas com
muita insistência para encerrar a frase ou para continuá-la. Eis
alguns: Tá, né? Entende? Sabe? Percebe? Uai... Da mesma forma,
há quem abuse de a gente isso, a gente aquilo, a gente chegou, a
gente pediu, etc.
Evitar o uso constante de a nível de, enquanto que, de repente, etc.
Cacofonia - Qualquer seqüência silábica que provoque som
desagradável como A boca dela é enorme por Sua boca é enorme.
A cacofonia compreende:
a) Cacófato: Encontro de sílabas que forma uma palavra obscena.
Envie-me já os catálogos. Polícia federal confisca gado de
fazendeiros.
b) Eco: Repetição desagradável de terminações iguais.
Freqüentemente o presidente sente dor de dente.
c) Colisão: Repetição de consoantes iguais ou semelhantes. O
monstro medonho mede, mais ou menos, um metro e meio.
d) Hiato: Seqüência ininterrupta de vogais. Ou eu o ouço ou eu o
ignoro. Carismáticos - As pessoas descrevem como carismáticos
aquelas de quem gostam sem nenhuma razão aparente.
Comparação - Figura de linguagem que consiste em atribuir a um
ser características presentes em outro ser, pelo fato de haver entre
os dois uma determinada semelhança. Minha dor é inútil como uma
gaiola numa terra onde não há pássaros. (Fernando Pessoa).
Comparações, analogias e metáforas - Enquanto uma analogia
geralmente faz uma comparação relativamente completa,
mostrando explícita ou implicitamente muitos pontos em comum,
uma comparação acentua um só ponto e nela costuma-se usar as
palavras como ou igual a. Já a metáfora é uma comparação que,
ao invés de mostrar explicitamente as semelhanças entre duas
coisas, aceita-as implicitamente, dizendo que uma coisa é outra,
sob certos aspectos. Além disso, na metáfora não se usam as
palavras como ou iguais.
Comunicação - É freqüentemente definida como a troca de
informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência
(percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos.
Debate Orientado - O debate é o método no qual os oradores
apresentam seus pontos de vista e falam pró ou contra uma
determinada proposição.
Use-o quando os assuntos requeiram sutileza; para estimular a
análise; para apresentar diferentes pontos de vista. Vantagens:
Apresenta os dois aspectos de um problema; aprofunda os
assuntos em discussão; desperta o interesse.
Limitações: O desejo de ganhar pode ser demasiadamente
enfatizado; requer muita preparação; pode produzir demasiada
emoção.
Desenvolvimento - Quanto ao desenvolvimento, o discurso
bifurca-se em: a) Narração: Consiste na exposição minuciosa,
parcial, encarecedora, do que de modo sintético e direto se
expressa na proposição: o orador seleciona os fatos que convém à
sua causa e focaliza-os da perspectiva que mais lhe favorece o
intento, emprestando relevo a alguns e minimizando outros, de
acordo com o interesse do momento. b) Argumentação: É a parte
nuclear e decisiva do discurso, e vem já preparada pelo exórdio e
pela narração. Para exercer seu efeito no conjunto do discurso, a
argumentação deve conter uma ou mais provas, ou seja, um ou
mais argumentos, calcados no raciocínio e no princípio da
dedução: o silogismo, a dialética e o paradoxo.
A argumentação pode conter exemplo, ou melhor, prova trazida de
fora. Dialética - Na boa visão de Hegel, é o diálogo dos opostos.
Quer dizer, o bem existe porque é comparado ao mal, a liberdade à
escravidão e a verdade ao erro. Dicção - Modo de dizer; arte de
dizer, de recitar.
Dinâmica de Grupo - É a divisão de um grupo grande em diversas
equipes. Estas equipes discutem problemas já assinalados
anteriormente, geralmente com o propósito de informar depois ao
grupo maior. Use-o quando o grupo é demasiadamente grande
para que todos os membros participem; quando se exploram vários
aspectos de um assunto; quando o tempo é limitado. Vantagens:
Estimula os alunos tímidos; desperta um sentimento cordial de
amizade; desenvolve a habilidade para dirigir. Limitações: Pode ser
o resultado de um conjunto de deficiência; os grupos podem
desviar-se do assunto em questão; a direção pode ser mal
organizada.
Discurso - Do latim discursu. Ação de correr por ou para várias
partes. Discorrer sobre vários assuntos. No plano da oratória,
designa a elocução pública, que visa a comover e persuadir. Trata-
se de um termo de largo uso e de sentidos diversos:
a) O discurso pode ser verbal - centrado nas palavras - e não-
verbal - centrado na imagem nos gestos etc.
b) O discurso verbal pode ser oral ou escrito - também chamado
texto.
c) Considerando que a unidade máxima do sistema da língua é a
frase, podemos dizer que o discurso está centrado nas seqüências
frasais - eventualmente numa frase.
d) O discurso implica um esforço expressivo do eu - o que irá
configurar o estilo - no sentido transitar uma mensagem para
alguém. Elipse - Omissão de um termo facilmente identificável.
O principal efeito é a conclusão. Exemplo: No céu, dois fiapos de
nuvens. (No céu, aparecem (existem/há) dois fiapos de nuvens).
Equívoco - Mudar o significado ou a conotação de uma palavra.
Estereótipo - Frase ou expressão modelar que de tanto ser usada
perdeu sua força inicial. Trata-se de um clichê, de uma fórmula
muitas vezes vazia. Exemplo: Não tenho palavras para agradecer,
A memorável vitória etc.
Estilo - É a maneira peculiar de que se seve cada ser humano
para expressar suas próprias idéias. Não se deve confundir o estilo
com as palavras e as idéias empregadas por um homem, que as
pode usar justas e corretas, apesar de ser vicioso, duro ou frio,
frouxo ou afetado o seu estilo.
Estrangeirismo - Quando usados desnecessariamente também
constituem barbarismo 1) Galicismo: garçon por garçom 2)
Anglicismo: cocktail por coquetel; week-end por fim de semana.
Etimologia - É a ciência que investiga as origens próximas e
remotas das palavras e sua evolução histórica. Do grego etymon
(étimo) vocábulo que é origem de outro.
Eufemismo - Figura de linguagem que consiste no abrandamento
de expressões cruas ou desagradáveis. Foi acometido pelo mal de
Hansen (= contraiu lepra). Os funcionários da limpeza pública estão
em greve (= lixeiros).
Exórdio - Contendo a introdução do discurso, objetiva ganhar a
simpatia do juiz (ou, em sentido mais amplo, do público) para o
assunto do discurso. No geral, o exórdio encerra duas partes:
a) A proposição: que consiste no enunciado do tema ou assunto, e
b) A divisão, vale dizer, a enumeração das partes que totalizam o
discurso e, portanto, assinalam o caminho a seguir pelo orador.
Falar bem e dizer bem - Há uma diferença essencial entre o falar
bem (utilizar com eficiência os recursos gramaticais, as metáforas e
os argumentos criativos) e o dizer bem (sintonizar-se com os
ouvintes de forma natural, persuasiva e empática). O líder
empresarial deve ser um facilitador da aprendizagem e canalizador
da energia do grupo. Por isso, espera-se que em suas
comunicações o falar e o dizer se harmonizem perfeitamente.
Gestos - Ato ou ação por meio do qual se dá força às palavras.
Deve ser feito sem exagero e sem excessos, isto é, com
naturalidade e elegância. Lembrar sempre que ele é apenas a
essência, tão somente, do que se quer
exprimir. Deve preceder à palavra ou
acompanhá-la, nunca sucedê-la. Se
anteceder, prepara o efeito da palavra; se
acompanhá-la, reforça-a; se suceder, perde
sua força. Gestualidade - É o
comportamento do corpo que abrange
gestos (em movimento) e atitudes ou
posturas (parados). É a linguagem do corpo:
sermo corporis. O Corpo fala através de
gestos e atitudes que acompanham
significativamente a pronunciação. Dentro
da gestualidade se destaca uma nova área de investigação: a
proxêmica.
Hipérbole - É uma afirmação exagerada para conseguir-se maior
efeito estilístico. - Chorou um rio de lágrimas.- Toda a vida se tece
de mil mortes. - Um oceano de cabeças ondulava à sua frente.
Idéia central - É um pensamento único, expresso numa frase
simples, clara e, se possível, direta, e que resuma a essência do
que se quer provar ou demonstrar através da palestra inteira. Em
torno dela e/ou em direção a ela se encaminharão todos os
assuntos e ilustrações. Obs.: A idéia central não deve ser
confundida com o tema, que é o assunto da palestra. A idéia
central é a definição, objetivo específico dentro do tema. Sinônimo:
idéia-mãe.
Ironia - Consiste em sugerir, pela entonação e contexto, o contrário
do que as palavras ou as frases exprimem, por intenção sarcástica.
Que belo negócio! (=que péssimo negócio). O rapaz tem a sutileza
de um elefante.
Língua - O conhecimento da língua portuguesa é muito importante
para o orador, pois as incorreções gramaticais não são perdoáveis
a quem se atreve a falar em público. Alguns erros que causam má
impressão: Me vejo na obrigação... Tenho a súbida honra... Se ele
intervir... acabo de assistir um espetáculo.
Linguagem - É a expressão de nossas idéias por meio de certos
sons articulados que lhes servem de sinais. É a expressão da
evolução espiritual e mental do homem, e a verbalização do
comportamento faz parte dela.
Maiêutica - Método socrático, onde o instrutor desenvolve sua
exposição fazendo perguntas aos alunos. Deve-se evitar o pseudo-
diálogo.
Medo - Reflete a sensação de se expor a uma situação nova com a
condição de enfrentar ou escapar. Os oradores se beneficiam
disso: a adrenalina se transforma em energia; suas mentes
parecem mais alerta; surgem novos pensamentos, fatos e idéias.
Cícero disse que todo discurso de mérito autêntico se caracteriza
pelo nervosismo. É uma forma de autopreservação comum a todas
as pessoas, contra aquilo que consideramos ser a concretização
de uma ameaça dolorosa. Ele aumenta desproporcionalmente a
sensação de perigo: é a forma que o corpo e a mente encontram
para se protegerem das ameaças.
Memória - É a capacidade de fixar, reter, evocar e reconhecer
impressões ou acontecimentos passados. A memória pode ser
comparada a uma câmara fotográfica: a atenção é, para a mente, o
que o poder de focalizar a lente é para a câmara. Exercício para a
memória:
a) Olhar um objeto, fechar depois os olhos e passar a descrevê-lo
mentalmente. Abrir logo após os olhos, e verificar o que
esquecemos e o que lembramos.
b) Abrir as páginas de um jornal, ler os cabeçalhos; fechar em
seguida os olhos, e rememorar mentalmente.
c) Ler um pensamento, duas, três, quatro vezes. Depois, repita-o
de cor. Obtida a memorização, medite sobre ele.
d) Há à sua frente um grupo de pessoas. Observe-as.
Imediatamente procure recordá-las na ordem em que estão da
direita para a esquerda e vice-versa. Verifique logo depois se
acertou ou errou.
e) Ao assistir a uma palestra ou conferência, ou ao ler um artigo,
etc., faça logo, de memória, uma síntese, e preferentemente a
escreva.
Metáfora - É a mudança do sentido comum de uma palavra por
outro sentido possível que, a partir de uma comparação
subentendida, tal palavra possa sugerir. Essa mulher é uma
cascavel.
Método - Do grego méthodos - caminho para chegar a um fim.
Processo ou técnica de ensino. O método depende dos propósitos
que se tenha, da habilidade do professor ou líder, da disposição do
aluno, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos materiais
de trabalho.
Metonímia - É a substituição de uma palavra por outra, quando
entre ambas existe uma relação de proximidade de sentidos que
permite essa troca. Exemplo: O estádio aplaudiu o jogador. Estádio
está substituindo torcedores (a troca foi possível porque o estádio
contém os torcedores).
Opinião - É preciso ultrapassar a preguiça do: Vou dar minha
opinião sobre... A palavra opinião é eminentemente reveladora:
pois a opinião é muito subjetiva. Ela pode ser um sinal de
humildade, as na maioria das vezes revela um grande
empobrecimento do pensamento.
Palavras que revelam insegurança – Evite usar: quem sabe,
talvez seja, aliás, pode ser, assim parece, quero crer, julgo que,
tudo parece indicar que. Substituí-las por palavras afirmativas.
Parábola - É um relato que possui sentido próprio, destinado,
porém, a sugerir, além desse sentido imediato, uma lição moral. É
um tipo de comparação construído em forma de narrativa. Conta-se
uma história para se extraírem ensinamentos que possam ilustrar
outra situação. No fundo do parabole grego há a idéia de
comparação, enigma, curiosidade. As parábolas evangélicas
contadas por Jesus são imagens tomadas das realidades terrestres
para serem sinais das realidades reveladas por Deus. Elas
precisam de uma explicação mais profunda.
Peroração - É a conclusão de um discurso. A recapitulação,
mediante a qual o orador refresca a memória da audiência.
Persuasão - É o emprego de argumentos, legítimos e não
legítimos, com o propósito de se conseguir que outros indivíduos
adotem certas linhas de conduta, teorias ou crenças. Diz-se
também que é a arte de captar as mentes dos homens através das
palavras.
Preciosismo - Exagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade
e clareza da frase. Exemplo: Isso é colóquio flácido para acalentar
bovino (por Isso é conversa mole pra boi dormir).
Pregação - Deveria ser considerada a mais nobre tarefa que existe
na terra. Significa a verdade divina através da personalidade ou a
verdade de Deus apresentada por uma personalidade, para ir ao
encontro das necessidades humanas.
Preleção - É o método clássico, onde o orador faz seu discurso
diante do auditório. Use-o quando vai dar informação, quando os
discípulos já estão interessados e quando o grupo é demasiado
grande para empregar outros métodos. Vantagens: Transmissão
de grande quantidade de informações em pouco tempo; pode ser
empregado com grupos grandes; requer uso de pouco material.
Limitações: Impede que o aluno participe contestando; dificulta o
poder de retenção; poucos conferencistas são bons oradores.
Princípio do diga - Diga a eles o que você vais lhes dizer. Diga a
eles. Diga a eles o que você lhes disse. As pessoas lembram
melhor o que ouvem no início e no fim do discurso. Faça um
sumário do discurso nos dois extremos e os ouvintes, quando
forem embora, vão se lembrar de uma boa parte do enchimento.
Prova do telefone - Qualquer pessoa que souber utilizar bem um
telefone tem geralmente jeito para ser um bom orador. De fato,
uma artimanha usada por organizadores ou agentes a quem foi
recomendado um orador desconhecido, é telefonar-lhe. Se
conseguir despertar o interesse de um estranho - e, sobretudo, de
fazer rir é um orador prometedor.
Proxêmica - O orador se movimenta no espaço entre ele e o
público de modo pertinente. Ora se situa num plano mais elevado
ou mais baixo ou no mesmo nível; ou se distancia ou se aproxima
com intenções definidas.
Raciocínio apodíctico - Do grego apodeiktkós. Possuía o tom da
verdade inquestionável. O que se pode verificar aqui é o mais
completo dirigismo das idéias; a argumentação é redigida com tal
grau de fechamento que não resta ao receptor qualquer dúvida
quanto à verdade do emissor.
Retórica - No sentido original, a retórica inclui qualquer discurso ou
texto escrito eficaz. Modernamente, a retórica implica uma tentativa
de persuadir por meio de palavras, faladas ou escritas.
Semântica - É o estudo das mudanças que no espaço e no tempo,
experimenta a significação das palavras consideradas como sinais
das idéias: semasiologia; semiologia. Do grego sêma-tos, sinal,
marca, significação.
Sinônimos - São palavras de significado aproximado, já que não
existe sinônimo perfeito.
Solecismo - Qualquer erro de sintaxe: a) De concordância: Fazem
anos que não o vejo (por Faz) b) De regência: Esqueceram de mim
(por Esqueceram-se de mim). c) De colocação: Não coloque-a na
água (por Não a coloque na água).
Tautologia - Repetição desnecessária de informações. O mesmo
que redundância. Exemplo: Ele detém o monopólio exclusivo dos
refrigerantes na Índia. (Na palavra monopólio já existe a idéia de
exclusividade).
Vícios de linguagem - Uso de palavras ou frases que ferem a
língua portuguesa, em regra, colocando erradamente os pronomes
ou formando cacófatos.
4. Se eu for falar por dez minutos, eu preciso de uma semana de
preparação; se quinze minutos, três dias; se meia-hora, dois dias;
se uma hora, estou pronto agora. (Woodrow Wilson). 5. Que órgão
maravilhoso o da fala, quando manobrada por um Mestre. (V.
Eloqüência, Retórica).
ÚLTIMA SESSÃO – A Loja Alferes Tiradentes nr. 20 na última
sexta-feira (9) trabalhou pela última vez no Templo situado no
Condomínio Itacorubí.
Foi uma Sessão conjunta denominada "Operação Triângulo III"
em que participaram as Lojas Leo Martins nº 84 (GOSC), Fenix
do Sul nº 3047º (GOB) e, Samuel Fonseca nº 79 (GOSC).
Na oportunidade o Ir. Alcides José Fernandes Andjur, da Loja
Samuel Fonseca brindou os presentes com a palestra "Gestão de
Lojas".
A Loja Alferes Tiradentes na próxima sexta-feira (16) passa a
ocupar as dependências de um dos Templo em Bom Abrigo, bairro
continental de Florianópolis.
Abaixo dois registros de alguns dos Irmãos presentes, após a
Sessão conjunta
CHEGANDO – Do Círculo do Livro Maçônico, chegando a obra
do mês intitulada “Instrucional Maçônico” do Ir. Tito Alves de
Campos, Editora “A Trolha”, de 197 páginas.
Inúmeras “Instruções dialogadas”, “Aumento de Salário” e
“Câmara de Reflexões”, são alguns dos interessantes assuntos
para uma boa leitura de final de semana.
VI Encontro de Cultura Maçônica – Na edição de amanhã
estaremos apresentando a cobertura do VI Encontro de Cultura
Maçônica, promovido pela Loja Templários da Nova Era, realizada
sábado (10) nas dependências da Grande Loja de Santa Catarina
Place de Pena - Sintra
Numa bela manhã ensolarada de domingo, caminhando pelo
interior de uma floresta, situada na Serra de Vista Alegre, neste
Estado, meditava sobre a vida, a felicidade, conquistas materiais, amores, etc.
Tudo muito confuso, no mundo das minhas emoções.
Soube, também, que um ermitão habita aquela floresta.
Já, quase no alto da montanha, fui surpreendido pelo ladrar, incessante, de um
cachorro pequeno.
Em seguida, escutei um assobio, ao que, fielmente, foi acolhido
pelo cão.
Em alguns segundos, estava à frente daquele homem, o mesmo,
certamente, de quem tantas histórias ouvi contar.
Gentilmente, me cumprimentou, convidou-me a chegar até sua
"casa ", instalada numa caverna, formada por uma grande rocha, com acabamentos
em varas de bambu.
Ofereceu-me água fresca, colhida num esticar de braço, ao lado
da caverna.
A passarada, de todas as espécies da região, gorjeava sem parar.
Parecia uma orquestra, regida pela natureza.
Sobre a estiva de varas, uma infinidade de frutas, por ele mesmo
plantadas e colhidas, e que passei, por sua generosidade, a
saborear.
Barbeia-se a cada três meses, quando vai ao povoado comprar alguns gêneros
alimentícios, por ele não produzidos na montanha.
Saudoso por uma boa conversa, contou-me que está só, naquele lugar, por uma
opção de vida.
Cansou-se das pressões sociais, das cruéis decepções e traições.
Disse viver, muito bem acompanhado do seu cão, um cachorrinho de rua, por ele
adotado e batizado de"amigo ". Jamais lhe traiu.
Quando perguntei por sua família, respondeu-me, apenas, que sentia saudade dos
seus dois filhos. Desconversou, em seguida.
Despedi-me de Euzébio, Professor Universitário de Antropologia, na certeza de
haver conhecido um homem feliz, e que muito me ensinou sobre as amarras
sociais, ditadas pelas ambições, e que conduzem o ser humano à infelicidade,
normalmente, sem volta.
Mas, por Euzébio, a regra foi quebrada.
É um homem feliz, abraçado a um universo de puro amor, que
lhe acolhe com todo o fervor.
Ama aquela montanha e tudo o que nela existe. Admira as
estrelas, a lua, o vento, o sol e a chuva, pois somente assim é
feliz.
Subi a montanha com um fardo de questionamentos.
Retornei leve e sábio, com um novo amigo.
Fez-me repensar toda a minha vida...
Veja mais poemas do autor:
Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira
Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes
Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina
Os presentes versos foram extraídos do site da Loja Alferes Tiradentes: http://www.alferes20.org
Criado e mantido pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro
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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 376 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quintas-feiras 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC) 11 de setembro de 2011 Índice deste domingo: 1. Almanaque 2. “: K Entre Nós” – (Pedras Polidas, mas sempre brutas? Ir. Marco Antonio Nunes) 3. A Preparação do Maçom (Ir. Marcos José da Silva) 4. Oratória (Verbete – do Vade-Mécum Do Meio-Dia à Meia- Noite do Ir. João Ivo Girardi) 5. Destaques JB
  • 3.  1297 - Os escoceses liderados por William Wallace derrotam os ingleses na Batalha de Stirling Bridge, durante a guerra pela independência.  1609 - descoberta do Rio Hudson por Henry Hudson.  1714 - Tomada de Barcelona pelas forças borbónicas durante a Guerra da Sucessão Espanhola  1836 - Rebeldes farroupilhas proclamam a República Rio-Grandense (v. Guerra dos Farrapos).  1857 - Massacre de 150 colonos não-mórmons em Mountain Meadows perto de St. George (Utah), EUA, supostamente por mórmons radicais.  1875 - Fundação da Academia Mexicana de Línguas  1905 - Joaquim Xavier Guimarães Natal é nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil.  1936 - Presidente Franklin Delano Roosevelt inaugura a represa Boulder.  1968 - Lançamento da primeira edição da revista Veja.  1969 - Junta Militar edita o AI-15.  1971 - Morre o líder soviético Nikita Khrushchov.  1973 - Assassinato do presidente eleito do Chile de Salvador Allende, e bombardeando do Palácio de La Moneda como inicio do golpe militar no Chile, realizado com apoio americano através da CIA e que levou ao poder o ditador militar Pinochet no Chile,cujo regime resultou na morte de cerca de 30,000 pessoas e milhares de desaparecidos e torturados.  1973 - Assassinato da menina Ana Lídia em Brasília/DF.  1985 - Maior acidente ferroviário de que há memória em Portugal.
  • 4.  1987 - Assassinato de Peter Tosh, durante um assalto em sua residência.  1990 - Sancionada, no Brasil, lei de defesa do direito do consumidor  1997 - Chega a Marte a sonda Mars Global Surveyor.  2001 - Ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, provocando cerca de 3000 mortes.  2005 - Israel declara unilateralmente seu desligamento militar nas operações na faixa de Gaza.  Feriado municipal em Araripina  Feriado municipal em Ribeirão  Feriado municipal em Cabrobó Espanha  Dia Nacional da Catalunha (fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1811: Fundação da Grande Loja da Saxônia 1826: O desaparecimento de William Morgan, autor de uma inconfidência, provoca uma violenta campanha anti-maçônica nos Estados Unidos. 1973: Uma junta militar depõe o presidente Salvador Allende () no Chile.
  • 5. O autor, Ir – Florianópolis – SC é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9 Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC Escreve aos domingos o “K ENTRE NÓS”. Contato: martoni.nunes@gmail.com Pedras Polidas, mas sempre Brutas? Quando Aprendiz, por ocasião das primeiras instruções, fixei-me muito no significado da Pedra, muito representativa dentre as inúmeras simbologias que nos são passadas no início da nossa jornada maçônica. Tanto assim, que idealizei este diálogo entre um Aprendiz e um Mestre versando justamente sobre as infindáveis divagações e interpretações que a nossa imaginação pode nos levar sobre um símbolo tão significativo como é a Pedra: - Mestre, por que somos comparados a pedras? - Comparados não seria o termo adequado. Ingressastes na Ordem recentemente e não tens ainda a noção do que representam as pedras na Maçonaria e os demais símbolos, que não são poucos. Tudo é uma questão de associação de pensamentos filosóficos, dentro de um contexto simbólico. Se formos nos comparar a
  • 6. pedras, como fazes alusão na tua pergunta, poderíamos partir para uma série de infindáveis digressões e todas elas chegariam a significados admissíveis, caso partilharmos o mesmo ponto de vista. Ao contrário, diver- gindo em qualquer aspecto, já não teríamos uma comparação plausível e partiríamos para novas digres- sões até encontrarmos outro ponto de convergência. - Mas se não somos comparados, por que então alguns mestres falam que nós, aprendizes, somos pedras brutas que devem ser lapidadas? - É uma forma de utilizar a simbologia, muito forte na Maçonaria, notadamente nos graus simbólicos. Quando galgares os demais graus, irás entender melhor e chegarás a conclusões próprias que melhor forem do teu entendimento e te adaptarás à tua forma de pensar e de interpretar todas as questões simbólicas. Quanto à compa- ração aprendiz/pedra bruta, estaria mal formulada, tendo em vista que a comparação não é propriamente feita com a pessoa do aprendiz, mas com a condição de neófito na sua nova dimensão de conhecimento e aprendizado, para o qual foi iniciado. Sua formação maçónica começou justamente na iniciação, onde foram transmitidas inúmeras informações. Se tivesses prestado atenção em tudo quanto aconteceu e te foi dito, perceberias que toda a tua futura vida maçónica foi ali reproduzida. Só que as informações foram tantas, quase todas elas direcionadas somente para o teu sentido auditivo, já que teus demais sentidos estavam todos concentrados na expectativa e na aflição da nova experiência que, aos poucos, tua memória irá trabalhar esse mundo novo que foi descortinado e que, à medida que fores tomando ciência e absorvendo esses ensinamentos, irás perceber que as lascas impuras da ignorância irão dar lugar à polidez do conhecimento já latente nas tuas experiências pessoais e de outras vidas.
  • 7. - Insinuas que a gente nasce sábio e necessita de estímulo para aflorar essa sabedoria? - Grande parte de nós, sim. A crosta que envolve a polidez da nossa pedra pode ser mais ou menos espessa, dependendo da planificação da missão engendrada com nossos mentores antes de assumirmos a nova jornada. Assim como a polidez interna, ainda não perfeita, que pode receber novos acabamentos, após o desbaste da crosta que a envolve. - Então é essa a comparação com a pedra que nos é feita? Tuas palavras me fazem pensar diferente. Não tinha pensado na profundidade da simbologia da pedra. Nossos defeitos são as impurezas brutas das lascas que absorvemos com a maneira de agir, de pensar, das nossas ansiedades e paixões.. - Vejo que já estás progredindo e entendendo o sentido desta analogia. - Seguindo este raciocínio, poderíamos acrescentar muitas outras comparações! - Como exemplo? - Existem pedras, ou rochas, que são polidas por fora, mas completamente irregulares por dentro! Levando-nos a pensar que existem pessoas polidas na aparência, mas desprovidas de bons sentimentos e de boas intenções. Ou seja, completamente incultas espiritualmente. - Perfeita a tua visão! Poderíamos avançar nessa linha comparativa e admitir o contrário, ou seja, muitos possuímos a polidez interna encoberta por uma camada de imperfeições. Um exemplo de pedra ou rocha que se encaixa nessa nossa comparação é a ágata, uma pedra semipreciosa completamente disforme e sem atrativo externo, mas no seu interior encerra uma beleza translúcida impressionante, dando-nos a exata dimensão
  • 8. da períeição com que a natureza, no seu infinito capricho, trabalha os seus elementos de forma harmónica. Lembremo-nos, também, do diamante que sai da mina completamente impuro e sem o esplendor da beleza que é realçada com a sua lapidação, alcançando valores incal- culáveis. - Não gostei da comparação do diamante! - Por que? -Diamante serve somente para ostentar o seu valor, a sua beleza, o seu brilho e ornamentar outros tipos de jóias. Haveria pessoas com essas características? - E como! Não existem, por acaso, aqueles que vivem somente de aparências? Esplendorosos por fora e completamente translúcidos e transparentes no seu interior. Por outro lado, seguindo o nOSSO raciocínio, temos as pessoas autênticas que realmente são aquilo que aparentam e foram preparadas com esmerada educação, valorizando a sua pureza de espírito, caracterizando o diamante verdadeiro que, quanto mais perfeita a sua lapidação, maior o seu valor; nesse caso, infelizmente, cada vez mais raros entre nós. E os falsos diamantes? Esses existem em todos os lugares, em todas as estratificações sociais. Por serem falsos, não se consegue agregar valor nem com a mais perfeita lapidação. - Mestre. Uma pergunta que me ocorre neste momento. Sendo a Maçonaria composta de homens justos e perfeitos, caracterizando os diamantes verdadeiros, existiriam entre eles os “falsos diamantes”? Poderíamos comparar a Maçonaria a uma joalheria que contivesse so- mente pedras preciosas e verdadeiras? - Meu aprendiz, meu aprendiz! Tens pela frente muito a entender e aprender sobre os homens e, em consequência,
  • 9. sobre os maçons. Por enquanto, pense na Maçonaria como uma imensa pedreira de onde são extraídos blocos de rochas, que se transformam em pedras disformes e brutas com o uso dos instrumentos que aprenderás a manejar. Com o uso desses instrumentos, aprenderás a técnica do desbaste das imperfeições mais brutas das pedras para, posteriormente e em etapas sequentes, serem encaixadas numa grande obra. Essa interminável obra a que todos os Maçons se dedicam a erigir, mas que jamais será tida como concluída. Daí, a conclusão a que se chega é a de que justos temos condições de ser, à medida que entendamos o real significado de justiça e a prática das nossas ações em direção a ela. Mas perfeitos... Talvez encontremos essa joalheria que fazes menção lá no Oriente Eterno, para onde são encaminhadas somente as pedras já prontas e devidamente lapidadas, qual o nosso diamante verdadeiro. Quanto aos refugos, ou seja, aquelas pedras ainda com muitas imperfeições, essas, sim, devem ir para uma outra pedreira e passar novamente por todos os processos de lapidação e acabamento até chegar ao controle de qualidade do Grande Geólogo do Universo, que deverá aquilatar a qualidade da pedra. - Mestre. Obrigado por este ensinamento da pedra. Chego à conclusão de que não passamos de meros cascalhos perdidos e soltos no mundo, agregando os elementos da natureza até sermos descobertos e trabalhados para fazermos parte de uma grande obra. - É, meu aprendiz! E o reino mineral é o primeiro deles. Dá para perceber o quanto ainda somos primatas e o quanto ainda temos que evoluir. E há quem se julgue perfeito!
  • 10. Ir Marcos José da Silva Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil. Talvez não seja exagero insistir na responsabilidade das Lojas Simbólicas e seus Mestres na formação Maçônica dos Irmão s aprendizes, estes que estão dando os primeiros passos na longa estrada que se estende a seu olhar, sedentos de verem o predomínio, no mundo, da virtude e da justiça. O sonho do iniciado do primeiro grau é ver a exaltação da fraternidade humana, tema praticamente alijado da presente ideologia da competitividade. A grande prova de confiança e de entusiasmo natural com que o homem profano se candidata a ingresso na Sublime Instituição, ao aceitar a devassa em sua vida privada por pessoas geralmente desconhecidas, no processo de admissão, deve ter, em contrapartida, o carinho e o desvelo da Loja em sua preparação maçônica, de modo a não se frustrarem as expectativas do principiante na senda da virtude. Em sessões dedicadas aos aprendizes, que se realizam
  • 11. em nossos templos uma soma considerável de conceitos maçônicos são oferecidos à reflexão do novel maçom que deseje estudar criteriosamente o seu ritual e tenha disposição mental de repousar o pensamento sobre cada um desses conceitos. Mas, é dever dos Mestres da Loja orientar os estudos, deixando sempre cada Irmão livre para enriquecer seus conhecimentos e premiar seus próprios esforços. Embora o ensinamento maçônico não siga o modelo do magister dix, está subordinado aos princípios gerais e aos postulados da Ordem, e o estudante tem liberdade para explorá-lo especulativamente, sob orientação, claro, do Mestre, cuja principal missão é justamente essa, como se diz nas instituições iniciáticas em geral: espargir a luz. O descaso com a preparação do maçom que engatinha nos primeiros graus é um dos mais perversos desserviços à Maçonaria, eis que o aprendiz de hoje pode ser o mestre e Grão-Mestre de amanhã, cabendo-lhe, nesse momento, a missão de conduzir os destinos da Sublime Instituição. A formação deficiente do Maçom pode ser causa do enfraquecimento da Ordem. Maior atenção deve ser dedicada aos que ingressam na Maçonaria, via de regra movidos por impulso interior, intuição pessoal, à áspera de estímulos de toda natureza para que realize, em si mesmo, com toda perfeição, em ambiente de verdadeira fraternidade, o ideal maçônico em benefício da humanidade.
  • 12. O Ir. João Ivo Girardi da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) dominicalmente enfoca um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas. “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”. Contato: joaogira@terra.com.br VERBETE DESTE DOMINGO: ORATÓRIA: 1. É a arte de falar ao público. Diz a nossa instituição que cabe ao Orador a linguagem clara, conclusiva e não afetada quando se dirige aos Irmãos. Entendo que para assumir as funções de Orador a Loja escolha entre os seus membros aqueles que dispõem das qualidades de uma boa oratória. No entanto, quando qualquer Irmão é designado para uma Peça de Arquitetura e o mesmo não tem uma mínima preparação de técnicas de oratória, o resultado é um desastre. Cabe a cada um, individualmente, o desenvolvimento destas técnicas. Para lembrar aos Irmãos, um dos degraus que dá acesso do Ocidente para o Oriente é simbolizado pela Retórica.
  • 13. Técnicas de Oratória: 1. Fale sobre aquilo que você conhece a fundo e sabe que conhece. Ou seja: Prepare-se. Não passe dez minutos ou dez horas em sua preparação. Passe dez semanas, melhor ainda, dez meses na sua preparação. 2. Fale de algo que haja despertado seu interesse. Fale daquilo que tem profundo desejo de comunicar a seus Irmãos. As palestras pobres são geralmente aquelas que foram escritas ou decoradas, e faladas sem emoção, sem sentimento e, por isso soam artificiais, causando tédio na platéia. As palestras boas são aquelas que saem do íntimo, como uma fonte. 3. Tenha um grande desejo de comunicar sua mensagem. Preocupe-se com a altura de sua voz. Faça anotações no seu texto, nas partes que deseja dar ênfase, chamar atenção. Treine em casa algumas vezes, antes de se apresentar. Cronometre seu tempo. Saiba quanto tempo vai durar sua apresentação com antecedência. Assim você não se preocupará com a duração do trabalho, pois já saberá antecipadamente o tempo a ser despendido. 4. Nunca, nunca decore uma palestra palavra por palavra. Se você decorar sua palestra, o mais provável é que esqueça no momento de apresentá-la, e o auditório ficará feliz, já que ninguém quer ouvir mesmo uma papagaiada. 5. Movimente-se enquanto fala. Mexa seus braços, olhe para todos os lados, para os Vigilantes para as duas Colunas. Olhe nos olhos da sua platéia. Isso dissipará sua tensão e aumentará sua convicção. Ajudará a prender a atenção da platéia para as suas idéias. Um orador estático rapidamente perde a atenção da platéia, e não conseguirá produzir sintonia à recepção da oratória. 6. Use sua voz em diferentes tonalidades. Varie a tonalidade de sua voz de acordo com o desenvolvimento do texto. Fale alto ou fale baixo de acordo com o andamento de sua apresentação. Discursos pronunciados em tom de voz único provocam sonolência
  • 14. e desinteresse da platéia. Você certamente não desejará que seu trabalho tão bem desenvolvido e preparado se perca por falta de comunicabilidade. 7. Ensaie sua palestra conversando com os amigos. Converse com seus Irmãos sobre o trabalho que está preparando. Observe neles o interesse sobre o assunto. Peça-lhes sugestão. Este é um modo infinitamente mais efetivo de ensaiar uma palestra do que gesticular diante do espelho. 8. Não imite ninguém. Seja você mesmo. Não tema ser você mesmo. Este é um bom conselho para fazer música, para escrever e para falar. Você é algo novo neste mundo. Alegre-se. Ninguém tem sido igual, nunca haverá ninguém igual a você. Assim aproveite sua individualidade. Sua conversação deve ser parte de sua própria pele. Deve sair de suas próprias experiências, convicções, personalidade e de sua própria maneira de viver. Ninguém sabe o que é que você pode fazer, até que você o faça. 9. Sempre que possível utilize os nomes de alguns de seus ouvintes. Esta regra é útil se usada com moderação. O nome de uma pessoa é para ela o som mais doce e importante do idioma. Ajuda a prender a atenção do grupo para suas próximas citações. 10. Fale com modéstia e não com presunção. A modéstia e a humildade inspiram confiança e benevolência. A pessoa que está segura de si mesmo e tem confiança, nunca sente a necessidade impressionar os demais com sua capacidade. Só o fracassado e o indivíduo sem valor querem forçar-nos a reconhecer seus méritos. 11. Nunca fale com cara de poucos amigos e com tom de voz áspero. Lembremo-nos que a expressão de nossos rostos e o tom de nossa voz muitas fala melhor e mais fortes que nossas palavras. Aquilo que ofende nossos ouvidos não poderá ganhar aceitação facilmente. 12. Desfrute sua oratória enquanto fala. Se não desfrutarmos enquanto falamos, como vamos esperar que os outros desfrutem ouvindo? Por isso prepara-se para falar, ponha brilho no seu olhar, sentimento na sua voz, e o faça com satisfação. 13. Não se desculpe nunca. Quantas vezes já ouvimos um orador iniciar dizendo: Eu tinha um grande desejo de preparar-me, mas... e assim temo não poder desempenhar a contento. Além disso, não
  • 15. sou um grande orador, e portanto... Neste caso é preferível nem começar a Peça de Arquitetura. 14. Recebamos bem as críticas (construtivas), em vez de aborrecermo-nos com elas. Aprenda a ouvir com cordialidade as vozes discordantes. Reflita sobre elas. Procure tirar proveito das observações. Os elogios fáceis e despropositados não ajudam a construir um bom palestrante. 2. Suportei, recentemente, uma palestra a respeito da Importância da Maçonaria na Arte Contemporânea; evidentemente, como os leitores poderão perceber no decorrer desta história, o título foi outro e o nome do palestrante jamais será revelado. Tal palestra nada acrescentou, nem a mim nem a ninguém. Contudo, pude extrair algumas sábias lições de como não incorrer nos mesmos erros. A palestra principiou quarenta e cinco minutos após a hora anunciada; o palestrante fez-se apresentar por um Orador que leu uma dezena de páginas; em vez de falar, leu; e leu mal. O palestrante, por sua vez, também leu; e embora lendo bem, leu. Quem não sabe falar sem ler não deve dar palestras. Ninguém é obrigado a dá-las. A palestra é uma conversa com o público e somente poderemos perceber a reação dos ouvintes se estivermos falando. O público, por sua vez, é o termômetro do palestrante, e quem lê, olhando folhas de papel, não consegue perceber as utilíssimas indicações desse termômetro, suas oscilações, variações, quedas e ascensões. O palestrante, em lugar de entrar diretamente no assunto, fez um longo e desnecessário preâmbulo e, vinte minutos depois, quando abordou realmente o tema, metade da platéia já cochilava; sem disso se aperceber, pois estava atento apenas à sua leitura, o palestrante solicitou que as luzes fossem apagadas e que alguém o auxiliasse no manuseio de um retroprojetor; resultado: três quartos do público já dormia. O operador do retroprojetor manteve-se, o tempo todo, em descompasso com o palestrante; quando este mencionava a Coluna dórica, aquele projetava a jônica; quando um discorria acerca do compasso, o outro projetava o esquadro, e assim por diante...Felizmente, para o orador, quando ele solicitou que as luzes se acendessem novamente, alguém tropeçou, caiu, alguns
  • 16. riram e todos despertaram. O único momento comovedor foi quando, finalmente, o orador declarou que, não querendo abusar mais da paciência de todos, apressaria-se em concluir. Foi, então, entusiasticamente aplaudido. Na saída, recebeu os cumprimentos e os elogios habituais: Parabéns, mestre. Foi uma palestra inesquecível. Adoramos. E assim por diante... Conclusões: 1) Não acredite, palestrante, que o público comparece ávido para ouvi-lo; o público geralmente são seus parentes, que comparecem por obrigação; são seus amigos, que comparecem por espírito fraterno, e são seus subalternos, que assim pretendem cair nas boas graças do chefe. Algumas vezes são também seus inimigos e adversários, que apenas desejam perceber seus pontos fracos ou aguardar a oportunidade de uma vaia ou de uma violenta contestação no momento certo. Poucos, bem poucos, são os que comparecem por estarem realmente interessados no tema. 2) Quando anunciar que vai começar às 20 horas, comece às 20 horas, mesmo que ainda haja muitas poltronas vagas; se aguardar mais alguns minutinhos por consideração aos retardatários, estará cometendo uma descortesia com todos aqueles que chegaram pontualmente. 3) Não acredite nos aplausos. Aplaudem-se todos os palestrantes, independentemente do valor de suas palestras. O aplauso, salvo aquele espontâneo que irrompe no meio de uma frase, é mera convenção social, algo que não custa nada. 4) Não fale, como falam muitos, como se fizesse uso de uma metralhadora; faça com que as palavras não formem uma torrente, mas um rio sereno e variado. 5) Não queira dar lições. Passada a idade escolar, ninguém está disposto a sentar-se à carteira e ouvir sermões. Se quiser convencer ou persuadir aqueles que o ouvem, deixe-lhes a ilusão de que a idéia partiu de cada um, e não de você. É o método
  • 17. socrático, pelo qual se induz os outros a mudarem de opinião, com uma concatenização de perguntas que demonstram seus erros. 6) A capacidade de resistência do público tem limites; nunca os ultrapasse. Uma palestra lida não deve durar mais que trinta minutos; falada, sessenta; impecável, noventa. 7) O interesse do público se demonstra pela imobilidade nas poltronas, pela ausência de conversas paralelas e pelos olhares que o acompanham. Quando estes esmaecerem, conclua rapidamente... e todos lhe agradecerão. (Carlos Brasílio Conte, em, O Livro do Orador). 3. Pequeno Dicionário de Oratória: Ambigüidade - Não deixar claro o sentido de uma palavra ou de uma frase que podem ser interpretadas pelo menos de duas maneiras diferentes. Antítese - Figura de linguagem que faz uso de expressões opostas: De repente do riso fez-se o pranto (Vinícius de Morais). Aparência - Uma boa aparência ajuda a aumentar a autoconfiança e a confiança que as pessoas têm no orador. Isto mostra que o orador os respeita e se esforçou para se vestir adequadamente. Apresentação - É uma ferramenta de comunicação muito poderosa que deve ser adequada à personalidade do orador. As imagens devem ser usadas com parcimônia. Embora se diga que uma figura vale por 1000 palavras, é preciso verificar se ela não está deixando a inteligência inativa. Arcaísmo - Emprego de palavras ou construções antigas, que já caíram em desuso. Antanho por no passado. Antelóquio por prefácio. Argumento - Ao nível da Retórica, o argumento consiste no emprego de provas, justificativas, arrazoados, a fim de apoiar uma opinião ou tese, e/ou rechaçar uma outra. Auditório - Tecnicamente, é o conjunto de todos aquelas pessoas que o orador quer influenciar mediante o seu discurso. Barbarismo - Consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta. Eles ocorrem: 1) na grafia: analizar por analisar; 2) na pronuncia: rúbrica por rubrica; 3) na morfologia: deteu por deteve; 4) na semântica (sentido das palavras): o iminente jurista presidiu a seção (por eminente sessão).
  • 18. Cacoetes Lingüísticos - São palavras ou partículas usadas com muita insistência para encerrar a frase ou para continuá-la. Eis alguns: Tá, né? Entende? Sabe? Percebe? Uai... Da mesma forma, há quem abuse de a gente isso, a gente aquilo, a gente chegou, a gente pediu, etc. Evitar o uso constante de a nível de, enquanto que, de repente, etc. Cacofonia - Qualquer seqüência silábica que provoque som desagradável como A boca dela é enorme por Sua boca é enorme. A cacofonia compreende: a) Cacófato: Encontro de sílabas que forma uma palavra obscena. Envie-me já os catálogos. Polícia federal confisca gado de fazendeiros. b) Eco: Repetição desagradável de terminações iguais. Freqüentemente o presidente sente dor de dente. c) Colisão: Repetição de consoantes iguais ou semelhantes. O monstro medonho mede, mais ou menos, um metro e meio. d) Hiato: Seqüência ininterrupta de vogais. Ou eu o ouço ou eu o ignoro. Carismáticos - As pessoas descrevem como carismáticos aquelas de quem gostam sem nenhuma razão aparente. Comparação - Figura de linguagem que consiste em atribuir a um ser características presentes em outro ser, pelo fato de haver entre os dois uma determinada semelhança. Minha dor é inútil como uma gaiola numa terra onde não há pássaros. (Fernando Pessoa). Comparações, analogias e metáforas - Enquanto uma analogia geralmente faz uma comparação relativamente completa, mostrando explícita ou implicitamente muitos pontos em comum, uma comparação acentua um só ponto e nela costuma-se usar as palavras como ou igual a. Já a metáfora é uma comparação que, ao invés de mostrar explicitamente as semelhanças entre duas coisas, aceita-as implicitamente, dizendo que uma coisa é outra, sob certos aspectos. Além disso, na metáfora não se usam as palavras como ou iguais. Comunicação - É freqüentemente definida como a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos. Debate Orientado - O debate é o método no qual os oradores apresentam seus pontos de vista e falam pró ou contra uma determinada proposição.
  • 19. Use-o quando os assuntos requeiram sutileza; para estimular a análise; para apresentar diferentes pontos de vista. Vantagens: Apresenta os dois aspectos de um problema; aprofunda os assuntos em discussão; desperta o interesse. Limitações: O desejo de ganhar pode ser demasiadamente enfatizado; requer muita preparação; pode produzir demasiada emoção. Desenvolvimento - Quanto ao desenvolvimento, o discurso bifurca-se em: a) Narração: Consiste na exposição minuciosa, parcial, encarecedora, do que de modo sintético e direto se expressa na proposição: o orador seleciona os fatos que convém à sua causa e focaliza-os da perspectiva que mais lhe favorece o intento, emprestando relevo a alguns e minimizando outros, de acordo com o interesse do momento. b) Argumentação: É a parte nuclear e decisiva do discurso, e vem já preparada pelo exórdio e pela narração. Para exercer seu efeito no conjunto do discurso, a argumentação deve conter uma ou mais provas, ou seja, um ou mais argumentos, calcados no raciocínio e no princípio da dedução: o silogismo, a dialética e o paradoxo. A argumentação pode conter exemplo, ou melhor, prova trazida de fora. Dialética - Na boa visão de Hegel, é o diálogo dos opostos. Quer dizer, o bem existe porque é comparado ao mal, a liberdade à escravidão e a verdade ao erro. Dicção - Modo de dizer; arte de dizer, de recitar. Dinâmica de Grupo - É a divisão de um grupo grande em diversas equipes. Estas equipes discutem problemas já assinalados anteriormente, geralmente com o propósito de informar depois ao grupo maior. Use-o quando o grupo é demasiadamente grande para que todos os membros participem; quando se exploram vários aspectos de um assunto; quando o tempo é limitado. Vantagens: Estimula os alunos tímidos; desperta um sentimento cordial de amizade; desenvolve a habilidade para dirigir. Limitações: Pode ser o resultado de um conjunto de deficiência; os grupos podem desviar-se do assunto em questão; a direção pode ser mal organizada. Discurso - Do latim discursu. Ação de correr por ou para várias partes. Discorrer sobre vários assuntos. No plano da oratória,
  • 20. designa a elocução pública, que visa a comover e persuadir. Trata- se de um termo de largo uso e de sentidos diversos: a) O discurso pode ser verbal - centrado nas palavras - e não- verbal - centrado na imagem nos gestos etc. b) O discurso verbal pode ser oral ou escrito - também chamado texto. c) Considerando que a unidade máxima do sistema da língua é a frase, podemos dizer que o discurso está centrado nas seqüências frasais - eventualmente numa frase. d) O discurso implica um esforço expressivo do eu - o que irá configurar o estilo - no sentido transitar uma mensagem para alguém. Elipse - Omissão de um termo facilmente identificável. O principal efeito é a conclusão. Exemplo: No céu, dois fiapos de nuvens. (No céu, aparecem (existem/há) dois fiapos de nuvens). Equívoco - Mudar o significado ou a conotação de uma palavra. Estereótipo - Frase ou expressão modelar que de tanto ser usada perdeu sua força inicial. Trata-se de um clichê, de uma fórmula muitas vezes vazia. Exemplo: Não tenho palavras para agradecer, A memorável vitória etc. Estilo - É a maneira peculiar de que se seve cada ser humano para expressar suas próprias idéias. Não se deve confundir o estilo com as palavras e as idéias empregadas por um homem, que as pode usar justas e corretas, apesar de ser vicioso, duro ou frio, frouxo ou afetado o seu estilo. Estrangeirismo - Quando usados desnecessariamente também constituem barbarismo 1) Galicismo: garçon por garçom 2) Anglicismo: cocktail por coquetel; week-end por fim de semana. Etimologia - É a ciência que investiga as origens próximas e remotas das palavras e sua evolução histórica. Do grego etymon (étimo) vocábulo que é origem de outro. Eufemismo - Figura de linguagem que consiste no abrandamento de expressões cruas ou desagradáveis. Foi acometido pelo mal de Hansen (= contraiu lepra). Os funcionários da limpeza pública estão em greve (= lixeiros). Exórdio - Contendo a introdução do discurso, objetiva ganhar a simpatia do juiz (ou, em sentido mais amplo, do público) para o assunto do discurso. No geral, o exórdio encerra duas partes:
  • 21. a) A proposição: que consiste no enunciado do tema ou assunto, e b) A divisão, vale dizer, a enumeração das partes que totalizam o discurso e, portanto, assinalam o caminho a seguir pelo orador. Falar bem e dizer bem - Há uma diferença essencial entre o falar bem (utilizar com eficiência os recursos gramaticais, as metáforas e os argumentos criativos) e o dizer bem (sintonizar-se com os ouvintes de forma natural, persuasiva e empática). O líder empresarial deve ser um facilitador da aprendizagem e canalizador da energia do grupo. Por isso, espera-se que em suas comunicações o falar e o dizer se harmonizem perfeitamente. Gestos - Ato ou ação por meio do qual se dá força às palavras. Deve ser feito sem exagero e sem excessos, isto é, com naturalidade e elegância. Lembrar sempre que ele é apenas a essência, tão somente, do que se quer exprimir. Deve preceder à palavra ou acompanhá-la, nunca sucedê-la. Se anteceder, prepara o efeito da palavra; se acompanhá-la, reforça-a; se suceder, perde sua força. Gestualidade - É o comportamento do corpo que abrange gestos (em movimento) e atitudes ou posturas (parados). É a linguagem do corpo: sermo corporis. O Corpo fala através de gestos e atitudes que acompanham significativamente a pronunciação. Dentro da gestualidade se destaca uma nova área de investigação: a proxêmica. Hipérbole - É uma afirmação exagerada para conseguir-se maior efeito estilístico. - Chorou um rio de lágrimas.- Toda a vida se tece de mil mortes. - Um oceano de cabeças ondulava à sua frente. Idéia central - É um pensamento único, expresso numa frase simples, clara e, se possível, direta, e que resuma a essência do que se quer provar ou demonstrar através da palestra inteira. Em torno dela e/ou em direção a ela se encaminharão todos os assuntos e ilustrações. Obs.: A idéia central não deve ser confundida com o tema, que é o assunto da palestra. A idéia central é a definição, objetivo específico dentro do tema. Sinônimo: idéia-mãe.
  • 22. Ironia - Consiste em sugerir, pela entonação e contexto, o contrário do que as palavras ou as frases exprimem, por intenção sarcástica. Que belo negócio! (=que péssimo negócio). O rapaz tem a sutileza de um elefante. Língua - O conhecimento da língua portuguesa é muito importante para o orador, pois as incorreções gramaticais não são perdoáveis a quem se atreve a falar em público. Alguns erros que causam má impressão: Me vejo na obrigação... Tenho a súbida honra... Se ele intervir... acabo de assistir um espetáculo. Linguagem - É a expressão de nossas idéias por meio de certos sons articulados que lhes servem de sinais. É a expressão da evolução espiritual e mental do homem, e a verbalização do comportamento faz parte dela. Maiêutica - Método socrático, onde o instrutor desenvolve sua exposição fazendo perguntas aos alunos. Deve-se evitar o pseudo- diálogo. Medo - Reflete a sensação de se expor a uma situação nova com a condição de enfrentar ou escapar. Os oradores se beneficiam disso: a adrenalina se transforma em energia; suas mentes parecem mais alerta; surgem novos pensamentos, fatos e idéias. Cícero disse que todo discurso de mérito autêntico se caracteriza pelo nervosismo. É uma forma de autopreservação comum a todas as pessoas, contra aquilo que consideramos ser a concretização de uma ameaça dolorosa. Ele aumenta desproporcionalmente a sensação de perigo: é a forma que o corpo e a mente encontram para se protegerem das ameaças. Memória - É a capacidade de fixar, reter, evocar e reconhecer impressões ou acontecimentos passados. A memória pode ser comparada a uma câmara fotográfica: a atenção é, para a mente, o que o poder de focalizar a lente é para a câmara. Exercício para a memória: a) Olhar um objeto, fechar depois os olhos e passar a descrevê-lo mentalmente. Abrir logo após os olhos, e verificar o que esquecemos e o que lembramos. b) Abrir as páginas de um jornal, ler os cabeçalhos; fechar em seguida os olhos, e rememorar mentalmente. c) Ler um pensamento, duas, três, quatro vezes. Depois, repita-o de cor. Obtida a memorização, medite sobre ele.
  • 23. d) Há à sua frente um grupo de pessoas. Observe-as. Imediatamente procure recordá-las na ordem em que estão da direita para a esquerda e vice-versa. Verifique logo depois se acertou ou errou. e) Ao assistir a uma palestra ou conferência, ou ao ler um artigo, etc., faça logo, de memória, uma síntese, e preferentemente a escreva. Metáfora - É a mudança do sentido comum de uma palavra por outro sentido possível que, a partir de uma comparação subentendida, tal palavra possa sugerir. Essa mulher é uma cascavel. Método - Do grego méthodos - caminho para chegar a um fim. Processo ou técnica de ensino. O método depende dos propósitos que se tenha, da habilidade do professor ou líder, da disposição do aluno, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos materiais de trabalho. Metonímia - É a substituição de uma palavra por outra, quando entre ambas existe uma relação de proximidade de sentidos que permite essa troca. Exemplo: O estádio aplaudiu o jogador. Estádio está substituindo torcedores (a troca foi possível porque o estádio contém os torcedores). Opinião - É preciso ultrapassar a preguiça do: Vou dar minha opinião sobre... A palavra opinião é eminentemente reveladora: pois a opinião é muito subjetiva. Ela pode ser um sinal de humildade, as na maioria das vezes revela um grande empobrecimento do pensamento. Palavras que revelam insegurança – Evite usar: quem sabe, talvez seja, aliás, pode ser, assim parece, quero crer, julgo que, tudo parece indicar que. Substituí-las por palavras afirmativas. Parábola - É um relato que possui sentido próprio, destinado, porém, a sugerir, além desse sentido imediato, uma lição moral. É um tipo de comparação construído em forma de narrativa. Conta-se uma história para se extraírem ensinamentos que possam ilustrar outra situação. No fundo do parabole grego há a idéia de comparação, enigma, curiosidade. As parábolas evangélicas contadas por Jesus são imagens tomadas das realidades terrestres para serem sinais das realidades reveladas por Deus. Elas precisam de uma explicação mais profunda.
  • 24. Peroração - É a conclusão de um discurso. A recapitulação, mediante a qual o orador refresca a memória da audiência. Persuasão - É o emprego de argumentos, legítimos e não legítimos, com o propósito de se conseguir que outros indivíduos adotem certas linhas de conduta, teorias ou crenças. Diz-se também que é a arte de captar as mentes dos homens através das palavras. Preciosismo - Exagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e clareza da frase. Exemplo: Isso é colóquio flácido para acalentar bovino (por Isso é conversa mole pra boi dormir). Pregação - Deveria ser considerada a mais nobre tarefa que existe na terra. Significa a verdade divina através da personalidade ou a verdade de Deus apresentada por uma personalidade, para ir ao encontro das necessidades humanas. Preleção - É o método clássico, onde o orador faz seu discurso diante do auditório. Use-o quando vai dar informação, quando os discípulos já estão interessados e quando o grupo é demasiado grande para empregar outros métodos. Vantagens: Transmissão de grande quantidade de informações em pouco tempo; pode ser empregado com grupos grandes; requer uso de pouco material. Limitações: Impede que o aluno participe contestando; dificulta o poder de retenção; poucos conferencistas são bons oradores. Princípio do diga - Diga a eles o que você vais lhes dizer. Diga a eles. Diga a eles o que você lhes disse. As pessoas lembram melhor o que ouvem no início e no fim do discurso. Faça um sumário do discurso nos dois extremos e os ouvintes, quando forem embora, vão se lembrar de uma boa parte do enchimento. Prova do telefone - Qualquer pessoa que souber utilizar bem um telefone tem geralmente jeito para ser um bom orador. De fato, uma artimanha usada por organizadores ou agentes a quem foi recomendado um orador desconhecido, é telefonar-lhe. Se conseguir despertar o interesse de um estranho - e, sobretudo, de fazer rir é um orador prometedor. Proxêmica - O orador se movimenta no espaço entre ele e o público de modo pertinente. Ora se situa num plano mais elevado ou mais baixo ou no mesmo nível; ou se distancia ou se aproxima com intenções definidas.
  • 25. Raciocínio apodíctico - Do grego apodeiktkós. Possuía o tom da verdade inquestionável. O que se pode verificar aqui é o mais completo dirigismo das idéias; a argumentação é redigida com tal grau de fechamento que não resta ao receptor qualquer dúvida quanto à verdade do emissor. Retórica - No sentido original, a retórica inclui qualquer discurso ou texto escrito eficaz. Modernamente, a retórica implica uma tentativa de persuadir por meio de palavras, faladas ou escritas. Semântica - É o estudo das mudanças que no espaço e no tempo, experimenta a significação das palavras consideradas como sinais das idéias: semasiologia; semiologia. Do grego sêma-tos, sinal, marca, significação. Sinônimos - São palavras de significado aproximado, já que não existe sinônimo perfeito. Solecismo - Qualquer erro de sintaxe: a) De concordância: Fazem anos que não o vejo (por Faz) b) De regência: Esqueceram de mim (por Esqueceram-se de mim). c) De colocação: Não coloque-a na água (por Não a coloque na água). Tautologia - Repetição desnecessária de informações. O mesmo que redundância. Exemplo: Ele detém o monopólio exclusivo dos refrigerantes na Índia. (Na palavra monopólio já existe a idéia de exclusividade). Vícios de linguagem - Uso de palavras ou frases que ferem a língua portuguesa, em regra, colocando erradamente os pronomes ou formando cacófatos. 4. Se eu for falar por dez minutos, eu preciso de uma semana de preparação; se quinze minutos, três dias; se meia-hora, dois dias; se uma hora, estou pronto agora. (Woodrow Wilson). 5. Que órgão maravilhoso o da fala, quando manobrada por um Mestre. (V. Eloqüência, Retórica).
  • 26. ÚLTIMA SESSÃO – A Loja Alferes Tiradentes nr. 20 na última sexta-feira (9) trabalhou pela última vez no Templo situado no Condomínio Itacorubí. Foi uma Sessão conjunta denominada "Operação Triângulo III" em que participaram as Lojas Leo Martins nº 84 (GOSC), Fenix do Sul nº 3047º (GOB) e, Samuel Fonseca nº 79 (GOSC). Na oportunidade o Ir. Alcides José Fernandes Andjur, da Loja Samuel Fonseca brindou os presentes com a palestra "Gestão de Lojas". A Loja Alferes Tiradentes na próxima sexta-feira (16) passa a ocupar as dependências de um dos Templo em Bom Abrigo, bairro continental de Florianópolis. Abaixo dois registros de alguns dos Irmãos presentes, após a Sessão conjunta
  • 27. CHEGANDO – Do Círculo do Livro Maçônico, chegando a obra do mês intitulada “Instrucional Maçônico” do Ir. Tito Alves de Campos, Editora “A Trolha”, de 197 páginas. Inúmeras “Instruções dialogadas”, “Aumento de Salário” e “Câmara de Reflexões”, são alguns dos interessantes assuntos para uma boa leitura de final de semana. VI Encontro de Cultura Maçônica – Na edição de amanhã estaremos apresentando a cobertura do VI Encontro de Cultura Maçônica, promovido pela Loja Templários da Nova Era, realizada sábado (10) nas dependências da Grande Loja de Santa Catarina
  • 28. Place de Pena - Sintra
  • 29.
  • 30. Numa bela manhã ensolarada de domingo, caminhando pelo interior de uma floresta, situada na Serra de Vista Alegre, neste Estado, meditava sobre a vida, a felicidade, conquistas materiais, amores, etc. Tudo muito confuso, no mundo das minhas emoções. Soube, também, que um ermitão habita aquela floresta. Já, quase no alto da montanha, fui surpreendido pelo ladrar, incessante, de um cachorro pequeno. Em seguida, escutei um assobio, ao que, fielmente, foi acolhido pelo cão. Em alguns segundos, estava à frente daquele homem, o mesmo, certamente, de quem tantas histórias ouvi contar. Gentilmente, me cumprimentou, convidou-me a chegar até sua "casa ", instalada numa caverna, formada por uma grande rocha, com acabamentos
  • 31. em varas de bambu. Ofereceu-me água fresca, colhida num esticar de braço, ao lado da caverna. A passarada, de todas as espécies da região, gorjeava sem parar. Parecia uma orquestra, regida pela natureza. Sobre a estiva de varas, uma infinidade de frutas, por ele mesmo plantadas e colhidas, e que passei, por sua generosidade, a saborear. Barbeia-se a cada três meses, quando vai ao povoado comprar alguns gêneros alimentícios, por ele não produzidos na montanha. Saudoso por uma boa conversa, contou-me que está só, naquele lugar, por uma opção de vida. Cansou-se das pressões sociais, das cruéis decepções e traições. Disse viver, muito bem acompanhado do seu cão, um cachorrinho de rua, por ele adotado e batizado de"amigo ". Jamais lhe traiu. Quando perguntei por sua família, respondeu-me, apenas, que sentia saudade dos seus dois filhos. Desconversou, em seguida. Despedi-me de Euzébio, Professor Universitário de Antropologia, na certeza de haver conhecido um homem feliz, e que muito me ensinou sobre as amarras sociais, ditadas pelas ambições, e que conduzem o ser humano à infelicidade, normalmente, sem volta. Mas, por Euzébio, a regra foi quebrada. É um homem feliz, abraçado a um universo de puro amor, que lhe acolhe com todo o fervor. Ama aquela montanha e tudo o que nela existe. Admira as estrelas, a lua, o vento, o sol e a chuva, pois somente assim é feliz. Subi a montanha com um fardo de questionamentos. Retornei leve e sábio, com um novo amigo. Fez-me repensar toda a minha vida... Veja mais poemas do autor: Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina Os presentes versos foram extraídos do site da Loja Alferes Tiradentes: http://www.alferes20.org Criado e mantido pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro