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INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
LIBERDADE E SOBERANIA
Soberania diz respeito ao poder político e de decisão dentro
do território nacional, em especial no que se refere à defesa
dos interesses nacionais.
Liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de
agir por si próprio; autodeterminação; independência; e,
autonomia.
Nação e nacionalismo - Compartilhando
identidades
O conceito de nação é definido por certos aspectos culturais
de um povo, que os diferenciam em relação a todos os outros
povos. A língua, a comida, os costumes, as crenças, a cultura,
o modo de ser e as tradições são alguns dos aspectos que
fazem com que uma população se reconheça como
pertencente a uma mesma nação.
A esse sentimento de pertencimento a uma nação chamamos
de nacionalismo. O nacionalismo pode contribuir para a
autoestima dos povos e para ajudar a desenvolver nas pessoas
a vontade de melhorar o país.
Se exacerbado, esse
sentimento torna-se
perigoso, uma vez que pode
resultar em xenofobia e
também em racismo.
TEXTO
Nação, nacionalismo, Estado
PARÓDIA
Paródia Independência do Brasil - Fugidinha de Michel
Teló
BRASIL [COLÔNIA - IMPÊRIO]
Os ideais de emancipação chegaram à América portuguesa,
porém, diferentemente do que aconteceu na América
espanhola, o processo de independência não aconteceu por
meio de guerras contra a dominação metropolitana. No
território português, esse processo se manifestou por meio de
um gradual afrouxamento dos laços coloniais e com acordos
entre as elites brasileiras.
No final de 1807, D. João, príncipe regente de Portugal,
demais membros da Família Real portuguesa e membros da
Corte lusa, transferiram-se para o Brasil fugindo das tropas
francesas que invadiram Portugal.
Foram necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas
escunas para o transporte. Outros 4 navios da esquadra
britânica acompanhavam a corte.
Além das pessoas foram embarcados no dia 29 de novembro
de 1807, móveis, documentos, dinheiro, obras de arte e a real
biblioteca.
COM 62 BARCOS E MAIS DE 10 MIL A BORDO, A FAMÍLIA REAL
FUGIU DE PORTUGAL PARA O BRASIL
Ainda naquele 29 de novembro, dia da partida de Lisboa, a
esquadra portuguesa – composta por 19 navios – encontrou-
se com a frota britânica que a escoltaria até o Brasil – outras
13 embarcações. Essa deve ter sido uma cena monumental,
de ficar gravada para o resto da vida na memória de quem a
testemunhou: 32 barcos de guerra, mais uns 30 navios
mercantes, preparando-se para a travessia oceânica. Às três
horas da tarde, o comandante da Armada britânica, Sidney
Smith, ordenou uma salva de 21 tiros de canhão. Estava
marcado o início da penosa jornada da família real em
direção à colônia.
Travessia e chegada da Família Real
A viagem ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até Salvador
(BA), onde desembarcou no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana
foram recebidos com festas e ali permaneceram por mais de um mês.
No período em que esteve na Bahia, o Príncipe Regente assinou o Tratado
de Abertura dos Portos às Nações Amigas e criou a Escola de Cirurgia da
Bahia.
No dia 26 de fevereiro, a corte partiu para o Rio de Janeiro, que seria
declarada capital do Império.
A chegada no Rio de Janeiro ocorreu em 8 de março de 1808.
Havia poucos alojamentos disponíveis para acomodar a comitiva palaciana
e muitas residências foram solicitadas para recebê-los. Quartéis e
conventos também foram usados para acomodar a corte.
Pesquisa sobre a viagem da Família Real
para o Brasil.
1. Qual a distância, em quilômetros, de Portugal a Salvador e ao Rio
de Janeiro?
2. Qual é o tempo médio que hoje duram essas viagens por meio de
transporte marítimo e aéreo?
3. Quanto tempo a Família Real levou para realizar a viagem entre
1807 e 1808?
4. Qual tipo de navio os portugueses utilizaram para essa viagem?
Ao desembarcar na colônia, uma das primeiras medidas do príncipe
regente foi decretar a abertura dos portos do Brasil às nações
amigas.
Essa medida colocava fim ao chamado pacto colonial implantado
desde os primeiros tempos coloniais. Esse pacto tinha por objetivo
garantir aos portugueses o monopólio comercial do Brasil.
Ao abrir os portos às nações amigas, esse privilégio português
chegava ao fim e o Brasil poderia realizar transações comerciais com
muitos outros países, principalmente com a Inglaterra.
Em 1810, entraram em vigor alguns outros tratados de amizade e
comércio estabelecidos com os ingleses, cujos produtos chegavam ao
Brasil com impostos reduzidos.
Ainda em 1808, o governo fundou no Rio de Janeiro o Banco
do Brasil, que passou a emitir papel-moeda e a liberar
créditos, e autorizou a criação de indústrias manufatureiras,
algo proibido pela metrópole até então.
Outra mudança importante ocorreu em 1815, quando o Brasil
foi elevado à condição de Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves, condição que não alterou o status político da
colônia. Para muitos historiadores, esse foi o marco inicial do
processo de emancipação política e administrativa do Brasil.
No ano de 1695 surgiu a primeira moeda
oficial do Brasil.
A primeira moeda do Brasil, o real, no plural
réis, que é diferente da atual unidade
monetária do país.
Ela foi utilizada entre os anos de 1695 e
1942, e, mesmo já no período republicano,
as moedas que circulavam ainda faziam
referência ao período monárquico do Brasil.
Em 1695 surgiram pela primeira vez as
moedas de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, em
ouro, e de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis, em
prata. Pode ser observado o símbolo do
Reino de Portugal e o nome de Pedro II Rei de
Portugal escrito em latim. O valor desta
moeda era de 640 réis e era chamada
também de patacão.
Perguntas sobre a primeira moeda do Brasil:
1. Alguém já viu uma moeda destas?
2. Qual é o símbolo que aparece nesta moeda?
3. Podemos identificar o valor desta moeda?
4. O que podemos ler na moeda?
5. O nome desta moeda refere-se a que tipo de governo?
6. Quais foram os tipos de governo exercidos no Brasil no
período que esta moeda (réis) foi utilizada no Brasil (1695 a
1942)?
Administração joanina
Em 1808, o Rio de Janeiro era uma cidade pequena, com uma
população de cerca de 60 mil pessoas e habitações precárias. A
chegada da Família Real alterou a rotina do local e foram
realizadas diversas reformas. Ruas e estradas foram
pavimentadas e alargadas, algumas praças ganharam chafarizes e
novas residências e prédios públicos foram construídos.
Nesse período, foram fundadas duas escolas médico-cirúrgicas,
uma em Salvador e outra no Rio de Janeiro. Foram também
criados, no Rio de Janeiro, a Imprensa Régia, a Biblioteca Real e
o Jardim Botânico.
A publicação de jornais, livros e panfletos estava proibida na
colônia e a criação da Imprensa Régia pôs fim à proibição.
Com ela, começou a ser publicado o jornal Gazeta do Rio de
Janeiro que divulgava apenas notícias e artigos a serviço do
governo.
A manutenção das despesas reais, o luxo da corte e todas as
outras novidades introduzidas pela Família Real eram pagas
pela população por meio de impostos, o que provocou
grande insatisfação popular.
Palácio Quinta da Boa Vista
Casa da Moeda do Rio de Janeiro,
Jardim Botânico,
Paço Imperial
A população pobre sofria com o aumento dos preços e
com a falta de emprego, o que agravava a insatisfação geral
não só dos habitantes do Rio de Janeiro, mas também de
outras regiões do Brasil.
Em Pernambuco, por exemplo, a população chegou a pegar
em armas, dando origem ao movimento emancipacionista
conhecido como Revolução Pernambucana (1817).
Os revoltosos chegaram a constituir um governo próprio e a
redigir uma constituição inspirada em princípios iluministas.
Ainda que as forças portuguesas tenham reprimido o
movimento, ele evidenciou como as tensões sociais cresciam
rapidamente na colônia portuguesa.
A vinda da Família Real para o Brasil provocou impacto
também para a população indígena que aqui vivia.
Em maio de 1808, o príncipe regente D. João assinou uma
carta régia que decretava a Guerra Justa contra os botocudos,
nome genérico dado a alguns grupos indígenas que ocupavam
o interior dos atuais estados de Minas Gerais, Espírito Santo e
Bahia.
O objetivo era liberar as terras em que esses indígenas viviam
para promover a colonização dessa região, o que acabou
acontecendo, apesar da forte resistência indígena.
TEXTO
Os indígenas sob tutela

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A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808

  • 2. LIBERDADE E SOBERANIA Soberania diz respeito ao poder político e de decisão dentro do território nacional, em especial no que se refere à defesa dos interesses nacionais. Liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência; e, autonomia.
  • 3. Nação e nacionalismo - Compartilhando identidades
  • 4. O conceito de nação é definido por certos aspectos culturais de um povo, que os diferenciam em relação a todos os outros povos. A língua, a comida, os costumes, as crenças, a cultura, o modo de ser e as tradições são alguns dos aspectos que fazem com que uma população se reconheça como pertencente a uma mesma nação. A esse sentimento de pertencimento a uma nação chamamos de nacionalismo. O nacionalismo pode contribuir para a autoestima dos povos e para ajudar a desenvolver nas pessoas a vontade de melhorar o país.
  • 5. Se exacerbado, esse sentimento torna-se perigoso, uma vez que pode resultar em xenofobia e também em racismo.
  • 7. PARÓDIA Paródia Independência do Brasil - Fugidinha de Michel Teló
  • 8. BRASIL [COLÔNIA - IMPÊRIO] Os ideais de emancipação chegaram à América portuguesa, porém, diferentemente do que aconteceu na América espanhola, o processo de independência não aconteceu por meio de guerras contra a dominação metropolitana. No território português, esse processo se manifestou por meio de um gradual afrouxamento dos laços coloniais e com acordos entre as elites brasileiras.
  • 9. No final de 1807, D. João, príncipe regente de Portugal, demais membros da Família Real portuguesa e membros da Corte lusa, transferiram-se para o Brasil fugindo das tropas francesas que invadiram Portugal.
  • 10. Foram necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas escunas para o transporte. Outros 4 navios da esquadra britânica acompanhavam a corte. Além das pessoas foram embarcados no dia 29 de novembro de 1807, móveis, documentos, dinheiro, obras de arte e a real biblioteca. COM 62 BARCOS E MAIS DE 10 MIL A BORDO, A FAMÍLIA REAL FUGIU DE PORTUGAL PARA O BRASIL
  • 11. Ainda naquele 29 de novembro, dia da partida de Lisboa, a esquadra portuguesa – composta por 19 navios – encontrou- se com a frota britânica que a escoltaria até o Brasil – outras 13 embarcações. Essa deve ter sido uma cena monumental, de ficar gravada para o resto da vida na memória de quem a testemunhou: 32 barcos de guerra, mais uns 30 navios mercantes, preparando-se para a travessia oceânica. Às três horas da tarde, o comandante da Armada britânica, Sidney Smith, ordenou uma salva de 21 tiros de canhão. Estava marcado o início da penosa jornada da família real em direção à colônia.
  • 12. Travessia e chegada da Família Real A viagem ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até Salvador (BA), onde desembarcou no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana foram recebidos com festas e ali permaneceram por mais de um mês. No período em que esteve na Bahia, o Príncipe Regente assinou o Tratado de Abertura dos Portos às Nações Amigas e criou a Escola de Cirurgia da Bahia. No dia 26 de fevereiro, a corte partiu para o Rio de Janeiro, que seria declarada capital do Império. A chegada no Rio de Janeiro ocorreu em 8 de março de 1808. Havia poucos alojamentos disponíveis para acomodar a comitiva palaciana e muitas residências foram solicitadas para recebê-los. Quartéis e conventos também foram usados para acomodar a corte.
  • 13. Pesquisa sobre a viagem da Família Real para o Brasil. 1. Qual a distância, em quilômetros, de Portugal a Salvador e ao Rio de Janeiro? 2. Qual é o tempo médio que hoje duram essas viagens por meio de transporte marítimo e aéreo? 3. Quanto tempo a Família Real levou para realizar a viagem entre 1807 e 1808? 4. Qual tipo de navio os portugueses utilizaram para essa viagem?
  • 14. Ao desembarcar na colônia, uma das primeiras medidas do príncipe regente foi decretar a abertura dos portos do Brasil às nações amigas. Essa medida colocava fim ao chamado pacto colonial implantado desde os primeiros tempos coloniais. Esse pacto tinha por objetivo garantir aos portugueses o monopólio comercial do Brasil. Ao abrir os portos às nações amigas, esse privilégio português chegava ao fim e o Brasil poderia realizar transações comerciais com muitos outros países, principalmente com a Inglaterra. Em 1810, entraram em vigor alguns outros tratados de amizade e comércio estabelecidos com os ingleses, cujos produtos chegavam ao Brasil com impostos reduzidos.
  • 15. Ainda em 1808, o governo fundou no Rio de Janeiro o Banco do Brasil, que passou a emitir papel-moeda e a liberar créditos, e autorizou a criação de indústrias manufatureiras, algo proibido pela metrópole até então. Outra mudança importante ocorreu em 1815, quando o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, condição que não alterou o status político da colônia. Para muitos historiadores, esse foi o marco inicial do processo de emancipação política e administrativa do Brasil.
  • 16. No ano de 1695 surgiu a primeira moeda oficial do Brasil. A primeira moeda do Brasil, o real, no plural réis, que é diferente da atual unidade monetária do país. Ela foi utilizada entre os anos de 1695 e 1942, e, mesmo já no período republicano, as moedas que circulavam ainda faziam referência ao período monárquico do Brasil. Em 1695 surgiram pela primeira vez as moedas de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, em ouro, e de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis, em prata. Pode ser observado o símbolo do Reino de Portugal e o nome de Pedro II Rei de Portugal escrito em latim. O valor desta moeda era de 640 réis e era chamada também de patacão.
  • 17. Perguntas sobre a primeira moeda do Brasil: 1. Alguém já viu uma moeda destas? 2. Qual é o símbolo que aparece nesta moeda? 3. Podemos identificar o valor desta moeda? 4. O que podemos ler na moeda? 5. O nome desta moeda refere-se a que tipo de governo? 6. Quais foram os tipos de governo exercidos no Brasil no período que esta moeda (réis) foi utilizada no Brasil (1695 a 1942)?
  • 18. Administração joanina Em 1808, o Rio de Janeiro era uma cidade pequena, com uma população de cerca de 60 mil pessoas e habitações precárias. A chegada da Família Real alterou a rotina do local e foram realizadas diversas reformas. Ruas e estradas foram pavimentadas e alargadas, algumas praças ganharam chafarizes e novas residências e prédios públicos foram construídos. Nesse período, foram fundadas duas escolas médico-cirúrgicas, uma em Salvador e outra no Rio de Janeiro. Foram também criados, no Rio de Janeiro, a Imprensa Régia, a Biblioteca Real e o Jardim Botânico.
  • 19. A publicação de jornais, livros e panfletos estava proibida na colônia e a criação da Imprensa Régia pôs fim à proibição. Com ela, começou a ser publicado o jornal Gazeta do Rio de Janeiro que divulgava apenas notícias e artigos a serviço do governo. A manutenção das despesas reais, o luxo da corte e todas as outras novidades introduzidas pela Família Real eram pagas pela população por meio de impostos, o que provocou grande insatisfação popular.
  • 20. Palácio Quinta da Boa Vista Casa da Moeda do Rio de Janeiro,
  • 22. A população pobre sofria com o aumento dos preços e com a falta de emprego, o que agravava a insatisfação geral não só dos habitantes do Rio de Janeiro, mas também de outras regiões do Brasil. Em Pernambuco, por exemplo, a população chegou a pegar em armas, dando origem ao movimento emancipacionista conhecido como Revolução Pernambucana (1817). Os revoltosos chegaram a constituir um governo próprio e a redigir uma constituição inspirada em princípios iluministas. Ainda que as forças portuguesas tenham reprimido o movimento, ele evidenciou como as tensões sociais cresciam rapidamente na colônia portuguesa.
  • 23. A vinda da Família Real para o Brasil provocou impacto também para a população indígena que aqui vivia. Em maio de 1808, o príncipe regente D. João assinou uma carta régia que decretava a Guerra Justa contra os botocudos, nome genérico dado a alguns grupos indígenas que ocupavam o interior dos atuais estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. O objetivo era liberar as terras em que esses indígenas viviam para promover a colonização dessa região, o que acabou acontecendo, apesar da forte resistência indígena.