1. Pirâmides de Gizé, Cairo – Autor da foto não identificado
EGITO ANTIGO
UNIDADE 03
UNIVERSIDADE NILTON LINS
ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARTE, DA ARQUITETURA E DAS CIDADES I
PROFª: BARBARA ROSA PLANTAMURA
2. 1 Contexto histórico
2 Arte egípcia antiga
3 Arquitetura egípcia
4 As cidades egípcias
5 Referências bibliográficas
Conteúdos abordados
Templos de Filas, Aswan – Autor da foto não identificado
4. Contexto histórico
• Visão moderna do Egito antigo
está relacionada com o que resta
de sua arquitetura monumental;
• Florescimento arquitetônico após
a unificação do Alto (sul, entre
desertos) e Baixo (próximo ao
delta do Rio Nilo) Egito sob o
primeiro faraó, Menés;
• “Dádiva do Nilo”: enchentes e
vazantes que resultam em terras
férteis Diques e canais para
irrigar as terras mais afastadas;
• Vida altamente influenciada pela
religião: vida física temporária e
vida espiritual eterna
Imortalidade da alma (câmaras
funerárias duradouras e
mumificação) e faraó como deus
vivo na terra.
Rio Nilo, Egito – Foto por Todo Estudo
Rio Nilo, Egito – Autor da foto não identificado
Rio Nilo em Aswan, Egito – Autor da foto não identificado
Múmia egípcia – Autor da foto não identificado
5. Contexto histórico
• Pré-dinástico (5.500 – 3.100 a.C.):
construções em materiais
perecíveis, unificação do Alto e
Baixo Egito;
• Primeira Dinastia (3.100 – 2.600
a.C.): uso do adobe, elementos
possivelmente derivados da
Mesopotâmia;
• Antigo Império/Era das Pirâmides
(2.686 – 2.125 a.C.): predomínio
da pedra, primeiras evidências de
monumentalidade, pirâmides de
face lisa;
• Primeiro Período Intermediário
(2.160 – 2.055 a.C.): governo
descentralizado, adaptações da
arquitetura funerária;
• Médio Império (2.055 – 1.650
a.C.): retorno dos túmulos
piramidais (tijolo e pedra);
• Novo Império (1.550 – 1.069 a.C.):
Vale dos Reis.
Sarcófago de Bakenut – Foto por Bob (dir.)
7. Arte egípcia antiga
• Conceito de vida após a morte Arte
funerária e ritualística (homenagem
aos deuses e mortos, essencial no bem-
estar dos falecidos);
• Sofisticação dos túmulos Status
Monumentos;
Escultura:
• Ilusão de imortalidade (exagero de
proporções);
Pintura:
• Padronizadas, anônimas;
• Posição corporal: vertical (virado para a
eternidade), mãos cruzadas no peito
(veneração);
• Homens (pele vermelho escura) e
mulheres (pele pálida);
• Lei da frontalidade: tronco de frente;
cabeça, braços e pernas de perfil
(valorizar o aspecto que mais
caracteriza determinada parte do
corpo);
• Ausência da tridimensionalidade e
profundidade, policromia, hierarquia
por tamanho;
• Hieróglifos: escrita sagrada.
Rio Nilo, Egito – Foto por Todo Estudo
9. Arquitetura egípcia
Mastabas:
• Túmulos reais primitivos em forma
de “banco” que simulavam uma
casa egípcia (garantir conforto da
alma na vida após a morte);
• Laterais inclinadas e teto plano,
com vários quartos (despensa,
capela, salas) e estrutura em
madeira/adobe;
• Fachada que alternava saliências e
vãos e, geralmente, coloridas
painéis de madeiras dos palácios;
• Porta falsa de adobe/pedra
imitando madeira voltada ao leste
(Nilo), permitindo que o espírito
(ka) entre e saia à vontade.
Mastaba do faraó Seberquerés (Mastaba Faraum), Sacará – Foto por Jon Bodsworth
10. Arquitetura egípcia
Pirâmides:
• Túmulos da realeza mais
conhecidos (exemplares
conservados);
• Complexo funerário do faraó
Djoser (Saqqara – 2.778 a.C.):
réplica do palácio real, templos e
espaços cerimoniais; pirâmide de
degraus de barro e cascalho com a
sobreposição de 6 mastabas
(câmara funerária cavada na
rocha); evidência mais antiga de
uso da pedra (imitavam madeira);
• Pirâmide de Meidum (3ª Dinastia):
originalmente com sete patamares
internos e estrutura externa lisa
de espessas camadas de alvenaria
(colapsou);
• Pirâmide curvada de Dashur
(2.723 a.C.): mudança do ângulo
para garantir maior estabilidade.
Complexo de Djoser, Sacará – Foto por Madain Project (sup.)|Representação do Complexo de Djoser – Autor da foto
não identificado (esq. inf.)| Representação da Pirâmide de Djoser - Autor da foto não identificado (dir. inf.)
Pirâmide de Djoser, Sacará – Foto por Olaf Tausch
Fases de construção da Pirâmide de Meidum, sul de Mênfis – Foto por Monnier Franck
Pirâmide de Meidum, sul de Mênfis – Foto por Jon Bodsworth
Pirâmide de Dashur, Dashur – Foto por Olaf Tausch
11. Arquitetura egípcia
Pirâmides:
• Complexo de Gizé (4ª Dinastia):
uma das sete maravilhas do
mundo antigo; erguido pelos
faraós Quéops, Quéfren e
Miquerinos;
• Incluía todos os elementos
arquitetônicos associados aos
túmulos reais (túmulos, templos
mortuários, caminhos, cemitérios
de mastabas, esfinge);
• Grande Pirâmide de Quéops:
maior do complexo, revestida com
calcário (escondia a entrada),
pequeno lago em cada fachada,
corredores sem adornos
conectando as câmaras, topo
rematado com o piramindon
(pequena pirâmide dourada com
inscrições sagradas), quatro
pedras de sustentação
sobrepostas na entrada.
Complexo de Gizé, Cairo – Foto por Ricardo Liberato
Complexo de Gizé. Cairo – Autor da foto não identificado
Pirâmide de Quéops (corte), Cairo – Autor da foto não identificado
Pirâmide de Quéops e esfinge, Cairo – Foto por Galeria Nacional da Escócia
Grande galeria da Pirâmide de Quéops – Foto por Peter Prevos
Pedras de sustentação da Grande Pirâmide de Quéops – Foto por Olaf Tausch
Barca funerária da Grande Pirâmide de Quéops – Foto por Olaf Tausch
12. Arquitetura egípcia
Túmulos cavados na rocha:
• Técnica adotada para proteger as
tumbas reais de saqueadores
(interiores com ares domésticos
permaneceram);
• Ao longo do rio Nilo Escarpa
ocidental de Tebas (suposta forma
natural de pirâmide da montanha)
Vale dos Reis;
• Entrada (escondida pelo próprio
relevo) orientada para o sol
nascente que simulava o pórtico
de entradas residenciais;
• Tetos retos ou levemente
arqueados, possuindo câmaras
regulares com nichos ao fundo e
sustentadas por colunas;
• Câmaras sofisticadas conectadas
por corredores e escadarias
(recursos extras: poços, pisos ou
câmaras falsos).
Vale dos Reis, Luxor – Foto por Bruce Yuanyue
Túmulo no Vale dos Reis – Foto por Jakub Kyncl (sup.)|Túmulos de Beni Hassan – Autor da
foto não identificado (inf.)
13. Arquitetura egípcia
Templos:
• Moradas de deuses e espíritos,
mimetizavam a arquitetura doméstica
de maneira monumental e duradoura;
• Demonstravam o poder do faraó e
eram centros sociais e políticos
(independência econômica no Novo
Império);
• Alusão à origem do Egito: muros
(limites das águas do caos), santuário
(terra primordial da criação e estátuas
divinas), pátio aberto (visão dos céus),
salão de hipostilo (escuro como o
pântano do início dos tempos), lago
(rituais);
• Templo mortuário: voltados para
oferendas aos mortos e para o
descanso da alma, ao lado dos túmulos
(saguão, pátio, santuário, nicho);
• Pilões: torres de pedra trapezoidal
levemente inclinadas para dentro e
rematas por cornijas, marcavam a
entrada, propaganda;
• Colossos: estátuas monolíticas do faraó
na entrada.
Templo de Hatshepsut – Foto por Stephanie Hubka
Templo de Hatshepsut – Autor da foto não identificado
14. Arquitetura egípcia
Templos:
• Templo de Karnak (Tebas): centro de
culto aos deuses Amon, Mut e
Khonsu construído na margem leste
do Nilo;
• Maior complexo religioso da
Antiguidade (muitas expansões):
templo principal (Amon), lago
sagrado, templos secundários, casas,
centros educacionais e edifícios
auxiliares Substituição das
pirâmides;
• Entrada marcada por uma sequência
cerimonial de esfinges com cabeça
de carneiro;
• Hipostilo: 134 colunas com capiteis
de plantas (papiro e lótus) segurando
uma cobertura em dois níveis
(iluminada);
• Obelisco: pilar quadrado de pedra
maciça com topo pontudo;
• O piso sobe e o teto baixa à medida
que se aproxima do santuário
(intimidade e restrição de acesso).
Vista panorâmica do Templo de Karnak (sup.) e entrada principal do Templo de Karnak,
Tebas (inf.) – Foto por Memphis Tours
Obelisco de Thutmosis I em Karnak – Foto por Mahmoud Mostafa Ashour (esq.)|Colosso
de Ramsés II – Foto por MusikAnimal (dir.)
Hipostilo de Karnak – Autor da foto não identificado
15. Arquitetura egípcia
Templos:
• Templo de Abu Simbel (Núbia):
memorial entalhado na rocha de
arenito no reinado de Ramsés II
(impacto > segurança);
• Fachada orientada para leste com
quatro colossos de reis sentados,
estátua central simboliza o deus
Rá;
• Entrada estreita que leva a um
saguão de hipostilo com nicho ao
fundo;
• Templos greco-romanos: Dinastia
Ptolomaica (305 – 330 a.C.),
acréscimo da pronau (antecâmara
que antecedia a entrada) e do
altar central isolado.
Templo de Abu Simbel, Núbia – Autor da foto não identificado
Templo de Abu Simbel, Núbia – Autor da foto não identificado
Templo de Abu Simbel, Núbia – Autor da foto não identificado
Templo de Abu Simbel, Núbia – Autor da foto não identificado
Templo de Abu Simbel (Pequeno Templo), Núbia – Foto por Ad Meskens (sup.)|Corte e
planta do Templo de Abu Simbel – Autor da foto não identificado (inf.)
Templo de Abu Simbel (representação colorida) – Autor da foto não identificado
Templo de Edfu, Edfu – Autor da foto não identificado
17. As cidades egípcias
• Estabelecimentos mais antigos
eliminados pelas enchentes do rio
Nilo;
• Pouquíssimos vestígios de
habitações comuns tijolos
(incluindo os palácios), morada
temporária (normalmente à direita
do Nilo);
• Aldeias de operários: materiais
perecíveis, próximas às construções
sagradas;
• Monumentos não ficam no centro da
cidade Local independente (ser
vista de longe), divino e eterno, de
formas geométricas simples e
monumentais, cópia da cidade
humana (normalmente à esquerda
do Nilo);
• Mênfis: proximidades do delta,
cercada por um “muro branco” cuja
parte sul abriga o templo de Ptah;
• Tebas: templos à direita e túmulos à
esquerda do Nilo;
• Tel-el-Amarna: palácios, templos e
casas estreitamente ligados entre si.
Planimetria de Tebas, Egito – Autor da foto não identificado
Necrópole de Tebas – Foto por Steve Cameron
Tel-el-Amarna – Autor da foto não identificado
Tel-el-Amarna – Autor da foto não identificado
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BENEVOLO, L. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2019.
• COLE, E. História ilustrada da arquitetura. São Paulo: Publifolha, 2011.
• GYMPEL, J. The story of architecture: from antiquity to the presente. Köln: Könemann, 1996.
• JONNES, D. Tudo sobre arquitetura. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.