O documento descreve alguns dos maiores desastres ambientais da história, incluindo Chernobyl, Bhopal, a queima de poços de petróleo no Kuwait por Saddam Hussein, e acidentes nucleares em Three Mile Island e Tokaimura que contaminaram o meio ambiente com radiação.
3. Chernobyl
O maior acidente ambiental do mundo foi a explosão em
Chernobyl, na Ucrânia, que completa três décadas em
2016. Foi exatamente no dia 26 de abril de 1986 que o
reator 4 da usina, vista como símbolo do avanço da União
Soviética, explodiu, lançando 70 toneladas de urânio na
atmosfera. A tragédia, que deixou 15 mil mortos (segundo
o governo soviético) e 80 mil (segundo organizações não
governamentais) no decorrer dos anos, foi resultado de
uma mistura de erros humanos e técnicos. O fato é que até
hoje 6% do PIB ucraniano anual é destinado ao pagamento
de indenizações às vítimas do ocorrido e os danos à fauna
e à flora são incalculáveis.
5. Bhopal
No dia 3 de dezembro de 1984 a cidade de Bhopal, na
Índia, foi palco do segundo maior desastre ambiental do
planeta. Uma fabrica, produtora de inseticida, explodiu,
lançando uma nuvem de gases altamente tóxicos na
atmosfera. Cerca de 3 mil pessoas morreram asfixiadas, na
hora. Outras 20 mil entraram em óbito em decorrência do
acidente e 150 mil sofreram contaminações. Um
especialista do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil
resumiu bem as causas do ocorrido, durante uma palestra
sobre Bhopal realizada no final de 2014. ‘’ “Tinha os
recursos para evitar uma catástrofe, mas a maioria dos
equipamentos não estava funcionando ou estava em
manutenção. Não havia equipe de controle de emergência
para atuar, e as providências demoravam a ser tomadas.’’
7. Queima de petróleo no Kuait
Em agosto de 1990 o ditador Sadam Hussein disse que se
fosse expulso do Kuait pelo governo norte-americano, ele
botaria foto no país. E foi isso que ocorreu, literalmente.
Em janeiro de 1991 Hussein e suas tropas incendiaram 700
poços de petróleo. O número de mortes, segundo dados
oficiais, foi de 10 mil, mas organizações não
governamentais estimam 100 mil. O fato é que a queima
também destruiu o meio ambiente. Os santuários de
alimentação de mais de 100 mil aves marinhas foram
destruídos. Algumas regiões do Kuwait, por causa da
fuligem do petróleo, ficam 10 dias sem luz solar. Mais de
600 quilômetros de praia e 1500 quilômetros quadrados de
mar foram afetados.
9. Love Canal
O Love Canal, local situado perto das Cataratas do Niágara,
nos Estados Unidos, foi vendido em 1920 para uma
empresa chamada Hooker Chemical. A companhia, entre
1942 e 1953, despejou mais de 21 toneladas de produtos
químicos no local, utilizado como aterro. Na época, a
utilização do terreno foi aprovada pelo governo. O
problema é que nos anos 70, época em que o aterro já
estava entupido de lixo e inutilizado, os moradores da
região começaram a nota infiltrações em suas residências.
Eram produtos tóxicos. Exames feitos na época
identificaram compostos cancerígenos na água, mas o
maior problema foi para o solo, que ficou repleto de metais
pesados e solventes.
11. Exxon-Valdez
Há 26 anos o petroleiro Exxon Valdez, carregado de barris
de petróleo, naufragou e espalhou 42 milhões de litros
de petróleo no mar. O saldo do acidente foi 250 mil aves e
milhares e baleias, lontras e peixes mortos. O Alasca, que
tinha sua economia baseada na pesca, nunca mais foi o
mesmo. A ExoonMobil foi condenada a pagar cinco bilhões
de dólares aos 32 mil moradores do local, mas a multa foi
revertida pelo Supremo Tribunal a 500 milhões de dólares.
13. Acidente radioativo em
Tokaimura
Em 1997, a usina experimental de reprocessamento de
Tokaimura, em Tóquio, no Japão, sofreu uma explosão
seguida de incêndio, que deixou 37 pessoas contaminadas.
Em 1999, no mês de setembro, essa mesma usina sofreu
outro acidente, provocado por erro humano, que levou à
óbito dois técnicos e expos à radiação cerca de 320 mil
pessoas, além de afetar o meio ambiente. Os estragos na
natureza costumam ocorrer ao longo dos anos. A partir da
contaminação por radiação, toda a vegetação, solo, água e
os animais que crescem no local sofrem seus efeitos.
15. Mar de Aral
• O Mar de Aral, localizado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, é
um dos maiores símbolos do poder que o homem tem de destruir a
natureza. Antes da década de 60, o mar, que na verdade é um lago
que se tornou salgado, tinha 62 mil quilômetros quadrados de
extensão. Os soviéticos, que no período dominavam a região,
queriam aumentar sua produção de algodão. Então eles desviaram
dois rios que alimentavam o Mar de Aral. Resultado: 80% dos
animais desapareceram e os pesticidas jogados anteriormente
ficaram concentrados na região. ‘’O clima também começou a
mudar. A chuva parou. A grama secou, e os pequenos lagos de água
doce que existiam perto da costa desapareceram, bem como os
rebanhos de antílopes que costumavam vagar pela área.’’, disse o
repórter da BBC Rustam Qobilov, que recentemente visitou o local.
17. Acidente de Seveso
No dia 10 de julho de 1976, em Seveso, na Itália, ocorreu o
vazamento de dioxina de uma fabrica, causando a
contaminação de 320 hectares. O resultado disso foi a
morte ou o abate de 75 mil animais contaminados. O
médico Paolo Mocarelli, da Universidade de Milão, que
estuda o local, também constatou que o número de
tumores e diabéticos na região é maior do que em outros
locais do pais.
19. O caso de Minamata
Minamata, no sul do Japão, foi palco de uma tragédia
ambiental e social nas décadas de 50 e 60. O problema, no
entanto, começou em 1930, quando uma empresa
chamada Chisso se instalou na região. Estima-se que a
companhia jogou de 200 a 600 toneladas de mercúrio na
baia da cidade. No total, mais de 3 mil pessoas, que tinham
sua economia e alimentação baseadas na pesca, morreram
ou adoeceram envenenadas. Várias ficaram com
deformações genéricas. Incontáveis peixes, aves e
moluscos também acabaram mortos.
21. Acidente em Mile Island
Por causa de uma pane na bomba de água do sistema de
resfriamento, gases radioativos da usina norte-americana
de Three Mile Island, na Pensilvânia, Estados Unidos,
começaram a vazar. Isso ocorreu no dia 28 de março de
1979. Uma área de até 16 quilômetros em volta de Three
Mile Island estava contaminada. As consequências para a
população e para a atmosfera nunca foram devidamente
analisadas.