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Profª. Jocilane Ferreira
FIGURAS DE LINGUAGEM
São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de
palavras, figuras de pensamento e figuras de construção, figuras de som.
1 - Figuras de palavras:
a) Comparação - É a comparação direta de qualificações entre seres, com o uso do conectivo comparativo
(como, assim como, bem como, tal qual, etc.). Ex: Minha irmã é bondosa como um anjo.
b) Metáfora - Assim como a comparação, consiste numa relação de semelhança de qualificações. É, porém,
mais sutil, porque dispensa os conectivos que aparecem na comparação. Ex: Minha irmã é um anjo.
c) Metonímia - É a utilização de uma palavra por outra por contiguidade de sentidos. Essas palavras mantêm-
se relacionadas de várias formas:
- O autor pela obra: Você já leu Camões (algum livro de Camões)?
- O efeito pela causa: O rapaz encomendou a própria morte (algo que causaria a sua própria morte).
- O instrumento pela pessoa que dele se utiliza: Júlio sem dúvida é um excelente garfo (Júlio come muito; o
garfo é um dos instrumentos utilizados para comer).
d) Catacrese – É o emprego de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou
ignorância de seu étimo (vocábulo que é a origem imediata de outro). Ex: Ficar
de quarentena três meses (quarentena=quarenta); Ganhar mesada semanal
(mesada = quantia que se recebe por mês); Ter cinco alternativas (alter=outro;
portanto não pode haver mais que duas alternativas: uma e a outra); Pé de meia;
Boca de forno; Cabeça de alfinete; Batata da perna.
e) Sinestesia - É a figura que proporciona a ilusão de mistura de percepções,
mistura de sentidos. Ex: Você gosta de cheiro-verde? Que voz aveludada
Renata tem!
f) Perífrase (ou antonomásia) - É uma espécie de apelido que se confere aos
seres, valorizando algum de seus feitos ou atributos. Ressalte-se que se
consideram perífrases somente os "apelidos" de valor expressivo,
especificadores, culturalmente relevantes e conhecidos. Ex: Gosto muito da obra
do Poeta dos Escravos (antonomásia para Castro Alves).
2 - Figuras de pensamento:
a) Antítese - É a aproximação de palavras ou expressões que exprimem ideias contrárias, adversas. Ex: E
Carlos, jovem de idade e velho de espírito, aproximou-se. O que sempre foi simples tornou-se complexo.
b) Apóstrofe - É a interpelação enfática do orador a pessoas ou seres personificados. Ex: Deus! Ó Deus!
Onde está que não respondes? (Castro Alves) Desce do espaço imenso, ó águia do oceano. (Castro
Alves)
c) Paradoxo ou Oxímoro – consiste em uma quebra da lógica, ou seja, um contraste de ideias. Ex: Calor
que provoca arrepio. Andar na chuva e não se molhar. É uma ferida que dói e não se sente. Ele finge
sinceramente.
d) Eufemismo – é a suavização de palavras ou expressões forte e chocantes. Ex: Fulano partiu dessa para
uma melhor. (morreu)Você não se saiu muito bem no exame. (reprovado)
e) Hipérbole – consiste em expressar uma ideia com exagero. É uma exagero de ideias. Ex: André está
morrendo de sede. Chorou rios de lágrimas.
f) Ironia – afirma-se o contrário daquilo que realmente se quer dizer. Ex: O seu
aproveitamento não poderia ter sido melhor: você ficou reprovada em seis matérias. Você é
uma mulher muita linda. (FEIA).
g) Prosopopeia ou Personificação – consiste em atribuir ações, qualidades e sentimentos
humanos a seres inanimados ou irracionais. Ex: A cadeira saiu andando pelos corredores
da casa. A Lua ficou emocionada e chorou quando se encontrou com o Sol.
h) Gradação – consiste em uma sequência de palavras ou de expressões dispostas em
sentindo ascendente ou descendente (intensificando ou diminuindo). Ex: Um segundo, um
minuto, uma hora me satisfaz/satisfazem. Uma palavra, um sorriso, um gesto, um olhar
bastava para despertar seu interesse. Aquilo parecia mais um luta, uma batalha, uma
guerra. Ele era um tímido, um frouxo, um covarde.
3 - Figuras de construção:
a) Elipse - é a omissão de um ou mais termos, os quais não foram expressos
anteriormente no discurso, entretanto, que são facilmente identificáveis pelo
interlocutor (receptor). Ex: Estávamos felizes com o resultado dos exames. (Neste
caso, a conjugação do verbo “estávamos”, propõe o termo oculto “nós”.)
b) Zeugma - é um tipo de elipse, uma vez que há omissão de um ou mais termos na
oração, sendo um recurso utilizado para evitar a repetição de verbo ou
substantivo. Ex: Fabiana comeu maçã, eu (comi) pera.
c) Hipérbato ou Inversão - é caracterizado
pela inversão da ordem direta dos termos da oração, segundo a construção
sintática usual da língua (sujeito + predicado + complemento). Ex: Triste estava
Manuela. (Neste caso, o estado do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que
na construção sintática usual seria: Manuela estava triste).
d) Silepse - há concordância da ideia e não do termo utilizado. São classificadas em:
- Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino);
- Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural;
- Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira
pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do plural.
Ex: - São Paulo é suja. (silepse de gênero)
- Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número)
- Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo.
(silepse de pessoa)
e) Assíndeto - corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações
coordenadas. Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é caracterizada
pela ausência de conjunções. Ex: Daiana comprou uvas para comer, (e) limões para fazer suco.
f) Polissíndeto - Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é caracterizado
pela repetição da conjunção coordenativa (conectivo). Ex: Dolores brigava, e gritava, e falava.
g) Anáfora - é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos
escritores na construção dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia. Ex: Se eu
amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a
condicionalidade que o emissor do discurso quer propor).
h) Anacoluto - altera a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma
pausa no discurso. Ex: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. (Numa
sequência lógica, teríamos: “Esses políticos de hoje não são confiáveis” ou Não
se pode confiar nesses políticos de hoje.)
i) Pleonasmo - repetição enfática ou redundância de um termo que soa
“desnecessário” no discurso, o qual pode ser utilizado intencionalmente
(pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das
normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem.
4 - Figuras de som:
a) Aliteração - ocorre quando há repetição de sons consonantais. Ex: O rato
roeu a roupa do rei de Roma. Quem com ferro fere com ferro será ferido.
“Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Bem Jor)
b) Assonância - corre quando há repetição de sons vocálicos. Ex: Tinha
o coração na mão. O Museu Galileu pereceu. “Juro que não acreditei eu
te estranhei / Me debrucei sobre teu corpo e duvidei” (Chico Buarque)
c) Onomatopeia - entre as Figuras do Som, a onomatopeia ocorre quando há a
o emprego de palavras que imitam sons ou ruídos. Ex: O tic-tac do relógio o
incomodava. Acordei com o cocoricó do galo. “Oi, tum, tum, bate coração”
(Elba Ramalho).
d) Anáfora - é a repetição de termos no começo das frases, muito
utilizada pelos escritores na construção dos versos a fim de dar
maior ênfase à ideia. Ex: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu
perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a condicionalidade
que o emissor do discurso quer propor).
e) Paronomásia - ocorre quando há repetição de palavras com sons
parecidos. Ex: O cavaleiro é um cavalheiro.
Os discentes conversaram com o docente.

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  • 2. São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção, figuras de som. 1 - Figuras de palavras: a) Comparação - É a comparação direta de qualificações entre seres, com o uso do conectivo comparativo (como, assim como, bem como, tal qual, etc.). Ex: Minha irmã é bondosa como um anjo. b) Metáfora - Assim como a comparação, consiste numa relação de semelhança de qualificações. É, porém, mais sutil, porque dispensa os conectivos que aparecem na comparação. Ex: Minha irmã é um anjo. c) Metonímia - É a utilização de uma palavra por outra por contiguidade de sentidos. Essas palavras mantêm- se relacionadas de várias formas: - O autor pela obra: Você já leu Camões (algum livro de Camões)? - O efeito pela causa: O rapaz encomendou a própria morte (algo que causaria a sua própria morte). - O instrumento pela pessoa que dele se utiliza: Júlio sem dúvida é um excelente garfo (Júlio come muito; o garfo é um dos instrumentos utilizados para comer).
  • 3. d) Catacrese – É o emprego de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou ignorância de seu étimo (vocábulo que é a origem imediata de outro). Ex: Ficar de quarentena três meses (quarentena=quarenta); Ganhar mesada semanal (mesada = quantia que se recebe por mês); Ter cinco alternativas (alter=outro; portanto não pode haver mais que duas alternativas: uma e a outra); Pé de meia; Boca de forno; Cabeça de alfinete; Batata da perna. e) Sinestesia - É a figura que proporciona a ilusão de mistura de percepções, mistura de sentidos. Ex: Você gosta de cheiro-verde? Que voz aveludada Renata tem! f) Perífrase (ou antonomásia) - É uma espécie de apelido que se confere aos seres, valorizando algum de seus feitos ou atributos. Ressalte-se que se consideram perífrases somente os "apelidos" de valor expressivo, especificadores, culturalmente relevantes e conhecidos. Ex: Gosto muito da obra do Poeta dos Escravos (antonomásia para Castro Alves).
  • 4. 2 - Figuras de pensamento: a) Antítese - É a aproximação de palavras ou expressões que exprimem ideias contrárias, adversas. Ex: E Carlos, jovem de idade e velho de espírito, aproximou-se. O que sempre foi simples tornou-se complexo. b) Apóstrofe - É a interpelação enfática do orador a pessoas ou seres personificados. Ex: Deus! Ó Deus! Onde está que não respondes? (Castro Alves) Desce do espaço imenso, ó águia do oceano. (Castro Alves) c) Paradoxo ou Oxímoro – consiste em uma quebra da lógica, ou seja, um contraste de ideias. Ex: Calor que provoca arrepio. Andar na chuva e não se molhar. É uma ferida que dói e não se sente. Ele finge sinceramente. d) Eufemismo – é a suavização de palavras ou expressões forte e chocantes. Ex: Fulano partiu dessa para uma melhor. (morreu)Você não se saiu muito bem no exame. (reprovado) e) Hipérbole – consiste em expressar uma ideia com exagero. É uma exagero de ideias. Ex: André está morrendo de sede. Chorou rios de lágrimas.
  • 5. f) Ironia – afirma-se o contrário daquilo que realmente se quer dizer. Ex: O seu aproveitamento não poderia ter sido melhor: você ficou reprovada em seis matérias. Você é uma mulher muita linda. (FEIA). g) Prosopopeia ou Personificação – consiste em atribuir ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados ou irracionais. Ex: A cadeira saiu andando pelos corredores da casa. A Lua ficou emocionada e chorou quando se encontrou com o Sol. h) Gradação – consiste em uma sequência de palavras ou de expressões dispostas em sentindo ascendente ou descendente (intensificando ou diminuindo). Ex: Um segundo, um minuto, uma hora me satisfaz/satisfazem. Uma palavra, um sorriso, um gesto, um olhar bastava para despertar seu interesse. Aquilo parecia mais um luta, uma batalha, uma guerra. Ele era um tímido, um frouxo, um covarde.
  • 6. 3 - Figuras de construção: a) Elipse - é a omissão de um ou mais termos, os quais não foram expressos anteriormente no discurso, entretanto, que são facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor). Ex: Estávamos felizes com o resultado dos exames. (Neste caso, a conjugação do verbo “estávamos”, propõe o termo oculto “nós”.) b) Zeugma - é um tipo de elipse, uma vez que há omissão de um ou mais termos na oração, sendo um recurso utilizado para evitar a repetição de verbo ou substantivo. Ex: Fabiana comeu maçã, eu (comi) pera. c) Hipérbato ou Inversão - é caracterizado pela inversão da ordem direta dos termos da oração, segundo a construção sintática usual da língua (sujeito + predicado + complemento). Ex: Triste estava Manuela. (Neste caso, o estado do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que na construção sintática usual seria: Manuela estava triste).
  • 7. d) Silepse - há concordância da ideia e não do termo utilizado. São classificadas em: - Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino); - Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural; - Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do plural. Ex: - São Paulo é suja. (silepse de gênero) - Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número) - Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse de pessoa) e) Assíndeto - corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações coordenadas. Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é caracterizada pela ausência de conjunções. Ex: Daiana comprou uvas para comer, (e) limões para fazer suco. f) Polissíndeto - Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é caracterizado pela repetição da conjunção coordenativa (conectivo). Ex: Dolores brigava, e gritava, e falava.
  • 8. g) Anáfora - é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia. Ex: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a condicionalidade que o emissor do discurso quer propor). h) Anacoluto - altera a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso. Ex: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: “Esses políticos de hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses políticos de hoje.) i) Pleonasmo - repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem.
  • 9. 4 - Figuras de som: a) Aliteração - ocorre quando há repetição de sons consonantais. Ex: O rato roeu a roupa do rei de Roma. Quem com ferro fere com ferro será ferido. “Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Bem Jor) b) Assonância - corre quando há repetição de sons vocálicos. Ex: Tinha o coração na mão. O Museu Galileu pereceu. “Juro que não acreditei eu te estranhei / Me debrucei sobre teu corpo e duvidei” (Chico Buarque) c) Onomatopeia - entre as Figuras do Som, a onomatopeia ocorre quando há a o emprego de palavras que imitam sons ou ruídos. Ex: O tic-tac do relógio o incomodava. Acordei com o cocoricó do galo. “Oi, tum, tum, bate coração” (Elba Ramalho).
  • 10. d) Anáfora - é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia. Ex: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a condicionalidade que o emissor do discurso quer propor). e) Paronomásia - ocorre quando há repetição de palavras com sons parecidos. Ex: O cavaleiro é um cavalheiro. Os discentes conversaram com o docente.