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Linguagem literária
figuras de linguagem
Profa. Lídia Lerbach
Denotação x Conotação
SENTIDO DENOTATIVO (literal): é quando a palavra é
usada em seu sentido básico, não é atribuído a ela nenhum
outro significado além do usual, o do dicionário.
SENTIDO CONOTATIVO (figurado): é quando se atribui
outros sentidos às palavras além daquele que lhe é comum.
Literalmente significa “ao pé da letra”, no sentido
denotativo da palavra
Minha irmã tem,
literalmente, um
coração de pedra.
O Pedro caiu do
cavalo literalmente.
(...)
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
literalmente
Sentido figurado
Conceitos básicos de
linguagem literária
Versificação
Conta-se até a
última sílaba tônica
do verso.
Sílaba átona
(fraca) não conta
Classificação dos versos quanto ao número de sílabas poéticas
 Monóstico – 1 verso
 Dístico – 2 versos
 Terceto – 3 versos
 Quarteto – 4 versos
 Quintilha – 5 versos
 Sextilha – 6 versos
 Sétima – 7 versos
 Oitava – 8 versos
 Nona – 9 versos
 Décima – 10 versos
Classificação das estrofes
quanto ao número de versos
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento antes
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Vinicius de Moraes
Soneto é um
tipo de poema
com 14 versos,
sendo 2
quartetos e dois
tercetos.
a) Cruzadas ou alternadas:
Mas que dizer do poeta A
numa prova escolar? B
Que ele é meio pateta A
e não sabe rimar? B
b) Interpoladas, intercaladas ou opostas:
Nas nossas ruas, ao anoitecer A
Há tal soturnidade, há tal melancolia
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. A
c) Emparelhadas ou Paralelas:
Foste o melhor beijo da minha vida, A
Ou talvez o pior ... Glória e tormento, B
Contigo à luz subi do firmamento, B
Contigo fui pela infernal descida. A
Classificação das rimas – posição e classe gramatical
Poeta (substantivo) + pateta (adjetivo) = rima rica
Escolar (adjetivo) + rimar (verbo) = rima rica
anoitecer (verbo) + sofrer (verbo) = rima pobre
melancolia (substantivo) + maresia (substantivo) = rima pobre
Figuras de linguagem
e seus efeitos de sentido
O que são figuras de linguagem?
A figura de linguagem é uma forma de expressão que se
distancia das regras da linguagem denotativa. Assim, ela pode
ser plurissignificativa. Queremos dizer com isso que, ao
empregar uma figura de linguagem, o enunciador possibilita uma
nova interpretação para o seu enunciado para além de seu
sentido literal.
Figuras de
palavras
Figuras de
construção
(produz efeito na
estrutura do texto)
Figuras de
pensamento
Figuras de som
(produz efeito no
som das palavras)
Metáfora
+A metáfora produz um efeito de sentido de comparação entre
dois termos por associar alguma semelhança entre eles. Porém
não utiliza um elemento de comparação.
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Chico Buarque
Tu
É trevo de quatro folhas
É manhã de domingo à toa
AnaVitória
A vida são deveres que trouxemos
para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano.
Mário Quintana
Comparação
+Comparação é uma figura de linguagem caracterizada pela analogia
explícita entre termos de um enunciado, já que conta com a presença
de conjunção ou locução conjuntiva (como, tal qual, conforme...)
Metonímia
+A metonímia é uma figura de linguagem em que se substitui um termo
por outro, desde que entre ambos haja alguma relação de sentido,
como relação de:
• Efeito pela causa: Paguei por tudo que tenho com o suor do meu trabalho. (o suor é o efeito do
esforço, do trabalho)
• Autor pela obra: Vamos ler Machado de Assis. (vamos ler o livro dele)
• Parte pelo todo: Seus olhos me seguiam por todo lugar. (os olhos são uma parte da pessoa)
• Marca pelo produto: Sempre uso Bombril na limpeza da casa. (Bombril é uma marca da lã de
aço)
• Recipiente pelo seu conteúdo: Eu bebi uma garrafa sozinho. (bebi o líquido que estava na
garrafa)
• Símbolo pelo que ele simboliza: Temos fé na cruz. (a fé é no que a cruz simboliza, o Cristo)
Por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
(Cazuza)
Outros exemplos de Metonímia
Catacrese
+A catacrese é um tipo de metáfora cristalizada pelo uso
recorrente, de tal forma, que nem há outra palavra para nomear
aquele objeto.
+Ex. Asa da xícara
+Braço do sofá
+Árvore genealógica
+Maçã do rosto
Perífrase ou Antonomásia
+Trata-se de uma figura de linguagem em que se substitui o
nome de uma pessoa ou de um lugar por uma característica ou
apelido que o tornou famoso.
+Ex. Ele é o rei do rock. (Elvis Presley)
+A cidade maravilhosa. (Rio de Janeiro)
+O país do futebol (Brasil)
+O poeta dos escravos (Castro Alves)
Sinestesia
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas
por diferentes órgãos do sentido. (tato / olfato / paladar / audição / visão)
Exemplos:
 Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)
 No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio =
auditivo; negro = visual)
 Amo o cheiro doce dos seus cabelos. (cheiro=olfato; doce=paladar)
Elipse
+A elipse consiste em omitir um termo que é perceptível pelo
contexto.
+Ex. Viajamos de trem pela Europa. (Nós viajamos)
Obs. Uma forma de elipse é a Zeugma, que é a omissão de um
termo que já apareceu antes na frase.
Ex. Eu gosto de café, você, de chá.
gosta
Anáfora
+A anáfora consiste na repetição de expressões no início de
versos.
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar.
Raul Seixas
Hipérbato
+É a inversão da ordem usual dos termos da frase.
+Ex.
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo
heroico o brado retumbante” (ouviram o brado
retumbante de um povo heroico às margens plácidas
do Ipiranga.)
“E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, /Brilhou no
céu da Pátria nesse instante.” ( O sol da Liberdade
brilhou em raios fúlgidos no céu da Pátria nesse
instante.)
Silepse
+Silepse é um tipo de concordância em que verbo, adjetivo ou
pronome concordam com as ideias de número, gênero ou
pessoa associada ao referente do sujeito da oração.
As mulheres
sempre fomos
subestimadas
na sociedade.
Vossa
excelência
está
enganado.
Polissíndeto
+é o emprego repetitivo de uma conjunção (geralmente e ou
nem) entre as palavras dentro de uma frase ou entre as frases
de um texto.
+Ex.
Não tinha havido pássaro nem flores o ano inteiro;
Nem guerras, nem aulas, nem missas, nem viagens;
E nem barca e nem marinheiro
– Cecília Meireles (repetição de “nem”).
Hipérbole
+A hipérbole consiste num exagero intencional, com o intuito de
dar ênfase ao que estamos dizendo.
Ex. Falarei para o mundo inteiro que eu te amo.
Estávamos morrendo de fome.
Eufemismo
+Eufemismo é uma figura de linguagem que visa suavizar uma
expressão que pode ser chocante, ofensiva ou triste.
+Ex.
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Camões
Ironia
+Consiste em dizer algo que traz de forma implícita a ideia
oposta daquilo que está expresso.
Ex. Você acordou cedo hoje, hein! Meio dia!
Prosopopeia ou Personificação
+Nessa figura de linguagem, são atribuídas características ou
ações próprias do ser humano a seres inanimados.
+Ex. “O sol pediu a lua em casamento”
(Arnaldo Antunes)
O céu derramava lágrimas por
todas as vítimas.
Antítese
+Consiste em aproximar termos de sentidos contrários.
+Ex.
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
(Vinicius de Moraes)
“Entre o amor e o ódio
a linha é tênue, meu
bem.”
(Maria Gadu)
Paradoxo ou Oxímoro
+O paradoxo é a fusão de ideias opostas num mesmo conceito,
de modo que este se torna algo ilógico.
Ex.
Espia a barriga estufada dos
meninos, a barriga cheia de
vazio, de Deus sabe o quê.
Carlos Drummond de
Andrade
Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer.
Camões
Apóstrofe
+É uma figura de linguagem caracterizada pelas expressões que
envolvem invocações, chamamentos e interpelações de um
interlocutor (seres reais ou não).
+Ex.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.”
(Fernando Pessoa)
“Deus, ó Deus! Onde estás, que
não me respondes? ”
(Castro Alves).
Gradação
+A gradação é um recurso estilístico usado para aumentar (ou
diminuir) a intensidade de um discurso por meio de termos
dispostos sequencialmente. Há dois tipos de gradação: a
ascendente (clímax) e a descendente (anticlímax).
“Oh, não aguardes, que a madura idade
Te converta essa flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.”
(Gregório de Matos)
“E como uma segunda pele, um
calo, uma casca, uma cápsula
protetora”
(Adriana Calcanhotto)
Aliteração
+Repetição de sons consonantais.
Segue seco
“Sem sacar que o espinho é seco.
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Sem sacar que algum espinho seco secará.
Se acabar não acostumando.
Se acabar parado calado.
Se acabar baixinho chorando.
Se acabar meio abandonado.”
(Marisa Monte)
Vozes veladas, veludosas vozes,
volúpias dos violões, vozes veladas,
vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
Cruz e Souza
Assonância
+Repetição de sons vocálicos.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
[…]
Sou um mulato nato
No sentido lato
Mulato democrático do litoral […]
Caetano VELOSO
Onomatopeia
+A Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz
fonemas ou palavras que imitam os sons naturais, quer sejam
de objetos, de pessoas ou de animais.
+Ex.
Do meu quarto eu
ouvia o tic tac do
relógio na sala.
Paronomásia
+Essa figura está relacionada com a sonoridade das palavras.
Dessa forma, ela utiliza os parônimos para enfatizar uma ideia
e por isso recebe esse nome.
+Ex. Realejo
O Teatro Mágico
Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã
A faca e o queijo / Ou talvez um beijo teu
Que me empreste a alegria que me faça juntar
Todo resto do dia meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro...
que é tão fácil de enxergar / E chegar
“O volume do som alterou nosso tom.”
“Tento tanto, mas tonto me sinto.”
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  • 1. Linguagem literária figuras de linguagem Profa. Lídia Lerbach
  • 2. Denotação x Conotação SENTIDO DENOTATIVO (literal): é quando a palavra é usada em seu sentido básico, não é atribuído a ela nenhum outro significado além do usual, o do dicionário. SENTIDO CONOTATIVO (figurado): é quando se atribui outros sentidos às palavras além daquele que lhe é comum.
  • 3. Literalmente significa “ao pé da letra”, no sentido denotativo da palavra Minha irmã tem, literalmente, um coração de pedra. O Pedro caiu do cavalo literalmente.
  • 4. (...) Quando eu tinha seis anos Não pude ver o fim da festa de São João Porque adormeci Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo Minha avó Meu avô Totônio Rodrigues Tomásia Rosa Onde estão todos eles? — Estão todos dormindo Estão todos deitados Dormindo Profundamente. literalmente Sentido figurado
  • 6. Versificação Conta-se até a última sílaba tônica do verso. Sílaba átona (fraca) não conta
  • 7. Classificação dos versos quanto ao número de sílabas poéticas
  • 8.  Monóstico – 1 verso  Dístico – 2 versos  Terceto – 3 versos  Quarteto – 4 versos  Quintilha – 5 versos  Sextilha – 6 versos  Sétima – 7 versos  Oitava – 8 versos  Nona – 9 versos  Décima – 10 versos Classificação das estrofes quanto ao número de versos Soneto de Fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento antes E com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure Vinicius de Moraes Soneto é um tipo de poema com 14 versos, sendo 2 quartetos e dois tercetos.
  • 9. a) Cruzadas ou alternadas: Mas que dizer do poeta A numa prova escolar? B Que ele é meio pateta A e não sabe rimar? B b) Interpoladas, intercaladas ou opostas: Nas nossas ruas, ao anoitecer A Há tal soturnidade, há tal melancolia Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. A c) Emparelhadas ou Paralelas: Foste o melhor beijo da minha vida, A Ou talvez o pior ... Glória e tormento, B Contigo à luz subi do firmamento, B Contigo fui pela infernal descida. A Classificação das rimas – posição e classe gramatical Poeta (substantivo) + pateta (adjetivo) = rima rica Escolar (adjetivo) + rimar (verbo) = rima rica anoitecer (verbo) + sofrer (verbo) = rima pobre melancolia (substantivo) + maresia (substantivo) = rima pobre
  • 10. Figuras de linguagem e seus efeitos de sentido
  • 11. O que são figuras de linguagem? A figura de linguagem é uma forma de expressão que se distancia das regras da linguagem denotativa. Assim, ela pode ser plurissignificativa. Queremos dizer com isso que, ao empregar uma figura de linguagem, o enunciador possibilita uma nova interpretação para o seu enunciado para além de seu sentido literal.
  • 12. Figuras de palavras Figuras de construção (produz efeito na estrutura do texto) Figuras de pensamento Figuras de som (produz efeito no som das palavras)
  • 13. Metáfora +A metáfora produz um efeito de sentido de comparação entre dois termos por associar alguma semelhança entre eles. Porém não utiliza um elemento de comparação. Deixe em paz meu coração Que ele é um pote até aqui de mágoa E qualquer desatenção, faça não Pode ser a gota d'água Chico Buarque Tu É trevo de quatro folhas É manhã de domingo à toa AnaVitória A vida são deveres que trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas... Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano. Mário Quintana
  • 14. Comparação +Comparação é uma figura de linguagem caracterizada pela analogia explícita entre termos de um enunciado, já que conta com a presença de conjunção ou locução conjuntiva (como, tal qual, conforme...)
  • 15. Metonímia +A metonímia é uma figura de linguagem em que se substitui um termo por outro, desde que entre ambos haja alguma relação de sentido, como relação de: • Efeito pela causa: Paguei por tudo que tenho com o suor do meu trabalho. (o suor é o efeito do esforço, do trabalho) • Autor pela obra: Vamos ler Machado de Assis. (vamos ler o livro dele) • Parte pelo todo: Seus olhos me seguiam por todo lugar. (os olhos são uma parte da pessoa) • Marca pelo produto: Sempre uso Bombril na limpeza da casa. (Bombril é uma marca da lã de aço) • Recipiente pelo seu conteúdo: Eu bebi uma garrafa sozinho. (bebi o líquido que estava na garrafa) • Símbolo pelo que ele simboliza: Temos fé na cruz. (a fé é no que a cruz simboliza, o Cristo)
  • 16. Por você eu largo tudo Carreira, dinheiro, canudo (Cazuza) Outros exemplos de Metonímia
  • 17. Catacrese +A catacrese é um tipo de metáfora cristalizada pelo uso recorrente, de tal forma, que nem há outra palavra para nomear aquele objeto. +Ex. Asa da xícara +Braço do sofá +Árvore genealógica +Maçã do rosto
  • 18. Perífrase ou Antonomásia +Trata-se de uma figura de linguagem em que se substitui o nome de uma pessoa ou de um lugar por uma característica ou apelido que o tornou famoso. +Ex. Ele é o rei do rock. (Elvis Presley) +A cidade maravilhosa. (Rio de Janeiro) +O país do futebol (Brasil) +O poeta dos escravos (Castro Alves)
  • 19. Sinestesia Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. (tato / olfato / paladar / audição / visão) Exemplos:  Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)  No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)  Amo o cheiro doce dos seus cabelos. (cheiro=olfato; doce=paladar)
  • 20. Elipse +A elipse consiste em omitir um termo que é perceptível pelo contexto. +Ex. Viajamos de trem pela Europa. (Nós viajamos) Obs. Uma forma de elipse é a Zeugma, que é a omissão de um termo que já apareceu antes na frase. Ex. Eu gosto de café, você, de chá. gosta
  • 21. Anáfora +A anáfora consiste na repetição de expressões no início de versos. Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar. Raul Seixas
  • 22. Hipérbato +É a inversão da ordem usual dos termos da frase. +Ex. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante” (ouviram o brado retumbante de um povo heroico às margens plácidas do Ipiranga.) “E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, /Brilhou no céu da Pátria nesse instante.” ( O sol da Liberdade brilhou em raios fúlgidos no céu da Pátria nesse instante.)
  • 23. Silepse +Silepse é um tipo de concordância em que verbo, adjetivo ou pronome concordam com as ideias de número, gênero ou pessoa associada ao referente do sujeito da oração. As mulheres sempre fomos subestimadas na sociedade. Vossa excelência está enganado.
  • 24. Polissíndeto +é o emprego repetitivo de uma conjunção (geralmente e ou nem) entre as palavras dentro de uma frase ou entre as frases de um texto. +Ex. Não tinha havido pássaro nem flores o ano inteiro; Nem guerras, nem aulas, nem missas, nem viagens; E nem barca e nem marinheiro – Cecília Meireles (repetição de “nem”).
  • 25. Hipérbole +A hipérbole consiste num exagero intencional, com o intuito de dar ênfase ao que estamos dizendo. Ex. Falarei para o mundo inteiro que eu te amo. Estávamos morrendo de fome.
  • 26. Eufemismo +Eufemismo é uma figura de linguagem que visa suavizar uma expressão que pode ser chocante, ofensiva ou triste. +Ex. Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Camões
  • 27. Ironia +Consiste em dizer algo que traz de forma implícita a ideia oposta daquilo que está expresso. Ex. Você acordou cedo hoje, hein! Meio dia!
  • 28. Prosopopeia ou Personificação +Nessa figura de linguagem, são atribuídas características ou ações próprias do ser humano a seres inanimados. +Ex. “O sol pediu a lua em casamento” (Arnaldo Antunes) O céu derramava lágrimas por todas as vítimas.
  • 29. Antítese +Consiste em aproximar termos de sentidos contrários. +Ex. De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto (Vinicius de Moraes) “Entre o amor e o ódio a linha é tênue, meu bem.” (Maria Gadu)
  • 30. Paradoxo ou Oxímoro +O paradoxo é a fusão de ideias opostas num mesmo conceito, de modo que este se torna algo ilógico. Ex. Espia a barriga estufada dos meninos, a barriga cheia de vazio, de Deus sabe o quê. Carlos Drummond de Andrade Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer. Camões
  • 31. Apóstrofe +É uma figura de linguagem caracterizada pelas expressões que envolvem invocações, chamamentos e interpelações de um interlocutor (seres reais ou não). +Ex. Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa) “Deus, ó Deus! Onde estás, que não me respondes? ” (Castro Alves).
  • 32. Gradação +A gradação é um recurso estilístico usado para aumentar (ou diminuir) a intensidade de um discurso por meio de termos dispostos sequencialmente. Há dois tipos de gradação: a ascendente (clímax) e a descendente (anticlímax). “Oh, não aguardes, que a madura idade Te converta essa flor, essa beleza Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.” (Gregório de Matos) “E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora” (Adriana Calcanhotto)
  • 33. Aliteração +Repetição de sons consonantais. Segue seco “Sem sacar que o espinho é seco. Sem sacar que seco é ser sol. Sem sacar que algum espinho seco secará. Se acabar não acostumando. Se acabar parado calado. Se acabar baixinho chorando. Se acabar meio abandonado.” (Marisa Monte) Vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. Cruz e Souza
  • 34. Assonância +Repetição de sons vocálicos. Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. […] Sou um mulato nato No sentido lato Mulato democrático do litoral […] Caetano VELOSO
  • 35. Onomatopeia +A Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os sons naturais, quer sejam de objetos, de pessoas ou de animais. +Ex. Do meu quarto eu ouvia o tic tac do relógio na sala.
  • 36. Paronomásia +Essa figura está relacionada com a sonoridade das palavras. Dessa forma, ela utiliza os parônimos para enfatizar uma ideia e por isso recebe esse nome. +Ex. Realejo O Teatro Mágico Será que a sorte virá num realejo? Trazendo o pão da manhã A faca e o queijo / Ou talvez um beijo teu Que me empreste a alegria que me faça juntar Todo resto do dia meu café, meu jantar Meu mundo inteiro... que é tão fácil de enxergar / E chegar “O volume do som alterou nosso tom.” “Tento tanto, mas tonto me sinto.” “Em muitas partes toma o navio porto à porta de seu dono [...]” (Antônio Vieira)