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são recursos que tornamsão recursos que tornam
mais expressivas asmais expressivas as
mensagens. Subdividem-semensagens. Subdividem-se
emem figuras defiguras de
construção,figurasconstrução,figuras
de som,figuras dede som,figuras de
pensamento e figuraspensamento e figuras
de palavras.de palavras.
Figuras de Construção
Figuras de Construção
ou Sintáticas
ou Sintáticas
As figuras deAs figuras de
construção ocorremconstrução ocorrem
quando desejamosquando desejamos
atribuir maioratribuir maior
expressividade aoexpressividade ao
significado. Assim, asignificado. Assim, a
lógica da frase élógica da frase é
substituída pelasubstituída pela
maior expressividademaior expressividade
que se dá ao sentido.que se dá ao sentido.
ubdivisão da figura de construçãoubdivisão da figura de construção
ubdivisão da figura de construçãoubdivisão da figura de construção
ELIPSEELIPSE
Consiste na omissão de um ouConsiste na omissão de um ou
mais termos numa oração quemais termos numa oração que
podem ser facilmentepodem ser facilmente
identificados, tanto poridentificados, tanto por
elementos gramaticaiselementos gramaticais
presentespresentes na própria oração,na própria oração,
quanto pelo contexto.quanto pelo contexto.
1) A cada um o que é seu.
2)Tenho duas filhas e um filho, amo todos da mesma
maneira. 
3)Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o
trabalho.
4) As rosas florescem em maio, as margaridas em
agosto.
(Deve se dar a cada um o que é seu.)
Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a
identificação do sujeito em elipse "eu".
(Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.)
(As margaridas florescem em agosto.)
ubdivisão da figura de construçãoubdivisão da figura de construção
ZEUGMAZEUGMA
Zeugma é uma forma deZeugma é uma forma de
elipse. Ocorre quando éelipse. Ocorre quando é
feita a omissão de umfeita a omissão de um
termo já mencionadotermo já mencionado
anteriormente.anteriormente.
Ele gosta de geografia; eu, de
português.
Na casa dela só havia móveis antigos;
na minha, só móveis modernos.
Ela gosta de natação; eu, de vôlei.
No céu há estrelas; na terra, você.
gosto
havia
gosto
há
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É a concordância que se faz com o É a concordância que se faz com o 
termo que não está expresso no termo que não está expresso no 
texto, mas sim com a ideia que ele texto, mas sim com a ideia que ele 
representa. É uma concordância representa. É uma concordância 
anormal, psicológica, espiritual, anormal, psicológica, espiritual, 
latente, porque se faz com um termo latente, porque se faz com um termo 
oculto, facilmente subentendido. Há oculto, facilmente subentendido. Há 
três tipos de silepse: três tipos de silepse: de gênero, de gênero, 
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SILEPSESILEPSE

Os gêneros são Os gêneros são masculinomasculino e  e 
femininofeminino. Ocorre a . Ocorre a silepse de silepse de 
gênerogênero quando a  quando a 
concordância se faz com a concordância se faz com a 
ideia que o termo comporta.ideia que o termo comporta.
SILEPSE DE GÊNEROSILEPSE DE GÊNERO
1) A bonita Porto Velho sofreu mais1) A bonita Porto Velho sofreu mais
uma vez com o calor intenso.uma vez com o calor intenso.
2) Vossa excelência está2) Vossa excelência está
preocupado.preocupado.
Nesse caso, o adjetivoNesse caso, o adjetivo bonitabonita não estánão está
concordando com o termoconcordando com o termo Porto VelhoPorto Velho, que, que
gramaticalmente pertence ao gênero masculino,gramaticalmente pertence ao gênero masculino,
mas com a ideia contida no termo (a cidade demas com a ideia contida no termo (a cidade de
Porto Velho).Porto Velho).
Nesse exemplo, o adjetivoNesse exemplo, o adjetivo preocupadopreocupado concordaconcorda
com o sexo da pessoa, que nesse caso écom o sexo da pessoa, que nesse caso é
masculino, e não com o termo Vossa excelência.masculino, e não com o termo Vossa excelência.

Os números sãoOs números são singularsingular ee
pluralplural. A. A silepse de númerosilepse de número
ocorre quando o verbo daocorre quando o verbo da
oração não concordaoração não concorda
gramaticalmente com ogramaticalmente com o
sujeito da oração, mas com asujeito da oração, mas com a
ideia que nele está contida.ideia que nele está contida.
SILEPSE DE NÚMEROSILEPSE DE NÚMERO

A procissãoprocissão saiu. AndaramAndaram
por todas as ruas da cidade de
Salvador.
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Como vai a turmaturma? EstãoEstão
bem?
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O povopovo corria por todos os
Nos exemplos acima, osNos exemplos acima, os
verbos verbos andaramandaram, , estãoestão e  e gritavamgritavam n n
ão concordam gramaticalmenteão concordam gramaticalmente
com os sujeitos das orações (quecom os sujeitos das orações (que
se encontram nose encontram no
singular, singular, procissãoprocissão, , turmaturma e e povo povo,,
respectivamente), mas comrespectivamente), mas com
a ideia de pluralidade que nelesa ideia de pluralidade que neles
está contida. Procissão, turma eestá contida. Procissão, turma e
povo dão apovo dão a ideiaideia de muita gente,de muita gente,
por isso que os verbos estão nopor isso que os verbos estão no
plural.plural.
Três são as pessoas gramaticais: aTrês são as pessoas gramaticais: a
primeira, a segunda e a terceira. Aprimeira, a segunda e a terceira. A
silepse de pessoa ocorre quando hásilepse de pessoa ocorre quando há
um desvio de concordância. Oum desvio de concordância. O
verbo, mais uma vez, nãoverbo, mais uma vez, não concordaconcorda
com o sujeito da oração, mas simcom o sujeito da oração, mas sim
com acom a pessoa que está inscrita nopessoa que está inscrita no
sujeitosujeito..
SILEPSE DE PESSOASILEPSE DE PESSOA
O que não compreendo é comoO que não compreendo é como
osos brasileiros persistamosbrasileiros persistamos em aceitarem aceitar
essa situação.essa situação.
OsOs agricultores temosagricultores temos orgulho deorgulho de
nosso trabalho.nosso trabalho.
"Dizem que"Dizem que
osos cariocas somoscariocas somos poucos dados aospoucos dados aos
jardins públicos." (Machado de Assis)jardins públicos." (Machado de Assis)
Observe que osObserve que os
verbosverbos persistamospersistamos,, temostemos ee somossomos
não concordam gramaticalmentenão concordam gramaticalmente
com os seus sujeitoscom os seus sujeitos
((brasileirosbrasileiros,, agricultoresagricultores ee cariocascariocas
que estão na terceira pessoa), masque estão na terceira pessoa), mas
com a ideia que neles está contidacom a ideia que neles está contida
((nósnós, os brasileiros, os agricultores, os brasileiros, os agricultores
e os cariocas).e os cariocas).
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É a figura de linguagem que caracteriza­se pela É a figura de linguagem que caracteriza­se pela 
repetição de um determinado conectivo entre repetição de um determinado conectivo entre 
palavras ou expressões, ou ainda entre orações palavras ou expressões, ou ainda entre orações 
sindéticas que constituem um período composto sindéticas que constituem um período composto 
por coordenação — vale destacar que, na por coordenação — vale destacar que, na 
classificação das orações coordenadas, a classificação das orações coordenadas, a 
simples designação “simples designação “sindéticasindética” já indica a ” já indica a 
presença de conectivo. Essa figura de presença de conectivo. Essa figura de 
linguagem utiliza o excesso de elementos de linguagem utiliza o excesso de elementos de 
ligação para enfatizar a ideia de acréscimo ou ligação para enfatizar a ideia de acréscimo ou 
de sucessão.de sucessão.
POLISSÍNDETOPOLISSÍNDETO
““As ondas vãoAs ondas vão ee vem,vem, ee vão,vão, ee são como o tempo.são como o tempo.
(Sereia – Lulu Santos) “(Sereia – Lulu Santos) “
““Não cantoNão canto nemnem danço,danço, nemnem escrevo,escrevo, nemnem
desenho.”desenho.”
““OuOu você dá a festa,você dá a festa, ouou viaja,viaja, ouou faz o curso.”faz o curso.”
““Sabe que não tem chances de entrar para aSabe que não tem chances de entrar para a
equipe,equipe, masmas tenta,tenta, masmas insiste,insiste, masmas importuna oimportuna o
líder. “líder. “
orações coordenadas sindéticas, conjunção “mas”orações coordenadas sindéticas, conjunção “mas”
coordenadas sindéticas alternativas, conjunção “ou”coordenadas sindéticas alternativas, conjunção “ou”
orações coordenadas sindéticas aditivas, conjunção “nem”orações coordenadas sindéticas aditivas, conjunção “nem”
orações sindéticas aditivas, conjunção “e”orações sindéticas aditivas, conjunção “e”
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ASSÍNDETOASSÍNDETO
É a figura de linguagem que caracteriza-se pelaÉ a figura de linguagem que caracteriza-se pela
omissão dos conectivos entre palavras,omissão dos conectivos entre palavras,
expressões ou orações que compõem umexpressões ou orações que compõem um
período composto por orações coordenadasperíodo composto por orações coordenadas
assindéticas — vale ressaltar que, naassindéticas — vale ressaltar que, na
classificação das orações coordenadas, aclassificação das orações coordenadas, a
designação “designação “assindéticaassindética” é suficiente para” é suficiente para
indicar a ausência de conectivos. O assíndeto éindicar a ausência de conectivos. O assíndeto é
usado como recurso estilístico para enfatizar osusado como recurso estilístico para enfatizar os
termos mais importantes de uma sentença,termos mais importantes de uma sentença,
considerando-se a ideia que se deseja transmitirconsiderando-se a ideia que se deseja transmitir
nela.nela.
““Tem que ser selado, registrado, carimbado, Tem que ser selado, registrado, carimbado, 
avaliado, rotulado, se quiser voaravaliado, rotulado, se quiser voar
Pra lua, a taxa é altaPra lua, a taxa é alta
Pro sol: identidadePro sol: identidade
Mas para o seu foguete viajar pelo universo é Mas para o seu foguete viajar pelo universo é 
preciso o meu carimbo dando o sim, sim, sim, simpreciso o meu carimbo dando o sim, sim, sim, sim
(Carimbador Maluco – Raul Seixas)”(Carimbador Maluco – Raul Seixas)”
No primeiro verso desse exemplo, a ausência deNo primeiro verso desse exemplo, a ausência de
conectivos enfatiza as exigências que o foguete deveconectivos enfatiza as exigências que o foguete deve
cumprir se quiser voar. Ele deve ser “selado, registrado,cumprir se quiser voar. Ele deve ser “selado, registrado,
carimbado, avaliado, rotulado”, e a sucessão dessescarimbado, avaliado, rotulado”, e a sucessão desses
verbos sem conectivo algum entre eles transmite a ideiaverbos sem conectivo algum entre eles transmite a ideia
de excesso, de sobrecarga de exigências.de excesso, de sobrecarga de exigências.
EXPLICAÇÃOEXPLICAÇÃO
““Tive ouro, tive gado, tive fazendasTive ouro, tive gado, tive fazendas
(Confidência do Itabirano – Carlos Drummond de (Confidência do Itabirano – Carlos Drummond de 
Andrade) “Andrade) “
Aqui, temos um período composto por orações coordenadasAqui, temos um período composto por orações coordenadas
assindéticas, portanto não há conectivos entre elas.assindéticas, portanto não há conectivos entre elas.
““Escolhi, paguei, levei pra casa.”Escolhi, paguei, levei pra casa.”
A ausência de elementos de ligação entre as orações “escolhi”,A ausência de elementos de ligação entre as orações “escolhi”,
“paguei” e “levei pra casa” torna o período mais ágil e“paguei” e “levei pra casa” torna o período mais ágil e
concentra nossa atenção nas ações praticadas pelo sujeito.concentra nossa atenção nas ações praticadas pelo sujeito.
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HIPÉRBATOHIPÉRBATO
  também  conhecido  como  "O  ao também  conhecido  como  "O  ao 
contrário",  é  uma contrário",  é  uma figura de linguagemfigura de linguagem
 que consiste na troca da ordem direta  que consiste na troca da ordem direta 
dos  termos  da dos  termos  da oraçãooração(sujeito,  verbo, (sujeito,  verbo, 
complementos, adjuntos) ou de nomes e complementos, adjuntos) ou de nomes e 
seus  determinantes.  Incide  quando  há seus  determinantes.  Incide  quando  há 
demasia  propositada  num  conceito. demasia  propositada  num  conceito. 
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ambiciona o vocabular.ambiciona o vocabular.
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É  uma  figura  de  linguagem  que  caracteriza­se,  basicamente, É  uma  figura  de  linguagem  que  caracteriza­se,  basicamente, 
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Ó, mar salgado, quanto do teu salÓ, mar salgado, quanto do teu sal
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bastante utilizado em poemas e letras bastante utilizado em poemas e letras 
de músicas. Essa de músicas. Essa figura de linguagemfigura de linguagem
também se dá pela utilização de também se dá pela utilização de 
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Quando não tinha nada, eu quisQuando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, espereiQuando tudo era ausência, esperei
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Na letra dessa música, todos os versosNa letra dessa música, todos os versos
começam com a palavra “quando”,começam com a palavra “quando”,
repetida de propósito.repetida de propósito.
Se você gritasse,Se você gritasse,
se você gemesse,se você gemesse,
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a valsa vienense,a valsa vienense,
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se você morresse…se você morresse…
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No poema de Drummond, temos versos
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ANACOLUTOANACOLUTO
A A figura de linguagemfigura de linguagem anacoluto, também  anacoluto, também 
chamada de “chamada de “frase quebradafrase quebrada”, é muito mais ”, é muito mais 
frequente na linguagem falada que na escrita. frequente na linguagem falada que na escrita. 
Tem­se um anacoluto toda vez que a estrutura Tem­se um anacoluto toda vez que a estrutura 
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conversar.”conversar.”
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chego, você me chama pra conversar”. Embora pareça quechego, você me chama pra conversar”. Embora pareça que
esse período tem o “eu” como sujeito, na verdade o sujeitoesse período tem o “eu” como sujeito, na verdade o sujeito
está oculto. Se o sujeito fosse claro, teríamos “toda vezestá oculto. Se o sujeito fosse claro, teríamos “toda vez
que eu chego, você me chama pra conversar”. Assim,que eu chego, você me chama pra conversar”. Assim,
constatamos que o “eu” presente no início do exemplo nãoconstatamos que o “eu” presente no início do exemplo não
possui função sintática alguma.possui função sintática alguma.
““Esse chapéu que está na moda, você que gosta Esse chapéu que está na moda, você que gosta 
de chapéu devia comprar um.”de chapéu devia comprar um.”
Note que a oração “você que gosta de chapéu deviaNote que a oração “você que gosta de chapéu devia
comprar um” tem sentido completo. Enquanto isso, acomprar um” tem sentido completo. Enquanto isso, a
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