1) O documento descreve diferentes figuras de linguagem que tornam as mensagens mais expressivas, dividindo-as em figuras de construção, som, pensamento e palavras.
2) As figuras de construção ocorrem quando se deseja atribuir maior expressividade ao significado de uma frase.
3) Dentre as figuras de construção, destacam-se a elipse, zeugma e silepse.
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
Figuras de linguagem(de construção)
1.
2. são recursos que tornamsão recursos que tornam
mais expressivas asmais expressivas as
mensagens. Subdividem-semensagens. Subdividem-se
emem figuras defiguras de
construção,figurasconstrução,figuras
de som,figuras dede som,figuras de
pensamento e figuraspensamento e figuras
de palavras.de palavras.
3. Figuras de Construção
Figuras de Construção
ou Sintáticas
ou Sintáticas
As figuras deAs figuras de
construção ocorremconstrução ocorrem
quando desejamosquando desejamos
atribuir maioratribuir maior
expressividade aoexpressividade ao
significado. Assim, asignificado. Assim, a
lógica da frase élógica da frase é
substituída pelasubstituída pela
maior expressividademaior expressividade
que se dá ao sentido.que se dá ao sentido.
6. ELIPSEELIPSE
Consiste na omissão de um ouConsiste na omissão de um ou
mais termos numa oração quemais termos numa oração que
podem ser facilmentepodem ser facilmente
identificados, tanto poridentificados, tanto por
elementos gramaticaiselementos gramaticais
presentespresentes na própria oração,na própria oração,
quanto pelo contexto.quanto pelo contexto.
7.
8. 1) A cada um o que é seu.
2)Tenho duas filhas e um filho, amo todos da mesma
maneira.
3)Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o
trabalho.
4) As rosas florescem em maio, as margaridas em
agosto.
(Deve se dar a cada um o que é seu.)
Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a
identificação do sujeito em elipse "eu".
(Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.)
(As margaridas florescem em agosto.)
10. ZEUGMAZEUGMA
Zeugma é uma forma deZeugma é uma forma de
elipse. Ocorre quando éelipse. Ocorre quando é
feita a omissão de umfeita a omissão de um
termo já mencionadotermo já mencionado
anteriormente.anteriormente.
11.
12. Ele gosta de geografia; eu, de
português.
Na casa dela só havia móveis antigos;
na minha, só móveis modernos.
Ela gosta de natação; eu, de vôlei.
No céu há estrelas; na terra, você.
gosto
havia
gosto
há
17. 1) A bonita Porto Velho sofreu mais1) A bonita Porto Velho sofreu mais
uma vez com o calor intenso.uma vez com o calor intenso.
2) Vossa excelência está2) Vossa excelência está
preocupado.preocupado.
Nesse caso, o adjetivoNesse caso, o adjetivo bonitabonita não estánão está
concordando com o termoconcordando com o termo Porto VelhoPorto Velho, que, que
gramaticalmente pertence ao gênero masculino,gramaticalmente pertence ao gênero masculino,
mas com a ideia contida no termo (a cidade demas com a ideia contida no termo (a cidade de
Porto Velho).Porto Velho).
Nesse exemplo, o adjetivoNesse exemplo, o adjetivo preocupadopreocupado concordaconcorda
com o sexo da pessoa, que nesse caso écom o sexo da pessoa, que nesse caso é
masculino, e não com o termo Vossa excelência.masculino, e não com o termo Vossa excelência.
18.
Os números sãoOs números são singularsingular ee
pluralplural. A. A silepse de númerosilepse de número
ocorre quando o verbo daocorre quando o verbo da
oração não concordaoração não concorda
gramaticalmente com ogramaticalmente com o
sujeito da oração, mas com asujeito da oração, mas com a
ideia que nele está contida.ideia que nele está contida.
SILEPSE DE NÚMEROSILEPSE DE NÚMERO
19.
20.
A procissãoprocissão saiu. AndaramAndaram
por todas as ruas da cidade de
Salvador.
Como vai a turmaturma? EstãoEstão
bem?
O povopovo corria por todos os
21.
22. Nos exemplos acima, osNos exemplos acima, os
verbos verbos andaramandaram, , estãoestão e e gritavamgritavam n n
ão concordam gramaticalmenteão concordam gramaticalmente
com os sujeitos das orações (quecom os sujeitos das orações (que
se encontram nose encontram no
singular, singular, procissãoprocissão, , turmaturma e e povo povo,,
respectivamente), mas comrespectivamente), mas com
a ideia de pluralidade que nelesa ideia de pluralidade que neles
está contida. Procissão, turma eestá contida. Procissão, turma e
povo dão apovo dão a ideiaideia de muita gente,de muita gente,
por isso que os verbos estão nopor isso que os verbos estão no
plural.plural.
23. Três são as pessoas gramaticais: aTrês são as pessoas gramaticais: a
primeira, a segunda e a terceira. Aprimeira, a segunda e a terceira. A
silepse de pessoa ocorre quando hásilepse de pessoa ocorre quando há
um desvio de concordância. Oum desvio de concordância. O
verbo, mais uma vez, nãoverbo, mais uma vez, não concordaconcorda
com o sujeito da oração, mas simcom o sujeito da oração, mas sim
com acom a pessoa que está inscrita nopessoa que está inscrita no
sujeitosujeito..
SILEPSE DE PESSOASILEPSE DE PESSOA
24.
25. O que não compreendo é comoO que não compreendo é como
osos brasileiros persistamosbrasileiros persistamos em aceitarem aceitar
essa situação.essa situação.
OsOs agricultores temosagricultores temos orgulho deorgulho de
nosso trabalho.nosso trabalho.
"Dizem que"Dizem que
osos cariocas somoscariocas somos poucos dados aospoucos dados aos
jardins públicos." (Machado de Assis)jardins públicos." (Machado de Assis)
26. Observe que osObserve que os
verbosverbos persistamospersistamos,, temostemos ee somossomos
não concordam gramaticalmentenão concordam gramaticalmente
com os seus sujeitoscom os seus sujeitos
((brasileirosbrasileiros,, agricultoresagricultores ee cariocascariocas
que estão na terceira pessoa), masque estão na terceira pessoa), mas
com a ideia que neles está contidacom a ideia que neles está contida
((nósnós, os brasileiros, os agricultores, os brasileiros, os agricultores
e os cariocas).e os cariocas).
30. ““As ondas vãoAs ondas vão ee vem,vem, ee vão,vão, ee são como o tempo.são como o tempo.
(Sereia – Lulu Santos) “(Sereia – Lulu Santos) “
““Não cantoNão canto nemnem danço,danço, nemnem escrevo,escrevo, nemnem
desenho.”desenho.”
““OuOu você dá a festa,você dá a festa, ouou viaja,viaja, ouou faz o curso.”faz o curso.”
““Sabe que não tem chances de entrar para aSabe que não tem chances de entrar para a
equipe,equipe, masmas tenta,tenta, masmas insiste,insiste, masmas importuna oimportuna o
líder. “líder. “
orações coordenadas sindéticas, conjunção “mas”orações coordenadas sindéticas, conjunção “mas”
coordenadas sindéticas alternativas, conjunção “ou”coordenadas sindéticas alternativas, conjunção “ou”
orações coordenadas sindéticas aditivas, conjunção “nem”orações coordenadas sindéticas aditivas, conjunção “nem”
orações sindéticas aditivas, conjunção “e”orações sindéticas aditivas, conjunção “e”
32. ASSÍNDETOASSÍNDETO
É a figura de linguagem que caracteriza-se pelaÉ a figura de linguagem que caracteriza-se pela
omissão dos conectivos entre palavras,omissão dos conectivos entre palavras,
expressões ou orações que compõem umexpressões ou orações que compõem um
período composto por orações coordenadasperíodo composto por orações coordenadas
assindéticas — vale ressaltar que, naassindéticas — vale ressaltar que, na
classificação das orações coordenadas, aclassificação das orações coordenadas, a
designação “designação “assindéticaassindética” é suficiente para” é suficiente para
indicar a ausência de conectivos. O assíndeto éindicar a ausência de conectivos. O assíndeto é
usado como recurso estilístico para enfatizar osusado como recurso estilístico para enfatizar os
termos mais importantes de uma sentença,termos mais importantes de uma sentença,
considerando-se a ideia que se deseja transmitirconsiderando-se a ideia que se deseja transmitir
nela.nela.
35. ““Tive ouro, tive gado, tive fazendasTive ouro, tive gado, tive fazendas
(Confidência do Itabirano – Carlos Drummond de (Confidência do Itabirano – Carlos Drummond de
Andrade) “Andrade) “
Aqui, temos um período composto por orações coordenadasAqui, temos um período composto por orações coordenadas
assindéticas, portanto não há conectivos entre elas.assindéticas, portanto não há conectivos entre elas.
““Escolhi, paguei, levei pra casa.”Escolhi, paguei, levei pra casa.”
A ausência de elementos de ligação entre as orações “escolhi”,A ausência de elementos de ligação entre as orações “escolhi”,
“paguei” e “levei pra casa” torna o período mais ágil e“paguei” e “levei pra casa” torna o período mais ágil e
concentra nossa atenção nas ações praticadas pelo sujeito.concentra nossa atenção nas ações praticadas pelo sujeito.
37. HIPÉRBATOHIPÉRBATO
também conhecido como "O ao também conhecido como "O ao
contrário", é uma contrário", é uma figura de linguagemfigura de linguagem
que consiste na troca da ordem direta que consiste na troca da ordem direta
dos termos da dos termos da oraçãooração(sujeito, verbo, (sujeito, verbo,
complementos, adjuntos) ou de nomes e complementos, adjuntos) ou de nomes e
seus determinantes. Incide quando há seus determinantes. Incide quando há
demasia propositada num conceito. demasia propositada num conceito.
Assim expressando de forma muito Assim expressando de forma muito
dramática tudo aquilo que se dramática tudo aquilo que se
ambiciona o vocabular.ambiciona o vocabular.
41. PLEONASMOPLEONASMO
É uma figura de linguagem que caracterizase, basicamente, É uma figura de linguagem que caracterizase, basicamente,
pelo emprego de palavras que produzem redundância. Ele pelo emprego de palavras que produzem redundância. Ele
pode ser dois tipos: literário ou vicioso.pode ser dois tipos: literário ou vicioso.
Pleonasmo literário – Pleonasmo literário – O pleonasmo literário consiste no uso de O pleonasmo literário consiste no uso de
palavras redundantes com o objetivo de enfatizar o que está palavras redundantes com o objetivo de enfatizar o que está
sendo dito. É chamado de literário porque é frequentemente sendo dito. É chamado de literário porque é frequentemente
empregado por escritores, poetas e compositores como recurso empregado por escritores, poetas e compositores como recurso
estilístico.estilístico.
Pleonasmo vicioso – Pleonasmo vicioso – Também chamado de perissologia. Também chamado de perissologia.
Acontece quando palavras redundantes são utilizadas sem Acontece quando palavras redundantes são utilizadas sem
nenhuma função, já que o sentido completo da mensagem já nenhuma função, já que o sentido completo da mensagem já
foi expresso por outras palavras que vieram antes. Como o foi expresso por outras palavras que vieram antes. Como o
próprio nome indica, o pleonasmo vicioso é um vício de próprio nome indica, o pleonasmo vicioso é um vício de
linguagem.linguagem.
42.
43. Pleonasmos literáriosPleonasmos literários
““Chovia uma triste chuva de resignaçãoChovia uma triste chuva de resignação
(Manuel Bandeira)”(Manuel Bandeira)”
O verbo “chovia” não precisa de complemento, mas o poetaO verbo “chovia” não precisa de complemento, mas o poeta
quis deixar claro que não estava falando de uma chuvaquis deixar claro que não estava falando de uma chuva
qualquer, mas de “uma triste chuva de resignação”.qualquer, mas de “uma triste chuva de resignação”.
Ó, mar salgado, quanto do teu salÓ, mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!São lágrimas de Portugal!
(Fernando Pessoa) (Fernando Pessoa)
É de conhecimento geral que a água do mar é salgada, masÉ de conhecimento geral que a água do mar é salgada, mas
mesmo assim o poeta explicita que o mar é salgado. O leitor nãomesmo assim o poeta explicita que o mar é salgado. O leitor não
precisava da informação, mas Pessoa precisava da expressãoprecisava da informação, mas Pessoa precisava da expressão
“mar salgado” para estabelecer uma relação poética entre o“mar salgado” para estabelecer uma relação poética entre o
mar, o sal presente nele e o sal das lágrimas derramadas pelamar, o sal presente nele e o sal das lágrimas derramadas pela
gente de Portugal.gente de Portugal.
44. Pleonasmos viciosoPleonasmos vicioso
““Todos subiram em cima do palco.”Todos subiram em cima do palco.”
O ato de subir só pode ser realizado para cima, então noO ato de subir só pode ser realizado para cima, então no
exemplo bastava dizer que “todos subiram no palco”. De formaexemplo bastava dizer que “todos subiram no palco”. De forma
análoga, só se desce para baixo, só se entra para dentro e só seanáloga, só se desce para baixo, só se entra para dentro e só se
sai para fora, o que torna desnecessária qualquer palavra quesai para fora, o que torna desnecessária qualquer palavra que
pretenda explicitar o sentido em que essas ações sãopretenda explicitar o sentido em que essas ações são
realizadas.realizadas.
““Vi com meus próprios olhos.”Vi com meus próprios olhos.”
Bastava o “vi”. Quem vê algo só pode ver através do seus
próprios olhos, pois é impossível utilizar os olhos de outra
pessoa.
““É um filme baseado em fatos reais.”É um filme baseado em fatos reais.”
Se são fatos, significa que aconteceram. Logo, não precisa dizerSe são fatos, significa que aconteceram. Logo, não precisa dizer
que são “reais”.que são “reais”.
53. ““Eu, toda vez que chego, você me chama pra Eu, toda vez que chego, você me chama pra
conversar.”conversar.”
A princípio, o pronome “eu” parece ser o sujeito da oração,A princípio, o pronome “eu” parece ser o sujeito da oração,
mas em seguida é introduzido um novo período: “toda vez quemas em seguida é introduzido um novo período: “toda vez que
chego, você me chama pra conversar”. Embora pareça quechego, você me chama pra conversar”. Embora pareça que
esse período tem o “eu” como sujeito, na verdade o sujeitoesse período tem o “eu” como sujeito, na verdade o sujeito
está oculto. Se o sujeito fosse claro, teríamos “toda vezestá oculto. Se o sujeito fosse claro, teríamos “toda vez
que eu chego, você me chama pra conversar”. Assim,que eu chego, você me chama pra conversar”. Assim,
constatamos que o “eu” presente no início do exemplo nãoconstatamos que o “eu” presente no início do exemplo não
possui função sintática alguma.possui função sintática alguma.
““Esse chapéu que está na moda, você que gosta Esse chapéu que está na moda, você que gosta
de chapéu devia comprar um.”de chapéu devia comprar um.”
Note que a oração “você que gosta de chapéu deviaNote que a oração “você que gosta de chapéu devia
comprar um” tem sentido completo. Enquanto isso, acomprar um” tem sentido completo. Enquanto isso, a
oração “esse chapéu que está na moda” fica esperandooração “esse chapéu que está na moda” fica esperando
um complemento que não chega, fica sintaticamente solta.um complemento que não chega, fica sintaticamente solta.