O documento discute como o Facebook se tornou uma comunidade virtual complexa e ecológica, similar a um ecossistema natural. Ele analisa como as interações humanas no Facebook podem ser entendidas à luz de conceitos como mutualismo, competição e predação, e como o Facebook promove diversidade, interdependência e papéis funcionais entre seus usuários.
MAPA- IFPC- HOMEM E PROCESSO CIVILIZATRIO ANTROPOLOGIA E PSICOLOGIA 522023.pdfD&H ASSESSORIA ACADÊMICA
MAPA - IFPC - HOMEM E PROCESSO
CIVILIZATÓRIO: ANTROPOLOGIA E PSICOLOGIA -
52/2023
QUESTÃO 1
CYBERBULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR: INTERVENÇÕES POSSÍVEIS
Disponível em:
<https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guiadeestudo/D/ciberbullying-sociologia.jpg> Acesso em: 02 jun. 2023
São muitos os problemas que permeiam as relações humanas e influenciam a
vida na sociedade atual, neste sentido a proposta desta atividade consiste em
trazer à tona desafios da sociedade contemporânea, bem como refletir e
propor iniciativas de enfrentamento.
O advento das TDIC (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) nas
últimas décadas trouxeram significativas mudanças no que diz respeito à
organização social e produção de cultura humana.
Acerca destas mudanças, acompanhe o fragmento da pesquisa a seguir:
Com o advento da tecnologia, no auge de um momento histórico no qual as
relações interpessoais se tornam cada vez mais virtuais, essa forma pósmoderna de violência, o bullying, atravessa as fronteiras das escolas e, até
mesmo, das famílias – onde vigoram pequenas violências domésticas – e se
transforma em cyberbullying – intimidação que ultrapassou o ambiente físico
presencial –, uma forma dissimulada de bullying, na qual as agressões são
virtuais. Corroborando com o exposto, Slonje e Smith (2008, p.14) definem
cyberbullying como uma manifestação do “bullying que ocorre através de
tecnologias modernas, especificamente por meio de telefones celulares ou da
Internet”. Todavia, apesar de percebermos a ocorrência desses fenômenos em
vários espaços e/ou ciberespaços, o que nos interessa investigar é a história e
as memórias do bullying no cotidiano escolar e suas respectivas relações ou
transformações em cyberbullying. Lima (2011) aponta que, desde 2000, o
bullying tradicional começou a ser exposto na mídia brasileira; já o bullying
virtual, no início de 2010. Estes “jovens antenados”, como se auto-intitulam,
apropriam-se, muitas vezes, de ferramentas úteis à comunicação e ao
compartilhamento de conhecimento, para disseminarem desrespeito. Como
afirma Silva (2010, p. 126):
"Os praticantes do cyberbullying ou bullying virtual utilizam, na sua prática, os
mais atuais e modernos instrumentos de internet e de outros avanços
tecnológicos na área da informação e da comunicação (fixa ou móvel) com o
covarde intuito de constranger, humilhar e maltratar suas vítimas. Essa nova
modalidade de bullying vem preocupando especialistas em comportamento
humano, pais e professores em todo o mundo" (SILVA, 2010, p. 126).
O cyberbullying se dissemina na internet de forma incontrolável e por diversas
redes sociais, como Facebook, Twiter, WhatsApp, Youtube, [Tik Tok] Pode-se
dizer que o bullying digitalizado é a extensão do pátio da escola, onde as
agressões podem continuar por longas horas depois do horário escolar. [...]
Pradas (2006), a internet desperta em alguns jovens o sentimento de que não
existem regras, valores e padrões de comportamento que regulem as relaç
Dados de casos de cyberbullying no Brasil: Um levantamento realizado pelo in...Unicesumar
Dados de casos de cyberbullying no Brasil:
Um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos revelou que o Brasil é o segundo no ranking de cyberbullying no mundo. A pesquisa entrevistou mais de 20 mil pessoas em 28 países. No Brasil, 30% dos pais ou responsáveis entrevistados afirmaram ter conhecimento de que os filhos envolveram-se ao menos uma vez em casos de cyberbullying. O primeiro colocado no ranking é a Índia.
Uma pesquisa encomendada pela Intel Security, empresa vinculada à Intel, feita com 507 crianças e adolescentes com idades entre 8 e 16 anos revelou os seguintes dados sobre o cyberbullying no Brasil:
66% presenciaram casos de agressão na internet;
21% afirmam ter sofrido cyberbullying;
24% realizaram atividades consideradas cyberbullying. Desse grupo:
14% admitiram falar mal de uma pessoa para outra;
13% afirmaram zombar de alguém por sua aparência;
7% marcaram alguém em fotos vexatórias;
3% ameaçaram alguém; 3% zombaram alguém por conta de sua sexualidade;
2% postaram intencionalmente sobre eventos em que um colega foi excluído para ele ver que foi excluído.
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MAPA - IFPC - HOMEM E PROCESSO
CIVILIZATÓRIO: ANTROPOLOGIA E PSICOLOGIA -
52/2023
QUESTÃO 1
CYBERBULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR: INTERVENÇÕES POSSÍVEIS
Disponível em:
<https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guiadeestudo/D/ciberbullying-sociologia.jpg> Acesso em: 02 jun. 2023
São muitos os problemas que permeiam as relações humanas e influenciam a
vida na sociedade atual, neste sentido a proposta desta atividade consiste em
trazer à tona desafios da sociedade contemporânea, bem como refletir e
propor iniciativas de enfrentamento.
O advento das TDIC (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) nas
últimas décadas trouxeram significativas mudanças no que diz respeito à
organização social e produção de cultura humana.
Acerca destas mudanças, acompanhe o fragmento da pesquisa a seguir:
Com o advento da tecnologia, no auge de um momento histórico no qual as
relações interpessoais se tornam cada vez mais virtuais, essa forma pósmoderna de violência, o bullying, atravessa as fronteiras das escolas e, até
mesmo, das famílias – onde vigoram pequenas violências domésticas – e se
transforma em cyberbullying – intimidação que ultrapassou o ambiente físico
presencial –, uma forma dissimulada de bullying, na qual as agressões são
virtuais. Corroborando com o exposto, Slonje e Smith (2008, p.14) definem
cyberbullying como uma manifestação do “bullying que ocorre através de
tecnologias modernas, especificamente por meio de telefones celulares ou da
Internet”. Todavia, apesar de percebermos a ocorrência desses fenômenos em
vários espaços e/ou ciberespaços, o que nos interessa investigar é a história e
as memórias do bullying no cotidiano escolar e suas respectivas relações ou
transformações em cyberbullying. Lima (2011) aponta que, desde 2000, o
bullying tradicional começou a ser exposto na mídia brasileira; já o bullying
virtual, no início de 2010. Estes “jovens antenados”, como se auto-intitulam,
apropriam-se, muitas vezes, de ferramentas úteis à comunicação e ao
compartilhamento de conhecimento, para disseminarem desrespeito. Como
afirma Silva (2010, p. 126):
"Os praticantes do cyberbullying ou bullying virtual utilizam, na sua prática, os
mais atuais e modernos instrumentos de internet e de outros avanços
tecnológicos na área da informação e da comunicação (fixa ou móvel) com o
covarde intuito de constranger, humilhar e maltratar suas vítimas. Essa nova
modalidade de bullying vem preocupando especialistas em comportamento
humano, pais e professores em todo o mundo" (SILVA, 2010, p. 126).
O cyberbullying se dissemina na internet de forma incontrolável e por diversas
redes sociais, como Facebook, Twiter, WhatsApp, Youtube, [Tik Tok] Pode-se
dizer que o bullying digitalizado é a extensão do pátio da escola, onde as
agressões podem continuar por longas horas depois do horário escolar. [...]
Pradas (2006), a internet desperta em alguns jovens o sentimento de que não
existem regras, valores e padrões de comportamento que regulem as relaç
Dados de casos de cyberbullying no Brasil: Um levantamento realizado pelo in...Unicesumar
Dados de casos de cyberbullying no Brasil:
Um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos revelou que o Brasil é o segundo no ranking de cyberbullying no mundo. A pesquisa entrevistou mais de 20 mil pessoas em 28 países. No Brasil, 30% dos pais ou responsáveis entrevistados afirmaram ter conhecimento de que os filhos envolveram-se ao menos uma vez em casos de cyberbullying. O primeiro colocado no ranking é a Índia.
Uma pesquisa encomendada pela Intel Security, empresa vinculada à Intel, feita com 507 crianças e adolescentes com idades entre 8 e 16 anos revelou os seguintes dados sobre o cyberbullying no Brasil:
66% presenciaram casos de agressão na internet;
21% afirmam ter sofrido cyberbullying;
24% realizaram atividades consideradas cyberbullying. Desse grupo:
14% admitiram falar mal de uma pessoa para outra;
13% afirmaram zombar de alguém por sua aparência;
7% marcaram alguém em fotos vexatórias;
3% ameaçaram alguém; 3% zombaram alguém por conta de sua sexualidade;
2% postaram intencionalmente sobre eventos em que um colega foi excluído para ele ver que foi excluído.
O desenvolvimento da Linguística Aplicada até o sec, 21Vera Menezes
Apresentação de alguns conceitos de LA com base no livro de de Bot (2015) e no Special Issue: Definitions for Applied Linguistics. Volume 36 Issue 4 September 2015
2. Comunidades virtuais
A interação humana se
complexificou com as tecnologias
da web, culminando na criação
de comunidades virtuais,
constituídas pela
linguagem
multimodal.
3. Facebook: sistema
complexo
Atualmente, a tendência dos usuários da
Internet é migrar para o Facebook que passa
a ser entendido como um estado atrator da
comunicação na internet.
5. Teoria da fofoca
Segundo a teoria da
fofoca, a linguagem
humana evoluiu como
um meio para formar
alianças sociais e não
para transmitir
informação. (Cuonzo, p.
178)
6. Função de proximidade
O fato de um dos meus ex-alunos estar
ouvindo a música de Chrissy Hynde nas sua
cozinha não uma informação útil. No
entanto, isso traz a pessoa para minha
mente e cria uma sensação de proximidade
que eu não sentiria se não tivesse lido a
atualização de seu status. (Cuonzo, 2010,
p. 178).
7. Auto-estima
• “A construção da auto-estima também
parece ser uma motivação para amizade no
Facebook. Pense em todos os aplicativos
que enviam pensamentos calorosos,
abraços, e assim por diante para os nossos
amigos do Facebook. Isso é agradável, e
nos liga aos outros.” (Cuonzo, p.179)
8. Funções
• Como nos lembram Doyle e Fraser (2010,
p.229), o Facebook promove o debate,
constrói consenso, mobiliza nossas ações
e compartilha poder.
• Eles lembram que o compartilhamento de
poder pode, também, facilitar a extensão
da vigilância e controle em nosso espaços
mais íntimos.
9. Comunidades
ecológicas virtuais
Essas comunidades reproduzem,
metaforicamente, comportamentos semelhantes
aos encontrados nos biomas naturais e podem
ser entendidas como comunidades ecológicas
virtuais.
12. Interações nos biomas
As interações nesse tipo de rede social
podem também ser entendidas à luz dos
conceitos de:
•mutualismo,
•comensalismo,
•competição e
•predação ou vandalismo.
15. Competir no Facebook
significa concorrer pela
obtenção de atenção,
disputar poder, tentar
convencer leitores..
SITES ATEUS DO FACEBOOK: o boom de uma
disputa simbólica
Rogério Fernandes da Silva
http://www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/anais/article/vie
wFile/510/341
Competição
16. No início do ano, Luize fez supostos comentários ofensivos
em redes sociais da internet contra um vizinho que acusa de
ter agredido seu cachorro.
Predação ou vandalismo
18. Lobo da Insanidade
Facebook, um bom
lugar pra odiar.
http://escrevalolaescreva.blogspot.c
om.br/2013/01/facebook-um-bom-
lugar-pra-odiar.html(11/01/2013)
Predação ou vandalismo
20. Bullying = predação
• 1. Flaming: interações raivosas e vulgares.
2. Assédio: envio repetido de mensagens
desagradáveis e insultante para a vítima.
3. Difamação: Divulgação de boatos e fofocas
sobre uma pessoa prejuddicar sua reputação
ou amizade.
4. Representação: Para fazer com que alguém
entrar em apuros ou prejuddicar sua reputação
fingindo ser essa pessoa e também envio de
material em nome dessa pessoa. (Kwan e Skoric,
2013, p. 17)
21. Conclusão
• Sistemas como o Facebook, entendido
como um sistema ecológico complexo se
organizam por meio de processos
semelhantes ao da seleção natural na
evolução biológica.
22. Referências
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão
científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1996
CUONZO, M. Gossip and the Evolution of Facebook. In:
WITTKOWER, D.E. (Ed.). Facebook and Philosophy:
What’s on your mind? Chicago and La Salle, Illinois, 2010.
p.173-179
DOYLE, W.; FRASER, M. Facebook, surveillance, and
power. Facebook and Philosophy: What’s on your mind?
Chicago and La Salle, Illinois, 2010. p.215-230.
KWAN, G.C.E.; SKORIC, M.M. Facebook bullying: An
extension of battles in school. Computers in Human
Behavior , n. 29, p. 16–25, 2013.