SlideShare uma empresa Scribd logo
Utilização do transformador de corrente na
medição de corrente e potência em um circuito
monofásico
Experimento nº 02 – Medição de energia elétrica
Frederico Ivo, Raony Serrão, Olavo Matias
Universidade Federal do Maranhão/ Departamento de Engenharia de Eletricidade, São Luís, Brasil
O objetivo deste trabalho é através dos dados das
montagens realizadas para alimentar instrumentos
para medição de energia elétrica, em um circuito
monofásico, através do TC (transformador de
corrente), analisar os erros introduzidos pelo TC na
medição e calcular o fator de potência da carga, de
modo a indicar a confiabilidade do TC na medição de
energia elétrica.
I. UTILIZAÇÃO DO TC NA MEDIÇÃO DE CORRENTE
A montagem do circuito foi realizada conforme o
circuito da figura 1, onde o TC é colocado em série com a
carga (lâmpadas), um amperímetro analógico é ligado em
série com a carga para indicar a corrente que a carga está
recebendo e outro amperímetro (digital) e um voltímetro
analógico são conectados ao lado do primário do TC para
indicar a corrente primária e a tensão gerada pela fonte.
A tensão foi ajustada para que na carga circulasse
uma corrente de 4A, valor monitorado por Amp2.
Segue a tabela com os valores das medições de
acordo com a figura acima
Ve(V) 196
Amp1(A) 1,02
Amp2(A) 4
Relação nominal do TC:
Erro de Relação do TC:
Relação real do TC:
Fator de Correção de relação
Erro de fase
Para os valores de e no paralelograma de
exatidão, pode-se perceber que a classe de
exatidão do TC é 1,2%.
1
Nos testes realizados, verificou-se que o
apresenta um valor menor do que 1(um), logo temos um
erro por falta.
II. UTILIZAÇÃO DO TC NA MEDIÇÃO DE POTÊNCIA
A montagem do circuito foi realizada conforme o
circuito da figura 2, onde o TC é colocado em série com a
carga resistiva, um amperímetro analógico é ligado em
série com a carga parar indica a corrente que a carga está
recebendo e um voltímetro e um wattímetro analógicos
são conectados ao lado do primário do TC para indicar a
tensão gerada pela fonte e a potência no lado do primário.
Segue a tabelacom os valores das medições de acordo
com a figura acima.
Ve(V) 197
Amp(A) 4,21
W1(w) 197
W2(w) 800
Erro percentual:
Assim podemos verificar que com a utilização do TC
inseriu um erro, mas que nos permite calcular, mesmo
que de forma um pouco imprecisa, o valor da potência
utilizada pela carga do sistema do experimento.
III. CONCLUSÃO
A classe de exatidão do TC é a mesma indicada na
sua placa de informações.
Para uma correta utilização de um TC, algumas
precauções devem ser tomadas:
1- Não deixar seu secundário em aberto
2- Utilizar cargas de baixa impedância no
secundário do TC
3- Não exceder a potência nominal do TC.
4- Com relação á sua polaridade: caso o TC
alimente instrumentos com polaridade relativa,
tais como wattímetros, fasímetros e medidores
de energia elétrica, deve-se levar em conta a
polaridade para uma correta medição.
O método empregado provou que ao utilizarmos uma
corrente 50% menor do que a corrente nominal no TC
pode provocar a alteração da sua classe exatidão.
O experimento permitiu a medição tanto da corrente
quanto da potência de um circuito através de um TC,
mesmo apresentando alterações em sua classe exatidão
devido às grandezas utilizadas no TC serem bem abaixo
de seus parâmetros de relação de transformação, os
resultados foram satisfatórios.
REFERÊNCIAS
[1] Solon de Medeiros Filho, SOLON. Medição de Energia
Elétrica – 4. Ed. – Rio de Janeiro: LTC, 1997.
2

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Experimento ii

IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdfIPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
MussageVirgilioSaide
 
Lista 2 medidas
Lista 2   medidasLista 2   medidas
Lista 2 medidas
Eberson-Thyss Oliveira
 
Aula 2 lab_fisica_b_multimetro
Aula 2 lab_fisica_b_multimetroAula 2 lab_fisica_b_multimetro
Aula 2 lab_fisica_b_multimetro
Frederico Ferreira Gois
 
Chopper Tipo Wagner
Chopper Tipo WagnerChopper Tipo Wagner
Chopper Tipo Wagner
Ciro Marcus
 
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafoExp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafoKaio Thomaz
 
Aula09 e
Aula09 eAula09 e
Aula09 elcl1002
 
Aula09 e
Aula09 eAula09 e
Aula09 elcl1002
 
Anon Practicas Electronica Circuitos Electricos
Anon  Practicas Electronica   Circuitos ElectricosAnon  Practicas Electronica   Circuitos Electricos
Anon Practicas Electronica Circuitos ElectricosF Blanco
 
Projeto da Fonte de Alimentação Regulada
Projeto da Fonte de Alimentação ReguladaProjeto da Fonte de Alimentação Regulada
Projeto da Fonte de Alimentação Regulada
Ciro Marcus
 
Multimetro2
Multimetro2Multimetro2
Multimetro2saulo321
 
Lei de ohm
Lei de ohmLei de ohm
Lei de ohmdjcapelo
 
Medidas 2011
Medidas 2011Medidas 2011
Medidas 2011
Rejane Lúcia Gadelha
 
Correção 146 à 148
Correção 146 à 148Correção 146 à 148
Correção 146 à 148
ricardodavidtt
 

Semelhante a Experimento ii (15)

IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdfIPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
IPP UFSC Nocoes basicas de circuitos eletricos.pdf
 
Lista 2 medidas
Lista 2   medidasLista 2   medidas
Lista 2 medidas
 
Aula 2 lab_fisica_b_multimetro
Aula 2 lab_fisica_b_multimetroAula 2 lab_fisica_b_multimetro
Aula 2 lab_fisica_b_multimetro
 
Chopper Tipo Wagner
Chopper Tipo WagnerChopper Tipo Wagner
Chopper Tipo Wagner
 
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafoExp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
Exp 2 cee_polaridade_magnetica_e_banco_de_trafo
 
Aula09 e
Aula09 eAula09 e
Aula09 e
 
Aula09 e
Aula09 eAula09 e
Aula09 e
 
Anon Practicas Electronica Circuitos Electricos
Anon  Practicas Electronica   Circuitos ElectricosAnon  Practicas Electronica   Circuitos Electricos
Anon Practicas Electronica Circuitos Electricos
 
Projeto da Fonte de Alimentação Regulada
Projeto da Fonte de Alimentação ReguladaProjeto da Fonte de Alimentação Regulada
Projeto da Fonte de Alimentação Regulada
 
Multimetro2
Multimetro2Multimetro2
Multimetro2
 
Lei de ohm
Lei de ohmLei de ohm
Lei de ohm
 
Medidas 2011
Medidas 2011Medidas 2011
Medidas 2011
 
Exp1
Exp1Exp1
Exp1
 
Exp1
Exp1Exp1
Exp1
 
Correção 146 à 148
Correção 146 à 148Correção 146 à 148
Correção 146 à 148
 

Último

Curso de operador de guindauto e guindaste
Curso de operador de guindauto e guindasteCurso de operador de guindauto e guindaste
Curso de operador de guindauto e guindaste
NetoSilva63
 
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
eliasmar2
 
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVACONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
JairGaldino4
 
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdfINSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
marcyomendona
 
slides Seminário Transição Energética.pptx
slides  Seminário Transição Energética.pptxslides  Seminário Transição Energética.pptx
slides Seminário Transição Energética.pptx
Izaliver
 
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdfCircuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
JrBennitoBennito
 
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
Consultoria Acadêmica
 
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
JairGaldino4
 
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
JairGaldino4
 
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
JairGaldino4
 
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricosExperiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
CarlosAroeira1
 
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoesENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
liviafernandesft0807
 
Treinamento de boas práticas de fabricação
Treinamento de boas práticas de fabricaçãoTreinamento de boas práticas de fabricação
Treinamento de boas práticas de fabricação
helder866682
 
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
Consultoria Acadêmica
 
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdfPresentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
DanielMangoldNieves
 

Último (15)

Curso de operador de guindauto e guindaste
Curso de operador de guindauto e guindasteCurso de operador de guindauto e guindaste
Curso de operador de guindauto e guindaste
 
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
1 - ESPAÇO CONFINADO - NORMA REGULAMENTADORA 33 - SLIDESHARE.pptx
 
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVACONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
CONCEITOS DE MANUTENÇÃO MECÂNICAS AUTOMOTIVA
 
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdfINSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
INSTRUÇÃO TÉcnica N° 3 - NEOENERGIA BRASILIA .pdf
 
slides Seminário Transição Energética.pptx
slides  Seminário Transição Energética.pptxslides  Seminário Transição Energética.pptx
slides Seminário Transição Energética.pptx
 
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdfCircuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
Circuitos Elétricos I. Excitação Senoidal, fasores, impedância e admitância.pdf
 
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE01 -ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL -COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
 
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______AULA 01 - Completa de Lubrificação______
AULA 01 - Completa de Lubrificação______
 
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
Aula_LUBRIFICAÇÃO_INDUSTRIAL AUTOMOTIVA_
 
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
AULA - ELEMENTOS DE VEDAÇÃO MECÂNICA....
 
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricosExperiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos  hídricos
Experiência da EDP na monitorização de vibrações de grupos hídricos
 
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoesENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
ENEM 2023 - Prova Azul (1º dia).PDF. questoes
 
Treinamento de boas práticas de fabricação
Treinamento de boas práticas de fabricaçãoTreinamento de boas práticas de fabricação
Treinamento de boas práticas de fabricação
 
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
 
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdfPresentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
Presentación en Power point. Capítulo 5 - Bombas de água.pdf
 

Experimento ii

  • 1. Utilização do transformador de corrente na medição de corrente e potência em um circuito monofásico Experimento nº 02 – Medição de energia elétrica Frederico Ivo, Raony Serrão, Olavo Matias Universidade Federal do Maranhão/ Departamento de Engenharia de Eletricidade, São Luís, Brasil O objetivo deste trabalho é através dos dados das montagens realizadas para alimentar instrumentos para medição de energia elétrica, em um circuito monofásico, através do TC (transformador de corrente), analisar os erros introduzidos pelo TC na medição e calcular o fator de potência da carga, de modo a indicar a confiabilidade do TC na medição de energia elétrica. I. UTILIZAÇÃO DO TC NA MEDIÇÃO DE CORRENTE A montagem do circuito foi realizada conforme o circuito da figura 1, onde o TC é colocado em série com a carga (lâmpadas), um amperímetro analógico é ligado em série com a carga para indicar a corrente que a carga está recebendo e outro amperímetro (digital) e um voltímetro analógico são conectados ao lado do primário do TC para indicar a corrente primária e a tensão gerada pela fonte. A tensão foi ajustada para que na carga circulasse uma corrente de 4A, valor monitorado por Amp2. Segue a tabela com os valores das medições de acordo com a figura acima Ve(V) 196 Amp1(A) 1,02 Amp2(A) 4 Relação nominal do TC: Erro de Relação do TC: Relação real do TC: Fator de Correção de relação Erro de fase Para os valores de e no paralelograma de exatidão, pode-se perceber que a classe de exatidão do TC é 1,2%. 1
  • 2. Nos testes realizados, verificou-se que o apresenta um valor menor do que 1(um), logo temos um erro por falta. II. UTILIZAÇÃO DO TC NA MEDIÇÃO DE POTÊNCIA A montagem do circuito foi realizada conforme o circuito da figura 2, onde o TC é colocado em série com a carga resistiva, um amperímetro analógico é ligado em série com a carga parar indica a corrente que a carga está recebendo e um voltímetro e um wattímetro analógicos são conectados ao lado do primário do TC para indicar a tensão gerada pela fonte e a potência no lado do primário. Segue a tabelacom os valores das medições de acordo com a figura acima. Ve(V) 197 Amp(A) 4,21 W1(w) 197 W2(w) 800 Erro percentual: Assim podemos verificar que com a utilização do TC inseriu um erro, mas que nos permite calcular, mesmo que de forma um pouco imprecisa, o valor da potência utilizada pela carga do sistema do experimento. III. CONCLUSÃO A classe de exatidão do TC é a mesma indicada na sua placa de informações. Para uma correta utilização de um TC, algumas precauções devem ser tomadas: 1- Não deixar seu secundário em aberto 2- Utilizar cargas de baixa impedância no secundário do TC 3- Não exceder a potência nominal do TC. 4- Com relação á sua polaridade: caso o TC alimente instrumentos com polaridade relativa, tais como wattímetros, fasímetros e medidores de energia elétrica, deve-se levar em conta a polaridade para uma correta medição. O método empregado provou que ao utilizarmos uma corrente 50% menor do que a corrente nominal no TC pode provocar a alteração da sua classe exatidão. O experimento permitiu a medição tanto da corrente quanto da potência de um circuito através de um TC, mesmo apresentando alterações em sua classe exatidão devido às grandezas utilizadas no TC serem bem abaixo de seus parâmetros de relação de transformação, os resultados foram satisfatórios. REFERÊNCIAS [1] Solon de Medeiros Filho, SOLON. Medição de Energia Elétrica – 4. Ed. – Rio de Janeiro: LTC, 1997. 2