O documento descreve a cena hardcore em diferentes cidades brasileiras, incluindo entrevistas com bandas locais como End of Pipe (Florianópolis), Blackjaw (Santos) e Bullet Bane (São Paulo). As bandas discutem os altos e baixos da cena local, projetos futuros e a importância da união entre as bandas.
2. O Hard Core, de uns tempos pra cá, tem ganhado uma nova cara com novas ban- Uirá Medeiros, líder da banda, é o dono da produtora e isso com certeza nos
das de todos os cantos do país. Conversamos com algumas delas, uma de cada cidade, pra ajuda,jamais poderia ser diferente.
saber sobre os projetos e a opinião a respeito do cenário. Isso acontece muito, exemplo: mr brett e epitaph, the vandals e kung fu records, tim arm-
strong e hellcat records e por ai vai... (Num mundo de muita inveja e interesses mascara-
No sul conversamos com a End Of Pipe: dos, se nós não estivermos pelos nossos, quem estará?)
Como diria o falecido Bradley Nowell, na canção New Thrash,”might as well go out for
mine ‘cuz everybody’s going out for theirs”
E.N.E.M.Y.
A banda gravou um EP, e agora está em fase final do segundo CD e ainda
é uma das bandas nacionais do Tributo ao Samiam, ao que se deve esse
crescimento tão rápido da banda?
End Of Pipe: Temos um ep de 5 músicas gravado em 2006 e agora recentemente termina-
mos as gravações do nosso segundo ep, composto por 6 músicas.
O tributo ao samiam foi organizado pela undermusic records e nele participarão varias
outras bandas nacionais e internacionais ( fire driven, antillectual, zander).
Não existe crescimento tão rápido, do nosso ponto de vista, e sim um trabalho progres-
sivo já que conseguimos nos estabilizar em uma formação, após algumas saídas de inte-
grantes e um breve período de recesso.
Se obtivermos algum tipo de sucesso, somos grato as pessoas que admiram nosso trabal-
ho, pois isso é resultado de muito suor...
E.N.E.M.Y.
Como é para uma banda de Santa Catarina, que vive fora do eixo Rio-São
Paulo, se tornar um destaque dentro do Hardcore nacional?
End Of Pipe: Se é que realmente somos um destaque no cenário nacional, estar fora
do eixo nos torna livre de olhares e convivências desarmoniosas. Fazemos nosso som
E.N.E.M.Y. assim porque gostamos, somos independentes dentro de nossas preferencias e temos
Entre altos e baixos, como vocês vêem o cenário do Hardcore na sua ci- muito carinho por todos vocês do eixo que admiram nosso trabalho e comparecem as
dade? nossas apresentações, dentro ou fora de SC.
End Of Pipe: O cenário hardcore é muito fraco em Florianópolis, apesar da cena do rock
ter recebido um destaque nos últimos anos.
E.N.E.M.Y.
O End of Pipe e o selo Undermusic tem uma forte ligação, já que o Uirá
além de vocalista da banda, também é o dono do selo. De alguma forma o
End of Pipe é beneficiado por ter a Undermusic tão próxima?
ROCK, ROCK, ROCK!!!
End Of Pipe: O end of pipe, entre outras bandas, faz parte integrante do grupo de
bandas beneficiadas pela undermusic records.
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3. Em Santos, conversamos com a Blackjaw, que nos falou com de devastação da tradição santista no Hardcore, não deixando de comparecer aos shows
e ainda acreditando que um dia poderíamos trazer de volta aqueles anos em que tudo era
detalhes do Projeto “Santos Unbreakable”: mais real por aqui.
Posso dizer que me encaixo nesse grupo e que estamos vivendo um período que pode ser
um divisor de águas entre essa fase conturbada que vivemos e o renascimento de uma
nova cena.
Novas bandas estão aparecendo, bandas muito boas. Bandas que estão aos poucos con-
seguindo trazer de volta o público que não existia mais nos shows. Bandas que tem ca-
pacidade de servir de espelho para os mais jovens, de cativar o público. De fazer com que
as pessoas voltem a acreditar no potencial que a cidade sempre teve e ficou adormecido
por um tempo.
Estamos vivendo um momento crucial que pode ser decisivo nos próximos anos. Se
haverá continuidade ou não, isso depende muito de nós. Bandas e público. E essa re-
sponsabilidade eu faço questão de ter e precisamos que todos que prezam pelo Hardcore
a assumam também.
E.N.E.M.Y. E.N.E.M.Y.
Entre altos e baixos, como vocês vêem o cenário do Hardcore na Partindo de uma idéia que o cenário de Santos, em algum momento foi
sua cidade? comparado ao da California, e depois passou alguns anos em queda livre.
O que representou a união na região?
Blackjaw: Santos sempre atraiu a atenção do resto do país por estar na rota de pratica-
Blackjaw: Essa comparação é pertinente. Como eu disse, a grande maioria das turnês
mente todas as turnês de bandas do estilo que vinham de fora do estado e de fora do
internacionais sempre passaram por aqui. Poderia citar mais de 30 bandas internacionais
país.
relevantes que já tocaram por aqui. A cidade realmente tem muita história.
E por possuir, em demasia, bandas boas, que atingiram noteriedade dentro e fora
Durante o período que rolou essa comparação as bandas daqui faziam um som muito
do Underground.
parecido com as bandas de Punk Rock melódico da California. As bandas que tocavam
Dentre as inúmeras vertentes que o termo Punk / Hardcore engloba, as ditas ban-
sons nessa linha eram maioria esmagadora em relação às outras vertentes do Hardcore/
das ‘melódicas’ sempre foram maioria e sempre atraíram um público maior por aqui.
Punk. O que acabou refletindo no gosto do público que se mantém até hoje consolidado
O que não impossibilitou a vinda de bandas internacionais de Hardcore do estilo tradi-
como ‘preferência local’. Porém, em uma proporção muito menor em se tratando es-
cional como Biohazard, Madball, 25 Ta Life, Suicidal Tendencies, enfim, apenas para
pecificamente de quantidade de pessoas que apreciam o estilo.
citar algumas das bandas que já estiveram por aqui.
Algo que cansei de ver por aqui são duelos de egos, individualismo, arrogância. E isso é
Só que a partir de um dado momento, no início dos anos 2000 - que foi quando eu
extremamente nocivo para o Hardcore, pensando coletivamente, e talvez tenha sido um
comecei a frequentar os shows - rolou um período de ‘estiagem’ na cena local. Então eu
dos motivos os quais levaram a cena praticamente à ruína nos últimos anos.
vi bem de perto essa transição de épocas douradas para épocas nebulosas.
Além dessas atitudes serem completamente contraditórias aos ideais que acreditamos e a
Mas, quem disser que os shows pararam de acontecer por aqui é mentiroso ou não
tudo o que o Hardcore representa.
frequenta/participa da cena underground da cidade. Os shows sempre aconteceram. Mas
E parece que a galera aos poucos está percebendo isso. As bandas estão agindo mais co-
no últimos anos passamos por uma forte escassez de público e de bandas locais rel-
letivamente, pensando no bem comum. Tomando ciência de que o grande
evantes. Não houve continuidade. Nem de público, nem de bandas. Os jovens deixaram
poder está em nossas mãos, que nós somos perfeita-
de se interessar por Hardcore na mesma proporção que o fizeram em décadas passadas.
mente capazes de reconstruir o que foi
Os mais velhos casaram, tiveram filhos e deixaram de comparecer aos shows. E as ban-
arruinado se esquecermos os egos e fi-
das que surgiram neste período, sem terem em quem se espelhar, se tornaram meras
zermos algo pelo bem de todos que
caricaturas do que deveriam ser e ,influenciadas pelo lixo comercial, passaram a ser cada
acreditam na cena local. Por mais que
vez mais distintas das bandas do passado.
soe cliché, a união faz a força, literalmente.
Em meio a tudo isso, alguns poucos sobreviveram incólumes a esse difícil período
E essa união das bandas locais simboliza a esperança de reconstrução e continuidade.
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4. E.N.E.M.Y. Mostrar para as bandas locais e de todo o país, que tocam no mesmo Under-
Uma cena sólida, e unida, permitiu que a banda usufruísse de alguma ground que nós, que é possível executar bons projetos, com orçamento baixo, se houver
oportunidade que seria difícil sem isso tudo? vontade e determinação.
Editamos as imagens do show. O áudio está sendo finalizado. A prensagem será por
Blackjaw: A cena ainda não é sólida, mas está caminhando para isso. Não há dúvi- nossa conta. A gente segue na luta, vendendo camisetas, arrecadando a verba necessária
das de que as coisas estão se ajeitando aos poucos. para concluirmos o nosso plano de lançarmos um DVD com qualidade e de maneira
Falando com músico,eu afirmo que devo tudo às pessoas que comparecem aos meus totalmente independente.
shows e às bandas que tocam comigo.
Se não fossem elas eu já teria desistido de tocar há muito tempo. A banda só existe ainda E.N.E.M.Y.
devido ao incentivo dos nossos amigos e bandas amigas. O Blackjaw já lançou dois vídeo clipes, sendo um deles com um consagra-
Não existe sentido em ter uma banda de Hardcore se você não faz amigos com ela. do diretor norte americano, qual é a representatividade dos vídeo clipes
É maravilhoso tocar em um lugar e sentir que aquelas pessoas são, de alguma for- para a banda?
ma, parte da sua vida.
Saber que você plantou algo nelas e levará consigo algo delas também. Blackjaw: Inicialmente eu não acreditava muito nos videoclipes. Na minha opinião,
Também é muito triste fazer um show e não ver integrantes de outras bandas no público eles não acrescentariam muita coisa para a banda.
te prestigiando. Mas acabei mudando radicalmente de idéia depois que gravamos ‘Sell Your Body’, que
Despidos da vaidade e apoiando quem está no mesmo barco. Mostrando, de certa forma, foi filmado dentro de dois ônibus aqui em Santos. Fizemos algo diferente e criativo.
que acreditam naquilo que fazem parte. Como nosso orçamento para a filmagem era ZERO, a experiência e o talento do Blake
Se você não prestigia as bandas da sua cena significa que não acredita no som que você Farber, diretor do clipe, foi determinante para que o resultado final ficasse bom. Colhe-
toca. mos ótimos frutos em decorrência deste trabalho.
A verdade é que tudo caminha para a melhora e tudo o que estamos conseguindo Sem dúvidas de que este primeiro clipe foi um divisor de águas para a banda. Nos
construir seria significativamente mais difícil se não nos uníssemos e nos prestigiásse- entusiasmamos tanto com a idéia que, antes mesmo de ele completar um ano, gravamos
mos. mais dois clipes. ‘Keep Your Famous Friends’ e o mais recente ‘Lions’.
Quando alguém escuta uma música, absorve parte da essência da banda. A outra
E.N.E.M.Y. parcela fica por conta dos videoclipes e dos shows.
O Santos Unbreakable é uma continuação de toda essa união que a cena de Este alguém só entenderá
Santos vive atualmente, como surgiu a idéia, a escolha das bandas e o que melhor o artista e, conse-
esperam de resultados? quentemente, seu trabalho,
quando tiver contato com todas
Blackjaw: O lance inicial foi coisa do Milton do Bayside Kings e do Imakawa, um dos essas experiências. Sem sombra
diretores do projeto. Eles apresentaram a proposta ambiciosa para as bandas (Blackjaw, de dúvidas, o videoclipe é funda-
Analisando Sara e Like a Texas Murder) e a gente prontamente aceitou o desafio. mental para criar e fortalecer
Eu penso que foi natural esse envolvimento entre as bandas, porque todos nós já nos empatia com o público.
conhecíamos e sabíamos da garra e vontade de cada um. E para colocarmos em prática a
nossa idéia teríamos de estar cem por cento centrados e determinados em levar adiante o
projeto.
O nosso orçamento quando resolvemos gravar um DVD? Zero. E foi a partir deste zero
que a gente idealizou, produziu e executou tudo. Na base da organização e do ‘Faça
Você Mesmo’. Fizemos um show para somente 80 pessoas e registramos esse momento
histórico para a cena local. Onde bandas bem diferentes se uniram para mostrar a força
da coletividade.
Não penso que seja pretensão dizer que isto será histórico, porque a nossa intenção prin-
cipal com o DVD, desde o ínicio, foi dar uma ‘sacudida’ na galera.
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5. Na Capital de São Paulo quem conversou conosco foram os caras nascer o Take Off The Halter (Nome antigo da banda), com a grana dos instrumentos
da Bullet Bane: pagaram a gravação do EP “We Took Off ” no ano de 2009 e logo em seguida me con-
vidaram para tocar guitarra com eles, e depois de um ano o Renan entrou na banda
substituindo nosso primeiro Baterista.
Cada um da banda tem suas influencias individuais, mas temos influencias em
comum também como Belvedere, A Willhelm Scream, Hot Water Music, Garage Fuzz,
Reffer, Dead Fish entre outras milhares...
E.N.E.M.Y.
Um pouco antes da turnê com a banda Mute, do Canadá, vocês mudaram
o nome da banda de Take of the halter, para Bullet Bane. Qual o motivo
dessa mudança?
Bullet Bane:Seis meses depois que o EP do Take Off The Halter saiu aqui no Brasil,
ele foi lançado no Japão e com isso começamos a ter mais contato com algumas pessoas
fora do Brasil, e descobrimos que “Halter” na língua inglesa não significava somente a
palavra “Cabresto” mas sim “Sutiã” e com isso o nome da banda ao invés de significar
“Retire o Cabresto” na real era algo do tipo “Retire o Sutiã” , não que isso seja uma coisa
ruim para nós (risos), mas não seguia a ideologia da banda, aí resolvemos trocar o nome
E.N.E.M.Y. antes de lançar nosso CD, e foi o que rolou.
Entre altos e baixos, como vocês vêem o cenário do Hardcore
na sua cidade? E.N.E.M.Y.
Bullet Bane: Bom, a cena esta aí, sempre esteve e sempre vai estar. Eu Recentemente a banda lançou o álbum “New World Broadcast” que teve
acho que estamos vivendo uma fase muito boa, com muitas bandas grande repercução. Como foi o trabalhar nesse projeto junto com grandes
ótimas e que estão sempre dando o sangue pra fazer a parada virar, mesmo nomes do HC nacional como o Bill (zander) Phill (Reffer e Dead Fish)?
sabendo que o retorno financeiro disso tudo é quase zero.
A galera não tem do que reclamar, acho que as bandas estão fazendo a parte delas, Bullet Bane: Foi uma experiência única nas nossas vidas, foi realmente um sonho poder
agora a galera precisa fazer o mínimo pra essa parada não acabar: ter trabalhado com as duas pessoas que mais admiramos na cena nacional, que nos influ-
Saia do Facebook de final de semana, vá ao show da banda que você gosta, com- enciaram e influenciam muitas pessoas e que são muitos competentes no que fazem.
pre o merch, converse com as bandas. Pode parecer que não, mas faz toda a diferença, e Primeiramente o Phil, um gênio perfeccionista ao extremo, mineiro sossegado que só
serve como combustível para que as bandas também não pararem com o corre. ele, agora já virou praticamente irmão nosso.
A cena não existe sem o público. E o Bil que tem o estúdio dele lá no Rio de Janeiro que é um dos melhores estúdios na-
cionais voltado ao rock sem duvida! Mineiro também e um gênio no que faz e com toda
E.N.E.M.Y. certeza adotou a gente como filhos dele depois desse trabalho (risos)!
Desde sempre o Hardcore Paulistano tem a tradição de ter grandes bandas
Só temos a agradecer eles por todo trabalho e paciência
no cenário nacional, como começou o Bullet Bane e quais a influencias da que tiveram com nós durante esse período.
banda?
Bullet Bane: O Bullet Bane começou de uma banda de escola fundada pelo Victor, Fer-
nando e Rafael. Um dia eles participaram de um concurso de bandas e ganharam, e de
premio receberam alguns instrumentos, quais em seguida eles venderam para fazer
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6. E.N.E.M.Y. E.N.E.M.Y.
Mesmo sendo uma banda da nova geração, o Bullet Bane já lançou um Mesmo sempre sendo citada como banda da nova geração, o Plastic
EP, um CD Full, e participou recentemente do Split Chumbo, que foi tão Fire já está perto de completar 10 anos de existência. A banda tem
comentado em todo o Brasil. Como vocês vêem o rápido crescimento da dois EP, um vídeo clipe, já tocou em quase todos os cantos do país,
banda? participou do Split Chumbo e se prepara para lançar seu primeiro
DVD. Como vocês encararam esse tempo de estrada?
Bullet Bane: Pra falar a verdade, a gente nunca parou pra ver o quanto a gente cres-
ceu, a galera comenta com nós sobre isso, mas nunca percebemos na verdade, a gente só Plastic Fire: Que isso, somos apenas jovens velhos garotos! (risos)
foca em compor nossas musicas, sair pra tocar no máximo de lugares possível e passar Falando sério, a estrada só nos torna maiores enquanto pessoas e banda, basica-
essa mensagem pra galera. E claro, se divertir e conhecer gente nova, novas amizades, mente, tudo o que somos enquanto banda nós aprendemos tocando, na marra
porque isso é que vamos levar para a nossa vida toda. Hardcore é isso. mesmo, tirando um som tosco com as aparelhagens que encontramos no palco,
sofrendo quando algo dá errado, ensaiando muito, sabendo e aprendendo como se
virar com o que temos.
E para finalizar, os Brothers do Plastic Fire falam sobre os projetos Muito melhorou desde o começo, a gente, de tanto apanhar, aprendeu a dar uns so-
cos, né? Mas o melhor nesse tempo todo são os amigos que fizemos os lugares que
atuais da banda: conhecemos e os sorrisos e abraços. E muito mais ainda está por vir
E.N.E.M.Y.
Como são os shows em outros lugares fora do eixo Rio-São Paulo,
para uma banda com o Plastic Fire, que não alcançou o Mainstream,
o público recebe com curiosidade, ou a banda já é conhecida nos
shows que fazem pelo Brasil?
Plastic Fire: Os shows, geralmente, são muito agitados e animados, transpiramos
sangue por ande passamos, geralmente quem vai e já conhece nosso som são os
amigos e quem vai pela primeira vez e não conhece a banda curte trocar uma id-
eia ou se espanta e não curte. O que importa é a sinceridade! E tem que ser assim,
mesmo no meio do Hard Core, e nós somos muito bem aceitos assim por onde
passamos, apesar de feios, gordos e fedidos...(risos)
E.N.E.M.Y.
Como foi para vocês, gravar um Split só com bandas novas, e que es-
E.N.E.M.Y.
tão se tornando tradicionais em um cenário musical tão conservador?
Entre altos e baixos, como vocês veem o cenário do Hardcore na sua
As oportunidades estão aumentando, em relação há 10, ou 5 anos
cidade?
atrás?
Plastic Fire: Bom, o Rio de Janeiro (apesar do falso glamour dado, principalmente
por quem mora aqui) sofre muito com os mesmos problemas que a “cena” enfrenta Plastic Fire: O Chumbo é histórico e fazer parte dele é maravilhoso. Estar em um
em qualquer outro lugar do Brasil: poucos lugares para tocar, pouca gente para trabalho com bandas amigas como Zander, Bullet Bane e Fire Drive só nos enche
“fazer acontecer” e muita gente para falar, (gente que quando não fala mal, fala de orgulho. Quando as oportunidades, hoje tudo é mais fácil, temos um monte de
merda). Mas isso está mudando, muitas bandas boas surgindo e se mobilizando recursos, homestudios e internet, porém é uma faca de dois gumes, tudo deve ser
para gravas os eventos, ou seja, o Rock está voltando para as mãos de quem ele trabalhado e suado, senão não rolada nada, nada mesmo!
deveria ficar.
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