2. TÓPICOS
INTRODUÇÃO
• Lucas Duarte
EMPRESA E SOCIEDADE
• Lucas Duarte
DESENVOLVIMENTO E INSATISFAÇÃO: FACE DE UMA ERA DE CONTRASTES
• Cleyton Goulart
A NATUREZA DA CRISE E AS POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO
• Jean Hipólito
O PAPEL DAS EMPRESAS DIANTE DA INADIÁVEL NECESSIDADE DE CONCILIAÇÃO ENTRE
COMPETITIVIDADE E HUMANIZAÇÃO
• Willian Morel
AÇÕES DE EMPRESAS HUMANIZADAS
• Igor Uehara
• Fabiano Alves
CONCLUSÃO
• Igor Uehara
• Fabiano Alves
3. INTRODUÇÃO
Ao longo dos últimos anos fatos alarmante vem se consolidando,
devido a determinada frequência eles estão cada vez mais sendo
considerados como “algo normal”, é imprescindível destacar algum desses
fatos. No final do dia de hoje:
• Deixaremos de contar com cerca de 100 espécies de animais e vegetais.
• 2,7 mil toneladas de clorofluorcarbono e 15 milhões de toneladas de
dióxido de carbono serão jogados na atmosfera.
• 250 mil habitantes a mais serão contabilizados
• 450 m² de florestas tropicais serão perdidos por segundo.
Por que é importante questionar o papel da empresa nesse
contexto, se ela é apenas mais uma das tantas instituições que estão
definindo os contornos neste inicio de século?
4. EMPRESA E SOCIEDADE
Até o século XX as empresas sofreram com a crescente demanda,
entretanto, em um mercado pouco competitivo, com isso foi dado ênfase na
maximização dos processos produtivos e na manutenção de estruturas e
procedimentos prioritários.
Após a virada do século à medida que os consumidores se
tornaram mais exigente e competidores mais numerosos e eficientes, uma
nova estratégia ganhou forma, o marketing assumiu um lugar de destaque,
defendendo a ideia de que o cliente deveria ser o foco.
Porém essa forma de sobrevivência mantida pelas empresas ao
decorrer dos séculos eram de certa forma desarticulada e extremamente
negligente quanto aos fatores que dão sustentação ao meio ambiente.
5. DESENVOLVIMENTOE INSATISFAÇÃO:
FACES DE UMAERADE CONSTRASTES
Para tentar explicar a aceleração do processo de mudança que
vivemos, Toffler propõe uma divisão dos últimos 50 mil anos, divididos em
períodos de 62 anos cada um que resultam cerca de 800 períodos, quais:
• 650 foram vividos nas cavernas,
• 70 tiveram o uso da escrita,
• 6 foram marcados pela palavra impressa,
• 4 viram a medição mais precisa do tempo,
• 2 últimos tiveram o uso dos motores elétricos,
• o atual é o palco da maioria dos conhecimentos e bens materiais e estima
que a cada dois ou três anos, o acervo de conhecimento dobre.
6. A NATUREZA DA CRISE E AS
POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO
Há um bom tempo tem se tem falado muito sobre a rapidez das
mudanças que tem ocorrido ao longo do século. Se analisarmos, na
realidade, além dessa velocidade, existem mudanças sem precedentes
tanto na área social, política, e tecnológica.
Desde que entendemos o quanto o mundo a nossa volta é instável,
tivemos de construir novas formas de “ler” e de entender esse mundo
também de forma flexível e dinâmica. E quando se trata das organizações
transpostas pela diversidade das relações humanas, essa realização fica
ainda mais complexa. Daí porque, evolutivamente, certas organizações
foram vistas como máquinas, organismos, cérebros e hoje é preciso outras
metáforas para entender essa complexidade.
Devemos compreender nossa dificuldade de levar em conta o
paradoxo como um legado constituinte do pensamento ocidental que
desenvolveu, durante séculos, uma lógica, ás vezes irredutível, de ver o
mundo.
7. OPAPELDAS EMPRESASDIANTESDA INADIÁVEL
NECESSIDADEDECONCILIAÇÃOENTRE
COMPETITIVIDADEEHUMANIZAÇÃO
Baseado ao modo de visão que os orientais têm sobre as crises, nós
ocidentais paramos de pensar em crise como apenas um problema e
passamos a ver um momento de oportunidades, um momento em que só as
melhores e as empresas que realmente atendam o cliente com qualidade e
se mantenha com poucos recursos é que se destacam.
Contudo não é apenas nas empresas que as crises são evidentes,
em nosso meio percebemos que a crise ambiental, a desigualdade social e
uma visão de mundo que não privilegia os direitos humanos, todos esses
são tipos de crises sociais que atualmente não se possui solução eficaz. É
urgente utilizar o conhecimento utilizado atualmente em organizações nos
novos desafios sociais e proporcionar um desenvolvimento geral
sustentável.
8. AÇÕES DE EMPRESAS
HUMANIZADAS
Desde a revolução industrial, a demanda no qual as marcas de
empresas, vem buscando alternativas para atingir cada vez mais o público
alvo. Fez com que aderissem ao marketing junto aos veículos de mídia.
Uma forma de divulgação veloz que chega ao lar de todos que trafegam
tanto na internet quanto no ibope das tv's.
O padrão estipulado pelas marcas e rotulado pela mídia. Cresce
cada dia, de certa forma planta como se fosse uma sementinha criando o
desejo e a necessidade na massa populacional. Levando em consideração
que conforme as receitas das marcas crescem.
Cria-se também possibilidade da implantação de projetos sociais.
Apoiando as causas humanitárias. Ajudando os principais setores como;
educação, cultura e natureza.
9. E ainda certificada como empresa amiga da criança pela fundação
ABRINQ, como uma das empresas que combatem o trabalho infantil, a
Natura ainda firmou uma cláusula para que nenhum de seus fornecedores
empregasse mão de obra adolescente sem registro, caso tal ação fosse
verificada o fornecedor seria desligada da empresa, pois violaria a cláusula.
O que levou a Natura a desenvolver um trabalho com D’Ambrosio para
regularização da situação.
A Cerâmica Portobello, uma empresa catarinense de pisos e
revestimentos, tem se focado na qualidade de vida de seus funcionários
junto a valorização da cidade. O projeto Alamandas foi desenvolvido pela
empresa, assim ajudando seus funcionários a obter sua casa própria,
através de doações de terrenos feitas pela própria empresa com a ajuda da
Caixa Econômica Federal.
Notas do Editor
Explicando de uma maneira mais direta amanhã viveremos em um planeta mais quente, com águas mais ácidas, um ar menos saudável e com terras cada vez mais inadequadas ao plantio.
Essa questão é facilmente respondida se entendermos qual a importância de uma empresa, sua influência e flexibilidade.
As empresas modernas sobrevivem em um ambiente de constantes mudanças e atualmente é uma das instituições mais adaptáveis se comparada com outras, como por exemplo, igrejas e governos, o que por finalidade atribui a elas o papel de liderança para revertermos essa situação.
3º paragrafo: Por fim, as empresas que melhor aprendiam essa lição obtinham os resultados, entretanto em intervalos de tempos cada vez menores elas passaram a perceber que o que era fonte de diferenciação logo se tornava pré-requisito.
Isso fica evidente quando vemos comentários como os do cineasta Tizuka Yamasaki, que a maneira mais fácil de caracterizar um vilão em um filme era associá-lo à figura de um empresário.
Mas parece que essa imagem pode estar com os dias contados, é crescente o número de representantes do meio empresarial que afirmam “que um comportamento socialmente responsável é o fundamento de um sucesso econômico sustentável em longo prazo”.
Ao mesmo tempo em que notamos isso, nos deparamos com outros aspectos, como na distribuição de riquezas geradas pelo modelo de desenvolvimento dominante. O professor Sen “expõe para a ciência da economia uma compaixão pelo ser humano comum e a visão de uma sociedade mundial igualitária”, pois vivemos um elevado desenvolvimento tecnológico e esquecemo-nos do desenvolvimento pessoal e interpessoal.
Pondo em vista a degradação do meio ambiente, podemos notar o desequilíbrio que vivemos com a natureza e o colapso que o homem esta. Como devemos lembrar que 20% dos habitantes dos países ricos são responsáveis por 53% das emissões de dióxido de carbono (CO²), enquanto 20% dos mais pobres, por3% desse total (ONU, 1998) com o inúmero avanço cientifico e tecnológico com os desequilíbrios e desigualdades que persistem ao longo das últimas décadas torna inadiável a busca pelas raízes do descompasso, pegando como condição para sua possível superação.
Adotamos o determinismo como um conforto diante das crises existenciais, baseados em crenças e princípios restritos e estagnantes. O que temos atualmente, explica Ilya Prigogine, prêmio Nobel de Química e professor da Universidade Livre de Bruxelas, é uma descrição mediana que se situa entre duas representações alienantes: de um lado, um mundo determinista e do outro, um mundo arbitrário submetido ao acaso. Ao sustentar que as leis não governam o mundo nem tampouco são regidas pelo acaso, Prigogine diz que essas leis físicas correspondem a uma nova forma de inteligibilidade expressas por representações probabilísticas. Tais leis estão associadas à instabilidade tanto no nível microscópico quanto no nível macroscópico e descrevem a possibilidade dos eventos sem reduzi-los a consequências dedutíveis ou previsíveis de leis deterministas.
Enquanto o Brasil, ainda, não possui estratégias definidas para ultrapassar esse momento turbulento na economia é preciso renovar e criar soluções de superar as dificuldades. De acordo com Bruno Lessa, editor do portal de marketing imobiliário VGV e diretor da empresa marketing SIM, toda crise te traz oportunidades de se reinventar, inovar e pensar em novas soluções.
“O empresário deve aproveitar a baixa do mercado e avaliar o próprio trabalho para saber o que, de fato, estão entregando aos clientes. Hoje, por exemplo, o as pessoas estão conectadas o tempo todo. As empresas devem estar aptas a entendê-las a qualquer momento e precisam oferecer um serviço multiplataforma. Quem procura um imóvel às 3 horas da manhã é porque quer comprar e, portanto, precisa ser respondido”.
Hoje das 100 maiores economias mundiais 51 são de corporações trans- nacionais. Também é ilustrativo o fato que a soma da receita das duzentas maiores corporações equivale a quase 30% do produto bruto mundial.
É evidente o sistema in sustentável que se cria da batalha insana de grandes empresas, sistema esse que degrada o meio ambiente, “escraviza” nações de renda baixa em prol do lucro e toma decisões controversas ao seu tipo de negócio.
Analisando os desafios sociais que hoje enfrentamos grandes empresas usando de seu poder mundial estão, com parcerias de grupos socialmente excluídos, contribuindo para diversas fontes da pobreza extrema, entre elas a educação. Visualizando as ultimas ações das corporações é perceptível uma mudança no mundo dos negócios.
As empresas que estão realizando esses feitos revelam uma tendência mais “humana” no mundo empresarial, quebrando assim a antiga premissa de que uma empresa só se movimenta pelo lucro.
Nossa vivência na terra já demonstra um sábio conhecimento: a vida não prospera pelo combate, mas sim pela formação de redes. Triunfam a cooperação e a criatividade.
As empresas atuais estão levando em consideração para seu desenvolvimento a correlação interna e externa e aqui são designadas empresas humanizadas. Ao ser apresentados exemplos de empresas que tem esse tipo de ação é importante não levar em consideração todas suas operações, mas sim determinadas ações.
Da mesma forma sugerimos que não sejam comparadas as ações aqui descritas como humanas com suas ações visando o desempenho econômico-financeiro, visto que inúmeras outras variáveis impactam esse desempenho e aqui não estão sendo considerados.