Tratamento do edema agudo pulmonar cardiogênico O tratamento do EAP cardiogênico é dividido em: Vasodilatadores e diurético Suporte ventilatório O paciente deve ficar sentado, de preferência com as pernas para fora do leito, reduzindo assim a pré-carga. Vasodilatadores Nitratos Dinitrato de isossorbida Administrar 5mg de dinitrato de isossorbida SL, repetindo a cada 5 minutos até a dose de 15mg Nitroglicerina EV Apresenta discreta potência de vasodilatação arterial. Contudo, seu grande benefício está na capacidade venodilatadora e coronário-dilatadora. Uma de suas limitações é o desenvolvimento de taquifilaxia (doses maiores são necessárias para se obter o mesmo efeito) e cefaleia em um quinto dos pacientes. Posologia: Nitroglicerina 50 mg diluída em 500 mL de SF0,9% ou SG5%) na dose inicial de 5mcg/min. Geralmente 3ml/h em BIC, aumentando 3 a 5 ml a cada 5 minutos até haver melhora clínica ou queda da pressão sistólica até 90 a 100mmHg. Morfina Não está indicado o uso de rotina devido ausência de benefícios comprovados e aos potenciais riscos. Se feita de maneira rápida e, sobretudo, em doses altas, poderá levar à depressão respiratória, bradicardia e hipotensão. A dose recomendada é de 2 a 5 mg, EV, a cada 5 ou 10 minutos. Diuréticos A classe indicada é dos diuréticos de alça (furosemida), em especial por via endovenosa, podendo ou não serem associados à tiazídicos e à espironolactona em caso de resistência glomerular. A dose indicada varia de 20 a 40 mg, endovenoso, em casos leves e moderados de retenção hídrica. Já para retenção grave de fluidos, sugere-se o uso de 5 a 40 mg/h, em bomba de infusão contínua (BIC). Repete-se a dose em até 10 minutos, caso não haja resposta terapêutica. A furosemida tem efeito benéfico imediato de venodilatação e de estímulo a diurese. Suporte ventilatório não invasivo Diversos estudos mostram benefício da ventilação não invasiva com pressão positiva (VNI/BiPAP/CPAP). A pressão positiva nas vias aéreas reduz o retorno venoso (pré-carga) e melhora a congestão pulmonar.