O documento discute a economia solidária e sua relação com a saúde mental no contexto das oficinas de geração de trabalho e renda da Intecoop Pelotas. A economia solidária busca a inserção social através da criação de grupos autogeridos que promovam a reabilitação psicossocial e econômica de pessoas com problemas mentais. A Intecoop Pelotas vem aplicando esses princípios em parceria com a prefeitura local.
SAÚDE MENTAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA: ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE TRABALHO EM UMA CO...Bia Corrales
Este artigo analisa como a organização do trabalho em uma cooperativa de costura influencia a saúde mental dos trabalhadores. Os resultados indicaram que a identificação dos trabalhadores com os princípios cooperativistas e a autogestão, além das relações solidárias, transformam o sofrimento em prazer e favorecem a saúde mental ao permitir a rediscussão constante da organização do trabalho.
Saúde Mental e ECOSOL uma relação em construçãoBia Corrales
O documento discute a importância do desenvolvimento de propostas alternativas de trabalho direcionadas à reabilitação psicossocial de portadores de sofrimento mental. A Economia Solidária é apontada como capaz de desenvolver e efetivar estas propostas, considerando princípios como equidade, participação e cooperação. O trabalho é visto como elemento essencial na inclusão social destes indivíduos, mas deve ter valor social e não apenas produtivo.
Construção da Rede de Saúde Mental e Economia SolidáriaBia Corrales
1) O documento discute desafios e potenciais de projetos de geração de trabalho e renda ligados à saúde mental e economia solidária no Brasil.
2) Esses projetos ainda estão em fase inicial de organização e formalização, com alto grau de informalidade e dificuldades de comercialização e acesso a crédito.
3) Há oportunidade de aprimorar esses projetos agregando valor aos produtos, organizando cadeias produtivas e estabelecendo parcerias técnicas em diferentes áreas.
O documento discute duas perspectivas sobre a natureza do serviço social: a perspectiva conservadora que vê a profissão como evolução da caridade, e a perspectiva histórico-crítica que vê o serviço social como subproduto dos projetos político-econômicos da sociedade capitalista. A perspectiva histórico-crítica argumenta que o serviço social surgiu para gerenciar os movimentos sociais dos trabalhadores e manter a ordem social existente. Ambas as perspectivas reconhecem que, embora diferentes, coexist
O serviço social na contemporaneidade pianaEvilásio Leal
1) O documento discute o serviço social na contemporaneidade, suas demandas e respostas.
2) Ele traça a história do serviço social no Brasil desde sua origem ligada à Igreja Católica até sua institucionalização pelo Estado.
3) O autor argumenta que o serviço social precisa ir além de apenas executar políticas sociais e compreender as contradições da sociedade capitalista para pensar respostas adequadas.
Este documento discute o cooperativismo como uma forma alternativa de economia. Primeiramente, define os conceitos de economia social, economia solidária e economia social e solidária. Em seguida, explora o cooperativismo como uma alternativa econômica, destacando sua história e princípios. Por fim, descreve a constituição histórica do movimento cooperativo desde o século 18 como uma resposta ao modelo capitalista emergente na época.
Este documento descreve um projeto de empreendedorismo social chamado "Riscos" que visa promover a inclusão de pessoas com deficiência através de um negócio. Ele caracteriza o empreendedor, as entidades parceiras envolvidas e analisa conceitualmente o projeto, discutindo como ele pode promover impacto social através da inovação.
1) O documento descreve um trabalho realizado por estudantes da Faculdade Adventista Paranaense sobre a Obra de Assistência Social Papa João XXIII em Floresta-PR.
2) A Obra oferece atividades socioeducativas para crianças carentes e os estudantes visitaram a entidade para conhecer sua estrutura e identificar formas de ajudá-la.
3) Os estudantes decidiram realizar uma arrecadação de alimentos para ajudar a Obra.
SAÚDE MENTAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA: ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE TRABALHO EM UMA CO...Bia Corrales
Este artigo analisa como a organização do trabalho em uma cooperativa de costura influencia a saúde mental dos trabalhadores. Os resultados indicaram que a identificação dos trabalhadores com os princípios cooperativistas e a autogestão, além das relações solidárias, transformam o sofrimento em prazer e favorecem a saúde mental ao permitir a rediscussão constante da organização do trabalho.
Saúde Mental e ECOSOL uma relação em construçãoBia Corrales
O documento discute a importância do desenvolvimento de propostas alternativas de trabalho direcionadas à reabilitação psicossocial de portadores de sofrimento mental. A Economia Solidária é apontada como capaz de desenvolver e efetivar estas propostas, considerando princípios como equidade, participação e cooperação. O trabalho é visto como elemento essencial na inclusão social destes indivíduos, mas deve ter valor social e não apenas produtivo.
Construção da Rede de Saúde Mental e Economia SolidáriaBia Corrales
1) O documento discute desafios e potenciais de projetos de geração de trabalho e renda ligados à saúde mental e economia solidária no Brasil.
2) Esses projetos ainda estão em fase inicial de organização e formalização, com alto grau de informalidade e dificuldades de comercialização e acesso a crédito.
3) Há oportunidade de aprimorar esses projetos agregando valor aos produtos, organizando cadeias produtivas e estabelecendo parcerias técnicas em diferentes áreas.
O documento discute duas perspectivas sobre a natureza do serviço social: a perspectiva conservadora que vê a profissão como evolução da caridade, e a perspectiva histórico-crítica que vê o serviço social como subproduto dos projetos político-econômicos da sociedade capitalista. A perspectiva histórico-crítica argumenta que o serviço social surgiu para gerenciar os movimentos sociais dos trabalhadores e manter a ordem social existente. Ambas as perspectivas reconhecem que, embora diferentes, coexist
O serviço social na contemporaneidade pianaEvilásio Leal
1) O documento discute o serviço social na contemporaneidade, suas demandas e respostas.
2) Ele traça a história do serviço social no Brasil desde sua origem ligada à Igreja Católica até sua institucionalização pelo Estado.
3) O autor argumenta que o serviço social precisa ir além de apenas executar políticas sociais e compreender as contradições da sociedade capitalista para pensar respostas adequadas.
Este documento discute o cooperativismo como uma forma alternativa de economia. Primeiramente, define os conceitos de economia social, economia solidária e economia social e solidária. Em seguida, explora o cooperativismo como uma alternativa econômica, destacando sua história e princípios. Por fim, descreve a constituição histórica do movimento cooperativo desde o século 18 como uma resposta ao modelo capitalista emergente na época.
Este documento descreve um projeto de empreendedorismo social chamado "Riscos" que visa promover a inclusão de pessoas com deficiência através de um negócio. Ele caracteriza o empreendedor, as entidades parceiras envolvidas e analisa conceitualmente o projeto, discutindo como ele pode promover impacto social através da inovação.
1) O documento descreve um trabalho realizado por estudantes da Faculdade Adventista Paranaense sobre a Obra de Assistência Social Papa João XXIII em Floresta-PR.
2) A Obra oferece atividades socioeducativas para crianças carentes e os estudantes visitaram a entidade para conhecer sua estrutura e identificar formas de ajudá-la.
3) Os estudantes decidiram realizar uma arrecadação de alimentos para ajudar a Obra.
O serviço social na cena contemporâneaRita Jussara
O documento apresenta uma visão panorâmica do serviço social na atualidade, analisando suas competências profissionais, relações com classes sociais e Estado, e dilemas entre direitos versus capital.
Discute como o serviço social atua na reprodução das relações sociais capitalistas e está inserido na divisão social e técnica do trabalho.
Também aborda os espaços de atuação do assistente social e como ele deve ter competência crítica para defender os direitos da população.
O documento resume um livro sobre o serviço social na contemporaneidade. Discutem-se os desafios enfrentados pelos assistentes sociais em um contexto de desemprego em massa, privatizações e flexibilização do trabalho. Também aborda como o serviço social está inserido nos processos de produção e reprodução social e como vem se adaptando aos novos tempos do capitalismo flexível.
O documento discute três aspectos para contextualizar o trabalho do serviço social em empresas: 1) as novas configurações do mundo do trabalho na contemporaneidade e seus impactos no Brasil; 2) o trabalho do serviço social em empresas; 3) como o projeto ético-político do serviço social é configurado nesse contexto.
4.5 o trabalho_do_assistente_social_nas_fundações_empresariaisRosane Domingues
CURTA no Facebook- Serviço Social-Guia do Estudante (estágio curso concurso palestra livros
link https://www.facebook.com/guiaadoestudante.br?fref=photo
Este documento discute a assistência social no Brasil e sua relação com o pensamento conservador. Aponta que historicamente a assistência social foi vinculada à caridade e ao assistencialismo ao invés de direitos sociais. Também destaca que há um debate sobre se a assistência social deve ser vista como contraponto ao trabalho ou como complemento para proteger trabalhadores explorados. Finalmente, discute os desafios do serviço social nesta área em romper com visões subalternizantes dos usuários.
Este documento discute os desafios contemporâneos do serviço social, incluindo: 1) A necessidade de instrumentalidade profissional para lidar com as demandas emergentes; 2) O significado social da profissão diante das mudanças no mercado de trabalho; 3) A condição do assistente social como trabalhador em um contexto de precarização do trabalho.
1. O documento discute a atuação do assistente social em diferentes espaços sócio ocupacionais à luz das transformações nas relações sociais no contexto da globalização e do neoliberalismo.
2. É analisada a expansão dos espaços de atuação do assistente social e como esses espaços refletem as mudanças no mundo do trabalho e nas políticas sociais.
3. O documento defende uma atuação do assistente social comprometida com a classe trabalhadora e com as organizações populares, de forma autônoma e ética
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...José Araujo
Este artigo discute a prática profissional do assistente social, reconhecendo suas dimensões e como sua instrumentalidade está relacionada ao seu arsenal técnico-operativo. Brevemente apresenta alguns dos principais instrumentos de trabalho utilizados pelos assistentes sociais e faz considerações finais sobre o tema.
4.1 os espacos_socio_ocupacionais_do_assistente_socialGeorgin Medeiros
[1] O documento discute os espaços ocupacionais dos assistentes sociais no Brasil e como eles refletem as forças históricas e sociais em jogo na sociedade brasileira.
[2] A autora argumenta que a expansão dos espaços ocupacionais dos assistentes sociais está ligada à crescente desigualdade social e questionamento político da questão social no país.
[3] Ela defende que os assistentes sociais precisam estar preparados para analisar criticamente a realidade brasileira e defender os direitos dos trabalhadores n
- A pesquisa qualitativa tem se mostrado útil para compreender sentimentos, opiniões e experiências da vida cotidiana que não podem ser quantificadas. Isso não invalida a pesquisa quantitativa, que também é necessária quando se precisa de dados objetivos e generalizáveis. Tradicionalmente, pesquisas qualitativas e quantitativas são realizadas de forma associada, com bons resultados.
1) O documento apresenta um caderno de prova para o cargo de Assistente Social na Prefeitura Municipal de Itabaiana, Estado da Paraíba.
2) Contém instruções gerais sobre a prova, como duração de 3 horas e proibição de comunicação entre candidatos, além de questões específicas e de português.
3) A prova aborda temas como serviço social, processo de trabalho capitalista, novas formas de sociabilidade no capitalismo e alternativas de trabalho e renda.
Palestra: Gestão Social Responsável
Palestrante: Adm. Lívio Giosa (Vice-Presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – ADVB)
Evento: VI EPOCRAD - - Encontro de Professores e Coordenadores dos Cursos de Administração.
Realização: CRA/BA - Conselho Regional de Administração da Bahia.
Artigo apresentado para congresso ENAPEGSPaula Bonazzi
O documento discute o papel dos fundos de investimento de impacto no desenvolvimento de negócios sociais no Brasil. Analisa o caso do fundo Vox Capital e do negócio social CDI Lan. Conclui que os fundos de impacto contribuem para o desenvolvimento de modelos de negócios e redes, mas é necessário promover a cultura de investimento de impacto no país.
1 o servico_social_na_cena_contemporanea (1)Maria Ígia
[1] O documento discute o Serviço Social brasileiro contemporâneo e seu compromisso com a defesa dos direitos sociais. [2] Aborda as competências profissionais do assistente social definidas na legislação e seu papel na formulação e avaliação de políticas públicas. [3] Discutem os desafios atuais da profissão no contexto das desigualdades sociais.
1) O documento discute a gestão social na perspectiva democrática e o papel do assistente social como gestor.
2) A reforma do Estado enfraqueceu as políticas sociais públicas e aumentou o papel do terceiro setor e da responsabilidade social das empresas.
3) A gestão social democrática pode transformar expectativas de direitos em direitos efetivos através da participação cidadã nos processos decisórios e gestão das demandas sociais.
Texto apresentado pelo prof Gabriel Kraychte no Seminário Internacional Economia Popular e Solidária, organizado pelo Instituto Nacional de Economia Popular e Solidária - INEPS, órgão vinculado ao Ministério de Inclusão Econômica e Social do Equador.
O texto busca identificar elementos teóricos e práticos que contribuam para a formulação de políticas capazes de promover as condições necessárias à sustentabilidade dos empreendimentos econômicos associativos. Admitindo-se que não existe uma produção em geral e que os indicadores não são neutros, discute-se o que se quer efetivamente viabilizar, (re)produzir e aferir quando se fala em sustentabilidade e em escala dos empreendimentos da economia popular solidária.
1. A Previdência Social foi criada no Brasil em 1923 como uma forma do Estado controlar os movimentos operários e sindicais, ao mesmo tempo em que diminuía as desigualdades sociais causadas pelo capitalismo.
2. Até a criação da Previdência, os trabalhadores dependiam de associações mútuas para garantir benefícios, mas estas passaram a adotar posturas políticas contra a desigualdade social.
3. O auxílio-reclusão, criado em 1960, concede renda à família do trabalhador
O documento discute o processo migratório e suas influências na construção do valor do trabalho, remuneração e renda. Aborda a relação entre migração e globalização, o perfil dos fluxos migratórios contemporâneos e suas motivações, e como as migrações afetam esses aspectos econômicos e sociais.
Instrumentalidade e serv social yolanda-guerraVicente Silva
O documento discute a instrumentalidade no trabalho do assistente social. A instrumentalidade refere-se à capacidade da profissão em atender demandas e alcançar objetivos por meio da transformação das condições e relações sociais. A instrumentalidade torna-se uma propriedade do Serviço Social à medida que os profissionais objetivam suas intencionalidades em respostas profissionais por meio da manipulação dos instrumentos e condições existentes. No capitalismo, a instrumentalidade pode levar à instrumentalização das pessoas, convertendo-os em meios para fins de outrem.
O documento discute a economia solidária como uma forma promissora de reforma psiquiátrica. Ele propõe dez ações para apoiar projetos de trabalho e empreendimentos econômicos de pessoas com sofrimento mental, incluindo a organização de feiras de empreendimentos, capacitação em empreendedorismo, linhas de financiamento, alteração de leis para apoiar cooperativas sociais, e inserção em programas governamentais de qualificação e compras públicas.
Este documento discute como a antropologia pode ser aplicada para compreender empresas e consumo de forma mais holística. Defende que os antropólogos devem sair das academias e aplicar seus conhecimentos de forma prática para ajudar empresas a entenderem melhor seus consumidores e trabalhadores em seus próprios termos culturais. Também discute como bens de consumo podem manter culturas em diáspora e como a antropologia do consumo oferece novas perspectivas.
O serviço social na cena contemporâneaRita Jussara
O documento apresenta uma visão panorâmica do serviço social na atualidade, analisando suas competências profissionais, relações com classes sociais e Estado, e dilemas entre direitos versus capital.
Discute como o serviço social atua na reprodução das relações sociais capitalistas e está inserido na divisão social e técnica do trabalho.
Também aborda os espaços de atuação do assistente social e como ele deve ter competência crítica para defender os direitos da população.
O documento resume um livro sobre o serviço social na contemporaneidade. Discutem-se os desafios enfrentados pelos assistentes sociais em um contexto de desemprego em massa, privatizações e flexibilização do trabalho. Também aborda como o serviço social está inserido nos processos de produção e reprodução social e como vem se adaptando aos novos tempos do capitalismo flexível.
O documento discute três aspectos para contextualizar o trabalho do serviço social em empresas: 1) as novas configurações do mundo do trabalho na contemporaneidade e seus impactos no Brasil; 2) o trabalho do serviço social em empresas; 3) como o projeto ético-político do serviço social é configurado nesse contexto.
4.5 o trabalho_do_assistente_social_nas_fundações_empresariaisRosane Domingues
CURTA no Facebook- Serviço Social-Guia do Estudante (estágio curso concurso palestra livros
link https://www.facebook.com/guiaadoestudante.br?fref=photo
Este documento discute a assistência social no Brasil e sua relação com o pensamento conservador. Aponta que historicamente a assistência social foi vinculada à caridade e ao assistencialismo ao invés de direitos sociais. Também destaca que há um debate sobre se a assistência social deve ser vista como contraponto ao trabalho ou como complemento para proteger trabalhadores explorados. Finalmente, discute os desafios do serviço social nesta área em romper com visões subalternizantes dos usuários.
Este documento discute os desafios contemporâneos do serviço social, incluindo: 1) A necessidade de instrumentalidade profissional para lidar com as demandas emergentes; 2) O significado social da profissão diante das mudanças no mercado de trabalho; 3) A condição do assistente social como trabalhador em um contexto de precarização do trabalho.
1. O documento discute a atuação do assistente social em diferentes espaços sócio ocupacionais à luz das transformações nas relações sociais no contexto da globalização e do neoliberalismo.
2. É analisada a expansão dos espaços de atuação do assistente social e como esses espaços refletem as mudanças no mundo do trabalho e nas políticas sociais.
3. O documento defende uma atuação do assistente social comprometida com a classe trabalhadora e com as organizações populares, de forma autônoma e ética
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...José Araujo
Este artigo discute a prática profissional do assistente social, reconhecendo suas dimensões e como sua instrumentalidade está relacionada ao seu arsenal técnico-operativo. Brevemente apresenta alguns dos principais instrumentos de trabalho utilizados pelos assistentes sociais e faz considerações finais sobre o tema.
4.1 os espacos_socio_ocupacionais_do_assistente_socialGeorgin Medeiros
[1] O documento discute os espaços ocupacionais dos assistentes sociais no Brasil e como eles refletem as forças históricas e sociais em jogo na sociedade brasileira.
[2] A autora argumenta que a expansão dos espaços ocupacionais dos assistentes sociais está ligada à crescente desigualdade social e questionamento político da questão social no país.
[3] Ela defende que os assistentes sociais precisam estar preparados para analisar criticamente a realidade brasileira e defender os direitos dos trabalhadores n
- A pesquisa qualitativa tem se mostrado útil para compreender sentimentos, opiniões e experiências da vida cotidiana que não podem ser quantificadas. Isso não invalida a pesquisa quantitativa, que também é necessária quando se precisa de dados objetivos e generalizáveis. Tradicionalmente, pesquisas qualitativas e quantitativas são realizadas de forma associada, com bons resultados.
1) O documento apresenta um caderno de prova para o cargo de Assistente Social na Prefeitura Municipal de Itabaiana, Estado da Paraíba.
2) Contém instruções gerais sobre a prova, como duração de 3 horas e proibição de comunicação entre candidatos, além de questões específicas e de português.
3) A prova aborda temas como serviço social, processo de trabalho capitalista, novas formas de sociabilidade no capitalismo e alternativas de trabalho e renda.
Palestra: Gestão Social Responsável
Palestrante: Adm. Lívio Giosa (Vice-Presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – ADVB)
Evento: VI EPOCRAD - - Encontro de Professores e Coordenadores dos Cursos de Administração.
Realização: CRA/BA - Conselho Regional de Administração da Bahia.
Artigo apresentado para congresso ENAPEGSPaula Bonazzi
O documento discute o papel dos fundos de investimento de impacto no desenvolvimento de negócios sociais no Brasil. Analisa o caso do fundo Vox Capital e do negócio social CDI Lan. Conclui que os fundos de impacto contribuem para o desenvolvimento de modelos de negócios e redes, mas é necessário promover a cultura de investimento de impacto no país.
1 o servico_social_na_cena_contemporanea (1)Maria Ígia
[1] O documento discute o Serviço Social brasileiro contemporâneo e seu compromisso com a defesa dos direitos sociais. [2] Aborda as competências profissionais do assistente social definidas na legislação e seu papel na formulação e avaliação de políticas públicas. [3] Discutem os desafios atuais da profissão no contexto das desigualdades sociais.
1) O documento discute a gestão social na perspectiva democrática e o papel do assistente social como gestor.
2) A reforma do Estado enfraqueceu as políticas sociais públicas e aumentou o papel do terceiro setor e da responsabilidade social das empresas.
3) A gestão social democrática pode transformar expectativas de direitos em direitos efetivos através da participação cidadã nos processos decisórios e gestão das demandas sociais.
Texto apresentado pelo prof Gabriel Kraychte no Seminário Internacional Economia Popular e Solidária, organizado pelo Instituto Nacional de Economia Popular e Solidária - INEPS, órgão vinculado ao Ministério de Inclusão Econômica e Social do Equador.
O texto busca identificar elementos teóricos e práticos que contribuam para a formulação de políticas capazes de promover as condições necessárias à sustentabilidade dos empreendimentos econômicos associativos. Admitindo-se que não existe uma produção em geral e que os indicadores não são neutros, discute-se o que se quer efetivamente viabilizar, (re)produzir e aferir quando se fala em sustentabilidade e em escala dos empreendimentos da economia popular solidária.
1. A Previdência Social foi criada no Brasil em 1923 como uma forma do Estado controlar os movimentos operários e sindicais, ao mesmo tempo em que diminuía as desigualdades sociais causadas pelo capitalismo.
2. Até a criação da Previdência, os trabalhadores dependiam de associações mútuas para garantir benefícios, mas estas passaram a adotar posturas políticas contra a desigualdade social.
3. O auxílio-reclusão, criado em 1960, concede renda à família do trabalhador
O documento discute o processo migratório e suas influências na construção do valor do trabalho, remuneração e renda. Aborda a relação entre migração e globalização, o perfil dos fluxos migratórios contemporâneos e suas motivações, e como as migrações afetam esses aspectos econômicos e sociais.
Instrumentalidade e serv social yolanda-guerraVicente Silva
O documento discute a instrumentalidade no trabalho do assistente social. A instrumentalidade refere-se à capacidade da profissão em atender demandas e alcançar objetivos por meio da transformação das condições e relações sociais. A instrumentalidade torna-se uma propriedade do Serviço Social à medida que os profissionais objetivam suas intencionalidades em respostas profissionais por meio da manipulação dos instrumentos e condições existentes. No capitalismo, a instrumentalidade pode levar à instrumentalização das pessoas, convertendo-os em meios para fins de outrem.
O documento discute a economia solidária como uma forma promissora de reforma psiquiátrica. Ele propõe dez ações para apoiar projetos de trabalho e empreendimentos econômicos de pessoas com sofrimento mental, incluindo a organização de feiras de empreendimentos, capacitação em empreendedorismo, linhas de financiamento, alteração de leis para apoiar cooperativas sociais, e inserção em programas governamentais de qualificação e compras públicas.
Este documento discute como a antropologia pode ser aplicada para compreender empresas e consumo de forma mais holística. Defende que os antropólogos devem sair das academias e aplicar seus conhecimentos de forma prática para ajudar empresas a entenderem melhor seus consumidores e trabalhadores em seus próprios termos culturais. Também discute como bens de consumo podem manter culturas em diáspora e como a antropologia do consumo oferece novas perspectivas.
1) O documento discute a atuação dos psicólogos no contexto da saúde pública no Brasil, especialmente após a Reforma Psiquiátrica.
2) A Reforma Psiquiátrica objetivava responder às questões sociais, políticas e clínicas da época e promover a recuperação da cidadania dos pacientes psiquiátricos.
3) No entanto, os cursos de psicologia não se prepararam adequadamente para a nova demanda, tendendo a repetir modelos clínicos privados nos serviços públicos
Este artigo analisa a cobertura do jornal Folha de S. Paulo sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial entre 2001-2010. Identifica as fontes presentes nos textos jornalísticos, principalmente institucionais como a área médica e não institucionais como usuários de serviços de saúde mental. Discute como a reforma psiquiátrica modificou conceitos sobre saúde mental e representou uma mudança cultural na visão sobre a loucura.
O que é o Serviço Social, como surgiu, a quem serve, porque surgiu, que forças concorreram no seu surgimento, qual a função concreta do Serviço Social, e por ter surgido no seio da Igreja Católica, com as proto formas neotomistas, não poderíamos considerar que a profissão é a caridade profissional? Estas perguntas freqüentemente aparecem não só no meio acadêmico como também nos diversos campos de atuação profissional.
O documento discute a responsabilidade social corporativa e as mudanças no papel das empresas na sociedade no século XXI. Apresenta a ideia de que as empresas precisam ir além do lucro e contribuir para causas sociais, o que trará benefícios como melhor imagem e fidelização de clientes. Também aborda o surgimento de um "novo Estado" com parcerias entre setor público, privado e organizações da sociedade civil.
Exp. da intes uel a partir da perspectiva de solidariedadeDiene Gimenes
Este documento discute a experiência da Incubadora de Empreendimentos Solidários da Universidade Estadual de Londrina (INTES/UEL) e como ela promove a economia solidária. A INTES/UEL apoia grupos que buscam geração de renda através de cooperativas e assessoria de acordo com os princípios da economia solidária como autogestão e organização democrática. O documento reflete sobre o conceito de solidariedade e como a INTES/UEL aplica esse conceito em sua prática.
O artigo analisa como as mudanças nas políticas de gestão do trabalho em empresas privadas e públicas, devido à reestruturação produtiva, afetaram as respostas do serviço social às novas demandas. Discute como as novas formas de gestão do trabalho impuseram alterações nas políticas sociais voltadas para a reprodução dos trabalhadores e metas de produção. Também examina como os assistentes sociais responderam a essas novas demandas, notando uma tendência de se afastarem de sua formação geral para adotarem abordagens mais técnicas
O documento discute a evolução da comunicação nas normas internacionais de gestão. Apresenta como a comunicação passou de uma abordagem reativa para uma visão mais estratégica e proativa, focada nos stakeholders. Também descreve modelos como o Triple Bottom Line e o GRI, que passaram a tratar a comunicação como parte essencial da responsabilidade social das empresas.
Justiça ambiental, marxismo ecológico e suas relações com o direito socioambi...rsramme
O documento discute como o atual estágio do capitalismo de hiperconsumo gerou injustiças ambientais através da distribuição desigual dos impactos da poluição. O movimento por justiça ambiental defende princípios de equidade social e ambiental, influenciado pelo marxismo ecológico que mostra que Marx já alertava para esses problemas. Um novo direito socioambiental pode regular esses desequilíbrios e construir um Estado de Direito que não se submeta à lógica do mercado, promovendo o desenvolvimento sustentável.
Trabalho de finalização de curso. Parceria com Rodrigo Vasconcelos sobre estudos baseados na nova Classe C no Brasil e como a publicidade se comportara com a mudança econômica no cenário atual.
1) O documento discute a trajetória da ética profissional do Serviço Social no Brasil e a formulação do Código de Ética de 1993.
2) Inicialmente, o Serviço Social esteve ligado à Igreja Católica e aos interesses das classes dominantes.
3) Após debates na década de 1990, o Código de 1993 estabeleceu a liberdade como valor central, visando a justiça social e a democracia.
O documento discute a necessidade de reforma psiquiátrica e inclusão de portadores de sofrimento mental nas políticas sociais. Ele pede (1) inclusão de portadores de sofrimento mental no Sistema Único de Assistência Social, (2) implementação de ações para atendimento de pessoas com sofrimento mental em situação de rua, e (3) revisão dos critérios para obtenção do Benefício de Prestação Continuada para garantir acesso a todos.
A carta discute questões relacionadas ao trabalho, lazer, educação e saúde na sociedade brasileira. A autora argumenta que é necessária uma revisão dos conceitos de trabalho e lazer e que o mercado de trabalho explora os jovens. Ela também defende maior investimento em lazer, educação ao longo da vida e pesquisas nas ciências humanas.
O documento discute o domínio das relações públicas, especificamente em três contextos: empresas privadas, empresas públicas e administração pública. Nas empresas privadas, as relações públicas ajudam a promover a imagem da empresa junto do público e dos consumidores para aumentar as vendas e a produtividade, considerando fatores como o elemento humano, físico, organizacional e produtos/serviços.
CONSUMIDORES DIFERENTES, ESCOLHAS CONSCIENTES: A CAMINHO DA SOCIEDADE DO BEM-...Monique Lima
Monografia apresentada ao Curso de Comunicação Social – habilitação em Publicidade e Propaganda – das Faculdades Integradas Hélio Alonso, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, sob a orientação da professora Daniella Villalta.
Este trabalho é uma reflexão sobre o consumo atual e enfoca o surgimento do consumo consciente e seus impactos nos padrões de consumo dessa sociedade caracterizada, até então, como uma sociedade de consumo. O trabalho busca, principalmente, entender o papel dos movimentos organizados por consumidores e as tendências de consumo consciente na construção de uma sociedade sustentável, que visa o bem-estar em detrimento do consumismo e da utilização indiscriminada dos recursos naturais.
Nures no 6º foro latinoamericano “memoria e identidad”coeppelotas
O documento descreve as atividades do Núcleo de Responsabilidade Social da Embrapa Clima Temperado no Brasil, incluindo o desenvolvimento de projetos sociais, a promoção da qualidade de vida dos funcionários e ações para apoiar a comunidade local como doações de alimentos e roupas.
Democratizar a gestão das políticas sociais – um desafio a ser enfrentado pel...Isabel Amaral
1) O documento discute os desafios de democratizar a gestão das políticas sociais no Brasil, envolvendo mais a participação da sociedade civil.
2) Nas últimas décadas, houve um debate crescente sobre este tema no contexto da luta pela democratização do Estado e da sociedade.
3) O documento analisa as possibilidades de construção de uma esfera pública nas políticas sociais, que envolva a participação ativa da sociedade civil na definição e implementação dessas políticas.
Semelhante a ECONOMIA SOLIDÁRIA E SAÚDE MENTAL: AS PRÁTICAS DA INTECOOP PELOTAS JUNTO AS OFICINAS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA. (20)
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
ECONOMIA SOLIDÁRIA E SAÚDE MENTAL: AS PRÁTICAS DA INTECOOP PELOTAS JUNTO AS OFICINAS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA.
1. 119 - ECONOMIA SOLIDÁRIA E SAÚDE MENTAL: AS
PRÁTICAS DA INTECOOP PELOTAS JUNTO AS
OFICINAS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA.
Organização do quadro social e educação cooperativista
1
Marisa Petrucci Gigante
marisagigante@msn.com
Secretaria Municipal de Pelotas
2
Flúvia Ribeiro Bastos
maninharb@hotmail.com
Intecoop Pelotas
3
Pâmela Moraes Volz
pammi@ibest.com.br
Intecoop Pelotas
Resumo
Existem hoje 239 experiências de inclusão social pelo trabalho, de
portadores de sofrimento psíquico, mapeadas no Brasil. Além disso, o
país já dispõe de uma série de instrumentos legais e institucionais acerca
da necessidade de consolidar políticas sociais que tratem da inclusão
social pelo trabalho. A principal luta da Economia Solidária é a inserção
social, este também é o mote da Reforma Psiquiátrica, que têm como eixo
a desospitalização de pacientes com longo histórico de internação.
Combinando estes ideais, criou-se a articulação Saúde Mental e
Economia Solidária, uma parceria entre a Secretaria Nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e a
Coordenação Nacional de Saúde Mental, do Ministério da Saúde. A
proposta é a reabilitação psicossocial e econômica de pessoas portadoras
de transtornos mentais decorrentes ou não do uso de álcool e drogas, por
1
Terapeuta Ocupacional da Secretaria Municipal de Pelotas coordenadora da RETRATE.
2
Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas e bolsista de
pesquisa PIBIC-CNPq
3
Bacharel em ciências sociais e bolsista da Fundação Universitária de Brasília.
2. meio da criação de grupos de autogestão e geração de trabalho e renda.
Desde novembro de 2004 a parceria entre os dois ministérios busca
articular o movimento em todo o país. O presente artigo é o relato das
primeiras experiências de uma cooperativa planeada pela Incubadora
Tecnológica de Cooperativas Populares com os usuários das Oficinas de
Geração de Trabalho e Renda de Pelotas.
Palavras-chave: ECONOMIA SOLIDÁRIA, SAÚDE MENTAL,
OFICINAS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA.
Abstract
There are nowadays 239 experiments of labor social inclusion, related to
people who have mental illness located in Brazil. Beyond that, the country has
already a series of legal and institutional instruments related to the necessity of
consolidate social policies which concern about labor social inclusion. The main
fight of the Solidarity Economy is the social insertion; this is also the theme of
psychiatric reform, which has as main goal the removal of patients with a long
historic of confinement from the hospitals. Matching these ideals, the
articulation Mental Health and Solidarity Economy was created, a partnership
between Solidarity Economy National secretariat from labor and employment
ministry and the mental health national coordination from health ministry. The
proposal is the psychosocial and economical rehabilitation of people with
mental disorders whether by the use of alcohol and drugs or not, through the
creation of self-management groups and generation of work and income. Since
November, 2004 the partnership between the two ministries looks forward to
articulate the movement in all country. This article is the report of the first
experiences of a cooperative planed by the popular cooperative technological
incubators together with the users from Pelotas workshops of work and income
generation.
Key words: Solidarity economy, mental health, workshops of work and income
generation
2
V Encontro de Pesquisadores Latino-americanos de Cooperativismo
V Encuentro de Investigadores Latinoamericanos de Cooperativismo
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3. Economia Solidária
Segundo Antônio Cruz (2006, p. 69), a economia solidária, pode
ser definida como:
O conjunto das iniciativas econômicas associativas
nas quais: o trabalho, a propriedade de seus meios de
operação (de produção, de consumo, de crédito, etc.), os
resultados econômicos do empreendimento, os
conhecimentos acerca de seu funcionamento e o poder
de decisão sobre as questões a ele referentes são
compartilhados por todos aqueles que dele participam
diretamente, buscando-se relações de igualdade e de
solidariedade entre seus párticipes.
De acordo com seus difusores, ela consolida-se em bases
autogestionária e sustentável, tendo essas o difícil papel de transformar
os empreendimentos solidários em centros de interação democráticos e
igualitários, além de economicamente produtivos, contribuindo para fazer
emergir na sociedade um novo modelo de desenvolvimento, em que o
ser humano recebe a verdadeira valorização.
A economia solidária não se apresenta como um campo novo de
trabalho, uma vez que suas origens históricas remontam ao período do
capitalismo industrial, como uma reação ao espantoso empobrecimento
dos artesãos provocado pela difusão das máquinas e da organização
fabril da produção (SINGER, 2002). As conseqüências da 1º Revolução
Industrial na Grã-Bretanha (êxodo do campo para a cidade, formação do
proletariado moderno e a exploração sem-limites legais do trabalho nas
fábricas), junto ao longo ciclo de guerras provocado pela Revolução
Francesa e à depressão econômica que se abateu, no país referido, logo
após esse período, contribuíram para o fortalecimento do pensamento
cooperativista.
De fato, as primeiras cooperativas surgiram por volta de 1826, na
Inglaterra, como:
Uma reação à pauperização provocada pela
conversão maciça de camponeses e pequenos produtores
em trabalhadores das fábricas pioneiras do capitalismo
industrial. Foi também na Inglaterra que surgiram as
cooperativas que passariam a ser o modelo do
cooperativismo contemporâneo – as cooperativas de
Rochdale, fundadas a partir de 1844. (SANTOS, 2005, p.
33).
Foi o pensamento de industriais mais esclarecidos, como o de
Robert Owen, considerado o pai do cooperativismo, Charles Fourier e
Pierre Proudhon que influenciaram nesse processo. Robert Owen,
por exemplo, proprietário de um imenso complexo têxtil em New Lanark,
decidiu, ainda na primeira década do século XIX, a participar
diretamente da fundação das primeiras comunidades cooperativas na
3
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V Encuentro de Investigadores Latinoamericanos de Cooperativismo
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4. Inglaterra, cujas idéias foram caracterizadas pela mudança do sistema
social, combatendo o lucro e a concorrência, de forma pacífica e
gradativa, modificando, assim, o homem. Foi na França, em 1823, que
as teorias associativistas de Charles Fourier e de Pierre Proudhon
também contribuíram para o estabelecimento das primeiras cooperativas
de trabalhadores.
Neste sentido, o Cooperativismo foi um fenômeno derivado da
necessidade humana, não tendo sido precedido de nenhum estudo
filosófico. Ele nasceu, portanto, da própria luta social, sendo uma
doutrina de origens motivadas por situações práticas.
Os “Pioneiros de Rochdale”, por exemplo, contribuíram de forma
definitiva para o método cooperativo, pois além de estabelecerem os
princípios teóricos e as regras práticas da organização e do
funcionamento das cooperativas, tidos, até hoje, como princípios
imortais do cooperativismo (SINGER, 2002), foi a partir da experiência
Rochdaleana, que o Cooperativismo foi aceito por todos os governantes
e reconhecido como uma fórmula democrática para a solução de
problemas socioeconômicos, transformando-se, assim, na semente do
movimento cooperativista em nível internacional.
Porém, como esses princípios são à base das estratégias de
desenvolvimento do sistema cooperativista existente nos diversos
países, necessitam ser aperfeiçoados e atualizados, como aconteceu
em 23 de setembro de 1995, na comemoração do centenário de
existência da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), ficando assim
definidos:
1. Nas decisões a serem tomadas, cada membro teria direito a um voto,
independente de quanto investiu na cooperativa, o que garantia a
primazia do trabalho sobre o capital no empreendimento;
2. O número de membros da cooperativa seria aberto, sendo, em
princípio, aceito quem desejasse aderir (princípio da porta aberta). Este
princípio buscava evitar que os sócios fundadores não admitissem novos
trabalhadores ou os admitissem com direitos inferiores;
3. Sobre o capital emprestado, a cooperativa pagaria uma taxa de juros
fixa, buscando limitar a remuneração aos que aplicavam na cooperativa
para garantir que as sobras pudessem beneficiar seus sócios;
4. As sobras seriam divididas entre os membros em proporção às
compras de cada um na cooperativa, o que permitia que essa vendesse
um pouco mais caro que a concorrência sem perder a clientela, que
receberia uma quantia de volta no fim do exercício na forma de
participação nas sobras, já que a cooperativa só vendia aos sócios;
5. As vendas feitas pela cooperativa seriam sempre feitas à vista,
protegendo-a da inadimplência, fator determinante para algumas
experiências anteriores não darem certo;
6. Os produtos feitos pela cooperativa seriam sempre puros, não
adulterados, já que esta era uma prática muito comum na Inglaterra
devido à falta de condições dos trabalhadores de comprarem os
produtos puros. Hoje esse princípio tornou-se obsoleto, pois, na maioria
dos países, a fiscalização já faz esse papel;
4
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5. 7. A cooperativa se empenharia na educação cooperativa, outra herança
owenista. Como Singer (2002, p.42) disse, “para que o cooperativismo,
seja entendido e apoiado em seus propósitos, é necessário que não só
os cooperadores, mas o público em geral, seja educado em seus
princípios, ou mais amplamente em sua visão do mundo”;
8. A cooperativa manter-se-ia sempre neutra em questões religiosas e
políticas, impedindo que cooperativas fossem exclusivas de partidos ou
seitas.
Logo, pode-se compreender que o cooperativismo, em seu inicio,
tinha a pretensão de se configurar em um modo de produção alternativo
ao capitalismo. Tal período, denominado de “cooperativismo
revolucionário”, configura a origem histórica da economia solidária.
Entretanto, na América Latina, o debate sobre economia solidária,
amadureceu, no final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, em
resposta ao modelo econômico então implantado – terceira revolução ou
revolução tecnológica, modelo agravado pela globalização econômica
mundial.
Foi a partir dos anos 80 que, em conjunto com o processo de
redemocratização do Brasil, diversos setores da sociedade começaram
a propor que a democracia não deveria ficar restrita ao mundo político
institucional, mas necessitava se expandir em outras esferas da vida,
particularmente no mundo do trabalho.
A falência de empresas, pressionadas pelo reajuste estrutural da
economia dos anos 90, assim como todo esse quadro de precarização
das condições de trabalho, propiciou o ressurgimento dos ideais
cooperativistas.
A transformação de algumas dessas empresas em cooperativas -
que teve o sindicato dos trabalhadores como representante legal,
intervindo perante a justiça e buscando principalmente a sobrevivência
do empreendimento no mercado e a manutenção dos “postos” de
trabalho para os antigos empregados - negando a separação entre
trabalho e posse dos meios de produção, é reconhecidamente a base do
capitalismo.
A questão crucial desse processo estava em levar aos
trabalhadores os princípios da economia solidária, convencendo-os a se
unirem numa empresa em que todos fossem donos por igual, cada um
com direito a um voto, empenhados solidariamente em transformar um
patrimônio sucateado num novo empreendimento solvável. Embora, a
alternativa convencional fosse criar uma outra empresa capitalista,
controlada não por todos os trabalhadores, mas pelos mais antigos e
mais bem remunerados, detentores dos maiores créditos trabalhistas e,
portanto, possuidores das maiores cotas de capital (SANTOS, 2005).
De acordo com Santos (2005, p. 87):
É desta época a formação das cooperativas que
assumem, em Porto Alegre, a indústria Wallig de fogões;
a Cooperminas, que explora uma mina de carvão falida,
em Criciúma (Santa Catarina) e as cooperativas que
5
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6. operam as fábricas (em Recife e em São José dos
Campos) da antiga Tecelagem Parahyba de cobertores.
Na compreensão de Paul Singer (2002, p. 111), o termo economia
solidária “foi reinventado, pois o que distingue esse “novo
cooperativismo” é a volta aos princípios, o grande valor atribuído à
democracia e à igualdade dentro dos empreendimentos, a insistência na
autogestão e o repúdio ao assalariamento”. Cumpre observar, no
entanto, que a reinvenção da economia solidária não se deve apenas
aos próprios desempregados e marginalizados, pois o seu foco voltou-
se, cada vez mais, para a sociedade civil: multiplicaram-se as
organizações não-governamentais (ONG’s), movimentos de igrejas, de
sindicatos, de universidades, entre outros, cuja atuação tem por objetivo
preservar o meio ambiente natural, a biodiversidade, o resgate da
dignidade humana de grupos oprimidos e discriminados e a promoção
de comunidades que, por sua própria iniciativa e empenho, melhoram
suas condições de vida, entre outros (SINGER, 2002).
Reforma Psiquiátrica
Para maior apropriação do tema faz-se necessário um breve
levantamento com os principais processos históricos que estimularam a
reforma psiquiátrica no Brasil.
“A história da nossa psiquiatria é a história de um processo de
asilamento; é a história de um processo de medicalização social”.
(Amarante, 1994:74)
A psiquiatria surge, com a chegada da Família Real ao Brasil,
com o objetivo de colocar ordem na urbanização, disciplinando a
sociedade e sendo, dessa forma, compatível ao desenvolvimento
mercantil e as novas políticas do século XIX.
É a partir do embasamento nos conceitos da psiquiatria européia,
como degenerescência moral, organicidade e hereditariedade do
fenômeno mental, que a psiquiatria brasileira intervém no
comportamento considerado como desviante e inadequado às
necessidades do acúmulo de capital, isolando-o e tratando-o no hospital
psiquiátrico.
“O saber e o poder médicos, artificialmente, criam uma
legitimidade de intervenção da classe dominante sobre os
despossuídos através da nova especialidade - a psiquiatria
- da nova instituição (...) o Hospital Psiquiátrico. O objeto
dessa intervenção (...) o sofrimento mental - é reduzido,
através de um artifício conceitual, a categoria de “doença
mental”, subtraindo-se toda a complexidade de fenômenos
diversos, singulares e compreensíveis no contexto da
existência humana” (Feffermann et al, 200: 4)
6
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7. O Manicômio, dentre outros dispositivos disciplinares igualmente
complexos, atravessou séculos até os nossos dias, conformando uma
sociedade disciplinar com dispositivos disciplinares complementares
num processo de legitimação da exclusão e de supremacia da razão.
Frente a essa realidade surgem alguns movimentos4
que questionam essa ordem das coisas, procurando romper com a
tradição manicomial brasileira, principalmente com o fim da Segunda
Guerra Mundial. Todas essas experiências são locais, referidas a um ou
outro serviço ou grupo e estão à margem das propostas e dos
investimentos públicos efetivos. Há forte oposição exercida pelo setor
privado que se expande e passa a controlar o aparelho de Estado
também no campo da saúde.
Na década de 60, com a unificação dos institutos de pensões e de
aposentadoria, é criado o Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS). O Estado passa a comprar serviços psiquiátricos do setor
privado e concilia pressões sociais com o interesse de lucro por parte
dos empresários. Dessa forma, cria-se uma “indústria para o
enfrentamento da loucura” (Amarante, 1995:13).
É no fim da década
de 70, que surge a questão da reforma psiquiátrica no Brasil. Pequenos
núcleos estaduais, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais constituem o Movimento de Trabalhadores em
Saúde Mental (MTSM). A questão psiquiátrica é colocada em pauta: “...
tais movimentos fazem ver à sociedade como os loucos representam a
radicalidade da opressão e da violência imposta pelo estado autoritário”.
(Rotelli et al, 1992: 48) A
violência das instituições psiquiátricas, dessa forma, é entendida como
parte de uma violência maior, cometida contra trabalhadores, presos
políticos e, portanto, contra todos os cidadãos.
A relação entre a Reforma Sanitária e a Reforma Psiquiátrica
O movimento de reforma sanitária tem influência constitutiva no
movimento de reforma psiquiátrica. Nos primeiros anos da década de 80
os dois movimentos se unem, ocupando os espaços públicos de poder e
de tomada de decisão como forma de introduzir mudanças no sistema
de saúde.
“A Proposta da Reforma Sanitária Brasileira representa,
por um lado, a indignação contra as precárias condições
de saúde, o descaso acumulado, a mercantilização do
setor, a incompetência e o atraso e, por outro lado, a
possibilidade da existência de uma viabilidade técnica e
4
São experiências de reformas psiquiátricas como: comunidades terapêuticas, psicoterapia institucional,
psiquiatria de setor, psiquiatria preventiva e comunitária, antipsiquiatria, psiquiatria democrática, dentre
outras.
7
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8. uma possibilidade política de enfrentar o problema”.
(Arouca, 1988:2)
Em 1986, a 8 ª Conferência Nacional de Saúde, foi um marco
para a realização desse processo, na qual o movimento “... assumiu
definitivamente a bandeira da descentralização, pleiteando a criação de
um sistema único de saúde universal, igualitário, participativo,
descentralizado e integral”. (Conferência Nacional de Saúde, 1987 apud
Paim, 1998:9) A partir daí foram
tomadas várias iniciativas para o alcance desse objetivo como a
Constituição Federal Brasileira, promulgada, em 5 de outubro de 1988.
Esta possui uma seção exclusiva para a questão da saúde (Art.196 a
Art. 200) na qual consolida-se a universalização da assistência, a
integralidade da atenção à saúde - realizada por ações de promoção,
prevenção, cura e reabilitação -, o reconhecimento do direito e
necessidade da participação da comunidade na gestão do sistema -
através do Conselho de Saúde -, a hierarquização, a eqüidade e a
descentralização do sistema - com comando único em esfera de
governo. Um
modelo de atenção coerente com as diretrizes da Constituição
pressupõe o fortalecimento do poder público, capacitando-o a
implementar políticas de impacto articuladas e integradas nas diversas
áreas, buscando melhoria na qualidade de vida. A saúde, dessa forma,
passa a ser entendida de forma ampla, determinada socialmente e,
portanto, como sendo fruto de políticas de governo que promovam
condições adequadas de vida ao conjunto da população.
Este modelo não é viável
através de uma política de Estado mínimo, mas da descentralização e
da configuração de um verdadeiro poder local de caráter público e,
portanto, permeável ao controle por parte da população. Todos esses
avanços foram originados pelo movimento de Reforma Sanitária. Ao
mesmo tempo que o movimento de reforma psiquiátrica se articula ao de
Reforma Sanitária, ele continua com suas atividades questionadoras e
transformadoras. A reforma
psiquiátrica é um movimento de inclusão social, onde segundo Delgado
(2005,p.16)
Esse movimento não diz respeito apenas à organização de
serviços de saúde, ao planejamento de saúde, e ao
financiamento de recursos, à capacitação em recursos
humanos. Ele diz respeito também à mudança de
conceitos, à mudança até do imaginário social sobre a
questão da loucura, diz respeito à construção de um novo
lugar social para os loucos, para os dependentes de
drogas, para esses segmentos para os quais a sociedade
só construiu, ou só vinha construindo, espaços de
segregação institucional.
8
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9. Dessa maneira a reforma psiquiátrica busca a afirmação do direito
da cidadania para as pessoas com transtornos mentais, visando à
autonomia do sujeito.
O Movimento de Luta Antimanicomial
Na década de 80, ocorrem vários encontros5, de preparação para
a I Conferência Nacional de Saúde Mental (I CNSM), que ocorreu em
1987 e recomenda a priorização de investimentos nos serviços extra-
hospitalares e multiprofissionais como oposição à tendência
hospitalocêntrica. No final de 1987 realiza-se o II
Congresso Nacional do MSTM em Bauru, no qual se concretiza o
Movimento de Luta Antimanicomial e é construído o lema ‘por uma
sociedade sem manicômios’. Nesse congresso amplia-se o sentido
político-conceitual acerca do antimanicomial.
“Enfim, a nova etapa (...) consolidada no Congresso de
Bauru, repercutiu em muitos âmbitos: no modelo
assistencial, na ação cultural e na ação jurídico-política. No
âmbito do modelo assistencial, esta trajetória é marcada
pelo surgimento de novas modalidades de atenção, que
passaram a representar uma alternativa real ao modelo
psiquiátrico tradicional...”(Amarante, 1995:82)
Nesta trajetória é construído o Projeto de Lei 3.657/89 , conhecido
como Lei Paulo Delgado, que contém três pontos: detém a oferta de
leitos manicomiais financiados com dinheiro público, redireciona os
investimentos para outros dispositvos assistenciais não-manicomiais e
torna obrigatória a comunicação oficial de internações feitas contra a
vontade do paciente oferecendo: “(...) pela primeira vez um instrumento
legal de defesa dos direitos civis dos pacientes”.(Bezerra, 1992: 36)
Em 1990, a conferência ‘Reestruturación de la Atención
Psiquiátrica en la Región’, promovida pelas Organizações Panamericana
e Mundial de Saúde (OPS/OMS), Caracas, proclama a necessidade
premente de reestruturação imediata da assistência psiquiátrica pela
adequação das legislações dos países de forma que “(...) assegurem o
respeito dos direitos humanos e civis dos pacientes mentais e promovam
a reorganização dos serviços que garantam o seu cumprimento”. (CRP,
1997: 26) Essa conferência tem como ponto principal demarcar a
crescente tendência internacional de superação dos velhos modelos de
5
Como o I e II Encontro de Coordenadores de Saúde Mental da Região Sudeste e I Encontro Estadual de Saúde
Mental do Rio de Janeiro.
9
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10. psiquiatria e reforma psiquiátrica.
O Brasil é signatário dessa Conferência, comprometendo-se com
seus objetivos.
Ainda na década de 1990 o movimento de saúde mental
amplia-se com a implantação do Sistema Único de Saúde, a criação de
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e de Núcleos de Atendimento
Psicossocial (NAPS) em todo país. Fazendo a substituição de um
atendimento baseado em internações para serviços abertos.
O avanço relativo da luta antimanicomial no plano legislativo, o
aumento do número de organizações de usuários e familiares. Essas
pessoas passam a ter voz efetiva de cidadãos, a contribuir no processo
de planejamento, avaliação e execução da Política da Saúde Mental. O
aumento de congressos e encontros sobre saúde mental em todo país, a
aprovação em vários estados brasileiros das primeiras leis que
determinam a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por uma
rede integrada de atenção a saúde mental. A portaria 224 do Ministério
da Saúde que estabelece as diretrizes para o atendimento nos serviços
de saúde mental, e a II Conferência Nacional de Saúde Mental.
Em 2000 mencionam-se como aspectos importantes a III
Conferência Nacional de Saúde Mental e é sancionada a Lei Federal
10.216 de Paulo Delgado. A Reforma Psiquiátrica se consolida como
política de governo e confere aos CAPS o valor estratégico para a
mudança do modelo de assistência, defende a construção de uma
política de saúde mental para usuários de álcool e outra drogas, e
estabelece o controle social como a garantia do avanço da Reforma
Psiquiátrica no Brasil.
Os CAPS surgiram como uma forma mais humanizada de
atenção à saúde mental sendo um Serviço de saúde aberto e
comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um lugar de
referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos
mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade
e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de
cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.
O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua
área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a
reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício
dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É
um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo
as internações em hospitais Psiquiátricos.
O destaque dado aos CAPs na atual política de saúde mental
pode ser avaliado se consideramos o número destes serviços em 2001 e
2002. No Brasil, em 2001, eram 295 (0,017 CAPs/10 mil habitantes) e
passaram a 689 (0,037 CAPs/10 mil habitantes) em 2005. A distribuição
desse tipo de equipamento pelo território nacional é desigual. O Rio
Grande do Sul encabeçava a lista (0,051 CAPs/10 mil habitantes) e os
estados da Região Norte não possuíam sequer um serviço.
10
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11. Nesse novo modelo de cuidado, os usuários dos serviços de
saúde mental têm, além do acompanhamento terapêutico, o direito de se
organizar em associações que podem se conveniar a diversos serviços
comunitários, promovendo a inserção social de seus membros, inclusive
no mercado de trabalho.
A geração de trabalho e renda por parte desses serviços vem
sendo uma estratégia para a reinserção social dos usuários da rede
pública de saúde mental. O trabalho tem sido considerado uma
ferramenta que complementa e contribui com a terapia.
As Oficinas de Geração de Trabalho e Renda de Pelotas
Atualmente com a marca RETRATE (Reabilitação Trabalho e Arte)
é um serviço ligado a Coordenação de Saúde Mental da Secretaria
Municipal de Saúde. Começou a funcionar no ano de 2005, para atender
usuários de saúde mental que já estão em processo de alta dos Centros
de Atenção Psicossocial (CAPS) e com uma demanda de se (re)inserir
no trabalho. As oficinas têm como Objetivo Geral: desenvolver atividades
de geração de trabalho e renda, para usuários da saúde mental do
município de Pelotas. E como objetivos Específicos: Desenvolver
oficinas de geração de renda que favoreçam o ingresso dos usuários no
mercado de trabalho formal ou informal; Possibilitar que este projeto
abra espaço para ensino e pesquisa; Promover atividades artísticas, de
socialização e profissionalização aos usuários; Encaminhar e
acompanhar usuários para o mercado de trabalho, para confecção de
carteira do artesão e para cursos profissionalizantes;
Este serviço esteve presente na primeira Oficina de Experiências
de Geração de Renda e Trabalho de Usuários de Serviços de Saúde
Mental em novembro de 2004 em Brasília e desde então está
cadastrada no ministério da saúde. Neste primeiro momento o trabalho
realizado era com reciclagem de garrafa pet e de papel jornal, e realizou
junto com a qualidade ambiental um curso de formação para trabalho
com horta. Por isso foi uma das cinco iniciativas do Brasil, convidada
pelo Ministério da Saúde para participar como expositor de produtos na
II Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária, no período
de 29 de setembro a 02 de outubro de 2005 em Brasília.
Foi o primeiro município a encaminhar o projeto e receber o
incentivo da portaria nº1169 de 07 de julho de 2005 para organizar e
implementar a Oficina de Papel Reciclado. Após a compra de um
liquidificador semi-industrial, de uma prensa hidráulica e de uma
máquina de costura, começamos a desenvolver as oficinas de Papel
Reciclado, costura e pintura em tela.
Estivemos representados no primeiro curso de formação de
gestores de Saúde Mental em Economia solidária.
Atualmente é um dos 23 municípios que será orientado pelo grupo
de trabalho da Saúde Mental e do Ministério do Trabalho para
sistematizar e organizar as iniciativas de Geração de Trabalho e Renda
na saúde mental. Está em andamento uma pesquisa financiada pelo
11
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12. Cnpq que tem como objetivo Comparar indicadores de qualidade de
vida, de auto-estima, de autonomia pessoal e de evolução do plano
terapêutico sob diferentes situações que relacionam terapia e trabalho:
não trabalho, ocupação terapêutica e ocupação com geração de renda
(trabalho autônomo, assalariado ou associativo / solidário).
Este serviço desde seu início participa do Fórum de Economia
Popular Solidária da região.
A metodologia do trabalho da RETRATE, é de um trabalho
solidário que proporciona autonomia, num espaço de e para a expressão
da liberdade. Onde homens e mulheres se encontram com outros
homens e mulheres e com a ação transformadora da realidade concreta.
Enquanto realizam atividades como reciclagem de papel, costura,
pintura de tela e se organizam em cooperativa, esses homens e
mulheres estão inventando e reinventando suas vidas com eles, com os
outros e com o mundo.
COOPERATIVA DA RETRATE
A seguir relatamos os encontros realizados com o grupo da
cooperativa até o presente momento e após apresentamos as
dificuldades enfrentadas e algumas possíveis soluções.
A partir de dezembro de 2007, com a parceria entre a RETRATE
e a INTECOOP Pelotas - que é uma incubadora interinstitucional
formada pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Centro Federal
de Educação Tecnológica (CEFET) e Universidade Federal de Pelotas
(UFPel) – começou um movimento para a criação de uma cooperativa
com algumas pessoas interessadas que já participavam da RETRATE.
Nos primeiros encontros, ainda em dezembro, procurou-se
trabalhar com todas as pessoas envolvidas na RETRATE as bases da
economia solidária, a partir dos princípios do cooperativismo.
Em fevereiro de 2008 os interessados participaram da primeira
reunião da cooperativa que tratou da leitura de um texto sobre Economia
Solidária e realizaram uma atividade onde deveriam simular a criação de
um empreendimento levando em consideração os princípios da
ECOSOL, também ficou definido que as reuniões se dariam uma vez por
semana.
No dia 07 de março foi realizada uma explanação sobre o
encontro anterior, após se falou sobre a diferença entre um
empreendimento de ECOSOL e de uma empresa, cada integrante falou
sobre sua experiência de trabalho ou de nunca ter trabalhado. Ao final
se fez um painel onde se definiu o que é cooperar e cooperativa para os
integrantes do grupo.
Em 14 de março foi relatado a origem da oficina de geração de
trabalho e renda do município de Pelotas, o que é RETRATE e o que é a
cooperativa. Após o debate sobre o tema proposto foi realizada uma
dinâmica de biodança que teve como objetivo mobilizar a questão do
trabalho em grupo em seguida os participantes relataram a experiência
do que cada um sentiu com a vivência. Foi combinado de que o grupo
12
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13. faria uma pesquisa de preços do material para a confecção de
sacolinhas de papel.
Dia 28 de março realizou-se a apresentação do levantamento de
preços do papel pardo, cola e cisal sendo feito o calculo do custo unitário
e uma discussão sobre o valor da mão de obra. Foi combinado que se
faria uma visita na COOPRESSUL que é uma cooperativa de
comercialização da cidade parceira do Fórum de ECOSOL.
04 de abril o grupo por problemas pessoais decidiu que não
haveria a reunião.
11 de abril tivemos a visita de Tereza Monerat, representante do
grupo de trabalho do Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho
que auxiliará a incubação da RETRATE. Com sua participação realizou-
se uma dinâmica com o objetivo de trabalhar a comunicação entre o
grupo. Combinou-se uma nova data para a visita a COOPRESSUL.
18 de abril houve um relato sobre a participação de duas
integrantes em uma reunião sobre comercialização na INTECOOP e de
uma reunião com o representante da INTECOOP do RJ Sérgio Martins
responsável pela incubação da RETRATE. Visita a COOPRESUL e uma
conversa com a presidente sobre funcionamento e objetivos da
cooperativa,
25 de abril começou a se discutir a possibilidade de associação
ou não na COOPRESUL e foi realizado um mural onde se escreveu a
09 de maio houve uma reunião com poucos participantes por isso,
decidiram marcar outra reunião para o dia 20 de maio. Neste dia
escreveram a primeira ata com as combinações.
20 de maio leitura da ata da reunião passada, decidiram quem iria
na reunião de comercialização, objetivos para a cooperativa a curto,
médio e longo prazo e com isso, foi discutida a possibilidade de começar
a trabalhar com o material disponível, pois sentem a dificuldade de ainda
não estarem produzindo aumentando assim a insegurança do grupo.
Neste dia por que uma pessoa não estava bem proporcionou um diálogo
sobre medos, inseguranças, desejos etc. e isso fez com que
aumentasse a intimidade entre os participantes do grupo. Para o
próximo encontro ficou combinado que veriam preços ou possibilidade
de doação para a produção de chaveiros e de se fazer uma combinação
de um pré-estatuto.
Perspectivas positivas e negativas
Nestes três primeiros meses pudemos observar que o grupo
apresenta dificuldade de comunicação, expressão e ainda acontecem
muitos afastamentos por motivos pessoais.
Pensamos que com o começo do trabalho prático e com um maior
engajamento e união do grupo estas dificuldades poderão ser
atenuadas. Mesmo com as dificuldades apresentadas na comunicação
do grupo, alguns participantes já vem tomando decisões importantes
através de conversas por telefone e mesmo pessoalmente.
Possivelmente o fato dos participantes já se conhecerem antes de
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14. começar o trabalho da cooperativa facilite essa comunicação, porém o
fato de se encontrarem em outros espaços participando das oficinas da
RETRATE pode tanto ajudar quanto atrapalhar o trabalho da
cooperativa.
Ressaltamos que o interesse em participar por “gostar de estar
aqui” como citaram alguns integrantes em uma dinâmica também é um
aspecto importante para a constituição do grupo cooperado.
Além disso, a experiência no trabalho com a perspectiva da
solidariedade que os cooperados tem por participarem da RETRATE é a
nosso ver um facilitador no processo da criação da cooperativa.
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