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Toda evolução da espécie humana está diretamente vinculada à mudança de
comportamento, associando o instinto de sobrevivência que influenciavam na construção de
raciocínio lógico e objetivo. O homem vivia a espreita do desconhecido, crise necessária para
arriscar novas formas de relação com o meio. Nômade, ser errante e desbravador acumulando
experiências objetivas e subjetivas que inevitavelmente moldavam não só o senso de
percepção territorial mas também evocavam o espectro de autonomia e identidade.

         À medida que experimentava situações estressoras que desacomodavam sua
estabilidade e de certa forma ameaçavam sua integridade, reagia em prol de sua absoluta
segurança. A sobrevivência dependia não só de habilidades individuais, mas principalmente da
cooperação grupal. Estava impresso e implícito nossa vocação para o tribalismo e para o
sentimento de pertencimento que esboçava subjetivamente uma identidade que se constituía
no olhar do outro.

       Apesar desse constructo de identidade que desperta nosso olhar para capacidade
humana de desenvolvimento racional e cognitivo, mantinha-se estruturado como mecanismo
necessário de sobrevivência nossos instintos primários fundamentais; pulsão de vida e pulsão
de morte(sentido de vida e morte)

         A sobrevivência da espécie como fator preponderante na escala evolutiva ,
determinando características centrais de defesa (luta e fuga).     Podemos perceber
explicitamente e também subjetivamente alguns fatores fundamentais que demarcaram as
fronteiras entre extinção e permanência da espécie humana.

       Ensaiando os primeiros passos da humanidade em sentido ascendente e desprovido de
regras permanentes, experimentávamos com muita cautela qualquer situação nova e
desconhecida. Essa capacidade de locomoção associada ao acúmulo de experiências ampliava
de forma significativa o senso espacial de percepção e interação humana! Também
desenvolvíamos nossa vocação para competição, devido à dificuldade em encontrar
alimentação. Caçadores e coletores migravam quando os recursos em determinado território
se esgotavam. Devido a essa constante movimentação, o choque e o contato com outros
grupos de caçadores coletores eram inevitáveis.

        Grupos distintos em reconhecimento, mas objetivamente determinados em busca da
sobrevivência acima de qualquer outra coisa. O confronto se estabelecia com o objetivo quase
que exclusivo em eliminar concorrência. O homem vivia apreensivo, agressivo para
permanecer vivo, lutava contra outros grupos que invadiam seu território de sobrevivência.
Assim desenvolvia um sistema interno que o preparava para luta ou para fuga.

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  • 1. Toda evolução da espécie humana está diretamente vinculada à mudança de comportamento, associando o instinto de sobrevivência que influenciavam na construção de raciocínio lógico e objetivo. O homem vivia a espreita do desconhecido, crise necessária para arriscar novas formas de relação com o meio. Nômade, ser errante e desbravador acumulando experiências objetivas e subjetivas que inevitavelmente moldavam não só o senso de percepção territorial mas também evocavam o espectro de autonomia e identidade. À medida que experimentava situações estressoras que desacomodavam sua estabilidade e de certa forma ameaçavam sua integridade, reagia em prol de sua absoluta segurança. A sobrevivência dependia não só de habilidades individuais, mas principalmente da cooperação grupal. Estava impresso e implícito nossa vocação para o tribalismo e para o sentimento de pertencimento que esboçava subjetivamente uma identidade que se constituía no olhar do outro. Apesar desse constructo de identidade que desperta nosso olhar para capacidade humana de desenvolvimento racional e cognitivo, mantinha-se estruturado como mecanismo necessário de sobrevivência nossos instintos primários fundamentais; pulsão de vida e pulsão de morte(sentido de vida e morte) A sobrevivência da espécie como fator preponderante na escala evolutiva , determinando características centrais de defesa (luta e fuga). Podemos perceber explicitamente e também subjetivamente alguns fatores fundamentais que demarcaram as fronteiras entre extinção e permanência da espécie humana. Ensaiando os primeiros passos da humanidade em sentido ascendente e desprovido de regras permanentes, experimentávamos com muita cautela qualquer situação nova e desconhecida. Essa capacidade de locomoção associada ao acúmulo de experiências ampliava de forma significativa o senso espacial de percepção e interação humana! Também desenvolvíamos nossa vocação para competição, devido à dificuldade em encontrar alimentação. Caçadores e coletores migravam quando os recursos em determinado território se esgotavam. Devido a essa constante movimentação, o choque e o contato com outros grupos de caçadores coletores eram inevitáveis. Grupos distintos em reconhecimento, mas objetivamente determinados em busca da sobrevivência acima de qualquer outra coisa. O confronto se estabelecia com o objetivo quase que exclusivo em eliminar concorrência. O homem vivia apreensivo, agressivo para permanecer vivo, lutava contra outros grupos que invadiam seu território de sobrevivência. Assim desenvolvia um sistema interno que o preparava para luta ou para fuga.