SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 108
Baixar para ler offline
Dicionário de Astronomia

A
aberração

1. Deslocamento aparente de um astro na direção em que se move a Terra, provocado pela composição das velocidades da
luz e do nosso planeta. A aberração faz com que um astro pareça estar em uma direção diferente da real.
2. Defeito da imagem formada por um sistema óptico. As aberrações podem ser causadas pela não convergência dos raios
luminosos (aberração esférica, astigmatismo, coma), pela deformação geométrica da imagem (curvatura de campo,
distorção) e pela dispersão produzida pelo vidro das lentes (aberração cromática).

aberração ânua

Aberração da luz, produzida pelo movimento de revolução da Terra em torno do Sol.

aberração cromática

Aberração decorrente das diferenças de comprimento de onda de uma radiação policromática.

aberração da luz

Veja aberração.

aberração das fixas

Veja aberração ânua.

aberração de esfericidade

Veja Aberração esférica.

aberração diurna

Aberração da luz, produzida pelo movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo.

aberração esférica

Aberração monocromática em que um feixe de raios paralelos não converge para um mesmo ponto.


aberração geométrica

Veja Aberração monocromática.

aberração monocromática

Aberração de um sistema óptico, determinada fundamentalmente pela forma geométrica dos meios refratores que o
constituem.

aberração planetária

Ângulo entre a direção aparente de um astro do sistema solar e a direção da reta que liga o observador à posição real do
astro em um instante dado.

aberração secular

Aberração da luz, produzida pelo movimento de conjunto do sistema solar em direção ao ápex.
abertura

Diâmetro das lentes ou dos espelhos dos telescópios. A abertura é característica principal de um telescópio astronômico,
determinando quanta luz um telescópio pode reunir.

ablação


Nome que se dá ao fenômeno de incandescência e som gerado pela entrada de um fragmento de cometa na atmosfera
terrestre.

absorção intersideral

Absorção por minúsculas partículas de poeira. Estas partículas de poeira, com tamanho aproximado de 0,00001 cm, estão
espalhadas por todo o espaço, mas concentram-se principalmente nas espirais da Galáxia. Como estas partículas absorvem
mais luz vermelha do que azul, a quantidade de luz vermelha num corpo celeste visto da Terra pode ser utilizada para
calcular sua distância. Quanto mais distante estiver a fonte de luz, mais luz avermelhada aparecerá. Este fenômeno é
conhecido como avermelhamento intersideral.

Acamar (Theta Eridani)

O Branco, nome de origem árabe. Tal nome foi utilizado pela primeira vez nas Tábuas Afonsinas.

Achernar (Alpha Eridani)

Última do Rio, nome árabe da estrela que determina, na constelação Erídano, a foz do rio Eridanus.

acompanhamento

Movimento, paralelo ao equador celeste, realizado por um instrumento astronômico a velocidade constante, e que permite
acompanhar o movimento diurno dos astros.


Acrab (Beta Scorpii)

O Escorpião, nome árabe que deu origem à constelação do Escorpião.

acreção

Acúmulo de poeira e gás em grandes corpos estelares, tais como estrelas, planetas e luas.

Acrux (Alpha Crucis)

Vocábulo formado pela associação da letra A ao nome da constelação em latim.

Acubens (Alpha Cancri)

As Garras, nome árabe para designar as garras do Caranguejo.

Adams, John Couch (1819-1892)

Astrônomo e matemático inglês, foi a primeira pessoa a prever a posição de uma massa planetária para além da órbita de
Urano. Após Galle confirmar a existência de Netuno com base em cálculos independentes feitos por Le Verrier, os dois
envolveram-se numa disputa pela prioridade de tal previsão.

Adhafera (Zeta Leonis)

A Juba, nome árabe que designa a juba do Leão.


Adhara (Epsilon Canis Majoris)

As Virgens, denominação árabe utilizada, originalmente, para definir o grupo de estrelas Omicron, Delta, Epsilon e Eta do Cão
Maior.
Adrastéia

Adrastéia (JXV) é um dos menores satélite de Júpiter. Ele foi descoberto em 1979 por D. Jewitt e E.
Danielson a partir de dados da Voyager 2. Adrastéia é o segundo satélite mais próximo de Júpiter.


afélio

Para um corpo em órbita elíptica (em forma de elipse) em torno do Sol, é o ponto da órbita onde um astro
tem o maior afastamento do Sol. Oposto de periélio. Veja apside.

Agena (Beta Centauri)

O Joelho, provém da corruptela Algenu, transcrição árabe do latim para indicar a estrela situada no joelho esquerdo do
Centauro.

aglomerado

Agrupamento de algumas dezenas até milhares de astros ligados entre si pela gravitação.

aglomerado aberto

Aglomerado assimétrico e cuja quantidade de estrelas varia de poucas até alguns milhares numa região
localizada, geralmente, a muitos anos-luz de distância. Os aglomerados abertos são formados por estrelas
jovens, quentes, de brilho intenso, que se deslocam separadamente. Elas estão situadas no disco da galáxia
(por isto algumas vezes são chamados de aglomerados galácticos) que se situa nos braços espirais.
Exemplos de aglomerados abertos: as Plêiades (M45), a Colméia (M44) e a Caixa de Jóias. Veja Aglomerado
galáctico.


aglomerado de galáxias

Grupo de galáxias que é unido pela gravidade. A maior parte das galáxias encontra-se em aglomerados.
Os aglomerados de galáxias podem ser compactos, com largura aproximada de 50.000 anos-luz, contendo
de 10 a 50 galáxias de tipos diferentes. O Grupo Local, a qual pertence nossa galáxia, é um exemplo
destes aglomerados. Outros aglomerados são do tipo difuso, com largura entre 10 e 50 milhões de anos-
luz, contendo por volta de 1.000 galáxias de vários tipos.

aglomerado estelar

Aglomerado de estrelas. Os tipos são: aglomerado galáctico (ou aglomerado aberto) e aglomerado globular.

aglomerado galáctico

Aglomerado assimétrico e com poucas estrelas, próximo ao plano galáctico. São exemplos típicos as Plêiades.

aglomerado globular

Aglomerado muito denso e rico em estrelas antigas, com forma esférica. Localizam-se longe do plano galáctico
e, às vezes, no espaço intergaláctico. Com um tamanho aproximado de 100 anos-luz, eles envolvem o núcleo
galáctico. Eles se formaram a quase 13 bilhões de anos. Estes aglomerados contém anãs vermelhas, que
possuem poucos elementos pesados, pois foram formadas antes dos elementos serem gerados nas explosões
das supernovas. Poucos aglomerados globulares brilhantes, como Omega de Centauro e M13, aparecem como
formas estranhas a olho nu. Se vivêssemos num planeta situado num aglomerado globular não existiria noite.
As estrelas nestes aglomerados são tantas que seu brilho equivale ao de 20 luas cheias.

Ain (Epsilon Tauri)


O Olho, nome árabe que indica a posição desta estrela na constelação do Touro.

Aladfar (Xi Lirae)

Nome árabe que designa o toque do dedo na harpa.
Alasco (Eta Ursae Minoris).

Alazal (Pi Bootis).

Al Baldah (Pi Sagittarii)

O Povoado, nome de origem árabe.

Albali (Epsilon Aquarii)

O Sorvedouro, designação de origem árabe da estrela situada no sorvedouro do aguadeiro.

albedo

Razão entre o fluxo luminoso refletido por um corpo e o fluxo luminoso que ele recebe. Um espelho perfeito reflete toda a luz
que recebe, então o seu albedo é 1. Um absorvente perfeito impede que qualquer luz escape, então o seu albedo é 0. A Terra
reflete cerca de 40% da luz que recebe do Sol, então o seu albedo é 0,4.

Albireo (Beta Cygni)

O Bico, em virtude de a estrela ocupar esta posição na imagem representativa do Cisne.

Alchiba (Alpha Corvi)


A Tenda, nome de origem árabe.

Alcor (Zeta Ursae Majoris)

A Fraca, designação árabe que indica ser o brilho desta estrela inferior ao de Mizar com que forma um par visível a olho nu.

Alcyone (Eta Tauri)

Alcione, nome de origem grega de uma das sete filhas de Atlas que formam o aglomerado das Plêiades.

Aldebaran (Alpha Tauri)

Aquele que vem antes da Estrela da Água, isto é, das Plêiades.

Alderamin (Alpha Cephei)

O Braço Direito, nome de origem árabe que indica a posição que ocupa esta estrela na figura representativa de Cefeu.

Aldhanab (Beta Gruis)

A Cauda, nome de origem árabe que designa a cauda do peixe, pois os árabes, dentre eles Al Sufi, colocavam o Peixe Austral
na atual constelação do Grou.

Aldhibain (Eta Draconis)

As Duas Hienas, expressão empregada pelos árabes para designar Xi e Eta.

Aldrin, Edwin Eugene (1930)

Co-piloto da primeira missão de aterrissagem lunar, em 20 de julho de 1969. Como assistente de Neil Armstrong, tornou-se o
segundo ser humano a pisar na superfície da Lua, no passeio de duas horas e meia na superfície lunar, durante a missão
Apolo 11.

alfa do Centauro

Sistema sideral mais próximo ao Sol. Situada a apenas 4,3 anos-luz, Alfa do Centauro é um sistema sideral triplo composto
por uma anã vermelha e duas estrelas muito semelhantes ao Sol. As três estrelas de Alfa do Centauro, em conjunto,
apresentam magnitude aparente de -0,27.

Alfirk (Beta Cephei)
O Rebanho, nome árabe do grupo estelar formado pela atual constelação de Cefeu.




Algenib (Gamma Pegasi)

A Asa do Cavalo, nome árabe da constelação de Pégaso.

Algenubi (Epsilon Leonis)

A Sulista, a estrela sul na cabeça do Leão, como a designavam os árabes.

Alga (Theta Serpentis)

Veja Alya.

Algieba (Gamma Leonis)

A Testa do Leão, nome de origem árabe; apesar desta designação a estrela se situa no ombro do Leão.

Algeiba

Veja Algieba.


Alginal (Beta Corvi).

Algjebbah (Eta Orionis)

A Espada do Gigante, nome árabe.

Algol (Beta Persei)

A Cabeça do Vampiro, nome oriundo da simplificação da expressão árabe ras-al-ghoul. Também chamada de a Estrela do
Demônio, Algol representa a cabeça decapitada de Medusa, que foi morta por Perseu. Algol foi classificada como uma estrela
binária eclipsante pelo astrônomo inglês John Goodricke, em 1782. Mais tarde os astrônomos descobriram que, na verdade,
Algol é um sistema sideral triplo.

Algorab (Delta Corvi)

O Corvo, designação árabe deste asterismo.

Alhena (Gamma Geminorum)

A Marca de Ferro, denominação árabe formada, na realidade, pelas estrelas Gama e Xi dos Gêmeos, indica o estigma feito no
pescoço dos camelos.

Alifa (Zeta Ursae Minoris)

Os Dois Bezerros, designação proveniente da expressão árabe, Alifa al Farkadain.


Alioth (Epsilon Ursae Majoris)

A Cauda, nome árabe para designar a cauda da Ursa Maior.

Alkaffaljidhima

Veja Kaffaljidhma.

Alkaid (Eta Ursae Majoris)

O Condutor, nome que os antigos árabes davam ao chefe das carpideiras que choravam o morto do esquife, que era para
eles o Carro da Ursa Maior.
Alkalurops (Mu Bootis).

Alkes (Alpha Crateris)

A Taça, nome de origem árabe.

Almagesto

Nome de origem árabe de um dos mais antigos catálogos estelares, compilado por Ptolomeu.

Almak (Gamma Andromedae)

A Cabrinha, nome árabe do qual existem as variantes Almaach e Almach.

Alnahar (Delta Eridani)

O Rio, nome de origem árabe.

Al Nair (Alpha Gruis)

A Brilhante, denominação árabe da estrela mais brilhante do Grou, usada às vezes para Zeta Centauri.

Al Nash (Gamma Sagittarii)


A Ponta, vocábulo que designa a ponta da flecha.

Alnilam (Epsilon Orionis)

A Pérola, nome árabe para designar a mais bela das três estrelas que formam o cinto do Caçador, Órion (variante: Alnitham).

Alnitak (Zeta Orionis)

O Cinto, vocábulo árabe que designa a cintura do gigante Órion.

Al Niyat (Tau Scorpii)

A Aorta, denominação árabe que designa o coração do Escorpião, usada também para Alpha e Sigma Scorpii.

alongamento

    1.   Ângulo, visto da Terra, formado pelo Sol e um planeta (ou a Lua).
    2.   Ângulo formado entre um planeta inferior e o horizonte ao amanhecer e ao anoitecer.

Alphard (Alpha Hydrae)

A Solitária, nome árabe que indica a estrela Alpha Hydrae, que está isolada das demais estrelas da constelação.

Alpheca (Alpha Coronae Borealis)

A Mais Bela da Coroa, nome de origem árabe para designar a estrela mais bela desta constelação. Empregam-se também os
nomes Gemma, Margarita e Pérola. Estes dois últimos, tradução de denominações provenientes do chinês.

Alpheratz (Alpha Andromedae)

O Cavalo, nome árabe da constelação de Andrômeda que passou a designar a estrela mais brilhante desta constelação.

Alrai (Gamma Cephei)

O Pastor, nome de origem árabe.

Al Rischa (Alpha Piscium)

A Medula Espinhal, nome de origem árabe.
Alsafi (Sigma Draconis)

Tripé, vocábulo árabe empregado pelos nômades para designar o tripé das suas cozinhas ao ar livre.




Alshain (Beta Aquilae)

A Águia, alguns autores afirmam que este nome designava o travessão da balança.

Altair (Alpha Aquilae)

O Pássaro Que Voa, nome árabe da antiga constelação formada pelas estrelas Alfa, Beta e Gama da Águia.

Al Tais (Epsilon Draconis)

A Cabra, designação de origem árabe.

Al Tarf (Beta Cancri)

O Fim, designação árabe para indicar a extremidade do pé mais ao sul.

altazimute


Montagem que permite movimentar um telescópio para cima e para baixo (altitude) e para a esquerda e direita (azimute).
Este tipo de montagem é muito utilizada nos telescópios caseiros do tipo Dobsonianos.

Alterf (Lambda Leonis)

Extremidade, nome árabe do sétimo manzil.

Altalimain

Veja Althalimain.

Althalimain (Lambda Aquilae)

Dois Avestruzes, designação empregada para as estrelas Iota e Lambda da Águia.


altitude

Em Astronomia, o ângulo de elevação de uma estrela, medido a partir do horizonte.

altura

Uma das duas coordenadas horizontais. Distância angular entre o horizonte e um ponto da esfera celeste, contada segundo o
círculo vertical que passa por esse ponto. A partir do plano horizontal, de 0 a 90º do lado do zênite e de 0 a 90º do lado
oposto. Seu complemento é a distância zenital.

Alubra (Eta Canis Majoris)

Pata, tal denominação de origem árabe representa a pata dianteira esquerda do Cão Maior.

Aludra (Eta Canis Majoris)

As Virgens, nome que, segundo a uranografia árabe, designa o asterismo formado por quatro estrelas.

Alula Australis (Xi Ursae Majoris)

A Primeira do Sul, tal nome provém da expressão árabe AI Kafzah al Ula, que significa o Primeiro Salto. Como esta se
encontra mais ao sul, o uso fez com que fosse denominada a Primeira ao Sul em relação a Alula Borealis.

Alula Borealis (Nu Ursae Majoris)
A Primeira do Norte. Veja a explicação em Alula Australis.

Alya (Theta Serpentis)

A Lúcida, denominação árabe do Catálogo de Palermo, às vezes erroneamente escrita sob a forma Alga.

Amaltéia

Também chamado de JV, este é o 3o satélite mais próximo de Júpiter e o maior entre os seus pequenos
satélites. Amaltéia foi descoberto em 1892 por Edward Emerson Barnard. É um satélite pequeno, com
um diâmetro de 189 km. Amaltéia é o satélite com a maior velocidade entre todos os conhecidos. Ele
está em órbita a uma distância média de 181.300 km de Júpiter e leva aproximadamente 12 horas
para realizar sua órbita em torno deste planeta. Como a maioria dos satélites de Júpiter ele está em
órbita síncrona com o planeta.

amplitude no ocaso

Azimute de um astro no seu ocaso.

amplitude ortiva

Amplitude de um astro no seu nascer.

amplitude térmica

Diferença entre os valores das temperaturas máxima e mínima registradas num mesmo lugar, durante um período
determinado.

anã branca

Estrela densa, quente e de baixa luminosidade depois de ter gasto todo o seu suprimento de combustível nuclear e que se
encontra no seu estágio final de evolução. Seu diâmetro equivale a 1/100 do raio do Sol. A densidade das anãs brancas é
1.000.000 de vezes superior à da água. Embora geralmente sejam brancas, estas estrelas podem ser de qualquer cor, sendo
que esta depende da temperatura de sua superfície. A anã branca mais famosa é Sirius B, companheira da estrela Sirius.

anã marrom

É um objeto pequeno e opaco, com uma massa entre 0,013 e 0,080 massas solares (o que equivale de 13 a 80 massas de
Júpiter). Isto significa que sua massa não é suficiente para iniciar o processo de reação nuclear que transforma hidrogênio em
hélio, no entanto, ele é suficientemente grande para realizar a fusão do deutério. As anãs marrom são maiores do que os
planetas mas menores do que as estrelas.


anã negra

Anã branca em elevado grau de degeneração, perdendo todo o brilho e tornando-se ainda mais densa. Inacessível à
observação comum. Acredita-se que nossa galáxia ainda seja muito jovem para conter estrelas desse tipo.

anã vermelha

Menor estrela da seqüência principal e provavelmente o tipo mais comum de estrela. Os astrônomos acreditam que 80% de
todas as estrelas sejam anãs vermelhas. As anãs vermelhas possuem a superfície fria e, como fundem seu combustível
nuclear vagarosamente, elas brilham 50 bilhões de anos. Devido ao seu pequeno tamanho e baixa temperatura (2.000 a
3.000 K), sua luminosidade corresponde a apenas 5% a 0,01% da do Sol. Em conseqüência os astrônomos só conseguem ver
as anãs vermelhas que estão a até 100 anos-luz de distância.

analema

Projeção ortogonal da esfera sobre o coluro dos solstícios.

analemática

Arte de usar o analema para determinar a posição de um astro.

Ananke
Ananke (JXII) é o 13o dos satélites de Júpiter e foi descoberto em 1951 por S. Nicholson. Sabe-se muito pouco sobre Ananke.
Ele tem 30 km de diâmetro e está em órbita a 21.200.000 km de Júpiter, realizando seu movimento orbital em 631 dias
terrestres. Sua órbita é retrógrada ou seja, está orbitando em um sentido oposto ao sentido de rotação de Júpiter.




Anaxagoas (500-429 a.C.)

Filósofo e astrônomo grego que acreditava que os objetos na Terra e no Céu eram compostos pelas mesmas substâncias. Ele
achava que o Sol era uma grande rocha brilhante, como um pedaço de carvão aceso colocado no céu. Ele disse,
acertadamente, que a lua refletia a luz do sol explicando, assim, porque a lua escurece durante um eclipse.

Anaximander (610-545 a.C.)

Astrônomo e filósofo grego considerado o pai da astronomia. Ele acreditava, corretamente, que a Terra era um corpo celeste
frio e sólido. Infelizmente, difundiu a idéia de que as estrelas estavam presas num globo gigante que girava ao redor da
Terra, que também seria fixa. Este pensamento só foi corrigido 2.000 anos depois por Kepler e Galileo.

Ancha (Theta Aquarii)

Quadril, nome árabe que indica a posição da estrela na cintura do Aguadeiro.

Andrômeda, Galáxia de

Objeto celeste mais distante que pode ser visto a olho nu. A Galáxia de Andrômeda, também chamada de M31, é uma galáxia
espiral similar à Via Láctea. Ela aparece como um mancha ovalada de luz na constelação de Andrômeda. As observações
desta galáxia revelam que ela se situa a aproximadamente 2,1 milhões de anos-luz da Terra e contém 300 bilhões de
estrelas. Imagens desta galáxia mostram que nela há faixas claras e escuras, aglomerados e supernovas. A Galáxia de
Andrômeda possui diversas galáxias satélites similares às Nuvens de Magalhães. A Galáxia de Andrômeda, a Via Láctea, e
outras galáxias menores pertencem a um aglomerado chamado Grupo Local.

anel ou auréola

1. Anel observável, em algumas circunstâncias, em torno da imagem de uma estrela numa fotografia. Trata-se simplesmente
de um efeito fotográfico.
2. Matéria que circula ao redor de um corpo celeste, por exemplo, os anéis de Saturno, os anéis de cometas, etc.

anel asteroidal ou asteróidico

Veja anel de asteróides.

anel astronômico

Instrumento astronômico antigo usado para se determinar a altura do Sol.

anel de asteróides

Região do espaço percorrida pela maior parte dos asteróides situados entre as órbitas de Marte e Júpiter.

anel de Bishop

Halo lunar ou solar com características especiais, causado por partículas de poeira vulcânica na alta atmosfera, observável
quando o astro está próximo ao horizonte.

anel de Einstein

Anel de luz ao redor de um corpo maciço esférico com intenso campo gravitacional, visível em dadas condições de
observação.

anel de fogo

Delgado anel luminoso que se forma ao redor do disco lunar durante um eclipse anular do Sol.
anel de Kuiper

Reservatório de cometas existente no plano da eclíptica, além da região ocupada pelos planetas; cinturão de Kuiper.

anel montanhoso

Arena circular de dimensões inferiores às planícies cercadas por elevações, na superfície da Lua ou de um planeta.

Angetenar (Tau Eridani)

O Meandro do Rio, variação usada nas Tábuas Afonsinas, proveniente da expressão árabe Al Hinayat al Nahr, que Riccioli
escreveu como Angentenar e Scaligar, Anchenetenar.

angstrom (Â)

Unidade de comprimento equivalente à centésima milionésima parte do centímetro. O nome angstrom foi da do em
homenagem a Anders Jonas Angstrom (1814-1874) que estudou o espectro das ondas de energia (luz visível, raios
ultravioletas, etc.) do Sol. Os angstroms são geralmente usados para expressar o comprimento onda da luz, sendo que a luz
visível classifica-se entre 4.000 e 7.000 angstroms.


ângulo de Posição

Ângulo formado por duas estrelas binárias em relação ao norte. O ângulo é uma medida em sentido horário da posição das
estrelas mais esmaecidas em relação às mais brilhantes, que pode chegar a 360º.

Ankaa (Alpha Phoenicis)

Extremidade, termo árabe.

ano

Tempo que a Terra leva para orbitar o Sol. O ano que nós usamos é o tropical que se baseia no tempo entre dois equinócios
de primavera e dura 365,2422 dias. O ano sideral, que é calculado pela posição da Terra em relação a outras estrelas exceto
o Sol, é um pouco mais longo devido a precessão e dura 365,3564 dias. O ano anomalístico, que é o período entre um dos
periélios da Terra até o próximo,e, que é afetado pela força gravitacional dos outros planetas, dura 365,2596 dias.

ano anomalístico

Período de uma revolução completa da Terra em torno do Sol, referido à passagem pelo periélio, e que equivale a 365 dias, 6
horas, 13 minutos e 53 segundos médios.

ano grande

Período de um ciclo completo dos equinócios em redor da eclíptica, e que é de aproximadamente 25.800 anos.

ano-luz

Unidade de comprimento igual à distância que a luz percorre em um ano, ou seja, 9,46 trilhões de quilômetros
(9.460.000.000.000 km, ou 9,46x1012 km).

ano lunar

Período que compreende 12 revoluções lunares.

ano platônico

Veja ano grande.

ano sideral

O tempo necessário para que a Terra complete uma revolução na sua órbita, em relação às estrelas fixas, e que equivale a
365,25636 dias solares médios.
ano solar

Período que compreende um número inteiro de dias e corresponde à revolução da Terra em torno do Sol.

anomalia

1. Ângulo que define a posição de um astro em sua órbita.
2. Qualquer desigualdade periódica no movimento orbital de um planeta.


anomalístico

Referente à evolução de um astro, tendo como origem o periastro.

Antares

Centro de pesquisa no campo das ciências astronômicas, astrofísicas, física solar, atmosféricas e sensoriamento remoto
localizado na cidade de Feira de Santana - Bahia. Sua sigla é OAA.

Antares (Alpha Scorpii)

Rival de Marte, nome de origem latina que registra a rivalidade dos dois objetos mais avermelhados do céu.

antena


Dispositivo destinado a captar ou emitir radiações radioelétricas. Ver radiotelescópio, radioastronomia.

anticrepúsculo

Iluminação difusa do lado oposto ao do Sol, antes do nascer e após o ocaso desse astro.

antípoda

O ponto que está diretamente no lado oposto do planeta.

antinodo

Uma das interseções de órbita de um astro com a reta perpendicular à linha dos nodos, reta que passa pelo foco e está
contida no plano da órbita.

Antoniadi, Eugene M. (1870-1944)

Astrônomo francês que produziu ótimos mapas siderais, traçando a localização de Mercúrio e Marte. Antoniadi inventou a
escala de Antoniadi, que fornece uma medida da qualidade de observação (chamada visão). O número 1 na escala de
Antoniadi significa um céu perfeito enquanto o valor 5 representa exatamente o oposto.

apastron

Ponto na órbita das estrelas duplas onde elas estão mais separadas.

apéx

Designação dada ao ponto do céu para onde se dirige o Sol com seu sistema planetário. Também chamado apéx solar,
coincide com o eixo da direção do Sol em movimento helicoidal, rumo a um ponto situado entre as constelações de Hércules
e Lira, aproximadamente 38° N de declinação e 18 h de ascensão reta.

ápice solar

Veja apéx

apoastro


Ponto da órbita de um astro no qual este se encontra mais afastado do seu centro de atração.
apocatástase

Revolução periódica de um astro.

apofoco

Apside de uma órbita elíptica, na qual o astro secundário se encontra mais afastado do centro de forças.

apogeu

Para um corpo em órbita elíptica em torno da Terra (a Lua ou um satélite artificial, por exemplo), é o ponto da órbita onde
um astro tem o maior afastamento da Terra. Oposto de perigeu. Veja apside.

Apollo

Missões americanas, concluídas em 1972, que levou 12 astronautas americanos na Lua.

Equipamento da Apolo: A nave espacial era composta por três partes: o módulo de comando, o módulo de serviço e o módulo
lunar. O módulo de comando, em forma de cone, abrigava os astronautas durante a viagem. Atrás dele localizava-se o
módulo de serviço, em forma de cilindro, contendo energia e combustível para alimentar a nave, bem como comida e
oxigênio. As câmeras fotográficas e os filmes, que seriam utilizados durante o passeio espacial, também estavam estocados
no módulo de serviço. E, finalmente, o módulo lunar que pousaria com os astronautas na Lua e os lançaria de volta na órbita
lunar. Todos estes módulos foram levados ao espaço pelo foguete Saturno V, porém só o módulo de comando retornou à
Terra.

As Missões: A NASA testou as naves Apolo nas primeiras missões do programa Apolo. Três astronautas (Virgil I. Grissom,
Edward H. White e Robert B. Chaffee) morreram durante um teste num trágico incêndio. Esta tragédia atrasou 18 meses o
programa Apolo. Depois, a Apolo 7 lançou um módulo de comando e um de serviço na órbita da Terra. Foram efetuados
testes que a NASA descreveu como sendo "101 por cento bem sucedidos". Após o triunfo da Apolo 7, a Apolo 8 lançou
astronautas na órbita da Lua. Pela primeira vez seres humanos saíram do campo de gravidade da Terra e circundaram um
mundo alienígena. As duas missões Apolo que se seguiram testaram o módulo lunar e ensaiaram a aterrissagem na Lua. Em
julho de 1969, a Apolo 11 cumpriu o desafio lançado por Kennedy fazendo aterrissar Neil Armstrong e Edwin Aldrin no Mar de
Tranqüilidade. Os dois astronautas andaram sobre a superfície lunar durante duas horas e meia, recolhendo pedras e fazendo
experiências. Depois disto, a Apolo 12 aterrissou próxima à sonda espacial Surveyor 3 que havia chegado à Lua 3 anos antes.
Em seguida aconteceu a infeliz viagem da Apolo 13. Quando o módulo de comando da Apolo 13 foi lançado em direção à Lua,
um tanque de oxigênio do módulo de serviço explodiu. Durante três dias, os astronautas sobreviveram com um mínimo de
energia no módulo lunar. Para alívio do mundo todo, eles conseguiram retornar em segurança à Terra. A Apolo 14 marcou o
início de uma tendência de se efetuar pesquisas científicas mais aprofundadas durante as missões lunares. Durante passeios
lunares mais demorados, os astronautas provocaram descargas elétricas para testar as características sísmicas da Lua.
Também posicionaram refletores a laser na superfície lunar que permitiram, aos cientistas, determinar a distância da lua. A
Apolo 15 levou os primeiros jipes lunares. Com este veículo movido à bateria, os astronautas exploraram a superfície lunar a
milhas de distância do lugar onde haviam aterrissado. A Apolo 16 foi a única a pousar nas montanhas da Lua. As rochas alí
coletadas demonstraram que esta região é muita antiga. A Apolo 17 bateu todos os recordes: os astronautas permaneceram
3 dias na Lua, fizeram uma passeio que durou 22 horas e coletaram mais de 400 kgs de amostras de rochas. O programa
Apolo foi cancelado pela NASA após a Apolo 17. Os cortes no orçamento e a falta de competição com a União Soviética
provocaram a falta de incentivo para que ele continuasse.

apside

Nome genérico dos pontos de maior afastamento ou de menor afastamento de um corpo que está em órbita de outro.
Quando nos referimos ao Sol ou à Terra, existem nomes específicos (apogeu e perigeu para a Terra, e afélio e periélio para o
Sol).

apulso

Configuração celeste em que dois astros se encontram a uma distância aparente muito pequena.

arco coronal

Arco solar que se estende até a coroa.

arco crepuscular

Segmento de arco diurno de um astro, que vai da interseção com o horizonte racional até uma distância zenital de 108°.

arco diurno


Arco de paralelo celeste, descrito por um astro, em seu movimento diurno, acima do horizonte.
arco eruptivo

Proeminência solar com a forma de arco.

arco protuberancial

Arco solar que se forma associado a uma protuberância.

Arcturus (Alpha Bootis)

A Guarda da Ursa Maior, nome de origem grega, segundo o qual Arcturus dá guarda à Ursa Maior, que lhe fica acima.

Arecibo, Observatório de

Maior radiotelescópio do mundo, localizado na montanhas de Porto Rico. Construído numa cratera natural em 1963, este
radiotelescópio de 305 metros não pode ser movimentado, mas recebe sinais do céu desde 43 graus ao norte até 6 graus ao
sul.

argumento da latitude

Ângulo medido sobre a órbita de um astro, na direção de seu movimento, a partir do nodo ascendente. É a soma do
argumento do periastro com a anomalia verdadeira.

argumento de periélio

Arco de círculo máximo, da esfera celeste, contado no sentido positivo, do nodo ascendente até o periélio.

argumento do periastro

Distância angular medida sobre o plano da órbita, entre a linha dos nodos e a linha das apsides.

Ariel

Ariel (UI) é o mais brilhante e um dos maiores satélites de Urano. Descoberto em 1851 pelo astrônomo
amador inglês William Lassell, ele tem um diâmetro de 1.158 km e está em órbita a uma distancia média
de 190.930 km de Urano, completando uma revolução em torno do planeta a cada 50,5 horas terrestres.
Supõe-se que Ariel seja composta por água congelada misturada com metano congelado.

Aristarcos de Samos (280-264 a.C.)

Astrônomo grego que propôs um modelo heliocêntrico para o Sistema Solar. Aristarcos notou que a Terra
roda em torno do seu eixo e tem um movimento de revolução em torno do Sol. Ele estimou quão longe o
Sol e a Lua estão da Terra e qual o tamanho do Sol e da Lua. Arquimedes e Plutarco escreveram os trabalhos de Aristarcos.
Ele também calculou um valor relativamente preciso para o comprimento do ano solar.

Aristóteles (384-322 a.C.)

Considerava o círculo e a esfera como formas perfeitas e imutáveis. Sua idéia de um universo geocêntrico dominou a
Astronomia por mais de 1.500 anos. Para Aristóteles, as estrelas estariam engastadas como pedras preciosas no interior de
uma esfera oca, em cujo centro residia, imóvel, a Terra.

Arkab (Beta Sagittarii)

O Tendão, tal vocábulo, assim como a sua variante Urkab, provém da expressão árabe Al Urkub.

Armstrong, Neil Alden (1930)


Astronauta americano que iniciou sua carreira como piloto de testes e cuja primeira missão espacial foi no comando da nave
Gemini 8 em 1962. Durante este vôo, um problema nos propulsores fez com que a cápsula ficasse fora de controle, forçando-
o a fazer um pouso de emergência. Como comandante da missão Apolo 11 em julho de 1969, Armstrong tornou-se a primeira
pessoa a andar na Lua. Após uma aterrissagem bem sucedida, ele e Edwin Aldrin exploraram o Mar de Tranqüilidade durante
duas horas e meia, coletando rochas e fazendo experiências.
Arneb (Alpha Leporis)

A Lebre, designação árabe oriunda de Al Arnab. Existe a variação Arnab, assim como a corruptela Arsh.

arqueoastronomia

Ciência que tem por objetivo estudar os conhecimentos astronômicos dos povos antigos, em especial os do período pré-
histórico.


Ascella (Zeta Sagittarii)

Axila, designação proveniente da versão latina do Almagesto de 1515.

ascenção reta

Uma das duas coordenadas equatoriais. É o ângulo de um astro no sentido leste-oeste, medido a partir do ponto gama, no
sentido direto. Exprime-se em horas e frações hexadecimais. Equivale à longitude na esfera celeste.

ascensão reta geocêntrica

Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida ao centro da Terra.

ascensão reta heliocêntrica


Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida do centro do Sol.

ascensão reta selenocêntrica

Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida ao centro da Lua.

ascensão reta topocêntrica

Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida ao ponto de observação.

Asellus (Theta Bootis)

O Pequeno Asno, vocábulo de origem latina, usado por Bayer, para designar as estrelas Alfa, Iota e Chi do Boieiro,
respectivamente, como Primus, Secundus e Tertius.

Asellus Australis (Delta Cancri)

O Pequeno Asno do Sul, denominação latina empregada no Almagesto Latino de 1515.

Asellus Borealis (Gamma Cancri)

O Pequeno Asno do Norte, vocábulo de origem latina em oposição ao Asellus Australis.

Aspidiske (Iota Carinae)

Aplustre, vocábulo de origem grega que designa o escudo ornamental utilizado na popa dos navios. Veja Scutulum.

As Rabis (Mu Draconis)

O Dançador, nome árabe utilizado no catálogo de Ulug Beg. Existem as formas Arrakis e Errakis, entretanto de pouco uso.

associação estelar

Expressão criada pelo astrônomo russo V. Ambarzumian para designar grupo de dezenas de estrelas jovens de características
físicas análogas, de fraca densidade de distribuição no espaço e de origem comum, geralmente, mergulhadas na matéria
interestelar da qual parecem ter surgido. Tais grupos, por serem pouco densos, devem ter uma vida relativamente curta,
constituindo-se de estrelas muito jovens. Admite-se que todas as estrelas de uma associação provêm de uma concentração
local de matéria interestelar. O diâmetro das associações são de 50 a 400 anos-luz.
asterismo

Grupo de estrelas que se destacam dentro de uma constelação. São estrelas reconhecidas por formarem figuras no céu. O
Cruzeiro do Sul (Crux) é um asterismo e existem muitas outras estrelas na constelação que não fazem parte do desenho
característico da cruz.

asteróide

Pequeno corpo que orbita em torno do Sol. Também são chamados de planetóides. Caso o corpo seja
muito pequeno, passa a se chamar meteoróide, em vez de asteróide. A maioria dos asteróides
conhecidos têm órbita entre Marte e Júpiter, formando o cinturão de asteróides, mas existem muitos
asteróides com órbitas fora do cinturão. Existe outro grande anel de asteróides, chamado cinturão de
Kuiper, que inicia nas proximidades da órbita do planeta Netuno (a cerca de 40 A) e se estende até cerca
de 100 A. Alguns asteróides possuem órbitas com características semelhantes, por isso são agrupados
em famílias ou grupos (como os asteróides Amor ou os asteróides Apolo). O maior asteróide conhecido,
Ceres, tem o diâmetro de 1.003 km. Muitos, bem menores, não possuem forma esférica, podendo sua
forma lembrar uma pedra ou uma batata. Em torno do asteróide Ida foi descoberto um satélite de
apenas 1,6 km, o menor satélite natural conhecido, batizado de Dactyl. Atualmente, os astrônomos
conseguem visualizar mais de 2.500 asteróides.

Astérope (21 Tauri)

Astérope, nome latino que designa acima das estrelas do aglomerado aberto das Plêiades, significa tão brilhante quanto um
astro, era uma das filhas de Atlas.

astro


Designação genérica de qualquer corpo celeste, exceto meteoros.

astro acrônico

Astro que nasce quando o Sol se põe, ou que se põe quando o Sol nasce.

astro fictício

Planeta fictício, com um período idêntico ao de um planeta real, mas que descreve o seu movimento a uma velocidade
constante, imaginado pelos astrônomos para se estudar o movimento orbital dos planetas.

astro fixo

Astro cuja posição na esfera celeste varia muito lentamente (as estrelas, as nebulosas, os cúmulos e as galáxias).

astro móvel

Astro cuja posição na esfera celeste varia rapidamente (os componentes do sistema solar).

astrobotânica

Ramo da astrobiologia que estuda a probabilidade de vida vegetal própria e a possibilidade de vida dos vegetais terrestres em
outros astros.

Astrofísica


Ramo da astronomia que trata da constituição das propriedades físicas e evolução dos objetos celestes e dos diversos meios
que os compõem.

astrofotografia

Aplicação da técnica fotográfica à astronomia.

astrofotometria

Parte da astronomia que tem por fim a medição da intensidade luminosa de um astro.

astrofotômetro
Fotômetro que serve para medir a luminosidade de um astro.

astrogeologia

Ciência de aplicação da geologia ao estudo do solo dos astros, e particularmente da Lua.

astrógrafo

Instrumento astronômico destinado a determinar a posição dos astros pela fotografia.

astrolábio

Instrumento astronômico inventado por Hiparco, astrônomo e matemático (séc. II a.C.), para medir altura dos astro acima do
horizonte. Modernamente foi aperfeiçoado, e é um dos instrumentos fundamentais da astrometria.

astrolábio de prisma

Instrumento astronômico capaz de determinar simultaneamente a latitude e a hora pela observação do instante em que
várias estrelas atingem determinada altura fixa acima do horizonte, antes ou depois da passagem meridiana, dependendo do
prisma utilizado (de 45° ou de 90°).

astrolábio impessoal

Astrolábio de prisma dotado de aperfeiçoamentos que diminuem consideravelmente o efeito dos erros acidentais de
observação.

astrometria

Ramo da astronomia que trata da medição da posição, dimensões e movimentos dos corpos celestes; astronomia métrica,
astronomia de posição.

astrônimo

Nome próprio de astros em geral (estrelas, planetas, constelações, etc.). Ex.: Vênus, Terra, Lua.

Astronomia

1. Ciência dos astros. Genericamente, ciência de todos os objetos e fenômenos celestes.
2. Nome de uma das quatorze constelações estabelecidas por Lacaille no hemisfério austral, como referência à ciência da
astronomia. Esta constelação estaria situada entre Hydra (Hidra) e o Navio (Argo), próximo ao Trópico de Capricórnio, com
estrelas de quarta à sexta magnitudes, sendo a mais brilhante de magnitude 4,5.
3. Asteróide 1154, descoberto em 8 de fevereiro de 1927 pelo astrônomo alemão Karl Reinmuth (1892-1979) no
Observatório de Heidelberg.


Astronomia arqueológica

Veja arqueoastronomia.

Astronomia de campo

Ramo da astronomia que trata da determinação precisa das coordenadas geográficas de um ponto sobre a superfície da
Terra.

Astronomia de posição ou métrica

Veja astrometria.


Astronomia descritiva

Ramo da astronomia que cuida da descrição do Universo.

Astronomia dos Raios Gama

Estudo do espaço através do exame das radiações com comprimentos de onda inferiores a um angstrom.
Astronomia dos Raios X

Estudo do espaço utilizando radiações eletromagnéticas com comprimentos de onda entre 0,1 e 300 angstrons (raios X).

Astronomia elementar

Denominação correta do estudo da astronomia em nível inicial.

Astronomia estelar

Ramo da astronomia que estuda as estrelas.

Astronomia fundamental ou geral

Ramo da astronomia que estuda os aspectos básicos dessa ciência.

Astronomia Infravermelha

Estudo do espaço utilizando radiações com comprimentos de onda que variam de 7.800 angstroms (luz vermelha) até 1
milímetro (microonda).

Astronomia instrumental ou prática

Ramo da astronomia que trata dos instrumentos e de sua utilização.

Astronomia meteórica

Veja meteorografia.

Astronomia Ultravioleta

Estudo dos corpos celestes do universo que irradiam, basicamente, energia ultravioleta, que se situa entre a luz visível e os
raios X, e cujo comprimento de onda varia entre 300 e 3000.

astroscópio

Instrumento inventado, no fim do séc. XVII, para facilitar a pesquisa dos astros, composto de dois cones sobre cuja superfície
as constelações com as estrelas são delineadas. Foi inicialmente utilizado para substituir o globo celeste.

astrostática

Parte da astronomia que estuda o volume dos astros e das respectivas distâncias.

Atik (Omicron Persei)

A Praia, vocábulo grego relacionado com akte, praia.

atividade solar

Conjunto de fenômenos físicos localizados no Sol, e que caracterizam o estado desse astro.

Atlas

Atlas (SXV) é um dos menores satélites de Saturno tendo sido descoberto por R. Terrile, em 1980, a partir de dados obtidos
pela sonda espacial Voyager 1. Atlas está em órbita a aproximadamente 137.670 km de Saturno e seu período orbital é de
0,6019 dias terrestres.

Atlas (27 Tauri)

Pai das Plêiades; segundo a lenda, o gigante Atlas suportava na nuca o globo terrestre.
atmosfera

Camada gasosa que têm as estrelas, quase todos os planetas e muitos satélites do Sistema Solar. É uma camada gasosa que
circunda um planeta ou outros corpos celestes. Não costuma ter um limite definido mas debilita-se gradualmente, até que
sua densidade não seja maior que a do espaço circundante.

átomo

Bloco de matéria. O átomo é formado por três partes principais: prótons e nêutrons,que formam o núcleo, e elétrons que
circundam o núcleo. O átomo possui uma quantidade igual de elétrons e prótons e é classificado de acordo com o número de
prótons que há em seu núcleo.

Atria (Alpha Trianguli Australis)

Vocábulo formado pela associação da letra A e a abreviatura do nome da constelação.

AU

Antiga sigla em inglês para unidade astronômica (de "astronomical unit"). A sigla atualmente adotada é A.


aurora

Brilho na Ionosfera de um planeta causado pela interação entre o campo magnético do planeta e partículas solares com carga
elétrica.

aurora boreal

Denominada de "Luzes do Hemisfério Norte"; fenômeno causado pela interação entre o vento solar, o
campo magnético da Terra e a camada superior da atmosfera. Efeito similar ocorre no hemisfério sul, e é
conhecido como aurora australis.

austral


Relativo ou pertencente ao sul.

Avior (Epsilon Carinae).

Azelfafage (Pi Cygni)

Pata do Cavalo, corruptela da forma Adelfalferes, que provém do árabe Al Thilf al Faras.

Azha (Eta Eridani)

Ninho de Avestruz, vocábulo usado por Al Sufi para o equivalente Ashiyane dos persas.

azimute

Umas das duas coordenadas horizontais. Distância angular, medida sobre o horizonte, a partir de um ponto origem,
geralmente o Sul, no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido inverso ou retrógrado, até o círculo vertical que passa
por um dado ponto da esfera celeste. Em astronomia é sempre contado de 0º a 360º, a partir do Sul no sentido SWNE,
enquanto em outras disciplinas é contado a partir do Norte.



B
Baade Walter (1893-1960)

Nos anos 40, através da utilização do telescópio de 254 cm do Monte Wilson Baade descobriu que a distância até a Galáxia de
Andrômeda era duas vezes maior do que se pensava. Isto fez com que os astrônomos duplicassem a escala que usavam para
medir as distâncias intergalácticas (a distância entre galáxias), efetivamente dobrando o tamanho do universo. Baade tornou-
se a primeira pessoa a tirar fotos de estrelas isoladas da Galáxia de Andrômeda. Também descobriu a existência de dois tipos
de Estrelas, População 1 e População 2, cuja diferença está na quantidade de metais pesados que elas contém. As estrelas da
População 2 são mais antigas e possuem poucos metais pesados,enquanto as da População 1 são mais jovens e contém uma
quantidade maior de metais pesados.
Baham (Theta Pegasus)

Bestas, nome usado por Al Sufi que provém da expressão árabe Sa'd al Bahaim, ou seja, as boas sortes de duas bestas.

baricentro

Centro de massas elementares de um corpo. Centro de massa. O termo baricentro geralmente é aplicado ao sistema Terra-
Lua.


Barnard, Edwar Emerson (1857-1923)

Astrônomo norte-americano, um dos pioneiros da fotografia astronômica. Identificou a nebulosa de
reflexão que rodeia as estrelas do aglomerado das Plêiades, em fotografia de 1883, e compilou um
importante catálogo sobre nebulosas escuras em 1919. Depois de Galileu foi o primeiro observador a
descobrir Amaltéia, uma lua de Júpiter. Ele também descobriu 16 cometas e, em 1916, a estrela de
Barnard, o segundo sistema estelar mais próximo do Sol.

Barreira do Inferno

Toponômio pelo qual é conhecida a primeira base brasileira de lançamentos de foguetes, situada
próximo as parais do município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em operação desde 1965, ocupa uma área de 18
Km2, proporcionado apoio técnico e operacional aos lançamentos de veículos de sondagem de pequeno porte.

Baten Kaitos (Zeta Ceti)

Barriga da Baleia, vocábulo proveniente da expressão árabe Al Batn al Kaitos.

Bayer, Johann (1572-1625)

Astrônomo alemão que criou um sistema, utilizado até hoje, de nomear as estrelas com letras do alfabeto grego e latino por
ordem de luminosidade na constelação onde se encontram. Por exemplo, a estrela mais brilhante da constelação de Dragão
seria Alfa de Dragão, a segunda Beta de Dragão, e assim por diante. Em 1603, publicou o primeiro atlas sideral, contendo
mais de 2.000 estrelas, chamado "Uranometria".

Bean, Alan Lavern (1932)

Astronauta americano que pousou na Lua com a missão Apolo 12 e comandou a segunda estação espacial Skylab.

Beid (Omicron Eridani)

Ovo, provém do árabe Al Bais, ou seja, o ovo do ninho de avestruz. Veja Azha.

Belinda


Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2.

Bellatrix (Gamma Orionis)

A Guerreira, termo latino.

bendegó

Meteorito siderito octaedrito grosso e policristalino de 4.500 kg encontrado no sertão baiano em 1784 junto ao rio bendegó a
35 km da cidade de Monte Santo e 250 km do litoral da Bahia. Em 1888 foi exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro
onde se encontra até hoje. Significa vindo do céu na língua quiriri dos índios da Bahia.

Bessel, Friedrich Wilhelm (1784-1846)

Publicou a primeira medida de paralaxe, referente à estrela 61 Cygni. Astrônomo e matemático alemão,
catalogou aproximadamente 50.000 estrelas e previu em 1840, matematicamente, a existência de um
planeta depois de Urano. Bessel realizou muitas outras contribuições para a ciência entre elas ter imaginado
que existiam estrelas escuras e, principalmente, ter inventado uma famosa função matemática, a função
de Bessel.
Bethe, Hans Albrecht (1906)

Nascido em Estrasburgo, Alemanha, deu início ao moderno estudo da evolução estelar, ao sustentar que haveria um modo de
as estrelas transformarem hidrogênio em hélio com liberação de grande quantidade de energia. Contribuiu para elaboração
da teoria do Big-Bang e estudou a formação dos elementos químicos nos primeiros instantes do universo, além de conduzir
diversos estudos sobre os raios cósmicos.

Betelgeuse (Alpha Orionis)

A Mão dos Gêmeos, nome que faz alusão à constelação dos Gêmeos e provém da expressão árabe iad-al-Gaouza que, por
uma leitura incorreta, foi transcrita no ocidente como Betelgeuse.

Bianca

Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2.

Big Bang

Explicação mais plausível para a criação do Universo. Esta teoria, desenvolvida por Friedmann e Lemaitre no anos 20 e
adaptada por Gamow nos anos 40, diz que o Universo foi criado a 15 bilhões de anos atrás quando a bola de fogo original
contendo todo o espaço, tempo e matéria começou a se expandir. Esta teoria, é baseada na hipótese do Universo ser
homogêneo (ou igual em toda parte) e nas teorias da gravidade de Einstein estarem corretas; ela é também referendada pela
presença de radiação cósmica de fundo. Antes do Big Bang o Universo era insuportavelmente quente. A medida que ele
começou a se expandir iniciou-se um processo de resfriamento. Atualmente a temperatura do Universo, medida pelo
Explorador Cósmico de Fundo é de 2,276K.

binárias

Diz-se das estrelas que giram uma em torno da outra. Um sistema binário, em geral, é aquele em que dois corpos mantêm-
se unidos pela força da gravidade, que os faz orbitar em torno de um centro comum. Terra e Lua, a rigor, é um sistema
binário. Ver estrela dupla.

binária eclipsante

Sistema de estrelas duplas no qual, visto da Terra, uma estrela passa em frente à outra. Durante a órbita o fluxo de luz deste
sistema sideral varia de maneira uniforme. O eclipse primário acontece quando a estrela de brilho menos intenso passa em
frente da mais brilhante, fazendo com que a luminosidade seja drasticamente reduzida. O eclipse secundário ocorre quando a
estrela mais brilhante passa em frente da outra, reduzindo pouco a luminosidade. O tamanho destas estrelas pode ser
determinado calculando-se quanto tempo uma estrela leva para passar em frente à outra. A estrela Algol, descoberta por
Goodricke em 1782, foi a primeira a ser classificada como uma binária eclipsante.

binárias espectroscópicas

Estrela dupla cuja órbita é tão próxima à da companheira que não podem ser vistas em separado, mesmo com o auxílio de
um telescópio. Quando uma das estrelas aproxima-se de nós, a outra se afasta, e, isto faz com que um dos espectros fique
azulado enquanto o outro se avermelha. Em 1889, E.C. Pickering descobriu a primeira estrela binária espectroscópica: Mizar.
Quando duas estrelas possuem brilho quase igual elas são chamadas de binárias de linha dupla.

Bode, Johann Elert (1747-1826)

Astrônomo alemão conhecido pela "Lei de Bode", que procura explicar os tamanhos das órbitas planetárias. Em 1801 criou o
primeiro mapa acurado de todas as estrelas que podem ser vistas a olho nu.

Bok, Bart J. (1906-1983)

Astrônomo americano, nascido na Holanda, conhecido pelos seus estudos sobre os glóbulos de Bok (pequenos glóbulos
escuros de gás que se sobressaem num fundo claro) e a Via Láctea. Ele e Priscilla Bok popularizaram a astronomia quando
escreveram "A Via Láctea", em 1941.

bólido

Meteoro muito brilhante. Algumas vezes um bólido pode se fragmentar ou explodir, e o som da explosão pode ser ouvido nas
proximidades.
Bond, William Cranch (1789-1859)

Um dos primeiros astrônomos americanos de renome; superou a pobreza e a falta de uma educação formal para tornar-se o
primeiro diretor do Observatório de Harvard College, onde estudou Saturno e (com Lassell) descobriu Hiperion.

Bonner-Durchmusterung Katalog

Um dos primeiros importantes catálogos de estrelas foi produzido na Alemanha em meados do século XIX. O Bonner
Durchmusterung foi constituído por F. W. Argelander, do observatório de Bonn. Este catálogo lista as posições de 320.000
estrelas. Quando usam este catálogo, os astrônomos se referem às estrelas pelos seus números "BD".

boreal

Relativo ou pertencente ao norte.

Borman, Frank (1928)

Comandante da missão Apolo 8, que orbitou a lua 10 vezes entre os dias 24 e 25 de dezembro de 1968.

Bradley, James (1693-1762)

Astrônomo inglês descobridor da nutação e da aberração da luz das estrelas.

Brahe, Tycho (1546-1601)

Astrônomo dinamarquês, excelente observador, sustentou que todos os planetas, exceto a Terra, giravam em torno do Sol,
que por sua vez orbitava ao redor da Terra.

brilho da Terra

Iluminação sutil da parte escura da lua crescente pela reflexão da luz do Sol na Terra. É a nossa própria luz refletida de volta
pela superfície da Lua.

buraco de minhoca

Conexão no espaço-tempo entre dois pontos de um mesmo universo ou entre dois universos distintos, unidos por uma
singularidade. O mesmo que ponte de Einstein-Posen.

buraco negro

1- Região do espaço-tempo intensamente curva que consiste em uma singularidade cercada por um horizonte de eventos.
2- Estado que a matéria atinge ao sofrer um colapso gravitacional na qual nem a luz nem a matéria ou qualquer outro tipo de
sinal podem escapar. Esta região é formada quando o campo gravitacional se torna tão intenso que a velocidade de escape
do campo aproxima-se da velocidade da luz.


buraco negro estelar

Envelhecimento de uma estrela que sofreu o esgotamento do seu combustível nuclear.

Burbidge, Eleanor Margaret (1922) e Geoffrey (1925)

Astrofísicos britânicos que em 1956, em conjunto com William Fowler e Fred Hoyle, descobriram que há a formação, através
de fusão, de elementos mais pesados do que o hidrogênio nas estrelas. Esta afirmação contradizia a teoria anterior de que to
dos os elementos teriam sido criados durante o Big Bang. Os Burbidge também notaram que os Quasares apresentam
nuances vermelhas nas linhas de seus espectros, demonstrando que eles estão perdendo matéria. Além disso, Eleanor
Burbidge utilizou a rotação das galáxias para calcular suas massas.



C
cadeia próton-próton

Fusão nuclear que produz hélio a partir do hidrogênio. São necessários quatro núcleos de hidrogênio, que também são
prótons, para fundir um átomo de hélio. O Sol transforma quase 600 milhões de toneladas de hidrogênio em hélio, através
deste processo, a cada segundo. Sete por cento, ou aproximadamente 4 milhões de toneladas, deste material é convertido
em energia.

calagem

Ato de colocar um instrumento em posição conveniente para a observação de um astro.

calendário gregoriano


Calendário resultante da reforma introduzida pelo Papa Gregório XIII (1502-1585), e no qual em cada quatro anos há um ano
bissexto, com exceção dos anos seculares em que o número formado pelos algarismos das centenas e dos milhares não é
divisível por 400.

calendário juliano

Calendário resultante da reforma introduzida por Júlio César no ano 45 a.C., na qual em cada 4 anos há um ano bissexto, de
366 dias.

Caliban


Satélite de Urano descoberto em 1997 por Gladman, Nicholson, Burns e Kavelaars.

Calipso

Calipso (SXIV) é um dos satélites de Saturno e foi descoberto em 1980 por B.
Smith, H. Reitsema, S. Larson e J. Fountain. Calipso tem a mesma órbita de                           Telesto, estando a
294.660 km do centro de Saturno. Tanto Calipso como Telesto orbitam em torno de                      Saturno na órbita de
Tetis. Telesto está 60o à frente de Tetis enquanto que Calipso está 60o atrás.




Calisto

Calisto (JIV) é um satélite de Júpiter descoberto em 1610 independentemente por Galileu e Simon Marius.
Calisto é um dos satélites mais externos de Júpiter. Ele é grande, gelado, de cor escura, baixa densidade e
coberto de "cicatrizes" que são crateras de impacto e matéria ejetada. Com um diâmetro de aproximadamente 4.800 km é o
segundo maior satélite de Júpiter sendo, aproximadamente, do tamanho de Mercúrio. Está em órbita em torno de Júpiter a
uma distância média de 1.883.000 km e leva 400,5 horas para completá-la. Em Calisto existe uma cratera formada por um
meteoro gigante, com extensão de 2.600 km, chamada Valhalla.

Câncer, Trópico de

Ponto mais distante ao norte do Equador onde a luz do Sol pode incidir perpendicularmente. O Sol fica sobre esta latitude
(23,5º) durante o solstício de verão.

canibalismo galáctico

Fenômeno que ocorre quando uma galáxia colide com outra, de massa muito menor, de modo que esta é praticamente
absorvida por aquela.

Canopus (Alpha Carinae)

A Guia, nome grego vocábulo em homenagem ao piloto Menelau, timoneiro do Navio Argus, dos argonautas, na constelação
da Carena.


Capella (Alpha Aurigae)

A Cabra, nome latino que significa pequena cabra, homenagem à cabra que, segundo a lenda, amamentou Júpiter.

Caph (Beta Cassiopeiae)

A Palma da Mão, nome árabe que designava antigamente este asterismo.
Capricórnio, Trópico de

Latitude mais distante ao sul (-23,5º) onde o Sol pode incidir perpendicularmente. Este fato ocorre no solstício de inverno.

Carme

Carme (JXI) é o 14o satélite de Júpiter e foi descoberto em 1938 por S. Nicholson. Muito pouco é conhecido sobre este
satélite. Carme tem cerca de 30 km de diâmetro e está em órbita acerca de 22.600.000 km de Júpiter, levando 692 dias
terrestres para completá-la. Carme tem um movimento orbital retrógrado, ou seja, sua órbita tem o sentido oposto ao
sentido de rotação de Júpiter.

Carpenter, Malcolm Scott (1925)

Em 24 de maio de 1962 tornou-se o segundo homem a percorrer a órbita da Terra, circundando-a três vezes.

CARJ

Sigla de Clube de Astronomia do Rio de Janeiro.

Caronte

Caronte é o único satélite de Plutão. Ele foi descoberto em 1978 por Jim W. Christy. Caronte é um satélite
pequeno com aproximadamente 1.172 km de diâmetro. Sua órbita está, em média, 19.640 km de Plutão e é
uma órbita síncrona em torno do planeta. Conseqüentemente, a órbita de Caronte dura exatamente um dia
de Plutão.

carta celeste

O mesmo que mapa celeste. Representação da esfera celeste numa superfície plana. Denomina-se atlas celeste ao conjunto
de cartas de várias regiões do céu.

Cassini, divisão de


Lacuna elíptica com extensão de 2.700 km entre os anéis A e B de Saturno detectada por Giovanni Cassini. Embora este
espaço não esteja totalmente vazio, suas partículas são removidas pelo efeito gravitacional da lua Mimas de Saturno.

Cassini, Giovanni Domenico (1625-1712)

Organizou o Observatório de Paris, descobriu a luz zodiacal e estudou sua maior contribuição à astronomia:
os anéis de Saturno. Também foi o descobridor de quatro satélites de Saturno, respectivamente Tetis,
Dione, Réia, Iapetus.

Castor (Alpha Geminorum)


Castor, nome latino de um dos filhos gêmeos de Leda, esposa de Tindarus, rei de Esparta, para designar a
estrela mais brilhante da constelação dos Gêmeos.

Catálogo Messier

Lista de 103 objetos celestes (aglomerados estelares e nebulosas) compilados pelo astrônomo francês Charles Messier. Os
objetos são identificados pela letra M que antecede o número do objeto no catálogo. Hoje o Catálogo Messier tem 110
objetos.

catena


Cadeia de crateras.

cauda

Parte de um cometa, com a forma de longa faixa luminosa, que se estende na direção oposta à do Sol, e que é produzida
pela ação da radiação e dos corpúsculos solares sobre os gases rarefeitos que envolvem o núcleo do astro.
CCD (Charge-coupled Device)

Este equipamento é um circuito eletrônico de estado sólido altamente sensível capaz de converter sinais luminosos
extremamente fracos em sinais digitais que são então reunidos e arquivados em computadores para análise posterior. Em
razão de sua altíssima sensibilidade este equipamento funciona como se fosse uma fotografia eletrônica. Ele, praticamente,
substituiu a fotografia tradicional na Astronomia profissional.

CEAAL

Sigla do Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas, associação de Astrônomos amadores do Estado de Alagoas.

Cebalrai (Beta Ophiuchi)

Cão do Pastor, vocábulo oriundo da expressão árabe Kalb al Rai. Existem as formas Celbalrai e Chaleb.

Ceres

Com diâmetro de 913 km, Ceres, o maior asteróide conhecido, possui um terço da massa de todos os asteróides. Localizado a
257.120.000 milhas do Sol, sua órbita é de 1.682 dias. Ceres, cuja magnitude é 6,9 e não consegue ser visto a olho nu. Ele
foi o primeiro asteróide a ser descoberto.

Cernan, Eugen Andrew (1934)

Além de ter sido o comandante da Apolo 17, última missão Apolo à lua, detém, em conjunto com Jack Schmitt, o recorde da
maior exploração lunar: passou 22 horas na superfície da lua durante uma visita de três dias, em 1972.

Chaleb (Kappa Ophiuchi)

Cão do Pastor. Veja Cebalrai.

Chandrasekhar, Subrahmanyan (1910-1995)

Uma das personalidades mais importantes no campo da física estelar. É lembrado também pela sua
grande contribuição ao ensino da Astronomia. Foi diretor do Astrophysical Journal durante 20 anos.
Recebeu o prêmio Nobel de Física em 1983. Chandrasekhar descobriu que as estrelas que chegam ao fim
de sua existência com massa superior a 1,44 vezes a do Sol, conhecido como o limite de Chandrasekhar,
não conseguem suportar seu peso como anãs brancas transformando-se então em estrelas de nêutrons.

Chara (Beta Canum Venaticorum)

Deleite, denominação de origem grega.

Chort (Theta Leonis)


Quadril, nome de origem árabe.

chuva de meteoros

Fenômeno atmosférico produzido por um conjunto de meteoros que parecem surgir de uma mesma região do céu (neste caso
chamada de radiante). Muitas vezes uma chuva de meteoros ocorre quando a Terra intercepta a órbita de um cometa. Neste
caso, os meteoros são pedaços desprendidos dos cometas, e as datas em que estas chuvas de meteoros ocorrem tornam-se
previsíveis. Em uma chuva de meteoros, é medida a taxa horária de meteoros, que é o número de meteoros por hora.
Geralmente uma chuva dura mais de um dia. Nas efemérides, normalmente se registra apenas o dia do máximo (o dia em
que ocorrem mais meteoros).

ciclo solar

A variação quase periódica de aproximadamente 11 anos na freqüência ou número de eventos solares ativos.

cintilador

Instrumento de análise de fotografias astronômicas, que utiliza cintilação alternada de duas lâmpadas sobre duas fotografias
na mesma região celeste, tomadas em épocas diferentes, e permite assim, identificar qualquer mutação ocorrida em um
astro.
cinturão de asteróides

Região do espaço entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter (entre 1,5 A a 5,2 A) onde a maior parte dos asteróides
conhecidos estão localizados.

cinturão de Kuiper

Região do espaço que inicia nas proximidades da órbita do planeta Netuno (a cerca de 40 A) e se estende até cerca de 100 A,
onde devem existir um grande número de asteróides, embora até hoje não tenham sido identificados mais que dezenas de
asteróides nesta região, por causa da grande distância entre eles e a Terra e também por causa do pequeno tamanho dos
asteróides.

círculo de declinação ou horário

Círculo máximo da esfera celeste, perpendicular ao equador.

círculo de latitude

1. No sistema de coordenadas eclípticas, círculo menor da esfera celeste, paralelo à eclíptica.
2. No sistema de coordenadas geográficas, círculo menor da esfera terrestre, paralelo ao equador.

círculo de longitude

1. No sistema de coordenadas eclípticas, semicírculo máximo que passa pelos pólos da eclíptica e pelo zênite do observador.
2. No sistema de coordenadas geográficas, semicírculo máximo da esfera terrestre que passa pelos pólos e pelo observador.

círculo fundamental

Círculo máximo da esfera celeste, de plano perpendicular à linha dos pólos de um dado sistema de referência.

círculo galáctico

Interseção do plano galáctico com a esfera celeste.

círculo meridiano ou de trânsito

Instrumento astronômico fundamental, que dispõe de um círculo graduado de alta precisão, situado no plano do meridiano.

circumpolar

Relativo aos astros que, para um dado lugar na superfície da Terra, ou nunca se põem, ou nunca nascem.

circunterrestre

Diz-se de astro, nave ou veículo espacial que gira ao redor da Terra.

Clark, Alvan (1804-1887)


Fabricou lunetas de refração tão grandes que quebrou cinco vezes o recorde mundial. Uma destas lunetas, com refrator de
101 cm (40 polegadas) é até hoje a maior do mundo. Seu filho George descobriu a estrela Canícula (Sirius B), a anã branca
companheira da estrela Sirius, quando testava uma luneta.

classificação de Harvard-Draper

Classificação das estrelas baseada no tipo espectral proposta pelo astrônomo norte-americano Henry Draper, que trabalhava
no Observatório de Harvard. Também é chamada apenas de classificação de Harvard. As principais classes espectrais são
designadas pelas letras O, B, A, F, G, K e M, cada uma subdividida em dez grupos decimais, representados pelos algarismos
0 a 9 (por exemplo, B0, A1, G3, F10). Quando se usa o número 10, ele corresponde ao primeiro subtipo da letra seguinte
(por exemplo, B10 corresponde a A0):


                         Tipo                                                      Temperatura
                                                      Descrição
                       espectral                                                   da superfície
                           O        Estrelas azuis                                    30.000 K
                           B        Estrelas branco azuladas                          21.000 K
A        Estrelas brancas                                  10.000 K
                           F        Estrelas amarelas                                  7.200 K
                           G        Estrelas amarelas                                  6.000 K
                           K        Estrelas vermelhas                                 4.700 K
                           M        Estrelas vermelhas                                 3.000 K


Existem outros tipos espectrais menos freqüentemente, representados pelas letras W (estrelas do tipo novas), R e N (estrelas
de ambos tipos espectrais são chamadas de estrelas carbonadas, porque possuem Carbono e Cianogênio), C (para
representar em conjunto os tipos espectrais R e N) e S (estrelas com grande abundância de Zircônio). Algumas notações
especiais especiais (acrescentadas como sufixo) acrescentam informações sobre o espectro, representadas pelas letras
minúsculas:


                                  Letra                               Informação
                                    e             Existência de raias de emissões
                                    k             Presença de raias interestelares
                                    m             Presença de raias metálicas
                                    p             Espectro peculiar
                                    s             Raias nítidas
                                    n             Raias nebulosas


À vezes acrescenta-se mais uma letra, relativa à classe de luminosidade:


                                          Letra          Classe de luminosidade
                                           d        Anã (do inglês, dwarf)
                                           g        Gigante
                                            c       Supergigante


Por exemplo, o Sol é uma estrela G6, portanto, sua temperatura superficial é de cerca de 6 mil kelvin e sua cor é amarela.

CNES (Centre National d'Études Spatiales)

Centro Nacional de Estudos Espaciais da França. Foi criada em dezembro de 1961 com o objetivo de
desenvolver as atividades espaciais.

colapso gravitacional

Evolução cataclísmica de um astro, após esgotamento das suas reservas centrais de combustível nuclear,
quando então ocorre uma queda de temperatura. A pressão de radiação que até então contrabalançava normalmente a
gravidade produz um desequilíbrio no qual a matéria começa a se condensar em virtude do efeito gravitacional
predominante. O colapso gravitacional pode parar no estágio de anã branca ou, se a massa inicial é muito grande, no estágio
de estrela nêutron. Para valores ainda maiores de massa primordial, o colapso pode conduzir o astro até ao seu
desaparecimento atrás do horizonte dos fenômenos do espaço-tempo, o que vai dar origem a um buraco negro.

Collins, Michael (1930)

Piloto do módulo de comando da Apolo 11 em julho de 1969; ele permaneceu na nave Columbia enquanto Neil Armstrong e
Edwin Aldrin aterrissavam na Lua.

coluro

Uma das duas interseções do equador com a eclíptica.

coluro equinocial

Círculo horário que passa pelo ponto vernal.

coluro solsticial

Cada um dos meridianos que passam pelos pontos solsticiais.
coma

    1.   Imperfeição num telescópio que distorce as estrelas mais distantes dando-lhes a aparência de um cometa ou de um
         objeto em forma de pêra.
    2.   Parte de um cometa, com o aspecto de um envoltório gasoso, que rodeia o núcleo do astro; cabeleira.

cometa

Astro de luminosidade fraca, formado por um grupo de pequenas partículas sólidas, com envoltório
gasoso, e que gira em torno do Sol em órbitas elípticas muito alongadas, algumas das quais
praticamente parabólicas, e nalguns casos aparentemente hiperbólicas. Na proximidade do Sol, por
efeito da pressão de radiação, forma-se em grande número de cometas uma longa cauda, que se
estende a milhões de quilômetros. Os cometas levam o nome de seus descobridores.

cometa de curto período

Cometa elíptico, cujo período é inferior a 10 anos.


cometa de eclipse

O que é descoberto por ocasião de um eclipse total do Sol.

Cometa de Halley

O cometa periódico mais conhecido, visível a cada 76 anos, e cuja última aparição ocorreu em 1986.

cometa de longo período

Aquele cuja órbita é praticamente uma parábola.

cometa de período intermediário

Aquele cujo período é compreendido entre 10 e 100 anos, e cuja órbita é uma elipse alongada.

cometa elíptico

Aquele cuja órbita é elíptica. O cometa de curto período e o cometa de período intermediário são elípticos.

cometa hiperbólico

Aquele que tem a peculiaridade de o cálculo da sua órbita conduzir a uma hipérbole, o que indica a possibilidade de não ser
ele um membro próprio do sistema solar.

cometa não-periódico ou cometa parabólico

Veja cometa de longo período.

cometa periódico

Aquele cujo retorno é previsível e pode ser observado. São periódicos o cometa de curto período e o cometa de período
intermediário.

cometa telescópico

O que só é visível através de um telescópio.

cometografia

Ramo da astronomia que estuda os cometas.

comprimento de onda

Distância entre os picos das ondas eletromagnéticas. Freqüentemente medido em angstrons, o comprimento de onda é igual
à velocidade da onda dividida por sua freqüência.
condrita

Meteoritos rochosos que carregam consigo pequenos pedaços de pedra, chamados côndrulos. Quarenta e oito por cento de
todos os meteoritos são condritas.

conjunção

Configuração apresentada por dois astros no instante em que as suas longitudes geocêntricas (ascenções retas) atingem um
mesmo valor.

conjunção inferior

Conjunção de um planeta com o Sol, quando o planeta está entre a Terra e o Sol, portanto só ocorre com Mercúrio e Vênus.

conjunção superior

Conjunção de um planeta, nave ou sonda espacial com o Sol, quando o Sol está entre a Terra e o planeta, a nave ou a sonda
espacial.

Conrad, Charles (1930)

Astronauta americano que comandou a segunda Missão Apolo que aterrissou na Lua e a primeira tripulação do Skylab.

constante cosmológica

A constante cosmológica, representada pela letra grega maiúscula Λ, foi um termo constante que Einstein adicionou à sua
equação da teoria da relatividade geral por acreditar, erroneamente, que o Universo estava em um estado estacionário.

constante de Hubble

H o Formulada por E. P. Hubble em 1925, a chamada "constante" de Hubble, Ho, determina a relação entre a distância de uma
galáxia e sua velocidade de recessão devido à expansão do Universo. Em outras palavras ela faz uma relação de quanto uma
galáxia está longe de nós e a velocidade que ela está se afastando por causa da expansão do Universo. É um número que
mostra a taxa na qual o Universo está se expandindo. O valor de Ho é 70 km/seg/Mpc ± 7 km/seg/Mpc. A "constante" de
Hubble pode ser usada para estimar o tamanho e a idade do Universo, o chamado tempo de Hubble. Recentes avanços na
Cosmologia mostraram que, uma vez que o Universo é autogravitante, na verdade Ho não é verdadeiramente constante.

constante gravitacional (ou constante da gravitação universal)

A constante gravitacional, representada pela letra "G", é a constante de proporcionalidade que aparece na equação que
descreve a atração gravitacional entre objetos, a Lei de Newton da Gravitação Universal formulada por ele em 1666. <
big><> Seu valor é G = 6,6726 x 10-11 m3/seg2.kg = 6,6726 x 10-11 N.m2/kg2 , onde N significa Newtons, que equivale a
kg.m/seg2.

constante solar

Quantidade de calor que incide sobre uma superfície teórica perpendicular aos raios solares e fora da atmosfera terrestre. O
astrofísico americano Charles Greeley Abbot (1872-1973) foi a primeira pessoa a calcular a constante solar. Quando a Terra
está a uma distância média do Sol, o valor aceito é de 2 calorias por minuto por centímetro quadrado, o que equivale a 1,3
quilowatt por metro quadrado. A constante solar apresenta uma variação de 1 a 2% devido à atividade solar variável.

constelação


1. Região do Céu ocupada por uma configuração idealizada de um conjunto de estrelas batizadas com um nome tradicional. O
termo constelação como grupo de estrelas ainda hoje existe na linguagem vulgar, mas para o astrônomo deixou de ser o
coletivo de estrelas para designar uma região da esfera celeste. Essa nova definição começou a ser usado em 1925, quando a
União Astronômica Internacional (veja IAU) regulamentou as denominações (latinas) e as suas abreviaturas, assim como os
limites das 88 constelações.
2. Grupo de estrelas.


constelação zodiacal

Uma das treze constelações atravessadas pela eclíptica e ao longo das quais o Sol e os planetas parecem se deslocar
anualmente. As constelações zodiacais são: Aries (Carneiro), Taurus (Touro), Gemini (Gêmeos), Cancer (Caranguejo), Leo
(Leão), Virgo (Virgem), Libra (Balança) Scorpius (Escorpião), Sagittarius (Sagitário), Capricornus (Capricórnio), Aquarius
(Aquário), Pisces (Peixes) e Ophiuchus (Ofiúco). O termo zodíaco vem do grego e quer dizer "caminho dos animais", porque a
maioria das constelações zodiacais são animais.
convecção

Movimento que produz o calor na matéria fluida.

coordenadas areográficas

Coordenadas esféricas de um ponto da superfície do planeta Marte, em relação ao seu disco aparente.

coordenadas geocêntricas

Coordenadas esféricas de um ponto da esfera celeste, referidas ao centro da Terra.

coordenadas heliográficas

Coordenadas esféricas de um astro ou de um ponto na superfície do Sol, em relação ao seu disco aparente.

coordenadas planetográficas

Coordenadas esféricas de um ponto da superfície de um planeta em relação ao seu disco aparente.

coordenadas selenográficas

Coordenadas esféricas de um ponto da superfície lunar em relação ao disco aparente da Lua.


coordenada tangencial

Coordenada da projeção cônica de um astro sobre o plano tangente à esfera celeste.

coordenadas topocêntricas

Coordenadas esféricas de um ponto da esfera celeste, referidas ao local da observação.

Copérnico (1473-1543)

Nicolaus Copernicus - Astrônomo polonês, autor da teoria heliocêntrica segundo a qual a Terra e os outros planetas gravitam
em torno do Sol. Apesar dos antigos filósofos Ecphantus, Heraclides, Hicetas e Philolaus acreditarem que o universo era
heliocêntrico, a visão predominante na época de Copérnico era a do universo geocêntrico. Em 1543, Copérnico publicou suas
idéias sobre o universo heliocêntrico em seu livro De Revolutionibus Orbium Coelestium (Sobre as Revoluções das Esferas
Celestiais). Ele acreditava que a Terra e outros planetas descreviam órbitas circulares em volta do Sol.

Cor Caroli (Alpha Canum Venaticorum)

Coração de Carlos, expressão latina em homenagem a Carlos II, rei da Inglaterra, proposta por Flamsteed para substituir a
constelação dos Cães de Caça. Tal designação não permaneceu para a constelação mas para a estrela.

Cordélia

Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2.

coroa solar

Camada exterior da atmosfera do Sol, que se sobrepõe a cromosfera. Estende-se em todas as direções e
atinge distâncias maiores que o diâmetro solar. Visível por ocasião dos eclipses - ou por meio do coronógrafo -
apresenta uma temperatura não uniforme e superior a da superfície do Sol, devido ao transporte magnético da energia do
núcleo.

coronógrafo

Aparelho introduzido na Astronomia em 1931 a fim de criar, artificialmente, um eclipse total do Sol, e assim permitir o estudo
permanente da coroa solar, que de outro modo só seria visível por ocasião desse fenômeno.

corpo perturbador

Astro cuja atração modifica a órbita de outro em torno de um terceiro.
corpo pré-estelar

Massa de matéria de grande volume e pequena densidade, a qual, segundo as hipóteses cosmogônicas, se transformará
numa estrela pelo efeito de contração e ativação de reações nucleares.

cosmografia

Veja astronomia descritiva.


cosmologia

Do grego kosmos, universo e logos, discurso. Tratado das leis gerais ou princípios que regem o mundo físico e que estuda a
constituição e estrutura da matéria do universo, sua evolução e propriedades.

cosmologia Alfvén-Klein

Modelo cosmológico em que o Universo inicial é descrito como gigantesca nuvem esférica colapsante de matéria e
antimatéria. Quando a densidade crítica é alcançada, a matéria e a antimatéria começam a se aniquilar, e a resultante
liberação de radiação e energia provoca o Universo em expansão. Dentro do atual conhecimento observacional do Universo,
em especial considerando a pequena quantidade de radiação gama registrada, é muito difícil aceitar esse modelo como o
mais provável.

cosmologia newtoniana

Modelo cosmológico muito simples, que inclui modelos comuns de big-bang, que podem derivar da teoria clássica da
gravitação de Newton.

cosmologia relativista

Cosmologia desenvolvida com base na teoria geral da relatividade de Einstein.

cosmonomia


Parte da astronomia que se relaciona com as leis cósmicas.

cosmos

Do grego kosmos, universo. Significa o universo concebido como sistema ordenado e harmônico.

cratera

Do grego krater, vaso em forma de taça. Formação típica do solo lunar, abundante também em outros planetas e satélites de
composição rochosa, devendo-se tanto a vulcanismo quanto a impactos de meteoritos.

cratera de impacto

O buraco que fica na superfície de um astro, por exemplo um planeta ou um satélite, devido a colisão de um meteorito.

Cressida

Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2.

cromosfera

Nível inferior da atmosfera solar entre a fotosfera e a coroa. É visível durante os eclipses solares totais. Tão pálida que é
ofuscada pelas demais, a cromosfera é composta por uma camada de gás, de aproximadamente 16.000 km de espessura,
cuja temperatura oscila entre 5.000º K a mais de 10.000º K. Sendo a cromosfera tão fina, quando comparada às outras
camadas do Sol, parece que ela não gera muita luz. A cromosfera expele jatos de gás quente chamados espículas, que
podem atingir 16.000 km de altura. Graças a essas espículas, a cromosfera consegue enviar material para a coroa solar.

Cujam (Omega Herculis)

Caia, palavra latina empregada por Horácio para o clube de Hércules. A forma Cujam provém de Caiam, acusativo de Caia. O
clube de Hércules foi uma constelação proposta por Plínio.
culminação

    1.   Ponto mais alto alcançado por uma estrela. A culminação de um objeto celeste acontece quando ele cruza o
         meridiano.
    2.   Focar as partes de um telescópio para obter uma imagem clara.

cúmulo

Ver aglomerado.

cúmulo galáctico

Ver aglomerado galáctico.

cúmulo globular

Ver aglomerado globular.

Cursa (Beta Eridani)

Cadeira, vocábulo oriundo da expressão árabe Al Kursiyy al Jauzah, que significa supedâneo ou escabelo.

curvatura do espaço


Ondulação no espaço provocada pela força gravitacional de um corpo celeste. Antigamente os cientistas avaliavam o espaço
utilizando a teoria da geometria Euclidiana, onde a menor distância entre dois pontos é uma linha reta. Contudo, a superfície
da Terra não é assim, como também não é o espaço. De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, o espaço pode ser
tão alterado por corpos de grande massa que não pode ser avaliado pela teoria Euclidiana. Se o espaço fosse um grande
trampolim, as massas, tais como a da Terra, do Sol e dos buracos negros , seriam as bolas de basquete. Se fossem colocadas
no trampolim, elas formariam uma depressão em forma de curva e a menor distância entre dois pontos na curva seria uma
curva e não uma linha reta. Conseqüentemente, embora o espaço não seja tão simples quanto uma estrutura Euclidiana, sua
real natureza é ainda desconhecida.



D
Dabih (Beta Capricorni)

Carniceiro, vocábulo proveniente da expressão árabe Al Sad al Dhabih, a Sorte do Carniceiro.

d'Arrest, Heinrich Louis (1822-1875)

Astrônomo dinamarquês e o co-descobridor de Netuno em 1846, juntamente com Galle. Ele auxiliou Galle nas primeiras
observações de Netuno.

data juliana

Sistema de datas, iniciado por Scaliger em 1582, usado para assinalar os acontecimentos históricos e prever os eclipses.
Cada dia começa ao meio-dia e não a meses ou anos: os dias são numerados em seqüência.

declinação

Uma das duas coordenadas equatoriais. Distância angular entre o equador celeste e o corpo que está sendo observado. Se o
corpo estiver no hemisfério celeste norte, a declinação é positiva, se estiver no hemisfério celeste sul, é negativa. Como só
podemos medir do equador a um pólo, as declinações expressam-se em graus e seus divisores e variam de 0° (zero graus,
quando no equador celeste) até 90° (ou +90°, quando se trata do hemisfério norte) ou a -90° (quando se trata do hemisfério
sul). Equivale à latitude na esfera celeste.

declinação magnética

Medida do ângulo formado pela direção do meridiano geográfico e pela agulha magnética de uma bússola, indispensável para
a correta orientação desta.
Deimos

Deimos (MII) é um satélite de Marte e foi descoberto em 1877 por A. Hall. Deimos, nome que significa
"terror", é o menor dos dois pequenos satélites de Marte. Deimos tem somente 12,6 km de lado a lado.
Sua órbita está a uma distância média de 23.000 km do planeta. Não é descartada a possibilidade de
que Deimos seja um asteróide capturado por Marte.

Deneb (Alpha Cygni)

A Cauda, vocábulo árabe que designa inúmeras estrelas, das quais a mais notável é a Alfa do Cisne.

Deneb Algiedi (Delta Capricorni)

A Cauda da Cabra, segundo Ulug Beg, este provém da expressão árabe Al Dhanab al Jady, ou seja, a cauda da cabra. Esta
estrela é, às vezes, denominada de Scheddi, designação habitual de Gamma Capricorni.

Deneb Kaitos (Beta Ceti)

A Cauda da Baleia, nome árabe.


Denebola (Beta Leonis)

A Cauda do Leão, nome árabe.

densidade

Relação entre a massa e o volume dos corpos. Também chamado massa específica. Medida em gramas por centímetro cúbico
(ou quilogramas por litro).

Desdemona

Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2.

Despina

Despina é um satélite de Netuno que foi descoberto em 1989 pela sonda espacial Voyager 2. Despina é
um satélite muito pequeno, com cerca de 148 km de diâmetro. Ele está em órbita a cerca de 52.530 km
do centro de Netuno.

Dheneb (Zeta Aquilae)

A Cauda, vocábulo oriundo da locução árabe Al Dhanab al Okab, isto é, a cauda da Águia.

dia

Denomina-se assim o tempo que a Terra utiliza para completar cada rotação. Um dia sideral é o período de rotação com
referência às estrelas (23h 56m 4,091s de tempo solar médio). Um dia solar é o intervalo entre dois meio-dias sucessivos
(24h 4m 56,555s de tempo sideral médio). É um pouco mais longo que o dia sideral, porque o Sol se move para o Leste ao
longo da trajetória eclíptica.

Diadem (Alpha Comae Berenicis)

O Diadema, nome de origem latina empregada por Plínio em sua História Natural.

diagrama de Hertzprung-Russel

Representação das estrelas segundo seus tipos espectrais e sua magnitude, obtido em 1905 por Hertzprung e por Russel em
1915. Através dele nota-se que as estrelas agrupam-se em certas zonas, indicativo de suas características e estrutura
interna, o que permite o estudo das teorias sobre a evolução estelar.

diâmetro angular

Medida, em graus, de quão grande um objeto aparece no céu. Uma coincidência interessante é que o Sol e a Lua apresentam
o mesmo diâmetro angular (aproximadamente meio grau).
diâmetro aparente

1. Diâmetro aparente de um astro é o ângulo ao vértice de um cone circunscrito ao astro, sendo esse vértice o ponto de
observação.
2. Diâmetro aparente de um objeto deduzido de uma medida, na hipótese de uma distribuição uniforme da sua
luminescência. Esse valor é, às vezes, denominado de diâmetro aparente observado ou equivalente.

Dicke, Robert Henry (1916)

Físico americano que, nos anos 60, demonstrou experimentalmente o princípio da equivalência, que diz que todos os objetos
caem na mesma velocidade quando sujeitos à força da gravidade. Em 1964, ele se propôs a procurar a radiação cósmica de
fundo (que aliás já foi encontrada) que teria sido deixada pelo Big Bang.

dicotomia

O ponto em que a Lua, Mercúrio ou Vênus estão exatamente à meia fase.

difração

Desvio da radiação eletromagnética (luz, ondas ultra-violetas, etc) à medida que ela passa ao redor dos objetos. A radiação
com ondas mais longas se curva mais. A difração cria discos de ar ou círculos de luz, com falsos anéis à sua volta, nos
telescópios que não possuem boa resolução. A difração é um dos fatores que fazem com que as sombras não tenham
contornos na ponta.

digressão

Afastamento angular de um astro em relação a um ponto fixo, que tanto pode ser o pólo para as estrelas circumpolares como
o Sol para os planetas inferiores. Veja elongação.

Dione

Dione (SIV) é um satélite de Saturno e foi descoberto, em 1684, por G. D. Cassini. Ele tem um diâmetro de
1.120 km, aproximadamente. Sua superfície é gelada com crateras, planícies e faixas de material brilhante.
Algumas de suas crateras tem mais de 100 km de largura. Dione está em órbita a uma distância média de
378.115 km de Saturno, e gira em torno do planeta em aproximadamente, 65,75 horas, sempre com o
mesmo lado de voltado para Saturno.

dioptra

Veja quadrante solar.

Diphda (Beta Ceti)

A Rã, nome árabe.

Dirac, Paul (1902-1984)

Físico inglês ganhador do Nobel de Física em 1933. Previu a existência do pósitron, antipartícula do elétron, e suas pesquisas
levaram a formulação do princípio antrópico, segundo o qual o universo está estruturado de tal forma que produz forças e
partículas compatíveis com o surgimento de formas de vida inteligentes.

disco


Superfície visível do Sol (ou de qualquer corpo celeste) projetada sobre o céu.

disco de acreação

Disco de matéria que orbita ao redor de um buraco negro.

disco planetário

Projeção de um planeta sobre a esfera celeste, a qual constitui a imagem observável através de um telescópio.
dispersão

Divisão da radiação em seus componentes de comprimento de onda através de refração. Um exemplo conhecido é a
utilização de um prisma para formar um espectro a partir de luz branca ou um arco-íris quando a luz do sol passa através das
gotas d’água na atmosfera.

distância angular

Medida, em graus, da distância aparente entre os corpos celestes no céu.

distância cosmológica

Distância estabelecida por intermédio de processos em que se aceita a validade da relação de Hubble (veja lei de Hubble)
entre os desvios para o vermelho e as distâncias.

distância focal

Distância entre a lente ou o espelho de um telescópio e a imagem formada.

distância média

Veja semi-eixo maior.

distância periélia

Distância de um astro do sistema solar ao Sol no instante da passagem desse astro pelo periélio.

distância polar

Arco de círculo horário de um dado astro, a começar do pólo celeste norte, ou do pólo celeste sul, até o astro, o que faz que
seja o complemento da declinação. Conta-se também a distância polar só a partir do pólo celeste norte, de 0° a 180°.

distância zenital

Distância angular de um ponto do zênite.

Dobson, John

Legendário astrônomo amador que popularizou a astronomia nos anos 60. Ele e seus amigos, que formavam a associação dos
"Astrônomos das Calçadas de São Francisco", visitaram diversos parques na costa oeste dos Estados Unidos, ensinando
astronomia a milhões de visitantes. Sendo um incrível construtor de telescópios, Todos seus telescópios foram construídos à
partir de sucata. A montagem simples e eficiente que Dobson inventou se popularizou entre os astrônomos amadores como
montagem dobsoniana.

Dobsoniana, montagem

Montagem de telescópio que, normalmente é feita com telescópios newtonianos, apoia-se em uma estrutura em formato de
caixa, que permitem a movimentação altazimutal. Esta montagem é muito apreciada pelos astrônomos amadores devido ao
seu baixo custo e praticidade.

Dollfus, Audouin Charles (1924)

Astrônomo francês que descobriu Janus, a décima lua de Saturno, em 15 de dezembro de 1966.

doppler (efeito)

Mudança aparente no comprimento de onda do som ou da luz causada pelo movimento da fonte, do observador ou de ambos.

draconítico

Relativo aos nodos da órbita de um astro.
Drake, Frank Donald (1930)

Astrônomo americano que, durante o Projeto Ozma em 1960, focou com um telescópio de 26 m as estrelas Tau Ceti e Épsilon
de Erídano à procura de sinais alienígenas. Ele também desenvolveu uma equação para calcular a probabilidade de encontrar
alienígenas. A equação diz que o número de civilizações avançadas na Via Láctea é igual à taxa média em que se formam as
estrelas na Via Láctea, multiplicada pela fração de estrelas com sistemas planetários, pelo número de planetas que poderiam
(por razões ecológicas) conter vida, pela fração de planeta onde existe vida, pela fração de planetas onde a vida se
desenvolve de forma inteligente, pela fração de planetas onde a vida inteligente cria sistemas de comunicação com outros
planetas, pela média de vida das civilizações avançadas. Utilizando premissas e aproximações para todas estas variáveis,
Drake deduziu que a aproximadamente 1.000.000 de civilizações avançadas na Via Láctea.

Draper, Henry (1837-1882)

Americano que, em 1872, fotografou pela primeira vez o espectro de uma estrela: Vega. Mais tarde fotografou o espectro da
Nebulosa de Órion.

Dreyer, Johan Ludwig Emil (1852-1926)


Americano que editou o Novo Catálogo Geral de Nebulosas e Aglomerados Siderais (NGC). Este catálogo foi publicado em
1888, incluindo 7.840 corpos celestes.

Dschubba (Delta Scorpii)

A Fronte, nome árabe que designa a fronte do Escorpião.

Dsiban (Phi Draconis)

As Hienas, provém da expressão árabe Al Dhibain.


Dubhe (Alpha Ursae Majoris)

O Dorso do Urso, nome que provém da expressão árabe Dhahr-al-Doubb, e que indica a posição da estrela no dorso da Ursa.

dupla-distância

Método utilizado pela primeira vez pelo astrônomo russo F. G. W. von Struve (1793-1864) na determinação precisa da
distância entre dois astros muito próximos.




Dyson, Sir Frank Watson (1868-1939)

Astrônomo inglês que estudou a cromosfera e a coroa solar durante os eclipses. Em 1919, durante um eclipse , ajudou a
confirmar a teoria da relatividade de Einstein confirmando que a luz se curva devido à gravidade do sol.



E
eclipses

Existem dois tipos de eclipses: solares e lunares. Os eclipses solares ou do Sol ocorrem quando a Lua passa pela frente do
mesmo. Aparentemente, os dois corpos apresentam quase o mesmo tamanho. Quando estão exatamente alinhados, a Lua
cobre o brilhante disco solar durante um curto período, seja total ou parcial (nunca mais de 8 minutos, aproximadamente e
freqüentemente muito menos). Quando o eclipse é total, a atmosfera solar (cromosfera, coroa e protuberâncias solares) pode
ser observada a olho nu. Quando o sol não fica totalmente coberto, o eclipse é parcial, e então não se aprecia o espetacular
fenômeno em sua totalidade. Se a Lua encontrar-se perto do ponto mais distante possível da Terra (apogeu), apresenta um
tamanho ligeiramente menor que o do Sol. Além disso, se há um perfeito alinhamento central, observa-se um aro do disco
solar em torno da Lua, constituindo o que se denomina eclipse anular que, naturalmente, impede o aparecimento do
fenômeno em sua totalidade. O eclipse da Lua se produz quando esta passa através da sombra produzida pela Terra e
também pode ser total ou parcial. Geralmente, a Lua não desaparece totalmente, já que recebe uma leve luminosidade solar
graças à difração da atmosfera que rodeia a Terra.

eclíptica

1. Plano da órbita terrestre. O plano da eclíptica é inclinado de 23º 27' em relação ao do equador.
2. Círculo máximo da esfera celeste, que é a interseção do plano da eclíptica com a esfera celeste. Seu nome provém do fato
de os eclipses só serem possíveis quando a Lua está muito próxima desse círculo.
3. Trajetória aparente do Sol entre as estrelas.

Ed Asich (Iota Draconis)

A Hiena macho, provêm da expressão árabe Al Dhih, que deu origem às transliterações Ed Asich e Eddsich.

Eddington, Sir Arthur Stanley (1882-1944)


Astrofísico britânico, que durante o eclipse total de 1919 liderou uma equipe de cientistas que calculou a curvatura da luz
provocada pelo efeito gravitacional do Sol, o que ajudou a confirmar a Teoria da Relatividade de Einstein. Em 1924, ele
descreveu a relação entre a massa e a luminosidade das estrelas, que diz que a massa de uma estrela determina a sua
luminosidade. Ele também calculou a densidade da estrela Sirius B.

efeito Doppler

É o efeito que se revela como um deslocamento no espectro de um objeto devido a uma variação no comprimento de onda da
luz emitida por ele. Este efeito ocorre quando o objeto que emite a radiação luminosa está ou se movendo na direção de um
observador (no caso a Terra) ou se afastando deste mesmo observador.

efeito estufa

Efeito que alguns gases da atmosfera produzem na superfície de um planeta. Consiste em reter parte do calor que chega à
superfície, impedindo que seja refletido ao espaço. Este efeito regula a temperatura. Quanto maior é a quantidade de gases
que provocam esse fenômeno na atmosfera, maior é a temperatura na superfície do astro. Se a Terra não possuísse
atmosfera, sua temperatura média seria de aproximadamente -30º C (-22º F) ao invés dos agradáveis 16º C (60,8º F). Por
outro lado, Vênus apresenta uma temperatura de superfície de 730 K devido ao efeito estufa.

efeito Zeeman

Divisão das linhas do espectro em seus componentes que ocorre quando uma fonte de luz encontra-se num campo
magnético. Geralmente a emissão de luz ocorre quando os elétrons se movimentam dentro do átomo. Os campos magnéticos
alteram o movimento dos elétrons e sua geração de luz. Este efeito foi descoberto por Pieter Zeeman em 1896; ele é muito
útil na identificação da presença e na determinação da força dos campos magnéticos ao redor das manchas solares, das
estrelas e de outros objetos celestes.

efeméride

1. Tabela que fornece, em intervalos regulares, as coordenadas de um astro.
2. Livro publicado anualmente contendo várias efemérides e outras informações astronômicas.


Einstein, Albert (1879-1955)

Físico germano-americano. Desenvolveu as Teorias Especial e Geral da Relatividade, que, juntamente com
a Mecânica Quântica, são o fundamento da física moderna.

eixo

Uma linha reta imaginária na qual um objeto executa uma rotação.

Elara

Elara (JVII) é o 12o satélite de Júpiter, e foi descoberto em 1905, por C. Perrine. Muito pouco se sabe sobre ele. Com um
diâmetro de 80 km, Elara está em órbita a 11.737.000 km de Júpiter. Ele realiza uma volta completa em torno de Júpiter a
cada 259,6528 dias terrestres.

Electra (17 Tauri)
Nome grego de uma das sete filhas de Atlas que formam a constelação das Plêiades.

elementos pesados

Em Astronomia esta classificação engloba todos os elementos exceto o hélio e o hidrogênio. Algumas vezes estes elementos,
que são formados durante a fusão nuclear e que são espalhados pelo Universo pelas supernovas, são chamados pelos
astrônomos de metais.

elevação

Ver altitude, altura (o emprego de elevação como sinônimo da coordenada altura é uma influência de origem norte-
americana).

elétron

Uma das partes que formam o átomo, juntamente com os prótons e os nêutrons. A proporção de elétrons que circunda o
núcleo é igual à de prótons que há dentro dele. Comparados aos prótons os elétrons são muito leves; eles carregam uma
carga igual e oposta àquela dos prótons, fazendo com que o átomo apresente uma carga total igual a zero.

elipse

Do grego elleipsis, defeito. Conjunto dos pontos no plano com a propriedade que a soma das distancias a dois pontos fixos
nesse plano tem soma igual a uma constante. O designativo alude a aparente imperfeição da curva, pois, na Antigüidade,
somente o círculo era considerado perfeito. A elipse porém, é mais comum na natureza que o círculo. Veja Kepler.

elíptica

Adjetivo, de elipse. Diz-se da órbita que apresenta um percurso não circular mas sim com forma de elipse.

El Kophrah (Chi Ursae Majoris)

O Salto, vocábulo oriundo da expressão árabe Al Kafzah. Veja Alula Australis.


El Nath (Beta Tauri)

A Viagem, nome árabe que indica a viagem empreendida pela constelação do Cocheiro.

elongação

Ângulo entre dois corpos vistos de um ponto do sistema solar (geralmente da Terra). Normalmente refere-se a uma máxima
elongação.

emersão

Fenômeno da saída de um astro eclipsado de detrás do disco aparente do astro eclipsante.

emissão

Criação de radiação eletromagnética (luz, ondas ultra-violetas, etc) que acontece quando os elétrons ao redor do núcleo de
um átomo alteram sua distância em relação ao núcleo. Examinando-se o comprimento das ondas da radiação é possível
determinar-se quais os elementos que estão presentes no corpo celeste.

empuxo gravitacional

Utilização do puxão gravitacional de um planeta para acelerar uma nave espacial. Imagine estar parado e que outra pessoa
está correndo em sua direção. A medida que esta pessoa se aproxima você segura seu braço e a gira. Quando você a soltar
ela irá em outra direção. Na verdade, ela se afastará mais rapidamente do que chegou. Isto faz com que a nave economize o
combustível que utilizaria para seguir diretamente ao seu destino. Ambas as sondas Voyager utilizaram o puxão gravitacional
quando passaram pelos planetas externos impulsionando-as para fora do sistema solar.

Enceladus

Enceladus (SII) é um satélite de Saturno e foi descoberto em 1789 por W. Herschell. Com um diâmetro de aproximadamente
498 km, Enceladus está em órbita a uma distância média de 238.020 km e completa o seu movimento em torno de Saturno
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em
Dicionário de Astronomia em

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Telescopio Hubble
Telescopio HubbleTelescopio Hubble
Telescopio HubblePedro Moura
 
Telescópio Espacial Hubble
Telescópio Espacial HubbleTelescópio Espacial Hubble
Telescópio Espacial HubbleLIVIA L.LAGE
 
Palestra estrelas 2011
Palestra estrelas 2011Palestra estrelas 2011
Palestra estrelas 2011charleslucas
 
English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!
English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!
English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!Irene Aguiar
 
English astronomie
English astronomieEnglish astronomie
English astronomieAnjovison .
 
2015. aula 6 xviii oba sistema solar
2015. aula 6 xviii oba sistema solar2015. aula 6 xviii oba sistema solar
2015. aula 6 xviii oba sistema solarInstituto Iprodesc
 
Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)
Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)
Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)Instituto Iprodesc
 
Anas brancas
Anas brancasAnas brancas
Anas brancasganatali
 
Universo e Sistema Solar
Universo e Sistema SolarUniverso e Sistema Solar
Universo e Sistema Solarrobertoaabfilho
 
Est disss
Est disssEst disss
Est disssUSP
 
Aula 6º ano - O Universo e o Sistema Solar
Aula 6º ano - O Universo e o Sistema SolarAula 6º ano - O Universo e o Sistema Solar
Aula 6º ano - O Universo e o Sistema SolarLeonardo Kaplan
 

Mais procurados (19)

A esfera celeste
A esfera celesteA esfera celeste
A esfera celeste
 
Roteiro7 constelacoes
Roteiro7 constelacoesRoteiro7 constelacoes
Roteiro7 constelacoes
 
Telescopio Hubble
Telescopio HubbleTelescopio Hubble
Telescopio Hubble
 
Telescópio Espacial Hubble
Telescópio Espacial HubbleTelescópio Espacial Hubble
Telescópio Espacial Hubble
 
Estrelas, GaláXias E Universo
Estrelas, GaláXias E UniversoEstrelas, GaláXias E Universo
Estrelas, GaláXias E Universo
 
Palestra estrelas 2011
Palestra estrelas 2011Palestra estrelas 2011
Palestra estrelas 2011
 
O melhor do hubble fotos
O melhor do hubble fotosO melhor do hubble fotos
O melhor do hubble fotos
 
Iv english astronomie2
Iv english astronomie2Iv english astronomie2
Iv english astronomie2
 
English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!
English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!
English Astronomie2 - MARAVILHOSO!!!!!
 
English astronomie
English astronomieEnglish astronomie
English astronomie
 
2015. aula 6 xviii oba sistema solar
2015. aula 6 xviii oba sistema solar2015. aula 6 xviii oba sistema solar
2015. aula 6 xviii oba sistema solar
 
Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)
Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)
Curso: O céu das 4 Estações! - Aula 1 de 3. (2013)
 
Anas brancas
Anas brancasAnas brancas
Anas brancas
 
Universo e Sistema Solar
Universo e Sistema SolarUniverso e Sistema Solar
Universo e Sistema Solar
 
Oba aula 1 2014
Oba aula 1 2014Oba aula 1 2014
Oba aula 1 2014
 
Aula(março 28)
Aula(março 28)Aula(março 28)
Aula(março 28)
 
Est disss
Est disssEst disss
Est disss
 
3.astronáutica xix oba
3.astronáutica xix oba3.astronáutica xix oba
3.astronáutica xix oba
 
Aula 6º ano - O Universo e o Sistema Solar
Aula 6º ano - O Universo e o Sistema SolarAula 6º ano - O Universo e o Sistema Solar
Aula 6º ano - O Universo e o Sistema Solar
 

Destaque

Sopas de letras área vocabular e família de palavras
Sopas de letras  área vocabular e família de palavrasSopas de letras  área vocabular e família de palavras
Sopas de letras área vocabular e família de palavrasCrescendo EAprendendo
 
Mistério Da Vida Humana
Mistério Da Vida HumanaMistério Da Vida Humana
Mistério Da Vida HumanaGSU
 
13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes
13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes
13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes32148989
 
Curso de Alimentação Orgânica
Curso de Alimentação OrgânicaCurso de Alimentação Orgânica
Curso de Alimentação OrgânicaDouglas Carrara
 
Aula Fisiologia Humana
Aula Fisiologia HumanaAula Fisiologia Humana
Aula Fisiologia Humanaedu.biologia
 
Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141
Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141
Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141Hilma Khoury
 
Nh aula 1 - intro, tmb, dr is
Nh   aula 1 - intro, tmb, dr isNh   aula 1 - intro, tmb, dr is
Nh aula 1 - intro, tmb, dr isEric Liberato
 
Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)
Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)
Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)Marcos Sá
 
Personagens Bíblicos
Personagens BíblicosPersonagens Bíblicos
Personagens BíblicosTsushya marco
 
Dicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdf
Dicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdfDicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdf
Dicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdfPaulo Costa
 
2 apresentação institucional
2   apresentação institucional2   apresentação institucional
2 apresentação institucionalOgx2011
 
Marxism vs. Pan Africanism: A Scholarly Debate
Marxism vs. Pan Africanism: A Scholarly DebateMarxism vs. Pan Africanism: A Scholarly Debate
Marxism vs. Pan Africanism: A Scholarly DebateRBG Communiversity
 

Destaque (18)

O que existe no universo
O que existe no universoO que existe no universo
O que existe no universo
 
Sopas de letras área vocabular e família de palavras
Sopas de letras  área vocabular e família de palavrasSopas de letras  área vocabular e família de palavras
Sopas de letras área vocabular e família de palavras
 
Mistério Da Vida Humana
Mistério Da Vida HumanaMistério Da Vida Humana
Mistério Da Vida Humana
 
13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes
13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes
13227647 estudos-no-livro-de-apocalipse-hernandes-dias-lopes
 
Curso de Alimentação Orgânica
Curso de Alimentação OrgânicaCurso de Alimentação Orgânica
Curso de Alimentação Orgânica
 
A teologia wesleyana
A teologia wesleyanaA teologia wesleyana
A teologia wesleyana
 
Aula Fisiologia Humana
Aula Fisiologia HumanaAula Fisiologia Humana
Aula Fisiologia Humana
 
Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141
Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141
Envelhecimento e Subjetividade. ver paginas 133 a 141
 
Nh aula 1 - intro, tmb, dr is
Nh   aula 1 - intro, tmb, dr isNh   aula 1 - intro, tmb, dr is
Nh aula 1 - intro, tmb, dr is
 
Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)
Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)
Workshop Facebook Marketing 101 (Portuguese Language)
 
Personagens Bíblicos
Personagens BíblicosPersonagens Bíblicos
Personagens Bíblicos
 
Dicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdf
Dicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdfDicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdf
Dicionário bíblico strong, hebraico, aramaico e grego em português pdf
 
todas as parbolas da biblia
 todas as parbolas da biblia todas as parbolas da biblia
todas as parbolas da biblia
 
2 apresentação institucional
2   apresentação institucional2   apresentação institucional
2 apresentação institucional
 
Itapua tripes cavalleri
Itapua tripes cavalleriItapua tripes cavalleri
Itapua tripes cavalleri
 
Marxism vs. Pan Africanism: A Scholarly Debate
Marxism vs. Pan Africanism: A Scholarly DebateMarxism vs. Pan Africanism: A Scholarly Debate
Marxism vs. Pan Africanism: A Scholarly Debate
 
Ciutats romanes
Ciutats romanesCiutats romanes
Ciutats romanes
 
Mini ngl law (1) mini dicionário
Mini ngl law (1) mini dicionárioMini ngl law (1) mini dicionário
Mini ngl law (1) mini dicionário
 

Semelhante a Dicionário de Astronomia em

Semelhante a Dicionário de Astronomia em (20)

Astronomia
AstronomiaAstronomia
Astronomia
 
Especialidade em Astronomia - Desbravadores
Especialidade em Astronomia - DesbravadoresEspecialidade em Astronomia - Desbravadores
Especialidade em Astronomia - Desbravadores
 
Especialidade de astronomia
Especialidade de astronomiaEspecialidade de astronomia
Especialidade de astronomia
 
O q existe no universo
O q existe no universoO q existe no universo
O q existe no universo
 
Atronomia
AtronomiaAtronomia
Atronomia
 
As astrônomas ♥
As astrônomas ♥As astrônomas ♥
As astrônomas ♥
 
A terra no espaço
A terra no espaço A terra no espaço
A terra no espaço
 
Gttp 2014 aula 1 definições
Gttp 2014 aula 1 definiçõesGttp 2014 aula 1 definições
Gttp 2014 aula 1 definições
 
Visita ao espaço
Visita ao espaçoVisita ao espaço
Visita ao espaço
 
Astronomia 2 - A esfera celeste
Astronomia 2 - A esfera celesteAstronomia 2 - A esfera celeste
Astronomia 2 - A esfera celeste
 
6 ano-atividade-complementar-2-o-sistema-solar
6 ano-atividade-complementar-2-o-sistema-solar6 ano-atividade-complementar-2-o-sistema-solar
6 ano-atividade-complementar-2-o-sistema-solar
 
Introdução à Astronomia
Introdução à AstronomiaIntrodução à Astronomia
Introdução à Astronomia
 
Astronomia
AstronomiaAstronomia
Astronomia
 
Paisagenscsmicas 100704084543-phpapp02
Paisagenscsmicas 100704084543-phpapp02Paisagenscsmicas 100704084543-phpapp02
Paisagenscsmicas 100704084543-phpapp02
 
Universo 2
Universo 2Universo 2
Universo 2
 
Universo 2
Universo 2Universo 2
Universo 2
 
Cosmologia - o Universo
Cosmologia - o UniversoCosmologia - o Universo
Cosmologia - o Universo
 
A terra no espaço
A terra no espaço A terra no espaço
A terra no espaço
 
Física - 1 ano - Estudo do universo
Física - 1 ano - Estudo do universoFísica - 1 ano - Estudo do universo
Física - 1 ano - Estudo do universo
 
IECJ - Cap. 3 - Universo e sistema solar - 6º ano do EFII
IECJ - Cap.   3 -  Universo e  sistema solar - 6º ano do EFIIIECJ - Cap.   3 -  Universo e  sistema solar - 6º ano do EFII
IECJ - Cap. 3 - Universo e sistema solar - 6º ano do EFII
 

Dicionário de Astronomia em

  • 1. Dicionário de Astronomia A aberração 1. Deslocamento aparente de um astro na direção em que se move a Terra, provocado pela composição das velocidades da luz e do nosso planeta. A aberração faz com que um astro pareça estar em uma direção diferente da real. 2. Defeito da imagem formada por um sistema óptico. As aberrações podem ser causadas pela não convergência dos raios luminosos (aberração esférica, astigmatismo, coma), pela deformação geométrica da imagem (curvatura de campo, distorção) e pela dispersão produzida pelo vidro das lentes (aberração cromática). aberração ânua Aberração da luz, produzida pelo movimento de revolução da Terra em torno do Sol. aberração cromática Aberração decorrente das diferenças de comprimento de onda de uma radiação policromática. aberração da luz Veja aberração. aberração das fixas Veja aberração ânua. aberração de esfericidade Veja Aberração esférica. aberração diurna Aberração da luz, produzida pelo movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo. aberração esférica Aberração monocromática em que um feixe de raios paralelos não converge para um mesmo ponto. aberração geométrica Veja Aberração monocromática. aberração monocromática Aberração de um sistema óptico, determinada fundamentalmente pela forma geométrica dos meios refratores que o constituem. aberração planetária Ângulo entre a direção aparente de um astro do sistema solar e a direção da reta que liga o observador à posição real do astro em um instante dado. aberração secular Aberração da luz, produzida pelo movimento de conjunto do sistema solar em direção ao ápex.
  • 2. abertura Diâmetro das lentes ou dos espelhos dos telescópios. A abertura é característica principal de um telescópio astronômico, determinando quanta luz um telescópio pode reunir. ablação Nome que se dá ao fenômeno de incandescência e som gerado pela entrada de um fragmento de cometa na atmosfera terrestre. absorção intersideral Absorção por minúsculas partículas de poeira. Estas partículas de poeira, com tamanho aproximado de 0,00001 cm, estão espalhadas por todo o espaço, mas concentram-se principalmente nas espirais da Galáxia. Como estas partículas absorvem mais luz vermelha do que azul, a quantidade de luz vermelha num corpo celeste visto da Terra pode ser utilizada para calcular sua distância. Quanto mais distante estiver a fonte de luz, mais luz avermelhada aparecerá. Este fenômeno é conhecido como avermelhamento intersideral. Acamar (Theta Eridani) O Branco, nome de origem árabe. Tal nome foi utilizado pela primeira vez nas Tábuas Afonsinas. Achernar (Alpha Eridani) Última do Rio, nome árabe da estrela que determina, na constelação Erídano, a foz do rio Eridanus. acompanhamento Movimento, paralelo ao equador celeste, realizado por um instrumento astronômico a velocidade constante, e que permite acompanhar o movimento diurno dos astros. Acrab (Beta Scorpii) O Escorpião, nome árabe que deu origem à constelação do Escorpião. acreção Acúmulo de poeira e gás em grandes corpos estelares, tais como estrelas, planetas e luas. Acrux (Alpha Crucis) Vocábulo formado pela associação da letra A ao nome da constelação em latim. Acubens (Alpha Cancri) As Garras, nome árabe para designar as garras do Caranguejo. Adams, John Couch (1819-1892) Astrônomo e matemático inglês, foi a primeira pessoa a prever a posição de uma massa planetária para além da órbita de Urano. Após Galle confirmar a existência de Netuno com base em cálculos independentes feitos por Le Verrier, os dois envolveram-se numa disputa pela prioridade de tal previsão. Adhafera (Zeta Leonis) A Juba, nome árabe que designa a juba do Leão. Adhara (Epsilon Canis Majoris) As Virgens, denominação árabe utilizada, originalmente, para definir o grupo de estrelas Omicron, Delta, Epsilon e Eta do Cão Maior.
  • 3. Adrastéia Adrastéia (JXV) é um dos menores satélite de Júpiter. Ele foi descoberto em 1979 por D. Jewitt e E. Danielson a partir de dados da Voyager 2. Adrastéia é o segundo satélite mais próximo de Júpiter. afélio Para um corpo em órbita elíptica (em forma de elipse) em torno do Sol, é o ponto da órbita onde um astro tem o maior afastamento do Sol. Oposto de periélio. Veja apside. Agena (Beta Centauri) O Joelho, provém da corruptela Algenu, transcrição árabe do latim para indicar a estrela situada no joelho esquerdo do Centauro. aglomerado Agrupamento de algumas dezenas até milhares de astros ligados entre si pela gravitação. aglomerado aberto Aglomerado assimétrico e cuja quantidade de estrelas varia de poucas até alguns milhares numa região localizada, geralmente, a muitos anos-luz de distância. Os aglomerados abertos são formados por estrelas jovens, quentes, de brilho intenso, que se deslocam separadamente. Elas estão situadas no disco da galáxia (por isto algumas vezes são chamados de aglomerados galácticos) que se situa nos braços espirais. Exemplos de aglomerados abertos: as Plêiades (M45), a Colméia (M44) e a Caixa de Jóias. Veja Aglomerado galáctico. aglomerado de galáxias Grupo de galáxias que é unido pela gravidade. A maior parte das galáxias encontra-se em aglomerados. Os aglomerados de galáxias podem ser compactos, com largura aproximada de 50.000 anos-luz, contendo de 10 a 50 galáxias de tipos diferentes. O Grupo Local, a qual pertence nossa galáxia, é um exemplo destes aglomerados. Outros aglomerados são do tipo difuso, com largura entre 10 e 50 milhões de anos- luz, contendo por volta de 1.000 galáxias de vários tipos. aglomerado estelar Aglomerado de estrelas. Os tipos são: aglomerado galáctico (ou aglomerado aberto) e aglomerado globular. aglomerado galáctico Aglomerado assimétrico e com poucas estrelas, próximo ao plano galáctico. São exemplos típicos as Plêiades. aglomerado globular Aglomerado muito denso e rico em estrelas antigas, com forma esférica. Localizam-se longe do plano galáctico e, às vezes, no espaço intergaláctico. Com um tamanho aproximado de 100 anos-luz, eles envolvem o núcleo galáctico. Eles se formaram a quase 13 bilhões de anos. Estes aglomerados contém anãs vermelhas, que possuem poucos elementos pesados, pois foram formadas antes dos elementos serem gerados nas explosões das supernovas. Poucos aglomerados globulares brilhantes, como Omega de Centauro e M13, aparecem como formas estranhas a olho nu. Se vivêssemos num planeta situado num aglomerado globular não existiria noite. As estrelas nestes aglomerados são tantas que seu brilho equivale ao de 20 luas cheias. Ain (Epsilon Tauri) O Olho, nome árabe que indica a posição desta estrela na constelação do Touro. Aladfar (Xi Lirae) Nome árabe que designa o toque do dedo na harpa.
  • 4. Alasco (Eta Ursae Minoris). Alazal (Pi Bootis). Al Baldah (Pi Sagittarii) O Povoado, nome de origem árabe. Albali (Epsilon Aquarii) O Sorvedouro, designação de origem árabe da estrela situada no sorvedouro do aguadeiro. albedo Razão entre o fluxo luminoso refletido por um corpo e o fluxo luminoso que ele recebe. Um espelho perfeito reflete toda a luz que recebe, então o seu albedo é 1. Um absorvente perfeito impede que qualquer luz escape, então o seu albedo é 0. A Terra reflete cerca de 40% da luz que recebe do Sol, então o seu albedo é 0,4. Albireo (Beta Cygni) O Bico, em virtude de a estrela ocupar esta posição na imagem representativa do Cisne. Alchiba (Alpha Corvi) A Tenda, nome de origem árabe. Alcor (Zeta Ursae Majoris) A Fraca, designação árabe que indica ser o brilho desta estrela inferior ao de Mizar com que forma um par visível a olho nu. Alcyone (Eta Tauri) Alcione, nome de origem grega de uma das sete filhas de Atlas que formam o aglomerado das Plêiades. Aldebaran (Alpha Tauri) Aquele que vem antes da Estrela da Água, isto é, das Plêiades. Alderamin (Alpha Cephei) O Braço Direito, nome de origem árabe que indica a posição que ocupa esta estrela na figura representativa de Cefeu. Aldhanab (Beta Gruis) A Cauda, nome de origem árabe que designa a cauda do peixe, pois os árabes, dentre eles Al Sufi, colocavam o Peixe Austral na atual constelação do Grou. Aldhibain (Eta Draconis) As Duas Hienas, expressão empregada pelos árabes para designar Xi e Eta. Aldrin, Edwin Eugene (1930) Co-piloto da primeira missão de aterrissagem lunar, em 20 de julho de 1969. Como assistente de Neil Armstrong, tornou-se o segundo ser humano a pisar na superfície da Lua, no passeio de duas horas e meia na superfície lunar, durante a missão Apolo 11. alfa do Centauro Sistema sideral mais próximo ao Sol. Situada a apenas 4,3 anos-luz, Alfa do Centauro é um sistema sideral triplo composto por uma anã vermelha e duas estrelas muito semelhantes ao Sol. As três estrelas de Alfa do Centauro, em conjunto, apresentam magnitude aparente de -0,27. Alfirk (Beta Cephei)
  • 5. O Rebanho, nome árabe do grupo estelar formado pela atual constelação de Cefeu. Algenib (Gamma Pegasi) A Asa do Cavalo, nome árabe da constelação de Pégaso. Algenubi (Epsilon Leonis) A Sulista, a estrela sul na cabeça do Leão, como a designavam os árabes. Alga (Theta Serpentis) Veja Alya. Algieba (Gamma Leonis) A Testa do Leão, nome de origem árabe; apesar desta designação a estrela se situa no ombro do Leão. Algeiba Veja Algieba. Alginal (Beta Corvi). Algjebbah (Eta Orionis) A Espada do Gigante, nome árabe. Algol (Beta Persei) A Cabeça do Vampiro, nome oriundo da simplificação da expressão árabe ras-al-ghoul. Também chamada de a Estrela do Demônio, Algol representa a cabeça decapitada de Medusa, que foi morta por Perseu. Algol foi classificada como uma estrela binária eclipsante pelo astrônomo inglês John Goodricke, em 1782. Mais tarde os astrônomos descobriram que, na verdade, Algol é um sistema sideral triplo. Algorab (Delta Corvi) O Corvo, designação árabe deste asterismo. Alhena (Gamma Geminorum) A Marca de Ferro, denominação árabe formada, na realidade, pelas estrelas Gama e Xi dos Gêmeos, indica o estigma feito no pescoço dos camelos. Alifa (Zeta Ursae Minoris) Os Dois Bezerros, designação proveniente da expressão árabe, Alifa al Farkadain. Alioth (Epsilon Ursae Majoris) A Cauda, nome árabe para designar a cauda da Ursa Maior. Alkaffaljidhima Veja Kaffaljidhma. Alkaid (Eta Ursae Majoris) O Condutor, nome que os antigos árabes davam ao chefe das carpideiras que choravam o morto do esquife, que era para eles o Carro da Ursa Maior.
  • 6. Alkalurops (Mu Bootis). Alkes (Alpha Crateris) A Taça, nome de origem árabe. Almagesto Nome de origem árabe de um dos mais antigos catálogos estelares, compilado por Ptolomeu. Almak (Gamma Andromedae) A Cabrinha, nome árabe do qual existem as variantes Almaach e Almach. Alnahar (Delta Eridani) O Rio, nome de origem árabe. Al Nair (Alpha Gruis) A Brilhante, denominação árabe da estrela mais brilhante do Grou, usada às vezes para Zeta Centauri. Al Nash (Gamma Sagittarii) A Ponta, vocábulo que designa a ponta da flecha. Alnilam (Epsilon Orionis) A Pérola, nome árabe para designar a mais bela das três estrelas que formam o cinto do Caçador, Órion (variante: Alnitham). Alnitak (Zeta Orionis) O Cinto, vocábulo árabe que designa a cintura do gigante Órion. Al Niyat (Tau Scorpii) A Aorta, denominação árabe que designa o coração do Escorpião, usada também para Alpha e Sigma Scorpii. alongamento 1. Ângulo, visto da Terra, formado pelo Sol e um planeta (ou a Lua). 2. Ângulo formado entre um planeta inferior e o horizonte ao amanhecer e ao anoitecer. Alphard (Alpha Hydrae) A Solitária, nome árabe que indica a estrela Alpha Hydrae, que está isolada das demais estrelas da constelação. Alpheca (Alpha Coronae Borealis) A Mais Bela da Coroa, nome de origem árabe para designar a estrela mais bela desta constelação. Empregam-se também os nomes Gemma, Margarita e Pérola. Estes dois últimos, tradução de denominações provenientes do chinês. Alpheratz (Alpha Andromedae) O Cavalo, nome árabe da constelação de Andrômeda que passou a designar a estrela mais brilhante desta constelação. Alrai (Gamma Cephei) O Pastor, nome de origem árabe. Al Rischa (Alpha Piscium) A Medula Espinhal, nome de origem árabe.
  • 7. Alsafi (Sigma Draconis) Tripé, vocábulo árabe empregado pelos nômades para designar o tripé das suas cozinhas ao ar livre. Alshain (Beta Aquilae) A Águia, alguns autores afirmam que este nome designava o travessão da balança. Altair (Alpha Aquilae) O Pássaro Que Voa, nome árabe da antiga constelação formada pelas estrelas Alfa, Beta e Gama da Águia. Al Tais (Epsilon Draconis) A Cabra, designação de origem árabe. Al Tarf (Beta Cancri) O Fim, designação árabe para indicar a extremidade do pé mais ao sul. altazimute Montagem que permite movimentar um telescópio para cima e para baixo (altitude) e para a esquerda e direita (azimute). Este tipo de montagem é muito utilizada nos telescópios caseiros do tipo Dobsonianos. Alterf (Lambda Leonis) Extremidade, nome árabe do sétimo manzil. Altalimain Veja Althalimain. Althalimain (Lambda Aquilae) Dois Avestruzes, designação empregada para as estrelas Iota e Lambda da Águia. altitude Em Astronomia, o ângulo de elevação de uma estrela, medido a partir do horizonte. altura Uma das duas coordenadas horizontais. Distância angular entre o horizonte e um ponto da esfera celeste, contada segundo o círculo vertical que passa por esse ponto. A partir do plano horizontal, de 0 a 90º do lado do zênite e de 0 a 90º do lado oposto. Seu complemento é a distância zenital. Alubra (Eta Canis Majoris) Pata, tal denominação de origem árabe representa a pata dianteira esquerda do Cão Maior. Aludra (Eta Canis Majoris) As Virgens, nome que, segundo a uranografia árabe, designa o asterismo formado por quatro estrelas. Alula Australis (Xi Ursae Majoris) A Primeira do Sul, tal nome provém da expressão árabe AI Kafzah al Ula, que significa o Primeiro Salto. Como esta se encontra mais ao sul, o uso fez com que fosse denominada a Primeira ao Sul em relação a Alula Borealis. Alula Borealis (Nu Ursae Majoris)
  • 8. A Primeira do Norte. Veja a explicação em Alula Australis. Alya (Theta Serpentis) A Lúcida, denominação árabe do Catálogo de Palermo, às vezes erroneamente escrita sob a forma Alga. Amaltéia Também chamado de JV, este é o 3o satélite mais próximo de Júpiter e o maior entre os seus pequenos satélites. Amaltéia foi descoberto em 1892 por Edward Emerson Barnard. É um satélite pequeno, com um diâmetro de 189 km. Amaltéia é o satélite com a maior velocidade entre todos os conhecidos. Ele está em órbita a uma distância média de 181.300 km de Júpiter e leva aproximadamente 12 horas para realizar sua órbita em torno deste planeta. Como a maioria dos satélites de Júpiter ele está em órbita síncrona com o planeta. amplitude no ocaso Azimute de um astro no seu ocaso. amplitude ortiva Amplitude de um astro no seu nascer. amplitude térmica Diferença entre os valores das temperaturas máxima e mínima registradas num mesmo lugar, durante um período determinado. anã branca Estrela densa, quente e de baixa luminosidade depois de ter gasto todo o seu suprimento de combustível nuclear e que se encontra no seu estágio final de evolução. Seu diâmetro equivale a 1/100 do raio do Sol. A densidade das anãs brancas é 1.000.000 de vezes superior à da água. Embora geralmente sejam brancas, estas estrelas podem ser de qualquer cor, sendo que esta depende da temperatura de sua superfície. A anã branca mais famosa é Sirius B, companheira da estrela Sirius. anã marrom É um objeto pequeno e opaco, com uma massa entre 0,013 e 0,080 massas solares (o que equivale de 13 a 80 massas de Júpiter). Isto significa que sua massa não é suficiente para iniciar o processo de reação nuclear que transforma hidrogênio em hélio, no entanto, ele é suficientemente grande para realizar a fusão do deutério. As anãs marrom são maiores do que os planetas mas menores do que as estrelas. anã negra Anã branca em elevado grau de degeneração, perdendo todo o brilho e tornando-se ainda mais densa. Inacessível à observação comum. Acredita-se que nossa galáxia ainda seja muito jovem para conter estrelas desse tipo. anã vermelha Menor estrela da seqüência principal e provavelmente o tipo mais comum de estrela. Os astrônomos acreditam que 80% de todas as estrelas sejam anãs vermelhas. As anãs vermelhas possuem a superfície fria e, como fundem seu combustível nuclear vagarosamente, elas brilham 50 bilhões de anos. Devido ao seu pequeno tamanho e baixa temperatura (2.000 a 3.000 K), sua luminosidade corresponde a apenas 5% a 0,01% da do Sol. Em conseqüência os astrônomos só conseguem ver as anãs vermelhas que estão a até 100 anos-luz de distância. analema Projeção ortogonal da esfera sobre o coluro dos solstícios. analemática Arte de usar o analema para determinar a posição de um astro. Ananke
  • 9. Ananke (JXII) é o 13o dos satélites de Júpiter e foi descoberto em 1951 por S. Nicholson. Sabe-se muito pouco sobre Ananke. Ele tem 30 km de diâmetro e está em órbita a 21.200.000 km de Júpiter, realizando seu movimento orbital em 631 dias terrestres. Sua órbita é retrógrada ou seja, está orbitando em um sentido oposto ao sentido de rotação de Júpiter. Anaxagoas (500-429 a.C.) Filósofo e astrônomo grego que acreditava que os objetos na Terra e no Céu eram compostos pelas mesmas substâncias. Ele achava que o Sol era uma grande rocha brilhante, como um pedaço de carvão aceso colocado no céu. Ele disse, acertadamente, que a lua refletia a luz do sol explicando, assim, porque a lua escurece durante um eclipse. Anaximander (610-545 a.C.) Astrônomo e filósofo grego considerado o pai da astronomia. Ele acreditava, corretamente, que a Terra era um corpo celeste frio e sólido. Infelizmente, difundiu a idéia de que as estrelas estavam presas num globo gigante que girava ao redor da Terra, que também seria fixa. Este pensamento só foi corrigido 2.000 anos depois por Kepler e Galileo. Ancha (Theta Aquarii) Quadril, nome árabe que indica a posição da estrela na cintura do Aguadeiro. Andrômeda, Galáxia de Objeto celeste mais distante que pode ser visto a olho nu. A Galáxia de Andrômeda, também chamada de M31, é uma galáxia espiral similar à Via Láctea. Ela aparece como um mancha ovalada de luz na constelação de Andrômeda. As observações desta galáxia revelam que ela se situa a aproximadamente 2,1 milhões de anos-luz da Terra e contém 300 bilhões de estrelas. Imagens desta galáxia mostram que nela há faixas claras e escuras, aglomerados e supernovas. A Galáxia de Andrômeda possui diversas galáxias satélites similares às Nuvens de Magalhães. A Galáxia de Andrômeda, a Via Láctea, e outras galáxias menores pertencem a um aglomerado chamado Grupo Local. anel ou auréola 1. Anel observável, em algumas circunstâncias, em torno da imagem de uma estrela numa fotografia. Trata-se simplesmente de um efeito fotográfico. 2. Matéria que circula ao redor de um corpo celeste, por exemplo, os anéis de Saturno, os anéis de cometas, etc. anel asteroidal ou asteróidico Veja anel de asteróides. anel astronômico Instrumento astronômico antigo usado para se determinar a altura do Sol. anel de asteróides Região do espaço percorrida pela maior parte dos asteróides situados entre as órbitas de Marte e Júpiter. anel de Bishop Halo lunar ou solar com características especiais, causado por partículas de poeira vulcânica na alta atmosfera, observável quando o astro está próximo ao horizonte. anel de Einstein Anel de luz ao redor de um corpo maciço esférico com intenso campo gravitacional, visível em dadas condições de observação. anel de fogo Delgado anel luminoso que se forma ao redor do disco lunar durante um eclipse anular do Sol.
  • 10. anel de Kuiper Reservatório de cometas existente no plano da eclíptica, além da região ocupada pelos planetas; cinturão de Kuiper. anel montanhoso Arena circular de dimensões inferiores às planícies cercadas por elevações, na superfície da Lua ou de um planeta. Angetenar (Tau Eridani) O Meandro do Rio, variação usada nas Tábuas Afonsinas, proveniente da expressão árabe Al Hinayat al Nahr, que Riccioli escreveu como Angentenar e Scaligar, Anchenetenar. angstrom (Â) Unidade de comprimento equivalente à centésima milionésima parte do centímetro. O nome angstrom foi da do em homenagem a Anders Jonas Angstrom (1814-1874) que estudou o espectro das ondas de energia (luz visível, raios ultravioletas, etc.) do Sol. Os angstroms são geralmente usados para expressar o comprimento onda da luz, sendo que a luz visível classifica-se entre 4.000 e 7.000 angstroms. ângulo de Posição Ângulo formado por duas estrelas binárias em relação ao norte. O ângulo é uma medida em sentido horário da posição das estrelas mais esmaecidas em relação às mais brilhantes, que pode chegar a 360º. Ankaa (Alpha Phoenicis) Extremidade, termo árabe. ano Tempo que a Terra leva para orbitar o Sol. O ano que nós usamos é o tropical que se baseia no tempo entre dois equinócios de primavera e dura 365,2422 dias. O ano sideral, que é calculado pela posição da Terra em relação a outras estrelas exceto o Sol, é um pouco mais longo devido a precessão e dura 365,3564 dias. O ano anomalístico, que é o período entre um dos periélios da Terra até o próximo,e, que é afetado pela força gravitacional dos outros planetas, dura 365,2596 dias. ano anomalístico Período de uma revolução completa da Terra em torno do Sol, referido à passagem pelo periélio, e que equivale a 365 dias, 6 horas, 13 minutos e 53 segundos médios. ano grande Período de um ciclo completo dos equinócios em redor da eclíptica, e que é de aproximadamente 25.800 anos. ano-luz Unidade de comprimento igual à distância que a luz percorre em um ano, ou seja, 9,46 trilhões de quilômetros (9.460.000.000.000 km, ou 9,46x1012 km). ano lunar Período que compreende 12 revoluções lunares. ano platônico Veja ano grande. ano sideral O tempo necessário para que a Terra complete uma revolução na sua órbita, em relação às estrelas fixas, e que equivale a 365,25636 dias solares médios.
  • 11. ano solar Período que compreende um número inteiro de dias e corresponde à revolução da Terra em torno do Sol. anomalia 1. Ângulo que define a posição de um astro em sua órbita. 2. Qualquer desigualdade periódica no movimento orbital de um planeta. anomalístico Referente à evolução de um astro, tendo como origem o periastro. Antares Centro de pesquisa no campo das ciências astronômicas, astrofísicas, física solar, atmosféricas e sensoriamento remoto localizado na cidade de Feira de Santana - Bahia. Sua sigla é OAA. Antares (Alpha Scorpii) Rival de Marte, nome de origem latina que registra a rivalidade dos dois objetos mais avermelhados do céu. antena Dispositivo destinado a captar ou emitir radiações radioelétricas. Ver radiotelescópio, radioastronomia. anticrepúsculo Iluminação difusa do lado oposto ao do Sol, antes do nascer e após o ocaso desse astro. antípoda O ponto que está diretamente no lado oposto do planeta. antinodo Uma das interseções de órbita de um astro com a reta perpendicular à linha dos nodos, reta que passa pelo foco e está contida no plano da órbita. Antoniadi, Eugene M. (1870-1944) Astrônomo francês que produziu ótimos mapas siderais, traçando a localização de Mercúrio e Marte. Antoniadi inventou a escala de Antoniadi, que fornece uma medida da qualidade de observação (chamada visão). O número 1 na escala de Antoniadi significa um céu perfeito enquanto o valor 5 representa exatamente o oposto. apastron Ponto na órbita das estrelas duplas onde elas estão mais separadas. apéx Designação dada ao ponto do céu para onde se dirige o Sol com seu sistema planetário. Também chamado apéx solar, coincide com o eixo da direção do Sol em movimento helicoidal, rumo a um ponto situado entre as constelações de Hércules e Lira, aproximadamente 38° N de declinação e 18 h de ascensão reta. ápice solar Veja apéx apoastro Ponto da órbita de um astro no qual este se encontra mais afastado do seu centro de atração.
  • 12. apocatástase Revolução periódica de um astro. apofoco Apside de uma órbita elíptica, na qual o astro secundário se encontra mais afastado do centro de forças. apogeu Para um corpo em órbita elíptica em torno da Terra (a Lua ou um satélite artificial, por exemplo), é o ponto da órbita onde um astro tem o maior afastamento da Terra. Oposto de perigeu. Veja apside. Apollo Missões americanas, concluídas em 1972, que levou 12 astronautas americanos na Lua. Equipamento da Apolo: A nave espacial era composta por três partes: o módulo de comando, o módulo de serviço e o módulo lunar. O módulo de comando, em forma de cone, abrigava os astronautas durante a viagem. Atrás dele localizava-se o módulo de serviço, em forma de cilindro, contendo energia e combustível para alimentar a nave, bem como comida e oxigênio. As câmeras fotográficas e os filmes, que seriam utilizados durante o passeio espacial, também estavam estocados no módulo de serviço. E, finalmente, o módulo lunar que pousaria com os astronautas na Lua e os lançaria de volta na órbita lunar. Todos estes módulos foram levados ao espaço pelo foguete Saturno V, porém só o módulo de comando retornou à Terra. As Missões: A NASA testou as naves Apolo nas primeiras missões do programa Apolo. Três astronautas (Virgil I. Grissom, Edward H. White e Robert B. Chaffee) morreram durante um teste num trágico incêndio. Esta tragédia atrasou 18 meses o programa Apolo. Depois, a Apolo 7 lançou um módulo de comando e um de serviço na órbita da Terra. Foram efetuados testes que a NASA descreveu como sendo "101 por cento bem sucedidos". Após o triunfo da Apolo 7, a Apolo 8 lançou astronautas na órbita da Lua. Pela primeira vez seres humanos saíram do campo de gravidade da Terra e circundaram um mundo alienígena. As duas missões Apolo que se seguiram testaram o módulo lunar e ensaiaram a aterrissagem na Lua. Em julho de 1969, a Apolo 11 cumpriu o desafio lançado por Kennedy fazendo aterrissar Neil Armstrong e Edwin Aldrin no Mar de Tranqüilidade. Os dois astronautas andaram sobre a superfície lunar durante duas horas e meia, recolhendo pedras e fazendo experiências. Depois disto, a Apolo 12 aterrissou próxima à sonda espacial Surveyor 3 que havia chegado à Lua 3 anos antes. Em seguida aconteceu a infeliz viagem da Apolo 13. Quando o módulo de comando da Apolo 13 foi lançado em direção à Lua, um tanque de oxigênio do módulo de serviço explodiu. Durante três dias, os astronautas sobreviveram com um mínimo de energia no módulo lunar. Para alívio do mundo todo, eles conseguiram retornar em segurança à Terra. A Apolo 14 marcou o início de uma tendência de se efetuar pesquisas científicas mais aprofundadas durante as missões lunares. Durante passeios lunares mais demorados, os astronautas provocaram descargas elétricas para testar as características sísmicas da Lua. Também posicionaram refletores a laser na superfície lunar que permitiram, aos cientistas, determinar a distância da lua. A Apolo 15 levou os primeiros jipes lunares. Com este veículo movido à bateria, os astronautas exploraram a superfície lunar a milhas de distância do lugar onde haviam aterrissado. A Apolo 16 foi a única a pousar nas montanhas da Lua. As rochas alí coletadas demonstraram que esta região é muita antiga. A Apolo 17 bateu todos os recordes: os astronautas permaneceram 3 dias na Lua, fizeram uma passeio que durou 22 horas e coletaram mais de 400 kgs de amostras de rochas. O programa Apolo foi cancelado pela NASA após a Apolo 17. Os cortes no orçamento e a falta de competição com a União Soviética provocaram a falta de incentivo para que ele continuasse. apside Nome genérico dos pontos de maior afastamento ou de menor afastamento de um corpo que está em órbita de outro. Quando nos referimos ao Sol ou à Terra, existem nomes específicos (apogeu e perigeu para a Terra, e afélio e periélio para o Sol). apulso Configuração celeste em que dois astros se encontram a uma distância aparente muito pequena. arco coronal Arco solar que se estende até a coroa. arco crepuscular Segmento de arco diurno de um astro, que vai da interseção com o horizonte racional até uma distância zenital de 108°. arco diurno Arco de paralelo celeste, descrito por um astro, em seu movimento diurno, acima do horizonte.
  • 13. arco eruptivo Proeminência solar com a forma de arco. arco protuberancial Arco solar que se forma associado a uma protuberância. Arcturus (Alpha Bootis) A Guarda da Ursa Maior, nome de origem grega, segundo o qual Arcturus dá guarda à Ursa Maior, que lhe fica acima. Arecibo, Observatório de Maior radiotelescópio do mundo, localizado na montanhas de Porto Rico. Construído numa cratera natural em 1963, este radiotelescópio de 305 metros não pode ser movimentado, mas recebe sinais do céu desde 43 graus ao norte até 6 graus ao sul. argumento da latitude Ângulo medido sobre a órbita de um astro, na direção de seu movimento, a partir do nodo ascendente. É a soma do argumento do periastro com a anomalia verdadeira. argumento de periélio Arco de círculo máximo, da esfera celeste, contado no sentido positivo, do nodo ascendente até o periélio. argumento do periastro Distância angular medida sobre o plano da órbita, entre a linha dos nodos e a linha das apsides. Ariel Ariel (UI) é o mais brilhante e um dos maiores satélites de Urano. Descoberto em 1851 pelo astrônomo amador inglês William Lassell, ele tem um diâmetro de 1.158 km e está em órbita a uma distancia média de 190.930 km de Urano, completando uma revolução em torno do planeta a cada 50,5 horas terrestres. Supõe-se que Ariel seja composta por água congelada misturada com metano congelado. Aristarcos de Samos (280-264 a.C.) Astrônomo grego que propôs um modelo heliocêntrico para o Sistema Solar. Aristarcos notou que a Terra roda em torno do seu eixo e tem um movimento de revolução em torno do Sol. Ele estimou quão longe o Sol e a Lua estão da Terra e qual o tamanho do Sol e da Lua. Arquimedes e Plutarco escreveram os trabalhos de Aristarcos. Ele também calculou um valor relativamente preciso para o comprimento do ano solar. Aristóteles (384-322 a.C.) Considerava o círculo e a esfera como formas perfeitas e imutáveis. Sua idéia de um universo geocêntrico dominou a Astronomia por mais de 1.500 anos. Para Aristóteles, as estrelas estariam engastadas como pedras preciosas no interior de uma esfera oca, em cujo centro residia, imóvel, a Terra. Arkab (Beta Sagittarii) O Tendão, tal vocábulo, assim como a sua variante Urkab, provém da expressão árabe Al Urkub. Armstrong, Neil Alden (1930) Astronauta americano que iniciou sua carreira como piloto de testes e cuja primeira missão espacial foi no comando da nave Gemini 8 em 1962. Durante este vôo, um problema nos propulsores fez com que a cápsula ficasse fora de controle, forçando- o a fazer um pouso de emergência. Como comandante da missão Apolo 11 em julho de 1969, Armstrong tornou-se a primeira pessoa a andar na Lua. Após uma aterrissagem bem sucedida, ele e Edwin Aldrin exploraram o Mar de Tranqüilidade durante duas horas e meia, coletando rochas e fazendo experiências.
  • 14. Arneb (Alpha Leporis) A Lebre, designação árabe oriunda de Al Arnab. Existe a variação Arnab, assim como a corruptela Arsh. arqueoastronomia Ciência que tem por objetivo estudar os conhecimentos astronômicos dos povos antigos, em especial os do período pré- histórico. Ascella (Zeta Sagittarii) Axila, designação proveniente da versão latina do Almagesto de 1515. ascenção reta Uma das duas coordenadas equatoriais. É o ângulo de um astro no sentido leste-oeste, medido a partir do ponto gama, no sentido direto. Exprime-se em horas e frações hexadecimais. Equivale à longitude na esfera celeste. ascensão reta geocêntrica Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida ao centro da Terra. ascensão reta heliocêntrica Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida do centro do Sol. ascensão reta selenocêntrica Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida ao centro da Lua. ascensão reta topocêntrica Ascensão reta de um ponto da esfera celeste, referida ao ponto de observação. Asellus (Theta Bootis) O Pequeno Asno, vocábulo de origem latina, usado por Bayer, para designar as estrelas Alfa, Iota e Chi do Boieiro, respectivamente, como Primus, Secundus e Tertius. Asellus Australis (Delta Cancri) O Pequeno Asno do Sul, denominação latina empregada no Almagesto Latino de 1515. Asellus Borealis (Gamma Cancri) O Pequeno Asno do Norte, vocábulo de origem latina em oposição ao Asellus Australis. Aspidiske (Iota Carinae) Aplustre, vocábulo de origem grega que designa o escudo ornamental utilizado na popa dos navios. Veja Scutulum. As Rabis (Mu Draconis) O Dançador, nome árabe utilizado no catálogo de Ulug Beg. Existem as formas Arrakis e Errakis, entretanto de pouco uso. associação estelar Expressão criada pelo astrônomo russo V. Ambarzumian para designar grupo de dezenas de estrelas jovens de características físicas análogas, de fraca densidade de distribuição no espaço e de origem comum, geralmente, mergulhadas na matéria interestelar da qual parecem ter surgido. Tais grupos, por serem pouco densos, devem ter uma vida relativamente curta, constituindo-se de estrelas muito jovens. Admite-se que todas as estrelas de uma associação provêm de uma concentração local de matéria interestelar. O diâmetro das associações são de 50 a 400 anos-luz.
  • 15. asterismo Grupo de estrelas que se destacam dentro de uma constelação. São estrelas reconhecidas por formarem figuras no céu. O Cruzeiro do Sul (Crux) é um asterismo e existem muitas outras estrelas na constelação que não fazem parte do desenho característico da cruz. asteróide Pequeno corpo que orbita em torno do Sol. Também são chamados de planetóides. Caso o corpo seja muito pequeno, passa a se chamar meteoróide, em vez de asteróide. A maioria dos asteróides conhecidos têm órbita entre Marte e Júpiter, formando o cinturão de asteróides, mas existem muitos asteróides com órbitas fora do cinturão. Existe outro grande anel de asteróides, chamado cinturão de Kuiper, que inicia nas proximidades da órbita do planeta Netuno (a cerca de 40 A) e se estende até cerca de 100 A. Alguns asteróides possuem órbitas com características semelhantes, por isso são agrupados em famílias ou grupos (como os asteróides Amor ou os asteróides Apolo). O maior asteróide conhecido, Ceres, tem o diâmetro de 1.003 km. Muitos, bem menores, não possuem forma esférica, podendo sua forma lembrar uma pedra ou uma batata. Em torno do asteróide Ida foi descoberto um satélite de apenas 1,6 km, o menor satélite natural conhecido, batizado de Dactyl. Atualmente, os astrônomos conseguem visualizar mais de 2.500 asteróides. Astérope (21 Tauri) Astérope, nome latino que designa acima das estrelas do aglomerado aberto das Plêiades, significa tão brilhante quanto um astro, era uma das filhas de Atlas. astro Designação genérica de qualquer corpo celeste, exceto meteoros. astro acrônico Astro que nasce quando o Sol se põe, ou que se põe quando o Sol nasce. astro fictício Planeta fictício, com um período idêntico ao de um planeta real, mas que descreve o seu movimento a uma velocidade constante, imaginado pelos astrônomos para se estudar o movimento orbital dos planetas. astro fixo Astro cuja posição na esfera celeste varia muito lentamente (as estrelas, as nebulosas, os cúmulos e as galáxias). astro móvel Astro cuja posição na esfera celeste varia rapidamente (os componentes do sistema solar). astrobotânica Ramo da astrobiologia que estuda a probabilidade de vida vegetal própria e a possibilidade de vida dos vegetais terrestres em outros astros. Astrofísica Ramo da astronomia que trata da constituição das propriedades físicas e evolução dos objetos celestes e dos diversos meios que os compõem. astrofotografia Aplicação da técnica fotográfica à astronomia. astrofotometria Parte da astronomia que tem por fim a medição da intensidade luminosa de um astro. astrofotômetro
  • 16. Fotômetro que serve para medir a luminosidade de um astro. astrogeologia Ciência de aplicação da geologia ao estudo do solo dos astros, e particularmente da Lua. astrógrafo Instrumento astronômico destinado a determinar a posição dos astros pela fotografia. astrolábio Instrumento astronômico inventado por Hiparco, astrônomo e matemático (séc. II a.C.), para medir altura dos astro acima do horizonte. Modernamente foi aperfeiçoado, e é um dos instrumentos fundamentais da astrometria. astrolábio de prisma Instrumento astronômico capaz de determinar simultaneamente a latitude e a hora pela observação do instante em que várias estrelas atingem determinada altura fixa acima do horizonte, antes ou depois da passagem meridiana, dependendo do prisma utilizado (de 45° ou de 90°). astrolábio impessoal Astrolábio de prisma dotado de aperfeiçoamentos que diminuem consideravelmente o efeito dos erros acidentais de observação. astrometria Ramo da astronomia que trata da medição da posição, dimensões e movimentos dos corpos celestes; astronomia métrica, astronomia de posição. astrônimo Nome próprio de astros em geral (estrelas, planetas, constelações, etc.). Ex.: Vênus, Terra, Lua. Astronomia 1. Ciência dos astros. Genericamente, ciência de todos os objetos e fenômenos celestes. 2. Nome de uma das quatorze constelações estabelecidas por Lacaille no hemisfério austral, como referência à ciência da astronomia. Esta constelação estaria situada entre Hydra (Hidra) e o Navio (Argo), próximo ao Trópico de Capricórnio, com estrelas de quarta à sexta magnitudes, sendo a mais brilhante de magnitude 4,5. 3. Asteróide 1154, descoberto em 8 de fevereiro de 1927 pelo astrônomo alemão Karl Reinmuth (1892-1979) no Observatório de Heidelberg. Astronomia arqueológica Veja arqueoastronomia. Astronomia de campo Ramo da astronomia que trata da determinação precisa das coordenadas geográficas de um ponto sobre a superfície da Terra. Astronomia de posição ou métrica Veja astrometria. Astronomia descritiva Ramo da astronomia que cuida da descrição do Universo. Astronomia dos Raios Gama Estudo do espaço através do exame das radiações com comprimentos de onda inferiores a um angstrom.
  • 17. Astronomia dos Raios X Estudo do espaço utilizando radiações eletromagnéticas com comprimentos de onda entre 0,1 e 300 angstrons (raios X). Astronomia elementar Denominação correta do estudo da astronomia em nível inicial. Astronomia estelar Ramo da astronomia que estuda as estrelas. Astronomia fundamental ou geral Ramo da astronomia que estuda os aspectos básicos dessa ciência. Astronomia Infravermelha Estudo do espaço utilizando radiações com comprimentos de onda que variam de 7.800 angstroms (luz vermelha) até 1 milímetro (microonda). Astronomia instrumental ou prática Ramo da astronomia que trata dos instrumentos e de sua utilização. Astronomia meteórica Veja meteorografia. Astronomia Ultravioleta Estudo dos corpos celestes do universo que irradiam, basicamente, energia ultravioleta, que se situa entre a luz visível e os raios X, e cujo comprimento de onda varia entre 300 e 3000. astroscópio Instrumento inventado, no fim do séc. XVII, para facilitar a pesquisa dos astros, composto de dois cones sobre cuja superfície as constelações com as estrelas são delineadas. Foi inicialmente utilizado para substituir o globo celeste. astrostática Parte da astronomia que estuda o volume dos astros e das respectivas distâncias. Atik (Omicron Persei) A Praia, vocábulo grego relacionado com akte, praia. atividade solar Conjunto de fenômenos físicos localizados no Sol, e que caracterizam o estado desse astro. Atlas Atlas (SXV) é um dos menores satélites de Saturno tendo sido descoberto por R. Terrile, em 1980, a partir de dados obtidos pela sonda espacial Voyager 1. Atlas está em órbita a aproximadamente 137.670 km de Saturno e seu período orbital é de 0,6019 dias terrestres. Atlas (27 Tauri) Pai das Plêiades; segundo a lenda, o gigante Atlas suportava na nuca o globo terrestre.
  • 18. atmosfera Camada gasosa que têm as estrelas, quase todos os planetas e muitos satélites do Sistema Solar. É uma camada gasosa que circunda um planeta ou outros corpos celestes. Não costuma ter um limite definido mas debilita-se gradualmente, até que sua densidade não seja maior que a do espaço circundante. átomo Bloco de matéria. O átomo é formado por três partes principais: prótons e nêutrons,que formam o núcleo, e elétrons que circundam o núcleo. O átomo possui uma quantidade igual de elétrons e prótons e é classificado de acordo com o número de prótons que há em seu núcleo. Atria (Alpha Trianguli Australis) Vocábulo formado pela associação da letra A e a abreviatura do nome da constelação. AU Antiga sigla em inglês para unidade astronômica (de "astronomical unit"). A sigla atualmente adotada é A. aurora Brilho na Ionosfera de um planeta causado pela interação entre o campo magnético do planeta e partículas solares com carga elétrica. aurora boreal Denominada de "Luzes do Hemisfério Norte"; fenômeno causado pela interação entre o vento solar, o campo magnético da Terra e a camada superior da atmosfera. Efeito similar ocorre no hemisfério sul, e é conhecido como aurora australis. austral Relativo ou pertencente ao sul. Avior (Epsilon Carinae). Azelfafage (Pi Cygni) Pata do Cavalo, corruptela da forma Adelfalferes, que provém do árabe Al Thilf al Faras. Azha (Eta Eridani) Ninho de Avestruz, vocábulo usado por Al Sufi para o equivalente Ashiyane dos persas. azimute Umas das duas coordenadas horizontais. Distância angular, medida sobre o horizonte, a partir de um ponto origem, geralmente o Sul, no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido inverso ou retrógrado, até o círculo vertical que passa por um dado ponto da esfera celeste. Em astronomia é sempre contado de 0º a 360º, a partir do Sul no sentido SWNE, enquanto em outras disciplinas é contado a partir do Norte. B Baade Walter (1893-1960) Nos anos 40, através da utilização do telescópio de 254 cm do Monte Wilson Baade descobriu que a distância até a Galáxia de Andrômeda era duas vezes maior do que se pensava. Isto fez com que os astrônomos duplicassem a escala que usavam para medir as distâncias intergalácticas (a distância entre galáxias), efetivamente dobrando o tamanho do universo. Baade tornou- se a primeira pessoa a tirar fotos de estrelas isoladas da Galáxia de Andrômeda. Também descobriu a existência de dois tipos de Estrelas, População 1 e População 2, cuja diferença está na quantidade de metais pesados que elas contém. As estrelas da População 2 são mais antigas e possuem poucos metais pesados,enquanto as da População 1 são mais jovens e contém uma quantidade maior de metais pesados.
  • 19. Baham (Theta Pegasus) Bestas, nome usado por Al Sufi que provém da expressão árabe Sa'd al Bahaim, ou seja, as boas sortes de duas bestas. baricentro Centro de massas elementares de um corpo. Centro de massa. O termo baricentro geralmente é aplicado ao sistema Terra- Lua. Barnard, Edwar Emerson (1857-1923) Astrônomo norte-americano, um dos pioneiros da fotografia astronômica. Identificou a nebulosa de reflexão que rodeia as estrelas do aglomerado das Plêiades, em fotografia de 1883, e compilou um importante catálogo sobre nebulosas escuras em 1919. Depois de Galileu foi o primeiro observador a descobrir Amaltéia, uma lua de Júpiter. Ele também descobriu 16 cometas e, em 1916, a estrela de Barnard, o segundo sistema estelar mais próximo do Sol. Barreira do Inferno Toponômio pelo qual é conhecida a primeira base brasileira de lançamentos de foguetes, situada próximo as parais do município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em operação desde 1965, ocupa uma área de 18 Km2, proporcionado apoio técnico e operacional aos lançamentos de veículos de sondagem de pequeno porte. Baten Kaitos (Zeta Ceti) Barriga da Baleia, vocábulo proveniente da expressão árabe Al Batn al Kaitos. Bayer, Johann (1572-1625) Astrônomo alemão que criou um sistema, utilizado até hoje, de nomear as estrelas com letras do alfabeto grego e latino por ordem de luminosidade na constelação onde se encontram. Por exemplo, a estrela mais brilhante da constelação de Dragão seria Alfa de Dragão, a segunda Beta de Dragão, e assim por diante. Em 1603, publicou o primeiro atlas sideral, contendo mais de 2.000 estrelas, chamado "Uranometria". Bean, Alan Lavern (1932) Astronauta americano que pousou na Lua com a missão Apolo 12 e comandou a segunda estação espacial Skylab. Beid (Omicron Eridani) Ovo, provém do árabe Al Bais, ou seja, o ovo do ninho de avestruz. Veja Azha. Belinda Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2. Bellatrix (Gamma Orionis) A Guerreira, termo latino. bendegó Meteorito siderito octaedrito grosso e policristalino de 4.500 kg encontrado no sertão baiano em 1784 junto ao rio bendegó a 35 km da cidade de Monte Santo e 250 km do litoral da Bahia. Em 1888 foi exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro onde se encontra até hoje. Significa vindo do céu na língua quiriri dos índios da Bahia. Bessel, Friedrich Wilhelm (1784-1846) Publicou a primeira medida de paralaxe, referente à estrela 61 Cygni. Astrônomo e matemático alemão, catalogou aproximadamente 50.000 estrelas e previu em 1840, matematicamente, a existência de um planeta depois de Urano. Bessel realizou muitas outras contribuições para a ciência entre elas ter imaginado que existiam estrelas escuras e, principalmente, ter inventado uma famosa função matemática, a função de Bessel.
  • 20. Bethe, Hans Albrecht (1906) Nascido em Estrasburgo, Alemanha, deu início ao moderno estudo da evolução estelar, ao sustentar que haveria um modo de as estrelas transformarem hidrogênio em hélio com liberação de grande quantidade de energia. Contribuiu para elaboração da teoria do Big-Bang e estudou a formação dos elementos químicos nos primeiros instantes do universo, além de conduzir diversos estudos sobre os raios cósmicos. Betelgeuse (Alpha Orionis) A Mão dos Gêmeos, nome que faz alusão à constelação dos Gêmeos e provém da expressão árabe iad-al-Gaouza que, por uma leitura incorreta, foi transcrita no ocidente como Betelgeuse. Bianca Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2. Big Bang Explicação mais plausível para a criação do Universo. Esta teoria, desenvolvida por Friedmann e Lemaitre no anos 20 e adaptada por Gamow nos anos 40, diz que o Universo foi criado a 15 bilhões de anos atrás quando a bola de fogo original contendo todo o espaço, tempo e matéria começou a se expandir. Esta teoria, é baseada na hipótese do Universo ser homogêneo (ou igual em toda parte) e nas teorias da gravidade de Einstein estarem corretas; ela é também referendada pela presença de radiação cósmica de fundo. Antes do Big Bang o Universo era insuportavelmente quente. A medida que ele começou a se expandir iniciou-se um processo de resfriamento. Atualmente a temperatura do Universo, medida pelo Explorador Cósmico de Fundo é de 2,276K. binárias Diz-se das estrelas que giram uma em torno da outra. Um sistema binário, em geral, é aquele em que dois corpos mantêm- se unidos pela força da gravidade, que os faz orbitar em torno de um centro comum. Terra e Lua, a rigor, é um sistema binário. Ver estrela dupla. binária eclipsante Sistema de estrelas duplas no qual, visto da Terra, uma estrela passa em frente à outra. Durante a órbita o fluxo de luz deste sistema sideral varia de maneira uniforme. O eclipse primário acontece quando a estrela de brilho menos intenso passa em frente da mais brilhante, fazendo com que a luminosidade seja drasticamente reduzida. O eclipse secundário ocorre quando a estrela mais brilhante passa em frente da outra, reduzindo pouco a luminosidade. O tamanho destas estrelas pode ser determinado calculando-se quanto tempo uma estrela leva para passar em frente à outra. A estrela Algol, descoberta por Goodricke em 1782, foi a primeira a ser classificada como uma binária eclipsante. binárias espectroscópicas Estrela dupla cuja órbita é tão próxima à da companheira que não podem ser vistas em separado, mesmo com o auxílio de um telescópio. Quando uma das estrelas aproxima-se de nós, a outra se afasta, e, isto faz com que um dos espectros fique azulado enquanto o outro se avermelha. Em 1889, E.C. Pickering descobriu a primeira estrela binária espectroscópica: Mizar. Quando duas estrelas possuem brilho quase igual elas são chamadas de binárias de linha dupla. Bode, Johann Elert (1747-1826) Astrônomo alemão conhecido pela "Lei de Bode", que procura explicar os tamanhos das órbitas planetárias. Em 1801 criou o primeiro mapa acurado de todas as estrelas que podem ser vistas a olho nu. Bok, Bart J. (1906-1983) Astrônomo americano, nascido na Holanda, conhecido pelos seus estudos sobre os glóbulos de Bok (pequenos glóbulos escuros de gás que se sobressaem num fundo claro) e a Via Láctea. Ele e Priscilla Bok popularizaram a astronomia quando escreveram "A Via Láctea", em 1941. bólido Meteoro muito brilhante. Algumas vezes um bólido pode se fragmentar ou explodir, e o som da explosão pode ser ouvido nas proximidades.
  • 21. Bond, William Cranch (1789-1859) Um dos primeiros astrônomos americanos de renome; superou a pobreza e a falta de uma educação formal para tornar-se o primeiro diretor do Observatório de Harvard College, onde estudou Saturno e (com Lassell) descobriu Hiperion. Bonner-Durchmusterung Katalog Um dos primeiros importantes catálogos de estrelas foi produzido na Alemanha em meados do século XIX. O Bonner Durchmusterung foi constituído por F. W. Argelander, do observatório de Bonn. Este catálogo lista as posições de 320.000 estrelas. Quando usam este catálogo, os astrônomos se referem às estrelas pelos seus números "BD". boreal Relativo ou pertencente ao norte. Borman, Frank (1928) Comandante da missão Apolo 8, que orbitou a lua 10 vezes entre os dias 24 e 25 de dezembro de 1968. Bradley, James (1693-1762) Astrônomo inglês descobridor da nutação e da aberração da luz das estrelas. Brahe, Tycho (1546-1601) Astrônomo dinamarquês, excelente observador, sustentou que todos os planetas, exceto a Terra, giravam em torno do Sol, que por sua vez orbitava ao redor da Terra. brilho da Terra Iluminação sutil da parte escura da lua crescente pela reflexão da luz do Sol na Terra. É a nossa própria luz refletida de volta pela superfície da Lua. buraco de minhoca Conexão no espaço-tempo entre dois pontos de um mesmo universo ou entre dois universos distintos, unidos por uma singularidade. O mesmo que ponte de Einstein-Posen. buraco negro 1- Região do espaço-tempo intensamente curva que consiste em uma singularidade cercada por um horizonte de eventos. 2- Estado que a matéria atinge ao sofrer um colapso gravitacional na qual nem a luz nem a matéria ou qualquer outro tipo de sinal podem escapar. Esta região é formada quando o campo gravitacional se torna tão intenso que a velocidade de escape do campo aproxima-se da velocidade da luz. buraco negro estelar Envelhecimento de uma estrela que sofreu o esgotamento do seu combustível nuclear. Burbidge, Eleanor Margaret (1922) e Geoffrey (1925) Astrofísicos britânicos que em 1956, em conjunto com William Fowler e Fred Hoyle, descobriram que há a formação, através de fusão, de elementos mais pesados do que o hidrogênio nas estrelas. Esta afirmação contradizia a teoria anterior de que to dos os elementos teriam sido criados durante o Big Bang. Os Burbidge também notaram que os Quasares apresentam nuances vermelhas nas linhas de seus espectros, demonstrando que eles estão perdendo matéria. Além disso, Eleanor Burbidge utilizou a rotação das galáxias para calcular suas massas. C cadeia próton-próton Fusão nuclear que produz hélio a partir do hidrogênio. São necessários quatro núcleos de hidrogênio, que também são prótons, para fundir um átomo de hélio. O Sol transforma quase 600 milhões de toneladas de hidrogênio em hélio, através
  • 22. deste processo, a cada segundo. Sete por cento, ou aproximadamente 4 milhões de toneladas, deste material é convertido em energia. calagem Ato de colocar um instrumento em posição conveniente para a observação de um astro. calendário gregoriano Calendário resultante da reforma introduzida pelo Papa Gregório XIII (1502-1585), e no qual em cada quatro anos há um ano bissexto, com exceção dos anos seculares em que o número formado pelos algarismos das centenas e dos milhares não é divisível por 400. calendário juliano Calendário resultante da reforma introduzida por Júlio César no ano 45 a.C., na qual em cada 4 anos há um ano bissexto, de 366 dias. Caliban Satélite de Urano descoberto em 1997 por Gladman, Nicholson, Burns e Kavelaars. Calipso Calipso (SXIV) é um dos satélites de Saturno e foi descoberto em 1980 por B. Smith, H. Reitsema, S. Larson e J. Fountain. Calipso tem a mesma órbita de Telesto, estando a 294.660 km do centro de Saturno. Tanto Calipso como Telesto orbitam em torno de Saturno na órbita de Tetis. Telesto está 60o à frente de Tetis enquanto que Calipso está 60o atrás. Calisto Calisto (JIV) é um satélite de Júpiter descoberto em 1610 independentemente por Galileu e Simon Marius. Calisto é um dos satélites mais externos de Júpiter. Ele é grande, gelado, de cor escura, baixa densidade e coberto de "cicatrizes" que são crateras de impacto e matéria ejetada. Com um diâmetro de aproximadamente 4.800 km é o segundo maior satélite de Júpiter sendo, aproximadamente, do tamanho de Mercúrio. Está em órbita em torno de Júpiter a uma distância média de 1.883.000 km e leva 400,5 horas para completá-la. Em Calisto existe uma cratera formada por um meteoro gigante, com extensão de 2.600 km, chamada Valhalla. Câncer, Trópico de Ponto mais distante ao norte do Equador onde a luz do Sol pode incidir perpendicularmente. O Sol fica sobre esta latitude (23,5º) durante o solstício de verão. canibalismo galáctico Fenômeno que ocorre quando uma galáxia colide com outra, de massa muito menor, de modo que esta é praticamente absorvida por aquela. Canopus (Alpha Carinae) A Guia, nome grego vocábulo em homenagem ao piloto Menelau, timoneiro do Navio Argus, dos argonautas, na constelação da Carena. Capella (Alpha Aurigae) A Cabra, nome latino que significa pequena cabra, homenagem à cabra que, segundo a lenda, amamentou Júpiter. Caph (Beta Cassiopeiae) A Palma da Mão, nome árabe que designava antigamente este asterismo.
  • 23. Capricórnio, Trópico de Latitude mais distante ao sul (-23,5º) onde o Sol pode incidir perpendicularmente. Este fato ocorre no solstício de inverno. Carme Carme (JXI) é o 14o satélite de Júpiter e foi descoberto em 1938 por S. Nicholson. Muito pouco é conhecido sobre este satélite. Carme tem cerca de 30 km de diâmetro e está em órbita acerca de 22.600.000 km de Júpiter, levando 692 dias terrestres para completá-la. Carme tem um movimento orbital retrógrado, ou seja, sua órbita tem o sentido oposto ao sentido de rotação de Júpiter. Carpenter, Malcolm Scott (1925) Em 24 de maio de 1962 tornou-se o segundo homem a percorrer a órbita da Terra, circundando-a três vezes. CARJ Sigla de Clube de Astronomia do Rio de Janeiro. Caronte Caronte é o único satélite de Plutão. Ele foi descoberto em 1978 por Jim W. Christy. Caronte é um satélite pequeno com aproximadamente 1.172 km de diâmetro. Sua órbita está, em média, 19.640 km de Plutão e é uma órbita síncrona em torno do planeta. Conseqüentemente, a órbita de Caronte dura exatamente um dia de Plutão. carta celeste O mesmo que mapa celeste. Representação da esfera celeste numa superfície plana. Denomina-se atlas celeste ao conjunto de cartas de várias regiões do céu. Cassini, divisão de Lacuna elíptica com extensão de 2.700 km entre os anéis A e B de Saturno detectada por Giovanni Cassini. Embora este espaço não esteja totalmente vazio, suas partículas são removidas pelo efeito gravitacional da lua Mimas de Saturno. Cassini, Giovanni Domenico (1625-1712) Organizou o Observatório de Paris, descobriu a luz zodiacal e estudou sua maior contribuição à astronomia: os anéis de Saturno. Também foi o descobridor de quatro satélites de Saturno, respectivamente Tetis, Dione, Réia, Iapetus. Castor (Alpha Geminorum) Castor, nome latino de um dos filhos gêmeos de Leda, esposa de Tindarus, rei de Esparta, para designar a estrela mais brilhante da constelação dos Gêmeos. Catálogo Messier Lista de 103 objetos celestes (aglomerados estelares e nebulosas) compilados pelo astrônomo francês Charles Messier. Os objetos são identificados pela letra M que antecede o número do objeto no catálogo. Hoje o Catálogo Messier tem 110 objetos. catena Cadeia de crateras. cauda Parte de um cometa, com a forma de longa faixa luminosa, que se estende na direção oposta à do Sol, e que é produzida pela ação da radiação e dos corpúsculos solares sobre os gases rarefeitos que envolvem o núcleo do astro.
  • 24. CCD (Charge-coupled Device) Este equipamento é um circuito eletrônico de estado sólido altamente sensível capaz de converter sinais luminosos extremamente fracos em sinais digitais que são então reunidos e arquivados em computadores para análise posterior. Em razão de sua altíssima sensibilidade este equipamento funciona como se fosse uma fotografia eletrônica. Ele, praticamente, substituiu a fotografia tradicional na Astronomia profissional. CEAAL Sigla do Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas, associação de Astrônomos amadores do Estado de Alagoas. Cebalrai (Beta Ophiuchi) Cão do Pastor, vocábulo oriundo da expressão árabe Kalb al Rai. Existem as formas Celbalrai e Chaleb. Ceres Com diâmetro de 913 km, Ceres, o maior asteróide conhecido, possui um terço da massa de todos os asteróides. Localizado a 257.120.000 milhas do Sol, sua órbita é de 1.682 dias. Ceres, cuja magnitude é 6,9 e não consegue ser visto a olho nu. Ele foi o primeiro asteróide a ser descoberto. Cernan, Eugen Andrew (1934) Além de ter sido o comandante da Apolo 17, última missão Apolo à lua, detém, em conjunto com Jack Schmitt, o recorde da maior exploração lunar: passou 22 horas na superfície da lua durante uma visita de três dias, em 1972. Chaleb (Kappa Ophiuchi) Cão do Pastor. Veja Cebalrai. Chandrasekhar, Subrahmanyan (1910-1995) Uma das personalidades mais importantes no campo da física estelar. É lembrado também pela sua grande contribuição ao ensino da Astronomia. Foi diretor do Astrophysical Journal durante 20 anos. Recebeu o prêmio Nobel de Física em 1983. Chandrasekhar descobriu que as estrelas que chegam ao fim de sua existência com massa superior a 1,44 vezes a do Sol, conhecido como o limite de Chandrasekhar, não conseguem suportar seu peso como anãs brancas transformando-se então em estrelas de nêutrons. Chara (Beta Canum Venaticorum) Deleite, denominação de origem grega. Chort (Theta Leonis) Quadril, nome de origem árabe. chuva de meteoros Fenômeno atmosférico produzido por um conjunto de meteoros que parecem surgir de uma mesma região do céu (neste caso chamada de radiante). Muitas vezes uma chuva de meteoros ocorre quando a Terra intercepta a órbita de um cometa. Neste caso, os meteoros são pedaços desprendidos dos cometas, e as datas em que estas chuvas de meteoros ocorrem tornam-se previsíveis. Em uma chuva de meteoros, é medida a taxa horária de meteoros, que é o número de meteoros por hora. Geralmente uma chuva dura mais de um dia. Nas efemérides, normalmente se registra apenas o dia do máximo (o dia em que ocorrem mais meteoros). ciclo solar A variação quase periódica de aproximadamente 11 anos na freqüência ou número de eventos solares ativos. cintilador Instrumento de análise de fotografias astronômicas, que utiliza cintilação alternada de duas lâmpadas sobre duas fotografias na mesma região celeste, tomadas em épocas diferentes, e permite assim, identificar qualquer mutação ocorrida em um astro.
  • 25. cinturão de asteróides Região do espaço entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter (entre 1,5 A a 5,2 A) onde a maior parte dos asteróides conhecidos estão localizados. cinturão de Kuiper Região do espaço que inicia nas proximidades da órbita do planeta Netuno (a cerca de 40 A) e se estende até cerca de 100 A, onde devem existir um grande número de asteróides, embora até hoje não tenham sido identificados mais que dezenas de asteróides nesta região, por causa da grande distância entre eles e a Terra e também por causa do pequeno tamanho dos asteróides. círculo de declinação ou horário Círculo máximo da esfera celeste, perpendicular ao equador. círculo de latitude 1. No sistema de coordenadas eclípticas, círculo menor da esfera celeste, paralelo à eclíptica. 2. No sistema de coordenadas geográficas, círculo menor da esfera terrestre, paralelo ao equador. círculo de longitude 1. No sistema de coordenadas eclípticas, semicírculo máximo que passa pelos pólos da eclíptica e pelo zênite do observador. 2. No sistema de coordenadas geográficas, semicírculo máximo da esfera terrestre que passa pelos pólos e pelo observador. círculo fundamental Círculo máximo da esfera celeste, de plano perpendicular à linha dos pólos de um dado sistema de referência. círculo galáctico Interseção do plano galáctico com a esfera celeste. círculo meridiano ou de trânsito Instrumento astronômico fundamental, que dispõe de um círculo graduado de alta precisão, situado no plano do meridiano. circumpolar Relativo aos astros que, para um dado lugar na superfície da Terra, ou nunca se põem, ou nunca nascem. circunterrestre Diz-se de astro, nave ou veículo espacial que gira ao redor da Terra. Clark, Alvan (1804-1887) Fabricou lunetas de refração tão grandes que quebrou cinco vezes o recorde mundial. Uma destas lunetas, com refrator de 101 cm (40 polegadas) é até hoje a maior do mundo. Seu filho George descobriu a estrela Canícula (Sirius B), a anã branca companheira da estrela Sirius, quando testava uma luneta. classificação de Harvard-Draper Classificação das estrelas baseada no tipo espectral proposta pelo astrônomo norte-americano Henry Draper, que trabalhava no Observatório de Harvard. Também é chamada apenas de classificação de Harvard. As principais classes espectrais são designadas pelas letras O, B, A, F, G, K e M, cada uma subdividida em dez grupos decimais, representados pelos algarismos 0 a 9 (por exemplo, B0, A1, G3, F10). Quando se usa o número 10, ele corresponde ao primeiro subtipo da letra seguinte (por exemplo, B10 corresponde a A0): Tipo Temperatura Descrição espectral da superfície O Estrelas azuis 30.000 K B Estrelas branco azuladas 21.000 K
  • 26. A Estrelas brancas 10.000 K F Estrelas amarelas 7.200 K G Estrelas amarelas 6.000 K K Estrelas vermelhas 4.700 K M Estrelas vermelhas 3.000 K Existem outros tipos espectrais menos freqüentemente, representados pelas letras W (estrelas do tipo novas), R e N (estrelas de ambos tipos espectrais são chamadas de estrelas carbonadas, porque possuem Carbono e Cianogênio), C (para representar em conjunto os tipos espectrais R e N) e S (estrelas com grande abundância de Zircônio). Algumas notações especiais especiais (acrescentadas como sufixo) acrescentam informações sobre o espectro, representadas pelas letras minúsculas: Letra Informação e Existência de raias de emissões k Presença de raias interestelares m Presença de raias metálicas p Espectro peculiar s Raias nítidas n Raias nebulosas À vezes acrescenta-se mais uma letra, relativa à classe de luminosidade: Letra Classe de luminosidade d Anã (do inglês, dwarf) g Gigante c Supergigante Por exemplo, o Sol é uma estrela G6, portanto, sua temperatura superficial é de cerca de 6 mil kelvin e sua cor é amarela. CNES (Centre National d'Études Spatiales) Centro Nacional de Estudos Espaciais da França. Foi criada em dezembro de 1961 com o objetivo de desenvolver as atividades espaciais. colapso gravitacional Evolução cataclísmica de um astro, após esgotamento das suas reservas centrais de combustível nuclear, quando então ocorre uma queda de temperatura. A pressão de radiação que até então contrabalançava normalmente a gravidade produz um desequilíbrio no qual a matéria começa a se condensar em virtude do efeito gravitacional predominante. O colapso gravitacional pode parar no estágio de anã branca ou, se a massa inicial é muito grande, no estágio de estrela nêutron. Para valores ainda maiores de massa primordial, o colapso pode conduzir o astro até ao seu desaparecimento atrás do horizonte dos fenômenos do espaço-tempo, o que vai dar origem a um buraco negro. Collins, Michael (1930) Piloto do módulo de comando da Apolo 11 em julho de 1969; ele permaneceu na nave Columbia enquanto Neil Armstrong e Edwin Aldrin aterrissavam na Lua. coluro Uma das duas interseções do equador com a eclíptica. coluro equinocial Círculo horário que passa pelo ponto vernal. coluro solsticial Cada um dos meridianos que passam pelos pontos solsticiais.
  • 27. coma 1. Imperfeição num telescópio que distorce as estrelas mais distantes dando-lhes a aparência de um cometa ou de um objeto em forma de pêra. 2. Parte de um cometa, com o aspecto de um envoltório gasoso, que rodeia o núcleo do astro; cabeleira. cometa Astro de luminosidade fraca, formado por um grupo de pequenas partículas sólidas, com envoltório gasoso, e que gira em torno do Sol em órbitas elípticas muito alongadas, algumas das quais praticamente parabólicas, e nalguns casos aparentemente hiperbólicas. Na proximidade do Sol, por efeito da pressão de radiação, forma-se em grande número de cometas uma longa cauda, que se estende a milhões de quilômetros. Os cometas levam o nome de seus descobridores. cometa de curto período Cometa elíptico, cujo período é inferior a 10 anos. cometa de eclipse O que é descoberto por ocasião de um eclipse total do Sol. Cometa de Halley O cometa periódico mais conhecido, visível a cada 76 anos, e cuja última aparição ocorreu em 1986. cometa de longo período Aquele cuja órbita é praticamente uma parábola. cometa de período intermediário Aquele cujo período é compreendido entre 10 e 100 anos, e cuja órbita é uma elipse alongada. cometa elíptico Aquele cuja órbita é elíptica. O cometa de curto período e o cometa de período intermediário são elípticos. cometa hiperbólico Aquele que tem a peculiaridade de o cálculo da sua órbita conduzir a uma hipérbole, o que indica a possibilidade de não ser ele um membro próprio do sistema solar. cometa não-periódico ou cometa parabólico Veja cometa de longo período. cometa periódico Aquele cujo retorno é previsível e pode ser observado. São periódicos o cometa de curto período e o cometa de período intermediário. cometa telescópico O que só é visível através de um telescópio. cometografia Ramo da astronomia que estuda os cometas. comprimento de onda Distância entre os picos das ondas eletromagnéticas. Freqüentemente medido em angstrons, o comprimento de onda é igual à velocidade da onda dividida por sua freqüência.
  • 28. condrita Meteoritos rochosos que carregam consigo pequenos pedaços de pedra, chamados côndrulos. Quarenta e oito por cento de todos os meteoritos são condritas. conjunção Configuração apresentada por dois astros no instante em que as suas longitudes geocêntricas (ascenções retas) atingem um mesmo valor. conjunção inferior Conjunção de um planeta com o Sol, quando o planeta está entre a Terra e o Sol, portanto só ocorre com Mercúrio e Vênus. conjunção superior Conjunção de um planeta, nave ou sonda espacial com o Sol, quando o Sol está entre a Terra e o planeta, a nave ou a sonda espacial. Conrad, Charles (1930) Astronauta americano que comandou a segunda Missão Apolo que aterrissou na Lua e a primeira tripulação do Skylab. constante cosmológica A constante cosmológica, representada pela letra grega maiúscula Λ, foi um termo constante que Einstein adicionou à sua equação da teoria da relatividade geral por acreditar, erroneamente, que o Universo estava em um estado estacionário. constante de Hubble H o Formulada por E. P. Hubble em 1925, a chamada "constante" de Hubble, Ho, determina a relação entre a distância de uma galáxia e sua velocidade de recessão devido à expansão do Universo. Em outras palavras ela faz uma relação de quanto uma galáxia está longe de nós e a velocidade que ela está se afastando por causa da expansão do Universo. É um número que mostra a taxa na qual o Universo está se expandindo. O valor de Ho é 70 km/seg/Mpc ± 7 km/seg/Mpc. A "constante" de Hubble pode ser usada para estimar o tamanho e a idade do Universo, o chamado tempo de Hubble. Recentes avanços na Cosmologia mostraram que, uma vez que o Universo é autogravitante, na verdade Ho não é verdadeiramente constante. constante gravitacional (ou constante da gravitação universal) A constante gravitacional, representada pela letra "G", é a constante de proporcionalidade que aparece na equação que descreve a atração gravitacional entre objetos, a Lei de Newton da Gravitação Universal formulada por ele em 1666. < big><> Seu valor é G = 6,6726 x 10-11 m3/seg2.kg = 6,6726 x 10-11 N.m2/kg2 , onde N significa Newtons, que equivale a kg.m/seg2. constante solar Quantidade de calor que incide sobre uma superfície teórica perpendicular aos raios solares e fora da atmosfera terrestre. O astrofísico americano Charles Greeley Abbot (1872-1973) foi a primeira pessoa a calcular a constante solar. Quando a Terra está a uma distância média do Sol, o valor aceito é de 2 calorias por minuto por centímetro quadrado, o que equivale a 1,3 quilowatt por metro quadrado. A constante solar apresenta uma variação de 1 a 2% devido à atividade solar variável. constelação 1. Região do Céu ocupada por uma configuração idealizada de um conjunto de estrelas batizadas com um nome tradicional. O termo constelação como grupo de estrelas ainda hoje existe na linguagem vulgar, mas para o astrônomo deixou de ser o coletivo de estrelas para designar uma região da esfera celeste. Essa nova definição começou a ser usado em 1925, quando a União Astronômica Internacional (veja IAU) regulamentou as denominações (latinas) e as suas abreviaturas, assim como os limites das 88 constelações. 2. Grupo de estrelas. constelação zodiacal Uma das treze constelações atravessadas pela eclíptica e ao longo das quais o Sol e os planetas parecem se deslocar anualmente. As constelações zodiacais são: Aries (Carneiro), Taurus (Touro), Gemini (Gêmeos), Cancer (Caranguejo), Leo (Leão), Virgo (Virgem), Libra (Balança) Scorpius (Escorpião), Sagittarius (Sagitário), Capricornus (Capricórnio), Aquarius (Aquário), Pisces (Peixes) e Ophiuchus (Ofiúco). O termo zodíaco vem do grego e quer dizer "caminho dos animais", porque a maioria das constelações zodiacais são animais.
  • 29. convecção Movimento que produz o calor na matéria fluida. coordenadas areográficas Coordenadas esféricas de um ponto da superfície do planeta Marte, em relação ao seu disco aparente. coordenadas geocêntricas Coordenadas esféricas de um ponto da esfera celeste, referidas ao centro da Terra. coordenadas heliográficas Coordenadas esféricas de um astro ou de um ponto na superfície do Sol, em relação ao seu disco aparente. coordenadas planetográficas Coordenadas esféricas de um ponto da superfície de um planeta em relação ao seu disco aparente. coordenadas selenográficas Coordenadas esféricas de um ponto da superfície lunar em relação ao disco aparente da Lua. coordenada tangencial Coordenada da projeção cônica de um astro sobre o plano tangente à esfera celeste. coordenadas topocêntricas Coordenadas esféricas de um ponto da esfera celeste, referidas ao local da observação. Copérnico (1473-1543) Nicolaus Copernicus - Astrônomo polonês, autor da teoria heliocêntrica segundo a qual a Terra e os outros planetas gravitam em torno do Sol. Apesar dos antigos filósofos Ecphantus, Heraclides, Hicetas e Philolaus acreditarem que o universo era heliocêntrico, a visão predominante na época de Copérnico era a do universo geocêntrico. Em 1543, Copérnico publicou suas idéias sobre o universo heliocêntrico em seu livro De Revolutionibus Orbium Coelestium (Sobre as Revoluções das Esferas Celestiais). Ele acreditava que a Terra e outros planetas descreviam órbitas circulares em volta do Sol. Cor Caroli (Alpha Canum Venaticorum) Coração de Carlos, expressão latina em homenagem a Carlos II, rei da Inglaterra, proposta por Flamsteed para substituir a constelação dos Cães de Caça. Tal designação não permaneceu para a constelação mas para a estrela. Cordélia Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2. coroa solar Camada exterior da atmosfera do Sol, que se sobrepõe a cromosfera. Estende-se em todas as direções e atinge distâncias maiores que o diâmetro solar. Visível por ocasião dos eclipses - ou por meio do coronógrafo - apresenta uma temperatura não uniforme e superior a da superfície do Sol, devido ao transporte magnético da energia do núcleo. coronógrafo Aparelho introduzido na Astronomia em 1931 a fim de criar, artificialmente, um eclipse total do Sol, e assim permitir o estudo permanente da coroa solar, que de outro modo só seria visível por ocasião desse fenômeno. corpo perturbador Astro cuja atração modifica a órbita de outro em torno de um terceiro.
  • 30. corpo pré-estelar Massa de matéria de grande volume e pequena densidade, a qual, segundo as hipóteses cosmogônicas, se transformará numa estrela pelo efeito de contração e ativação de reações nucleares. cosmografia Veja astronomia descritiva. cosmologia Do grego kosmos, universo e logos, discurso. Tratado das leis gerais ou princípios que regem o mundo físico e que estuda a constituição e estrutura da matéria do universo, sua evolução e propriedades. cosmologia Alfvén-Klein Modelo cosmológico em que o Universo inicial é descrito como gigantesca nuvem esférica colapsante de matéria e antimatéria. Quando a densidade crítica é alcançada, a matéria e a antimatéria começam a se aniquilar, e a resultante liberação de radiação e energia provoca o Universo em expansão. Dentro do atual conhecimento observacional do Universo, em especial considerando a pequena quantidade de radiação gama registrada, é muito difícil aceitar esse modelo como o mais provável. cosmologia newtoniana Modelo cosmológico muito simples, que inclui modelos comuns de big-bang, que podem derivar da teoria clássica da gravitação de Newton. cosmologia relativista Cosmologia desenvolvida com base na teoria geral da relatividade de Einstein. cosmonomia Parte da astronomia que se relaciona com as leis cósmicas. cosmos Do grego kosmos, universo. Significa o universo concebido como sistema ordenado e harmônico. cratera Do grego krater, vaso em forma de taça. Formação típica do solo lunar, abundante também em outros planetas e satélites de composição rochosa, devendo-se tanto a vulcanismo quanto a impactos de meteoritos. cratera de impacto O buraco que fica na superfície de um astro, por exemplo um planeta ou um satélite, devido a colisão de um meteorito. Cressida Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2. cromosfera Nível inferior da atmosfera solar entre a fotosfera e a coroa. É visível durante os eclipses solares totais. Tão pálida que é ofuscada pelas demais, a cromosfera é composta por uma camada de gás, de aproximadamente 16.000 km de espessura, cuja temperatura oscila entre 5.000º K a mais de 10.000º K. Sendo a cromosfera tão fina, quando comparada às outras camadas do Sol, parece que ela não gera muita luz. A cromosfera expele jatos de gás quente chamados espículas, que podem atingir 16.000 km de altura. Graças a essas espículas, a cromosfera consegue enviar material para a coroa solar. Cujam (Omega Herculis) Caia, palavra latina empregada por Horácio para o clube de Hércules. A forma Cujam provém de Caiam, acusativo de Caia. O clube de Hércules foi uma constelação proposta por Plínio.
  • 31. culminação 1. Ponto mais alto alcançado por uma estrela. A culminação de um objeto celeste acontece quando ele cruza o meridiano. 2. Focar as partes de um telescópio para obter uma imagem clara. cúmulo Ver aglomerado. cúmulo galáctico Ver aglomerado galáctico. cúmulo globular Ver aglomerado globular. Cursa (Beta Eridani) Cadeira, vocábulo oriundo da expressão árabe Al Kursiyy al Jauzah, que significa supedâneo ou escabelo. curvatura do espaço Ondulação no espaço provocada pela força gravitacional de um corpo celeste. Antigamente os cientistas avaliavam o espaço utilizando a teoria da geometria Euclidiana, onde a menor distância entre dois pontos é uma linha reta. Contudo, a superfície da Terra não é assim, como também não é o espaço. De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, o espaço pode ser tão alterado por corpos de grande massa que não pode ser avaliado pela teoria Euclidiana. Se o espaço fosse um grande trampolim, as massas, tais como a da Terra, do Sol e dos buracos negros , seriam as bolas de basquete. Se fossem colocadas no trampolim, elas formariam uma depressão em forma de curva e a menor distância entre dois pontos na curva seria uma curva e não uma linha reta. Conseqüentemente, embora o espaço não seja tão simples quanto uma estrutura Euclidiana, sua real natureza é ainda desconhecida. D Dabih (Beta Capricorni) Carniceiro, vocábulo proveniente da expressão árabe Al Sad al Dhabih, a Sorte do Carniceiro. d'Arrest, Heinrich Louis (1822-1875) Astrônomo dinamarquês e o co-descobridor de Netuno em 1846, juntamente com Galle. Ele auxiliou Galle nas primeiras observações de Netuno. data juliana Sistema de datas, iniciado por Scaliger em 1582, usado para assinalar os acontecimentos históricos e prever os eclipses. Cada dia começa ao meio-dia e não a meses ou anos: os dias são numerados em seqüência. declinação Uma das duas coordenadas equatoriais. Distância angular entre o equador celeste e o corpo que está sendo observado. Se o corpo estiver no hemisfério celeste norte, a declinação é positiva, se estiver no hemisfério celeste sul, é negativa. Como só podemos medir do equador a um pólo, as declinações expressam-se em graus e seus divisores e variam de 0° (zero graus, quando no equador celeste) até 90° (ou +90°, quando se trata do hemisfério norte) ou a -90° (quando se trata do hemisfério sul). Equivale à latitude na esfera celeste. declinação magnética Medida do ângulo formado pela direção do meridiano geográfico e pela agulha magnética de uma bússola, indispensável para a correta orientação desta.
  • 32. Deimos Deimos (MII) é um satélite de Marte e foi descoberto em 1877 por A. Hall. Deimos, nome que significa "terror", é o menor dos dois pequenos satélites de Marte. Deimos tem somente 12,6 km de lado a lado. Sua órbita está a uma distância média de 23.000 km do planeta. Não é descartada a possibilidade de que Deimos seja um asteróide capturado por Marte. Deneb (Alpha Cygni) A Cauda, vocábulo árabe que designa inúmeras estrelas, das quais a mais notável é a Alfa do Cisne. Deneb Algiedi (Delta Capricorni) A Cauda da Cabra, segundo Ulug Beg, este provém da expressão árabe Al Dhanab al Jady, ou seja, a cauda da cabra. Esta estrela é, às vezes, denominada de Scheddi, designação habitual de Gamma Capricorni. Deneb Kaitos (Beta Ceti) A Cauda da Baleia, nome árabe. Denebola (Beta Leonis) A Cauda do Leão, nome árabe. densidade Relação entre a massa e o volume dos corpos. Também chamado massa específica. Medida em gramas por centímetro cúbico (ou quilogramas por litro). Desdemona Satélite de Urano descoberto em 1986 pela sonda espacial Voyager 2. Despina Despina é um satélite de Netuno que foi descoberto em 1989 pela sonda espacial Voyager 2. Despina é um satélite muito pequeno, com cerca de 148 km de diâmetro. Ele está em órbita a cerca de 52.530 km do centro de Netuno. Dheneb (Zeta Aquilae) A Cauda, vocábulo oriundo da locução árabe Al Dhanab al Okab, isto é, a cauda da Águia. dia Denomina-se assim o tempo que a Terra utiliza para completar cada rotação. Um dia sideral é o período de rotação com referência às estrelas (23h 56m 4,091s de tempo solar médio). Um dia solar é o intervalo entre dois meio-dias sucessivos (24h 4m 56,555s de tempo sideral médio). É um pouco mais longo que o dia sideral, porque o Sol se move para o Leste ao longo da trajetória eclíptica. Diadem (Alpha Comae Berenicis) O Diadema, nome de origem latina empregada por Plínio em sua História Natural. diagrama de Hertzprung-Russel Representação das estrelas segundo seus tipos espectrais e sua magnitude, obtido em 1905 por Hertzprung e por Russel em 1915. Através dele nota-se que as estrelas agrupam-se em certas zonas, indicativo de suas características e estrutura interna, o que permite o estudo das teorias sobre a evolução estelar. diâmetro angular Medida, em graus, de quão grande um objeto aparece no céu. Uma coincidência interessante é que o Sol e a Lua apresentam o mesmo diâmetro angular (aproximadamente meio grau).
  • 33. diâmetro aparente 1. Diâmetro aparente de um astro é o ângulo ao vértice de um cone circunscrito ao astro, sendo esse vértice o ponto de observação. 2. Diâmetro aparente de um objeto deduzido de uma medida, na hipótese de uma distribuição uniforme da sua luminescência. Esse valor é, às vezes, denominado de diâmetro aparente observado ou equivalente. Dicke, Robert Henry (1916) Físico americano que, nos anos 60, demonstrou experimentalmente o princípio da equivalência, que diz que todos os objetos caem na mesma velocidade quando sujeitos à força da gravidade. Em 1964, ele se propôs a procurar a radiação cósmica de fundo (que aliás já foi encontrada) que teria sido deixada pelo Big Bang. dicotomia O ponto em que a Lua, Mercúrio ou Vênus estão exatamente à meia fase. difração Desvio da radiação eletromagnética (luz, ondas ultra-violetas, etc) à medida que ela passa ao redor dos objetos. A radiação com ondas mais longas se curva mais. A difração cria discos de ar ou círculos de luz, com falsos anéis à sua volta, nos telescópios que não possuem boa resolução. A difração é um dos fatores que fazem com que as sombras não tenham contornos na ponta. digressão Afastamento angular de um astro em relação a um ponto fixo, que tanto pode ser o pólo para as estrelas circumpolares como o Sol para os planetas inferiores. Veja elongação. Dione Dione (SIV) é um satélite de Saturno e foi descoberto, em 1684, por G. D. Cassini. Ele tem um diâmetro de 1.120 km, aproximadamente. Sua superfície é gelada com crateras, planícies e faixas de material brilhante. Algumas de suas crateras tem mais de 100 km de largura. Dione está em órbita a uma distância média de 378.115 km de Saturno, e gira em torno do planeta em aproximadamente, 65,75 horas, sempre com o mesmo lado de voltado para Saturno. dioptra Veja quadrante solar. Diphda (Beta Ceti) A Rã, nome árabe. Dirac, Paul (1902-1984) Físico inglês ganhador do Nobel de Física em 1933. Previu a existência do pósitron, antipartícula do elétron, e suas pesquisas levaram a formulação do princípio antrópico, segundo o qual o universo está estruturado de tal forma que produz forças e partículas compatíveis com o surgimento de formas de vida inteligentes. disco Superfície visível do Sol (ou de qualquer corpo celeste) projetada sobre o céu. disco de acreação Disco de matéria que orbita ao redor de um buraco negro. disco planetário Projeção de um planeta sobre a esfera celeste, a qual constitui a imagem observável através de um telescópio.
  • 34. dispersão Divisão da radiação em seus componentes de comprimento de onda através de refração. Um exemplo conhecido é a utilização de um prisma para formar um espectro a partir de luz branca ou um arco-íris quando a luz do sol passa através das gotas d’água na atmosfera. distância angular Medida, em graus, da distância aparente entre os corpos celestes no céu. distância cosmológica Distância estabelecida por intermédio de processos em que se aceita a validade da relação de Hubble (veja lei de Hubble) entre os desvios para o vermelho e as distâncias. distância focal Distância entre a lente ou o espelho de um telescópio e a imagem formada. distância média Veja semi-eixo maior. distância periélia Distância de um astro do sistema solar ao Sol no instante da passagem desse astro pelo periélio. distância polar Arco de círculo horário de um dado astro, a começar do pólo celeste norte, ou do pólo celeste sul, até o astro, o que faz que seja o complemento da declinação. Conta-se também a distância polar só a partir do pólo celeste norte, de 0° a 180°. distância zenital Distância angular de um ponto do zênite. Dobson, John Legendário astrônomo amador que popularizou a astronomia nos anos 60. Ele e seus amigos, que formavam a associação dos "Astrônomos das Calçadas de São Francisco", visitaram diversos parques na costa oeste dos Estados Unidos, ensinando astronomia a milhões de visitantes. Sendo um incrível construtor de telescópios, Todos seus telescópios foram construídos à partir de sucata. A montagem simples e eficiente que Dobson inventou se popularizou entre os astrônomos amadores como montagem dobsoniana. Dobsoniana, montagem Montagem de telescópio que, normalmente é feita com telescópios newtonianos, apoia-se em uma estrutura em formato de caixa, que permitem a movimentação altazimutal. Esta montagem é muito apreciada pelos astrônomos amadores devido ao seu baixo custo e praticidade. Dollfus, Audouin Charles (1924) Astrônomo francês que descobriu Janus, a décima lua de Saturno, em 15 de dezembro de 1966. doppler (efeito) Mudança aparente no comprimento de onda do som ou da luz causada pelo movimento da fonte, do observador ou de ambos. draconítico Relativo aos nodos da órbita de um astro.
  • 35. Drake, Frank Donald (1930) Astrônomo americano que, durante o Projeto Ozma em 1960, focou com um telescópio de 26 m as estrelas Tau Ceti e Épsilon de Erídano à procura de sinais alienígenas. Ele também desenvolveu uma equação para calcular a probabilidade de encontrar alienígenas. A equação diz que o número de civilizações avançadas na Via Láctea é igual à taxa média em que se formam as estrelas na Via Láctea, multiplicada pela fração de estrelas com sistemas planetários, pelo número de planetas que poderiam (por razões ecológicas) conter vida, pela fração de planeta onde existe vida, pela fração de planetas onde a vida se desenvolve de forma inteligente, pela fração de planetas onde a vida inteligente cria sistemas de comunicação com outros planetas, pela média de vida das civilizações avançadas. Utilizando premissas e aproximações para todas estas variáveis, Drake deduziu que a aproximadamente 1.000.000 de civilizações avançadas na Via Láctea. Draper, Henry (1837-1882) Americano que, em 1872, fotografou pela primeira vez o espectro de uma estrela: Vega. Mais tarde fotografou o espectro da Nebulosa de Órion. Dreyer, Johan Ludwig Emil (1852-1926) Americano que editou o Novo Catálogo Geral de Nebulosas e Aglomerados Siderais (NGC). Este catálogo foi publicado em 1888, incluindo 7.840 corpos celestes. Dschubba (Delta Scorpii) A Fronte, nome árabe que designa a fronte do Escorpião. Dsiban (Phi Draconis) As Hienas, provém da expressão árabe Al Dhibain. Dubhe (Alpha Ursae Majoris) O Dorso do Urso, nome que provém da expressão árabe Dhahr-al-Doubb, e que indica a posição da estrela no dorso da Ursa. dupla-distância Método utilizado pela primeira vez pelo astrônomo russo F. G. W. von Struve (1793-1864) na determinação precisa da distância entre dois astros muito próximos. Dyson, Sir Frank Watson (1868-1939) Astrônomo inglês que estudou a cromosfera e a coroa solar durante os eclipses. Em 1919, durante um eclipse , ajudou a confirmar a teoria da relatividade de Einstein confirmando que a luz se curva devido à gravidade do sol. E eclipses Existem dois tipos de eclipses: solares e lunares. Os eclipses solares ou do Sol ocorrem quando a Lua passa pela frente do mesmo. Aparentemente, os dois corpos apresentam quase o mesmo tamanho. Quando estão exatamente alinhados, a Lua cobre o brilhante disco solar durante um curto período, seja total ou parcial (nunca mais de 8 minutos, aproximadamente e freqüentemente muito menos). Quando o eclipse é total, a atmosfera solar (cromosfera, coroa e protuberâncias solares) pode ser observada a olho nu. Quando o sol não fica totalmente coberto, o eclipse é parcial, e então não se aprecia o espetacular fenômeno em sua totalidade. Se a Lua encontrar-se perto do ponto mais distante possível da Terra (apogeu), apresenta um tamanho ligeiramente menor que o do Sol. Além disso, se há um perfeito alinhamento central, observa-se um aro do disco
  • 36. solar em torno da Lua, constituindo o que se denomina eclipse anular que, naturalmente, impede o aparecimento do fenômeno em sua totalidade. O eclipse da Lua se produz quando esta passa através da sombra produzida pela Terra e também pode ser total ou parcial. Geralmente, a Lua não desaparece totalmente, já que recebe uma leve luminosidade solar graças à difração da atmosfera que rodeia a Terra. eclíptica 1. Plano da órbita terrestre. O plano da eclíptica é inclinado de 23º 27' em relação ao do equador. 2. Círculo máximo da esfera celeste, que é a interseção do plano da eclíptica com a esfera celeste. Seu nome provém do fato de os eclipses só serem possíveis quando a Lua está muito próxima desse círculo. 3. Trajetória aparente do Sol entre as estrelas. Ed Asich (Iota Draconis) A Hiena macho, provêm da expressão árabe Al Dhih, que deu origem às transliterações Ed Asich e Eddsich. Eddington, Sir Arthur Stanley (1882-1944) Astrofísico britânico, que durante o eclipse total de 1919 liderou uma equipe de cientistas que calculou a curvatura da luz provocada pelo efeito gravitacional do Sol, o que ajudou a confirmar a Teoria da Relatividade de Einstein. Em 1924, ele descreveu a relação entre a massa e a luminosidade das estrelas, que diz que a massa de uma estrela determina a sua luminosidade. Ele também calculou a densidade da estrela Sirius B. efeito Doppler É o efeito que se revela como um deslocamento no espectro de um objeto devido a uma variação no comprimento de onda da luz emitida por ele. Este efeito ocorre quando o objeto que emite a radiação luminosa está ou se movendo na direção de um observador (no caso a Terra) ou se afastando deste mesmo observador. efeito estufa Efeito que alguns gases da atmosfera produzem na superfície de um planeta. Consiste em reter parte do calor que chega à superfície, impedindo que seja refletido ao espaço. Este efeito regula a temperatura. Quanto maior é a quantidade de gases que provocam esse fenômeno na atmosfera, maior é a temperatura na superfície do astro. Se a Terra não possuísse atmosfera, sua temperatura média seria de aproximadamente -30º C (-22º F) ao invés dos agradáveis 16º C (60,8º F). Por outro lado, Vênus apresenta uma temperatura de superfície de 730 K devido ao efeito estufa. efeito Zeeman Divisão das linhas do espectro em seus componentes que ocorre quando uma fonte de luz encontra-se num campo magnético. Geralmente a emissão de luz ocorre quando os elétrons se movimentam dentro do átomo. Os campos magnéticos alteram o movimento dos elétrons e sua geração de luz. Este efeito foi descoberto por Pieter Zeeman em 1896; ele é muito útil na identificação da presença e na determinação da força dos campos magnéticos ao redor das manchas solares, das estrelas e de outros objetos celestes. efeméride 1. Tabela que fornece, em intervalos regulares, as coordenadas de um astro. 2. Livro publicado anualmente contendo várias efemérides e outras informações astronômicas. Einstein, Albert (1879-1955) Físico germano-americano. Desenvolveu as Teorias Especial e Geral da Relatividade, que, juntamente com a Mecânica Quântica, são o fundamento da física moderna. eixo Uma linha reta imaginária na qual um objeto executa uma rotação. Elara Elara (JVII) é o 12o satélite de Júpiter, e foi descoberto em 1905, por C. Perrine. Muito pouco se sabe sobre ele. Com um diâmetro de 80 km, Elara está em órbita a 11.737.000 km de Júpiter. Ele realiza uma volta completa em torno de Júpiter a cada 259,6528 dias terrestres. Electra (17 Tauri)
  • 37. Nome grego de uma das sete filhas de Atlas que formam a constelação das Plêiades. elementos pesados Em Astronomia esta classificação engloba todos os elementos exceto o hélio e o hidrogênio. Algumas vezes estes elementos, que são formados durante a fusão nuclear e que são espalhados pelo Universo pelas supernovas, são chamados pelos astrônomos de metais. elevação Ver altitude, altura (o emprego de elevação como sinônimo da coordenada altura é uma influência de origem norte- americana). elétron Uma das partes que formam o átomo, juntamente com os prótons e os nêutrons. A proporção de elétrons que circunda o núcleo é igual à de prótons que há dentro dele. Comparados aos prótons os elétrons são muito leves; eles carregam uma carga igual e oposta àquela dos prótons, fazendo com que o átomo apresente uma carga total igual a zero. elipse Do grego elleipsis, defeito. Conjunto dos pontos no plano com a propriedade que a soma das distancias a dois pontos fixos nesse plano tem soma igual a uma constante. O designativo alude a aparente imperfeição da curva, pois, na Antigüidade, somente o círculo era considerado perfeito. A elipse porém, é mais comum na natureza que o círculo. Veja Kepler. elíptica Adjetivo, de elipse. Diz-se da órbita que apresenta um percurso não circular mas sim com forma de elipse. El Kophrah (Chi Ursae Majoris) O Salto, vocábulo oriundo da expressão árabe Al Kafzah. Veja Alula Australis. El Nath (Beta Tauri) A Viagem, nome árabe que indica a viagem empreendida pela constelação do Cocheiro. elongação Ângulo entre dois corpos vistos de um ponto do sistema solar (geralmente da Terra). Normalmente refere-se a uma máxima elongação. emersão Fenômeno da saída de um astro eclipsado de detrás do disco aparente do astro eclipsante. emissão Criação de radiação eletromagnética (luz, ondas ultra-violetas, etc) que acontece quando os elétrons ao redor do núcleo de um átomo alteram sua distância em relação ao núcleo. Examinando-se o comprimento das ondas da radiação é possível determinar-se quais os elementos que estão presentes no corpo celeste. empuxo gravitacional Utilização do puxão gravitacional de um planeta para acelerar uma nave espacial. Imagine estar parado e que outra pessoa está correndo em sua direção. A medida que esta pessoa se aproxima você segura seu braço e a gira. Quando você a soltar ela irá em outra direção. Na verdade, ela se afastará mais rapidamente do que chegou. Isto faz com que a nave economize o combustível que utilizaria para seguir diretamente ao seu destino. Ambas as sondas Voyager utilizaram o puxão gravitacional quando passaram pelos planetas externos impulsionando-as para fora do sistema solar. Enceladus Enceladus (SII) é um satélite de Saturno e foi descoberto em 1789 por W. Herschell. Com um diâmetro de aproximadamente 498 km, Enceladus está em órbita a uma distância média de 238.020 km e completa o seu movimento em torno de Saturno