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O homem das
cavernas era um
verdadeiro artista?
Antes mesmo de aparecer em rochas ao ar livre por volta de 10.000 a.C., a arte pré-
histórica já era exprimida nas profundezas das cavernas desde aproximadamente 32.000
a.C. Em 1880, o arqueólogo amador espanhol Sanz de Sautuola, o primeiro a decifrar a
natureza das pinturas pré-históricas na caverna de Altamira, na Espanha, foi ridicularizado
num primeiro momento. Mas a sua ideia ganhou terreno e, em 1901, a revelação das 180
gravuras e pinturas da caverna de Font-de-Gaume, na França, explodiu.
Historiadores divergem sobre o objetivo do homem das cavernas ao pintar como “uma
enorme bomba no mundo pré-histórico”, de acordo com o abade Breuil, que participou do
achado arqueológico. A ideia foi então aceita de forma definitiva e unânime em 1902, com o
mea-culpa feito pelo arqueólogo Émile Cartailhac: o homem paleolítico foi, de fato, um
artista!
A fauna é o tema dominante em 90% das obras desse período histórico: mamutes, bisões,
cavalos, cervos, cabritos, muito bem proporcionados e detalhados a ponto de interessar os
zoólogos sobre o aspecto de certas espécies extintas. Mas não há nem cenário natural nem
vegetação que mostrem esses animais em seu meio natural. Eles eram pintados lado a lado,
ou se sobrepunham nas paredes, muitas vezes sem que se levassem em conta seus
respectivos tamanhos.
As figuras humanas — homens quase sempre com o pênis ereto, mulheres e às vezes
híbridos, meio homem, meio animal — são muito raras e eram esboçadas ingenuamente, de
maneira simples. As mãos, no entanto, aparecem com frequência: mãos chamadas positivas,
cobertas com corante e em seguida carimbadas na parede, ou mãos ditas negativas,
aplicadas como um estêncil, sobre as quais se assoprava um jato de tinta. Às vezes, a mão
parece amputada, faltando um ou mais dedos — estes estavam provavelmente dobrados,
como nas cavernas de Gargas, nos Pireneus, onde 144 pinturas desse tipo aparecem. Alguns
defendem a ideia de um “código”...
Símbolos da feminilidade também são observados nas imagens: triângulos pélvicos,
chamados de “vulvas”, ou glúteos de perfil. Finalmente, outros sinais mais misteriosos
apareceram a partir do período aurignacense (40.000 a.C. a 25.000 a.C.) e multiplicaram-se
no período magdaleniano (17.000 a.C. a 10.000 a.C.): círculos, retângulos, linhas, pontos,
às vezes misturados com as figuras de animais.
Apenas duas cores eram utilizadas, isoladamente ou combinadas: o preto e o vermelho. A
primeira era obtida do carvão de madeira ou de osso. A segunda era produzida a partir de
ocre, uma argila vermelha ou castanho-amarelada. Aplicados em pontos grossos, justapostos
para formar o desenho, esses pigmentos podiam também ser lançados na parede pelo sopro,
após serem dissolvidos e colocados na boca. Os artistas utilizavam de forma inteligente as
paredes, rachaduras e saliências para
dar profundidade às obras.
Na caverna de Chauvet, na França,
imagens descobertas em 1994 mostram
que homem de Cro-Magnon utilizava
outras técnicas. Ele raspava a parede
antes de pintá-la, para obter uma “tela”
branca, e esfumaçava as cores. Ainda
mais surpreendente é o fato de essas
400 pinturas datarem de 32 mil anos:
são as mais antigas conhecidas no
mundo. Perto de Marselha, a caverna
Cosquer, descoberta em 1985, mostra,
entre as 177 representações animais de
19 mil anos, focas, peixes, pinguins e
um ser humano com cabeça de foca. Em
Lascaux, finalmente, a “Capela Sistina
da pré-história”, como disse Breuil, o
homem realizou há 17 mil anos uma
obra monumental — mais de 2 mil
temas —, que continua a impressionar até os dias de hoje.
Como interpretar essas representações? O Homo sapiens simplesmente reproduziu seu meio
ambiente pelo prazer da arte? Essa explicação está hoje abandonada: as obras, produzidas
cuidadosamente à luz de tochas nas profundezas de cavernas, pouco acessíveis,
permanecem invisíveis sem que haja uma fonte de luz externa. Tratava-se de um bestiário
sagrado? Mas, se um animal tem um valor de totem, por que pintar tantas espécies no
mesmo local? E o que dizer das lanças perfurando, às vezes, esses animais? Simbolização
mágica da caça, para garantir uma boa caçada? Era o que o abade Breuil chamava de magia
simpática. Mas esses animais “feridos” não correspondiam aos ossos fossilizados das
espécies consumidas. E, ainda, como explicar os signos abstratos? Extremamente
matemática, a abordagem dita estruturalista, defendida por André Leroi-Gourhan, vê em
cada uma dessas cavernas decoradas uma mensagem simbólica global, organizada de forma
espacial — uma mensagem que permaneceu sem ser decifrada, apesar da adesão de um
bom número de historiadores da pré-história a essa hipótese. Mas, depois das recentes
descobertas como a da caverna de Chauvet, tal hipótese já se sustenta.
A explicação mais recente é a do xamanismo, levantada por Jean Clottes. Ele vê as cavernas
como santuários religiosos, decorados para criar um ambiente mágico; as formas
geométricas seriam frutos das visões dos xamãs durante os transes. Essa teoria não é
unânime. De qualquer forma, essas obras corroboram, finalmente, a definição de arte dada
pelo dicionário Larousse: “Criação de objetos ou encenações específicas, destinadas a
provocar no homem um estado particular de sensibilidade, mais ou menos relacionado ao
prazer estético”.
Homens das cavernas
desenhavam animais
melhor do que os artistas
de hoje
Quando pensamos nos homens das
cavernas temos tendência a imaginá-
los pouco inteligentes ou sem muitas
habilidades manuais, não é mesmo?
Entretanto, basta dar uma olhada em
alguns desenhos rupestres
encontrados em cavernas para
perceber que alguns deles eram, no
mínimo, artistas talentosos.
Um estudo publicado nesta semana
pela Plos One, realizado por
pesquisadores da Hungria, analisou
dezenas de pinturas rupestres
encontradas em diversas partes do
mundo.
A conclusão a que se chegou é que,
muitos dos desenhos, respeitam
aspectos técnicos ensinados em
escolas de desenho, podendo até
mesmo ser considerados melhores do
que as ilustrações feitas por
profissionais da nossa época.
Levando em consideração uma
técnica publicada em meados de 1880
por Eadweard Muybridge, 21 dos 39
desenhos analisados respeitava
perfeitamente a retratação de um
animal de quatro patas.
E ai se deu conta como os homens pintavam , isso era quando existia a evolucionista e
criacionstia elas são assim cada um e a mesma coisa os dois explicam os desenhos do
homens o que explicam um pouco diferente , não próxima aula você verão quais dessa
e a que usam os pintores no dia dia
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  • 1. O homem das cavernas era um verdadeiro artista? Antes mesmo de aparecer em rochas ao ar livre por volta de 10.000 a.C., a arte pré- histórica já era exprimida nas profundezas das cavernas desde aproximadamente 32.000 a.C. Em 1880, o arqueólogo amador espanhol Sanz de Sautuola, o primeiro a decifrar a natureza das pinturas pré-históricas na caverna de Altamira, na Espanha, foi ridicularizado num primeiro momento. Mas a sua ideia ganhou terreno e, em 1901, a revelação das 180 gravuras e pinturas da caverna de Font-de-Gaume, na França, explodiu. Historiadores divergem sobre o objetivo do homem das cavernas ao pintar como “uma enorme bomba no mundo pré-histórico”, de acordo com o abade Breuil, que participou do achado arqueológico. A ideia foi então aceita de forma definitiva e unânime em 1902, com o mea-culpa feito pelo arqueólogo Émile Cartailhac: o homem paleolítico foi, de fato, um artista! A fauna é o tema dominante em 90% das obras desse período histórico: mamutes, bisões, cavalos, cervos, cabritos, muito bem proporcionados e detalhados a ponto de interessar os zoólogos sobre o aspecto de certas espécies extintas. Mas não há nem cenário natural nem vegetação que mostrem esses animais em seu meio natural. Eles eram pintados lado a lado, ou se sobrepunham nas paredes, muitas vezes sem que se levassem em conta seus respectivos tamanhos. As figuras humanas — homens quase sempre com o pênis ereto, mulheres e às vezes híbridos, meio homem, meio animal — são muito raras e eram esboçadas ingenuamente, de maneira simples. As mãos, no entanto, aparecem com frequência: mãos chamadas positivas, cobertas com corante e em seguida carimbadas na parede, ou mãos ditas negativas, aplicadas como um estêncil, sobre as quais se assoprava um jato de tinta. Às vezes, a mão parece amputada, faltando um ou mais dedos — estes estavam provavelmente dobrados, como nas cavernas de Gargas, nos Pireneus, onde 144 pinturas desse tipo aparecem. Alguns defendem a ideia de um “código”... Símbolos da feminilidade também são observados nas imagens: triângulos pélvicos, chamados de “vulvas”, ou glúteos de perfil. Finalmente, outros sinais mais misteriosos apareceram a partir do período aurignacense (40.000 a.C. a 25.000 a.C.) e multiplicaram-se no período magdaleniano (17.000 a.C. a 10.000 a.C.): círculos, retângulos, linhas, pontos, às vezes misturados com as figuras de animais. Apenas duas cores eram utilizadas, isoladamente ou combinadas: o preto e o vermelho. A primeira era obtida do carvão de madeira ou de osso. A segunda era produzida a partir de ocre, uma argila vermelha ou castanho-amarelada. Aplicados em pontos grossos, justapostos para formar o desenho, esses pigmentos podiam também ser lançados na parede pelo sopro, após serem dissolvidos e colocados na boca. Os artistas utilizavam de forma inteligente as paredes, rachaduras e saliências para dar profundidade às obras.
  • 2. Na caverna de Chauvet, na França, imagens descobertas em 1994 mostram que homem de Cro-Magnon utilizava outras técnicas. Ele raspava a parede antes de pintá-la, para obter uma “tela” branca, e esfumaçava as cores. Ainda mais surpreendente é o fato de essas 400 pinturas datarem de 32 mil anos: são as mais antigas conhecidas no mundo. Perto de Marselha, a caverna Cosquer, descoberta em 1985, mostra, entre as 177 representações animais de 19 mil anos, focas, peixes, pinguins e um ser humano com cabeça de foca. Em Lascaux, finalmente, a “Capela Sistina da pré-história”, como disse Breuil, o homem realizou há 17 mil anos uma obra monumental — mais de 2 mil temas —, que continua a impressionar até os dias de hoje. Como interpretar essas representações? O Homo sapiens simplesmente reproduziu seu meio ambiente pelo prazer da arte? Essa explicação está hoje abandonada: as obras, produzidas cuidadosamente à luz de tochas nas profundezas de cavernas, pouco acessíveis, permanecem invisíveis sem que haja uma fonte de luz externa. Tratava-se de um bestiário sagrado? Mas, se um animal tem um valor de totem, por que pintar tantas espécies no mesmo local? E o que dizer das lanças perfurando, às vezes, esses animais? Simbolização mágica da caça, para garantir uma boa caçada? Era o que o abade Breuil chamava de magia simpática. Mas esses animais “feridos” não correspondiam aos ossos fossilizados das espécies consumidas. E, ainda, como explicar os signos abstratos? Extremamente matemática, a abordagem dita estruturalista, defendida por André Leroi-Gourhan, vê em cada uma dessas cavernas decoradas uma mensagem simbólica global, organizada de forma espacial — uma mensagem que permaneceu sem ser decifrada, apesar da adesão de um bom número de historiadores da pré-história a essa hipótese. Mas, depois das recentes descobertas como a da caverna de Chauvet, tal hipótese já se sustenta. A explicação mais recente é a do xamanismo, levantada por Jean Clottes. Ele vê as cavernas como santuários religiosos, decorados para criar um ambiente mágico; as formas geométricas seriam frutos das visões dos xamãs durante os transes. Essa teoria não é unânime. De qualquer forma, essas obras corroboram, finalmente, a definição de arte dada pelo dicionário Larousse: “Criação de objetos ou encenações específicas, destinadas a provocar no homem um estado particular de sensibilidade, mais ou menos relacionado ao prazer estético”. Homens das cavernas desenhavam animais melhor do que os artistas de hoje
  • 3. Quando pensamos nos homens das cavernas temos tendência a imaginá- los pouco inteligentes ou sem muitas habilidades manuais, não é mesmo? Entretanto, basta dar uma olhada em alguns desenhos rupestres encontrados em cavernas para perceber que alguns deles eram, no mínimo, artistas talentosos.
  • 4. Um estudo publicado nesta semana pela Plos One, realizado por pesquisadores da Hungria, analisou dezenas de pinturas rupestres encontradas em diversas partes do mundo. A conclusão a que se chegou é que, muitos dos desenhos, respeitam aspectos técnicos ensinados em escolas de desenho, podendo até mesmo ser considerados melhores do
  • 5. que as ilustrações feitas por profissionais da nossa época. Levando em consideração uma técnica publicada em meados de 1880 por Eadweard Muybridge, 21 dos 39 desenhos analisados respeitava perfeitamente a retratação de um animal de quatro patas.
  • 6. E ai se deu conta como os homens pintavam , isso era quando existia a evolucionista e criacionstia elas são assim cada um e a mesma coisa os dois explicam os desenhos do homens o que explicam um pouco diferente , não próxima aula você verão quais dessa e a que usam os pintores no dia dia Depois desse aprendizado faça Faça a pagina 56 a 59