• Consideramos
como
ARTE
PRÉ-‐HISTÓRICA
todas
as
manifestações
que
se
desenvolveram
antes
do
surgimento
das
primeiras
civilizações
e
portanto
antes
da
escrita.
• PALEOLÍTICO
OU
IDADE
DA
PEDRA
LASCADA:
cerca
de
35.000
anos
atrás,
até
10.000
anos
a.C.
Eram
povos
nômades
(andarilhos),
se
locomoviam
para
a
própria
subsistência.
• NEOLÍTICO
OU
IDADE
DA
PEDRA
POLIDA:
10.000
anos
a.C
até
3.000
anos
a.C.
Esses
povos
formam
comunidades
fixas,
caracterizadas
pela
domes]cação
dos
animais
e
o
cul]vo
do
pr;oprio
aliment
(agricultura)
tornando
o
homem
não
mais
dependente
apenas
da
coleta
e
da
caça.
!
• Chamamos
esses
povos
de
PRIMITIVOS
não
porque
eram
mais
simples
do
que
nós,
mas
por
estarem
mais
próximos
do
estado
em
que,
num
dado
momento,
emergiu
a
humanidade,
isto
é,
nossos
ancestrais.
• Consideramos
Arte
Primi]va
também
aquela
desenvolvida
em
comunidades
em
que
sobrevivem,
ainda
atualmente,
modos
de
vida
“primi]vos”,
como
algumas
populações
indígenas
AINDA
EXISTENTES.
Arte para
uma Finalidade
“Se
aceitarmos
que
a
arte
significa
o
exercício
de
a]vidades
tais
como
a
edificação
de
templos
e
casas,
a
realização
de
pinturas
e
esculturas,
ou
a
tessitura
de
padrões,
nenhum
povo
existe
no
mundo
sem
arte.
Se,
por
outro
lado,
entendermos
por
arte
alguma
espécie
de
belo
ar]go
de
luxo,
algo
para
nos
deleitar
em
museus
e
exposições,
ou
uma
coisa
muito
especial
para
usar
como
preciosa
decoração
na
sala
de
honra,
cumpre-‐nos
reconhecer
que
esse
uso
da
palavra
cons]tui
um
desenvolvimento
bem
recente
e
que
muitos
dos
maiores
construtores,
pintores
ou
escultores
sequer
sonharam
com
ele.”
(A
História
da
Arte,
de
E.
H.
Gombrich.
Pg.
39)
• Na
pré-‐história,
tais
objetos
como
pinturas
esculturas
não
eram
considerados
pelos
primi]vos
como
meras
obras
de
arte,
mas
objetos
que
]nham
uma
FUNÇÃO
definida.
• Por
exemplo,
as
imagens
rupestres,
não
eram
decora]vas,
mas
executadas
para
servir
à
algum
rito
mágico.
• Entre
o
povo
primi]vo
não
há
diferença
entre
edificar
e
fazer
imagens,
no
que
se
refere
à
u]lidade.
Exemplos:
A
cabana
]nha
uma
função:
proteger
do
sol,
do
vento
e
da
chuva.
A
imagens
e
esculturas
]nham
uma
função:
proteger
contra
poderes
do
mal
e
para
realizar
rituais.
• Importante
entendermos
que
tais
objetos
EXISTIRAM
PARA
SEREM
USADOS
E
NÃO
CONTEMPLADOS.
• A
arte
primi]va
NÃO
visa
o
belo,
o
contempla]vo
e
o
decora]vo.
O Ritual e o Real
• O
homem
na
pré-‐história
não
estabelecia
uma
dis]nção
ní]da
entre
as
imagens
e
a
realidade.
• As
imagens,
pintadas
e
desenhadas
em
distantes,
soturnas
e
inacessíveis
cavernas
faziam
parte
de
rituais
que
mesclavam
o
mágico
e
o
real.
Por
exemplo,
se
a
pintura
mostrava
o
gado,
sendo
apanhado
por
lanças,
a
imagem
representaria
que
assim
também
deveria
acontecer
na
realidade,
o
seja,
o
gado
também
seria,
como
na
imagem,
apanhado
pelo
homem.
• Mesmo
os
rituais
exerciam
uma
função.
Domínio Técnico
• A
capacidade
técnica
vista
na
arte
primi]va
não
é
menor.
• A
História
da
Arte,
em
seu
todo,
não
é
uma
história
de
progresso
da
técnica,
mas
uma
história
de
ideias,
concepções
e
necessidades
em
permanente
evolução.
• Essas
obras
não
]nham
o
obje]vo
de
exprimir
a
realidade,
mas
de
representá-‐la,
ou
seja,
de
passar
uma
IDEIA.
“Se
a
maioria
das
obras
dessas
civilizações
nos
parece
remota
e
pouco
natural,
a
razão
disso
está
nas
ideias
que
se
propõe
a
transmi]r.”
(Gombrich)
ORO,
DEUS
DA
GUERRA
DO
TAITI,
SÉC.
XVIII.
Madeira,
coberta
de
fibra
vegetal
entrançada,
c=
66cm.
Museu
do
Homem,
Londres.
Na
parte
superior
do
objeto,
a
representação
dos
olhos
de
Oro.
VASO
DE
BARRO
NA
FORMA
DE
UM
HOMEM
DE
UM
OLHO
SÓ,
ENCONTRADO
NO
VALE
CHICANNA,
PERU,
C.
250-‐550
d.C.
29CM
TLALOC,
O
DEUS
DA
CHUVA
ASTECA,
SÉCULOS
XIV-‐XV.
PEDRA,
40CM
MODELO
DA
CASA
DE
UM
CHEFE
HAIDA,
DO
SÉC.
XIX,
ÍNDIOS
DA
COSTA
NOROESTE.
MÁSCARADE
DANÇA
INUIT,
DO
ALASCA,
C.
1880.
Representa
um
demônio
da
montanha,
devorador
de
homens,
com
o
rosto
lambusado
de
sangue.
DÓLMEN.
c.
15000
a.C.
CARNAC,
BRETANHA.
Dolmens:
túmulos.
• Monumentos
megalí]cos,
formados
por
enormes
blocos
ou
lajes
de
pedra,
erguidos
e
sobrepostos
sem
argamassa.
Cromlechs:
santuários,
des]nado
a
cerimônias
religiosas.
STONEHENGE,
c.
2000
a.C.
DIÂM.
DO
CIRCULO
29,5M.
PLANICIE
DE
SALISBURY,
WILSHIRE,
GRÃ-‐
BRETANHA.
• Tais
monumentos
]nham
cunho
religioso
e
não
polí]co
ou
u]litário.
•
Um
enorme
círculo
de
pedras
erguidas
a
intervalos
regulares,
que
sustentam
traves
horizontais,
rodeando
outros
círculos
interiores.
No
centro
do
ul]mo
está
um
bloco
semelhante
à
um
altar.
O
conjunto
está
orientado
para
o
ponto
do
horizonte
onde
nasce
o
Sol
no
dia
do
solswcio
de
verão,
indício
que
se
des]nava
à
prá]cas
rituais
de
um
culto
solar.