O documento discute os conceitos de radioatividade, contaminação radioativa e irradiação. Explica que a radioatividade ocorre quando átomos instáveis emitem radiação ao se tornarem estáveis, e que a contaminação radioativa acontece quando materiais radioativos são absorvidos pelo corpo, ao contrário da irradiação que é a exposição à radiação sem contato direto. Também descreve os diferentes tipos de radiação e seus efeitos biológicos, como danos ao DNA e mutações que podem levar ao câncer
2. Radioatividade
É a capacidade que certos átomos possuem
de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de
seus núcleos instáveis com o objetivo de adquirir
estabilidade. A missão de partículas faz com que o
átomo radioativo de determinado elemento químico
transforme-se num átomo de outro elemento
químico diferente.
3. Vários tipos de radiações
exercem ação sobre os
microorganismos, seja provocando
mutações, seja inibindo o seu
crescimento ou mesmo, matando-os,
na dependência da dose empregada.
4. Contaminação Radioativa X
Irradiação
A diferença entre
contaminação radioativa
e irradiação é que, na
primeira, absorve-se o
material radioativo, já na
segunda há exposição à
radiação, que pode ser a
distância.
5. Quando acontece algum acidente nuclear, como foi o caso
do acidente com césio-137 em Goiânia, muitas notícias usam os termos
“contaminação radioativa” e “irradiação”. Mas será que esses termos
são usados corretamente? Você sabe a diferença entre contaminação
radioativa e irradiação?
6. A contaminação radioativa
acontece quando um material
radioativo é absorvido pelo corpo de um
indivíduo. Qualquer tipo de
contaminação ocorre quando há
a presença indesejável de um material
em um local onde ele não deveria estar.
7. Leide das Neves, uma menina de apenas seis anos de idade, pegou o “pó
azul brilhante”, que, na verdade, era o cloreto de césio-137, brincou com ele e
depois foi lanchar sem lavar as mãos. Desse modo, ela foi contaminada porque
absorveu o material radioativo tanto por via cutânea (pela pele) quanto por ingeri-
lo em pequenas quantidades.
Entre as pessoas examinadas nesse acidente em Goiânia, quatro, que
acabaram morrendo e estavam entre as 14 pessoas removidas para o Hospital
Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, apresentavam contaminação externa e/ou
interna, ou seja, tiveram contato direto com o material radioativo, e também lesões
características da exposição de parte do corpo ou do corpo inteiro. Leide das Neves
foi a primeira dessas vítimas fatais.
Exemplo:
8. Quando uma pessoa sofre contaminação radioativa, ela também se torna
uma ameaça para as outras pessoas, pois o material radioativo que está presente
nela continua emitindo radiações, que podem contaminar outros. Isso nos mostra
que toda pessoa contaminada também foi irradiada.
Por outro lado, a irradiação é a energia característica emitida por uma
fonte radioativa. Ela ocorre quando há uma exposição do material ou do corpo de
alguém à radiação emitida pelo elemento radioativo. Isso pode acontecer sem a
pessoa entrar em contato direto com o material radioativo, ou seja, mantendo-se
a certa distância. Desse modo, nem toda pessoa que foi irradiada também foi
contaminada.
10. Efeitos biológicos: as radiações
podem ser utilizadas com fins benéficos,
no tratamento de algumas espécies de
câncer, em dosagens apropriadas. Mas
em quantidades elevadas, são nocivas
aos tecidos vivos, causam grande perda
das defesas naturais, queimaduras e
hemorragias. Também afetam o DNA,
provocando mutações genéticas.
11. Desde a descoberta da radiação mais de um século de pesquisa tem
fornecido grande conhecimento acerca dos mecanismos biológicos pelos
quais esta pode afetar a saúde.
Sabe-se que a radiação pode produzir efeitos em nível celular,
causando sua morte ou modificação, devido aos danos causados nas fitas
do ácido desoxirribonucleico (DNA) em um cromossomo.
Quando o número de células afetadas ou até mesmo mortas for
grande o suficiente, a radiação poderá resultar na disfunção e morte do
órgão.
12. Outra influência da radiação ionizante sobre o DNA são os danos
que não causam a morte celular. Esses tipos de dano são normalmente
reparados por inteiro, mas caso isso não ocorra, a modificação resultante
– conhecida como mutação celular – causará reflexo nas divisões celulares
subsequentes. O resultado das mutações é o câncer, quando o dano
ocorre no segmento que controla a velocidade de reprodução das células
e/ou danifica trechos que controlam esta função. Se as células
modificadas forem aquelas que transmitem a informação hereditária aos
descendentes, desordens genéticas podem surgir.
14. As radiações são
produzidas por processos
de ajustes que ocorrem no
núcleo ou nas camadas
eletrônicas, ou pela
interação de outras
radiações ou partículas
com o núcleo, ou também
com o átomo por inteiro.
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17. A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um
deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e
fragmentação(divisão) das células.
O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do
que a exposição prolongada ao sol. Portanto, um contato com partículas
radioativas pode deixar a pele do indivíduo totalmente danificada, uma vez que as
células não resistem ao calor emitido pela reação.
A ionização e fragmentação celular implicam em problemas de mutação
genética durante a gestação de fetos, que nascem prematuramente ou, quando
dentro do período de nove meses, nascem com graves problemas de má
formação.
18. Quimicamente falando, seria assim: as partículas radioativas têm
alta energia cinética, ou seja, se movimentam rapidamente. Quando
tais partículas atingem as células dentro do corpo, elas provocam a
ionização celular. Células transformadas em íons podem remover
elétrons, portanto, a ionização enfraquece as ligações. E o
resultado? Células modificadas e, consequentemente, mutações
genéticas.
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21. A probabilidade de ocorrência de um
câncer provocado pela radiação depende do
número de clones de células modificadas no
tecido ou órgão, uma vez que depende da
sobrevivência de pelo menos um deles para
garantir a progressão. O período de
aparecimento (detecção) do câncer após a
exposição pode chegar até 40 anos. No caso
da leucemia, a frequência passa por um
máximo entre 5 e 7 anos, com período de
latência de 2 anos.
22. Raios
Infravermelhos
Trabalhos com soldas elétricas, com solda
oxiacetilênica, trabalhos com metais e vidros
incandescentes, isto é que ficam da cor laranja e
emitem luz, quando superaquecido e também
nos fornos, fornalhas e processos de secagem de
tinta e material úmido são atividades que
produzem raios infravermelhos.
Em trabalhos a céu aberto, o trabalhador fica
exposto ao sol, que é uma fonte natural
emissora de raios infravermelhos.
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24. Raios
Ultravioleta
Atividade com solda elétrica, processos de
fotoreprodução, esterilização do ar e da água, produção de
luz fluorescente, trabalhos com arco-voltaico, dispositivos
usados pelos dentistas, processos de aluminotermia,
lâmpadas especiais e o sol emitem raios ultravioletas.
Em pequenas doses, o ultravioleta é necessário
ao homem, porque é o responsável pela produção da
vitamina D no organismo humano. Mas, em quantidades
excessivas, podem causar graves prejuízos à saúde.
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26. Microondas
As micro-ondas são encontradas em
formas domésticas ou industriais: forma de
micro-ondas, aparelhos de radar em aeroportos,
aparelhos de radiocomunicação, equipamentos
de diatermia, para obter calor e processos de
aquecimento em produção de plásticos e
cerâmica.
A medicação ou avaliação das micro-
ondas pode ser por sistema elétrico ou térmico,
mas não é costumeira e não existem limites
nacionais de tolerância definidos.
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29. Laser(Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation)
• Em português significa Amplificação da
luz por emissão estimulada de radiação.
• É um feixe de luz direcional convergente,
ou seja, que se concentra em um ponto
só. Muito utilizada em indústrias
metalúrgicas para corte de metal, soldas e
medições a grande distâncias.
• No homem seu maior efeito é sobre os
olhos, onde o laser pode causar grandes
estragos na retina, podendo ser
irreversível e causar cegueira.