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Danos ao corpo humano devido a
radiação
 Wilhelm Conrad Roentgen, que descobriu os raios X em 1895,
morreu de câncer no intestino, em 1923. Marie Curie, que esteve
exposta à radiação ao longo de sua vida profissional, morreu de
uma doença no sangue em 1934.
 Em 1928, o Comitê Internacional de Proteção aos Raios X e ao
Rádio foi estabelecido durante o Segundo Congresso
Internacional de Radiologia em Estocolmo, e Rolf Sievert foi eleito
como primeiro presidente.
 Após
 a Segunda Guerra Mundial – levando em conta os novos usos da
radiação além da medicina – o Comitê foi reestruturado e
renomeado como Comissão Internacional em Proteção
Radiológica (International Commission on Radiological Protection
– ICRP).
 A avaliação mais importante de grupos populacionais expostos à
radiação é o estudo acerca de aproximadamente 86 500
sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, no
final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
 Além disso, dados confiáveis sobre o assunto provêm da
experiência com pacientes irradiados, de trabalhadores após
exposição acidental (p.ex. acidente na usina nuclear de
Chernobyl) e de experimentos de laboratório em animais e
células
Efeitos imediatos a saúde
 Os efeitos imediatos à saúde são causados pela morte/dano
extensivos sobre a célula. Os exemplos são queimaduras na pele,
perda de cabelo e diminuição da fertilidade.
 Estes efeitos à saúde são caracterizados por um limiar
relativamente alto que deve ser excedido por um curto período
antes que os efeitos ocorram. A severidade do efeito aumenta
com o aumento da dose após o limiar ser excedido.
 Geralmente, doses agudas maiores que 50 Gy danificam o sistema nervoso central de tal
forma que a morte ocorre em poucos dias. Mesmo para doses inferiores a 8 Gy, as
pessoas apresentam sintomas de doença causada por radiação, também conhecida como
síndrome aguda da radiação, que podem incluir náusea, vômitos, diarreia, cólicas
intestinais, salivação, desidratação, fadiga, apatia, letargia, sudorese, febre, dor de cabeça
e pressão baixa.
Efeitos imediatos a saúde
Geralmente, doses agudas maiores que 50 Gy danificam o
sistema nervoso central de tal forma que a morte ocorre em
poucos dias.
Mesmo para doses inferiores a 8 Gy, as pessoas apresentam
sintomas de doença causada por radiação, também
conhecida como síndrome aguda da radiação, que podem
incluir náusea, vômitos, diarreia, cólicas intestinais,
salivação, desidratação, fadiga, apatia, letargia, sudorese,
febre, dor de cabeça e pressão baixa.
Efeitos imediatos a saúde
Felizmente, se a medula óssea e o resto do sistema de
produção do sangue receber uma dose inferior a 1 Gy, estes
possuem uma extraordinária capacidade de regeneração,
podendo se recuperar completamente – porém existirá um
alto risco de desenvolvimento de leucemia alguns anos
depois
Efeitos tardios a saúde
Ocorrem um longo tempo após a exposição. Em geral, a
maioria dos efeitos tardios à saúde são também efeitos
estatísticos, isto é, para os quais a probabilidade de
ocorrência depende da dose de radiação recebida.
 Exemplos de efeitos tardios são tumores sólidos e leucemia
ocorrendo em pessoas expostas à radiação, além de desordens
genéticas ocorrendo nos descendentes de pessoas expostas.
Efeitos na descendência
 Se os danos da radiação ocorrerem nas células reprodutivas, o
esperma ou o óvulo, isso pode levar a efeitos hereditários nos
descendentes.
 Além disso, a radiação pode prejudicar diretamente o embrião ou
o feto ainda em desenvolvimento no útero. É importante
distinguir entre exposição à radiação em adultos, crianças e
embriões/fetos. O UNSCEAR tem conduzido amplas revisões
relacionadas aos efeitos à saúde, incluindo efeitos hereditários
nesses grupos.
Efeitos hereditários
 A radiação pode modificar as células transmitindo informações
hereditárias aos descendentes, o que pode causar desordens
genéticas.
 Muitos dos embriões e fetos severamente afetados não
sobrevivem. Estima--se que cerca da metade de todos os abortos
espontâneos ocorre com bebês que possuem uma constituição
genética anormal
 Os efeitos hereditários podem ser divididos em duas categorias
principais: aberrações cromossômicas envolvendo mudanças no
número ou estrutura dos cromossomos, e mutações dos genes.
Os efeitos podem aparecer nas gerações subsequentes, mas não
necessariamente
Conversão interna e poder de
penetração das radiações
Conversão interna
 No modelo mecânico quântico do elétron, há uma probabilidade
finita de encontrar o elétron dentro do núcleo.
 Nesse caso, o elétron pode acoplar-se a um núcleo excitado e
absorver diretamente a energia da transição nuclear, sem um raio
gama intermediário .
Poder de penetração das radiações
 Na sequência, da menos para mais penetrante, temos: Alfa, beta
e gama
 A radiação alfa pode ser freada facilmente por uma folha de
papel
 A radiação beta pode ser contida por uma chapa de alumiínio não
muito espessa
 A radiação Gama pode atravessar uma parede de chumbo e ser
contida por uma parede extremamente espessa de concreto
Poder de penetração das radiações
Grandezas radiológicas (Parte 1)
Grandezas radiológicas
 Uma das questões iniciais na utilização da radiação ionizante é
como realizar uma medição de quantidades utilizando a própria
radiação ou os efeitos e subprodutos de suas interações com a
matéria.
 As dificuldades de medição estão associadas às suas
propriedades, pois elas são invisíveis, inodoras, insípidas,
inaudíveis e indolores. Além disso, elas podem interagir com os
instrumentos de medição modificando suas características. Outra
dificuldade é que nem todas as grandezas radiológicas definidas
são mensuráveis.
Grandezas radiológicas
 A atividade de um material radioativo é expressa pelo quociente
entre o número
𝐴 =
∆𝑁
∆𝑡
 onde N é o número de núcleos radioativos contidos na amostra
ou material.
 T é o tempo decorrido
 Sua unidade é o Becquerel, e corresponde a 1 transformação por
segundo
Atividade (A)
Grandezas radiológicas
 A atividade de um material radioativo é expressa pelo quociente
entre o número
𝜙 =
Δ𝑁
Δ𝑎
 A fluência, Φ, de partículas é o número de partículas incidentes
sobre uma esfera de secção de área
 O número de partículas N pode corresponder a partículas
emitidas, transferidas ou recebidas. Esta grandeza é muito
utilizada na medição de nêutrons.
Fluência (𝝓)
Grandezas radiológicas
 É o quociente entre o valor absoluto da carga total de íons de um
dado sinal, produzidos no ar, quando todos os elétrons (negativos
e positivos) liberados pelos fótons em uma certa quantidade de
massa de ar,ou seja são completamente freados no ar
𝜙 =
Δ𝑄
Δ𝑚
 Q é a quantidade de carga e m é a massa
 A unidade é Coulomb/Kg, ou seja, Roetgen (R)
Exposição (X)
Grandezas radiológicas
 Outro efeito da interação da radiação com a matéria é a
transferência de energia.
 Esta nem sempre é absorvida totalmente, devido à variedade de
modos de interação e à natureza do material.
 A relação entre a energia absorvida e a massa do volume de
material atingido é a base da definição da grandeza Dose
absorvida
𝐷 =
∆𝜀
∆𝑚
 ∆𝜀 é a energia depositada em certo ponto de um volume de
massa ∆𝑚.
 A unidade de D é o Gray (Joule/Kg)
Dose absorvida (D)
Grandezas radiológicas
 O O kerma (kinectic energy released per unit of mass) é definido
pela relação
𝐾 =
∆𝐸𝑡𝑟
∆𝑚
 Trata-se de uma medida da energia cinética transferida para uma
certa quantidade de massa devido a partículas incidentes em
certo material .
 A unidade de Kerma também é o Gray
Kerma (K)

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  • 1. Danos ao corpo humano devido a radiação
  • 2.  Wilhelm Conrad Roentgen, que descobriu os raios X em 1895, morreu de câncer no intestino, em 1923. Marie Curie, que esteve exposta à radiação ao longo de sua vida profissional, morreu de uma doença no sangue em 1934.  Em 1928, o Comitê Internacional de Proteção aos Raios X e ao Rádio foi estabelecido durante o Segundo Congresso Internacional de Radiologia em Estocolmo, e Rolf Sievert foi eleito como primeiro presidente.  Após  a Segunda Guerra Mundial – levando em conta os novos usos da radiação além da medicina – o Comitê foi reestruturado e renomeado como Comissão Internacional em Proteção Radiológica (International Commission on Radiological Protection – ICRP).
  • 3.  A avaliação mais importante de grupos populacionais expostos à radiação é o estudo acerca de aproximadamente 86 500 sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.  Além disso, dados confiáveis sobre o assunto provêm da experiência com pacientes irradiados, de trabalhadores após exposição acidental (p.ex. acidente na usina nuclear de Chernobyl) e de experimentos de laboratório em animais e células
  • 4.
  • 5.
  • 6. Efeitos imediatos a saúde  Os efeitos imediatos à saúde são causados pela morte/dano extensivos sobre a célula. Os exemplos são queimaduras na pele, perda de cabelo e diminuição da fertilidade.  Estes efeitos à saúde são caracterizados por um limiar relativamente alto que deve ser excedido por um curto período antes que os efeitos ocorram. A severidade do efeito aumenta com o aumento da dose após o limiar ser excedido.  Geralmente, doses agudas maiores que 50 Gy danificam o sistema nervoso central de tal forma que a morte ocorre em poucos dias. Mesmo para doses inferiores a 8 Gy, as pessoas apresentam sintomas de doença causada por radiação, também conhecida como síndrome aguda da radiação, que podem incluir náusea, vômitos, diarreia, cólicas intestinais, salivação, desidratação, fadiga, apatia, letargia, sudorese, febre, dor de cabeça e pressão baixa.
  • 7. Efeitos imediatos a saúde Geralmente, doses agudas maiores que 50 Gy danificam o sistema nervoso central de tal forma que a morte ocorre em poucos dias. Mesmo para doses inferiores a 8 Gy, as pessoas apresentam sintomas de doença causada por radiação, também conhecida como síndrome aguda da radiação, que podem incluir náusea, vômitos, diarreia, cólicas intestinais, salivação, desidratação, fadiga, apatia, letargia, sudorese, febre, dor de cabeça e pressão baixa.
  • 8. Efeitos imediatos a saúde Felizmente, se a medula óssea e o resto do sistema de produção do sangue receber uma dose inferior a 1 Gy, estes possuem uma extraordinária capacidade de regeneração, podendo se recuperar completamente – porém existirá um alto risco de desenvolvimento de leucemia alguns anos depois
  • 9. Efeitos tardios a saúde Ocorrem um longo tempo após a exposição. Em geral, a maioria dos efeitos tardios à saúde são também efeitos estatísticos, isto é, para os quais a probabilidade de ocorrência depende da dose de radiação recebida.  Exemplos de efeitos tardios são tumores sólidos e leucemia ocorrendo em pessoas expostas à radiação, além de desordens genéticas ocorrendo nos descendentes de pessoas expostas.
  • 10. Efeitos na descendência  Se os danos da radiação ocorrerem nas células reprodutivas, o esperma ou o óvulo, isso pode levar a efeitos hereditários nos descendentes.  Além disso, a radiação pode prejudicar diretamente o embrião ou o feto ainda em desenvolvimento no útero. É importante distinguir entre exposição à radiação em adultos, crianças e embriões/fetos. O UNSCEAR tem conduzido amplas revisões relacionadas aos efeitos à saúde, incluindo efeitos hereditários nesses grupos.
  • 11. Efeitos hereditários  A radiação pode modificar as células transmitindo informações hereditárias aos descendentes, o que pode causar desordens genéticas.  Muitos dos embriões e fetos severamente afetados não sobrevivem. Estima--se que cerca da metade de todos os abortos espontâneos ocorre com bebês que possuem uma constituição genética anormal  Os efeitos hereditários podem ser divididos em duas categorias principais: aberrações cromossômicas envolvendo mudanças no número ou estrutura dos cromossomos, e mutações dos genes. Os efeitos podem aparecer nas gerações subsequentes, mas não necessariamente
  • 12. Conversão interna e poder de penetração das radiações
  • 13. Conversão interna  No modelo mecânico quântico do elétron, há uma probabilidade finita de encontrar o elétron dentro do núcleo.  Nesse caso, o elétron pode acoplar-se a um núcleo excitado e absorver diretamente a energia da transição nuclear, sem um raio gama intermediário .
  • 14. Poder de penetração das radiações  Na sequência, da menos para mais penetrante, temos: Alfa, beta e gama  A radiação alfa pode ser freada facilmente por uma folha de papel  A radiação beta pode ser contida por uma chapa de alumiínio não muito espessa  A radiação Gama pode atravessar uma parede de chumbo e ser contida por uma parede extremamente espessa de concreto
  • 15. Poder de penetração das radiações
  • 17. Grandezas radiológicas  Uma das questões iniciais na utilização da radiação ionizante é como realizar uma medição de quantidades utilizando a própria radiação ou os efeitos e subprodutos de suas interações com a matéria.  As dificuldades de medição estão associadas às suas propriedades, pois elas são invisíveis, inodoras, insípidas, inaudíveis e indolores. Além disso, elas podem interagir com os instrumentos de medição modificando suas características. Outra dificuldade é que nem todas as grandezas radiológicas definidas são mensuráveis.
  • 18. Grandezas radiológicas  A atividade de um material radioativo é expressa pelo quociente entre o número 𝐴 = ∆𝑁 ∆𝑡  onde N é o número de núcleos radioativos contidos na amostra ou material.  T é o tempo decorrido  Sua unidade é o Becquerel, e corresponde a 1 transformação por segundo Atividade (A)
  • 19. Grandezas radiológicas  A atividade de um material radioativo é expressa pelo quociente entre o número 𝜙 = Δ𝑁 Δ𝑎  A fluência, Φ, de partículas é o número de partículas incidentes sobre uma esfera de secção de área  O número de partículas N pode corresponder a partículas emitidas, transferidas ou recebidas. Esta grandeza é muito utilizada na medição de nêutrons. Fluência (𝝓)
  • 20. Grandezas radiológicas  É o quociente entre o valor absoluto da carga total de íons de um dado sinal, produzidos no ar, quando todos os elétrons (negativos e positivos) liberados pelos fótons em uma certa quantidade de massa de ar,ou seja são completamente freados no ar 𝜙 = Δ𝑄 Δ𝑚  Q é a quantidade de carga e m é a massa  A unidade é Coulomb/Kg, ou seja, Roetgen (R) Exposição (X)
  • 21. Grandezas radiológicas  Outro efeito da interação da radiação com a matéria é a transferência de energia.  Esta nem sempre é absorvida totalmente, devido à variedade de modos de interação e à natureza do material.  A relação entre a energia absorvida e a massa do volume de material atingido é a base da definição da grandeza Dose absorvida 𝐷 = ∆𝜀 ∆𝑚  ∆𝜀 é a energia depositada em certo ponto de um volume de massa ∆𝑚.  A unidade de D é o Gray (Joule/Kg) Dose absorvida (D)
  • 22. Grandezas radiológicas  O O kerma (kinectic energy released per unit of mass) é definido pela relação 𝐾 = ∆𝐸𝑡𝑟 ∆𝑚  Trata-se de uma medida da energia cinética transferida para uma certa quantidade de massa devido a partículas incidentes em certo material .  A unidade de Kerma também é o Gray Kerma (K)