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INTERVINDO NA OCLUSÃO
Ajuste e Reabilitação Oclusal
Instituto de Ciência e Tecnologia
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos
Grupo 9:
Ana Luiza Barbosa Jurema
Augusto Sérgio Lemes
Felipe Morais de Freitas
João Paulo Mendes Tribst
CENTRO DE OCLUSÃO E ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Introdução
AJUSTE OCLUSAL
TRATAMENTO
ELIMINAR INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS
Introdução
Oclusão Ideal
Equilíbrio
DENTES
ATM
SISTEMA
NEUROMUSCULAR
TECIDOS
DE SUPORTE
Indicações
a) Melhorar relações oclusais prévias a reabilitação
b) Minimizar trauma oclusal
c) Após terapia periodontal de casos avançados
d) Após tratamento ortodôntico
e) Para tratamento de disfunções temporomandibulares
Contra-indicações
a) Pacientes sintomáticos
b) Diagnostico incerto
c) Relações maxilo-mandibulares adversas
d) Possibilidade de tratamento mais conservador
Princípios do Ajuste Oclusal
Porque? Quando?
Onde? Como?
-Diminuir interferências -Dtm é fator etiológico
e pode ser amenizada
- Controle de sintomas
- Em interferências
relacionadas ao desvio da
normalidade do movimento
executado avaliado durante
exame clinico.
- Técnica de desgaste
que remova
interferências, práticas
para permitir rápida
aplicabilidade com base
lógica.
Eliminando Interferências
Interferências de arco de fechamento mandibular:
-vertentes mesiais dos superiores e nas distais dos inferiores
(vertentes de bloqueio cêntrico), interrompendo o movimento de
fechamento antes que os outros dentes estejam em contato.
Interferências nos movimentos excursivos:
-lateralidade ou protrusão
-lado de trabalho e de balanceio
-mais acentuado que o contato de guia de desoclusão.
Gerar guia de desoclusão:
-é de extrema importância buscar a reabilitação das guias antes
do desgaste seletivo de possíveis interferências.
Axializar forças:
-para direcionas as forças oclusais no sentido do longo eixo do
dente, é necessário que os antagonistas estejam alinhados
paralelamente.
Não alterar dimensão vertical de oclusão:
-não ultrapassar o limite da DVO durante o desgaste podendo
gerar DTM ou agravar alguma já existente
Eliminando Interferências
Desgastar a superfície menos útil:
-menor dano a estrutura dentaria.
-restaurações , próteses ou até vertentes lisas .
-evitar as vertentes triturantes.
Ponto contraplano:
O contato deverá ocorrer entre ponta de cúspide e fundo de
fossa antagônica, direcionando o desgaste seletivo para tal.
Eliminando Interferências
Técnicas de Ajuste
 Análise inicial em articulador semi-ajustável :
>>> sem reflexos neuromusculares, língua ou saliva
interferindo.
>>> permite visão póstero-anterior, o que pode ser mais
esclarecedor.
>>> somente as interferências oclusais que tenham relação com a
sintomatologia do paciente serão desgastadas
OBS: A experiência do profissional pode determinar a escolha do
ajuste por meio do articulador ou diretamente na boca do
paciente!
Técnicas de Ajuste
 Demarcação dos contatos oclusais:
>>> as demarcações devem ser confiáveis
>>> utiliza-se carbono de duas cores (preto e vermelho)
>>> preto para identificação do da posição de MIC
>>> vermelho para relações excêntricas
OBS: demarcação preta não deve ser desgastada, já que é o contato que
proporciona estabilidade ao dente
Técnicas de Ajuste
 Posição do paciente
>>> após ajuste habitual de trabalho do cirurgião-dentista, colocar o
paciente em posição de alimentação para análise
Técnicas de Ajustes
 Ajuste em Máxima Intercuspidação
>>> fase em que se procura melhor estabilidade dos contatos em MIC
>>> ajusta-se os contatos com maior intensidade
>>> cuidado para não desgastar muito e diminuir a Dimensão Vertical de Oclusão
Técnicas de Ajuste
Mas o que eu devo ajustar?
Sulco ou fossa?
>>> deve-se aplicar o princípio funcional de Schuyler
Desgastar a cúspide: em MIC, quando o contato da ponta da cúspide com a fossa
estiver forte E o contato permanece com interferência no movimentos excêntricos
>>> CÚSPIDE ALTA
Desgastar a fossa: em MIC, quando o contato da ponta da cúspide com a fossa
estiver forte E NÃO há contato nos movimentos excêntricos >>> Fossa rasa
Técnicas de Ajustes
 Ajuste em Relação Central
>>> após o deslizamento entre o primeiro contato em RC e MIC, deve-se
analisar pelos planos: sagital e frontal
Plano Sagital: interferências em vertentes distais dos dentes inferiores e vertentes
mesiasi dos dentes superiores
Plano Frontal: por meio da REGRA DOS TERÇOS, observando discrepância látero-
lateral entre posição de RC e MIC
>>> vertentes triturantes dos dentes posteriores se
Técnicas de Ajuste
Plano Frontal: por meio da REGRA DOS TERÇOS, observando discrepância látero-lateral
entre posição de RC e MIC
>>> vertente triturante inferior x vertente lisa superior
Desgasta-se preferencialmente a vertente lisa do dente superior
>>> vertente lisa inferior x vertente triturante superior
Desgasta-se preferencialmente a vertente lisa do dente inferior
>>> vertente triturante inferior x vertente triturante
Desgastam-se pequenas porções de esmalte alternadamente entre as duas vertentes
até que a interferência seja eliminada.
Desgastes mais complexos devem ser feitos por etapas, com intervalos de uma
semana entre as sessões, para adaptação do paciente e sua musculatura à nova
condição
Técnicas de Ajuste
 Ajuste do lado de trabalho
>>> pode ocorrer interferências em:
vertente lisa inferior X vertente triturante superior
vertente triturante inferior x vertente lisa superior
>>> regra BULL (buccal upper, lingual lower): ajuste por desgaste dos
planos inclinados linguais das cúspides vestibulares dos dentes superiores e dos
planos inclinados vestibulares das cúspides linguais dos dentes inferiores
>>> após a eliminação das interferências, realizar o ajuste da guia de
desoclusão, permitindo que o padrão de desoclusão lateral tenha a mesma
inclinação de cada lado bem como manutenção das cúspides de contenção.
Técnicas de Ajuste
 Ajuste do lado de balanceio
>>> vertentes triturantes das cúspides de suporte
>>> desgaste dividido em duas vertentes
>>> verificar primeiro a guia de desoclusão do lado de trabalho, pois a
interferência pode estar presente por falta de funcionalidade dos dentes do lado
de trabalho ao servir de guia de desoclusão.
>>> em casos de interferências muito grosseiras, optar pelo modo mais
conservador para solução do caso
Técnicas de Ajuste
 Ajuste em protrusão
Dentes anteriores: guia anterior suave, harmônica e sem desvios
para a lateral. Realizar desgaste na superfície palatina dos superiores ou incisal dos
inferiores
>>> paciente deve realizar movimento de protrusão a partir de MIC, se a
interferência desaparecer, ajustar a superfície palatina do superior, pois está ALTA;
se permanecer, o dente inferior que deve ser ajustado na incisal
Técnicas de Ajuste
 Ajuste em protrusão
Dentes posteriores: realizar desgastes nas vertentes mesiais dos dentes
inferiores e distais dos dentes superiores
>>>Observar os critérios de estabilidade do dente e de superfície menos útil
Acabamento e Polimento
>>> não produzir superfícies ásperas
>>> utilizar brocas de 12 ou 30 lâminas (melhores que as diamantadas)
>>> utilizar a broca de formato que melhor adaptação tenha com a
superfície ajustada
>>> realizar aplicação tópica de flúor, afim de compensar a remoção da
camada externa de esmalte, mais mineralizada
Protocolo de Acompanhamento
 Protocolo de acompanhamento
Previamente à reabilitação: no mínimo uma sessão antes dos procedimentos
restauradores
Trauma oclusal: deverá ter mais sessões para refinamentos da oclusão, se
necessário
Como parte do tratamento de disfunção temporomandibular: acompanhamento
semelhante aos casos de pré-reabilitação
Pós-ortodontia: semelhante ao de pré-reabilitação também
Bruxismo: atenção constante e manter sob controle o caso, com retorno após 6
meses, para avaliação do ajuste oclusal e possível necessidade do uso de uma placa oclusal
(proteção das estruturas dentárias)
REFERÊNCIAS
OKERSON, Jeffrey P.; Tratamento das desordens
temporomandibulares e oclusão. 6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
OLIVEIRA, Wagner; DUARTE, Marta S. R. Imageologia da ATM. In:
OLIVEIRA, Wagner. Disfunções Temporomandibulares. São Paulo:
Artes Médicas, 2002. p.225-242
ARIKA, Emiko S.; KISHI, Kanji. Ressonância Magnética. In: FREITAS,
Agnaldo et. al. Radiologia Odontológica. São Paulo: Artes Médicas,
2004. p. 681-694
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Conjunto de slides - Intervindo na Oclusão

  • 1. INTERVINDO NA OCLUSÃO Ajuste e Reabilitação Oclusal Instituto de Ciência e Tecnologia Faculdade de Odontologia de São José dos Campos Grupo 9: Ana Luiza Barbosa Jurema Augusto Sérgio Lemes Felipe Morais de Freitas João Paulo Mendes Tribst CENTRO DE OCLUSÃO E ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
  • 4. Indicações a) Melhorar relações oclusais prévias a reabilitação b) Minimizar trauma oclusal c) Após terapia periodontal de casos avançados d) Após tratamento ortodôntico e) Para tratamento de disfunções temporomandibulares
  • 5. Contra-indicações a) Pacientes sintomáticos b) Diagnostico incerto c) Relações maxilo-mandibulares adversas d) Possibilidade de tratamento mais conservador
  • 6. Princípios do Ajuste Oclusal Porque? Quando? Onde? Como? -Diminuir interferências -Dtm é fator etiológico e pode ser amenizada - Controle de sintomas - Em interferências relacionadas ao desvio da normalidade do movimento executado avaliado durante exame clinico. - Técnica de desgaste que remova interferências, práticas para permitir rápida aplicabilidade com base lógica.
  • 7. Eliminando Interferências Interferências de arco de fechamento mandibular: -vertentes mesiais dos superiores e nas distais dos inferiores (vertentes de bloqueio cêntrico), interrompendo o movimento de fechamento antes que os outros dentes estejam em contato. Interferências nos movimentos excursivos: -lateralidade ou protrusão -lado de trabalho e de balanceio -mais acentuado que o contato de guia de desoclusão.
  • 8. Gerar guia de desoclusão: -é de extrema importância buscar a reabilitação das guias antes do desgaste seletivo de possíveis interferências. Axializar forças: -para direcionas as forças oclusais no sentido do longo eixo do dente, é necessário que os antagonistas estejam alinhados paralelamente. Não alterar dimensão vertical de oclusão: -não ultrapassar o limite da DVO durante o desgaste podendo gerar DTM ou agravar alguma já existente Eliminando Interferências
  • 9. Desgastar a superfície menos útil: -menor dano a estrutura dentaria. -restaurações , próteses ou até vertentes lisas . -evitar as vertentes triturantes. Ponto contraplano: O contato deverá ocorrer entre ponta de cúspide e fundo de fossa antagônica, direcionando o desgaste seletivo para tal. Eliminando Interferências
  • 10. Técnicas de Ajuste  Análise inicial em articulador semi-ajustável : >>> sem reflexos neuromusculares, língua ou saliva interferindo. >>> permite visão póstero-anterior, o que pode ser mais esclarecedor. >>> somente as interferências oclusais que tenham relação com a sintomatologia do paciente serão desgastadas OBS: A experiência do profissional pode determinar a escolha do ajuste por meio do articulador ou diretamente na boca do paciente!
  • 11. Técnicas de Ajuste  Demarcação dos contatos oclusais: >>> as demarcações devem ser confiáveis >>> utiliza-se carbono de duas cores (preto e vermelho) >>> preto para identificação do da posição de MIC >>> vermelho para relações excêntricas OBS: demarcação preta não deve ser desgastada, já que é o contato que proporciona estabilidade ao dente
  • 12. Técnicas de Ajuste  Posição do paciente >>> após ajuste habitual de trabalho do cirurgião-dentista, colocar o paciente em posição de alimentação para análise
  • 13. Técnicas de Ajustes  Ajuste em Máxima Intercuspidação >>> fase em que se procura melhor estabilidade dos contatos em MIC >>> ajusta-se os contatos com maior intensidade >>> cuidado para não desgastar muito e diminuir a Dimensão Vertical de Oclusão
  • 14. Técnicas de Ajuste Mas o que eu devo ajustar? Sulco ou fossa? >>> deve-se aplicar o princípio funcional de Schuyler Desgastar a cúspide: em MIC, quando o contato da ponta da cúspide com a fossa estiver forte E o contato permanece com interferência no movimentos excêntricos >>> CÚSPIDE ALTA Desgastar a fossa: em MIC, quando o contato da ponta da cúspide com a fossa estiver forte E NÃO há contato nos movimentos excêntricos >>> Fossa rasa
  • 15. Técnicas de Ajustes  Ajuste em Relação Central >>> após o deslizamento entre o primeiro contato em RC e MIC, deve-se analisar pelos planos: sagital e frontal Plano Sagital: interferências em vertentes distais dos dentes inferiores e vertentes mesiasi dos dentes superiores Plano Frontal: por meio da REGRA DOS TERÇOS, observando discrepância látero- lateral entre posição de RC e MIC >>> vertentes triturantes dos dentes posteriores se
  • 16. Técnicas de Ajuste Plano Frontal: por meio da REGRA DOS TERÇOS, observando discrepância látero-lateral entre posição de RC e MIC >>> vertente triturante inferior x vertente lisa superior Desgasta-se preferencialmente a vertente lisa do dente superior >>> vertente lisa inferior x vertente triturante superior Desgasta-se preferencialmente a vertente lisa do dente inferior >>> vertente triturante inferior x vertente triturante Desgastam-se pequenas porções de esmalte alternadamente entre as duas vertentes até que a interferência seja eliminada. Desgastes mais complexos devem ser feitos por etapas, com intervalos de uma semana entre as sessões, para adaptação do paciente e sua musculatura à nova condição
  • 17. Técnicas de Ajuste  Ajuste do lado de trabalho >>> pode ocorrer interferências em: vertente lisa inferior X vertente triturante superior vertente triturante inferior x vertente lisa superior >>> regra BULL (buccal upper, lingual lower): ajuste por desgaste dos planos inclinados linguais das cúspides vestibulares dos dentes superiores e dos planos inclinados vestibulares das cúspides linguais dos dentes inferiores >>> após a eliminação das interferências, realizar o ajuste da guia de desoclusão, permitindo que o padrão de desoclusão lateral tenha a mesma inclinação de cada lado bem como manutenção das cúspides de contenção.
  • 18. Técnicas de Ajuste  Ajuste do lado de balanceio >>> vertentes triturantes das cúspides de suporte >>> desgaste dividido em duas vertentes >>> verificar primeiro a guia de desoclusão do lado de trabalho, pois a interferência pode estar presente por falta de funcionalidade dos dentes do lado de trabalho ao servir de guia de desoclusão. >>> em casos de interferências muito grosseiras, optar pelo modo mais conservador para solução do caso
  • 19. Técnicas de Ajuste  Ajuste em protrusão Dentes anteriores: guia anterior suave, harmônica e sem desvios para a lateral. Realizar desgaste na superfície palatina dos superiores ou incisal dos inferiores >>> paciente deve realizar movimento de protrusão a partir de MIC, se a interferência desaparecer, ajustar a superfície palatina do superior, pois está ALTA; se permanecer, o dente inferior que deve ser ajustado na incisal
  • 20. Técnicas de Ajuste  Ajuste em protrusão Dentes posteriores: realizar desgastes nas vertentes mesiais dos dentes inferiores e distais dos dentes superiores >>>Observar os critérios de estabilidade do dente e de superfície menos útil
  • 21. Acabamento e Polimento >>> não produzir superfícies ásperas >>> utilizar brocas de 12 ou 30 lâminas (melhores que as diamantadas) >>> utilizar a broca de formato que melhor adaptação tenha com a superfície ajustada >>> realizar aplicação tópica de flúor, afim de compensar a remoção da camada externa de esmalte, mais mineralizada
  • 22. Protocolo de Acompanhamento  Protocolo de acompanhamento Previamente à reabilitação: no mínimo uma sessão antes dos procedimentos restauradores Trauma oclusal: deverá ter mais sessões para refinamentos da oclusão, se necessário Como parte do tratamento de disfunção temporomandibular: acompanhamento semelhante aos casos de pré-reabilitação Pós-ortodontia: semelhante ao de pré-reabilitação também Bruxismo: atenção constante e manter sob controle o caso, com retorno após 6 meses, para avaliação do ajuste oclusal e possível necessidade do uso de uma placa oclusal (proteção das estruturas dentárias)
  • 23. REFERÊNCIAS OKERSON, Jeffrey P.; Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. 6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. OLIVEIRA, Wagner; DUARTE, Marta S. R. Imageologia da ATM. In: OLIVEIRA, Wagner. Disfunções Temporomandibulares. São Paulo: Artes Médicas, 2002. p.225-242 ARIKA, Emiko S.; KISHI, Kanji. Ressonância Magnética. In: FREITAS, Agnaldo et. al. Radiologia Odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 2004. p. 681-694

Notas do Editor

  1. Ajuste oclusal por desgaste seletivo é uma forma de tratamento cuja intervenção na superfície oclusal de um ou mais dentes busca eliminar interferências oclusais.
  2. A oclusão ideal é aquela em que existe um perfeito estado de harmonia entre todas as estruturas do sistema estomatognático: dentes, ATM, sistema neuromuscular, tecido de suporte. De tal forma que um bom planejamento pode antever a necessidade de outros tipos de tratamento além de evidenciar a necessidade ou não do ajuste oclusal.
  3. Indicações: a) melhorar relações oclusais prévias a reabilitação O desgaste seletivo tem como objetivo eliminar interferências que dificultem os procedimentos durante a confecção de próteses em uma posição mandibular mais estável controlando assim as modificações da oclusão antes mesmo do preparo protético   b)minimizar trauma oclusal De modo a atuar como alternativa mais radical perante os problemas patológicos que envolvem contatos dentários   c) após terapia periodontal de casos avançados O trauma oclusal associado a presença de placa bacteriana é considerado um fator importante que contribui para acelerar o processo de destruição óssea. Assim remoção de traumas oclusais em dentes com problemas periodontais permitirá a aposição óssea até que seja possível recuperar a saúde das estruturas prévia aos problemas do periodonto.   d)após tratamento ortodôntico Para aproximar-se de uma oclusão ideal, o desgaste seletivo pode ser executado após a movimentação ortodôntica prevenindo eventuais recidivas e obtendo estabilidade.   e) para tratamento de disfunções temporomandibulares Ao utilizar terapias reversíveis que estabeleçam uma correta oclusão e assim evidenciem e necessidade de recuperação das relações harmônicas, o desgaste seletivo poderá atingir condições semelhantes e assim controlar a disfunção. Em situações de bruxismo o ajuste oclusal atua apenas como maneira de garantir a distribuição por igual das cargas exercidas sobre o periodonto evitando deste modo possíveis efeitos danosos a atividade parafuncional.
  4. Contra indicações: a) Pacientes sintomáticos Frente a pacientes com histórico de sintomatologia, uma terapia irreversível pode não ser a melhor escolha cabendo assim tratamentos reversíveis e conservadores a prioridade no caso. Em casos de dor, a indução de reflexos neuromusculares pode dificultar o posicionamento correto da mandíbula em relação ao equilíbrio músculo-esqueletal ortopédico.     b) Diagnostico incerto A certeza de que o desgaste oclusal seletivo removerá as interferências maléficas ao sistema estomatognático deverá sempre ser confirmada previamente.   c) Relações maxilo-mandibulares adversas Grandes discrepâncias entre Relação Central e Máxima intercuspidação impedem que as remoções de interferências fiquem restritas a espessura do esmalte. Mordidas abertas também contra-indicam ajustes oclusais, pois o posicionamento inadequado dos dentes anteriores impedem a formação de guias para os movimentos excêntricos.   d) Possibilidade de tratamento mais conservador Disfunções temporomandibulares são de natureza multifatorial possibilitando que outros métodos conservadores possam ser analisados, a fim de manter a máxima preservação de estruturas nobres como o esmalte.