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ARTIGO ORIGINAL
Conhecimento sobre DST/AIDS por
estudantes adolescentes

KNOWLEDGE OF STD/AIDS AMONG ADOLESCENT STUDENTS


CONOCIMIENTO SOBRE DST/SIDA POR ESTUDIANTES ADOLECENTES


José Roberto da Silva Brêtas1, Conceição Vieira da Silva Ohara2, Dulcilene Pereira Jardim3,
Renata de Lima Muroya4

RESUMO                                             ABSTRACT                                           RESUMEN
O estudo teve como objetivo verificar o co-        This study aims to analyze the degree of           El estudio tuvo como objetivo verificar el
nhecimento de adolescentes sobre preven-           knowledge adolescents have on STD/AIDS             conocimiento de adolecentes sobre preven-
ção, transmissão, sinais e sintomas de DST/        prevention, transmission, signs, and symp-         ción, transmisión, señales y síntomas EST/
Aids, e colaborar na elaboração de ações           toms, and to contribute with the elabora-          SIDA; colaborar en la elaboración de accio-
educativas do Projeto de Extensão Universi-        tion of educational actions in the Univer-         nes educativas del Proyecto de Extensión
tária Corporalidade e Promoção da Saúde. Foi       sity Extension Program called Corporality          Universitaria Corporalidad y Promoción de
realizado em três instituições de ensino fun-      and Health Promotion. The research counted         la Salud. Fue realizado en tres instituciones
damental e médio do município de Embu,             on 1,087 adolescents (40% females, 60%             de enseñanza fundamental y media, en el
com 1087 adolescentes (40% do sexo femini-         males) and was carried out in three elemen-        municipio de Embu, con 1.087 adolecentes
no e 60% do sexo masculino). Utilizou-se um        tary and high schools located in the munici-       (40% del sexo femenino y 60% del sexo mas-
questionário estruturado de múltipla escolha.      pality of Embu. A structured, multiple choice      culino. Se utilizó un cuestionario estructu-
Os resultados mostraram que, quanto à for-         questionnaire was applied. Data indicated          rado de múltiple elección. Los resultados
ma de prevenção, 92% do grupo feminino e           the achievement of the following results: as       mostraron que: en cuanto a la forma de pre-
78% do grupo masculino referiram utilizar          per the prevention, 92% of girls and 78% of        vención 92% femenino y 78% masculino re-
preservativo, enquanto 42% do grupo femi-          boys referred to the use of condoms, while         firieron utilizar preservativo, en cuanto 42%
nino e 43% do grupo masculino responderam          42% of girls and 43% of boys affirmed to           femenino y 43% masculino respondieron
lavar os genitais após relação sexual; 75% do      wash their genitalia after the sexual rela-        lavar los genitales después de la relación
grupo feminino e 52% do grupo masculino            tion; 75% females and 52% males quoted             sexual; 75% femenino y 52% masculino cita-
citaram a televisão como fonte para obten-         television as their source of information. As      ron la televisión como fuente para obtención
ção de informações; quanto ao conhecimen-          per the knowledge of STD, girls and boys           de informaciones; en cuanto al conocimien-
to sobre DST, garotas e rapazes demonstra-         indicated not to have much information on          to de las EST (enfermedades sexualmente
ram ter pouca informação; em relação à cura        the issue. Regarding STD healing programs,         transmisibles) los jóvenes demostraron te-
das DST, 57% do grupo feminino e 71% do            57% females and 71% males affirmed not             ner poca información; en relación a la cura
grupo masculino referiram não ter conheci-         to have any knowledge on the issue; 5% of          de las EST, 57% femenino y 71% masculino
mento, sendo que 5% do grupo feminino e            girls and 6% of boys thought AIDS to be            refirieron no tener conocimiento, siendo que
6% do grupo masculino achavam que a AIDS           curable. In a general perspective, we can          5% femenino y 6% masculino pensaban que
tem cura. De forma geral, pudemos concluir         conclude that girls were more familiar with        el SIDA tiene cura. De forma general, pudi-
que as garotas estavam mais esclarecidas em        the study's issues than boys.                      mos concluir que las jóvenes estaban mejor
relação à temática que os rapazes.                                                                    informadas que los jóvenes.

DESCRITORES                                        KEY WORDS                                          DESCRIPTORES
Adolescente.                                       Adolescent.                                        Adolescente.
Estudantes.                                        Students.                                          Estudiantes.
Doenças sexualmente transmissíveis.                Sexually transmitted diseases.                     Enfermedades de transmisión sexual
Comportamento sexual.                              Sexual behavior.                                   Conducta sexual.
Promoção da saúde.                                 Health promotion.                                  Promoción de la salud.
Educação sexual.                                   Sex education.                                     Educación sexual.


1
 Enfermeiro, Psicólogo, Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. Líder do Grupo de Estudos sobre
Corporalidade e Promoção da Saúde (GECOPROS). São Paulo, SP, Brasil. jrsbretas@yahoo.com.br 2 Enfermeira, Professora Associada do Departamento de
Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. consilva@denf.epm.br 3 Enfermeira, Mestranda em Ciências pela Universidade
Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. dulcijardim@hotmail.com 4 Enfermeira, Mestranda em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. São
Paulo, SP, Brasil. relilima@yahoo.com.br



                                                                                                                                         551
Conhecimento sobre DST/AIDS /por
                  Português Inglês                             Recebido: 06/06/2008                               Rev Esc Enferm USP
                  www.scielo.br/reeusp
estudantes adolescentes                                        Aprovado: 17/09/2008                                  2009; 43(3):551-7
Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL                                                                      www.ee.usp.br/reeusp/
INTRODUÇÃO                                                 sexuais em que seu parceiro se recusa a usar o condom
                                                              durante a prática sexual.
    Adolescência é um período de transição entre a infân-         Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a
cia e a idade adulta, caracterizada por intenso crescimento   grande maioria dos adolescentes inicia sua vida sexual cada
e desenvolvimento, que se manifesta por marcantes trans-      vez mais cedo, a maioria entre 12 e 17 anos(2), desacompa-
formações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais.   nhada da responsabilidade social que tem seu início cada
Neste processo, a questão da corporalidade assume um as-      vez mais tardio. Os jovens que estão vivenciando esta fase
pecto muito importante, pois as modificações do corpo         caracterizam-se também por sua vulnerabilidade às Doen-
neste período ocorrem de forma muito rápida, profunda e       ças Sexualmente Transmissíveis (DST) e ao Vírus da Imuno-
marcante para o resto da vida do indivíduo. Essas intensas    deficiência Humana (HIV), e isso ocorre devido à liberação
transformações físicas e biológicas, nesta fase do desen-     sexual, a facilidade dos contatos íntimos, aos estímulos vin-
volvimento humano, influenciam todo o processo psicos-        dos dos meios de comunicação, que propiciam os contatos
social da formação da identidade do adolescente(1). Esse      sexuais precoces(3).
corpo, diferente de todos os outros, emerge das profunde-
zas desse turbulento processo, onde a identidade é talvez         Embora o Brasil tenha um programa de aids considera-
a tarefa evolutiva mais importante da adolescência.           do exitoso, em função da política de acesso universal aos
                                                              medicamentos anti-retrovirais, e da parceria com a socie-
    O amadurecimento biológico é acompanhado por ma-          dade civil para o desenvolvimento de ações para diferentes
nifestações sexuais que devem ser integradas na personali-    públicos, a epidemia da aids ainda dá visibilidade à sexua-
dade do adolescente. A menarca, na garota, e as ejaculações   lidade juvenil. Assim, as diferentes formas de intervenção
involuntárias no rapaz e, depois, a própria masturbação,      direcionadas para o público jovem resultaram na difusão e
são manifestações fisiológicas evidentes, vinculadas à nova                  no aumento do uso de preservativos entre
e profunda alteração que se está processan-                                  essa parte da população(2,4).
do psicologicamente. E, a partir desse mo-
mento, um dos problemas enfrentados pelo O corpo social é parte                  São múltiplos os caminhos que levam um
adolescente é o de estender para alguém, do importante da imagem             adolescente a ter relações sexuais desprote-
sexo oposto ou não, fora do círculo familiar, do corpo orgânico por          gidas, e os números que vêm à tona sobre a
os mesmos sentimentos que antes prevaleci-          fornecer a cada          gravidez e DST, sem dúvida são menores do
am em relação aos pais(1).                                                   que os números reais(4). Os adolescentes são
                                               pessoa uma base para
                                                                             distintos entre si e lidam com sua sexualida-
    Como estamos descrevendo, esta fase perceber e interpretar de de forma diversa. Assim, o uso do preser-
caracteriza-se por diversas transições, sendo         suas próprias          vativo é o oposto da espontaneidade que se
a sexualidade a de maior repercussão. O experiências físicas e costuma atribuir ao sexo e à juventude. O
aprendizado da sexualidade, contudo, não se            psicológicas.         estímulo ao uso do preservativo deve incluir
restringe àquele da genitalidade, tampouco ao                                a dimensão do erotismo e da praticidade, não
acontecimento da primeira relação sexual. Tra-                               apenas do medo.
ta-se de um processo de experimentação pessoal e de im-
pregnação pela cultura sexual do grupo, que se acelera na          Neste contexto, elaborou-se este estudo devido à ne-
adolescência e na juventude . (2)                              cessidade de se conhecer e comparar o conhecimento de
                                                               adolescentes acerca de DST/Aids e saber quais as diferen-
    O corpo social é parte importante da imagem do corpo ças de conhecimento entre adolescentes do sexo masculi-
orgânico por fornecer a cada pessoa uma base para perce- no e feminino.
ber e interpretar suas próprias experiências físicas e psico-
lógicas. Esse corpo, em profundas transformações na ado-           A motivação para a realização deste estudo teve como
lescência, passa a ter um significado mais relevante ainda, ponto de partida nossa experiência junto ao Projeto de Ex-
pois será por meio dele que haverá, ou não, a identificação tensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde,
com si próprio, com o grupo de pares e a percepção do em que desenvolvemos atividades de orientação sexual com
olhar do outro.                                                uma população de adolescentes e jovens que freqüentam
                                                               três escolas públicas da Estância Turística do Município do
    O papel que cada adolescente assume no campo social, Embu, São Paulo. As atividades do projeto estão vinculadas
durante a prática de sua sexualidade, pode representar ris- ao Programa de Integração Docente-Assistencial do Embu
co a sua saúde. Para cumprir o que é ser homem e/ou mu- (PIDA/EMBU), instituído desde 1970 e caracterizado pela
lher, os adolescentes têm que desempenhar uma prática integração de ações desenvolvidas por diferentes departa-
sexual que é nociva do ponto de vista do risco às DST/Aids mentos acadêmicos da Universidade Federal de São Paulo,
e à própria vida, sendo que, por um lado os rapazes lan- com a população moradora deste município.
çam-se em situações perigosas e freqüentemente recorrem
à violência contra sua parceira por desejo de poder e con-         Para atender às necessidades do projeto, o conceito de
trole, restando às garotas submeter-se, muitas vezes em ação adotado foi o de Orientação Sexual, que pode ser con-
detrimento da própria saúde, como no caso das relações ceituado como o processo de intervenção sistemática na



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         Rev Esc Enferm USP                                                                  Conhecimento sobre DST/AIDS por
            2009; 43(3):551-7                                                                estudantes adolescentes
        www.ee.usp.br/reeusp/                                                                Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL
área da sexualidade humana e que se propõe a fornecer               O resultado desse pré-teste contribuiu para a finalização
informações sobre sexualidade e a organizar um espaço de        do instrumento definitivo, com características de questio-
reflexões e questionamento sobre a importância da pre-          nário estruturado, de múltipla escolha, auto-aplicado em
venção, identidade, relações interpessoais, auto-estima,        sala de aula e de forma anônima, contendo 14 questões de
relações de gênero, tabus, crenças e valores a respeito de      múltipla escolha, representando as variáveis: 1) conheci-
relacionamentos, comportamentos sexuais e DST(5).               mentos gerais sobre DST (discriminação das DST, formas
                                                                de prevenção das DST, fonte de informações sobre as DST);
     OBJETIVOS                                                  2) conhecimento sobre Sífilis (forma de transmissão, sinais
                                                                e sintomas); 3) conhecimento sobre Gonorréia (via de trans-
                                                                missão, sinais e sintomas); 4) conhecimento sobre Herpes
    Este estudo teve como objetivos: verificar o conheci-
                                                                Genital (via de transmissão, sinais e sintomas); 5) conheci-
mento de adolescentes sobre prevenção, transmissão, si-
                                                                mento sobre Condiloma Acuminado (via de transmissão,
nais e sintomas DST/Aids; colaborar na elaboração de ações
                                                                sinais e sintomas); 6) conhecimento sobre AIDS (via de trans-
educativas do Projeto de Extensão Universitária Corporali-
                                                                missão, sinais e sintomas); 7) conhecimento sobre a cura
dade e Promoção da Saúde.
                                                                das DST.
     MÉTODO                                                       Os dados obtidos foram analisados e interpretados em
                                                                um contexto quantitativo, expressos mediante símbolos
     Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo descritivo.    numéricos.
Este tipo de estudo tem por prioridade descrever as caracte-
rísticas de determinada população ou fatos e fenômenos de          RESULTADOS
determinada realidade. Promove um delineamento da reali-
dade uma vez que esta descreve, registra, analisa e interpre-      Para apresentação dos resultados elaboramos tabelas
ta a natureza atual ou processos dos fenômenos. O enfoque       e os descrevemos em forma de texto, considerando o co-
deste método sobre as condições dominantes da realidade,        nhecimento de garotas e rapazes, a partir da análise da
ou como uma pessoa, grupo ou coisa se conduz ou funciona        descrição de cada variável.
no presente, empregando para este fim a comparação e o
contraste. Na resolução de problemas, informa as condições           No que se refere ao conhecimento geral da população
atuais, necessidades e como alcançar resultados(6).             estudada sobre as DST/Aids, verificamos que 100% dos
                                                                respondentes (feminino/masculino) referiram estar bem
   O projeto deste estudo foi avaliado e aprovado pelo          informados sobre a aids; 73% feminino/33% masculino re-
Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo com        feriram conhecer a gonorréia; 69% (feminino/masculino) a
protocolo nº 1561/03, desta forma, cumprimos todos os           Sífilis; 68% feminino/62% masculino o Herpes Genital; 26%
procedimentos metodológicos estabelecidos pela Resolu-          feminino/22% masculino o Cancro Mole; 15% feminino/9%
ção 196/96, que trata das Normas de Pesquisa Envolvendo         masculino a Candidíase; 9% feminino/12% masculino o
Seres Humanos(7).                                               Condiloma Acuminado; 7% feminino/9% masculino a Tri-
   Foi realizado no período de março de 2003 a junho de         comoníase; apenas 2% feminino/1% masculino o Linfogra-
2005, junto a três escolas públicas de ensino fundamental       nuloma Venéreo.
e médio na região de Santo Eduardo da Estância Turística            Com relação às formas de prevenção das DST, 92% fe-
de Embu, São Paulo. Locais onde são desenvolvidas as ati-       minino/78% masculino apontaram o uso do preservativo
vidades de educação para saúde do Projeto de Extensão           masculino em todas as relações sexuais como melhor ma-
Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde da              neira de prevenção; 86% feminino/57% masculino referi-
UNIFESP.                                                        ram que se deve consultar o médico regularmente; 76%
   O recorte etário da população estudada segue a definição     feminino/53% masculino relataram a importância do ato
da Organização Mundial da Saúde para Adolescência(8), repre-    de certificar-se que o parceiro não possua DST; 42% femi-
sentada por indivíduos na faixa etária entre 10 e 19 anos.      nino/43% masculino responderam lavar bem os genitais
                                                                externos após a relação sexual; 1% feminino/2% masculino
    A população total desse estudo constituiu-se por 1087       optaram por não usar nenhum método, pois têm certeza
adolescentes (652 do sexo masculino e 435 feminino), en-        que não pegarão nenhuma DST.
tre 12 e 19 anos de idade, que freqüentavam as escolas
mencionadas. Como princípio de inclusão adotou-se: estar            Quanto à fonte para obtenção de informações sobre as
matriculado em uma das três escolas e participando das          DST, constatamos que 75% feminino/52% masculino utiliza-
atividades educativas do Projeto de Extensão Universitária      vam-se da televisão; 73% feminino/58% masculino respon-
Corporalidade e Promoção da Saúde.                              deram que tiravam as dúvidas com os professores; 65% fe-
                                                                minino/42% masculino em revistas, jornais e livros; 46% fe-
   Como procedimento metodológico para o redimensio-            minino/23% masculino com amigos; 31% feminino/32% mas-
namento do instrumento para coleta de dados, realizou-se        culino em casa, com os pais; 2% feminino/1% masculino não
um pré-teste com 180 adolescentes de ambos os sexos.            se interessavam pela busca de informações sobre o assunto.



                                                                                                                       553
Conhecimento sobre DST/AIDS por                                                                 Rev Esc Enferm USP
estudantes adolescentes                                                                            2009; 43(3):551-7
Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL                                                    www.ee.usp.br/reeusp/
Tabela 1 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e     da de cabelo; 11% feminino/6% masculino a ferida nos ór-
masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão   gãos genitais; 55% feminino/63% masculino referiram não
da Sífilis - Embu, SP - 2005                                     ter nenhum tipo de informação sobre o assunto.
                                              Sexo               Tabela 3 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e
 Transmissão da Sífilis
                                      Feminino       Masculino   masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão
                                                                 do Herpes Genital - Embu, SP - 2005
 Sexo vaginal                           48%            28%
 Sexo oral                              14%             8%                                                             Sexo
                                                                   Transmissão do Herpes Genital
 Sexo anal                              17%            13%                                                 Feminino           Masculino
 Transmissão materno-fetal               9%             4%
                                                                   Sexo vaginal                                37%               21%
 Transfusão sanguínea                    8%            21%
                                                                   Sexo anal                                   18%               11%
 Pelo beijo                              3%             3%         Sexo oral                                   17%               11%
 Contato com ferida                      8%             8%         Mãos contaminadas                            1%                1%
 Pelo abraço                             0%             1%         Pela saliva                                  5%                2%
 Sentar no mesmo lugar que uma           2%             2%         Transmissão materno-fetal                    4%                2%
 pessoa contaminada                                                Transfusão sanguínea                         4%                4%
 Não sabe nada sobre o assunto          34%            45%         Não sabe nada sobre o assunto               55%               62%


    Em relação aos sinais e sintomas da Sífilis, 35% femini-         Em relação aos sinais e sintomas do Herpes Genital, 21%
no/23% masculino responderam ferida no pênis ou na vulva;        feminino/12% masculino responderam dor e ardência no
11% feminino/7% masculino citaram a dor como sinal clíni-        local das bolhas; 21% feminino/12% masculino citaram bo-
co; 9% feminino/5% masculino se referiram às manchas pelo        lhas agrupadas no pênis ou na vagina; 14% feminino/9%
corpo; 13% feminino/5% masculino a coceira; 12% femini-          masculino a saída de secreção purulenta; 1% (feminino/
no/4% masculino a presença de corrimento; 11% femini-            masculino) a queda de cabelo; 10% feminino/4% masculi-
no/5% masculino o odor forte da secreção; 2% feminino/           no a coceira; 8% feminino/3% masculino a impotência; 7%
1% masculino a impotência; 2% feminino/1% masculino a            feminino/3% masculino o corrimento; 10% feminino/5%
perda de cabelo; 1% feminino/2% masculino a morte; ape-          masculino a dificuldade em urinar; 63% feminino/68% mas-
nas 1% (feminino/masculino) a impotência permanente,             culino referiram não saber nada sobre o assunto.
57% feminino/60% masculino responderam desconhecer os
                                                                 Tabela 4 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e
sinais e sintomas da doença.
                                                                 masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão
Tabela 2 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e     do Condiloma Acuminado (HPV) - Embu, SP - 2005
masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão
da Gonorréia - Embu, SP - 2005                                     Transmissão do                                      Sexo
                                                                   Condiloma Acuminado                     Feminino           Masculino
                                              Sexo
 Transmissão da Gonorréia
                                      Feminino       Masculino     Sexo vaginal                                11%                6%
                                                                   Sexo oral                                    7%                5%
 Sexo vaginal                           33%            21%
                                                                   Sexo anal                                    8%                5%
 Sexo anal                              23%            18%
                                                                   Pelo beijo                                   3%                2%
 Sexo oral                              14%            17%
                                                                   Em superfície contaminada                    1%                3%
 Nas roupas íntimas                      8%             4%
                                                                   Transmissão materno-fetal                    1%                1%
 Em vasos sanitários sujos               9%             6%
                                                                   Transfusão sangüínea                         1%                1%
 Pelo o beijo                            1%             1%
                                                                   Não sabe nada sobre o assunto               82%               79%
 Pelo abraço                             1%             1%
 Não sabe nada sobre o assunto          51%            57%           Para os sinais e sintomas referentes ao Condiloma
                                                                 Acuminado (HPV), 8% feminino/6% masculino citaram a
    Com relação aos sinais e sintomas da Gonorréia, 30%          presença de verrugas nos órgãos genitais; 6% feminino/5%
feminino/16% masculino responderam o corrimento que              masculino o odor forte; 6% feminino/3% masculino a co-
sai pelo canal uretral do pênis ou do canal vaginal; 7% fe-      ceira; 5% feminino/2% masculino a dor no local; 4% femini-
minino/ 4% masculino citaram a saída de sangue; 17% fe-          no/3% masculino a dificuldade em urinar; 1% (feminino/
minino/12% masculino dor ao urinar; 14% feminino/4%              masculino) a impotência; 5% feminino/1% masculino a eli-
masculino coceira; 8% feminino/4% masculino a dor ao eva-        minação de secreção purulenta; 1% masculino a queda de
cuar; 1% (feminino/masculino) a faringite; 1% (feminino/         cabelo; 90% feminino/79% masculino referiram não saber
masculino) a impotência; 1% (feminino/masculino) a per-          nada sobre o assunto.



554
           Rev Esc Enferm USP                                                                      Conhecimento sobre DST/AIDS por
              2009; 43(3):551-7                                                                    estudantes adolescentes
          www.ee.usp.br/reeusp/                                                                    Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL
Tabela 5 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e                 Com relação ao conhecimento dos adolescentes sobre
masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão           a aids, obtivemos um percentual significativo (100%) de
do HIV - Embu, SP - 2005                                                 respondentes de ambos os sexos, que afirmaram ter infor-
                                                                         mações suficientes sobre o assunto, sendo o conhecimen-
   Transmissão do HIV
                                                      Sexo               to sobre a aids um fator importante para prevenção desta
                                              Feminino       Masculino   doença(10). Também ressaltamos um percentual significati-
                                                                         vo de respostas que ressaltaram outras doenças como a
   Sexo oral                                    44%            44%
                                                                         Gonorréia, Sífilis e Herpes Genital.
   Sexo anal                                    50%            40%
   Sexo vaginal                                 80%            67%           Embora o número de adolescentes que evidenciaram
                                                                         algum nível de conhecimento sobre DST tenha sido signifi-
   Pelo beijo                                   6%              5%
                                                                         cativo, preocupou-nos o desconhecimento de ambos os
   Pelo abraço                                  1%              2%       sexos sobre doenças como a Candidíase, a Tricomoníase e
   Compartilhar seringas no uso de              95%            65%       principalmente o Condiloma Acuminado (Papiloma Vírus
   drogas injetáveis                                                     Humano/HPV).
   Transfusão de sangue contaminado             75%            53%
                                                                             O desconhecimento da Candidíase e Tricomoníase é um
   Transmissão da mãe para o filho              48%            30%
                                                                         fato importante, quando se trata de conhecimento e cui-
   Em superfícies contaminadas                  17%            10%       dado corporal do adolescente, pois necessariamente essas
   Não sabe nada sobre o assunto                3%              9%       doenças não são transmitidas somente pela relação sexu-
                                                                         al. Os vetores (Candida albicans e Tricomonas Vaginalis)
    Em relação aos sinais e sintomas da aids (Acquired                   normalmente fazem parte da flora vaginal, habitando a
Immuno Deficiency Syndrome), 40% feminino/28% mascu-                     mucosa do sistema gênito urinário. Além da transmissão
lino citaram cansaço; 35% feminino/29% masculino menci-                  por via sexual, também pode ocorrer por alteração da flora
onaram falta de apetite; 35% feminino/24% masculino a                    vaginal da mulher, devido a fatores como: gravidez, obesi-
dor no corpo e articulações; 17% feminino/9% masculino o                 dade, o uso de contraceptivos orais de altas dosagens, há-
corrimento; 17% feminino/13% masculino a coceira nos                     bitos de higiene e roupas que aumentam o calor e a umi-
órgãos genitais; 33% feminino/24% masculino a febre; 27%                 dade do local(11). Assim, muitas vezes o corrimento referido
feminino/13% masculino os suores noturnos; 17% femini-                   pelas adolescentes, que gera medo e vergonha, pode ser
no/8% masculino o sapinho na boca; 26% feminino/11%                      esclarecido pela educação em saúde.
masculino os pingos hemorrágicos que aparecem na pele;
                                                                             Quanto à forma de prevenção das DST, as garotas de-
26% feminino/13% masculino a tosse persistente; 14% fe-
                                                                         monstram ter mais conhecimento que os rapazes, princi-
minino/7% masculino a diarréia; 12% feminino/8% mascu-
                                                                         palmente no que diz respeito ao uso do preservativo mas-
lino a inflamação dos gânglios; 3% feminino/8% masculino
                                                                         culino, seguido de consulta médica periódica e maior co-
a impotência; 36% feminino/31% masculino referiram não
                                                                         nhecimento do parceiro sexual. Chamou-nos a atenção o
saber nada sobre o assunto.
                                                                         fato de que tanto as garotas como os rapazes referiram la-
    Com relação à distribuição da população de adolescen-                var os genitais após o ato sexual enquanto forma de pre-
tes dos sexos feminino e masculino segundo o conhecimen-                 venção. Trata-se de uma prática perigosa e totalmente equi-
to sobre a cura das Doenças Sexualmente Transmissíveis,                  vocada, que precisa ser abordada junto aos adolescentes,
obtivemos a seguinte seqüência: não souberam opinar (57%                 como forma de orientação.
feminino/71% masculino); Gonorréia (16% feminino/15%
                                                                             O uso do preservativo foi indicado por uma grande por-
masculino); Sífilis (11% feminino/ 13% masculino); Herpes
                                                                         centagem dos adolescentes, o que aparentemente demons-
Genital (10% feminino e masculino); Condiloma Acuminado
                                                                         tra conhecimento desta forma de prevenção. No Brasil,
(6% feminino/ 5% masculino); Aids (5% feminino/ 6% mas-
                                                                         assim como em outros países, tem havido um significante
culino); DST não tem cura (4% feminino/ 7% masculino).
                                                                         aumento do uso do preservativo pelos adolescentes(12).
                                                                         Porém, há estudos com adolescentes que referiram nunca
     DISCUSSÃO                                                           ter usado o preservativo, apesar de conhecerem os riscos
                                                                         aos quais estavam expostos(4), em nossa intervenção esses
    No que se refere aos conhecimentos gerais relacionados               merecerão atenção.
às DST, pudemos observar que esse tema não é totalmente
                                                                            A proporção de jovens menores de 20 anos que inicia-
desconhecido pelos adolescentes deste estudo. Contudo o
                                                                         ram a vida sexual usando preservativo masculino aumen-
conhecimento e desconhecimento se mesclam nas questões
                                                                         tou de 47,8% em 1998 para 65,8% em 2005, proporção
analisadas. Também constatamos que algumas diferenças
                                                                         maior entre rapazes(13).
entre garotas e rapazes foram significativas, demonstrando
que o conhecimento das garotas sobre o assunto é maior.                     Uma pesquisa nacional realizada em 2004 indicou que
Esta constatação sobre o conhecimento de garotas e rapa-                 57,3% dos jovens entre 15 e 24 anos usaram preservativos
zes corroborou com os achados de outros estudos(3, 9).                   na última relação sexual, 58,5% sempre usaram preservati-



                                                                                                                                555
Conhecimento sobre DST/AIDS por                                                                          Rev Esc Enferm USP
estudantes adolescentes                                                                                     2009; 43(3):551-7
Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL                                                             www.ee.usp.br/reeusp/
vo com parceiro casual, e 38,8% usaram esse método com            to sobre o assunto, apontando com baixa freqüência a via
parceiro fixo(14).                                                sexual (vaginal e anal). Com relação aos sinais e sintomas da
                                                                  Gonorréia, o grupo demonstrou grande desconhecimento,
    Se o uso de preservativos aumentou entre os jovens,           com predominância do desconhecimento entre os rapazes.
ele ainda não é usado por todos e nem em todas as rela-
ções sexuais, pois o seu uso depende, entre outros fatores,           O mesmo foi observado na investigação em relação ao
do envolvimento afetivo do momento, questões financei-            conhecimento sobre a forma de transmissão e os sinais e
ras e de acesso aos métodos, bem como o grau de liberda-          sintomas do Herpes Genital e do Condiloma Acuminado.
de e autonomia alcançadas nesta faixa etária(15).
                                                                      Trata-se de um dado preocupante, pois a adolescência
    Outro meio de prevenção apontado mereceu atenção:             é a faixa de idade que apresenta a maior incidência de DST.
o fato de passar a conhecer o parceiro elimina, em nível do       Aproximadamente 25% de todas as DST são diagnosticadas
imaginário, todos os riscos de se adquirir uma DST/Aids,          em jovens com menos de 25 anos. Os dados disponíveis
não fazendo o adolescente, a identificação de que se tra-         em âmbito mundial(12) revelaram que aproximadamente
tam de doenças que têm um período de latência para o              40% das adolescentes sexualmente ativas foram infectadas
aparecimento de sintomas, ou que existem formas subclí-           pelo Papilomavírus humano (HPV), responsável pelo Con-
nicas, não perceptíveis ao contato sexual.                        diloma Acuminado, que é uma doença infecciosa, conheci-
                                                                  da como verruga genital ou popularmente chamada de cris-
    Identificamos que a grande maioria dos adolescentes,          ta de galo(11). Não menos preocupante, a infecção pelo ví-
com predominância do sexo feminino, tem como principais           rus do Herpes Genital (Herpes simplex vírus) aumentou em
fontes de informação sobre as DST/Aids, em seqüência de-          mais de 50% junto a esta população(12).
crescente: a televisão; os professores; os veículos da mídia
como: revistas, jornais e livros; amigos(as). Sobre este as-          O conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV/
sunto, vale ressaltar, a baixa referência dos pais como fonte     Aids revelou-se maior que as outras DST. Isso ocorre tanto
de informação sobre as DST. São dados importantes, pois           com as garotas quanto com os rapazes. De forma geral, exis-
além da figura do professor, que tem um papel simbólico           te um pouco mais de conhecimento das garotas acerca da
significativo, esses adolescentes estão tendo acesso a outras     temática. Foi ressaltada a transmissão do HIV por meio da
fontes (revistas, jornais e livros), o que nos leva a inferir a   relação sexual sem o uso de preservativo (sexo oral, anal e
possibilidade de relação entre os meios de comunicação de         vaginal), por transfusão de hemoderivados, pelo comparti-
mídia e a escola, representada pela figura do professor. Quan-    lhamento de agulhas e seringas com sangue contaminado
to à televisão, é preocupante o valor atribuído à mesma, tra-     entre usuários de drogas injetáveis, de mãe para filho, du-
tando-se de um veículo com tão pouca interatividade. Ainda        rante a gravidez e parto (transmissão vertical), porém não
sobre o mesmo assunto, é importante ressaltar que a família       foi citado a via do leite materno de mães HIV positivo e uso
foi pouco citada como fonte de referência, o que é muito          de instrumentos perfurantes e cortantes contaminados
preocupante, pois a família não deveria estar tão fora do         (transmissão ocupacional)(11).
contexto educativo do adolescente.
                                                                      Quanto à cura das DST, grande parte da população es-
    No contexto familiar, muitas vezes os pais têm dificul-       tudada referiu desconhecimento sobre o assunto, com des-
dades em abordar questões de sexualidade com seus fi-             taque para a prevalência masculina. Vale ressaltar que,
lhos adolescentes, justamente por não terem muito claro           embora com uma baixa freqüência, alguns adolescentes re-
o que aconteceu com eles próprios. Desta maneira, muitos          feriram a existência da cura para aids. Dada a relevância da
pais atribuem a tarefa da orientação sexual de seus filhos à      colocação, merece investimento educacional.
escola e esta, por sua vez, apresenta dificuldade em cum-
prir tal tarefa. É importante considerar também o fato de             Embora este estudo tenha mostrado que as garotas apre-
que o professor pode sentir-se despreparado em lidar com          sentavam maior conhecimento sobre o assunto do que os
aspectos da orientação sexual junto a seus alunos(5).             rapazes, é importante considerar a situação de vulnerabili-
                                                                  dade vivenciada pelas mulheres, o que as coloca em situa-
    A predominância do conhecimento das garotas se re-            ção de desvantagem em relação à adoção de medidas pre-
pete com relação à pergunta sobre o conhecimento de               ventivas(16), pois a desigualdade de poder nas resoluções en-
transmissão da Sífilis, as vias mais apontadas pelos respon-      tre homens e mulheres é um dos motivos da dificuldade que
dentes foram as sexuais (vaginal e anal). Outras vias impor-      ambos têm em discutir formas seguras de exercer a sexuali-
tantes foram também citadas com menor freqüência, como            dade(17). Por vezes as garotas sentem-se pressionadas, pelo
a transmissão vertical (Sífilis Congênita), pela manipulação      grupo a iniciar a atividade sexual, pelo namorado para dar
do cancro duro (Sífilis Primária) e outros objetos contami-       provas de amor mediante concessão ao coito e não conse-
nados(11). É grande o desconhecimento de ambos os sexos           guem impor a negociação do uso do preservativo(17).
sobre sinais e sintomas da Sífilis, embora alguns fossem ci-
tados com menor freqüência.                                           Muitas vezes a conotação dada ao preservativo está di-
                                                                  retamente ligada à própria noção de masculinidade que
   Quanto à forma de transmissão da Gonorréia, tanto as           ainda faz parte da cultura de muitos adolescentes brasilei-
garotas quanto os rapazes demonstraram desconhecimen-             ros. O tirar prazer significa racionalizar ou regrar seus im-



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          Rev Esc Enferm USP                                                                     Conhecimento sobre DST/AIDS por
             2009; 43(3):551-7                                                                   estudantes adolescentes
         www.ee.usp.br/reeusp/                                                                   Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL
pulsos sexuais, considerar a parceira, portanto, trair sua vi-        algumas questões, que talvez sejam características do de-
rilidade; pois o ser homem é naturalmente ter menos con-              senvolvimento de cada sexo.
trole de seus impulsos sexuais e de forma agressiva, com
mais intensidade que a mulher.                                            Os resultados apontados reforçaram nossa convicção
                                                                      da importância da orientação sexual, particularmente a
     Neste contexto, as DST acabam representando um sé-               saúde reprodutiva para adolescentes. Para tanto, investi-
rio impacto na saúde reprodutiva das adolescentes, por-               gamos e observamos os sujeitos com quem trabalhamos,
que podem causar esterilidade, doença inflamatória pélvica,           utilizando uma abordagem mais participativa para que pos-
câncer de colo uterino, gravidez ectópica, infecções puer-            samos interagir com as subjetividades emergentes desta
perais e recém-nascidos com baixo peso, além de interferir            relação-educação e principalmente a possibilidade da leitu-
negativamente sobre a auto-estima(18).                                ra e compreensão da realidade. Assim, adotamos a pesqui-
                                                                      sa-intervenção como metodologia para atender a amplia-
    CONSIDERAÇÕES FINAIS                                              ção dos canais de percepção e comunicação e possibilitar a
                                                                      compreensão das distintas realidades com as quais entra-
    Analisando os dados obtidos junto a este grupo, cons-             mos em contato. A partir deste contexto, procuramos abor-
tatamos que as diferenças de conhecimento sobre DST/Aids              dar a sexualidade como um aspecto natural e positivo da
entre as garotas e os rapazes são relativamente significati-          vida humana, proporcionando a livre discussão de normas e
vas, apresentando razoável supremacia das garotas quan-               padrões de comportamento em relação ao sexo e o debate
to ao grau de conhecimento, variando por vezes segundo                das atitudes das pessoas frente à própria sexualidade.

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    ca. 2007;41(1):61-8.
                                                                          tes de escolas públicas e privadas do município de São Paulo,
                                                                          Brasil. Cad Saúde Pública. 2006;22(2):315-23.



                                                                                                                                 557
Correspondência: DST/AIDS por
Conhecimento sobre José Roberto da Silva Brêtas                                                           Rev Esc Enferm USP
Rua Carneiro da Cunha,
estudantes adolescentes 517/11 - Vila da Saúde                                                               2009; 43(3):551-7
Brêtas 04144-000 - São Paulo, SP, Brasil
CEP JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL                                                                 www.ee.usp.br/reeusp/

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Conhecimento sobre DST/AIDS adolecentes Embu

  • 1. ARTIGO ORIGINAL Conhecimento sobre DST/AIDS por estudantes adolescentes KNOWLEDGE OF STD/AIDS AMONG ADOLESCENT STUDENTS CONOCIMIENTO SOBRE DST/SIDA POR ESTUDIANTES ADOLECENTES José Roberto da Silva Brêtas1, Conceição Vieira da Silva Ohara2, Dulcilene Pereira Jardim3, Renata de Lima Muroya4 RESUMO ABSTRACT RESUMEN O estudo teve como objetivo verificar o co- This study aims to analyze the degree of El estudio tuvo como objetivo verificar el nhecimento de adolescentes sobre preven- knowledge adolescents have on STD/AIDS conocimiento de adolecentes sobre preven- ção, transmissão, sinais e sintomas de DST/ prevention, transmission, signs, and symp- ción, transmisión, señales y síntomas EST/ Aids, e colaborar na elaboração de ações toms, and to contribute with the elabora- SIDA; colaborar en la elaboración de accio- educativas do Projeto de Extensão Universi- tion of educational actions in the Univer- nes educativas del Proyecto de Extensión tária Corporalidade e Promoção da Saúde. Foi sity Extension Program called Corporality Universitaria Corporalidad y Promoción de realizado em três instituições de ensino fun- and Health Promotion. The research counted la Salud. Fue realizado en tres instituciones damental e médio do município de Embu, on 1,087 adolescents (40% females, 60% de enseñanza fundamental y media, en el com 1087 adolescentes (40% do sexo femini- males) and was carried out in three elemen- municipio de Embu, con 1.087 adolecentes no e 60% do sexo masculino). Utilizou-se um tary and high schools located in the munici- (40% del sexo femenino y 60% del sexo mas- questionário estruturado de múltipla escolha. pality of Embu. A structured, multiple choice culino. Se utilizó un cuestionario estructu- Os resultados mostraram que, quanto à for- questionnaire was applied. Data indicated rado de múltiple elección. Los resultados ma de prevenção, 92% do grupo feminino e the achievement of the following results: as mostraron que: en cuanto a la forma de pre- 78% do grupo masculino referiram utilizar per the prevention, 92% of girls and 78% of vención 92% femenino y 78% masculino re- preservativo, enquanto 42% do grupo femi- boys referred to the use of condoms, while firieron utilizar preservativo, en cuanto 42% nino e 43% do grupo masculino responderam 42% of girls and 43% of boys affirmed to femenino y 43% masculino respondieron lavar os genitais após relação sexual; 75% do wash their genitalia after the sexual rela- lavar los genitales después de la relación grupo feminino e 52% do grupo masculino tion; 75% females and 52% males quoted sexual; 75% femenino y 52% masculino cita- citaram a televisão como fonte para obten- television as their source of information. As ron la televisión como fuente para obtención ção de informações; quanto ao conhecimen- per the knowledge of STD, girls and boys de informaciones; en cuanto al conocimien- to sobre DST, garotas e rapazes demonstra- indicated not to have much information on to de las EST (enfermedades sexualmente ram ter pouca informação; em relação à cura the issue. Regarding STD healing programs, transmisibles) los jóvenes demostraron te- das DST, 57% do grupo feminino e 71% do 57% females and 71% males affirmed not ner poca información; en relación a la cura grupo masculino referiram não ter conheci- to have any knowledge on the issue; 5% of de las EST, 57% femenino y 71% masculino mento, sendo que 5% do grupo feminino e girls and 6% of boys thought AIDS to be refirieron no tener conocimiento, siendo que 6% do grupo masculino achavam que a AIDS curable. In a general perspective, we can 5% femenino y 6% masculino pensaban que tem cura. De forma geral, pudemos concluir conclude that girls were more familiar with el SIDA tiene cura. De forma general, pudi- que as garotas estavam mais esclarecidas em the study's issues than boys. mos concluir que las jóvenes estaban mejor relação à temática que os rapazes. informadas que los jóvenes. DESCRITORES KEY WORDS DESCRIPTORES Adolescente. Adolescent. Adolescente. Estudantes. Students. Estudiantes. Doenças sexualmente transmissíveis. Sexually transmitted diseases. Enfermedades de transmisión sexual Comportamento sexual. Sexual behavior. Conducta sexual. Promoção da saúde. Health promotion. Promoción de la salud. Educação sexual. Sex education. Educación sexual. 1 Enfermeiro, Psicólogo, Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. Líder do Grupo de Estudos sobre Corporalidade e Promoção da Saúde (GECOPROS). São Paulo, SP, Brasil. jrsbretas@yahoo.com.br 2 Enfermeira, Professora Associada do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. consilva@denf.epm.br 3 Enfermeira, Mestranda em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. dulcijardim@hotmail.com 4 Enfermeira, Mestranda em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. relilima@yahoo.com.br 551 Conhecimento sobre DST/AIDS /por Português Inglês Recebido: 06/06/2008 Rev Esc Enferm USP www.scielo.br/reeusp estudantes adolescentes Aprovado: 17/09/2008 2009; 43(3):551-7 Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL www.ee.usp.br/reeusp/
  • 2. INTRODUÇÃO sexuais em que seu parceiro se recusa a usar o condom durante a prática sexual. Adolescência é um período de transição entre a infân- Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a cia e a idade adulta, caracterizada por intenso crescimento grande maioria dos adolescentes inicia sua vida sexual cada e desenvolvimento, que se manifesta por marcantes trans- vez mais cedo, a maioria entre 12 e 17 anos(2), desacompa- formações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. nhada da responsabilidade social que tem seu início cada Neste processo, a questão da corporalidade assume um as- vez mais tardio. Os jovens que estão vivenciando esta fase pecto muito importante, pois as modificações do corpo caracterizam-se também por sua vulnerabilidade às Doen- neste período ocorrem de forma muito rápida, profunda e ças Sexualmente Transmissíveis (DST) e ao Vírus da Imuno- marcante para o resto da vida do indivíduo. Essas intensas deficiência Humana (HIV), e isso ocorre devido à liberação transformações físicas e biológicas, nesta fase do desen- sexual, a facilidade dos contatos íntimos, aos estímulos vin- volvimento humano, influenciam todo o processo psicos- dos dos meios de comunicação, que propiciam os contatos social da formação da identidade do adolescente(1). Esse sexuais precoces(3). corpo, diferente de todos os outros, emerge das profunde- zas desse turbulento processo, onde a identidade é talvez Embora o Brasil tenha um programa de aids considera- a tarefa evolutiva mais importante da adolescência. do exitoso, em função da política de acesso universal aos medicamentos anti-retrovirais, e da parceria com a socie- O amadurecimento biológico é acompanhado por ma- dade civil para o desenvolvimento de ações para diferentes nifestações sexuais que devem ser integradas na personali- públicos, a epidemia da aids ainda dá visibilidade à sexua- dade do adolescente. A menarca, na garota, e as ejaculações lidade juvenil. Assim, as diferentes formas de intervenção involuntárias no rapaz e, depois, a própria masturbação, direcionadas para o público jovem resultaram na difusão e são manifestações fisiológicas evidentes, vinculadas à nova no aumento do uso de preservativos entre e profunda alteração que se está processan- essa parte da população(2,4). do psicologicamente. E, a partir desse mo- mento, um dos problemas enfrentados pelo O corpo social é parte São múltiplos os caminhos que levam um adolescente é o de estender para alguém, do importante da imagem adolescente a ter relações sexuais desprote- sexo oposto ou não, fora do círculo familiar, do corpo orgânico por gidas, e os números que vêm à tona sobre a os mesmos sentimentos que antes prevaleci- fornecer a cada gravidez e DST, sem dúvida são menores do am em relação aos pais(1). que os números reais(4). Os adolescentes são pessoa uma base para distintos entre si e lidam com sua sexualida- Como estamos descrevendo, esta fase perceber e interpretar de de forma diversa. Assim, o uso do preser- caracteriza-se por diversas transições, sendo suas próprias vativo é o oposto da espontaneidade que se a sexualidade a de maior repercussão. O experiências físicas e costuma atribuir ao sexo e à juventude. O aprendizado da sexualidade, contudo, não se psicológicas. estímulo ao uso do preservativo deve incluir restringe àquele da genitalidade, tampouco ao a dimensão do erotismo e da praticidade, não acontecimento da primeira relação sexual. Tra- apenas do medo. ta-se de um processo de experimentação pessoal e de im- pregnação pela cultura sexual do grupo, que se acelera na Neste contexto, elaborou-se este estudo devido à ne- adolescência e na juventude . (2) cessidade de se conhecer e comparar o conhecimento de adolescentes acerca de DST/Aids e saber quais as diferen- O corpo social é parte importante da imagem do corpo ças de conhecimento entre adolescentes do sexo masculi- orgânico por fornecer a cada pessoa uma base para perce- no e feminino. ber e interpretar suas próprias experiências físicas e psico- lógicas. Esse corpo, em profundas transformações na ado- A motivação para a realização deste estudo teve como lescência, passa a ter um significado mais relevante ainda, ponto de partida nossa experiência junto ao Projeto de Ex- pois será por meio dele que haverá, ou não, a identificação tensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde, com si próprio, com o grupo de pares e a percepção do em que desenvolvemos atividades de orientação sexual com olhar do outro. uma população de adolescentes e jovens que freqüentam três escolas públicas da Estância Turística do Município do O papel que cada adolescente assume no campo social, Embu, São Paulo. As atividades do projeto estão vinculadas durante a prática de sua sexualidade, pode representar ris- ao Programa de Integração Docente-Assistencial do Embu co a sua saúde. Para cumprir o que é ser homem e/ou mu- (PIDA/EMBU), instituído desde 1970 e caracterizado pela lher, os adolescentes têm que desempenhar uma prática integração de ações desenvolvidas por diferentes departa- sexual que é nociva do ponto de vista do risco às DST/Aids mentos acadêmicos da Universidade Federal de São Paulo, e à própria vida, sendo que, por um lado os rapazes lan- com a população moradora deste município. çam-se em situações perigosas e freqüentemente recorrem à violência contra sua parceira por desejo de poder e con- Para atender às necessidades do projeto, o conceito de trole, restando às garotas submeter-se, muitas vezes em ação adotado foi o de Orientação Sexual, que pode ser con- detrimento da própria saúde, como no caso das relações ceituado como o processo de intervenção sistemática na 552 Rev Esc Enferm USP Conhecimento sobre DST/AIDS por 2009; 43(3):551-7 estudantes adolescentes www.ee.usp.br/reeusp/ Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL
  • 3. área da sexualidade humana e que se propõe a fornecer O resultado desse pré-teste contribuiu para a finalização informações sobre sexualidade e a organizar um espaço de do instrumento definitivo, com características de questio- reflexões e questionamento sobre a importância da pre- nário estruturado, de múltipla escolha, auto-aplicado em venção, identidade, relações interpessoais, auto-estima, sala de aula e de forma anônima, contendo 14 questões de relações de gênero, tabus, crenças e valores a respeito de múltipla escolha, representando as variáveis: 1) conheci- relacionamentos, comportamentos sexuais e DST(5). mentos gerais sobre DST (discriminação das DST, formas de prevenção das DST, fonte de informações sobre as DST); OBJETIVOS 2) conhecimento sobre Sífilis (forma de transmissão, sinais e sintomas); 3) conhecimento sobre Gonorréia (via de trans- missão, sinais e sintomas); 4) conhecimento sobre Herpes Este estudo teve como objetivos: verificar o conheci- Genital (via de transmissão, sinais e sintomas); 5) conheci- mento de adolescentes sobre prevenção, transmissão, si- mento sobre Condiloma Acuminado (via de transmissão, nais e sintomas DST/Aids; colaborar na elaboração de ações sinais e sintomas); 6) conhecimento sobre AIDS (via de trans- educativas do Projeto de Extensão Universitária Corporali- missão, sinais e sintomas); 7) conhecimento sobre a cura dade e Promoção da Saúde. das DST. MÉTODO Os dados obtidos foram analisados e interpretados em um contexto quantitativo, expressos mediante símbolos Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo descritivo. numéricos. Este tipo de estudo tem por prioridade descrever as caracte- rísticas de determinada população ou fatos e fenômenos de RESULTADOS determinada realidade. Promove um delineamento da reali- dade uma vez que esta descreve, registra, analisa e interpre- Para apresentação dos resultados elaboramos tabelas ta a natureza atual ou processos dos fenômenos. O enfoque e os descrevemos em forma de texto, considerando o co- deste método sobre as condições dominantes da realidade, nhecimento de garotas e rapazes, a partir da análise da ou como uma pessoa, grupo ou coisa se conduz ou funciona descrição de cada variável. no presente, empregando para este fim a comparação e o contraste. Na resolução de problemas, informa as condições No que se refere ao conhecimento geral da população atuais, necessidades e como alcançar resultados(6). estudada sobre as DST/Aids, verificamos que 100% dos respondentes (feminino/masculino) referiram estar bem O projeto deste estudo foi avaliado e aprovado pelo informados sobre a aids; 73% feminino/33% masculino re- Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo com feriram conhecer a gonorréia; 69% (feminino/masculino) a protocolo nº 1561/03, desta forma, cumprimos todos os Sífilis; 68% feminino/62% masculino o Herpes Genital; 26% procedimentos metodológicos estabelecidos pela Resolu- feminino/22% masculino o Cancro Mole; 15% feminino/9% ção 196/96, que trata das Normas de Pesquisa Envolvendo masculino a Candidíase; 9% feminino/12% masculino o Seres Humanos(7). Condiloma Acuminado; 7% feminino/9% masculino a Tri- Foi realizado no período de março de 2003 a junho de comoníase; apenas 2% feminino/1% masculino o Linfogra- 2005, junto a três escolas públicas de ensino fundamental nuloma Venéreo. e médio na região de Santo Eduardo da Estância Turística Com relação às formas de prevenção das DST, 92% fe- de Embu, São Paulo. Locais onde são desenvolvidas as ati- minino/78% masculino apontaram o uso do preservativo vidades de educação para saúde do Projeto de Extensão masculino em todas as relações sexuais como melhor ma- Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde da neira de prevenção; 86% feminino/57% masculino referi- UNIFESP. ram que se deve consultar o médico regularmente; 76% O recorte etário da população estudada segue a definição feminino/53% masculino relataram a importância do ato da Organização Mundial da Saúde para Adolescência(8), repre- de certificar-se que o parceiro não possua DST; 42% femi- sentada por indivíduos na faixa etária entre 10 e 19 anos. nino/43% masculino responderam lavar bem os genitais externos após a relação sexual; 1% feminino/2% masculino A população total desse estudo constituiu-se por 1087 optaram por não usar nenhum método, pois têm certeza adolescentes (652 do sexo masculino e 435 feminino), en- que não pegarão nenhuma DST. tre 12 e 19 anos de idade, que freqüentavam as escolas mencionadas. Como princípio de inclusão adotou-se: estar Quanto à fonte para obtenção de informações sobre as matriculado em uma das três escolas e participando das DST, constatamos que 75% feminino/52% masculino utiliza- atividades educativas do Projeto de Extensão Universitária vam-se da televisão; 73% feminino/58% masculino respon- Corporalidade e Promoção da Saúde. deram que tiravam as dúvidas com os professores; 65% fe- minino/42% masculino em revistas, jornais e livros; 46% fe- Como procedimento metodológico para o redimensio- minino/23% masculino com amigos; 31% feminino/32% mas- namento do instrumento para coleta de dados, realizou-se culino em casa, com os pais; 2% feminino/1% masculino não um pré-teste com 180 adolescentes de ambos os sexos. se interessavam pela busca de informações sobre o assunto. 553 Conhecimento sobre DST/AIDS por Rev Esc Enferm USP estudantes adolescentes 2009; 43(3):551-7 Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL www.ee.usp.br/reeusp/
  • 4. Tabela 1 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e da de cabelo; 11% feminino/6% masculino a ferida nos ór- masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão gãos genitais; 55% feminino/63% masculino referiram não da Sífilis - Embu, SP - 2005 ter nenhum tipo de informação sobre o assunto. Sexo Tabela 3 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e Transmissão da Sífilis Feminino Masculino masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão do Herpes Genital - Embu, SP - 2005 Sexo vaginal 48% 28% Sexo oral 14% 8% Sexo Transmissão do Herpes Genital Sexo anal 17% 13% Feminino Masculino Transmissão materno-fetal 9% 4% Sexo vaginal 37% 21% Transfusão sanguínea 8% 21% Sexo anal 18% 11% Pelo beijo 3% 3% Sexo oral 17% 11% Contato com ferida 8% 8% Mãos contaminadas 1% 1% Pelo abraço 0% 1% Pela saliva 5% 2% Sentar no mesmo lugar que uma 2% 2% Transmissão materno-fetal 4% 2% pessoa contaminada Transfusão sanguínea 4% 4% Não sabe nada sobre o assunto 34% 45% Não sabe nada sobre o assunto 55% 62% Em relação aos sinais e sintomas da Sífilis, 35% femini- Em relação aos sinais e sintomas do Herpes Genital, 21% no/23% masculino responderam ferida no pênis ou na vulva; feminino/12% masculino responderam dor e ardência no 11% feminino/7% masculino citaram a dor como sinal clíni- local das bolhas; 21% feminino/12% masculino citaram bo- co; 9% feminino/5% masculino se referiram às manchas pelo lhas agrupadas no pênis ou na vagina; 14% feminino/9% corpo; 13% feminino/5% masculino a coceira; 12% femini- masculino a saída de secreção purulenta; 1% (feminino/ no/4% masculino a presença de corrimento; 11% femini- masculino) a queda de cabelo; 10% feminino/4% masculi- no/5% masculino o odor forte da secreção; 2% feminino/ no a coceira; 8% feminino/3% masculino a impotência; 7% 1% masculino a impotência; 2% feminino/1% masculino a feminino/3% masculino o corrimento; 10% feminino/5% perda de cabelo; 1% feminino/2% masculino a morte; ape- masculino a dificuldade em urinar; 63% feminino/68% mas- nas 1% (feminino/masculino) a impotência permanente, culino referiram não saber nada sobre o assunto. 57% feminino/60% masculino responderam desconhecer os Tabela 4 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e sinais e sintomas da doença. masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão Tabela 2 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e do Condiloma Acuminado (HPV) - Embu, SP - 2005 masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão da Gonorréia - Embu, SP - 2005 Transmissão do Sexo Condiloma Acuminado Feminino Masculino Sexo Transmissão da Gonorréia Feminino Masculino Sexo vaginal 11% 6% Sexo oral 7% 5% Sexo vaginal 33% 21% Sexo anal 8% 5% Sexo anal 23% 18% Pelo beijo 3% 2% Sexo oral 14% 17% Em superfície contaminada 1% 3% Nas roupas íntimas 8% 4% Transmissão materno-fetal 1% 1% Em vasos sanitários sujos 9% 6% Transfusão sangüínea 1% 1% Pelo o beijo 1% 1% Não sabe nada sobre o assunto 82% 79% Pelo abraço 1% 1% Não sabe nada sobre o assunto 51% 57% Para os sinais e sintomas referentes ao Condiloma Acuminado (HPV), 8% feminino/6% masculino citaram a Com relação aos sinais e sintomas da Gonorréia, 30% presença de verrugas nos órgãos genitais; 6% feminino/5% feminino/16% masculino responderam o corrimento que masculino o odor forte; 6% feminino/3% masculino a co- sai pelo canal uretral do pênis ou do canal vaginal; 7% fe- ceira; 5% feminino/2% masculino a dor no local; 4% femini- minino/ 4% masculino citaram a saída de sangue; 17% fe- no/3% masculino a dificuldade em urinar; 1% (feminino/ minino/12% masculino dor ao urinar; 14% feminino/4% masculino) a impotência; 5% feminino/1% masculino a eli- masculino coceira; 8% feminino/4% masculino a dor ao eva- minação de secreção purulenta; 1% masculino a queda de cuar; 1% (feminino/masculino) a faringite; 1% (feminino/ cabelo; 90% feminino/79% masculino referiram não saber masculino) a impotência; 1% (feminino/masculino) a per- nada sobre o assunto. 554 Rev Esc Enferm USP Conhecimento sobre DST/AIDS por 2009; 43(3):551-7 estudantes adolescentes www.ee.usp.br/reeusp/ Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL
  • 5. Tabela 5 - Distribuição de adolescentes dos sexos feminino e Com relação ao conhecimento dos adolescentes sobre masculino em relação ao conhecimento das formas de transmissão a aids, obtivemos um percentual significativo (100%) de do HIV - Embu, SP - 2005 respondentes de ambos os sexos, que afirmaram ter infor- mações suficientes sobre o assunto, sendo o conhecimen- Transmissão do HIV Sexo to sobre a aids um fator importante para prevenção desta Feminino Masculino doença(10). Também ressaltamos um percentual significati- vo de respostas que ressaltaram outras doenças como a Sexo oral 44% 44% Gonorréia, Sífilis e Herpes Genital. Sexo anal 50% 40% Sexo vaginal 80% 67% Embora o número de adolescentes que evidenciaram algum nível de conhecimento sobre DST tenha sido signifi- Pelo beijo 6% 5% cativo, preocupou-nos o desconhecimento de ambos os Pelo abraço 1% 2% sexos sobre doenças como a Candidíase, a Tricomoníase e Compartilhar seringas no uso de 95% 65% principalmente o Condiloma Acuminado (Papiloma Vírus drogas injetáveis Humano/HPV). Transfusão de sangue contaminado 75% 53% O desconhecimento da Candidíase e Tricomoníase é um Transmissão da mãe para o filho 48% 30% fato importante, quando se trata de conhecimento e cui- Em superfícies contaminadas 17% 10% dado corporal do adolescente, pois necessariamente essas Não sabe nada sobre o assunto 3% 9% doenças não são transmitidas somente pela relação sexu- al. Os vetores (Candida albicans e Tricomonas Vaginalis) Em relação aos sinais e sintomas da aids (Acquired normalmente fazem parte da flora vaginal, habitando a Immuno Deficiency Syndrome), 40% feminino/28% mascu- mucosa do sistema gênito urinário. Além da transmissão lino citaram cansaço; 35% feminino/29% masculino menci- por via sexual, também pode ocorrer por alteração da flora onaram falta de apetite; 35% feminino/24% masculino a vaginal da mulher, devido a fatores como: gravidez, obesi- dor no corpo e articulações; 17% feminino/9% masculino o dade, o uso de contraceptivos orais de altas dosagens, há- corrimento; 17% feminino/13% masculino a coceira nos bitos de higiene e roupas que aumentam o calor e a umi- órgãos genitais; 33% feminino/24% masculino a febre; 27% dade do local(11). Assim, muitas vezes o corrimento referido feminino/13% masculino os suores noturnos; 17% femini- pelas adolescentes, que gera medo e vergonha, pode ser no/8% masculino o sapinho na boca; 26% feminino/11% esclarecido pela educação em saúde. masculino os pingos hemorrágicos que aparecem na pele; Quanto à forma de prevenção das DST, as garotas de- 26% feminino/13% masculino a tosse persistente; 14% fe- monstram ter mais conhecimento que os rapazes, princi- minino/7% masculino a diarréia; 12% feminino/8% mascu- palmente no que diz respeito ao uso do preservativo mas- lino a inflamação dos gânglios; 3% feminino/8% masculino culino, seguido de consulta médica periódica e maior co- a impotência; 36% feminino/31% masculino referiram não nhecimento do parceiro sexual. Chamou-nos a atenção o saber nada sobre o assunto. fato de que tanto as garotas como os rapazes referiram la- Com relação à distribuição da população de adolescen- var os genitais após o ato sexual enquanto forma de pre- tes dos sexos feminino e masculino segundo o conhecimen- venção. Trata-se de uma prática perigosa e totalmente equi- to sobre a cura das Doenças Sexualmente Transmissíveis, vocada, que precisa ser abordada junto aos adolescentes, obtivemos a seguinte seqüência: não souberam opinar (57% como forma de orientação. feminino/71% masculino); Gonorréia (16% feminino/15% O uso do preservativo foi indicado por uma grande por- masculino); Sífilis (11% feminino/ 13% masculino); Herpes centagem dos adolescentes, o que aparentemente demons- Genital (10% feminino e masculino); Condiloma Acuminado tra conhecimento desta forma de prevenção. No Brasil, (6% feminino/ 5% masculino); Aids (5% feminino/ 6% mas- assim como em outros países, tem havido um significante culino); DST não tem cura (4% feminino/ 7% masculino). aumento do uso do preservativo pelos adolescentes(12). Porém, há estudos com adolescentes que referiram nunca DISCUSSÃO ter usado o preservativo, apesar de conhecerem os riscos aos quais estavam expostos(4), em nossa intervenção esses No que se refere aos conhecimentos gerais relacionados merecerão atenção. às DST, pudemos observar que esse tema não é totalmente A proporção de jovens menores de 20 anos que inicia- desconhecido pelos adolescentes deste estudo. Contudo o ram a vida sexual usando preservativo masculino aumen- conhecimento e desconhecimento se mesclam nas questões tou de 47,8% em 1998 para 65,8% em 2005, proporção analisadas. Também constatamos que algumas diferenças maior entre rapazes(13). entre garotas e rapazes foram significativas, demonstrando que o conhecimento das garotas sobre o assunto é maior. Uma pesquisa nacional realizada em 2004 indicou que Esta constatação sobre o conhecimento de garotas e rapa- 57,3% dos jovens entre 15 e 24 anos usaram preservativos zes corroborou com os achados de outros estudos(3, 9). na última relação sexual, 58,5% sempre usaram preservati- 555 Conhecimento sobre DST/AIDS por Rev Esc Enferm USP estudantes adolescentes 2009; 43(3):551-7 Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL www.ee.usp.br/reeusp/
  • 6. vo com parceiro casual, e 38,8% usaram esse método com to sobre o assunto, apontando com baixa freqüência a via parceiro fixo(14). sexual (vaginal e anal). Com relação aos sinais e sintomas da Gonorréia, o grupo demonstrou grande desconhecimento, Se o uso de preservativos aumentou entre os jovens, com predominância do desconhecimento entre os rapazes. ele ainda não é usado por todos e nem em todas as rela- ções sexuais, pois o seu uso depende, entre outros fatores, O mesmo foi observado na investigação em relação ao do envolvimento afetivo do momento, questões financei- conhecimento sobre a forma de transmissão e os sinais e ras e de acesso aos métodos, bem como o grau de liberda- sintomas do Herpes Genital e do Condiloma Acuminado. de e autonomia alcançadas nesta faixa etária(15). Trata-se de um dado preocupante, pois a adolescência Outro meio de prevenção apontado mereceu atenção: é a faixa de idade que apresenta a maior incidência de DST. o fato de passar a conhecer o parceiro elimina, em nível do Aproximadamente 25% de todas as DST são diagnosticadas imaginário, todos os riscos de se adquirir uma DST/Aids, em jovens com menos de 25 anos. Os dados disponíveis não fazendo o adolescente, a identificação de que se tra- em âmbito mundial(12) revelaram que aproximadamente tam de doenças que têm um período de latência para o 40% das adolescentes sexualmente ativas foram infectadas aparecimento de sintomas, ou que existem formas subclí- pelo Papilomavírus humano (HPV), responsável pelo Con- nicas, não perceptíveis ao contato sexual. diloma Acuminado, que é uma doença infecciosa, conheci- da como verruga genital ou popularmente chamada de cris- Identificamos que a grande maioria dos adolescentes, ta de galo(11). Não menos preocupante, a infecção pelo ví- com predominância do sexo feminino, tem como principais rus do Herpes Genital (Herpes simplex vírus) aumentou em fontes de informação sobre as DST/Aids, em seqüência de- mais de 50% junto a esta população(12). crescente: a televisão; os professores; os veículos da mídia como: revistas, jornais e livros; amigos(as). Sobre este as- O conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV/ sunto, vale ressaltar, a baixa referência dos pais como fonte Aids revelou-se maior que as outras DST. Isso ocorre tanto de informação sobre as DST. São dados importantes, pois com as garotas quanto com os rapazes. De forma geral, exis- além da figura do professor, que tem um papel simbólico te um pouco mais de conhecimento das garotas acerca da significativo, esses adolescentes estão tendo acesso a outras temática. Foi ressaltada a transmissão do HIV por meio da fontes (revistas, jornais e livros), o que nos leva a inferir a relação sexual sem o uso de preservativo (sexo oral, anal e possibilidade de relação entre os meios de comunicação de vaginal), por transfusão de hemoderivados, pelo comparti- mídia e a escola, representada pela figura do professor. Quan- lhamento de agulhas e seringas com sangue contaminado to à televisão, é preocupante o valor atribuído à mesma, tra- entre usuários de drogas injetáveis, de mãe para filho, du- tando-se de um veículo com tão pouca interatividade. Ainda rante a gravidez e parto (transmissão vertical), porém não sobre o mesmo assunto, é importante ressaltar que a família foi citado a via do leite materno de mães HIV positivo e uso foi pouco citada como fonte de referência, o que é muito de instrumentos perfurantes e cortantes contaminados preocupante, pois a família não deveria estar tão fora do (transmissão ocupacional)(11). contexto educativo do adolescente. Quanto à cura das DST, grande parte da população es- No contexto familiar, muitas vezes os pais têm dificul- tudada referiu desconhecimento sobre o assunto, com des- dades em abordar questões de sexualidade com seus fi- taque para a prevalência masculina. Vale ressaltar que, lhos adolescentes, justamente por não terem muito claro embora com uma baixa freqüência, alguns adolescentes re- o que aconteceu com eles próprios. Desta maneira, muitos feriram a existência da cura para aids. Dada a relevância da pais atribuem a tarefa da orientação sexual de seus filhos à colocação, merece investimento educacional. escola e esta, por sua vez, apresenta dificuldade em cum- prir tal tarefa. É importante considerar também o fato de Embora este estudo tenha mostrado que as garotas apre- que o professor pode sentir-se despreparado em lidar com sentavam maior conhecimento sobre o assunto do que os aspectos da orientação sexual junto a seus alunos(5). rapazes, é importante considerar a situação de vulnerabili- dade vivenciada pelas mulheres, o que as coloca em situa- A predominância do conhecimento das garotas se re- ção de desvantagem em relação à adoção de medidas pre- pete com relação à pergunta sobre o conhecimento de ventivas(16), pois a desigualdade de poder nas resoluções en- transmissão da Sífilis, as vias mais apontadas pelos respon- tre homens e mulheres é um dos motivos da dificuldade que dentes foram as sexuais (vaginal e anal). Outras vias impor- ambos têm em discutir formas seguras de exercer a sexuali- tantes foram também citadas com menor freqüência, como dade(17). Por vezes as garotas sentem-se pressionadas, pelo a transmissão vertical (Sífilis Congênita), pela manipulação grupo a iniciar a atividade sexual, pelo namorado para dar do cancro duro (Sífilis Primária) e outros objetos contami- provas de amor mediante concessão ao coito e não conse- nados(11). É grande o desconhecimento de ambos os sexos guem impor a negociação do uso do preservativo(17). sobre sinais e sintomas da Sífilis, embora alguns fossem ci- tados com menor freqüência. Muitas vezes a conotação dada ao preservativo está di- retamente ligada à própria noção de masculinidade que Quanto à forma de transmissão da Gonorréia, tanto as ainda faz parte da cultura de muitos adolescentes brasilei- garotas quanto os rapazes demonstraram desconhecimen- ros. O tirar prazer significa racionalizar ou regrar seus im- 556 Rev Esc Enferm USP Conhecimento sobre DST/AIDS por 2009; 43(3):551-7 estudantes adolescentes www.ee.usp.br/reeusp/ Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Muroya RL
  • 7. pulsos sexuais, considerar a parceira, portanto, trair sua vi- algumas questões, que talvez sejam características do de- rilidade; pois o ser homem é naturalmente ter menos con- senvolvimento de cada sexo. trole de seus impulsos sexuais e de forma agressiva, com mais intensidade que a mulher. Os resultados apontados reforçaram nossa convicção da importância da orientação sexual, particularmente a Neste contexto, as DST acabam representando um sé- saúde reprodutiva para adolescentes. Para tanto, investi- rio impacto na saúde reprodutiva das adolescentes, por- gamos e observamos os sujeitos com quem trabalhamos, que podem causar esterilidade, doença inflamatória pélvica, utilizando uma abordagem mais participativa para que pos- câncer de colo uterino, gravidez ectópica, infecções puer- samos interagir com as subjetividades emergentes desta perais e recém-nascidos com baixo peso, além de interferir relação-educação e principalmente a possibilidade da leitu- negativamente sobre a auto-estima(18). ra e compreensão da realidade. Assim, adotamos a pesqui- sa-intervenção como metodologia para atender a amplia- CONSIDERAÇÕES FINAIS ção dos canais de percepção e comunicação e possibilitar a compreensão das distintas realidades com as quais entra- Analisando os dados obtidos junto a este grupo, cons- mos em contato. A partir deste contexto, procuramos abor- tatamos que as diferenças de conhecimento sobre DST/Aids dar a sexualidade como um aspecto natural e positivo da entre as garotas e os rapazes são relativamente significati- vida humana, proporcionando a livre discussão de normas e vas, apresentando razoável supremacia das garotas quan- padrões de comportamento em relação ao sexo e o debate to ao grau de conhecimento, variando por vezes segundo das atitudes das pessoas frente à própria sexualidade. REFERÊNCIAS 1. Brêtas JRS. A mudança corporal na adolescência: a grande 11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Projetos Especiais metamorfose. Temas Sobre Desenvol. 2004;12(72):29-38. de Saúde. Coordenação de Doenças Sexualmente Transmis- síveis e Aids. Manual de controle das doenças sexualmente 2. Castro GC, Abramovay M, Silva LB. Juventudes e sexualidade. transmissíveis. Brasília; 1999. Brasília: UNESCO Brasil; 2004. 12. Kaplan DW, Feinstein RS, Fisher MM, Klein JD, Olmedo LF, 3. 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