Manejo integrado de pragas, insetos e nematoides na cultura da cana de açucar, identificação da praga e seus danos causados e método de controle indicado.
Plantas Daninhas na cultura do AlgodoeiroGeagra UFG
Letícia Linhares foi quem abordou o tema plantas daninhas na cultura do algodoeiro na reunião do dia 24 de setembro de 2014.
As plantas daninhas constituem um dos principais problemas no cultivo do algodão. O algodão, por ser uma planta com pequena taxa de crescimento, é muito sensível a interferência causada pelas plantas daninhas, principalmente no período crítico de competição entre estas e a cultura, sendo na fase inicial entre 15 e 70 dias após a emergência, em que é de extrema importância a cultura fechar dossel livre das mesmas. Caso não controladas podem, reduzir a produtividade em até 90%. Dessa forma, iremos apresentar as principais plantas daninhas prejudiciais à cultura do algodão e seus danos, e também diferentes manejos de controle que podem ser utilizados em determinadas fases da cultura de suma importância. Por fim, iremos abordar sobre a resistência de plantas daninhas desenvolvidas pelo mau uso dos herbicidas.
Manejo integrado de pragas, insetos e nematoides na cultura da cana de açucar, identificação da praga e seus danos causados e método de controle indicado.
Plantas Daninhas na cultura do AlgodoeiroGeagra UFG
Letícia Linhares foi quem abordou o tema plantas daninhas na cultura do algodoeiro na reunião do dia 24 de setembro de 2014.
As plantas daninhas constituem um dos principais problemas no cultivo do algodão. O algodão, por ser uma planta com pequena taxa de crescimento, é muito sensível a interferência causada pelas plantas daninhas, principalmente no período crítico de competição entre estas e a cultura, sendo na fase inicial entre 15 e 70 dias após a emergência, em que é de extrema importância a cultura fechar dossel livre das mesmas. Caso não controladas podem, reduzir a produtividade em até 90%. Dessa forma, iremos apresentar as principais plantas daninhas prejudiciais à cultura do algodão e seus danos, e também diferentes manejos de controle que podem ser utilizados em determinadas fases da cultura de suma importância. Por fim, iremos abordar sobre a resistência de plantas daninhas desenvolvidas pelo mau uso dos herbicidas.
As ações da Emater-MG vão além da extensão rural tradicional e planejamento do setor agrícola e incluem ainda divulgação de publicações técnicas com informações e conhecimentos úteis ao produtor. Especificamente para o cultivo do café, a Emater-MG tem a Série Tecnológica Cafeicultura, composta por 14 publicações técnicas,
Essas publicações abordam diferentes áreas do conhecimento com temas distintos: Avaliação da fertilidade do solo – Amostragem de solos e Café: análise química do solo; Diagnose visual da nutrição mineral das plantas – Amostragem de folhas, Deficiências nutricionais: macronutrientes e Deficiências nutricionais: micronutrientes; Pragas do cafeeiro – Bicho-mineiro do cafeeiro; Pré-colheita – Pré-colheita do café; Colheita – Colheita do café: cuidados que dão lucro; Pós-colheita do café – Processamento via seca: café natural, Preparo do café: via seca e via úmida, Cereja descascado, Defeitos do Café e Terreiro pavimentado com lama asfáltica; Cafeicultura e o meio ambiente – Boas práticas ambientais na cafeicultura.
Como controlar a cigarrinha? Manejo integrado de pragas (MIP) é a melhor estratégia para controlar a infestação do inseto nas pastagens. Confira na reportagem! (matéria completa no Meu Perfil e aqui em Slideshare)
A membro Larissa Gonçalves, ministrou a apresentação sobre INSETICIDAS, um tema que no meio agronômico sempre é mencionado, na proteção de nossas culturas contra o ataque de pragas. A apresentação abordou temas como formulações, mecanismo de ação, modo de ação, os principais grupos químicos, seletividade dos inseticidas, estudo de caso, e recomendação de produtos comerciais. Acompanhe a apresentação pelo slide utilizado, logo abaixo.
Existem 250 patógenos relatados na cultura do algodão, dos quais mais de 90% são fungos. Sendo que, ramulose e ramulária são as doenças que mais se destacam dentre as doenças fúngicas.
A maioria das doenças causadas por fungos, são disseminadas principalmente por sementes infectadas, sendo assim é de fundamental importância o tratamento de sementes para a cultura do algodão.
Os principais grupos químicos de fungicidas são os triazóis, as estrobilurinas, os benzimidazóis e as dicarboxamidas.
A aplicação de fungicidas em condições climáticas adversas, misturados com óleos sem recomendação técnica e de misturas, podem ter efeitos fitotóxicos nas plantas de algodão.
Para a primeira aplicação de fungicidas na lavoura, recomenda-se que faça o controle químico preventivo (25º ao 40º DAE), ou ainda que leve-se em consideração o custo com o controle e o potencial de dano econômico que a doença pode causar (segundo literatura consultada). Para proceder com a próxima aplicação do produto é importante observar o residual do produto, e a ocorrência de precipitações após as pulverizações.
É importante rotacionar os mecanismos de ação dos fungicidas, a fim de evitar a resistência de fungos a fungicidas.
Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do ArrozGeagra UFG
Por muito tempo não se deu importância ao controle de plantas daninhas em arroz de terras altas por ser esse cultivado quase sempre em áreas de abertura, ainda livres de invasoras, situação em que nenhuma medida de controle é necessária, e por isso o arroz é uma cultura que possui deficiência em produtos e tecnologias nessa área. Isso mudou ao longo do tempo e hoje o arroz possui como uma das principais competidoras o Arroz Vermelho, Capim-arroz e Capim-braquiária. Esta apresentação irá abordar os vários métodos de controle, com enfoque no mais eficiente, as principais plantas competidoras da cultura de arroz de forma geral, considerando as vantagens que estas possuem em relação à cultura.
Manejo Integrado de Pragas da cultura do açaizeiro.
INTRODUÇÃO
O açaizeiro trata-se de uma palmeira nativa da Amazônia, onde são encontradas duas espécies distintas de açaí, das quais uma (Euterpe oleraceae Mart.) forma “touceiras”, devido ao abundante perfilhamento, e ocorre predominantemente no baixo Amazonas, na Ilha do Marajó e adjacências. A outra espécie, E. precatoria Mart., é solteira e sem perfilhamento, sendo predominante em terra firme no Acre, alto Rio Amazonas e seus afluentes (BERGO, 2003). Pertence à família Palmae, subfamília Ceroxilinease e Secção Arecinaeae (SUFRAMA, 2003). Destaca-se pelos frutos, sendo estes a parte mais importante economicamente de onde se obtém a bebida homônima.
O açaizeiro apresenta boa adaptação ao clima quente e úmido, com precipitação pluviométrica variando entre 2.000 e 2.700 mm anuais, umidade relativa do ar acima de 80% e temperatura média de 28ºC (MENEZES et al., 1998).
OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar a influência da ação dos insetos-praga sobre a produtividade da cultura, e identificar a forma de manejo adequada e sustentável para reduzir os danos com base na aplicação do Manejo Integrado de Pragas - MIP.
DESENVOLVIMENTO
A maior parte dos insetos que causam danos ao açaizeiro também é praga de outras palmeiras, outras espécies frutíferas ou madeireiras. Devido à grande quantidade de pragas registradas, para o presente trabalho foram selecionadas as mais danosas e incidentes em ambas as culturas.
(...)
Manejo de pragas em hortaliças durante a transição agroecológicaJoão Siqueira da Mata
O desenvolvimento de modelos de produção agrícola de base ecológica tornou-se necessário para suprir a necessidade crescente de alimentos livres de resíduos tóxicos e ao mesmo tempo, respeitar os preceitos da sustentabilidade, da conservação do meio ambiente e do bem-estar do ser humano. A produção orgânica de hortaliças se enquadra neste contexto e no Brasil, cada vez mais, vem conquistando simpatizantes tanto na agricultura familiar como no seguimento empresarial formado por médios e grandes produtores rurais. Também é preconizada por políticas públicas direcionadas a hortas urbanas e periurbanas.
A transição agroecológica refere-se a um processo gradual de mudança na forma de manejo do agroecossistema, que envolve a passagem de um modelo agroquímico de produção, de alta dependência de insumos externos (fertilizantes e agrotóxicos) para outro modelo de agricultura que incorpore princípios, métodos e tecnologias de base ecológica. As mudanças podem ocorrer em vários níveis: começando pela redução no uso de insumos convencionais; passando para a substituição de práticas e insumos convencionais por técnicas e insumos alternativos; e por fim, pela remodelagem de toda a propriedade conforme os princípios agroecológicos, com elevado aproveitamento dos processos naturais e interações ecológicas. Isto pode levar algum tempo, dependendo do tipo de manejo utilizado anteriormente na propriedade, das condições edafoclimáticas locais e das estratégias agroecológicas adotadas para construção do novo modelo de produção agrícola.
As ações da Emater-MG vão além da extensão rural tradicional e planejamento do setor agrícola e incluem ainda divulgação de publicações técnicas com informações e conhecimentos úteis ao produtor. Especificamente para o cultivo do café, a Emater-MG tem a Série Tecnológica Cafeicultura, composta por 14 publicações técnicas,
Essas publicações abordam diferentes áreas do conhecimento com temas distintos: Avaliação da fertilidade do solo – Amostragem de solos e Café: análise química do solo; Diagnose visual da nutrição mineral das plantas – Amostragem de folhas, Deficiências nutricionais: macronutrientes e Deficiências nutricionais: micronutrientes; Pragas do cafeeiro – Bicho-mineiro do cafeeiro; Pré-colheita – Pré-colheita do café; Colheita – Colheita do café: cuidados que dão lucro; Pós-colheita do café – Processamento via seca: café natural, Preparo do café: via seca e via úmida, Cereja descascado, Defeitos do Café e Terreiro pavimentado com lama asfáltica; Cafeicultura e o meio ambiente – Boas práticas ambientais na cafeicultura.
Como controlar a cigarrinha? Manejo integrado de pragas (MIP) é a melhor estratégia para controlar a infestação do inseto nas pastagens. Confira na reportagem! (matéria completa no Meu Perfil e aqui em Slideshare)
A membro Larissa Gonçalves, ministrou a apresentação sobre INSETICIDAS, um tema que no meio agronômico sempre é mencionado, na proteção de nossas culturas contra o ataque de pragas. A apresentação abordou temas como formulações, mecanismo de ação, modo de ação, os principais grupos químicos, seletividade dos inseticidas, estudo de caso, e recomendação de produtos comerciais. Acompanhe a apresentação pelo slide utilizado, logo abaixo.
Existem 250 patógenos relatados na cultura do algodão, dos quais mais de 90% são fungos. Sendo que, ramulose e ramulária são as doenças que mais se destacam dentre as doenças fúngicas.
A maioria das doenças causadas por fungos, são disseminadas principalmente por sementes infectadas, sendo assim é de fundamental importância o tratamento de sementes para a cultura do algodão.
Os principais grupos químicos de fungicidas são os triazóis, as estrobilurinas, os benzimidazóis e as dicarboxamidas.
A aplicação de fungicidas em condições climáticas adversas, misturados com óleos sem recomendação técnica e de misturas, podem ter efeitos fitotóxicos nas plantas de algodão.
Para a primeira aplicação de fungicidas na lavoura, recomenda-se que faça o controle químico preventivo (25º ao 40º DAE), ou ainda que leve-se em consideração o custo com o controle e o potencial de dano econômico que a doença pode causar (segundo literatura consultada). Para proceder com a próxima aplicação do produto é importante observar o residual do produto, e a ocorrência de precipitações após as pulverizações.
É importante rotacionar os mecanismos de ação dos fungicidas, a fim de evitar a resistência de fungos a fungicidas.
Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do ArrozGeagra UFG
Por muito tempo não se deu importância ao controle de plantas daninhas em arroz de terras altas por ser esse cultivado quase sempre em áreas de abertura, ainda livres de invasoras, situação em que nenhuma medida de controle é necessária, e por isso o arroz é uma cultura que possui deficiência em produtos e tecnologias nessa área. Isso mudou ao longo do tempo e hoje o arroz possui como uma das principais competidoras o Arroz Vermelho, Capim-arroz e Capim-braquiária. Esta apresentação irá abordar os vários métodos de controle, com enfoque no mais eficiente, as principais plantas competidoras da cultura de arroz de forma geral, considerando as vantagens que estas possuem em relação à cultura.
Manejo Integrado de Pragas da cultura do açaizeiro.
INTRODUÇÃO
O açaizeiro trata-se de uma palmeira nativa da Amazônia, onde são encontradas duas espécies distintas de açaí, das quais uma (Euterpe oleraceae Mart.) forma “touceiras”, devido ao abundante perfilhamento, e ocorre predominantemente no baixo Amazonas, na Ilha do Marajó e adjacências. A outra espécie, E. precatoria Mart., é solteira e sem perfilhamento, sendo predominante em terra firme no Acre, alto Rio Amazonas e seus afluentes (BERGO, 2003). Pertence à família Palmae, subfamília Ceroxilinease e Secção Arecinaeae (SUFRAMA, 2003). Destaca-se pelos frutos, sendo estes a parte mais importante economicamente de onde se obtém a bebida homônima.
O açaizeiro apresenta boa adaptação ao clima quente e úmido, com precipitação pluviométrica variando entre 2.000 e 2.700 mm anuais, umidade relativa do ar acima de 80% e temperatura média de 28ºC (MENEZES et al., 1998).
OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar a influência da ação dos insetos-praga sobre a produtividade da cultura, e identificar a forma de manejo adequada e sustentável para reduzir os danos com base na aplicação do Manejo Integrado de Pragas - MIP.
DESENVOLVIMENTO
A maior parte dos insetos que causam danos ao açaizeiro também é praga de outras palmeiras, outras espécies frutíferas ou madeireiras. Devido à grande quantidade de pragas registradas, para o presente trabalho foram selecionadas as mais danosas e incidentes em ambas as culturas.
(...)
Manejo de pragas em hortaliças durante a transição agroecológicaJoão Siqueira da Mata
O desenvolvimento de modelos de produção agrícola de base ecológica tornou-se necessário para suprir a necessidade crescente de alimentos livres de resíduos tóxicos e ao mesmo tempo, respeitar os preceitos da sustentabilidade, da conservação do meio ambiente e do bem-estar do ser humano. A produção orgânica de hortaliças se enquadra neste contexto e no Brasil, cada vez mais, vem conquistando simpatizantes tanto na agricultura familiar como no seguimento empresarial formado por médios e grandes produtores rurais. Também é preconizada por políticas públicas direcionadas a hortas urbanas e periurbanas.
A transição agroecológica refere-se a um processo gradual de mudança na forma de manejo do agroecossistema, que envolve a passagem de um modelo agroquímico de produção, de alta dependência de insumos externos (fertilizantes e agrotóxicos) para outro modelo de agricultura que incorpore princípios, métodos e tecnologias de base ecológica. As mudanças podem ocorrer em vários níveis: começando pela redução no uso de insumos convencionais; passando para a substituição de práticas e insumos convencionais por técnicas e insumos alternativos; e por fim, pela remodelagem de toda a propriedade conforme os princípios agroecológicos, com elevado aproveitamento dos processos naturais e interações ecológicas. Isto pode levar algum tempo, dependendo do tipo de manejo utilizado anteriormente na propriedade, das condições edafoclimáticas locais e das estratégias agroecológicas adotadas para construção do novo modelo de produção agrícola.
Manejo de pragas em hortaliças durante a transição agroecológica
cigarrinha.pdf
1. SOBRE O INSETO
DANOS E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
CONTROLE
PLANTAS RESISTENTES
CONTROLE CULTURAL
CONTROLE BIOLÓGICO
CONTROLE QUÍMICO
Várias espécies de cigarrinhas (Hemiptera: Cercopidae) são
importantes pragas de pastagens na América tropical. Esses
insetos podem diminuir drasticamente a disponibilidade e
qualidade da gramínea forrageira, reduzindo a capacidade de
suporte das pastagens.
As pastagens são consideradas culturas de baixo valor por
unidade de área, nas quais raramente são adotadas medidas
curativas de controle. Por isso, o controle das cigarrinhas deve ter
um enfoque preventivo, prevalecendo a diversificação das
pastagens, com a inclusão de gramíneas resistentes.
As cigarrinhas-das-pastagens são insetos sugadores, sendo
que as espécies brasileiras estão associadas predominantemente
às gramíneas.
Nas várias regiões do Brasil ocorrem diferentes complexos de
cigarrinhas, sendo que as principais espécies típicas de pastagens
são: Notozulia entreriana, Deois flavopicta, Deois incompleta e
Deois schach.
Cigarrinhas pertencentes ao gênero Mahanarva, associadas
com gramíneas de maior porte, como cana-de-açúcar e capim-
elefante, têm causado danos em pastagens. Espécies desse
gênero apresentam tamanhos maiores do que as cigarrinhas
tipicamente de pastagens.
O ciclo de vida das cigarrinhas inclui as fases de ovo, ninfa
(forma jovem das cigarrinhas) e adultos. A eclosão das ninfas,
provenientes de ovos em diapausa, ocorre no início da estação
chuvosa. As ninfas, após a eclosão, se alojam nas bases das
touceiras, onde permanecem, envoltas por uma massa de espuma
que elas mesmo produzem, até completarem o período ninfal,
originando os adultos. Estes se acasalam, ocorre a oviposição,
dando origem a uma nova geração. O ciclo ovo a ovo varia com as
diferentes espécies, podendo ocorrer várias gerações no período
de infestação.
Embora as ninfas das cigarrinhas típicas de pastagens causem
algum dano, são os adultos dessas espécies os responsáveis pelos
maiores prejuízos. Esses, ao se alimentarem nas folhas, injetam
secreções salivares, determinando clorose e a morte dos tecidos.
Ressalta-se que, para o caso das cigarrinhas pertencentes ao
gênero Mahanarva, os danos são mais severos e, que nesse caso,
os danos causados pelas ninfas são também consideráveis.
Constatou-se que 25 adultos de N. entreriana por metro
quadrado, em 10 dias, reduziram em 35% a produção de matéria
seca de Brachiaria decumbens. Constataram-se, também,
reduções significativas na produção de raízes dessa planta
alertando para o fato de que esses insetos podem afetar a
persistência da gramínea. Pastagens severamente atacadas pelas
cigarrinhas podem apresentar qualidade inferior. Observaram-se
aumento no teor de fibra e reduções significativas na digestibilidade
"in vitro", assim como nos teores de proteína bruta, fósforo,
magnésio, cálcio e potássio de B. decumbens.
Estima-se que os prejuízos causados pelas cigarrinhas-das-
pastagens no Brasil alcançam centenas de milhões de dólares
anualmente. Para a região dos Cerrados no Brasil, onde a área
estimada com B. decumbens é de 15 milhões de hectares, os
prejuízos causados por esses insetos podem atingir cifras,
dependendo da área infestada e do nível de infestação, de até 800
milhões de dólares anuais.
Esforços de controle têm sido concentrados na área de
resistência de plantas a insetos, alternativa reconhecida como de
baixo custo e de fácil adoção. Trata-se da melhor opção de controle
para culturas de baixo valor por unidade de área, como as
pastagens, geralmente estabelecidas em extensas áreas.
Abusca de gramíneas alternativas, visando a diversificação das
pastagens, deve ser uma constante e, por isso, tem havido um
grande esforço no sentido de se identificar gramíneas resistentes
às cigarrinhas.
Novas cultivares, além das características agronômicas
desejáveis, devem apresentar, também, alto grau de resistência a
esses insetos. Além de B. brizantha cv. Marandu, outras
forrageiras, resistentes às cigarrinhas, estão disponíveis para o
produtor, incluindo B. brizantha cv. Piatã, Andropogon gayanus cv.
Planaltina, Panicum maximum cv. Tanzânia, P. maximum cv.
Mombaça e P. maximum cv. Massai.
Essa é uma alternativa de controle em potencial, necessitando
de mais pesquisas. Há casos em que populações de várias
espécies de insetos, pragas em pastagens, foram reduzidas
manipulando-se a carga-animal.
O impacto do pastejo no número de insetos, aparentemente é
indireto ao afetar o microclima onde vive o inseto.
As populações de cigarrinhas tendem a aumentar em pastagens
viçosas sub utilizadas. Em pastagens de B. decumbens infestada
predominantemente com N. entreriana, observou-se que tanto as
populações de ninfas como de adultos de cigarrinhas diminuíram
com o aumento da pressão de pastejo. Essa observação está
relacionada com a influência benéfica da palha, acumulada na
superfície do solo, na população de cigarrinhas. A quantidade de
palha na superfície do solo aumenta em pastagens sob pressões de
pastejo mais leves, garantindo maior sobrevivência de ovos e
ninfas desses insetos.
Pouca pesquisa tem sido conduzida nessa área de modo a se
explorar o seu potencial. Esforços nessa alternativa de controle,
envolvendo o fungo Metarhizium anisopliae, têm gerado resultados
inconsistentes, limitando a generalização de sua recomendação. O
emprego desse fungo é particularmente interessante nas regiões
com alta precipitação, como o Centro-Norte do país, onde têm sido
constatados danos severos de cigarrinhas do gênero Mahanarva.
O controle biológico apresenta um grande potencial, tendo em vista
que pastagens, em sendo culturas perenes, propiciam, em geral,
um microclima razoavelmente estável, favorecendo a persistência
de inimigos naturais que venham ser liberados. Nesse sentido,
estudos adicionais são necessários, principalmente com o
microhimenóptero Anagrus urichi, um parasitóide de ovos de
cigarrinhas.
O uso de inseticidas químicos em áreas extensas de pastagens
depara com limitações de ordem ecológica e econômica. Caso se
opte pelo controle químico, deve-se levar em consideração o alvo a
ser atingido e o momento da aplicação. O alvo deve ser as
cigarrinhas adultas, uma vez que estas se expõem alimentando-se
na parte aérea das plantas; por ocasião do início da emergência dos
adultos. Com freqüência, o produtor tem lançado mão dessa
ferramenta em ocasiões impróprias, geralmente motivado pela
constatação de danos (amarelecimento) nas pastagens.
Considerando que a longevidade média destes adultos está ao
redor de dez dias, e que a sintomatologia dos danos causados pela
cigarrinha se expressa plenamente após três semanas, ao se
constatar o pasto amarelecido, a quase totalidade da população
responsável por aqueles danos já estaria morta, não se justificando,
portanto, a aplicação de inseticidas naquele momento. Os
princípios ativos aprovados pelo MAPA incluem Carbaril,
Clorpirifós, Fenitrotiom, Malatiom e Naled.
2. Projeto
Gráfico:
Eliana
Okida
Data:
5/11/2007
Tiragem:
200
Texto
e
Fotos:
J.
R.
Valério
A
n
o
s
1
9
7
7
-
2
0
0
7
Gado de Corte
1. Diversificar as pastagens na propriedade com a inclusão de
gramíneas resistentes às cigarrinhas. Sugere-se:
a) as gramíneas Brachiaria brizantha cv. Marandu, B.
brizantha cv. Piatã, Andropogon gayanus cv. Planaltina,
Panicum maximum cv. Tanzânia, P. maximum cv.
Mombaça e P. maximum cv. Massai.
b) evitar o estabelecimento de áreas extensas com um
único tipo de gramínea, procurando intercalar áreas de
gramíneas suscetíveis com gramíneas resistentes.
2. Manejar as pastagens, ajustando a carga-animal, de modo a
evitar sobra de pasto (evitando-se, porém, o superpastejo).
Objetiva-se com isso, reduzir a quantidade de palha
acumulada ao nível do solo.
3. Controle biológico, através do fungo Metarhizium anisopliae.
Trata-se de um inseticida biológico que, se por um lado,
apresenta a grande vantagem de não poluir o ambiente, nem
tão pouco exigir a retirada dos animais quando de sua
aplicação, por outro, apresenta o ônus associado aos custos
do produto e de sua aplicação. Recomenda-se que as
orientações do fabricante sejam seguidas à risca e que,
sempre que possível, um técnico treinado para acompanhar
a aplicação seja envolvido.
4. Controle químico. Ter a cigarrinha adulta como alvo, no início
de sua emergência. Pouco adianta se a aplicação for feita
após a manifestação plena dos danos (pasto amarelecido).
Utilizar somente produtos inseticidas registrados para uso
em pastagens.
Com base nos conhecimentos disponíveis, recomenda-se:
Ovos Ninfa
Massas de espuma Notozulia entreriana
Deois flavopicta Deois incompleta
Mahanarva fimbriolata
Deois schach
Mahanarva sp. Dano em pastagem Gado de Corte
CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS
CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS
PRAGAS QUE RETORNAM COM AS CHUVAS
PRAGAS QUE RETORNAM COM AS CHUVAS
Na época das chuvas esses insetos causam danos
às pastagens comprometendo sua produção e qualidade.
Diversificar as pastagens com gramíneas resistentes
é o melhor meio para se controlar essas pragas.
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