1. Mapeando o ambiente para planejar seu uso e ocupação
Prof. Ícaro Maia
“O SÍTIO”
2. Objetivos:
Apresentar princípios de zoneamento, justificando o local em que
será implantada a construção. Apresentar princípios de
sustentabilidade ambiental,- água, solo, insolação etc. Aptidão do
solo: agrícola, preservação, construção etc.
3. CARTOGRAFANDO COM A PERMACULTURA
O planejamento permacultural de um terreno é baseado em SETORES E ZONAS!
4. SETORES
Os setores tratam das energias não controláveis, os elementos do sol, luz,
vento, chuva, fogo e fuxo de água (incluindo enchentes) que em verdade
não fazem parte do sistema mas passam por ele.
Na análise dos setores o principal local de atvidades do empreendimento é
posicionado no centro de um círculo que representa os 360° das possíveis
infuências externas.
O processo de observação/interação com os Padrões Naturais locais deve
ser constante, pois isso vai aproximando o homem dos movimentos e ciclos
naturais do local proporcionando uma relação mais íntma,
consequentemente mais precisa e simbiótca.
5. SETORES
Aspectos que dizem respeito ao
planejamento das energias externas
do sistema:
Terreno
ACESSOS
PAISAGEM
SOMBRA
BARULHO
VIZINHO
VENTO
FORTE
BRISA
SOL
6.
7.
8.
9. ZONAS
Ao contrário dos setores, as zonas dizem respeito às ENERGIAS INTERNAS DO SISTEMA. De acordo
com Molisson (1998) um dos principais objetvos do planejamento permacultural é a economia de
energia.
Um projeto de zoneamento permacultural é realizado de modo a efetuar economia máxima de
trabalho e recursos, criando pontos de utlização que estejam ligados onde esses recursos estão
sendo produzidos e, em especial, dando atenção ao trabalho humano e à movimentação de água e
nutrientes.
Assim quanto mais detalhado for dados, maior será a análise e a compreensão das energias externas
que infuenciam o espaço a ser planejado, mais ferramentas tem-se para elaborar a implantação do
empreendimento desejado.
Após análise dos efeitos causados por cada elemento de externo do sistema, elabora-se um plano
para direcionar ou bloquear essas energias, de acordo com as partcularidades de cada projeto.
10. ZONAS
Zona 0 – (Centro da energia) É o centro da atvidade, normalmente é o local onde a casa está.
Seu planejamento deve ser feito de forma que a utlização de espaço seja efciente,
ajustando-se a necessidade de seus ocupantes e que tenha recurso paracontrole de
temperatura, se adequando assim a região.
Zona 1 – Será a região próxima a casa. Nela pode se colacar os elementos que sejam de mais
utlidade e, ou necessitem de maior cuidado e controle. Exemplos de elementos que podem
fcar nessa área, pequenos animais, área para secagem de grãos, varal para roupas, pequenos
arbustos, além do jardim, estufa e viveiro e canteiros.
Zona 2 – Mesmo que um pouco distante da casa, esta é uma região mantda com certa
intensidade. Pode apresentar um planto denso, isto é, pomar, arbustos maiores e quebra-
ventos. A zona dois pode ainda abrigar tanque ou açudes, animais de pequeno e médio porte.
11. ZONAS
Zona 3 - Distante da casa, essa zona pode apresentar criação de animais de médio e grande
porte, pomar que não necessite de poda, pastagens para animais ou para forragem. Pode
contar espécies de árvores natvas.
Zona 4 – Esta é uma zona semi-manejada, de pouca visitação. Nela fcam as árvores de grande
porte, que podem se manejadas. Aqui é possível a implantação de sistemas agroforestais –
produção consorciada de plantas (policultvo).
Zona 5 - Nessa parte do terreno não haverá nenhuma interferência. A única coisa a ser feita é
observar e aprender como o ecossistema funciona por si só.
O zoneamento pode variar de acordo com as necessidades de cada permacultor. David
Holmgren afrma que, para se conseguir um bom planejamento em propriedades maiores, é
necessário criar uma “rede de análise”.
13. O CASO “WARU”, NO SERTÃO BAIANO
Neste trabalho a meta consiste em localizar as áreas mais favoráveis à implantação de novas
construções previstas pelo projeto da Associação Waru do Vale do Cercado.
Assim, para o planejamento das zonas foram coletados os seguintes dados locais: a) Limites
territoriais, b) Áreas planas, c) Estradas e trilhas, d) Construções existentes, e) Áreas
arborizadas, f) Áreas de inclinação Suave, g) Clareiras, h) Áreas de inclinação acentuada, i)
Área pedregosa, j) Área de acesso à água por gravidade, k) Áreas de proteção ambiental.
Para locar as construções foram utlizados os seguintes critérios: 1) Estar na área de
distribuição de água por gravidade; 2) Estar a uma distância mínima de 15m das
construções existentes e de 5m dos limites, trilhas e estradas; 3) Estar fora da área de
proteção ambiental; 4) Estar em áreas planas ou de inclinação suave; 5) Estar
preferencialmente em clareiras; e 6) Estar numa distância máxima de 100m da zona 0.
14. O CRUZAMENTO DOS DADOS
O cruzamento desses dados resultou em diferentes mapas que objetvam auxiliar no
planejamento das zonas e partcularidades do empreendimento.
Com base nos mapas criados são posicionadas as construções e verifcadas no terreno se os
locais escolhidos são adequados à realidade local levando em conta outros fatores como
acessibilidade, vista, beleza do local, entre outros.
Após os ajustes necessários são sobrepostos o diagrama de setores e inicia-se o estudo das
técnicas permaculturais que serão aplicadas em cada zona e ao redor de cada construção.
O CASO “WARU”, NO SERTÃO BAIANO