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ESPECIAL
Empreendedorismo #2
Dando os primeiros passos
Você teve a grande ideia, decidiu empreender!
E agora, quais os próximos passos?
Como validar seu projeto e tirá-lo do papel?
Como conseguir o dinheiro necessário?
Descubra nos textos a seguir.
N
o Especial Empreendedorismo #1,
você conheceu um pouco mais de
perto os dilemas e os desafios da
carreira empreendedora. Antes de
começar, o primeiro passo era olhar
para dentro, conhecer a si mesmo e questionar se
o empreendedorismo é realmente o que você quer
para sua carreira.
Feito isso, se a resposta foi positiva, aí é que o jogo
realmente começa. Todos sabemos que não há
receita infalível para o sucesso. Projetos feitos para
dar errado revolucionaram o seu tempo. Empresas
nascidas para durar quebraram em menos de um
ano. Por isso mesmo, é muito importante não se
deixar levar pelas opiniões dos outros. Por outro
lado, dá para aprender muito com erros e acertos de
quem já andou por aí.
Nós entendemos como você se sente… A ideia não
sai da cabeça. Você vai montar um negócio. E agora,
como começar? Descubra nesse Especial.
Como criar um negócio
realmente inovador?
P
ara Peter Thiel, cofundador do PayPal e investidor
em diversas startups altamente inovadoras —
incluindo o altamente bem-sucedido Facebook
— o próximo Bill Gates não criará um sistema
operacional. O próximo Larry Page ou Sergey Brin não
desenvolverá um mecanismo de busca. E o próximo
Mark Zuckerberg não criará uma rede social. Assim,
desista de copiar essas pessoas, embora você possa
aprender muito com elas e seus depoimentos. Mas,
para ser o próximo case empreendedor estudado em
faculdades do mundo todo como cada um deles, você
precisa inovar e criar algo que seja realmente novo.
“Se você está copiando as pessoas, não está aprendendo
com elas”, defende Peter Thiel, um dos fundadores do
PayPal e que já investiu em centenas de startups
Em 2014, Peter lançou o livro De zero a um: O que aprender
sobre empreendedorismo com o Vale do Silício. Ele não
oferece fórmula para o sucesso. O próprio paradoxo de
escrever sobre empreendedorismo é que essa fórmula não
existe, e nem pode existir. Como cada inovação é única e
costuma criar novos paradigmas, é impossível dar uma
mesma receita sobre como inovar. Ainda assim, algumas
dicas podem te ajudar! Confira a seguir alguns conselhos,
baseados no livro de Peter Thiel, sobre como criar um negócio
inovador:
1. Pense em quais empresas ou negócios ainda não foram
criados. Empreendedores precisam pensar no diferente,
naquilo que ainda não é oferecido no mercado. A princípio,
não pense apenas em competir com alguém que já está em
atividade, ou com o produto que outra pessoa já lançou, mas
sim em inovar e ser único. Busque enxergar além do que
outros já viram.
2. Uma ideia de negócio é inovadora na medida em que passa
a atingir uma fatia do mercado que antes era inexistente e
inexplorada. A necessidade que ninguém sabia que tinha.
3. Existem dois tipos de empresas: aquelas que estão em
competição acirrada e aquelas que detêm conhecimento
totalmente novo. As melhores empresas investem em deter o
conhecimento daquilo que criaram.
4. Empresas e pessoas diferenciadas serão mais importantes
na definição do futuro do que aquilo que está na moda.
Não é preciso ter medo de estar num setor badalado, mas
certifique-se de estar criando ou produzindo algo único.
5. As melhores oportunidades estão nos problemas sem
solução. Aprenda a fazer perguntas certas para descobri-las.
6. Quando se começa uma empresa, é preciso começar
pequeno e mirar um mercado pequeno, mas tendo espaço
para sonhar grande e crescer.
7. A empresa nunca deve ser burocrática. Ela precisa ser
dinâmica. Os papeis precisam ser bem definidos, mas podem
ser redefinidos.
Como criar um negócio
realmente inovador?
Como formular o seu
negócio e a razão
dele existir?
T
er um propósito faz toda a diferença para o
seu negócio ir longe, acredite! Isso quer dizer
que você precisa ter algo para entregar de fato.
Assim, mais importante do que saber como
desenvolver o seu negócio, é essencial que você saiba a
razão dele existir. O time inicial de empreendedores, seja
ele uma dupla ou um grupo maior, tem uma primeira
missão que não se vence sem uma grande dose de
curiosidade e de conexão com o mundo que nos cerca.
Por trás de todo grande negócio, existe uma razão sólida de
existir. Algo que vai além da cabeça do empreendedor e se
conecta ao mundo real, à vida da pessoas.
O perigo aqui é acreditar demais na ideia inicial e achar
que o mundo real não precisa validar as suas premissas.
A validação de que o mundo realmente precisa daquele
produto ou serviço é um exercício que nem todos estão
dispostos a fazer. Muitos preferem morrer abraçados nos seus
pensamentos do que adaptar sua ideia.
A melhor validação no mundo real é um cliente pagante,
uma nota fiscal emitida e paga. No mundo virtual a validação
pode ser diferente, um usuário recorrente, uma comunidade
crescente, novos usos do serviço ou desenvolvedores
engajados numa plataforma.
O processo de validação exige muita flexibilidade, agilidade,
resiliência para recomeçar diversas vezes e não desistir. Fica
fácil quando a visão é inspiradora, mas realmente difícil para
quem não enxerga o invisível.
Responder o quê está sendo construído e como está sendo
feito é relativamente fácil, mas a pergunta que realmente
importa é o por quê está sendo feito. Se a resposta para o por
quê a ideia está sendo desenvolvida é fraca e sem significado,
as dificuldades do caminho tem grande chance de derrubar
o time. Mas, se o por quê tiver uma causa por trás que todos
no time conhecem e se identificam fortemente, é bem difícil
encontrar um problema que não seja encarado com enorme
determinação, e assim vira apenas mais uma etapa a ser
superada. um negócio de alto impacto.
Em outras palavras, ter um propósito claro, tanto para você
como para sua empresa, é determinante para o seu negócio
ir mais longe. Quando o seu propósito é bem definido, é
muito provável que o da sua empresa também seja. Em
consequência disso, fica muito mais fácil promover uma
oferta de valor para o mercado, porque você conseguirá
transmitir confiança naquilo que oferece.
Por outro lado, se você ainda não identificou o seu propósito,
é importante que comece a refletir. Primeiro porque, se for
somente dinheiro, é mais difícil passar a confiança necessária
para os consumidores. E segundo porque, com um propósito,
a vida fica certamente muito mais leve.
Como formular o seu negócio
e a razão dele existir?
U
m MVP (Minimum Viable Product, ou Produto
Mínimo Viável) é como uma versão beta
de um produto, desenvolvida de forma
ágil e econômica para ser apresentada ao
seu público-alvo e receber feedbacks. Trata-se de uma
excelente ferramenta para obter informações sobre o
seu mercado e validar premissas. Muito se fala sobre
a importância de testar hipóteses, pegar feedbacks do
cliente e melhorar o produto antes de lançar. É aí que
entra o MVP: ele é o seu instrumento de teste.
Como fazer a validação
da sua ideia no mercado?
Um dos grandes erros cometidos por empreendedores é
não testar e validar seus palpites antes de investir no
lançamento de novos produtos. Para evitar isso e não
perder tempo e dinheiro, entender e aplicar o conceito de
MVP é fundamental.
Como fazer a validação
da sua ideia no mercado?
O MVP vai te ajudar a antecipar problemas, ou até redefinir
a estratégia do seu negócio. A seguir, alguns pontos para te
ajudar a fazer o seu:
1. Formule hipóteses para validar: O grande objetivo de
desenvolver um MVP é justamente validar premissas sobre o
mercado antes de investir em um produto e lançá-lo, então,
antes de pensar sobre como será o seu MVP, que tal pensar
sobre o que você quer aprender com ele e formular hipóteses
claras? Mas, atenção: se um empreendedor ainda não é capaz
de formular hipóteses sobre seu público consumidor e sua
proposta de valor, então ainda não é hora de fazer um MVP.
2. Entenda o seu mercado: mergulhe nos indicadores do seu
público, tenha um perfil ideal de cliente claramente definido,
entenda o contexto em que sua empresa está inserida,
descubra quem são os seus possíveis concorrentes e quais
soluções estão ofertando. Quanto mais você se aprofundar no
universo de seu produto e dos seus clientes, melhor!
3. Defina indicadores e estabeleça métricas: a partir
dos dados coletados em sua pesquisa prévia, defina quais
indicadores e métricas você vai utilizar para avaliar o
desempenho do seu MVP a partir da interação com o seu
público-alvo.
4. Pense nas funcionalidades do seu MVP: o MVP precisa
encontrar um equilíbrio entre o tempo, os recursos investidos
para o seu desenvolvimento e a forma como a proposta de
valor do produto será apresentada para o cliente.
5. Não desista: Apesar de encontrar um MVP não ser uma
tarefa simples, e sim um resultado de diferentes interações,
tentativas, modificações e erros, uma vez que você consiga
validar suas hipóteses, o investimento valerá a pena. Sem
contar a grande economia que você terá feito ao não investir
seus recursos em um produto sem mercado.
6. Não tenha medo de errar: o MVP é o momento em que
o empreendedor poderá errar e encontrar soluções para
seus erros. Se o MVP apontou que o produto não está pronto,
incorpore os aprendizados e melhore!
C
ostumamos usar a máxima: “o empreendedor
ganha da concorrência, mas o mercado ganha
do empreendedor”. Isso acontece porque mesmo
que o empreendedor inove e execute muito bem,
ele está limitado ao universo de pessoas ou organizações
dispostas a comprar o seu produto ou serviço. Partindo
do pressuposto de que você quer construir uma grande
empresa, dificilmente isso será possível se o potencial de
mercado for baixo.
Como conhecer bem
o mercado do produto
que você vai lançar?
A primeira peça para se criar um negócio de alto impacto
é o empreendedor que sonha grande. A segunda peça é
encontrar um mercado grande o suficiente para caber uma
empresa do tamanho desse sonho.
Como conhecer bem o mercado
do produto que você vai lançar?
A seguir, veja algumas dicas para entender melhor o mercado
que você pretende explorar e avaliar se ele tem potencial para
abrigar um negócio de alto impacto:
1. Avalie o tamanho do mercado: Geralmente, o jovem
empreendedor já sentiu na pele o problema que quer resolver
ou viu alguém/alguma empresa sofrendo. O importante é,
antes de investir tempo e recursos, se perguntar: quantas
outras pessoas ou organizações sofrem com esse mesmo
problema? Quão relevante é esse problema? Quanto mais
relevante o problema for e para o maior o número de pessoas
ou organizações, melhor. Este passo está relacionado à famosa
validação das ideias, que já foi abordada com mais detalhes
no texto anterior.
2. Pesquise sobre o mercado: Outra forma de compreender o
tamanho do mercado é descobrir se já existem empresas que
oferecem alguma solução para esse mesmo problema. Essa
análise é mais fácil em mercados maduros, o de cosméticos,
por exemplo, no qual é possível saber o tamanho do mercado
pelo tamanho das empresas que atuam nele, entre elas,
gigantes como a Natura, o Grupo Boticário e a Avon.
Esse é um bom indicador de tamanho de mercado, mas
também significa que, mesmo antes de começar, você
já terá concorrentes fortes. No entanto, se você tiver um
bom diferencial e executar bem, existe a oportunidade de
abocanhar uma fatia desse mercado.
3. Invista no momento certo: Tirando alguma grande
inovação, é difícil uma empresa sozinha aumentar o potencial
de mercado em que ela está. Vamos tomar como exemplo uma
empresa que produz jogos para celular.
Há vinte anos, pouquíssimas pessoas tinham aparelhos
celulares e o mercado de jogos para celular era um nicho ou
até inexistente. Apesar da tendência forte que esse mercado
tinha de crescimento, naquela época, se alguém tivesse
iniciado um negócio nesse ramo, dificilmente decolaria. Tudo
tem a ver com o momento em que você “pega a onda”. O
empresário Jorge Paulo Lemann, brasileiro mais bem-sucedido
no mundo dos negócios, fez essa analogia uma vez: Se você
tenta pegar a onda muito no início, vai remar, remar e, quando
chegar o momento certo, não terá mais a energia que precisa.
Mas se entrar muito tarde, a onda passará por cima de você.
O mesmo se aplica aos negócios. Quem vislumbra um mercado
emergente e entra muito cedo, provavelmente vai investir os
recursos antes do tempo e não ter retorno. Quem entra muito
tarde, deixa de aproveitar todo o potencial da oportunidade.
4. Converse com potenciais clientes: Um bom caso de
empreendedores que observaram um grande mercado e
decidiram empreender é o do Fabio e do Alencar, fundadores
da Gera. Eles trabalhavam na Natura e perceberam que havia
um desafio na gestão de consultoras de vendas porta-a-porta.
Logo, eles se deram conta de que o problema era comum a
todas as empresas que têm uma força de vendas semelhante.
Decidiram sair de seus empregos para criar uma solução para
esse problema: um software online para gestão de vendas
diretas. Na época, para tentar estimar o tamanho do mercado
eles fizeram as seguintes perguntas:
Quantas empresas atuam com venda direta? Dentro delas,
existem quantos vendedores? Quanto a ineficiência dessa
gestão custa para essas empresas? Quanto é possível cobrar
por um serviço que faça a gestão desses vendedores?
O melhor jeito para começar a busca por essas respostas é
conversar com potenciais clientes, pessoas que conheçam
muito o mercado e estudar dados e pesquisas já feitas e,
muitas vezes, disponíveis na internet. O importante é ter, pelo
menos, uma estimativa para saber se vale a pena investir o
seu tempo e dinheiro naquele mercado ou não. E se o mercado
tiver potencial, é botar pra fazer!
Como conhecer bem o mercado
do produto que você vai lançar?
E
ntão você teve o grande insight. Concebeu um
produto ou serviço inovador, que virá para
responder a uma necessidade dos consumidores,
e que por isso (você acredita que) será um
sucesso. Já realizou os procedimentos de validação e
análise de mercado (ainda que informalmente), fez suas
pesquisas, e descobriu que de fato sua ideia tem muito
potencial. Ótimo! O negócio parece mesmo promissor, e
os primeiros passos foram muito bem dados.
Como abrir a sua
própria empresa?
A ideia de abrir a própria empresa pode parecer bastante
confusa. Ao descobrir o número de papelada necessária e
a quantidade de órgãos que devem ser acionados, dá um
certo desespero mesmo. Mas, no final de tudo, você vai
perceber que não foi tão complicado assim.
Porém, se você nunca empreendeu antes, provavelmente
não tem familiaridade alguma com os processos de abertura
de uma empresa. Mas não se preocupe: praticamente todo
empreendedor se depara com esta questão. Este texto é
justamente para tentar responder a dúvidas relativas a esta
etapa a que ninguém pode escapar: como abrir uma empresa.
Paciência é a alma do processo
O primeiro fato que você deve levar em consideração é que
abrir uma empresa pode ser um processo demorado, que
exigirá um tanto de sua paciência. Por mais que queira
viabilizar logo seu negócio, você tem que aguardar definições
de órgãos públicos, e isto costuma levar tempo.
Os processos têm se tornado um pouquinho mais ágeis, mas
ainda assim o período para se abrir uma empresa continua
demorado. No mundo inteiro, o Brasil é um dos países onde
isso mais leva tempo, acredite. Portanto, lembre-se: tenha
paciência e procure manter a cabeça fria ao longo desta
etapa.A seguir, vamos a um passo a passo do que você deve
fazer para abrir sua empresa:
1. Pesquise nomes e o endereço da sua empresa: Em um
artigo do Portal Exame, Eduardo Araujo Dias, da Quality
Serviços Contábeis, explica que, antes de tudo, você deve
pesquisar a viabilidade de nomes na Junta Comercial.
A seguir, realize uma consulta prévia de endereço na
Administração Regional onde ficará a sede do seu negócio.
Isto é necessário para verificar se o endereço permite a
realização de atividade econômica.
2. Encontre um contador de sua confiança: Levantar e
validar a documentação para a abertura do seu negócio é,
sem dúvida, a parte mais complicada do processo. Um bom
contador vai auxiliá-lo em todos os momentos desta etapa,
principalmente na hora de recomendar qual será o melhor
sistema tributário para o seu empreendimento.
No mesmo artigo do Portal Exame, Alessandro Saade,
professor de Empreendedorismo da Business School São
Paulo, afirma que o contador também pode auxiliar na
montagem de um cronograma para sua empresa, com os
dias de pagamento de impostos e a melhor data mensal para
realizar seus balanços.
Como abrir a sua
própria empresa?
3. Elaborar e registrar o contrato social: Achou o
contador? Próximo passo: elaborar o contrato social e
registrar na Junta Comercial. Neste momento, alinhar-se a
um advogado de sua confiança faz toda a diferença. Porque
ele poderá te auxiliar a elaborar o contrato social da sua
empresa. Este é o documento fundador da sua empresa,
que conterá informações como “objetivo”, “ramo”, “aspectos
societários” e “formação do capital social”.
O contrato social está pronto? Então leve-o, junto com os
seus documentos pessoais (e dos seus sócios, se houver) à
junta comercial ou cartório de registro de pessoas jurídicas
mais próximo. Caso tudo esteja em ordem e não exista outra
empresa registrada com o mesmo nome, você procederá ao
arquivamento do ato constitutivo da empresa.
Neste momento, serão necessários os seguintes documentos:
três vias do contrato social (ou requerimento de empresário
individual, ou estatuto); cópias autentidadas do RG e do CPF
dos sócios; uma via do requerimento padrão (capa da Juna
Comercial); uma via da ficha de cadastro nacional (FCN),
modelos 1 e 2; pagamentos de taxas através de DARF.
4. Empresa registrada? É hora de obter o CNPJ: Após
entregar aquela batelada de documentos, você receberá o
NIRE – Número de Identificação de Registro de Empresa.
Com ele, será possível obter o CNPJ, que é o registro da sua
empresa como contribuinte. Você pode fazer isso pelo site da
Receita (www.receita.fazenda.gov.br).
5. Obter o alvará: Cadastrou o CNPJ? Agora, toca para a
Prefeitura para pegar o alvará! Com o CNPJ em mãos, você
precisará ir até a Prefeitura (ou administração regional) da
sua cidade para adquirir o alvará de funcionamento.
Os documentos necessários são: formulário próprio da
Prefeitura; consulta prévia de endereço aprovada; cópia do
CNPJ; cópia do contrato social; laudo dos órgãos de vistoria.
6. Obter inscrição na Secretaria da Fazenda: A gincana
continua: hora de fazer sua inscrição estadual. Ela é
necessária para obtenção do registro no ICMS. Em geral, a
documentação pedida é: três vias do documento único de
cadastro, DUC; uma via do documento complementar de
cadastro, DCC; cópia autenticada ou original do comprovante
Como abrir a sua
própria empresa?
de endereço dos sócios; cópia autenticada de documento
que prove o direito de uso do imóvel, como contrato de
locação ou escritura; número do cadastro fiscal do contador;
comprovante de contribuinte do ISS, para as prestadoras
de serviço; certidão simplificada da junta (para empresas
constituídas há mais de três meses); cópia do ato constitutivo;
cópia do CNPJ; cópia do alvará de funcionamento; RG e CPF
dos sócios. Em alguns estados, você pode resolver essa etapa
pela internet.
7. Registrar-se na Previdência: Estamos quase lá. Feita a
inscrição estadual, vá até uma agência da Previdência para
fazer o registro de sua empresa. Ainda que não existam
funcionários, ela precisa estar registrada para pagar os
tributos devidos. O prazo para isso é de trinta dias após o
início das atividades.
8. Conseguir autorização para emitir notas ficais: Agora
só falta solicitar autorização para emitir notas fiscais. Isso
pode ser feito na Prefeitura da sua cidade, caso sua empresa
preste serviços, ou na Secretaria Estadual da Fazenda, caso
seja um comércio ou uma indústria. E pronto!
Como abrir a sua
própria empresa?
Agora, vamos a outra dicas, mais subjetiva, mas que também
podem te ajudar no início da jornada empreendedora:
Já tem uma marca? É melhor registrar
Muitos empreendedores consideram este um investimento
inicial desnecessário. Porém, registrar a marca pode ser uma
importante vantagem no longo prazo.
Se não, imagine a seguinte situação: você teve a ideia de
entrar no ramo de Educação a distância (EAD), fornecendo
cursos online de preparação para exames, e batizou o projeto
de “LEAD Cursos de formação”.
Então, abriu sua empresa e consolidou o negócio, a marca.
Porém, no médio prazo, descobre que o termo já havia sido
registrado por um empresário do mesmo setor, e por isso você
se vê obrigado a mudá-lo.
Considerou os desgastes que isso pode causar? Então, para
evitar dor de cabeça à toa, não deixe de registrar sua marca já
na hora de abrir a empresa.
Ferramentas
Por último, existe alguma ferramenta que possa ajudar neste
momento de abrir uma empresa? Claro!
Nesta página do Movimento Empreenda, você encontra
uma série de ferramentas que poderão ser úteis nos vários
momentos de abertura de uma empresa – desde antes da
ideia até colocá-la em prática, passando pela avaliação.
Neste artigo do Sebrae-RS, há um roteiro bastante claro e
didático para te auxiliar neste momento.
Como dissemos, este artigo reúne informações e dicas que
servem como orientação inicial. Para você se aprofundar
no tema, recomendamos a leitura atenta do conteúdo dos
links acima, que certamente vão tirar outras dúvidas e
complementar este texto
Como abrir a sua
própria empresa?
P
ense bem: se hoje exitem muitos jovens que
estão revolucionando o mercado e desbancando
as grandes empresas, também existe gente
interessada em investir dinheiro nessa pessoas.
Mas não se iluda: a concorrência está cada vez mais
forte e você deve se preparar corretamente antes de sair
por aí pedindo contribuições para seu negócio.
Para ajudar quem está pensando em bater na porta de
algum investidor, organizamos um guia com a ajuda do
empreendedor e especialista no assunto, Alessandro Saade.
Como conseguir dinheiro
para abrir o seu negócio?
A grande maioria das startups precisa de dinheiro para
transformar aquela ideia tida como brilhante em um
negócio. E acredite: existem pessoas dispostas a investir
(e alto) no seu projeto! Descubra como encontrá-las.
“Um investidor pode existir dentro da sua casa ou estar em
instituições governamentais e financeiras dispostas a colocar
milhões nas iniciativas. Isso depende do que você quer
montar e do tamanho do negócio. Saber desses pressupostos
é fundamental para procurar o investidor certo”, afirma
Saade, organizador dos “Empreendedores Compulsivos”.
Esse processo pode ser dividido em cinco etapas: Preparação,
Escolha do modelo de investimento, Apresentação, Explicação
e Negociação. Obviamente, nem sempre todas elas estão
presentes na busca por um investimento ou então se
apresentam simultaneamente na prática, mas os passos a
seguir podem ser um bom referencial:
1. Preparação: É o começo do caminho, quando você delimita
seu negócio, a área de atuação, o mercado e o tamanho do
investimento que será necessário. Um plano de negócios ou
um canvas bem definido é fundamental para reunir essas
informações (existe um modelo no site do Sebrae). Assim,
convencer o investidor será mais factível. Imagine-se do outro
lado da mesa e responda: você colocaria dinheiro em um
negócio que nem os responsáveis sabem do que se trata?
2. Escolha do modelo de investimento: Definido o plano
de negócios, tente encaixa-lo diante das oportunidades
de investimentos oferecidas no mercado. De forma geral,
podemos destacar três:
Investidor-anjo (de 10 mil a 500 mil reais): são pessoas físicas
que possuem algum capital guardado e estão dispostas a
aplica-lo em negócios que podem crescer. Pode ser desde um
amigo bem sucedido do seu pai até empresários dispostos a
te ajudar no empreendimento.
Clubes de investidores (de 500 mil a um milhão de reais): é comum
tratar-se de um grupo de pessoas que buscam negócios que
possam render bem. Algum deles traz uma ideia e ele buscam
as pessoas que vão investir no negócio. Aqui ainda existe
um lado romântico, de paixão, por ver pequenas empresas
arrebentando no mercado com o investimento alocado.
Fundos de investimentos (acima de um milhão de reais): essa é a
escolha de quem já sabe bem o que quer, já tem um modelo
comprovado e está preparado para chegar lá. Normalmente não
é a primeira opção de um empreendedor em início de jornada.
Como conseguir dinheiro para
abrir o seu negócio?
3. Apresentação: É a hora que você vai “vender o seu peixe”.
Investidores costumam dizer que o empreendedor deve ser
capaz de convencê-los em 5 minutos de conversa.
Para facilitar nisso e ganhar pontos na objetividade,
montamos um modelo de apresentação com cinco slides:
1º. o que é a empresa e para que serve; 2º. qual o modelo
de negócios (como você ganhará dinheiro com aquela
empresa); 3º. qual o tamanho do mercado e pessoas atingidas
(fundamental para mostrar as potencialidades do negócio);
4º. para alcançar esse mercado, preciso de tal infraestrutura
e o valor correspondente (apresentação dos valores de
investimento); 5º. como funcionará o negócio (entrada e saída
de dinheiro, inclusive do investidor, e projeções de metas).
4. Explicação: Se o investidor gostar do que viu na
apresentação, ele te chamará para uma conversa mais
detalhada. Portanto, prepare-se para uma bateria de
perguntas, já que surgirão todas as dúvidas possíveis sobre
aquela atividade. Procure demonstrar confiança, mas não
pareça arrogante caso esteja diante de algum fator que ainda
não havia sido pensado para esse negócio.
Como conseguir dinheiro para
abrir o seu negócio?
5. Negociação: Perguntas respondidas, o investidor parece
estar convencido de que aquela é uma boa oportunidade para
ele colocar seu dinheiro. Mas fique calmo, chegou a hora mais
delicada: a negociação do modelo de contrato, os valores e
periodicidade de retirada, etc. Provavelmente ambas as partes
terão que ceder para que haja um acordo. Cabe a você avaliar
se vale a pena aceitar a contra-proposta ou procurar um novo
investidor para o negócio.
M
uitos empreendedores ficam à espera de
investidores que acreditem em suas ideias
para colocar em prática seus negócios. Mas
nem sempre os “anjos” aparecem com a
maleta cheia de dinheiro para fazer as ideias saírem do
papel. Nessa hora, há quem prefira fazer acontecer e
investir recursos próprios até que a empresa possa se
sustentar. Esse é o chamado “bootstrapping”, modelo de
negócios que merece uma análise cuidadosa.
E se eu ainda não
quiser um investidor?
Formada em Farmácia, Juliana Saldanha se encontrou
profissionalmente como sócia-fundadora de uma
aceleradora de startups, onde trabalha com marketing
O termo em inglês significa literalmente “alça de bota”,
um pedaço de couro que fica acima do calcanhar e que
pode ser puxado com as mãos para facilitar na hora de
calçar. No cenário das startups, traduz a necessidade de
empreendedores alavancarem seus negócios com suas
próprias forças e investimentos.
Empresas de sucesso foram alavancadas por meio de
bootstrapping, como Microsoft e Dell. O modelo de negócios
possui boas vantagens, como autonomia em relação a
terceiros e a possibilidade de se colocar a ideia em prática
imediatamente. Também pode ser usado como uma espécie
de “trampolim” para uma etapa futura, com o negócio já
validado para a entrada de investidores mais conservadores.
Para saber mais sobre esse tema, recomenda-se a leitura do
clássico “Bootstrappers Bible”, obra do autor norte-americano
Seth Godin (o livro é gratuito e está disponível na internet).
A seguir, reunimos algumas dicas para você levar em
consideração antes de quebrar seu porquinho e investir suas
economias no negócio:
1. Foco no cliente e validações: Provavelmente você não
terá muito muitos recursos para investir, então a solução
é concentrar seus esforços nas necessidades dos clientes,
especulando pouco e validando as ideias antes de ampliar a
escala dos serviços oferecidos.
2. Bootstrapping demora mais: Lançar uma startup por
meio de bootstrapping demora, em média, o dobro do tempo
na comparação quando o negócio possui investidores. Isso
significa que, em mercados muito dinâmicos, cuja realidade
se altera mais rápido do que você pode mudar seu negócio,
esse modelo pode não ser o mais indicado.
3. Pense bem no crowdfunding: Existem milhares de
campanhas de crowdfunding pelas redes sociais. Portanto,
pense duas vezes antes de apostar suas fichas nessas
plataformas e, se decidir seguir esse caminho, esforce-se para
se destacar e não ser mais um vídeo entre tantos.
4. Cuidado com os empréstimos: Seja no âmbito familiar
ou em bancos, os empréstimos devem ser usados com
parcimônia. No primeiro caso, você pode acabar “persona non
E se eu ainda não
quiser um investidor?
grata” no almoço de domingo caso não pague. No segundo, as
taxas de juros são altas e o banco é implacável na cobrança.
5. Patrimônio é diferente de dinheiro: Se você pretende
vender seu carro ou seu apartamento para investir, lembre-se
que nem sempre suas expectativas quanto aos valores dos
bens serão correspondidas. Além disso, pode demorar para
que pareça algum interessado e suas contas não vão esperar.
6. Dinheiro do negócio e dinheiro particular: Como você
vai usar os próprios recursos no negócio, se verá diante de
uma verdadeira confusão patrimonial. Lembre-se que a
pessoa física também precisa sobreviver, além da empresa.
Alguma coisa terá de sobrar para alimentação, vestuário e
outras necessidades básicas.
7. Outras formas de renda: Se o negócio ainda não decolou,
qual o problema em se garantir realizando pequenos
trabalhos que garantam sua sobrevivência? Vale um emprego
paralelo que não tome muito seu tempo, freelancers ou até
passear com os cachorros dos vizinhos pela manhã.
E se eu ainda não
quiser um investidor?
O
escritor Mark Twain dizia que nós não
podemos confiar em nossos olhos quando
nossa imaginação está fora de foco. Foco.
Fique com essa palavra ecoando em sua
mente nos próximos minutos, pois ela será essencial
para entender o que é um roadmap, como essa estratégia
extraída da Gestão de Produtos pode ser essencial no
desenvolvimento de seu negócio, e como revolucionar
seus resultados por meio desse referencial!
Um roadmap pode
te ajudar durante toda
essa jornada!
Quem não fica perdido no desenvolvimento de um
produto ou na hora de começar um negócio? O roadmap
é sua bússola para empreender! Saiba o que levar em
consideração na hora de montar o seu.
Portanto, foco nas próximas linhas para não deixar o seu
oceano de ideias geniais naufragar seus objetivos, ok?
O que é um roadmap?
Se você não souber por onde está caminhando,
dificilmente chegará a seu destino final, concorda?
Então, caro empreendedor, creio que já saiba, ainda que
inconscientemente, do que consiste o roadmap, essa técnica
largamente utilizada em quase todas as áreas ligadas à
criação, do Desenvolvimento de Softwares à Arquitetura.
Roadmap, como o nome sugere, é uma espécie de mapa, uma
poderosa ferramenta visual e descritiva que apontará como
será o produto ou projeto a cada período de sua evolução.
Essa “bússola gerencial” alinhará todos os stakeholders (como
são chamados os interessados no projeto) em torno dos
mesmos passos sequenciais rumo à construção integral do
produto. Deixará todos os envolvidos cientes do processo
de evolução e quais variáveis envolvem esse caminho. Para
ficar mais claro, imagine o caso do desenvolvimento de um
software. Quem trabalha em uma startup nessa área, sabe
que para chegar ao seu sonhado MVP (Minimum Viable Product,
ou, em português, Produto Mínimo Viável, como foi explicado
em texto anterior), é necessário ter, primeiramente, uma ideia
genial, a qual será seguida por inúmeros testes de validação.
Uma vez verificado que sua ideia (no exemplo, um aplicativo),
de fato, representa um potencial interesse a um dado
mercado consumidor, é preciso partir para sua construção,
partir para a prática. Mas é nessa etapa que mesmo muitos
empreendedores bastante promissores acabam afundando.
Você tem bem claro em sua mente o produto final? Certo...
Mas sabe por onde começar? Está com centenas de milhões
de ideias megalomaníacas, mas consegue filtrar quais
funcionalidades básicas esse software deve ter? O que
agregaria mais valor (e, portanto, deve ser feito primeiro)
dentro das suas limitações orçamentárias atuais?
Fica difícil se organizar e alcançar o objetivo final se não
temos um roteiro sequencial de como materializar nosso
projeto, ou quais nossas proridades. Esse é o papel do roadmap.
Um roadmap pode te ajudar
durante toda essa jornada!
Por que preciso de um roadmap?
Um roadmap deve orientar um empreendedor como um script
para um ator, ou como um mapa de navegação define a
linha de percurso de um navio. O objetivo do mapa é alinhar
diferentes visões para responder de forma coordenada a três
perguntas relacionadas com a evolução da organização ou
do negócio: “onde estamos?”, “ onde queremos chegar?” e
“como chegaremos lá?”.
Não ache que a função de um roadmap é apenas harmonizar
a sequência de ações, ou melhorar o fluxo de comunicação
dos passos que levam ao produto. A principal razão para criar
um mapa como esse é facilitar o processo de organização das
próprias ideias do desenvolvedor do produto, a fim de que ele
possa saber o que priorizar, de modo a agregar o máximo de
valor ao seu negócio.
Como fazer um roadmap?
Na prática, um roadmap é uma espécie de linha do tempo
visual, abaixo da qual deverão ser relacionados todos os itens
Um roadmap pode te ajudar
durante toda essa jornada!
que farão parte do crescimento do produto, por data. Para
montá-lo, recomendamos:
1. Transportar sua ideia para o papel e validá-la junto aos
seus potenciais clientes
2. Uma vez validada, é hora do brainstorm: todas as possíveis
funcionalidades que podem resolver o problema de seus
clientes devem ser listadas
3. Etapa de organização e hierarquização dos elementos
listados no item anterior (aqui entra a construção do
roadmap, propriamente dito): confrontar os objetivos de sua
empresa, as expectativas de seus clientes e as suas limitações
orçamentárias. A partir dessa intersecção, poderão ser
organizadas as funcionalidades, uma a uma, em cada ponto
da sua linha do tempo.
Esse roteiro deve ser revisto e até alterado periodicamente, de
acordo com as manifestações dos consumidores, mudanças
tecnológicas, alterações de tendências ou detecção de falhas.
C
ada vez mais é reconhecido e estimulado o
papel das universidades como celeiros de
empreendedores e inovadores no Brasil, e
não são poucos os universitários e jovens
arriscando com seus primeiros negócios. A Endeavor,
organização mundial de apoio ao empreendedorismo,
está de olho nesse movimento e já tem uma iniciativa
voltada especialmente para os empreendimentos
embrionários, que estão dando seus primeiros passos.
Como a Endeavor pode
ajudar o seu negócio a dar
os primeiros passos?
Veja como participar do Promessas Endeavor, programa
ajuda empreendedores iniciantes e apoia negócios
embrionários com grande potencial de crescimento
É o seu caso? Então leia com atenção o texto a seguir, onde a
gente explica como a organização pode te ajudar.
Criada em 1997 pelos americanos Linda Rottenberg e
Peter Kellner, a Endeavor surgiu exatamente da vontade
de estimular o empreendedorismo em países emergentes.
Dezoito anos depois, a rede de mentores e empreendores já se
espalhou por vinte países na América Latina, Ásia, Europa e
Ásia.
Chegou ao Brasil em 2000, pelas mãos do executivo Beto
Sicupira, que também é um dos fundadores da Fundação
Estudar. Em pouco tempo, o escritório instalado aqui tornou-
se um dos mais proeminentes ao redor do mundo, contando
atualmente com um portfolio de 121 empreendedores
Endeavor, a frente de 73 negócios nos mais diversos setores.
Critérios rigorosos
Durante os primeiros anos, o apoio da Endeavor aos
empreendedores brasileiros ocorreu exclusivamente por meio
do programa carro-chefe da organização, o Empreendedores
Endeavor, focado em empresas com alto potencial de
crescimento, mas que já estão bem estabelecidas e possuem
faturamento anual entre 2 milhões e 50 milhões de reais.
Romero Rodrigues, hoje um dos mentores na rede Endeavor,
não se encaixou nesses requisitos de tamanho quando
participou do processo seletivo para receber apoio da
organização. Na época, o Buscapé, empresa que fundou com
outros quatro amigos, ainda não apresentava os números
mínimos que o programa demandava. Alguns anos depois, já
era grande demais para utilizar a ajuda da Endeavor.
Esse gap chamou a atenção da organização: por que eles
deixaram uma empresa assim de fora? Como poderiam evitar
que casos assim se repetissem?
Alto potencial Foi como resposta a essa pergunta que, em 2012,
Pablo Ribeiro, gerente de produtos da organização, surgiu com
o projeto Promessas Endeavor. “Percebemos que fazia sentido
ter um programa de startups estruturado, para já começar a
trabalhar e ajudar empresas de alto potencial mesmo antes de
elas atenderem aos critérios do empreendedor Endeavor”, ele
Como a Endeavor pode ajudar o seu
negócio a dar os primeiros passos?
explica, acrescentando que o programa não é focado somente
em empresas de tecnologia, mas em negócios incipientes de
maneira geral. Hoje na terceira turma, o Promessas já teve
cases de destaque, como Geekie, Dr. Consulta e Backpacker.
As características buscadas são as mesmas do Empreendedor
Endeavor – pessoas que sonham grande, botam para fazer e
inovam – porém, nesse caso, não é necessário ter faturamento
mínimo, e sim “um histórico de sucesso que mostre que o
negócio está sendo relevante”, nas palavras do próprio Pablo.
O programa não aceita ideias no papel, apenas empresas
que já estejam rodando, mesmo que (ainda) sem gerar
lucros. “A gente vai olhar para o modelo de negócios, ver se
tem diferencial competitivo, inovação, qual o potencial de
mercado”, explica Pablo. “Nós queremos pegar o líder ou o
melhor dentro do mercado. Se você tem um competidor que
é melhor que você, provavelmente vamos querer ele com a
gente”, completa. O perfil do empreendedor também é muito
importante, já que a Endeavor tradicionalmente valoriza
pessoas com brilho no olho, e que demonstrem potencial e
vontade para inspirar outros empreendedores.
Como a Endeavor pode ajudar o seu
negócio a dar os primeiros passos?
Processo Seletivo
O Promessas Endeavor tem um processo seletivo próprio.
As empresas que passam pela primeira triagem são então
avaliadas por três mentores, que vão analisar operação,
mercado e área financeira, e darão a resposta final sobre as
empresas selecionadas. O programa dura seis meses e traz
como benefício para os empreendedores a alocação de um
padrinho Endeavor, que realiza acompanhamento quinzenal,
além da participação em diversas mentorias coletivas.
Como contraparte, a Endeavor não espera participação nas
empresas. “A ideia é give back. O que nós esperamos é que
depois de participar do programa, o empreendedor vá inspirar
e apoiar outras pessoas para ajudar a formar um ciclo”,
conclui Pablo.
Você pode acompanhar os prazos de incrições para o
Promessas Endeavor no site oficial.
texto
Arthur Valadao
Daniel Heise
Frederico Machado
Marcelo Salim
Rafael Carvalho
Vinícius Neris
edição
Rafael Carvalho
design
Danilo de Paulo
fotos
Na Prática
StartuoStockPhoto
Divulgação
agradecimento especial
Endeavor

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  • 1. ESPECIAL Empreendedorismo #2 Dando os primeiros passos Você teve a grande ideia, decidiu empreender! E agora, quais os próximos passos? Como validar seu projeto e tirá-lo do papel? Como conseguir o dinheiro necessário? Descubra nos textos a seguir.
  • 2. N o Especial Empreendedorismo #1, você conheceu um pouco mais de perto os dilemas e os desafios da carreira empreendedora. Antes de começar, o primeiro passo era olhar para dentro, conhecer a si mesmo e questionar se o empreendedorismo é realmente o que você quer para sua carreira. Feito isso, se a resposta foi positiva, aí é que o jogo realmente começa. Todos sabemos que não há receita infalível para o sucesso. Projetos feitos para dar errado revolucionaram o seu tempo. Empresas nascidas para durar quebraram em menos de um ano. Por isso mesmo, é muito importante não se deixar levar pelas opiniões dos outros. Por outro lado, dá para aprender muito com erros e acertos de quem já andou por aí. Nós entendemos como você se sente… A ideia não sai da cabeça. Você vai montar um negócio. E agora, como começar? Descubra nesse Especial.
  • 3. Como criar um negócio realmente inovador? P ara Peter Thiel, cofundador do PayPal e investidor em diversas startups altamente inovadoras — incluindo o altamente bem-sucedido Facebook — o próximo Bill Gates não criará um sistema operacional. O próximo Larry Page ou Sergey Brin não desenvolverá um mecanismo de busca. E o próximo Mark Zuckerberg não criará uma rede social. Assim, desista de copiar essas pessoas, embora você possa aprender muito com elas e seus depoimentos. Mas, para ser o próximo case empreendedor estudado em faculdades do mundo todo como cada um deles, você precisa inovar e criar algo que seja realmente novo. “Se você está copiando as pessoas, não está aprendendo com elas”, defende Peter Thiel, um dos fundadores do PayPal e que já investiu em centenas de startups
  • 4. Em 2014, Peter lançou o livro De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício. Ele não oferece fórmula para o sucesso. O próprio paradoxo de escrever sobre empreendedorismo é que essa fórmula não existe, e nem pode existir. Como cada inovação é única e costuma criar novos paradigmas, é impossível dar uma mesma receita sobre como inovar. Ainda assim, algumas dicas podem te ajudar! Confira a seguir alguns conselhos, baseados no livro de Peter Thiel, sobre como criar um negócio inovador: 1. Pense em quais empresas ou negócios ainda não foram criados. Empreendedores precisam pensar no diferente, naquilo que ainda não é oferecido no mercado. A princípio, não pense apenas em competir com alguém que já está em atividade, ou com o produto que outra pessoa já lançou, mas sim em inovar e ser único. Busque enxergar além do que outros já viram. 2. Uma ideia de negócio é inovadora na medida em que passa a atingir uma fatia do mercado que antes era inexistente e inexplorada. A necessidade que ninguém sabia que tinha. 3. Existem dois tipos de empresas: aquelas que estão em competição acirrada e aquelas que detêm conhecimento totalmente novo. As melhores empresas investem em deter o conhecimento daquilo que criaram. 4. Empresas e pessoas diferenciadas serão mais importantes na definição do futuro do que aquilo que está na moda. Não é preciso ter medo de estar num setor badalado, mas certifique-se de estar criando ou produzindo algo único. 5. As melhores oportunidades estão nos problemas sem solução. Aprenda a fazer perguntas certas para descobri-las. 6. Quando se começa uma empresa, é preciso começar pequeno e mirar um mercado pequeno, mas tendo espaço para sonhar grande e crescer. 7. A empresa nunca deve ser burocrática. Ela precisa ser dinâmica. Os papeis precisam ser bem definidos, mas podem ser redefinidos. Como criar um negócio realmente inovador?
  • 5. Como formular o seu negócio e a razão dele existir? T er um propósito faz toda a diferença para o seu negócio ir longe, acredite! Isso quer dizer que você precisa ter algo para entregar de fato. Assim, mais importante do que saber como desenvolver o seu negócio, é essencial que você saiba a razão dele existir. O time inicial de empreendedores, seja ele uma dupla ou um grupo maior, tem uma primeira missão que não se vence sem uma grande dose de curiosidade e de conexão com o mundo que nos cerca. Por trás de todo grande negócio, existe uma razão sólida de existir. Algo que vai além da cabeça do empreendedor e se conecta ao mundo real, à vida da pessoas.
  • 6. O perigo aqui é acreditar demais na ideia inicial e achar que o mundo real não precisa validar as suas premissas. A validação de que o mundo realmente precisa daquele produto ou serviço é um exercício que nem todos estão dispostos a fazer. Muitos preferem morrer abraçados nos seus pensamentos do que adaptar sua ideia. A melhor validação no mundo real é um cliente pagante, uma nota fiscal emitida e paga. No mundo virtual a validação pode ser diferente, um usuário recorrente, uma comunidade crescente, novos usos do serviço ou desenvolvedores engajados numa plataforma. O processo de validação exige muita flexibilidade, agilidade, resiliência para recomeçar diversas vezes e não desistir. Fica fácil quando a visão é inspiradora, mas realmente difícil para quem não enxerga o invisível. Responder o quê está sendo construído e como está sendo feito é relativamente fácil, mas a pergunta que realmente importa é o por quê está sendo feito. Se a resposta para o por quê a ideia está sendo desenvolvida é fraca e sem significado, as dificuldades do caminho tem grande chance de derrubar o time. Mas, se o por quê tiver uma causa por trás que todos no time conhecem e se identificam fortemente, é bem difícil encontrar um problema que não seja encarado com enorme determinação, e assim vira apenas mais uma etapa a ser superada. um negócio de alto impacto. Em outras palavras, ter um propósito claro, tanto para você como para sua empresa, é determinante para o seu negócio ir mais longe. Quando o seu propósito é bem definido, é muito provável que o da sua empresa também seja. Em consequência disso, fica muito mais fácil promover uma oferta de valor para o mercado, porque você conseguirá transmitir confiança naquilo que oferece. Por outro lado, se você ainda não identificou o seu propósito, é importante que comece a refletir. Primeiro porque, se for somente dinheiro, é mais difícil passar a confiança necessária para os consumidores. E segundo porque, com um propósito, a vida fica certamente muito mais leve. Como formular o seu negócio e a razão dele existir?
  • 7. U m MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável) é como uma versão beta de um produto, desenvolvida de forma ágil e econômica para ser apresentada ao seu público-alvo e receber feedbacks. Trata-se de uma excelente ferramenta para obter informações sobre o seu mercado e validar premissas. Muito se fala sobre a importância de testar hipóteses, pegar feedbacks do cliente e melhorar o produto antes de lançar. É aí que entra o MVP: ele é o seu instrumento de teste. Como fazer a validação da sua ideia no mercado? Um dos grandes erros cometidos por empreendedores é não testar e validar seus palpites antes de investir no lançamento de novos produtos. Para evitar isso e não perder tempo e dinheiro, entender e aplicar o conceito de MVP é fundamental.
  • 8. Como fazer a validação da sua ideia no mercado? O MVP vai te ajudar a antecipar problemas, ou até redefinir a estratégia do seu negócio. A seguir, alguns pontos para te ajudar a fazer o seu: 1. Formule hipóteses para validar: O grande objetivo de desenvolver um MVP é justamente validar premissas sobre o mercado antes de investir em um produto e lançá-lo, então, antes de pensar sobre como será o seu MVP, que tal pensar sobre o que você quer aprender com ele e formular hipóteses claras? Mas, atenção: se um empreendedor ainda não é capaz de formular hipóteses sobre seu público consumidor e sua proposta de valor, então ainda não é hora de fazer um MVP. 2. Entenda o seu mercado: mergulhe nos indicadores do seu público, tenha um perfil ideal de cliente claramente definido, entenda o contexto em que sua empresa está inserida, descubra quem são os seus possíveis concorrentes e quais soluções estão ofertando. Quanto mais você se aprofundar no universo de seu produto e dos seus clientes, melhor! 3. Defina indicadores e estabeleça métricas: a partir dos dados coletados em sua pesquisa prévia, defina quais indicadores e métricas você vai utilizar para avaliar o desempenho do seu MVP a partir da interação com o seu público-alvo. 4. Pense nas funcionalidades do seu MVP: o MVP precisa encontrar um equilíbrio entre o tempo, os recursos investidos para o seu desenvolvimento e a forma como a proposta de valor do produto será apresentada para o cliente. 5. Não desista: Apesar de encontrar um MVP não ser uma tarefa simples, e sim um resultado de diferentes interações, tentativas, modificações e erros, uma vez que você consiga validar suas hipóteses, o investimento valerá a pena. Sem contar a grande economia que você terá feito ao não investir seus recursos em um produto sem mercado. 6. Não tenha medo de errar: o MVP é o momento em que o empreendedor poderá errar e encontrar soluções para seus erros. Se o MVP apontou que o produto não está pronto, incorpore os aprendizados e melhore!
  • 9. C ostumamos usar a máxima: “o empreendedor ganha da concorrência, mas o mercado ganha do empreendedor”. Isso acontece porque mesmo que o empreendedor inove e execute muito bem, ele está limitado ao universo de pessoas ou organizações dispostas a comprar o seu produto ou serviço. Partindo do pressuposto de que você quer construir uma grande empresa, dificilmente isso será possível se o potencial de mercado for baixo. Como conhecer bem o mercado do produto que você vai lançar? A primeira peça para se criar um negócio de alto impacto é o empreendedor que sonha grande. A segunda peça é encontrar um mercado grande o suficiente para caber uma empresa do tamanho desse sonho.
  • 10. Como conhecer bem o mercado do produto que você vai lançar? A seguir, veja algumas dicas para entender melhor o mercado que você pretende explorar e avaliar se ele tem potencial para abrigar um negócio de alto impacto: 1. Avalie o tamanho do mercado: Geralmente, o jovem empreendedor já sentiu na pele o problema que quer resolver ou viu alguém/alguma empresa sofrendo. O importante é, antes de investir tempo e recursos, se perguntar: quantas outras pessoas ou organizações sofrem com esse mesmo problema? Quão relevante é esse problema? Quanto mais relevante o problema for e para o maior o número de pessoas ou organizações, melhor. Este passo está relacionado à famosa validação das ideias, que já foi abordada com mais detalhes no texto anterior. 2. Pesquise sobre o mercado: Outra forma de compreender o tamanho do mercado é descobrir se já existem empresas que oferecem alguma solução para esse mesmo problema. Essa análise é mais fácil em mercados maduros, o de cosméticos, por exemplo, no qual é possível saber o tamanho do mercado pelo tamanho das empresas que atuam nele, entre elas, gigantes como a Natura, o Grupo Boticário e a Avon. Esse é um bom indicador de tamanho de mercado, mas também significa que, mesmo antes de começar, você já terá concorrentes fortes. No entanto, se você tiver um bom diferencial e executar bem, existe a oportunidade de abocanhar uma fatia desse mercado. 3. Invista no momento certo: Tirando alguma grande inovação, é difícil uma empresa sozinha aumentar o potencial de mercado em que ela está. Vamos tomar como exemplo uma empresa que produz jogos para celular. Há vinte anos, pouquíssimas pessoas tinham aparelhos celulares e o mercado de jogos para celular era um nicho ou até inexistente. Apesar da tendência forte que esse mercado tinha de crescimento, naquela época, se alguém tivesse iniciado um negócio nesse ramo, dificilmente decolaria. Tudo tem a ver com o momento em que você “pega a onda”. O empresário Jorge Paulo Lemann, brasileiro mais bem-sucedido no mundo dos negócios, fez essa analogia uma vez: Se você tenta pegar a onda muito no início, vai remar, remar e, quando chegar o momento certo, não terá mais a energia que precisa. Mas se entrar muito tarde, a onda passará por cima de você.
  • 11. O mesmo se aplica aos negócios. Quem vislumbra um mercado emergente e entra muito cedo, provavelmente vai investir os recursos antes do tempo e não ter retorno. Quem entra muito tarde, deixa de aproveitar todo o potencial da oportunidade. 4. Converse com potenciais clientes: Um bom caso de empreendedores que observaram um grande mercado e decidiram empreender é o do Fabio e do Alencar, fundadores da Gera. Eles trabalhavam na Natura e perceberam que havia um desafio na gestão de consultoras de vendas porta-a-porta. Logo, eles se deram conta de que o problema era comum a todas as empresas que têm uma força de vendas semelhante. Decidiram sair de seus empregos para criar uma solução para esse problema: um software online para gestão de vendas diretas. Na época, para tentar estimar o tamanho do mercado eles fizeram as seguintes perguntas: Quantas empresas atuam com venda direta? Dentro delas, existem quantos vendedores? Quanto a ineficiência dessa gestão custa para essas empresas? Quanto é possível cobrar por um serviço que faça a gestão desses vendedores? O melhor jeito para começar a busca por essas respostas é conversar com potenciais clientes, pessoas que conheçam muito o mercado e estudar dados e pesquisas já feitas e, muitas vezes, disponíveis na internet. O importante é ter, pelo menos, uma estimativa para saber se vale a pena investir o seu tempo e dinheiro naquele mercado ou não. E se o mercado tiver potencial, é botar pra fazer! Como conhecer bem o mercado do produto que você vai lançar?
  • 12. E ntão você teve o grande insight. Concebeu um produto ou serviço inovador, que virá para responder a uma necessidade dos consumidores, e que por isso (você acredita que) será um sucesso. Já realizou os procedimentos de validação e análise de mercado (ainda que informalmente), fez suas pesquisas, e descobriu que de fato sua ideia tem muito potencial. Ótimo! O negócio parece mesmo promissor, e os primeiros passos foram muito bem dados. Como abrir a sua própria empresa? A ideia de abrir a própria empresa pode parecer bastante confusa. Ao descobrir o número de papelada necessária e a quantidade de órgãos que devem ser acionados, dá um certo desespero mesmo. Mas, no final de tudo, você vai perceber que não foi tão complicado assim.
  • 13. Porém, se você nunca empreendeu antes, provavelmente não tem familiaridade alguma com os processos de abertura de uma empresa. Mas não se preocupe: praticamente todo empreendedor se depara com esta questão. Este texto é justamente para tentar responder a dúvidas relativas a esta etapa a que ninguém pode escapar: como abrir uma empresa. Paciência é a alma do processo O primeiro fato que você deve levar em consideração é que abrir uma empresa pode ser um processo demorado, que exigirá um tanto de sua paciência. Por mais que queira viabilizar logo seu negócio, você tem que aguardar definições de órgãos públicos, e isto costuma levar tempo. Os processos têm se tornado um pouquinho mais ágeis, mas ainda assim o período para se abrir uma empresa continua demorado. No mundo inteiro, o Brasil é um dos países onde isso mais leva tempo, acredite. Portanto, lembre-se: tenha paciência e procure manter a cabeça fria ao longo desta etapa.A seguir, vamos a um passo a passo do que você deve fazer para abrir sua empresa: 1. Pesquise nomes e o endereço da sua empresa: Em um artigo do Portal Exame, Eduardo Araujo Dias, da Quality Serviços Contábeis, explica que, antes de tudo, você deve pesquisar a viabilidade de nomes na Junta Comercial. A seguir, realize uma consulta prévia de endereço na Administração Regional onde ficará a sede do seu negócio. Isto é necessário para verificar se o endereço permite a realização de atividade econômica. 2. Encontre um contador de sua confiança: Levantar e validar a documentação para a abertura do seu negócio é, sem dúvida, a parte mais complicada do processo. Um bom contador vai auxiliá-lo em todos os momentos desta etapa, principalmente na hora de recomendar qual será o melhor sistema tributário para o seu empreendimento. No mesmo artigo do Portal Exame, Alessandro Saade, professor de Empreendedorismo da Business School São Paulo, afirma que o contador também pode auxiliar na montagem de um cronograma para sua empresa, com os dias de pagamento de impostos e a melhor data mensal para realizar seus balanços. Como abrir a sua própria empresa?
  • 14. 3. Elaborar e registrar o contrato social: Achou o contador? Próximo passo: elaborar o contrato social e registrar na Junta Comercial. Neste momento, alinhar-se a um advogado de sua confiança faz toda a diferença. Porque ele poderá te auxiliar a elaborar o contrato social da sua empresa. Este é o documento fundador da sua empresa, que conterá informações como “objetivo”, “ramo”, “aspectos societários” e “formação do capital social”. O contrato social está pronto? Então leve-o, junto com os seus documentos pessoais (e dos seus sócios, se houver) à junta comercial ou cartório de registro de pessoas jurídicas mais próximo. Caso tudo esteja em ordem e não exista outra empresa registrada com o mesmo nome, você procederá ao arquivamento do ato constitutivo da empresa. Neste momento, serão necessários os seguintes documentos: três vias do contrato social (ou requerimento de empresário individual, ou estatuto); cópias autentidadas do RG e do CPF dos sócios; uma via do requerimento padrão (capa da Juna Comercial); uma via da ficha de cadastro nacional (FCN), modelos 1 e 2; pagamentos de taxas através de DARF. 4. Empresa registrada? É hora de obter o CNPJ: Após entregar aquela batelada de documentos, você receberá o NIRE – Número de Identificação de Registro de Empresa. Com ele, será possível obter o CNPJ, que é o registro da sua empresa como contribuinte. Você pode fazer isso pelo site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br). 5. Obter o alvará: Cadastrou o CNPJ? Agora, toca para a Prefeitura para pegar o alvará! Com o CNPJ em mãos, você precisará ir até a Prefeitura (ou administração regional) da sua cidade para adquirir o alvará de funcionamento. Os documentos necessários são: formulário próprio da Prefeitura; consulta prévia de endereço aprovada; cópia do CNPJ; cópia do contrato social; laudo dos órgãos de vistoria. 6. Obter inscrição na Secretaria da Fazenda: A gincana continua: hora de fazer sua inscrição estadual. Ela é necessária para obtenção do registro no ICMS. Em geral, a documentação pedida é: três vias do documento único de cadastro, DUC; uma via do documento complementar de cadastro, DCC; cópia autenticada ou original do comprovante Como abrir a sua própria empresa?
  • 15. de endereço dos sócios; cópia autenticada de documento que prove o direito de uso do imóvel, como contrato de locação ou escritura; número do cadastro fiscal do contador; comprovante de contribuinte do ISS, para as prestadoras de serviço; certidão simplificada da junta (para empresas constituídas há mais de três meses); cópia do ato constitutivo; cópia do CNPJ; cópia do alvará de funcionamento; RG e CPF dos sócios. Em alguns estados, você pode resolver essa etapa pela internet. 7. Registrar-se na Previdência: Estamos quase lá. Feita a inscrição estadual, vá até uma agência da Previdência para fazer o registro de sua empresa. Ainda que não existam funcionários, ela precisa estar registrada para pagar os tributos devidos. O prazo para isso é de trinta dias após o início das atividades. 8. Conseguir autorização para emitir notas ficais: Agora só falta solicitar autorização para emitir notas fiscais. Isso pode ser feito na Prefeitura da sua cidade, caso sua empresa preste serviços, ou na Secretaria Estadual da Fazenda, caso seja um comércio ou uma indústria. E pronto! Como abrir a sua própria empresa? Agora, vamos a outra dicas, mais subjetiva, mas que também podem te ajudar no início da jornada empreendedora: Já tem uma marca? É melhor registrar Muitos empreendedores consideram este um investimento inicial desnecessário. Porém, registrar a marca pode ser uma importante vantagem no longo prazo. Se não, imagine a seguinte situação: você teve a ideia de entrar no ramo de Educação a distância (EAD), fornecendo cursos online de preparação para exames, e batizou o projeto de “LEAD Cursos de formação”. Então, abriu sua empresa e consolidou o negócio, a marca. Porém, no médio prazo, descobre que o termo já havia sido registrado por um empresário do mesmo setor, e por isso você se vê obrigado a mudá-lo. Considerou os desgastes que isso pode causar? Então, para evitar dor de cabeça à toa, não deixe de registrar sua marca já na hora de abrir a empresa.
  • 16. Ferramentas Por último, existe alguma ferramenta que possa ajudar neste momento de abrir uma empresa? Claro! Nesta página do Movimento Empreenda, você encontra uma série de ferramentas que poderão ser úteis nos vários momentos de abertura de uma empresa – desde antes da ideia até colocá-la em prática, passando pela avaliação. Neste artigo do Sebrae-RS, há um roteiro bastante claro e didático para te auxiliar neste momento. Como dissemos, este artigo reúne informações e dicas que servem como orientação inicial. Para você se aprofundar no tema, recomendamos a leitura atenta do conteúdo dos links acima, que certamente vão tirar outras dúvidas e complementar este texto Como abrir a sua própria empresa?
  • 17. P ense bem: se hoje exitem muitos jovens que estão revolucionando o mercado e desbancando as grandes empresas, também existe gente interessada em investir dinheiro nessa pessoas. Mas não se iluda: a concorrência está cada vez mais forte e você deve se preparar corretamente antes de sair por aí pedindo contribuições para seu negócio. Para ajudar quem está pensando em bater na porta de algum investidor, organizamos um guia com a ajuda do empreendedor e especialista no assunto, Alessandro Saade. Como conseguir dinheiro para abrir o seu negócio? A grande maioria das startups precisa de dinheiro para transformar aquela ideia tida como brilhante em um negócio. E acredite: existem pessoas dispostas a investir (e alto) no seu projeto! Descubra como encontrá-las.
  • 18. “Um investidor pode existir dentro da sua casa ou estar em instituições governamentais e financeiras dispostas a colocar milhões nas iniciativas. Isso depende do que você quer montar e do tamanho do negócio. Saber desses pressupostos é fundamental para procurar o investidor certo”, afirma Saade, organizador dos “Empreendedores Compulsivos”. Esse processo pode ser dividido em cinco etapas: Preparação, Escolha do modelo de investimento, Apresentação, Explicação e Negociação. Obviamente, nem sempre todas elas estão presentes na busca por um investimento ou então se apresentam simultaneamente na prática, mas os passos a seguir podem ser um bom referencial: 1. Preparação: É o começo do caminho, quando você delimita seu negócio, a área de atuação, o mercado e o tamanho do investimento que será necessário. Um plano de negócios ou um canvas bem definido é fundamental para reunir essas informações (existe um modelo no site do Sebrae). Assim, convencer o investidor será mais factível. Imagine-se do outro lado da mesa e responda: você colocaria dinheiro em um negócio que nem os responsáveis sabem do que se trata? 2. Escolha do modelo de investimento: Definido o plano de negócios, tente encaixa-lo diante das oportunidades de investimentos oferecidas no mercado. De forma geral, podemos destacar três: Investidor-anjo (de 10 mil a 500 mil reais): são pessoas físicas que possuem algum capital guardado e estão dispostas a aplica-lo em negócios que podem crescer. Pode ser desde um amigo bem sucedido do seu pai até empresários dispostos a te ajudar no empreendimento. Clubes de investidores (de 500 mil a um milhão de reais): é comum tratar-se de um grupo de pessoas que buscam negócios que possam render bem. Algum deles traz uma ideia e ele buscam as pessoas que vão investir no negócio. Aqui ainda existe um lado romântico, de paixão, por ver pequenas empresas arrebentando no mercado com o investimento alocado. Fundos de investimentos (acima de um milhão de reais): essa é a escolha de quem já sabe bem o que quer, já tem um modelo comprovado e está preparado para chegar lá. Normalmente não é a primeira opção de um empreendedor em início de jornada. Como conseguir dinheiro para abrir o seu negócio?
  • 19. 3. Apresentação: É a hora que você vai “vender o seu peixe”. Investidores costumam dizer que o empreendedor deve ser capaz de convencê-los em 5 minutos de conversa. Para facilitar nisso e ganhar pontos na objetividade, montamos um modelo de apresentação com cinco slides: 1º. o que é a empresa e para que serve; 2º. qual o modelo de negócios (como você ganhará dinheiro com aquela empresa); 3º. qual o tamanho do mercado e pessoas atingidas (fundamental para mostrar as potencialidades do negócio); 4º. para alcançar esse mercado, preciso de tal infraestrutura e o valor correspondente (apresentação dos valores de investimento); 5º. como funcionará o negócio (entrada e saída de dinheiro, inclusive do investidor, e projeções de metas). 4. Explicação: Se o investidor gostar do que viu na apresentação, ele te chamará para uma conversa mais detalhada. Portanto, prepare-se para uma bateria de perguntas, já que surgirão todas as dúvidas possíveis sobre aquela atividade. Procure demonstrar confiança, mas não pareça arrogante caso esteja diante de algum fator que ainda não havia sido pensado para esse negócio. Como conseguir dinheiro para abrir o seu negócio? 5. Negociação: Perguntas respondidas, o investidor parece estar convencido de que aquela é uma boa oportunidade para ele colocar seu dinheiro. Mas fique calmo, chegou a hora mais delicada: a negociação do modelo de contrato, os valores e periodicidade de retirada, etc. Provavelmente ambas as partes terão que ceder para que haja um acordo. Cabe a você avaliar se vale a pena aceitar a contra-proposta ou procurar um novo investidor para o negócio.
  • 20. M uitos empreendedores ficam à espera de investidores que acreditem em suas ideias para colocar em prática seus negócios. Mas nem sempre os “anjos” aparecem com a maleta cheia de dinheiro para fazer as ideias saírem do papel. Nessa hora, há quem prefira fazer acontecer e investir recursos próprios até que a empresa possa se sustentar. Esse é o chamado “bootstrapping”, modelo de negócios que merece uma análise cuidadosa. E se eu ainda não quiser um investidor? Formada em Farmácia, Juliana Saldanha se encontrou profissionalmente como sócia-fundadora de uma aceleradora de startups, onde trabalha com marketing
  • 21. O termo em inglês significa literalmente “alça de bota”, um pedaço de couro que fica acima do calcanhar e que pode ser puxado com as mãos para facilitar na hora de calçar. No cenário das startups, traduz a necessidade de empreendedores alavancarem seus negócios com suas próprias forças e investimentos. Empresas de sucesso foram alavancadas por meio de bootstrapping, como Microsoft e Dell. O modelo de negócios possui boas vantagens, como autonomia em relação a terceiros e a possibilidade de se colocar a ideia em prática imediatamente. Também pode ser usado como uma espécie de “trampolim” para uma etapa futura, com o negócio já validado para a entrada de investidores mais conservadores. Para saber mais sobre esse tema, recomenda-se a leitura do clássico “Bootstrappers Bible”, obra do autor norte-americano Seth Godin (o livro é gratuito e está disponível na internet). A seguir, reunimos algumas dicas para você levar em consideração antes de quebrar seu porquinho e investir suas economias no negócio: 1. Foco no cliente e validações: Provavelmente você não terá muito muitos recursos para investir, então a solução é concentrar seus esforços nas necessidades dos clientes, especulando pouco e validando as ideias antes de ampliar a escala dos serviços oferecidos. 2. Bootstrapping demora mais: Lançar uma startup por meio de bootstrapping demora, em média, o dobro do tempo na comparação quando o negócio possui investidores. Isso significa que, em mercados muito dinâmicos, cuja realidade se altera mais rápido do que você pode mudar seu negócio, esse modelo pode não ser o mais indicado. 3. Pense bem no crowdfunding: Existem milhares de campanhas de crowdfunding pelas redes sociais. Portanto, pense duas vezes antes de apostar suas fichas nessas plataformas e, se decidir seguir esse caminho, esforce-se para se destacar e não ser mais um vídeo entre tantos. 4. Cuidado com os empréstimos: Seja no âmbito familiar ou em bancos, os empréstimos devem ser usados com parcimônia. No primeiro caso, você pode acabar “persona non E se eu ainda não quiser um investidor?
  • 22. grata” no almoço de domingo caso não pague. No segundo, as taxas de juros são altas e o banco é implacável na cobrança. 5. Patrimônio é diferente de dinheiro: Se você pretende vender seu carro ou seu apartamento para investir, lembre-se que nem sempre suas expectativas quanto aos valores dos bens serão correspondidas. Além disso, pode demorar para que pareça algum interessado e suas contas não vão esperar. 6. Dinheiro do negócio e dinheiro particular: Como você vai usar os próprios recursos no negócio, se verá diante de uma verdadeira confusão patrimonial. Lembre-se que a pessoa física também precisa sobreviver, além da empresa. Alguma coisa terá de sobrar para alimentação, vestuário e outras necessidades básicas. 7. Outras formas de renda: Se o negócio ainda não decolou, qual o problema em se garantir realizando pequenos trabalhos que garantam sua sobrevivência? Vale um emprego paralelo que não tome muito seu tempo, freelancers ou até passear com os cachorros dos vizinhos pela manhã. E se eu ainda não quiser um investidor?
  • 23. O escritor Mark Twain dizia que nós não podemos confiar em nossos olhos quando nossa imaginação está fora de foco. Foco. Fique com essa palavra ecoando em sua mente nos próximos minutos, pois ela será essencial para entender o que é um roadmap, como essa estratégia extraída da Gestão de Produtos pode ser essencial no desenvolvimento de seu negócio, e como revolucionar seus resultados por meio desse referencial! Um roadmap pode te ajudar durante toda essa jornada! Quem não fica perdido no desenvolvimento de um produto ou na hora de começar um negócio? O roadmap é sua bússola para empreender! Saiba o que levar em consideração na hora de montar o seu.
  • 24. Portanto, foco nas próximas linhas para não deixar o seu oceano de ideias geniais naufragar seus objetivos, ok? O que é um roadmap? Se você não souber por onde está caminhando, dificilmente chegará a seu destino final, concorda? Então, caro empreendedor, creio que já saiba, ainda que inconscientemente, do que consiste o roadmap, essa técnica largamente utilizada em quase todas as áreas ligadas à criação, do Desenvolvimento de Softwares à Arquitetura. Roadmap, como o nome sugere, é uma espécie de mapa, uma poderosa ferramenta visual e descritiva que apontará como será o produto ou projeto a cada período de sua evolução. Essa “bússola gerencial” alinhará todos os stakeholders (como são chamados os interessados no projeto) em torno dos mesmos passos sequenciais rumo à construção integral do produto. Deixará todos os envolvidos cientes do processo de evolução e quais variáveis envolvem esse caminho. Para ficar mais claro, imagine o caso do desenvolvimento de um software. Quem trabalha em uma startup nessa área, sabe que para chegar ao seu sonhado MVP (Minimum Viable Product, ou, em português, Produto Mínimo Viável, como foi explicado em texto anterior), é necessário ter, primeiramente, uma ideia genial, a qual será seguida por inúmeros testes de validação. Uma vez verificado que sua ideia (no exemplo, um aplicativo), de fato, representa um potencial interesse a um dado mercado consumidor, é preciso partir para sua construção, partir para a prática. Mas é nessa etapa que mesmo muitos empreendedores bastante promissores acabam afundando. Você tem bem claro em sua mente o produto final? Certo... Mas sabe por onde começar? Está com centenas de milhões de ideias megalomaníacas, mas consegue filtrar quais funcionalidades básicas esse software deve ter? O que agregaria mais valor (e, portanto, deve ser feito primeiro) dentro das suas limitações orçamentárias atuais? Fica difícil se organizar e alcançar o objetivo final se não temos um roteiro sequencial de como materializar nosso projeto, ou quais nossas proridades. Esse é o papel do roadmap. Um roadmap pode te ajudar durante toda essa jornada!
  • 25. Por que preciso de um roadmap? Um roadmap deve orientar um empreendedor como um script para um ator, ou como um mapa de navegação define a linha de percurso de um navio. O objetivo do mapa é alinhar diferentes visões para responder de forma coordenada a três perguntas relacionadas com a evolução da organização ou do negócio: “onde estamos?”, “ onde queremos chegar?” e “como chegaremos lá?”. Não ache que a função de um roadmap é apenas harmonizar a sequência de ações, ou melhorar o fluxo de comunicação dos passos que levam ao produto. A principal razão para criar um mapa como esse é facilitar o processo de organização das próprias ideias do desenvolvedor do produto, a fim de que ele possa saber o que priorizar, de modo a agregar o máximo de valor ao seu negócio. Como fazer um roadmap? Na prática, um roadmap é uma espécie de linha do tempo visual, abaixo da qual deverão ser relacionados todos os itens Um roadmap pode te ajudar durante toda essa jornada! que farão parte do crescimento do produto, por data. Para montá-lo, recomendamos: 1. Transportar sua ideia para o papel e validá-la junto aos seus potenciais clientes 2. Uma vez validada, é hora do brainstorm: todas as possíveis funcionalidades que podem resolver o problema de seus clientes devem ser listadas 3. Etapa de organização e hierarquização dos elementos listados no item anterior (aqui entra a construção do roadmap, propriamente dito): confrontar os objetivos de sua empresa, as expectativas de seus clientes e as suas limitações orçamentárias. A partir dessa intersecção, poderão ser organizadas as funcionalidades, uma a uma, em cada ponto da sua linha do tempo. Esse roteiro deve ser revisto e até alterado periodicamente, de acordo com as manifestações dos consumidores, mudanças tecnológicas, alterações de tendências ou detecção de falhas.
  • 26. C ada vez mais é reconhecido e estimulado o papel das universidades como celeiros de empreendedores e inovadores no Brasil, e não são poucos os universitários e jovens arriscando com seus primeiros negócios. A Endeavor, organização mundial de apoio ao empreendedorismo, está de olho nesse movimento e já tem uma iniciativa voltada especialmente para os empreendimentos embrionários, que estão dando seus primeiros passos. Como a Endeavor pode ajudar o seu negócio a dar os primeiros passos? Veja como participar do Promessas Endeavor, programa ajuda empreendedores iniciantes e apoia negócios embrionários com grande potencial de crescimento
  • 27. É o seu caso? Então leia com atenção o texto a seguir, onde a gente explica como a organização pode te ajudar. Criada em 1997 pelos americanos Linda Rottenberg e Peter Kellner, a Endeavor surgiu exatamente da vontade de estimular o empreendedorismo em países emergentes. Dezoito anos depois, a rede de mentores e empreendores já se espalhou por vinte países na América Latina, Ásia, Europa e Ásia. Chegou ao Brasil em 2000, pelas mãos do executivo Beto Sicupira, que também é um dos fundadores da Fundação Estudar. Em pouco tempo, o escritório instalado aqui tornou- se um dos mais proeminentes ao redor do mundo, contando atualmente com um portfolio de 121 empreendedores Endeavor, a frente de 73 negócios nos mais diversos setores. Critérios rigorosos Durante os primeiros anos, o apoio da Endeavor aos empreendedores brasileiros ocorreu exclusivamente por meio do programa carro-chefe da organização, o Empreendedores Endeavor, focado em empresas com alto potencial de crescimento, mas que já estão bem estabelecidas e possuem faturamento anual entre 2 milhões e 50 milhões de reais. Romero Rodrigues, hoje um dos mentores na rede Endeavor, não se encaixou nesses requisitos de tamanho quando participou do processo seletivo para receber apoio da organização. Na época, o Buscapé, empresa que fundou com outros quatro amigos, ainda não apresentava os números mínimos que o programa demandava. Alguns anos depois, já era grande demais para utilizar a ajuda da Endeavor. Esse gap chamou a atenção da organização: por que eles deixaram uma empresa assim de fora? Como poderiam evitar que casos assim se repetissem? Alto potencial Foi como resposta a essa pergunta que, em 2012, Pablo Ribeiro, gerente de produtos da organização, surgiu com o projeto Promessas Endeavor. “Percebemos que fazia sentido ter um programa de startups estruturado, para já começar a trabalhar e ajudar empresas de alto potencial mesmo antes de elas atenderem aos critérios do empreendedor Endeavor”, ele Como a Endeavor pode ajudar o seu negócio a dar os primeiros passos?
  • 28. explica, acrescentando que o programa não é focado somente em empresas de tecnologia, mas em negócios incipientes de maneira geral. Hoje na terceira turma, o Promessas já teve cases de destaque, como Geekie, Dr. Consulta e Backpacker. As características buscadas são as mesmas do Empreendedor Endeavor – pessoas que sonham grande, botam para fazer e inovam – porém, nesse caso, não é necessário ter faturamento mínimo, e sim “um histórico de sucesso que mostre que o negócio está sendo relevante”, nas palavras do próprio Pablo. O programa não aceita ideias no papel, apenas empresas que já estejam rodando, mesmo que (ainda) sem gerar lucros. “A gente vai olhar para o modelo de negócios, ver se tem diferencial competitivo, inovação, qual o potencial de mercado”, explica Pablo. “Nós queremos pegar o líder ou o melhor dentro do mercado. Se você tem um competidor que é melhor que você, provavelmente vamos querer ele com a gente”, completa. O perfil do empreendedor também é muito importante, já que a Endeavor tradicionalmente valoriza pessoas com brilho no olho, e que demonstrem potencial e vontade para inspirar outros empreendedores. Como a Endeavor pode ajudar o seu negócio a dar os primeiros passos? Processo Seletivo O Promessas Endeavor tem um processo seletivo próprio. As empresas que passam pela primeira triagem são então avaliadas por três mentores, que vão analisar operação, mercado e área financeira, e darão a resposta final sobre as empresas selecionadas. O programa dura seis meses e traz como benefício para os empreendedores a alocação de um padrinho Endeavor, que realiza acompanhamento quinzenal, além da participação em diversas mentorias coletivas. Como contraparte, a Endeavor não espera participação nas empresas. “A ideia é give back. O que nós esperamos é que depois de participar do programa, o empreendedor vá inspirar e apoiar outras pessoas para ajudar a formar um ciclo”, conclui Pablo. Você pode acompanhar os prazos de incrições para o Promessas Endeavor no site oficial.
  • 29. texto Arthur Valadao Daniel Heise Frederico Machado Marcelo Salim Rafael Carvalho Vinícius Neris edição Rafael Carvalho design Danilo de Paulo fotos Na Prática StartuoStockPhoto Divulgação agradecimento especial Endeavor