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CAPÍTULO 5...
POLITICAGEM E LAVAGEM DE DINHEIRO
Costuma-se dizer que política e religião são coisas sobre as quais não
se deve discutir. Respeito a opinião de quem pensa assim, mas discordo de
forma enfática de tal conceito. Religião se discute, sim. Política se discute, sim.
E, principalmente, quando a má política (politicagem) é levada para dentro da
Igreja, não há dúvidas de que a política e a religião devam ser alvos de nossos
questionamentos e debates. Na realidade, não há como escapar dos tentáculos
da política, visto que se temos liberdade de culto no Brasil é porque houve uma
ação política a esse respeito. No entanto, existe a boa e a má política. Da
mesma forma que existem boas pessoas no meio religioso, de igual modo,
também existem pessoas bem intencionadas no ambiente político. Mas, o
objeto de análise desse capítulo será a politicagem (má política) dentro do meio
evangélico.
Nos estudos bíblicos realizados numa igreja, devem ser abordados
assuntos diversos, dentre os quais, as questões políticas, pois, embora
sejamos cidadãos destinados ao paraíso celestial, também somos peregrinos
neste mundo material, enquanto aqui estivermos. Por isso, faz-se necessário
sabermos lidar com as questões políticas da forma mais cristã possível e não
nos deixarmos manipular por líderes eclesiásticos politiqueiros que só pensam
no próprio umbigo. Daí, a importância desse capítulo na presente obra.
Durante um ano eleitoral, há muitos políticos que almejam o apoio de
líderes eclesiásticos, pois, tais líderes podem induzir suas igrejas a votarem
nesse ou naquele candidato a cargo eletivo. E alguns líderes religiosos vendem
o apoio de suas igrejas, por uma boa quantia em dinheiro. E de que forma isso
ocorre? Em ano eleitoral, tais líderes eclesiásticos fraudulentos promovem
diversos congressos e atividades variadas que envolvam uma grande multidão,
com a finalidade de justificar a entrada de grandes quantias de dinheiro. Assim,
políticos injetam uma grande quantidade de dinheiro na igreja, comprando o
apoio político dos líderes eclesiásticos, que “lavam” esse dinheiro injetado na
igreja, justificando a entrada do dinheiro ilícito como se fossem contribuições
financeiras de fiéis. Com afluência de muitas pessoas em tais eventos
eclesiásticos (em pleno ano eleitoral) não haverá meios de contestar a
desculpa de que foram muitos os fiéis que contribuíram financeiramente com a
igreja, dando assim, um ar de legalidade para o dinheiro ilícito que quer
comprar o apoio político de um líder eclesiástico e de sua respectiva igreja
(mesmo que a referida igreja não se aperceba disso). Esse mesmo método
pode ser utilizado para lavar qualquer dinheiro ilícito, visto que as igrejas
(geralmente) só se preocupam em registrar (documentalmente) os nomes dos
fiéis contribuintes que dão dízimos. Aliás, alguns líderes chegam a proibir que
seus obreiros façam campanha para outro político que não seja aquele
“apoiado” pelo referido líder eclesiástico.
Diante de tudo isso, acredito que deveria existir uma fiscalização mais
rígida no tocante as entradas financeiras nas igrejas, principalmente, em ano
eleitoral. Com certeza, essa “injeção financeira” ocorre aos poucos, durante o
ano eleitoral, culminando com o apoio irrestrito do líder eclesiástico em prol do
candidato a cargo eletivo que não poupou recursos, “lavados” na igreja. A
facilidade de se lavar dinheiro em igrejas existe e por isso, a meu ver, faltam
instrumentos de fiscalização eficientes, que possam coibir tal prática ilícita.
Enfim: a igreja de Cristo não deve aceitar esse tipo de “sujeira” e caso seja
identificado algo que se assemelhe ao que citei acima, os cristãos de verdade
devem questionar seus líderes eclesiásticos e levá-los até a Justiça dos
homens, pois, os verdadeiros servos de Deus não compactuam com as obras
infrutíferas das trevas (Efésios 5:11).
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –
Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.

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Política e lavagem de dinheiro na igreja

  • 1. CAPÍTULO 5... POLITICAGEM E LAVAGEM DE DINHEIRO Costuma-se dizer que política e religião são coisas sobre as quais não se deve discutir. Respeito a opinião de quem pensa assim, mas discordo de forma enfática de tal conceito. Religião se discute, sim. Política se discute, sim. E, principalmente, quando a má política (politicagem) é levada para dentro da Igreja, não há dúvidas de que a política e a religião devam ser alvos de nossos questionamentos e debates. Na realidade, não há como escapar dos tentáculos da política, visto que se temos liberdade de culto no Brasil é porque houve uma ação política a esse respeito. No entanto, existe a boa e a má política. Da mesma forma que existem boas pessoas no meio religioso, de igual modo, também existem pessoas bem intencionadas no ambiente político. Mas, o objeto de análise desse capítulo será a politicagem (má política) dentro do meio evangélico. Nos estudos bíblicos realizados numa igreja, devem ser abordados assuntos diversos, dentre os quais, as questões políticas, pois, embora sejamos cidadãos destinados ao paraíso celestial, também somos peregrinos neste mundo material, enquanto aqui estivermos. Por isso, faz-se necessário sabermos lidar com as questões políticas da forma mais cristã possível e não nos deixarmos manipular por líderes eclesiásticos politiqueiros que só pensam no próprio umbigo. Daí, a importância desse capítulo na presente obra. Durante um ano eleitoral, há muitos políticos que almejam o apoio de líderes eclesiásticos, pois, tais líderes podem induzir suas igrejas a votarem nesse ou naquele candidato a cargo eletivo. E alguns líderes religiosos vendem o apoio de suas igrejas, por uma boa quantia em dinheiro. E de que forma isso ocorre? Em ano eleitoral, tais líderes eclesiásticos fraudulentos promovem diversos congressos e atividades variadas que envolvam uma grande multidão, com a finalidade de justificar a entrada de grandes quantias de dinheiro. Assim, políticos injetam uma grande quantidade de dinheiro na igreja, comprando o apoio político dos líderes eclesiásticos, que “lavam” esse dinheiro injetado na igreja, justificando a entrada do dinheiro ilícito como se fossem contribuições financeiras de fiéis. Com afluência de muitas pessoas em tais eventos eclesiásticos (em pleno ano eleitoral) não haverá meios de contestar a desculpa de que foram muitos os fiéis que contribuíram financeiramente com a igreja, dando assim, um ar de legalidade para o dinheiro ilícito que quer comprar o apoio político de um líder eclesiástico e de sua respectiva igreja (mesmo que a referida igreja não se aperceba disso). Esse mesmo método pode ser utilizado para lavar qualquer dinheiro ilícito, visto que as igrejas (geralmente) só se preocupam em registrar (documentalmente) os nomes dos fiéis contribuintes que dão dízimos. Aliás, alguns líderes chegam a proibir que seus obreiros façam campanha para outro político que não seja aquele “apoiado” pelo referido líder eclesiástico. Diante de tudo isso, acredito que deveria existir uma fiscalização mais rígida no tocante as entradas financeiras nas igrejas, principalmente, em ano eleitoral. Com certeza, essa “injeção financeira” ocorre aos poucos, durante o
  • 2. ano eleitoral, culminando com o apoio irrestrito do líder eclesiástico em prol do candidato a cargo eletivo que não poupou recursos, “lavados” na igreja. A facilidade de se lavar dinheiro em igrejas existe e por isso, a meu ver, faltam instrumentos de fiscalização eficientes, que possam coibir tal prática ilícita. Enfim: a igreja de Cristo não deve aceitar esse tipo de “sujeira” e caso seja identificado algo que se assemelhe ao que citei acima, os cristãos de verdade devem questionar seus líderes eclesiásticos e levá-los até a Justiça dos homens, pois, os verdadeiros servos de Deus não compactuam com as obras infrutíferas das trevas (Efésios 5:11). BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida – Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.