O documento discute a polêmica em torno da nomeação do deputado Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos no Congresso. Apresenta diferentes perspectivas sobre o assunto, incluindo a visão de que os evangélicos não possuem uma posição unânime e que é importante debater questões como direitos humanos e representação política no contexto da diversidade brasileira.
Este documento discute o crescimento da influência política das igrejas evangélicas e pentecostais no Brasil. Ele destaca que esses grupos religiosos ganharam muitos seguidores nas últimas décadas e agora estão se articulando politicamente através de frentes parlamentares em vários estados. Essas frentes buscam promover sua agenda moralista e conservadora, como proibir o aborto e proteger "bons costumes". O documento expressa preocupação com o uso da fé para ganhar poder e influenciar leis e políticas públicas.
Artigo // Afinal, quem são os evangélicos?Samuel Lima
O documento discute que não existe um grupo homogêneo chamado "os evangélicos", mas sim uma grande diversidade de pensamentos e posições dentro das igrejas evangélicas brasileiras. Afirma também que tentativas de generalizar os evangélicos ignoram a história do movimento e levam a estereótipos e preconceitos.
O documento discute a importância dos cristãos, especialmente os metodistas, participarem da política e apoiarem candidatos que defendam os valores da igreja e da família. Ele argumenta que o deputado metodista Áureo tem sido um defensor desses valores e merece o apoio renovado da igreja nas próximas eleições.
Guia de luta contra a intolerância religiosa e racismopascoal reload
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram milhões de indígenas vivendo em diversas tribos e nações. Posteriormente, milhões de africanos foram trazidos como escravos. Ao longo dos séculos, uma narrativa colonial foi imposta, retratando o Brasil
O documento discute a intolerância religiosa no Brasil, afirmando que apesar da liberdade religiosa garantida na Constituição, ainda há casos frequentes de intolerância devido à cultura da superioridade. Ele também analisa a história do tratamento das religiões no Brasil e possíveis soluções como educação, mídia e políticas para promover o respeito à diversidade.
O documento discute a importância do diálogo entre religiões e a necessidade de tolerância e respeito às diferentes crenças. Apresenta exemplos de intolerância religiosa no Brasil e defende a laicidade do Estado, o ensino religioso e a liberdade de expressão de todas as crenças.
Basicamente o objetivo deste trabalho é auxiliar aqueles eleitores que se identificam com uma ideologia Pró-VFL (Vida, Família, Liberdade de Expressão e Religião), e desejam maiores esclarecimentos quanto aos partidos políticos do Brasil, a fim de distinguirem claramente quais são aqueles que se identificam com a ideologia VFL, quais os que são Contra, e mesmo aqueles que, a depender das coligações que fizerem, podem ser ou não perigosos para nossos valores (caráter híbrido).
Este documento apresenta um mapa da intolerância religiosa no Brasil entre 2011, documentando casos de violação do direito de culto. O mapa foi organizado por Marcio Alexandre M. Gualberto com a colaboração de vários grupos religiosos de todo o país e tem como objetivo sistematizar a problemática da discriminação religiosa e apontar caminhos para combatê-la. O documento discute a intolerância sofrida por diversas religiões como o Candomblé, o Catolicismo, o Protestantismo, o Islamismo e o Judaí
Este documento discute o crescimento da influência política das igrejas evangélicas e pentecostais no Brasil. Ele destaca que esses grupos religiosos ganharam muitos seguidores nas últimas décadas e agora estão se articulando politicamente através de frentes parlamentares em vários estados. Essas frentes buscam promover sua agenda moralista e conservadora, como proibir o aborto e proteger "bons costumes". O documento expressa preocupação com o uso da fé para ganhar poder e influenciar leis e políticas públicas.
Artigo // Afinal, quem são os evangélicos?Samuel Lima
O documento discute que não existe um grupo homogêneo chamado "os evangélicos", mas sim uma grande diversidade de pensamentos e posições dentro das igrejas evangélicas brasileiras. Afirma também que tentativas de generalizar os evangélicos ignoram a história do movimento e levam a estereótipos e preconceitos.
O documento discute a importância dos cristãos, especialmente os metodistas, participarem da política e apoiarem candidatos que defendam os valores da igreja e da família. Ele argumenta que o deputado metodista Áureo tem sido um defensor desses valores e merece o apoio renovado da igreja nas próximas eleições.
Guia de luta contra a intolerância religiosa e racismopascoal reload
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram milhões de indígenas vivendo em diversas tribos e nações. Posteriormente, milhões de africanos foram trazidos como escravos. Ao longo dos séculos, uma narrativa colonial foi imposta, retratando o Brasil
O documento discute a intolerância religiosa no Brasil, afirmando que apesar da liberdade religiosa garantida na Constituição, ainda há casos frequentes de intolerância devido à cultura da superioridade. Ele também analisa a história do tratamento das religiões no Brasil e possíveis soluções como educação, mídia e políticas para promover o respeito à diversidade.
O documento discute a importância do diálogo entre religiões e a necessidade de tolerância e respeito às diferentes crenças. Apresenta exemplos de intolerância religiosa no Brasil e defende a laicidade do Estado, o ensino religioso e a liberdade de expressão de todas as crenças.
Basicamente o objetivo deste trabalho é auxiliar aqueles eleitores que se identificam com uma ideologia Pró-VFL (Vida, Família, Liberdade de Expressão e Religião), e desejam maiores esclarecimentos quanto aos partidos políticos do Brasil, a fim de distinguirem claramente quais são aqueles que se identificam com a ideologia VFL, quais os que são Contra, e mesmo aqueles que, a depender das coligações que fizerem, podem ser ou não perigosos para nossos valores (caráter híbrido).
Este documento apresenta um mapa da intolerância religiosa no Brasil entre 2011, documentando casos de violação do direito de culto. O mapa foi organizado por Marcio Alexandre M. Gualberto com a colaboração de vários grupos religiosos de todo o país e tem como objetivo sistematizar a problemática da discriminação religiosa e apontar caminhos para combatê-la. O documento discute a intolerância sofrida por diversas religiões como o Candomblé, o Catolicismo, o Protestantismo, o Islamismo e o Judaí
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIUFPB
O documento discute o crescimento de manifestações de ódio e preconceito nas redes sociais e como isso estimula um projeto de poder político conservador. Também analisa como a exposição excessiva desse tipo de conteúdo nas redes tende a banalizar o problema, em vez de promover um debate político profundo.
O documento apresenta as formas de intolerância religiosa enfrentadas por diversas religiões no Brasil, como o racismo religioso contra religiões de matriz africana, o antissemitismo contra judeus e a islamofobia contra muçulmanos. Ele discute esses temas, fornecendo exemplos históricos e atuais, e defende a liberdade religiosa e o estado laico como forma de combater a intolerância.
O documento discute a igualdade essencial entre os seres humanos, independentemente de raça ou origem. Apesar das primeiras experiências do espírito na matéria serem marcadas por insegurança e tendência à agressão contra o diferente, a ciência demonstrou que biologicamente somos basicamente iguais. O Espiritismo, defendendo a reencarnação, mostra que os espíritos renascem em diversos contextos, reforçando a tese de irmandade. O movimento acolheu desde o início pessoas de todas as
O documento analisa as semelhanças estruturais entre as religiões afro-brasileiras e o neopentecostalismo, especialmente a Igreja Universal do Reino de Deus. Apesar das aparências, há uma proximidade entre esses sistemas religiosos, principalmente no que se refere à ênfase na experiência corporal e no poder das palavras. O ataque do neopentecostalismo às religiões afro-brasileiras visa, na verdade, monopolizar certos elementos dessas religiões, como as mediações mágicas e o transe
O documento discute as razões pelas quais o PSOL não lançou candidaturas nas eleições municipais de 2016 em Bela Cruz. Primeiro, porque o partido ainda está em formação e precisa de mais tempo para desenvolver suas ideias e projeto político. Segundo, porque não queria se aliar a outros partidos com planos que considera danosos para a população. O PSOL busca construir um partido livre e independente, focado em organizar os trabalhadores.
Desde o berço até a vida adulta passamos a adotar crenças, opiniões, ideias sem saber de onde vieram, sem pensar em suas causas e motivos, sem avaliar se são ou não coerentes e verdadeiras. Falamos, agimos, pensamos, temos comportamentos e práticas que nos parecem perfeitamente naturais e racionais porque a sociedade os repete, os aceita, os incute em nós pela família, pela escola, pelos livros, pelos meios de comunicação, pelas relações de trabalho, pelas práticas políticas. Este é o caso do carnaval, do futebol e da religião que não são considerados pela população como armas políticas utilizadas pelos detentores do poder para manter o povo sob seu controle.
Apresentação realizada na abertura do ano pastoral 2011-2012, da Diocese de Aveiro. Este ano sob o lema "Igreja diocesana, fraternidade de famílias, confirma a esperança".
O documento defende o Estado laico e critica o fundamentalismo religioso que tenta impor valores religiosos à todos. Apresenta exemplos de políticos que usam o poder público para favorecer suas próprias religiões, como projetos de lei para crucifixos em escolas e leitura da Bíblia. Também mostra como o ensino religioso nas escolas públicas acaba promovendo uma visão cristã em detrimento de outras religiões.
O documento discute o ensino religioso no Brasil, descrevendo sua trajetória do modelo confessional para o interconfessional e como área do conhecimento. Também destaca desafios como falta de entendimento por gestores públicos, formação de professores e subsídios para escolas. Defende que o ensino religioso contribui para a educação, cidadania e convivência ético-social.
Educaocrist responsabimidadedospais-lio08paraestudonaebd-130519153102-phpapp01Maria Da Penha Pereira
O documento discute a responsabilidade dos pais na educação cristã das crianças. Ele afirma que a educação cristã é uma responsabilidade intransferível dos pais com o apoio da igreja. Também descreve como a educação cristã ocorria no Antigo e Novo Testamento, enfatizando o papel central dos pais, e incentiva os pais a educarem seus filhos nos princípios bíblicos por meio do culto doméstico e levando-os à igreja.
O documento discute o ensino religioso no Brasil, abordando seus desafios, enfoques e perspectivas. Ele explora três modelos de ensino religioso, os eixos de conteúdo das ciências da religião e o papel do profissional de ensino religioso.
Seminário - A Escola Dominical e a FamíliaSergio Silva
O documento discute a importância da família e da Escola Dominical na educação espiritual das crianças. A família é fundamental para ensinar os valores bíblicos e levar as crianças à Escola Dominical. Os pais devem participar ativamente, servindo de exemplo e acompanhando o desenvolvimento espiritual de seus filhos.
O documento discute a relação entre a família e a igreja local. Ele argumenta que a família é o elemento básico para o bom funcionamento da igreja e que a igreja deve acolher as famílias. A família deve se envolver com as atividades da igreja local para adorar a Deus e proclamar o evangelho juntos.
A FAMÍLIA E A IGREJA - LIÇÃO 12 – para escola dominicalyosseph2013
A família é o elemento básico para o bom funcionamento da igreja local. A igreja deve acolher as famílias e ser um espaço onde os relacionamentos familiares se fortalecem. Toda a família deve se envolver ativamente nas atividades da igreja local, como adoração, cultos e escola dominical, para glorificar a Deus e se edificar mutuamente.
O documento discute o currículo de ensino religioso. Ele afirma que a escola deve disponibilizar o conhecimento religioso, mas não promover adesão a crenças. Cabe à escola esclarecer a importância do ensino religioso na formação do cidadão, estudando o fenômeno religioso e não privilegiando crenças. O currículo abrange culturas e tradições religiosas, teologias, textos sagrados, ritos e ética a partir das tradições.
Este documento fornece o planejamento de ensino religioso para os anos finais do ensino fundamental de uma escola municipal em Otacílio Costa, Santa Catarina. O planejamento inclui objetivos gerais e específicos, conteúdos, atividades e formas de avaliação para cada série/ano. Os tópicos abordados incluem ser humano, alteridade, valores, conhecimento revelado e diversas tradições religiosas.
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...Jocilaine Moreira
O presente trabalho de pesquisa bibliográfica tem como objetivo refletir e analisar as informações sobre o surgimento histórico do Ensino Religioso e sua relação com base nos Parâmetros Curriculares nas escolas públicas de ensino básico no Brasil no contexto da Gestão Escolar e Educacional. O Ensino Religioso surgiu historicamente como elemento de doutrinação. No Brasil, entretanto, encontra-se, de maneira especial as recentes reformas da educação nacional que exigiram uma reformulação desta concepção. A partir do momento que se configura como área de conhecimento, socialização e valores humanos (éticos e morais), o Ensino Religioso passa a construir uma identidade pedagógica dentro do referencial de componente curricular na formação e informação da Educação Básica Nacional, de forma que seja tratado e trabalhado no universo educacional, não apenas como um elemento eclesial na escola, estranho ao currículo, mas como disciplina regular centrado nos conteúdos de uma Antropologia Religiosa, sendo referenciado pelas diversas fases e abordagens, nos diversos períodos históricos, ressaltando o contexto sócio-político educacional vivenciado nos mais de 500 anos de escolarização, no contexto da Gestão Educacional e Escolar.
Educação cristã, responsabilidade dos paisMoisés Sampaio
Este documento discute a educação cristã e a responsabilidade dos pais. Ele explica que a educação cristã das crianças é uma responsabilidade primordial dos pais, com o apoio da igreja. Também descreve como a educação ocorria no Antigo e Novo Testamento, enfatizando a educação familiar, e discute os desafios da educação nas escolas atuais.
O documento discute o conceito de "cristofascismo à brasileira" e fornece dois exemplos: 1) Jair Bolsonaro enfatiza Deus, família e nação em seu discurso; 2) Magno Malta defende valores conservadores como família e se opõe à ideologia de gênero. O autor argumenta que ambos ativam discursos cristofascistas para angariar apoio político entre evangélicos.
O documento descreve a experiência de alguns protestantes em Pernambuco que se aproximaram da ideologia comunista durante os anos 1940, contrariando a postura majoritária do protestantismo brasileiro que nutria reservas em relação às ideologias de esquerda. O texto cita exemplos de protestantes em Paulista que militavam no Partido Comunista Brasileiro e sofriam perseguição por isso, mesmo dentro de suas igrejas. Aproximações entre protestantes e ideais de esquerda não eram incomuns, mas a adesão ao comunismo como most
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIUFPB
O documento discute o crescimento de manifestações de ódio e preconceito nas redes sociais e como isso estimula um projeto de poder político conservador. Também analisa como a exposição excessiva desse tipo de conteúdo nas redes tende a banalizar o problema, em vez de promover um debate político profundo.
O documento apresenta as formas de intolerância religiosa enfrentadas por diversas religiões no Brasil, como o racismo religioso contra religiões de matriz africana, o antissemitismo contra judeus e a islamofobia contra muçulmanos. Ele discute esses temas, fornecendo exemplos históricos e atuais, e defende a liberdade religiosa e o estado laico como forma de combater a intolerância.
O documento discute a igualdade essencial entre os seres humanos, independentemente de raça ou origem. Apesar das primeiras experiências do espírito na matéria serem marcadas por insegurança e tendência à agressão contra o diferente, a ciência demonstrou que biologicamente somos basicamente iguais. O Espiritismo, defendendo a reencarnação, mostra que os espíritos renascem em diversos contextos, reforçando a tese de irmandade. O movimento acolheu desde o início pessoas de todas as
O documento analisa as semelhanças estruturais entre as religiões afro-brasileiras e o neopentecostalismo, especialmente a Igreja Universal do Reino de Deus. Apesar das aparências, há uma proximidade entre esses sistemas religiosos, principalmente no que se refere à ênfase na experiência corporal e no poder das palavras. O ataque do neopentecostalismo às religiões afro-brasileiras visa, na verdade, monopolizar certos elementos dessas religiões, como as mediações mágicas e o transe
O documento discute as razões pelas quais o PSOL não lançou candidaturas nas eleições municipais de 2016 em Bela Cruz. Primeiro, porque o partido ainda está em formação e precisa de mais tempo para desenvolver suas ideias e projeto político. Segundo, porque não queria se aliar a outros partidos com planos que considera danosos para a população. O PSOL busca construir um partido livre e independente, focado em organizar os trabalhadores.
Desde o berço até a vida adulta passamos a adotar crenças, opiniões, ideias sem saber de onde vieram, sem pensar em suas causas e motivos, sem avaliar se são ou não coerentes e verdadeiras. Falamos, agimos, pensamos, temos comportamentos e práticas que nos parecem perfeitamente naturais e racionais porque a sociedade os repete, os aceita, os incute em nós pela família, pela escola, pelos livros, pelos meios de comunicação, pelas relações de trabalho, pelas práticas políticas. Este é o caso do carnaval, do futebol e da religião que não são considerados pela população como armas políticas utilizadas pelos detentores do poder para manter o povo sob seu controle.
Apresentação realizada na abertura do ano pastoral 2011-2012, da Diocese de Aveiro. Este ano sob o lema "Igreja diocesana, fraternidade de famílias, confirma a esperança".
O documento defende o Estado laico e critica o fundamentalismo religioso que tenta impor valores religiosos à todos. Apresenta exemplos de políticos que usam o poder público para favorecer suas próprias religiões, como projetos de lei para crucifixos em escolas e leitura da Bíblia. Também mostra como o ensino religioso nas escolas públicas acaba promovendo uma visão cristã em detrimento de outras religiões.
O documento discute o ensino religioso no Brasil, descrevendo sua trajetória do modelo confessional para o interconfessional e como área do conhecimento. Também destaca desafios como falta de entendimento por gestores públicos, formação de professores e subsídios para escolas. Defende que o ensino religioso contribui para a educação, cidadania e convivência ético-social.
Educaocrist responsabimidadedospais-lio08paraestudonaebd-130519153102-phpapp01Maria Da Penha Pereira
O documento discute a responsabilidade dos pais na educação cristã das crianças. Ele afirma que a educação cristã é uma responsabilidade intransferível dos pais com o apoio da igreja. Também descreve como a educação cristã ocorria no Antigo e Novo Testamento, enfatizando o papel central dos pais, e incentiva os pais a educarem seus filhos nos princípios bíblicos por meio do culto doméstico e levando-os à igreja.
O documento discute o ensino religioso no Brasil, abordando seus desafios, enfoques e perspectivas. Ele explora três modelos de ensino religioso, os eixos de conteúdo das ciências da religião e o papel do profissional de ensino religioso.
Seminário - A Escola Dominical e a FamíliaSergio Silva
O documento discute a importância da família e da Escola Dominical na educação espiritual das crianças. A família é fundamental para ensinar os valores bíblicos e levar as crianças à Escola Dominical. Os pais devem participar ativamente, servindo de exemplo e acompanhando o desenvolvimento espiritual de seus filhos.
O documento discute a relação entre a família e a igreja local. Ele argumenta que a família é o elemento básico para o bom funcionamento da igreja e que a igreja deve acolher as famílias. A família deve se envolver com as atividades da igreja local para adorar a Deus e proclamar o evangelho juntos.
A FAMÍLIA E A IGREJA - LIÇÃO 12 – para escola dominicalyosseph2013
A família é o elemento básico para o bom funcionamento da igreja local. A igreja deve acolher as famílias e ser um espaço onde os relacionamentos familiares se fortalecem. Toda a família deve se envolver ativamente nas atividades da igreja local, como adoração, cultos e escola dominical, para glorificar a Deus e se edificar mutuamente.
O documento discute o currículo de ensino religioso. Ele afirma que a escola deve disponibilizar o conhecimento religioso, mas não promover adesão a crenças. Cabe à escola esclarecer a importância do ensino religioso na formação do cidadão, estudando o fenômeno religioso e não privilegiando crenças. O currículo abrange culturas e tradições religiosas, teologias, textos sagrados, ritos e ética a partir das tradições.
Este documento fornece o planejamento de ensino religioso para os anos finais do ensino fundamental de uma escola municipal em Otacílio Costa, Santa Catarina. O planejamento inclui objetivos gerais e específicos, conteúdos, atividades e formas de avaliação para cada série/ano. Os tópicos abordados incluem ser humano, alteridade, valores, conhecimento revelado e diversas tradições religiosas.
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...Jocilaine Moreira
O presente trabalho de pesquisa bibliográfica tem como objetivo refletir e analisar as informações sobre o surgimento histórico do Ensino Religioso e sua relação com base nos Parâmetros Curriculares nas escolas públicas de ensino básico no Brasil no contexto da Gestão Escolar e Educacional. O Ensino Religioso surgiu historicamente como elemento de doutrinação. No Brasil, entretanto, encontra-se, de maneira especial as recentes reformas da educação nacional que exigiram uma reformulação desta concepção. A partir do momento que se configura como área de conhecimento, socialização e valores humanos (éticos e morais), o Ensino Religioso passa a construir uma identidade pedagógica dentro do referencial de componente curricular na formação e informação da Educação Básica Nacional, de forma que seja tratado e trabalhado no universo educacional, não apenas como um elemento eclesial na escola, estranho ao currículo, mas como disciplina regular centrado nos conteúdos de uma Antropologia Religiosa, sendo referenciado pelas diversas fases e abordagens, nos diversos períodos históricos, ressaltando o contexto sócio-político educacional vivenciado nos mais de 500 anos de escolarização, no contexto da Gestão Educacional e Escolar.
Educação cristã, responsabilidade dos paisMoisés Sampaio
Este documento discute a educação cristã e a responsabilidade dos pais. Ele explica que a educação cristã das crianças é uma responsabilidade primordial dos pais, com o apoio da igreja. Também descreve como a educação ocorria no Antigo e Novo Testamento, enfatizando a educação familiar, e discute os desafios da educação nas escolas atuais.
O documento discute o conceito de "cristofascismo à brasileira" e fornece dois exemplos: 1) Jair Bolsonaro enfatiza Deus, família e nação em seu discurso; 2) Magno Malta defende valores conservadores como família e se opõe à ideologia de gênero. O autor argumenta que ambos ativam discursos cristofascistas para angariar apoio político entre evangélicos.
O documento descreve a experiência de alguns protestantes em Pernambuco que se aproximaram da ideologia comunista durante os anos 1940, contrariando a postura majoritária do protestantismo brasileiro que nutria reservas em relação às ideologias de esquerda. O texto cita exemplos de protestantes em Paulista que militavam no Partido Comunista Brasileiro e sofriam perseguição por isso, mesmo dentro de suas igrejas. Aproximações entre protestantes e ideais de esquerda não eram incomuns, mas a adesão ao comunismo como most
O documento discute a relação entre fé e política segundo a Bíblia. Aponta que os profetas do Antigo Testamento já denunciavam injustiças políticas que afetavam o povo de Deus, e que Jesus Cristo também lutou por questões sociais que afetavam o povo. Defende que fé sem política é exploração, e política sem fé também, sendo necessária uma "fé política" que una essas dimensões em prol da justiça.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) Os dados da pesquisa mostram que a maioria dos jovens de Belo Horizonte se declara católica, porém há um crescimento dos evangélicos, sem religião e outras religiões.
2) Embora a família ainda seja a principal influência na escolha da religião, um número significativo de jovens escolhe sua fé por motivos pessoais, indicando maior autonomia individual.
3) As crenças religiosas dos jovens que se declaram
Lideres religiosos aos olhos do mundo canibal.Si Caetano
Este artigo tem por objetivo apresentar a relação entre a mídia evangélica e a mídia secular através de um estudo de caso onde lideres religiosos neopentecostais são retratados aos olhos de um canal de entretenimento na internet. Para entender esta relação contemporânea é necessário olhar para o contexto histórico brasileiro onde estas relações apontaram para uma possível fusão, apesar de água e óleo. As relações de poder, interesses políticos em um momento específico da nossa história, permitiu que a religião criasse em paralelo, uma mídia para veicular seus ideais, suas leias e seus produtos. Como essa exposição pode levar o neopentecostalismo ao crescimento ou a perca de credibilidade aos olhos da indústria do entretenimento.
Robson T. Fernandes - Porque eu defendo uma intervenção militar no BrasilPR. ROBSON FERNANDES
[1] O autor defende uma intervenção militar no Brasil para frear o avanço do marxismo cultural no país, citando exemplos históricos como Dietrich Bonhoeffer na Alemanha nazista e Richard Wurmbrand na Romênia comunista.
[2] Ele acredita que o PT implantou gradualmente ideais marxistas que degradaram o Brasil, justificando medidas drásticas em tempos de crise.
[3] Contudo, reconhece que uma intervenção militar é polêmica e pode ser criticada, especialmente devido a erros do pass
Este documento discute as relações entre religião, sociedade e cultura no Brasil. Ele destaca a longa tradição da antropologia brasileira de estudar religiões como o candomblé, catolicismo popular e pentecostalismo, focando nos universos simbólicos. No entanto, parte dos estudos permanece focada apenas na interpretação das cosmologias religiosas, ignorando como os sentidos são incorporados pelos fiéis e a atuação das instituições religiosas na esfera pública. O documento propõe discutir es
1) O documento discute a intolerância religiosa em Portugal e no mundo, com foco nas religiões minoritárias que enfrentam discriminação.
2) Em Portugal, a maioria da população (79,5%) é católica, enquanto outras religiões como protestantes representam apenas 2,4%.
3) Relatórios globais mostram que a liberdade religiosa vem declinando em alguns países devido ao nacionalismo e fundamentalismo.
Este documento discute o papel dos pastores na formação de cidadãos e na presença da igreja na sociedade brasileira. Primeiro, define cidadania e discute que ela ainda está em processo de consolidação no Brasil. Segundo, analisa que o ministério pastoral deve ajudar na formação de sujeitos cidadãos comprometidos com a construção de uma sociedade justa. Terceiro, sugere que os pastores devem promover ações que relacionem a fé cristã às questões sociais.
áUreo busetto a democracia cristã no brasil - princípios e práticasleniogravacoes
O texto introduz o tema da Democracia Cristã no Brasil de forma clara e contextualizada. Alguns pontos importantes:
- A Democracia Cristã surgiu no Brasil na década de 1940 como uma "Terceira Via" alternativa ao liberalismo e ao comunismo, baseada nos princípios da Doutrina Social da Igreja.
- Diferentemente de outros países da América Latina, o movimento democrata cristão brasileiro não se consolidou como força política nacional expressiva, diluindo-se após 1964.
- O autor contesta a vis
1) A Reforma Protestante foi um movimento do século XVI que buscou reformar a Igreja Católica e resultou na divisão e criação de novas igrejas como a Luterana e as Igrejas Reformadas.
2) Os protestantes enfatizavam a relação individual com Deus através da Bíblia em vez de depender de rituais e intercessão de santos.
3) Os evangélicos se opõem ao aborto, vendo a vida como começando na concepção e o aborto como um pecado grave contra Deus e
O documento discute a religiosidade no Brasil ao longo do tempo. Apesar de o catolicismo ter sido historicamente dominante, sua participação vem declinando, enquanto outras religiões como o protestantismo crescem. No entanto, a maioria dos brasileiros ainda se identifica com o cristianismo. A religião no Brasil é diversa e dinâmica.
1) O documento descreve o movimento estudantil evangélico no Brasil durante a década de 1960, focando na Associação Cristã Acadêmica e na Aliança Bíblica Universitária do Brasil.
2) Esses grupos buscavam articular o compromisso religioso com o engajamento sociopolítico no ambiente universitário da época, apesar do contexto repressivo dentro e fora das igrejas depois do golpe militar de 1964.
3) O texto apresenta as diferentes propostas teológicas e práticas in
Os ataques neopentecostais às religiões afro brasileiras abert4Rita Candeu
Os casos de intolerância, antes apenas episódicos e sem grandes
repercussões, hoje se avolumaram e saíram da esfera das relações cotidianas
menos visíveis para ganhar visibilidade pública, conforme atestam
as freqüentes notícias de jornais que os registram em inúmeros pontos
do Brasil. Igualmente, a reação a estes casos, antes apenas um esboço
isolado e tímido de algumas vítimas, agora se faz em termos de processos
criminais levados adiante por pessoas físicas ou instituições públicas,
como ONGs e até mesmo a Promotoria Pública.
O documento analisa os dados dos censos demográficos brasileiros de 1940 a 2010 sobre a população judaica no Brasil. Ele confirma que os judeus têm uma estrutura etária mais envelhecida, taxas de fecundidade mais baixas, e concentram-se em áreas urbanas e profissões específicas. O documento também descreve a evolução das perguntas sobre religião nos censos brasileiros e conceitos como população judaica nuclear e estendida.
Este documento discute a intolerância religiosa no espaço escolar em três frases:
Apresenta definições de intolerância religiosa e discute como ela vem se configurando como um problema público que demanda atenção dos poderes públicos. Aborda a presença do sagrado na escola desde o período colonial e como a escola pode ser palco para dar visibilidade a demandas por direitos religiosos. Também apresenta desafios de se lidar com a diversidade religiosa na escola como conviver e dialogar com
Artigo publicado no site Genizah (http://www.genizahvirtual.com/2014/08/niilismo-eclesiastico-uma-analise-do.html?), que converti em PDF para disponibilização via Slideshare. Boa leitura!
1) No final do século 20, as igrejas evangélicas brasileiras, incluindo a Igreja Metodista, foram influenciadas pelo crescimento pentecostal e pela ideologia neoliberal. 2) Isso levou ao foco na eficiência, imagens e resultados, e polarização entre modernidade e atraso. 3) Especificamente para a Igreja Metodista, isso levou a um foco renovado na identidade metodista, no projeto de "dons e ministérios", no crescimento numérico e na formação teológica.
1) O documento discute a posição de muitos evangélicos em relação à pena de morte, questionando se ela é realmente fundamentada na Bíblia.
2) Aponta que a maioria dos evangélicos é contrária à pena de morte, mas que os argumentos usados não contêm citações bíblicas.
3) Defende que a posição cristã deve se basear nas Escrituras, não na opinião da maioria.
1. Entre os iguais e os diferentes: cristãos, políticos e polêmicas*
Sydnei Melo**
Nas últimas semanas, fomos tomados por uma avalanche de notícias e manifestações de
protesto e apoio à presença do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência
da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados em Brasília. Não
é uma surpresa que isto tenha ocorrido. Como é de conhecimento público, o deputado fez, no
decorrer dos últimos anos, declarações bastante polêmicas e questionáveis. Algumas antigas
declarações chegaram ao nosso conhecimento muito recentemente, como as que atribuem a uma
espécie de punição divina as mortes de artistas famosos como John Lennon e os Mamonas
Assassinas. Porém, as polêmicas em relação a Marco Feliciano surgiram, concretamente, a partir de
afirmações sobre “maldições” que afetariam as populações africanas – e que teriam uma explicação
teológica para tal “fato” - e também sobre o comportamento homossexual, que seria o núcleo de
uma política de intolerância promovida por setores do movimento LGBTT e da opinião pública
contra os cristãos, especialmente os de confissão evangélica.
A primeira pergunta, porém, que talvez se faça aqui é “mas o que esta polêmica toda tem a
ver com a ABU? Porque estamos discutindo isto em um Treinamento Local? O que isto vai mudar
na minha vida universitária? Precisamos nos organizar politicamente para defender os evangélicos
da ameaça iminente de uma ditadura gay se instalar no Brasil e fechar todos os canais de livre
expressão religiosa, tolhendo a liberdade de crença dos evangélicos e nos submetendo a uma
perseguição apocalíptica no país?!” Não creio que estamos, neste momento, à beira do fim dos
tempos – na verdade, o fim dos tempos é temido e gera confusões a pelo menos dois milênios, e
seus resultados, francamente, me levaram a uma preocupação maior com o meu testemunho na vida
presente que Deus me concedeu, do que com a futurologia apocalíptica. Mas muitos parecem
acreditar que os caminhos futuros serão sórdidos e perigosos para os cristãos evangélicos nos
próximos anos, uma vez que os valores fundamentais do cristianismo estariam ameaçados pelas
“hordas imorais” que tentam “impor” o aborto e as práticas homossexuais sobre a população cristã e
conservadora do país.
A questão fundamental é que a polêmica que envolve a figura de Marco Feliciano e os
militantes dos direitos humanos atinge, necessariamente, os cristãos, especialmente os evangélicos.
É impossível ficarmos alheios ao debate. E o que constatei, particularmente, é que os cristãos
evangélicos não possuem uma posição hegemônica sobre o assunto, apesar de claramente haver
uma maioria que apoia a presença de Marco Feliciano na presidência da CDHM, atribuindo a esta
*
Texto apresentado em oficina oferecida no Treinamento Local da Aliança Bíblica Universitária de Campinas
(ABUCamp), em 20/04/2013.
*
* Cientista Social e Mestrando em Ciência Política pelo IFCH/UNICAMP.
1
2. polêmica conotações bíblicas que nos remetem a uma espécie de guerra santa que estaria a ser
travada na esfera pública. O propósito desta oficina, portanto, é fomentar um debate sobre o que
significa ser cristão neste contexto polêmico, onde questões tão importantes como o direito à
diferença, os direitos humanos, a representação política, o caráter do Estado, e o papel dos cristãos
na política, colocam-se em cena.
Talvez alguém se questione o que o universitário cristão tem a ver com isto. Eu digo: tem
tudo a ver! Afinal, você está num ambiente plenamente sujeito ao debate político e que agrega um
enorme e variado conjunto de identidades políticas, culturais, religiosas, sexuais, nacionais, etc.
Este ambiente é a universidade, que não apenas exerce um papel na sociedade, mas é também
impactada pelos dilemas que a sociedade produz. A política, o mercado, as desigualdades sociais, a
violência, o preconceito, entre outros aspectos vividos na cidade, afetam diretamente a vida dos
universitários e a própria organização da universidade. Portanto, não estamos alheios ao que
acontece lá fora: pelo contrário, somos atingidos por isto, e temos a responsabilidade de dar
respostas a estes dilemas – de preferência, as boas respostas, afinal, pessoas para oferecerem o que é
pior não faltam.
O que significa, hoje, ser “evangélico” na política?
Muito tem se falado sobre a presença dos cristãos evangélicos na política. Há talvez três
décadas atrás, ter isto como objeto de discussão poderia parecer bastante irreal ou heterodoxo, uma
vez que o sentimento mais convencional era o de que “evangélico não devia se meter com política”.
Não é verdade, porém, que isto não ocorresse no Brasil. Na história do cristianismo protestante
brasileiro, por exemplo, temos figuras de relevada importância que promoveram debates e atuaram
ativamente na política – não necessariamente como representantes parlamentares, mas como
referências intelectuais e militantes. Podemos falar, por exemplo, de Richard Shaull, teólogo
americano radicado no Brasil; Waldo César, sociólogo protestante e um dos fundadores da
Confederação Evangélica do Brasil, com uma história marcada pelo diálogo ecumênico; Anivaldo
Padilha, metodista, que foi preso e torturado por fazer oposição à ditadura militar brasileira;
Robinson Cavalcanti, que foi bispo anglicano em Pernambuco e referência para o debate sobre
justiça social entre grupos evangélicos; Marina Silva, ex-senadora e que se tornou conhecida por
sua militância pela causa ambiental. Citei aqui, obviamente, os exemplos que admiro (ou já admirei
mais) e cuja importância reconheço. E me restringi apenas aos cristãos protestantes (se eu fosse
falar do católicos, também poderia desfiar mais alguns nomes, principalmente se considerarmos a
importância da militância popular católica contra a ditadura brasileira). Mas, obviamente, não quero
2
3. passar a impressão de que toda atuação política “evangélica” é benéfica para o país. Muitas igrejas
protestantes no país se calaram durante os anos de chumbo da ditadura, e muitos políticos
evangélicos também vinham à cena pública para defender medidas contrárias à liberdade e ao
reconhecimento de direitos para populações carentes, mulheres, etc. O temor do comunismo e do
crescimento de uma perseguição contra as Igrejas evangélicas sempre foi uma válvula de escape
especial para estes setores. A reivindicação dos “valores da família” e da “sociedade cristã”
brasileira sempre foram uma constante.
Como afirmei, é verdade que existia um senso comum de que evangélico não se metia com
política. Mas ao final da década de 1980, especialmente no período da constituinte, esta tendência
ganhou outro rumo. De lá pra cá, aumentou bastante o número de parlamentares evangélicos. Ela
cresceu numa constante durante a década de 1990. Para se ter ideia, 33 deputados evangélicos
foram eleitos para a Assembleia Constituinte de 1987, sendo 18 deles pertencentes a ramos
pentecostais e, destes, 14 sendo da Assembleia de Deus1
; dez anos depois, no pleito de 1998, os
deputados federais evangélicos ocupavam 44 cadeiras no Congresso – sendo 14 deles membros da
Igreja Universal do Reino de Deus2
. Nos anos seguintes, este número tendeu à estabilidade: foram
51 deputados federais e dois senadores na legislatura 1999-2003; 58 deputados e três senadores no
período 2004-2007; 40 deputados e dois senadores para a legislatura 2008-2011. Nota-se que há
uma redução no período 2008-2011 que pode ser considerada efeito do escândalo das
“sanguessugas”, que envolveu diversos parlamentares vinculados à IURD3
.
Mas falar de cristãos evangélicos na política não significa falar apenas daqueles que
exercem mandato parlamentar. Os cristãos de confissão evangélica cresceram muito no país nos
últimos vinte anos. Em 2000, os evangélicos representavam 15,4% da população brasileira, e isto já
representava o dobro da porcentagem registrada no início da década de 1990. Hoje, esta fatia
alcança 22%4
. Em termos eleitorais, os números são semelhantes. De acordo com o ESEB – Estudo
Eleitoral Brasileiro – de 2010, os evangélicos representam 21,6% do eleitorado brasileiro. É
evidente, portanto, que os evangélicos não são mais uma mera minoria no país: eles tem o poder de
desequilibrar as eleições, e os grandes partidos perceberam isto. Daí ter se tornado rotina nos
últimos pleitos a quantidade de candidatos que se comprometem, ou pelo menos dialogam, com as
1
PIERUCCI, Antônio Flávio e PRANDI, Reginaldo. A realidade social das religiões no Brasil: religião, sociedade e
política. São Paulo, Hucitec, 1996, p. 169-171
2
MACHADO, Maria das Dores Campos. Política e religião: a participação dos evangélicos nas eleições. Rio de
Janeiro, Editora FGV, 2006, p. 27.
3
BAPTISTA, Saulo. Pentecostais e neopentecostais na política brasileira: um estudo sobre cultura política, Estado e
atores coletivos religiosos no Brasil. São Paulo, Annablume; São Bernardo do Campo, Instituto Metodista Izabela
Hedrix, 2009, p. 365.
4
“A fé dos brasileiros”, em O Estado de São Paulo, disponível em <http://estadaodados.com/html/religiao/>, acesso
em 19/04/2013.
3
4. bandeiras tradicionalmente reivindicadas pelo que podemos chamar de “setores evangélicos”.
Ledo engano, porém achar que os evangélicos são os simples alvo dos políticos de plantão.
Pelo contrário, as igrejas desejam profundamente ser procuradas. E não apenas isto. As igrejas,
através de seus líderes, atuam na cena política de modo bastante interessado e articulado. Não é por
caridade, nem por altruísmo: os evangélicos querem espaço na política brasileira. Querem o direito
de barganhar com o Estado. E querem refletir seu moralismo nas leis e na constituição que rege o
Brasil. Eu costumo dizer que os evangélicos pensam o Estado através de uma "mentalidade
bipolar": ao mesmo tempo que os famosos pastores, bispos e apóstolos midiáticos rechaçam
qualquer interferência do Estado nos espaços eclesiásticos, agem no sentido de estabelecer suas
convicções religiosas, sem as depurações necessárias e provenientes do debate público, como
instrumentos de orientação e prática do Estado.
Creio que a partir deste ponto podemos compreender as orientações que normalmente guiam
os discursos e práticas políticas dos evangélicos no parlamento e em outros espaços públicos.
Nenhum destes ousa questionar a laicidade do Estado, mas fazem questão de lembrar que ninguém
pode abandonar suas crenças religiosas. Até aí, acredito que ninguém discorda. Mas o que significa
ser religioso frente as instituições laicas? E principalmente, o que significa a existência e o
funcionamento de um Estado e instituições laicas? O que é permitido e o que não é? O que o
religioso poder ser ou não? Que valores são flexíveis ou não? São estes dilemas que se colocam
para os cristãos: pensar o que é defender valores cristãos numa sociedade em que nem todos são
cristãos, e na qual, inclusive, há muitos cristãos que divergem entre si sobre que valores devem ser
defendidos.
A questão da diferença
É impossível encontrar um grupo qualquer onde diferenças e divergências não se coloquem.
Quanto mais numa sociedade, especialmente a que vivemos, urbana, industrial, consumista, plural,
repleta de diferentes identidades. Às vezes, inclusive, estamos tão imersos na sociedade que não nos
damos conta da existência de diferentes sociedades dentro do nosso próprio país. E muitas vezes, o
não reconhecimento destas diferentes expressões culturais, identitárias e sociais nos levam ao
desprezo delas, e ao não reconhecimento de seus direitos. Um termo muito caro à antropologia é a
alteridade: a capacidade de colocar-se no lugar do outro, reconhecendo suas posições, seus limites,
seus fundamentos, e estabelecendo a partir destes elementos um diálogo para o reconhecimento do
diferente, e do seu direito à existência. Não significa, obviamente, que tudo é aceitável e relativo.
Determinadas ideologias são criminalizadas no Brasil como, por exemplo, o racismo e o
4
5. nazifascismo. Creio que não é difícil entender porque. Mas cabe lembrar que, se estamos falando de
reconhecimento das diferenças, podemos inferir que a principal coisa que estas ideologias não
fazem é reconhecer o direito à diferença.
Sabemos que hoje a bola da vez está com os homossexuais. O movimento LGBTT é
bastante organizado e reivindica o reconhecimento da sua diferença, e os direitos devidos a esse
reconhecimento. Não acredito que aqui seja o espaço para discutirmos se os cristãos correm riscos
de serem “calados” por criticarem a prática homossexual. Na verdade, penso que este é um falso
dilema. Mas questiono: não é injusto ignorar que os homossexuais que constroem um patrimônio
conjunto estavam em situação de insegurança jurídica pelo fato de não terem sua união afetiva
reconhecida pelo Estado? Ou que os homossexuais estão cabalmente expostos à violência por
motivação homofóbica? Neste último caso, a situação é tão grave que até mesmo heterossexuais
sofrem violência motivada por homofobia, por mais absurdo que pareça.
A violência e a desigualdade de direitos, porém, não incide apenas sobre homossexuais.
Estes dois aspectos apresentam recortes étnicos, de gênero, e sociais também. Entre as vítimas de
homicídios, morrem mais negros do que brancos, especialmente na periferia. E, ainda por cima, a
tendência constatada no Brasil é a de aumento do número de negros mortos, e redução do de
brancos5
. No caso da questão de gênero, houve um aumento considerável no número de denuncias
de agressão e estupro contra mulheres6
, e a questão da liberdade de ir e vir das mulheres, do repudio
à violação de seus corpos, e da garantia do respeito ao seu corpo, também estavam na ordem do dia
(todos lembramos da famosa “Marcha das Vadias”, não?). E a respeito dos casos de violência e
desigualdade de fundo social, acredito que isto está fora de dúvida. Basta andarmos um pouco além
dos limites universitários de Barão Geraldo para percebermos que existem populações carentes de
infraestrutura, saúde, educação, segurança, transportes adequados, saneamento básico, etc.
Entre estes problemas existem aqueles que são maiores ou menores do que outros? Penso
que não. E isto é um problema recorrente, e que precisamos problematizar. Pude dialogar com
muitos colegas, inclusive evangélicos, a respeito destes problemas, e também sobre corrupção,
outro tema de notória comoção pública. E todos vimos que se criou uma disputa nos debates
públicos e nas redes sociais a respeito do que era mais preocupante: a presença de Marco Feliciano
na presidência da CDHM, ou a presença de José Genoíno e João Paulo Cunha na Comissão de
Constituição e Justiça do Congresso, apesar dos mesmos terem sido condenados no famoso
julgamento do “mensalão” no segundo semestre de 2012. Muitos defenderam que o PT havia agido
5
“A cor dos homicídios”, em Le Monde Diplomatique, disponível em <http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?
id=1349>, acesso em 19/04/2013.
6
“A rotina da violência contra as mulheres”, em O Globo, disponível em <http://oglobo.globo.com/rio/a-rotina-da-
violencia-contra-as-mulheres-7778967>, acesso em 19/04/2013.
5
6. de caso pensado, abandonando a presidência da CDHM e deixando a cadeira aberta para os partidos
do governo – restando ao PSC assumi-la e, consequentemente, Marco Feliciano. A ação seria
proposital para que os réus do “mensalão” não fossem execrados na opinião pública, cabendo a
Marco Feliciano a tarefa de encarar a revolta social por conta de sua já conhecida e polêmica
personalidade. Não acredito na viabilidade deste argumento. Pelo contrário, penso que o maior
beneficiado nesta história não é o PT, mas o PSC – ou vocês acreditam que Marco Feliciano não vai
capitalizar politicamente toda esta situação? Porém, acredito que a discussão principal não deve
girar em torno do que é pior: se é ter dois deputados condenados por corrupção na CCJ, ou um
deputado que faz declarações racistas e homofóbicas na presidência da CDHM. Na verdade, o que
precisamos reconhecer é que ambas as situações representam um problema, e há uma necessidade
de questionamento e protesto contras todas elas. Seria muito delongado entrar no mérito das
correlações de força políticas que levam os movimentos sociais e a opinião pública a se dedicarem a
um único problema. Mas é necessário enfatizar que não há uma situação melhor que a outra.
Temos, portanto, uma situação sobre a qual precisamos refletir. Existem grupos que
reivindicam o reconhecimento de suas diferenças, e o direito a elas. E o não reconhecimento destes
direitos os coloca em uma insegurança jurídica e social, uma vez que são violentados por conta de
sua condição (étnica, de gênero, de orientação sexual, religiosa, social, cultural, identitária, etc). Isto
implica o reconhecimento de suas vozes e de sua dignidade. Como lidar com isto a partir da
reflexão cristã?
Uma reflexão bíblica
Tanto no Velho Testamento, quanto no Novo Testamento, sempre encontramos referências
ao cuidados com os oprimidos. Um versículo que admiro profundamente encontra-se no livro dos
Salmos. E trata-se de um clamor por justiça e por ação: “Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos
humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás, para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido,
a fim de que o homem, que é da terra, já não infunda terror” (Sl. 10: 17-18). O salmista deixa
bastante claro quem é aquele para os quais Deus volta seus ouvidos e inspira para que lute por
justiça. Não é mera retórica. Devemos lembrar do quão importante significa o processo de
libertação que o povo hebreu vivenciou, e que se encontra relatado no livro do Êxodo. Deus estava
com aquele povo, e deu a eles um líder, Moisés, para que os guiasse no caminho que os levaria a
terra prometida. Era este um caminho de liberdade. Amarras servis não mais prenderiam aquele
povo.
Alguém talvez questione em quê este episódio se relaciona com a nossa realidade. Eu digo
6
7. que em muitas coisas. Toda referência histórica é fundamental para pensarmos o agir na nossa
realidade. Esta, por exemplo, é mais do que especial, porque nela vemos Deus libertando seu povo
da escravidão, levando-o a busca de uma trilha de liberdade política e espiritual. Aqueles eram os
oprimidos daquele tempo.
Esta figura, do oprimido, é recorrente no Velho Testamento, e vinculada a outra figura
fundamental: a da justiça. Sem estas referências, seria bastante complicado compreender, por
exemplo, a exortação de Isaías: “Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor;
defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas” (Is. 1: 17). Tampouco compreenderíamos o
reclamo de Amós, este profeta que, ao anunciar o desprezo de Deus pelos sacrifícios, afirma: “antes,
corra o juízo como as águas, e a justiça como ribeiro perene” (Am. 5: 24).
Também podemos nos remeter ao Novo Testamento e, mais especificamente, às palavras de
nosso Mestre e Salvador, Jesus Cristo. Em especial, faço referências a algumas das bem-
aventuranças, presentes no Sermão do Monte registrado no Evangelho de Mateus: “Bem-
aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão fartos (…); Bem-aventurados os
pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os perseguidos por causa
da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mt. 5: 6, 9-10). Jesus Cristo nos convoca a proclamar
fundamentalmente a justiça e a paz, e também nos exorta, em outros versículos, à mansidão, à
humildade e à misericórdia. A recompensa de todas estas atitudes as quais Deus nos chama a
exercer é a certeza de que combatemos o bom combate, e que o Reino será visível e vivido por
todos nós. Reino pleno de amor, um amor que precisamos viver agora, o fundamento dos principais
mandamentos ensinados por Jesus: amar ao Senhor de todo coração; e amar ao teu próximo como a
ti mesmo (ver Mt. 22: 37-40). Ora, os Evangelhos relatam Jesus como um mestre amoroso e
sedento de justiça. As curas e milagres de Jesus são exercidas, especialmente, para com aqueles que
carregavam sobre si o estigma social, o abandono de seus pares: crianças, viúvas, cegos, mudos,
leprosos. Isto nos ensina: Jesus não os curava, não os consolava, não os amava porque “achava
bonitinho cuidar de gente pobre e abandonada”. Jesus sabia quanto sofrimento pesava nas costas
destes desgraçados. Por eles, e através deles, Jesus mostrava o caminho: caminho da igualdade, da
justiça, do direito, do respeito. Caminho da paz, e paz com direito a voz.
Mas, então, o que temos para hoje? Quem são os oprimidos, aqueles que precisam ser
reconhecidos, que precisam ter direitos, que precisam ser alvos da justiça? É sempre difícil chegar a
uma conclusão consensual a respeito de quem é este “oprimido”. Mas, em grande medida, ninguém
aqui nega que a maior parte da população brasileira e mundial vive nas mais precárias condições de
existência. Então, de certo modo, aqueles que padecem com parcos salários, condições degradantes
de trabalho, ausência de creches e escolas, baixos investimentos governamentais em saúde,
7
8. educação, saneamento básico, todos estes homens e mulheres situados nestas condições merecem
nossa profunda atenção. Como cristãos, não podemos admitir que estas coisas perdurem sem que
levantemos nossa voz contra elas.
Porém, coloco a vocês a possibilidade de considerarmos aqueles que não são oprimidos
apenas por suas condições materiais, mas também por suas condições étnicas, de gênero, por suas
orientações sexuais, suas expressões religiosas. Devemos trabalhar com a perspectiva de sempre
garantir que todos tenham seus direitos reconhecidos, e que ninguém sofra discriminação ou
violência por conta de sua condição. Os parlamentares evangélicos, e muitas comunidades cristãs,
infelizmente não aceitam isto, especialmente quando falamos de homossexuais. Penso, porém, que
pelo fato de estarmos situados em uma democracia que se reivindica laica, os atores sociais
religiosos devem propor um diálogo, que pode ser intransigente na defesa de direitos básicos e
reconhecidos como direitos humanos em caráter universal, mas que não procura negar a diferentes
atores o acesso a estes mesmos direitos. A Igreja deve, necessariamente, colocar suas disposições
políticas em favor da defesa da dignidade humana, e respeitar direitos que, à primeira vista,
respaldem práticas que pareçam moralmente negativas ao cristianismo, mas que não são
necessariamente criminalizáveis. Retomo as palavras do pastor Ed René Kivitz, publicadas no
Twitter em 2011, e que resumem com clareza o que deveria ser algo óbvio para nós: "Nem todo
crime é pecado, nem todo pecado é crime". E também registro aqui as palavras do deputado
estadual Carlos Bezerra Jr, publicadas em seu site, recentemente: “Há mais de dois mil versículos
na Bíblia falando sobre o cuidado com os pobres e aproximadamente seis tratando sobre
homossexualidade, por exemplo. No entanto, não se vê nenhum projeto para atender a quem sofre.
Pergunto: Quantas vezes Jesus falou sobre homossexualidade? Respondo: Nenhuma… No topo da
lista dos confrontados pelo Mestre estavam os homossexuais? Ou eram os hipócritas religiosos de
Sua época? Por que, então, super explorar alguns temas de forte apelo eleitoral e desvalorizar
outros, claramente enfatizados pela Bíblia e por Jesus? A quem interessa reduzir a essência amorosa
e transformadora da mensagem de Jesus à agenda moralista? Será que esses que fecham os olhinhos
diante das câmeras da imprensa, parecendo muito espirituais, não os mantêm bem abertos, fixos nos
votos que podem tirar de todo esse teatro?”7
.
Temos uma grande missão: proclamar a Verdade que nos salva, que nos perdoa, que nos
orienta à justiça, apesar de tudo o que somos. Façamos esta Verdade que nos constrange correr o
mundo, aplicando-a no nosso dia a dia, e utilizando-a como fundamento do amor para com todos
aqueles que estão à nossa volta, com suas diferenças e especificidades. Reconheçamos seus direitos
e sua dignidade. Um primeiro passo de amor para um caminho de justiça, pela Graça de Cristo.
7
“Fé cega, faca amolada”, disponível em <http://www.carlosbezerrajr.com.br/blog/?p=704>, acesso em 19/04/2013.
8