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Capítulo XVI
— Não se
pode servir a
Deus e a
Mamon
Salvação dos ricos>Preservar-se
da avareza
• 1. Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou
odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e
desprezará o outro. Não podeis servir
simultaneamente a Deus e a Mamon.
(S. LUCAS, 16:13)
A Parábola do Rico
Insensato
• Então, no meio da turba, um
homem lhe disse: Mestre, dize a
meu irmão que divida comigo a
herança que nos tocou. – Jesus
lhe disse: Ó homem! quem me
designou para vos julgar, ou para
fazer as vossas partilhas? – E
acrescentou: Tende o cuidado de
presevar-vos de toda a avareza,
porquanto, seja qual for a
abundância em que o homem se
encontre, sua vida não depende
dos bens que ele possua.
A Parábola do Rico
Insensato
• Aqui está, disse, o que farei:
Demolirei os meus celeiros e
construirei outros maiores, onde
porei toda a minha colheita e
todos os meus bens. – E direi a
minha alma: Minha alma, tens de
reserva muitos bens para longos
anos; repousa, come, bebe,
goza. – Mas, Deus, ao mesmo
tempo, disse ao homem: Que
insensato és! Esta noite mesmo
tomar-te-ão a alma; para que
servirá o que acumulaste?
É o que acontece àquele que
acumula tesouros para si próprio
e que não é rico diante de Deus.
(S. LUCAS, 12:13 a 21.)
Herança e
Eutanásia
Cap.30 – Nosso
Lar
– Nossa irmã Paulina deseja ver o pai
enfermo, no Pavilhão 5. Antes de atender,
julguei razoável consultá-la, porque o
doente continua em crise muito aguda.
– Mande-a entrar sem demora. Ela tem
permissão da Ministra, visto estar
consagrando o tempo disponível em tarefa
de reconciliação dos familiares.
O Estado do Pai: O velho enfermo não teve
uma palavra de ternura para a filha que o
saudou carinhosa. Através do olhar, que
evidenciava aspereza e revolta, semelhava-se
a uma fera humana enjaulada.
– Papai, o senhor sente-se melhor? -
perguntou com extremo carinho filial. – Ai!...
Ai!... - gritou o doente em voz estentórica -
não posso esquecer o infame, não posso
descansar o pensamento... Ainda o vejo a
meu lado, ministrando-me o veneno mortal!...
• – Não diga isso, papai - pediu a
moça delicadamente -, lembre-se
de que Edelberto entrou em
nossa casa como filho, enviado
por Deus. – Meu filho? - gritou o
infeliz - nunca! nunca!... É
criminoso sem perdão, filho do
inferno!... Paulina falava, agora,
com os olhos rasos d’água.
• Nossos lares terrestres são
cadinhos de purificação dos
sentimentos ou templos de união
sublime, a caminho da
solidariedade universal. Muito
lutamos e padecemos, até
adquirir o verdadeiro título de
irmão. Somos todos uma só
família, na Criação, sob a bênção
providencial de um Pai único.
• Ouvindo-lhe a voz muito meiga, o doente se pôs a chorar
convulsivamente. – Perdoe Edelberto, papai! Procure sentir
nele, não o filho leviano, mas o irmão necessitado de
esclarecimento. Estive em nossa casa, ainda hoje, lá
observando extremas perturbações. Daqui, deste leito, o
senhor envolve todos os nossos em fluidos de amargura e
incompreensão e eles lhe fazem o mesmo por idêntico modo. O
pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais
distante que esteja.
• A permuta de ódio e desentendimento causa ruína e
sofrimento nas almas. Mamãe recolheu-se, faz alguns dias, ao
hospício, ralada de angústia. Amália e Cacilda entraram em luta
judicial com Edelberto e Agenor, em virtude dos grandes
patrimônios materiais que o senhor ajuntou nas esferas da
carne. Um quadro terrível, cujas sombras poderiam diminuir, se
sua mente vigorosa não estivesse mergulhada em propósitos
de vingança.
• Aqui, vemo-lo em estado grave; na Terra, mamãe
louca e os filhos perturbados, odiando-se entre si.
Em meio de tantas mentes desequilibradas, uma
fortuna de um milhão e quinhentos mil cruzeiros. E
que vale isso, se não há um átomo de felicidade
para ninguém?
• – Mas eu leguei enorme patrimônio à família - atalhou o infeliz,
rancorosamente -, desejando o bem-estar de todos... Paulina
não o deixou terminar, retomando a palavra:
• – Nem sempre sabemos interpretar o que seja benefício, no
capítulo da riqueza transitória. Se o senhor assegurasse o
futuro dos nossos, garantindo-lhes a tranquilidade moral e o
trabalho honesto, seu esforço seria de valiosa previdência; mas,
às vezes papai...
• ... costumamos amealhar o dinheiro por espírito de
vaidade e ambição. Querendo viver acima dos outros, não
nos lembramos disso, senão nas expressões externas da
vida. São raros os que se preocupam em ajuntar
conhecimentos nobres, qualidades de tolerância, luzes de
humildade, bênçãos de compreensão.
• Impomos a outrem os nossos caprichos, afastamo-
nos dos serviços do Pai, esquecemos a lapidação do
nosso espírito. Ninguém nasce no planeta
simplesmente para acumular moedas nos cofres ou
valores nos bancos.
• É natural que a vida
humana peça o concurso
da previdência e é justo
que não prescinda da
contribuição de mordomos
fiéis, que saibam
administrar com sabedoria;
mas ninguém será
mordomo do Pai com
avareza e propósitos de
dominação. Tal gênero de
vida arruinou nossa casa.
• Debalde, noutro tempo,
busquei levar socorro
espiritual ao ambiente
doméstico. Enquanto o
senhor e mamãe se
sacrificavam por aumentar
haveres, Amália e Cacilda
esqueceram o serviço útil
e, como preguiçosas da
banalidade social,
encontraram ociosos que
as desposaram, visando a
vantagens financeiras.
• Agenor repudiou o estudo sério, entregando-se a más
companhias. Edelberto conquistou o título de médico,
alheando-se por completo da Medicina e exercendo-a tão-
somente de longe em longe à maneira do trabalhador que
visita o serviço por curiosidade. Todos arruinaram belas
possibilidades espirituais, distraídos pelo dinheiro fácil e
apegados à idéia de herança.
• Calou-se Paulina, acariciando a fronte paterna e contendo,
a custo, as lágrimas. Daí a instante, retirava-me em
companhia de ambas, sob forte impressão. As duas amigas
trocaram confidências, ainda por alguns minutos,
despedindo-se Paulina a evidenciar muita generosidade
nas frases gentis, mas muita tristeza no olhar afogado em
justa preocupação.
• Voltando à intimidade, Narcisa disse, bondosa: – Os casos
de herança, em regra, são extremamente complicados.
Com raras exceções, acarretam enorme peso a legadores e
legatários. Neste caso, porém, vemos não só isso, mas
também a eutanásia. A ambição do dinheiro criou, em
toda a família de Paulina, esquisitices e desavenças. Pais
avarentos possuem filhos esbanjadores.
• Fui a casa de nossa amiga, quando o irmão, o Edelberto,
médico de aparência distinta, empregou, no genitor quase
moribundo, a chamada "morte suave". Esforçamo-nos por o
evitar, mas foi tudo em vão. O pobre rapaz desejava, de fato,
apressar o desenlace, por questões de ordem financeira, e aí
temos agora a imprevidência e o resultado - o ódio e a
moléstia. E com expressivo gesto, Narcisa rematou: – Deus
criou seres e céus, mas nós costumamos transformar-nos em
espíritos diabólicos, criando nossos infernos individuais.

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  • 1. Capítulo XVI — Não se pode servir a Deus e a Mamon Salvação dos ricos>Preservar-se da avareza
  • 2. • 1. Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (S. LUCAS, 16:13)
  • 3. A Parábola do Rico Insensato • Então, no meio da turba, um homem lhe disse: Mestre, dize a meu irmão que divida comigo a herança que nos tocou. – Jesus lhe disse: Ó homem! quem me designou para vos julgar, ou para fazer as vossas partilhas? – E acrescentou: Tende o cuidado de presevar-vos de toda a avareza, porquanto, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que ele possua.
  • 4. A Parábola do Rico Insensato • Aqui está, disse, o que farei: Demolirei os meus celeiros e construirei outros maiores, onde porei toda a minha colheita e todos os meus bens. – E direi a minha alma: Minha alma, tens de reserva muitos bens para longos anos; repousa, come, bebe, goza. – Mas, Deus, ao mesmo tempo, disse ao homem: Que insensato és! Esta noite mesmo tomar-te-ão a alma; para que servirá o que acumulaste? É o que acontece àquele que acumula tesouros para si próprio e que não é rico diante de Deus. (S. LUCAS, 12:13 a 21.)
  • 5. Herança e Eutanásia Cap.30 – Nosso Lar – Nossa irmã Paulina deseja ver o pai enfermo, no Pavilhão 5. Antes de atender, julguei razoável consultá-la, porque o doente continua em crise muito aguda. – Mande-a entrar sem demora. Ela tem permissão da Ministra, visto estar consagrando o tempo disponível em tarefa de reconciliação dos familiares.
  • 6. O Estado do Pai: O velho enfermo não teve uma palavra de ternura para a filha que o saudou carinhosa. Através do olhar, que evidenciava aspereza e revolta, semelhava-se a uma fera humana enjaulada. – Papai, o senhor sente-se melhor? - perguntou com extremo carinho filial. – Ai!... Ai!... - gritou o doente em voz estentórica - não posso esquecer o infame, não posso descansar o pensamento... Ainda o vejo a meu lado, ministrando-me o veneno mortal!...
  • 7. • – Não diga isso, papai - pediu a moça delicadamente -, lembre-se de que Edelberto entrou em nossa casa como filho, enviado por Deus. – Meu filho? - gritou o infeliz - nunca! nunca!... É criminoso sem perdão, filho do inferno!... Paulina falava, agora, com os olhos rasos d’água.
  • 8. • Nossos lares terrestres são cadinhos de purificação dos sentimentos ou templos de união sublime, a caminho da solidariedade universal. Muito lutamos e padecemos, até adquirir o verdadeiro título de irmão. Somos todos uma só família, na Criação, sob a bênção providencial de um Pai único.
  • 9. • Ouvindo-lhe a voz muito meiga, o doente se pôs a chorar convulsivamente. – Perdoe Edelberto, papai! Procure sentir nele, não o filho leviano, mas o irmão necessitado de esclarecimento. Estive em nossa casa, ainda hoje, lá observando extremas perturbações. Daqui, deste leito, o senhor envolve todos os nossos em fluidos de amargura e incompreensão e eles lhe fazem o mesmo por idêntico modo. O pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais distante que esteja.
  • 10. • A permuta de ódio e desentendimento causa ruína e sofrimento nas almas. Mamãe recolheu-se, faz alguns dias, ao hospício, ralada de angústia. Amália e Cacilda entraram em luta judicial com Edelberto e Agenor, em virtude dos grandes patrimônios materiais que o senhor ajuntou nas esferas da carne. Um quadro terrível, cujas sombras poderiam diminuir, se sua mente vigorosa não estivesse mergulhada em propósitos de vingança.
  • 11. • Aqui, vemo-lo em estado grave; na Terra, mamãe louca e os filhos perturbados, odiando-se entre si. Em meio de tantas mentes desequilibradas, uma fortuna de um milhão e quinhentos mil cruzeiros. E que vale isso, se não há um átomo de felicidade para ninguém?
  • 12. • – Mas eu leguei enorme patrimônio à família - atalhou o infeliz, rancorosamente -, desejando o bem-estar de todos... Paulina não o deixou terminar, retomando a palavra: • – Nem sempre sabemos interpretar o que seja benefício, no capítulo da riqueza transitória. Se o senhor assegurasse o futuro dos nossos, garantindo-lhes a tranquilidade moral e o trabalho honesto, seu esforço seria de valiosa previdência; mas, às vezes papai...
  • 13. • ... costumamos amealhar o dinheiro por espírito de vaidade e ambição. Querendo viver acima dos outros, não nos lembramos disso, senão nas expressões externas da vida. São raros os que se preocupam em ajuntar conhecimentos nobres, qualidades de tolerância, luzes de humildade, bênçãos de compreensão.
  • 14. • Impomos a outrem os nossos caprichos, afastamo- nos dos serviços do Pai, esquecemos a lapidação do nosso espírito. Ninguém nasce no planeta simplesmente para acumular moedas nos cofres ou valores nos bancos.
  • 15. • É natural que a vida humana peça o concurso da previdência e é justo que não prescinda da contribuição de mordomos fiéis, que saibam administrar com sabedoria; mas ninguém será mordomo do Pai com avareza e propósitos de dominação. Tal gênero de vida arruinou nossa casa.
  • 16. • Debalde, noutro tempo, busquei levar socorro espiritual ao ambiente doméstico. Enquanto o senhor e mamãe se sacrificavam por aumentar haveres, Amália e Cacilda esqueceram o serviço útil e, como preguiçosas da banalidade social, encontraram ociosos que as desposaram, visando a vantagens financeiras.
  • 17. • Agenor repudiou o estudo sério, entregando-se a más companhias. Edelberto conquistou o título de médico, alheando-se por completo da Medicina e exercendo-a tão- somente de longe em longe à maneira do trabalhador que visita o serviço por curiosidade. Todos arruinaram belas possibilidades espirituais, distraídos pelo dinheiro fácil e apegados à idéia de herança.
  • 18. • Calou-se Paulina, acariciando a fronte paterna e contendo, a custo, as lágrimas. Daí a instante, retirava-me em companhia de ambas, sob forte impressão. As duas amigas trocaram confidências, ainda por alguns minutos, despedindo-se Paulina a evidenciar muita generosidade nas frases gentis, mas muita tristeza no olhar afogado em justa preocupação.
  • 19. • Voltando à intimidade, Narcisa disse, bondosa: – Os casos de herança, em regra, são extremamente complicados. Com raras exceções, acarretam enorme peso a legadores e legatários. Neste caso, porém, vemos não só isso, mas também a eutanásia. A ambição do dinheiro criou, em toda a família de Paulina, esquisitices e desavenças. Pais avarentos possuem filhos esbanjadores.
  • 20. • Fui a casa de nossa amiga, quando o irmão, o Edelberto, médico de aparência distinta, empregou, no genitor quase moribundo, a chamada "morte suave". Esforçamo-nos por o evitar, mas foi tudo em vão. O pobre rapaz desejava, de fato, apressar o desenlace, por questões de ordem financeira, e aí temos agora a imprevidência e o resultado - o ódio e a moléstia. E com expressivo gesto, Narcisa rematou: – Deus criou seres e céus, mas nós costumamos transformar-nos em espíritos diabólicos, criando nossos infernos individuais.