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A INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA DO
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO
BRASIL
CAIO PRADO JR.
Caio da Silva Prado Jr.
Biografia
 Nascido em 1907, na cidade de São
Paulo.
 Família nobre de políticos da sociedade
paulista. Neto de Martinho Prado Jr. e Antônio
Prado, deputados da Assembleia Legislativa
de São Paulo.
 Graduou-se em Direito pela Faculdade do
Largo de São Francisco em 1928.
Biografia
 Importante atuação política ao longo das
décadas de 1930 e 1940.
 Participou de articulações para a Revolução
de 1930.
 Decepcionado com a inconsistência político-
ideológica da República Velha, aproximou-se
do marxismo e se filiou ao Partido Comunista
Brasileiro em 1931.
Biografia
 Primeira obra: “Evolução Política do Brasil”
(1933). É uma tentativa de interpretação da
história política e social do país.
 “Formação do Brasil contemporâneo” (1942):
um “divisor de águas da historiografia
brasileira”.
 1945 – eleito deputado estadual como
terceiro suplente pelo Partido Comunista
Brasileiro.
Biografia
 Na década de 1950, desenvolveu reflexões sobre
a dialética em duas obras.
 Perseguido pelo Regime Militar nos anos 1960.
 Preso em 1970 por “incitação subsversiva” por
conta de uma palestra na Faculdade de Filosofia
da USP. Ficou na prisão por 21 meses.
 Faleceu em 1990, aos 83 anos.
Contexto intelectual
 Obteve Livre Docência em Economia Política
pela Faculdade de Direito do Largo São
Francisco.
 Contato direto com diversos intelectuais de
sua época.
 Fundou em 1943, juntamente com Arthur
Neves e Monteiro Lobato a Revista
Brasiliense.
Contexto intelectual
 Eleito Intelectual do Ano em 1966 com a
conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela
União Brasileira de Escritores.
 Obras publicadas ao longo de 5 décadas, sob
variados contextos políticos e econômicos,
nacionais e internacionais.
 Considerado componente da tríade fundamental
para o entendimento histórico do Brasil, ao lado
de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.
O sentido da colonização
 Caio Prado inaugura, do ponto de vista
nacional, a análise materialista-histórica. Até
ele, a historiografia era administrativa ou
racial.
 “Por que somos o que somos no processo
histórico?”
 Entendimento da colonização do Brasil como
parte de um projeto internacional de
expansão do capitalismo mercantil.
O sentido da colonização
 O Brasil nasceu capitalista, ainda que esse
capitalismo seja periférico, marcado pelo
sentido da colonização.
 Independência, fim do tráfico negreiro,
abolição, entrada de imigrantes: nada altera
as características da devastação da força de
trabalho.
 Isso permanece porque o empreendimento
exportador colonial segue como força
A divergência comunista
 Internacional Comunista quer estratégia
comum para todos os países. Caio Prado
refuta, pois existem características distintas
na colonização de cada país.
 Para chegar ao socialismo, seria necessário
“maturar” o capitalismo. Este não se
desenvolvia por dois motivos: predomínio do
latifúndio improdutivo de herança feudal e
forças externas que impedem o crescimento
de uma burguesia genuinamente brasileira.
A divergência comunista
 Para Caio Prado, não há feudalismo no
Brasil: o latifúndio brasileiro não é feudal, mas
é parte de um empreendimento internacional.
 De origem escravagista e voltado quase
exclusivamente ao mercado internacional, as
condições para a superação do capitalismo
(luta de classes) são secundárias.
A dialética em Caio Prado
 Um dos aspectos mais intelectualmente
requintados de sua teoria historiográfica.
 À maneira de Marx?
 Contradições que articulam o momento
social, político e econômico levam à sua
própria superação: a ascensão cafeeira levou
à industrialização.
O Imperialismo
 Herança histórica da produção sempre
voltada para satisfação de lucros do capital
estrangeiro.
 Mercado mundial evolui para um capitalismo
financeiro.
 Capital financeiro internacional se imiscui na
economia brasileira primordialmente através
de empréstimos públicos.
O Imperialismo
 Setor do café é o mais “invadido” pelo capital
estrangeiro, que retira a maior parte dos
lucros produzidos no país.
 Valor agregado no exterior: exploração da
mais-valia brasileira.
 Brasil vende o “valor potencial” do seu
produto.
Caio Prado, um reformista
 Luta parlamentar pelas reformas.
 Acreditava na reforma agrária, mas a via
como insuficiente. Trabalhadores do campo
requerem direitos trabalhistas iguais aos de
operários. (Contexto da época).
 Verdadeira reforma: industrialização voltada
ao mercado interno. Soberania e autonomia
na produção.
Considerações finais
 Pensar o capitalismo brasileiro com a sua
forma específica de matriz-histórica, que é a
escravidão.
 O capitalismo brasileiro, desde os seus
primórdios, não existe isolado, mas integrado
num sistema de exploração internacional.

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  • 1. A INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO BRASIL CAIO PRADO JR.
  • 2. Caio da Silva Prado Jr.
  • 3. Biografia  Nascido em 1907, na cidade de São Paulo.  Família nobre de políticos da sociedade paulista. Neto de Martinho Prado Jr. e Antônio Prado, deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo.  Graduou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco em 1928.
  • 4. Biografia  Importante atuação política ao longo das décadas de 1930 e 1940.  Participou de articulações para a Revolução de 1930.  Decepcionado com a inconsistência político- ideológica da República Velha, aproximou-se do marxismo e se filiou ao Partido Comunista Brasileiro em 1931.
  • 5. Biografia  Primeira obra: “Evolução Política do Brasil” (1933). É uma tentativa de interpretação da história política e social do país.  “Formação do Brasil contemporâneo” (1942): um “divisor de águas da historiografia brasileira”.  1945 – eleito deputado estadual como terceiro suplente pelo Partido Comunista Brasileiro.
  • 6. Biografia  Na década de 1950, desenvolveu reflexões sobre a dialética em duas obras.  Perseguido pelo Regime Militar nos anos 1960.  Preso em 1970 por “incitação subsversiva” por conta de uma palestra na Faculdade de Filosofia da USP. Ficou na prisão por 21 meses.  Faleceu em 1990, aos 83 anos.
  • 7. Contexto intelectual  Obteve Livre Docência em Economia Política pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco.  Contato direto com diversos intelectuais de sua época.  Fundou em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato a Revista Brasiliense.
  • 8. Contexto intelectual  Eleito Intelectual do Ano em 1966 com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores.  Obras publicadas ao longo de 5 décadas, sob variados contextos políticos e econômicos, nacionais e internacionais.  Considerado componente da tríade fundamental para o entendimento histórico do Brasil, ao lado de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.
  • 9. O sentido da colonização  Caio Prado inaugura, do ponto de vista nacional, a análise materialista-histórica. Até ele, a historiografia era administrativa ou racial.  “Por que somos o que somos no processo histórico?”  Entendimento da colonização do Brasil como parte de um projeto internacional de expansão do capitalismo mercantil.
  • 10. O sentido da colonização  O Brasil nasceu capitalista, ainda que esse capitalismo seja periférico, marcado pelo sentido da colonização.  Independência, fim do tráfico negreiro, abolição, entrada de imigrantes: nada altera as características da devastação da força de trabalho.  Isso permanece porque o empreendimento exportador colonial segue como força
  • 11. A divergência comunista  Internacional Comunista quer estratégia comum para todos os países. Caio Prado refuta, pois existem características distintas na colonização de cada país.  Para chegar ao socialismo, seria necessário “maturar” o capitalismo. Este não se desenvolvia por dois motivos: predomínio do latifúndio improdutivo de herança feudal e forças externas que impedem o crescimento de uma burguesia genuinamente brasileira.
  • 12. A divergência comunista  Para Caio Prado, não há feudalismo no Brasil: o latifúndio brasileiro não é feudal, mas é parte de um empreendimento internacional.  De origem escravagista e voltado quase exclusivamente ao mercado internacional, as condições para a superação do capitalismo (luta de classes) são secundárias.
  • 13. A dialética em Caio Prado  Um dos aspectos mais intelectualmente requintados de sua teoria historiográfica.  À maneira de Marx?  Contradições que articulam o momento social, político e econômico levam à sua própria superação: a ascensão cafeeira levou à industrialização.
  • 14. O Imperialismo  Herança histórica da produção sempre voltada para satisfação de lucros do capital estrangeiro.  Mercado mundial evolui para um capitalismo financeiro.  Capital financeiro internacional se imiscui na economia brasileira primordialmente através de empréstimos públicos.
  • 15. O Imperialismo  Setor do café é o mais “invadido” pelo capital estrangeiro, que retira a maior parte dos lucros produzidos no país.  Valor agregado no exterior: exploração da mais-valia brasileira.  Brasil vende o “valor potencial” do seu produto.
  • 16. Caio Prado, um reformista  Luta parlamentar pelas reformas.  Acreditava na reforma agrária, mas a via como insuficiente. Trabalhadores do campo requerem direitos trabalhistas iguais aos de operários. (Contexto da época).  Verdadeira reforma: industrialização voltada ao mercado interno. Soberania e autonomia na produção.
  • 17. Considerações finais  Pensar o capitalismo brasileiro com a sua forma específica de matriz-histórica, que é a escravidão.  O capitalismo brasileiro, desde os seus primórdios, não existe isolado, mas integrado num sistema de exploração internacional.