O Brasil entrou pela primeira vez no grupo das 50 nações mais competitivas do mundo, subindo da 53a posição em 2011 para a 48a em 2012. O avanço se deve principalmente à melhora nas condições macroeconômicas do país. A ampliação do uso de telefonia móvel e internet também contribuiu para o aumento da competitividade brasileira.
1. BRASIL ENTRA NO TOP 50 DE
COMPETITIVIDADE
O Brasil entrou em 2012 pela primeira vez no grupo das 50 nações mais
competitivas do mundo, de acordo com o Relatório Global de Competitividade,
que será divulgado hoje pelo Fórum Econômico Mundial.
O país passou da 53ª posição, em 2011, para a 48ª neste ano. Em dois anos, o
salto foi de dez posições.
O estudo é feito desde a década de 1970, mas o Brasil só foi incluído em 1995.
Ao mesclar dados econômicos e a opinião de empresários, o relatório tenta
medir em quais pontos os países deixam de ser eficientes em relação aos
outros.
"Competitividade não é crescimento da economia, mas as condições para
crescer de forma igualitária", afirma Carlos Arruda, coordenador do núcleo de
inovação da Fundação Dom Cabral, responsável, ao lado do Movimento Brasil
Competitivo (MBC), pelo estudo no Brasil.
Segundo Arruda, a posição ideal para o porte econômico brasileiro,
considerando todos entraves regulatórios, seria entre os 30 primeiros.
Dentre os 12 fatores analisados para compor a classificação (veja quadro ao
lado), o aspecto responsável pelo avanço do Brasil foi o que considera as
condições macroeconômicas do país.
Nesse ranque amento, o país saltou da 115ª posição para a 62ª. A mudança,
no entanto, se deve a uma alteração metodológica: o indicador referente ao
spread bancário, em que o Brasil era o penúltimo no ano passado, foi excluído,
por não ser comparável entre todos os países.
A ampliação dos usuários de telefonia móvel e de internet também ajudaram,
além da percepção pelo empresariado de que o governo está se
movimentando para solucionar problemas estruturais.
A opinião de mil presidentes de médias e grandes empresas brasileiras que
atuam dentro e fora do país foram captadas de fevereiro a maio.
Por conta do baixo crescimento econômico generalizado no mundo, o Brasil foi
o único dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) que subiu no ranking.
Superou Portugal, um dos atingidos pela crise na Europa.
O Brasil também subiu uma posição em tamanho de mercado. Agora é nono.
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