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O Criador da Bomba Atômica
A história da descoberta de como liberar a energia
nuclear, e sua aplicação para fazer bombas capazes de
destruir, irradiar e queimar cidades inteiras, é a
grande epopeia trágica do século XX.
Na manhã de 6 de agosto de 1945, após a detonação
da primeira bomba atômica em Hiroshima, o mundo
descobriu estupefato, que o homem conseguira
dominar o poder contido no interior do átomo para
criar uma arma com capacidade de destruição além da
imaginação. Tal feito devia-se em grande parte à
inteligência e inspiração do físico J.Robert
Oppenheimer, então com apenas 41 anos. Nascido em
Nova York, filho de pais abastados de origem judaico-
alemã, entrou para a Universidade de Harvard em
1922, graduando-se em Química com distinção três
anos depois. A seguir viajou para a Europa, onde
trabalhou com diversos físicos na elaboração de teorias
que lhe trariam fama internacional, retornando aos
EUA em 1929 para lecionar em universidades da
Califórnia.
Quando a Segunda Guerra estourou em
1939, os alemães já tinham conhecimento
da fissão nuclear e o governo americano
resolveu criar secretamente um grupo de
cientistas, entre eles Edward Teller e
Ernest Lawrence, coordenados por
Oppenheimer, para desenvolver a nova
arma. Com o nome-código de projeto
Manhattan, o ultra prioritário programa do
Exército instalou os pesquisadores em um
laboratório na cidade de Los Alamos, no
Novo México, rigorosamente guardado e
com as saídas severamente restringidas.
Embora tenha envolvido pesquisa e
produção em treze locais diferentes, o
Projeto Manhattan foi largamente
desenvolvido em três cidades científicas
secretas que foram estabelecidas por poder
de domínio eminente: Hanford, em
Washington, Los Alamos, no Novo México e
Oak Ridge, no Tennessee.
Os militares dos EUA queriam se adiantar
aos alemães na criação dessa bomba, que
utilizaria a energia gerada a partir da
fissão nuclear do urânio e do plutônio.
Acredita-se que a carta enviada ao presidente
Franklin Roosevelt em agosto de 1939, assinada
por Albert Einstein mas em grande parte escrita
por Léo Szilard possa ter sido um marco decisivo
no início deste projeto. A carta alertava
Roosevelt que a Alemanha poderia já estar a
desenvolver esforços para controlar a utilização
da fissão nuclear na criação de bombas
atómicas, e sugeria que os Estados Unidos
deveriam iniciar pesquisas próprias nesse
sentido.
Oppenheimer promoveu um ambiente de
confiança e respeito mútuos que permitiu
um progresso espantoso e com uma
dedicação incansável manteve-se à frente
de todos os acontecimentos daquele esforço
complexo, mesmo prejudicando sua vida
particular. Em menos de dois anos e gastos
de US$ 2 bilhões, a primeira bomba
atômica da História estava pronta para ser
testada e os japoneses logo conheceriam
seu terrível poder de destruição.
O projeto trabalhou na concessão,
produção e detonação de três bombas
nucleares em 1945.
-A primeira (de teste) em 16 de Julho:
"Trinity", a primeira bomba nuclear do
mundo, perto de Alamogordo, Novo México.
-A segunda, a arma "Little Boy" ("Pequeno
Rapaz"), que detonou em 6 de Agosto sobre
a cidade de Hiroshima, Japão.
-A terceira, a arma "Fat Man" ("Homem
Gordo"), que detonou a 9 de Agosto sobre a
cidade de Nagasaki, Japão.
O bombardeamento das cidades
japonesas de Hiroshima e
Nagasaki pode ser considerado o
maior atentado terrorista da história
da humanidade, já que o objetivo do
governo e do exército dos Estados
Unidos era aterrorizar a população
japonesa e, assim, evitar uma invasão
ao país para por fim à guerra.
Em 06 de agosto de 1945, um bombardeiro B-29,
apelidado de Enola Gay, despejou uma bomba de
urânio (ironicamente chamada de “little boy”)
sobre a cidade de Hiroshima, que explodiu a 570
metros do solo. Formou-se uma imensa bola de
fogo no céu com uma temperatura de 300 mil
graus Celsius, gerando uma imensa nuvem de
fumaça na forma de cogumelo, que alcançou mais
de 18 km de altura. Estimativas indicam que mais
de 140 mil pessoas tenham morrido.
Três dias depois um novo alvo foi atingido. Sobre a
cidade de Nagasaki, outro bombardeiro B-29, o
Bockscar, despejou a “Fat Man”, uma bomba de
plutônio mais forte que a que havia explodido
sobre Hiroshima.
Hiroshima e Nagasaki
A invenção da bomba atômica foi
considerada o ponto mais alto da vitória
dos EUA sobre os seus inimigos, poupando
a vida de cerca de um milhão de soldados
que poderiam ter morrido em uma possível
invasão do Japão. Terminado o conflito,
Oppenheimer ainda um pouco
constrangido com as consequências de seu
invento, aceitou ser presidente da
Comissão de Energia Atômica (AEC),
tornando-se o mais influente conselheiro
sobre assuntos nucleares do governo e das
forças armadas.
Preocupado, Oppenheimer anunciou
publicamente sua oposição à nova
superbomba, passando a ser alvo de uma
investigação do FBI e da inveja de outros
cientistas, ávidos por desacreditá-lo. O
principal deles, Edward Teller, sonhando
chefiar o novo projeto, insinuou que
Oppenheimer teria feito amizade com
comunistas na década de 30 e tentara
influenciar os pesquisadores a não
trabalharem na bomba de hidrogênio.
Em 1954, J. Edgar Hoover, diretor do
FBI, apresentou um relatório à Casa
Branca no qual se apoiavam as
acusações de que Oppenheimer seria
um agente espião. Um processo
secreto foi aberto pela AEC.
O cientista não foi considerado
culpado de ter entregado segredos a
países estrangeiros, mas foi
destituído de sua função na AEC,
para satisfação pessoal de Teller.
Só quatro dias antes de morrer
Oppenheimer foi reabilitado perante a
opinião pública: em 22 de novembro
de 63, no mesmo dia que seria
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  • 1.
  • 2. O Criador da Bomba Atômica
  • 3. A história da descoberta de como liberar a energia nuclear, e sua aplicação para fazer bombas capazes de destruir, irradiar e queimar cidades inteiras, é a grande epopeia trágica do século XX. Na manhã de 6 de agosto de 1945, após a detonação da primeira bomba atômica em Hiroshima, o mundo descobriu estupefato, que o homem conseguira dominar o poder contido no interior do átomo para criar uma arma com capacidade de destruição além da imaginação. Tal feito devia-se em grande parte à inteligência e inspiração do físico J.Robert Oppenheimer, então com apenas 41 anos. Nascido em Nova York, filho de pais abastados de origem judaico- alemã, entrou para a Universidade de Harvard em 1922, graduando-se em Química com distinção três anos depois. A seguir viajou para a Europa, onde trabalhou com diversos físicos na elaboração de teorias que lhe trariam fama internacional, retornando aos EUA em 1929 para lecionar em universidades da Califórnia.
  • 4. Quando a Segunda Guerra estourou em 1939, os alemães já tinham conhecimento da fissão nuclear e o governo americano resolveu criar secretamente um grupo de cientistas, entre eles Edward Teller e Ernest Lawrence, coordenados por Oppenheimer, para desenvolver a nova arma. Com o nome-código de projeto Manhattan, o ultra prioritário programa do Exército instalou os pesquisadores em um laboratório na cidade de Los Alamos, no Novo México, rigorosamente guardado e com as saídas severamente restringidas.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Embora tenha envolvido pesquisa e produção em treze locais diferentes, o Projeto Manhattan foi largamente desenvolvido em três cidades científicas secretas que foram estabelecidas por poder de domínio eminente: Hanford, em Washington, Los Alamos, no Novo México e Oak Ridge, no Tennessee. Os militares dos EUA queriam se adiantar aos alemães na criação dessa bomba, que utilizaria a energia gerada a partir da fissão nuclear do urânio e do plutônio.
  • 9.
  • 10. Acredita-se que a carta enviada ao presidente Franklin Roosevelt em agosto de 1939, assinada por Albert Einstein mas em grande parte escrita por Léo Szilard possa ter sido um marco decisivo no início deste projeto. A carta alertava Roosevelt que a Alemanha poderia já estar a desenvolver esforços para controlar a utilização da fissão nuclear na criação de bombas atómicas, e sugeria que os Estados Unidos deveriam iniciar pesquisas próprias nesse sentido.
  • 11. Oppenheimer promoveu um ambiente de confiança e respeito mútuos que permitiu um progresso espantoso e com uma dedicação incansável manteve-se à frente de todos os acontecimentos daquele esforço complexo, mesmo prejudicando sua vida particular. Em menos de dois anos e gastos de US$ 2 bilhões, a primeira bomba atômica da História estava pronta para ser testada e os japoneses logo conheceriam seu terrível poder de destruição.
  • 12.
  • 13. O projeto trabalhou na concessão, produção e detonação de três bombas nucleares em 1945. -A primeira (de teste) em 16 de Julho: "Trinity", a primeira bomba nuclear do mundo, perto de Alamogordo, Novo México. -A segunda, a arma "Little Boy" ("Pequeno Rapaz"), que detonou em 6 de Agosto sobre a cidade de Hiroshima, Japão. -A terceira, a arma "Fat Man" ("Homem Gordo"), que detonou a 9 de Agosto sobre a cidade de Nagasaki, Japão.
  • 14.
  • 15. O bombardeamento das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki pode ser considerado o maior atentado terrorista da história da humanidade, já que o objetivo do governo e do exército dos Estados Unidos era aterrorizar a população japonesa e, assim, evitar uma invasão ao país para por fim à guerra.
  • 16. Em 06 de agosto de 1945, um bombardeiro B-29, apelidado de Enola Gay, despejou uma bomba de urânio (ironicamente chamada de “little boy”) sobre a cidade de Hiroshima, que explodiu a 570 metros do solo. Formou-se uma imensa bola de fogo no céu com uma temperatura de 300 mil graus Celsius, gerando uma imensa nuvem de fumaça na forma de cogumelo, que alcançou mais de 18 km de altura. Estimativas indicam que mais de 140 mil pessoas tenham morrido. Três dias depois um novo alvo foi atingido. Sobre a cidade de Nagasaki, outro bombardeiro B-29, o Bockscar, despejou a “Fat Man”, uma bomba de plutônio mais forte que a que havia explodido sobre Hiroshima.
  • 18.
  • 19.
  • 20. A invenção da bomba atômica foi considerada o ponto mais alto da vitória dos EUA sobre os seus inimigos, poupando a vida de cerca de um milhão de soldados que poderiam ter morrido em uma possível invasão do Japão. Terminado o conflito, Oppenheimer ainda um pouco constrangido com as consequências de seu invento, aceitou ser presidente da Comissão de Energia Atômica (AEC), tornando-se o mais influente conselheiro sobre assuntos nucleares do governo e das forças armadas.
  • 21. Preocupado, Oppenheimer anunciou publicamente sua oposição à nova superbomba, passando a ser alvo de uma investigação do FBI e da inveja de outros cientistas, ávidos por desacreditá-lo. O principal deles, Edward Teller, sonhando chefiar o novo projeto, insinuou que Oppenheimer teria feito amizade com comunistas na década de 30 e tentara influenciar os pesquisadores a não trabalharem na bomba de hidrogênio.
  • 22. Em 1954, J. Edgar Hoover, diretor do FBI, apresentou um relatório à Casa Branca no qual se apoiavam as acusações de que Oppenheimer seria um agente espião. Um processo secreto foi aberto pela AEC. O cientista não foi considerado culpado de ter entregado segredos a países estrangeiros, mas foi destituído de sua função na AEC, para satisfação pessoal de Teller.
  • 23. Só quatro dias antes de morrer Oppenheimer foi reabilitado perante a opinião pública: em 22 de novembro de 63, no mesmo dia que seria assassinado, o presidente John Kennedy anunciou que concederia o Prêmio Fermi ao físico, sendo a entrega feita por seu sucessor Lyndon Johnson. Julius Robert Oppenheimer morreu de câncer na garganta em 18 de fevereiro de 1967, aos 63 anos.