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Conservação
da Biodiversidade
em espaço urbano
MESTRADO EM CIDADANIA AMBIENTAL E PARTICIPAÇÃO
BIODIVERSIDADE, GEODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO
ANO LECTIVO 2017/2018
1
Mestrando: Marco Livramento
Docente: Prof.ª Doutora Paula Nicolau
Janeiro de 2018
Espaço urbano: a cidade
Regra geral, as cidades
nascem em áreas de
grande riqueza de
recursos naturais e de
grande produtividade,
onde confluem diversos
ecossistemas
(FAETH et al., 2011)
E onde existe uma
grande diversidade de
espécies biológicas,
garantindo, num
primeiro momento, um
fácil e rápido acesso às
matérias primas
necessárias
Mais do que um amontoado harmonioso e organizado (ou não) de
prédios e ruas onde vivem a grande maioria dos homens, as cidades são
o melhor exemplo da relação do homem com a Natureza e consigo
próprio.
Ao olharmos uma cidade, consegeuimos perceber, como, nos diferentes
casos, se deu a apropriação do espaço, que utilização é dada ao solo e
como se configura a paisagem onde o homem se insere, ao mesmo
tempo que conseguimos medir a pegada ecológica deixada pelo homem.
2
Espaço urbano: a cidade
Os processos
naturais dos
ecossistemas urbanos
não conseguem
acompanhar e
processar a elevada
quantidade de lixo
produzido nas
cidades
Embora apenas cerca de 3% do solo terrestre seja ocupado por áreas
urbanas, o impacto na biodiversidade dos habitats onde se implantam as
cidades é considerável.
A existência e manutenção das cidades implica a exploração de grandes
áreas naturais que não se limitam às suas fronteiras, sobretudo para
provimento de bens e serviços, mas também para tratamento e
reciclagem das elevadas quantidades de desperdício produzidas.
A exploração dos recursos naturais e o desrespeito pelos ecossistemas
nativos, associado à produção de resíduos e à emissão de gases, leva ao
aumento dos problemas ambientais no espaço urbano.
3
Homem, uma espécie urbana
Segundo Ban Ki-moon, então Secretário Geral das Nações Unidas, até 2050,
viverão nas cidades em todo o mundo cerca de 6,3 bilhões de pessoas. (SCDB,
2012).
Na Europa, estima-se que até 2020, 80% da sua população viva em áreas
urbanas (NOWAK et al., 2010). Substituem-se os espaços essencialmente rurais,
por outros predominantemente urbanos. Portugal não é excepção, tendo uma
população urbana superior a 50% da sua população total (FUKURA-PARR, 2004).
Com este crescimento das cidades, temos assistido à diminuição do contacto
directo com o ambiente natural, à medida que o homem se torna numa espécie
predominantemente urbana.
4
Biodiversidade urbana
5
A urbanização determinou a alteração, fragmentação, ou até mesmo a destruição
dos habitats naturais onde se implementaram as cidades, resultando na perda da
biodiversidade nativa (SANDSTRÖM et al., 2006; GORDON et al., 2009; ARONSON et
al., 2014).
Também consequência desta crescente urbanização, regista-se a homogeneização
da componente biótica, fortemente condicionada pela introdução de espécies
exóticas. As acções humanas são um dos grandes condicionante da biodiversidade
urbana.
Segundo MÜLLER (2010), a biodiversidade urbana compreende a riqueza específica
dos organismos, incluindo a variação genética, e a diversidade de habitats dentro
e nas zonas limítrofes das
áreas urbanas.
Biodiversidade
urbana
 Ao contrário do que se possa pensar, as cidades
possuem um grande número de habitats naturais,
embora com poucas espécies nativas.
 Numa dicotomia muito particular, a criação de
espaços urbanos resulta na redução do número de
espécies nativas.
 Em algumas cidades, regista-se uma redução de 92%
de espécies de aves e 75% de espécies de flora
(ARONSON et al., 2014).
 Todavia, as cidades criam e mantêm muitos
habitats que de outra forma não existiriam. Muitas
vezes, encontramos nesses habitats espécies nativas,
muitas das quais ameaçadas, e que têm ali um último
reduto (NIEMELÄ, 1999; GAIROLA E NORESAH, 2010;
ARONSON et al., 2014).
 Há autores que defendem que em muitas cidades se
verifica o Central Park Effect, em analogia ao elevado
número de espécies que se encontra no Central Park,
em Nova York (ARONSON et al., 2014)
6
Biodiversidade
urbana
Factores que contribuem para um aumento da
biodiversidade nas cidades:
 Abundância de alimento (nomeadamente os desperdícios
orgânicos);
 Ausência quase total de predadores (muitos deles
eliminados pelo próprio homem);
 Abundância de abrigos que se assumem como corredores
ecológicos, proporcionando, assim, um fluxo contínuo de
diversas espécies, tanto de fauna como de flora (ANGOLD
et al., 2006);
 Existência de microclimas, que proporcionam condições
climatéricas mais acolhedoras a nível local, com evidência
para a temperatura (em média, 1,5ºC acima dos valores
fora da cidade), fenómeno designado por “ilha de calor”
(NUNES, 2013; MADUREIRA, 2001).
7
Biodiversidade urbana
Por outro lado, factores há que contribuem
para uma diminuição da biodiversidade nas
cidades:
 Poluição [da água, que origina a alteração dos
ciclos da água e de nutrientes (BIERWAGEN,
2007); do ar, sobretudo com emissão de gases
poluentes como o dióxido de carbono (BRYANT,
2006)];
 Destruição dos habitats naturais: sobretudo
com a remoção da vegetação nativa e a
introdução de espécies exóticas (MCKINNEY,
2006). A sua degradação e fragmentação
também condicionam a biodiversidade
(FARINHA-MARQUES et al., 2011b);
 Degradação do solo: sobretudo pela sua
impermeabilização (FARINHA-MARQUES et al.,
2011b);
 Alteração dos processos ecológicos, com
consequente dispersão ou migração de espécies
(BIERWAGEN, 2007).
8
Consequências da urbanização
na biodiversidade
9
As consequências da
urbanização na biodiversidade
não são lineares, variando de
acordo com o grupo taxonómico
e as condições ambientais e
socioeconómicas.
Há, por exemplo, cidades que,
fruto da sua localização
particular em zonas de
transição ambiental (os
chamados ecótonos), se
assumem como verdadeiras
zonas relíquia.
Por outro lado, e segundos os
números revelados pela
Convenção para a Diversidade
Biológica, cerca de 10% dos
vertebrados terrestres
encontram-se em ecorregiões
que são fortemente afetadas
pela urbanização.
Consequências da urbanização
na biodiversidade
Como reagem as diferentes comunidades bióticas
ao processo de urbanização?
Comunidade vegetal: embora registe uma menor
diversidade biológica, apresenta-se com espécies
mais resistentes e adaptadas aos distúrbios causados
pelo homem. Além disso caracteriza-se por um
elevado número de espécies exóticas.
Comunidade de aves: com um menor número de
espécies, apresenta uma maior densidade
populacional. Ganham relevo as espécies
graminívoras, omnívoras e nidificantes em cavidades.
Comunidade de anfíbios: sofrem um decréscimo
acentuado devido à distribuição espacial de habitats
de água doce na matriz urbana.
Comunidade de artrópodes: sofrem uma diminuição
a todos os níveis, limitando-se a um pequeno número
de espécies dominantes, frequentemente exóticas,
invasoras e capazes de voo.
Comunidade de fungos (no solo): a sua diversidade
diminui com o aumento da urbanização.
Ecossistemas urbanos
11
Pese embora a maior ou menor diversidade biológica que se possa registar nos
diferentes habitats urbanos, é comum atribuirmos-lhes uma complexidade
assinalável, sendo todos eles, por norma, alvo de uma qualquer modificação. É
nesses ecossistemas que as espécies conseguem sobreviver, com destaque para
as zonas verdes (jardins ou parques, hortas urbanas), lagoas ou pequenos lagos,
ou até mesmo em edifícios (MCKINNEY, 2008).
De acordo com algumas teorias (cf. GILBERT, 1991 apud FARINHA-MARQUES et
al., 2011), os habitats urbanos podem ser encontrados em 4 zonas distintas:
 espaços verdes (grey structures) – superfícies impermeáveis, como estradas,
edifícios ou todos os outros tipos de construção;
 espaços cinzentos (green structures) – todas as superfícies onde é possível
plantar algo e onde o solo é permeável, como jardins e parques, hortas e outras
zonas agrícolas, encostas, montes, taludes das estradas, bermas dos caminhos,
etc.
 espaços azuis (blue structures) – todas as linhas de água, desde ribeiros,
levadas (canais), lagoas, etc.
 espaços castanhos (brown fields) – espaços que sendo ocupados por uma
qualquer estrutura permanente, se encontrem vagos, como áreas ajardinadas de
casas abandonadas, todas as zonas verdes abandonadas.
Serviços dos ecossistemas
12
Podemos apontar três grandes consequências da urbanização na
biodiversidade: o empobrecimento do solo e erosão; a desertificação e
as alteração climáticas.
A partir daqui, regista-se uma alteração da estrutura dinâmica das redes
tróficas e dos ecossistemas, colocando-se, por sua vez, em causa a
sustentabilidade dos serviços que os diferentes ecossistemas asseguram
ao homem.
Esses serviços dependem intimamente da manutenção da biodiversidade,
podendo estar em causa o bem-estar humano e a resiliência e a
sustentabilidade das zonas urbanas e das cidades (BACELAR-NICOLAU,
2015).
Que serviços são esses?
 Regulação do ciclo da água: por exemplo, as árvores intersectam a
chuva, e permitem assim a infiltração da água e mitigação das
escorrências;
 Regulação climática: os espaços verdes diminuem o efeito das ilhas de
calor e os eventos climáticos extremos;
 Diminuição da poluição sonora: a vegetação impede a propagação do
som;
 Remoção de CO2: aqui destaca-se o papel das áreas verdes e azuis;
 Purificação do ar: com a remoção de poluentes atmosféricos, a
produção de oxigénio e a filtração de poeiras;
 Provimento de alimento;
 Lazer e recreação: tenhamos em conta a importância da
biodiversidade urbana e dos espaços verdes para a saúde física e mental
das pessoas.
Índice de Biodiversidade Urbana
13
Vários são os instrumentos utilizados pelas diferentes comunidades, em diferentes
contextos, para demonstrar o seu desempenho ambiental, que pretendem que seja
sempre melhor, através de uma avaliação comparativa, assente num conjunto de
critérios métricos previamente definidos.
A verdade é que as cidades não se enquadram nos critérios de tamanho exigidos
pelas diferentes ferramentas de avaliação. Perante essa ‘falha’, os organismos
internacionais ligados ao ambiente criaram outros índices de medição, como é o
caso do Green City Index (2009) e, no ano seguinte, do Índice de Biodiversidade
Urbana (do inglês CBI – City Biodiversity Index), implementado pela Convenção de
Diversidade Biológica, no ano 2010, em Singapura (apresentado provisoriamente
em Nagoia, no mesmo ano).
O IBU é o indicador internacional utilizado para medir a biodiversidade urbana.
Índice de Biodiversidade Urbana
14
O IBU permite traçar um perfil dos espaços
urbanos, capacitando os decisores de
ferramentas e números que permitem a
implementação de políticas ambientais mais
adequadas aos pressupostos definidos
(METZEGER E CASATTI, 2004).
Preconizando uma gestão ambiental transversal,
são optimizados os recursos naturais disponíveis
em prol da sua sustentabilidade.
A biodiversidade é medida com base em 23
indicadores
Reconhecido que é o valor e a importância da
biodiversidade urbana, medida com índices
como o IBU, temos denotado a sua consideração
crescente nos estudos de planeamento dos
espaços urbanos, bem como na resiliência dos
mesmos.
Índice de Biodiversidade Urbana
15
Diferentes cidades, incluindo algumas portuguesas (veja-se, a título
meramente exemplificativo o caso de Lisboa), depois de feito o diagnóstico,
têm colocado em prática um Plano de Acção para a Biodiversidade,
garantindo a operacionalidade de um conjunto de iniciativas traçadas para
alcançar objetivos e metas transversais no contexto municipal (em alguns
casos adaptadas das ‘Metas de Aichi’), colocando a tónica na participação dos
cidadãos.
Conservação da
Biodiversidade Urbana
16
Dada a sua importância, urge
implementar planos desta natureza
que visem preservar a diversidade
biológica das cidades, conscientes do
dinamismo que lhe é característico
(em função do tempo e do espaço),
direccionando a acção para o mitigar
das causas que conduzem à sua perda,
ao mesmo tempo que se preconiza o
enriquecimento dos ecossistemas, dos
habitats.
Em alguns casos, a intervenção deverá
ser direccionada para o Homem e não
tanto para a Biodiversidade
propriamente dita, já que é nas
acções antropogénicas que residem os
grandes problemas que levam à
redução da diversidade biológica. Urge
sensibilizar, informar e agir.
Conservação da
Biodiversidade Urbana
17
A aposta na gestão urbana adequada passa, pois, por um planeamento e que garanta à
cidade resiliência e sustentabilidade, onde ganha destaque a presença obrigatória a
biodiversidade, evitando prejuízos a longo prazo (GÓMEZ-BAGGETHUM e BARTON,
2012).
Em cidades ‘just green enough’, os benefícios ecossistémicos dos diferentes espaços
verdes são abrangentes, promovendo a actividade física, o bem estar psicológico e a
saúde generalizada dos seus cidadãos, ao mesmo tempo que promovem a criação de
espaços urbanos esteticamente mais apelativos e paradoxalmente mais caros (WOLCH
et al., 2014). Os diferentes intervenientes da planificação dos espaços urbanos devem
procurar a sustentabilidade ecológica, mas também social (WU, 2014).
É com facilidade que notamos que a urbanização transforma diretamente o ambiente biofísico e condiciona a vida dos
diferentes organismos que integram os habitats preexistentes ou que venham a ser gerados, com implicações claras na
biodiversidade e nos serviços ecossitémicos. Essas implicações variam em função do padrão de urbanização implementado,
bem como de outros elementos que, mesmo condicionados pelas acções antropogénicas, não têm no homem o seu causador
directo.
Dado o avanço da urbanização não podemos limitar a preservação da biodiversidade à conservação e protecção dos chamados
'ecossitemas naturais' (ou anteriores, quando olhamos para as cidades). É fundamental tentar incutir a mesma atitude nos
ecossistemas urbanos, prevendo a dinâmica dos sistemas ecológicos com os sistemas sociais.
Num 'outro lado da moeda', não podemos deixar de notar as novas espécies potenciadas com a criação de nossos habitats
urbanos, muitas delas com evoluíram respostas adaptativas singulares, e em muitos casos prestam um serviço ecossistémico
fundamental para a saúde da zona urbana onde se inserem.
A sustentabilidade passa por encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e preservação da diversidade biológica
do Planeta, num cenário onde os governantes e os decisores locais têm um papel importante a desempenhar, bem como o
simples cidadão que é o motor de qualquer Plano de Acção para a Biodiversidade que se possa implementar.
E o futuro?E o futuro?
Bibliografia
ANGOLD, P. G., J. P. SADLER, M. O. HILL, A. PULLIN, S. RUSHTON, K. AUSTIN, E. SMALL, B. WOOD, R. WADSWORTH, R. SANDERSON &
K. THOMPSON (2006). "Biodiversity in urban habitat patches". The Science of the total environment, 360(1-3). pp. 196–204.
ARONSON, Mila F. J., Frank A. LA SORTE, C. H. NILON, M. KATTI, M. A. GODDARD, C. A. LEPCZYK, P. S. WARREN, N. S. G. WILLIAMS, S.
CILLIERS, B. CLARKSON, C. DOBBS, R. DOLAN, M. HEDBLOM, S. KLOTZ, J. L. KOOIJMANS, I. KUHN, I. MACGREGOR-FORS, M.
MCDONNELL, U. MORTBERG, P. PYSEK, S. SIEBERT, J. SUSHINSKY, P. WERNER, & M . WINTER (2014). "A global analysis of the impacts of
urbanization on bird and plant diversity reveals key anthropogenic drivers". Proc R Soc B. 281. Consultado na Internet em
http://dx.doi.org/10.1098/rspb.2013.3330 a 22/01/2018
BACELAR-NICOLAU, Paula (2015). Biodiversidade em espaço urbano. [Vídeo]
FAETH, Stanley H., Christofer BANG & Suanna SAARI (2011). "Urban biodiversity: patterns and mechanisms". In. Annals of the New York
Academy of Sciences, 1223. pp. 69-81.
FARINHA-MARQUES, P., J. M. LAMEIRAS, C. FERNANDES, S. SILVA & F. GUILHERME (2011). "Urban biodiversity: a review of current
concepts and concepts and contributions to multidisciplinary approaches". In. Innovation-The European Journal of Social Science
Research, 24 (3). pp. 247-271.
FUKUDA-PARR, S. (2004). Human Development Report. Cultural liberty in today’s diverse world.
GAIROLA, S. & M. S. NORESAH (2010). "Emerging trend of urban green space research and the implications for safeguarding
biodiversity: a viewpoint". Nature and science, 8, pp. 43-49.
GOMEZ-BAGGETHUN, E. & D.N. BARTON (2013). "Classifying and valuing ecosystem services for urban planning", In. Ecological
economics, 86. pp. 235-245.
GORDON, A., D. SIMONDSON, M. WHITE, A. MOILANEN & S. A. BEKESSY (2009). "Integrating conservation planning and landuse planning
in urban landscapes". Landscape and Urban Planning, 91(4). pp. 183–194.
MADUREIRA, H. (2001). Processos de transformação da estrutura verde do Porto.
MÜLLER, N. (2010). Preface. In MÜLLER, N., P. WERNER & J. G. KELCEY (eds.) (2010). Urban biodiversity and design. Oxford: Wiley-
Blackwell.
NIEMALÄ, Jari (2014). "Ecology of urban green spaces: The way forward in answering major research questions". In. Landscape and
Urban Planning, 125. pp. 298-303.
NOWAK, D. J., S. M. STEIN, P. B.RANDLER, E. J. GREENFIFIELD, S. J. COMAS, M. A. CARR, & R. J. ALIG (2010). Sustaining America’s
Urban Trees and Forests. A Forests on the Edge Report.
NUNES, Manuel & Jorge NUNES (2013). Fauna Urbana – a vida selvagem à nossa porta. Consultado na Internet em
http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=2&cid=90130&bl=1&viewall=true a 22/01/2018.
SANDSTRӦM, U. G., P. ANGELSTAM, & A. KHAKEE (2006). "Urban comprehensive planning – identifying barriers for the maintenance of
functional habitat networks". Landscapeand urban planning, 75. pp. 43-57.
SECRETARIAT OF THE CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (SCBD) (2012). Panorama da Biodiversidade nas Cidades. Acções e
Políticas.
WU, Jianguo (2014). "Urban ecology and sustainability: The state-of-the-science and future directions", Landscape and Urban Planning,
125: 209-221.
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Biodiversidade espaço urbano marco livramento

  • 1. Conservação da Biodiversidade em espaço urbano MESTRADO EM CIDADANIA AMBIENTAL E PARTICIPAÇÃO BIODIVERSIDADE, GEODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO ANO LECTIVO 2017/2018 1 Mestrando: Marco Livramento Docente: Prof.ª Doutora Paula Nicolau Janeiro de 2018
  • 2. Espaço urbano: a cidade Regra geral, as cidades nascem em áreas de grande riqueza de recursos naturais e de grande produtividade, onde confluem diversos ecossistemas (FAETH et al., 2011) E onde existe uma grande diversidade de espécies biológicas, garantindo, num primeiro momento, um fácil e rápido acesso às matérias primas necessárias Mais do que um amontoado harmonioso e organizado (ou não) de prédios e ruas onde vivem a grande maioria dos homens, as cidades são o melhor exemplo da relação do homem com a Natureza e consigo próprio. Ao olharmos uma cidade, consegeuimos perceber, como, nos diferentes casos, se deu a apropriação do espaço, que utilização é dada ao solo e como se configura a paisagem onde o homem se insere, ao mesmo tempo que conseguimos medir a pegada ecológica deixada pelo homem. 2
  • 3. Espaço urbano: a cidade Os processos naturais dos ecossistemas urbanos não conseguem acompanhar e processar a elevada quantidade de lixo produzido nas cidades Embora apenas cerca de 3% do solo terrestre seja ocupado por áreas urbanas, o impacto na biodiversidade dos habitats onde se implantam as cidades é considerável. A existência e manutenção das cidades implica a exploração de grandes áreas naturais que não se limitam às suas fronteiras, sobretudo para provimento de bens e serviços, mas também para tratamento e reciclagem das elevadas quantidades de desperdício produzidas. A exploração dos recursos naturais e o desrespeito pelos ecossistemas nativos, associado à produção de resíduos e à emissão de gases, leva ao aumento dos problemas ambientais no espaço urbano. 3
  • 4. Homem, uma espécie urbana Segundo Ban Ki-moon, então Secretário Geral das Nações Unidas, até 2050, viverão nas cidades em todo o mundo cerca de 6,3 bilhões de pessoas. (SCDB, 2012). Na Europa, estima-se que até 2020, 80% da sua população viva em áreas urbanas (NOWAK et al., 2010). Substituem-se os espaços essencialmente rurais, por outros predominantemente urbanos. Portugal não é excepção, tendo uma população urbana superior a 50% da sua população total (FUKURA-PARR, 2004). Com este crescimento das cidades, temos assistido à diminuição do contacto directo com o ambiente natural, à medida que o homem se torna numa espécie predominantemente urbana. 4
  • 5. Biodiversidade urbana 5 A urbanização determinou a alteração, fragmentação, ou até mesmo a destruição dos habitats naturais onde se implementaram as cidades, resultando na perda da biodiversidade nativa (SANDSTRÖM et al., 2006; GORDON et al., 2009; ARONSON et al., 2014). Também consequência desta crescente urbanização, regista-se a homogeneização da componente biótica, fortemente condicionada pela introdução de espécies exóticas. As acções humanas são um dos grandes condicionante da biodiversidade urbana. Segundo MÜLLER (2010), a biodiversidade urbana compreende a riqueza específica dos organismos, incluindo a variação genética, e a diversidade de habitats dentro e nas zonas limítrofes das áreas urbanas.
  • 6. Biodiversidade urbana  Ao contrário do que se possa pensar, as cidades possuem um grande número de habitats naturais, embora com poucas espécies nativas.  Numa dicotomia muito particular, a criação de espaços urbanos resulta na redução do número de espécies nativas.  Em algumas cidades, regista-se uma redução de 92% de espécies de aves e 75% de espécies de flora (ARONSON et al., 2014).  Todavia, as cidades criam e mantêm muitos habitats que de outra forma não existiriam. Muitas vezes, encontramos nesses habitats espécies nativas, muitas das quais ameaçadas, e que têm ali um último reduto (NIEMELÄ, 1999; GAIROLA E NORESAH, 2010; ARONSON et al., 2014).  Há autores que defendem que em muitas cidades se verifica o Central Park Effect, em analogia ao elevado número de espécies que se encontra no Central Park, em Nova York (ARONSON et al., 2014) 6
  • 7. Biodiversidade urbana Factores que contribuem para um aumento da biodiversidade nas cidades:  Abundância de alimento (nomeadamente os desperdícios orgânicos);  Ausência quase total de predadores (muitos deles eliminados pelo próprio homem);  Abundância de abrigos que se assumem como corredores ecológicos, proporcionando, assim, um fluxo contínuo de diversas espécies, tanto de fauna como de flora (ANGOLD et al., 2006);  Existência de microclimas, que proporcionam condições climatéricas mais acolhedoras a nível local, com evidência para a temperatura (em média, 1,5ºC acima dos valores fora da cidade), fenómeno designado por “ilha de calor” (NUNES, 2013; MADUREIRA, 2001). 7
  • 8. Biodiversidade urbana Por outro lado, factores há que contribuem para uma diminuição da biodiversidade nas cidades:  Poluição [da água, que origina a alteração dos ciclos da água e de nutrientes (BIERWAGEN, 2007); do ar, sobretudo com emissão de gases poluentes como o dióxido de carbono (BRYANT, 2006)];  Destruição dos habitats naturais: sobretudo com a remoção da vegetação nativa e a introdução de espécies exóticas (MCKINNEY, 2006). A sua degradação e fragmentação também condicionam a biodiversidade (FARINHA-MARQUES et al., 2011b);  Degradação do solo: sobretudo pela sua impermeabilização (FARINHA-MARQUES et al., 2011b);  Alteração dos processos ecológicos, com consequente dispersão ou migração de espécies (BIERWAGEN, 2007). 8
  • 9. Consequências da urbanização na biodiversidade 9 As consequências da urbanização na biodiversidade não são lineares, variando de acordo com o grupo taxonómico e as condições ambientais e socioeconómicas. Há, por exemplo, cidades que, fruto da sua localização particular em zonas de transição ambiental (os chamados ecótonos), se assumem como verdadeiras zonas relíquia. Por outro lado, e segundos os números revelados pela Convenção para a Diversidade Biológica, cerca de 10% dos vertebrados terrestres encontram-se em ecorregiões que são fortemente afetadas pela urbanização.
  • 10. Consequências da urbanização na biodiversidade Como reagem as diferentes comunidades bióticas ao processo de urbanização? Comunidade vegetal: embora registe uma menor diversidade biológica, apresenta-se com espécies mais resistentes e adaptadas aos distúrbios causados pelo homem. Além disso caracteriza-se por um elevado número de espécies exóticas. Comunidade de aves: com um menor número de espécies, apresenta uma maior densidade populacional. Ganham relevo as espécies graminívoras, omnívoras e nidificantes em cavidades. Comunidade de anfíbios: sofrem um decréscimo acentuado devido à distribuição espacial de habitats de água doce na matriz urbana. Comunidade de artrópodes: sofrem uma diminuição a todos os níveis, limitando-se a um pequeno número de espécies dominantes, frequentemente exóticas, invasoras e capazes de voo. Comunidade de fungos (no solo): a sua diversidade diminui com o aumento da urbanização.
  • 11. Ecossistemas urbanos 11 Pese embora a maior ou menor diversidade biológica que se possa registar nos diferentes habitats urbanos, é comum atribuirmos-lhes uma complexidade assinalável, sendo todos eles, por norma, alvo de uma qualquer modificação. É nesses ecossistemas que as espécies conseguem sobreviver, com destaque para as zonas verdes (jardins ou parques, hortas urbanas), lagoas ou pequenos lagos, ou até mesmo em edifícios (MCKINNEY, 2008). De acordo com algumas teorias (cf. GILBERT, 1991 apud FARINHA-MARQUES et al., 2011), os habitats urbanos podem ser encontrados em 4 zonas distintas:  espaços verdes (grey structures) – superfícies impermeáveis, como estradas, edifícios ou todos os outros tipos de construção;  espaços cinzentos (green structures) – todas as superfícies onde é possível plantar algo e onde o solo é permeável, como jardins e parques, hortas e outras zonas agrícolas, encostas, montes, taludes das estradas, bermas dos caminhos, etc.  espaços azuis (blue structures) – todas as linhas de água, desde ribeiros, levadas (canais), lagoas, etc.  espaços castanhos (brown fields) – espaços que sendo ocupados por uma qualquer estrutura permanente, se encontrem vagos, como áreas ajardinadas de casas abandonadas, todas as zonas verdes abandonadas.
  • 12. Serviços dos ecossistemas 12 Podemos apontar três grandes consequências da urbanização na biodiversidade: o empobrecimento do solo e erosão; a desertificação e as alteração climáticas. A partir daqui, regista-se uma alteração da estrutura dinâmica das redes tróficas e dos ecossistemas, colocando-se, por sua vez, em causa a sustentabilidade dos serviços que os diferentes ecossistemas asseguram ao homem. Esses serviços dependem intimamente da manutenção da biodiversidade, podendo estar em causa o bem-estar humano e a resiliência e a sustentabilidade das zonas urbanas e das cidades (BACELAR-NICOLAU, 2015). Que serviços são esses?  Regulação do ciclo da água: por exemplo, as árvores intersectam a chuva, e permitem assim a infiltração da água e mitigação das escorrências;  Regulação climática: os espaços verdes diminuem o efeito das ilhas de calor e os eventos climáticos extremos;  Diminuição da poluição sonora: a vegetação impede a propagação do som;  Remoção de CO2: aqui destaca-se o papel das áreas verdes e azuis;  Purificação do ar: com a remoção de poluentes atmosféricos, a produção de oxigénio e a filtração de poeiras;  Provimento de alimento;  Lazer e recreação: tenhamos em conta a importância da biodiversidade urbana e dos espaços verdes para a saúde física e mental das pessoas.
  • 13. Índice de Biodiversidade Urbana 13 Vários são os instrumentos utilizados pelas diferentes comunidades, em diferentes contextos, para demonstrar o seu desempenho ambiental, que pretendem que seja sempre melhor, através de uma avaliação comparativa, assente num conjunto de critérios métricos previamente definidos. A verdade é que as cidades não se enquadram nos critérios de tamanho exigidos pelas diferentes ferramentas de avaliação. Perante essa ‘falha’, os organismos internacionais ligados ao ambiente criaram outros índices de medição, como é o caso do Green City Index (2009) e, no ano seguinte, do Índice de Biodiversidade Urbana (do inglês CBI – City Biodiversity Index), implementado pela Convenção de Diversidade Biológica, no ano 2010, em Singapura (apresentado provisoriamente em Nagoia, no mesmo ano). O IBU é o indicador internacional utilizado para medir a biodiversidade urbana.
  • 14. Índice de Biodiversidade Urbana 14 O IBU permite traçar um perfil dos espaços urbanos, capacitando os decisores de ferramentas e números que permitem a implementação de políticas ambientais mais adequadas aos pressupostos definidos (METZEGER E CASATTI, 2004). Preconizando uma gestão ambiental transversal, são optimizados os recursos naturais disponíveis em prol da sua sustentabilidade. A biodiversidade é medida com base em 23 indicadores Reconhecido que é o valor e a importância da biodiversidade urbana, medida com índices como o IBU, temos denotado a sua consideração crescente nos estudos de planeamento dos espaços urbanos, bem como na resiliência dos mesmos.
  • 15. Índice de Biodiversidade Urbana 15 Diferentes cidades, incluindo algumas portuguesas (veja-se, a título meramente exemplificativo o caso de Lisboa), depois de feito o diagnóstico, têm colocado em prática um Plano de Acção para a Biodiversidade, garantindo a operacionalidade de um conjunto de iniciativas traçadas para alcançar objetivos e metas transversais no contexto municipal (em alguns casos adaptadas das ‘Metas de Aichi’), colocando a tónica na participação dos cidadãos.
  • 16. Conservação da Biodiversidade Urbana 16 Dada a sua importância, urge implementar planos desta natureza que visem preservar a diversidade biológica das cidades, conscientes do dinamismo que lhe é característico (em função do tempo e do espaço), direccionando a acção para o mitigar das causas que conduzem à sua perda, ao mesmo tempo que se preconiza o enriquecimento dos ecossistemas, dos habitats. Em alguns casos, a intervenção deverá ser direccionada para o Homem e não tanto para a Biodiversidade propriamente dita, já que é nas acções antropogénicas que residem os grandes problemas que levam à redução da diversidade biológica. Urge sensibilizar, informar e agir.
  • 17. Conservação da Biodiversidade Urbana 17 A aposta na gestão urbana adequada passa, pois, por um planeamento e que garanta à cidade resiliência e sustentabilidade, onde ganha destaque a presença obrigatória a biodiversidade, evitando prejuízos a longo prazo (GÓMEZ-BAGGETHUM e BARTON, 2012). Em cidades ‘just green enough’, os benefícios ecossistémicos dos diferentes espaços verdes são abrangentes, promovendo a actividade física, o bem estar psicológico e a saúde generalizada dos seus cidadãos, ao mesmo tempo que promovem a criação de espaços urbanos esteticamente mais apelativos e paradoxalmente mais caros (WOLCH et al., 2014). Os diferentes intervenientes da planificação dos espaços urbanos devem procurar a sustentabilidade ecológica, mas também social (WU, 2014).
  • 18. É com facilidade que notamos que a urbanização transforma diretamente o ambiente biofísico e condiciona a vida dos diferentes organismos que integram os habitats preexistentes ou que venham a ser gerados, com implicações claras na biodiversidade e nos serviços ecossitémicos. Essas implicações variam em função do padrão de urbanização implementado, bem como de outros elementos que, mesmo condicionados pelas acções antropogénicas, não têm no homem o seu causador directo. Dado o avanço da urbanização não podemos limitar a preservação da biodiversidade à conservação e protecção dos chamados 'ecossitemas naturais' (ou anteriores, quando olhamos para as cidades). É fundamental tentar incutir a mesma atitude nos ecossistemas urbanos, prevendo a dinâmica dos sistemas ecológicos com os sistemas sociais. Num 'outro lado da moeda', não podemos deixar de notar as novas espécies potenciadas com a criação de nossos habitats urbanos, muitas delas com evoluíram respostas adaptativas singulares, e em muitos casos prestam um serviço ecossistémico fundamental para a saúde da zona urbana onde se inserem. A sustentabilidade passa por encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e preservação da diversidade biológica do Planeta, num cenário onde os governantes e os decisores locais têm um papel importante a desempenhar, bem como o simples cidadão que é o motor de qualquer Plano de Acção para a Biodiversidade que se possa implementar. E o futuro?E o futuro?
  • 19. Bibliografia ANGOLD, P. G., J. P. SADLER, M. O. HILL, A. PULLIN, S. RUSHTON, K. AUSTIN, E. SMALL, B. WOOD, R. WADSWORTH, R. SANDERSON & K. THOMPSON (2006). "Biodiversity in urban habitat patches". The Science of the total environment, 360(1-3). pp. 196–204. ARONSON, Mila F. J., Frank A. LA SORTE, C. H. NILON, M. KATTI, M. A. GODDARD, C. A. LEPCZYK, P. S. WARREN, N. S. G. WILLIAMS, S. CILLIERS, B. CLARKSON, C. DOBBS, R. DOLAN, M. HEDBLOM, S. KLOTZ, J. L. KOOIJMANS, I. KUHN, I. MACGREGOR-FORS, M. MCDONNELL, U. MORTBERG, P. PYSEK, S. SIEBERT, J. SUSHINSKY, P. WERNER, & M . WINTER (2014). "A global analysis of the impacts of urbanization on bird and plant diversity reveals key anthropogenic drivers". Proc R Soc B. 281. Consultado na Internet em http://dx.doi.org/10.1098/rspb.2013.3330 a 22/01/2018 BACELAR-NICOLAU, Paula (2015). Biodiversidade em espaço urbano. [Vídeo] FAETH, Stanley H., Christofer BANG & Suanna SAARI (2011). "Urban biodiversity: patterns and mechanisms". In. Annals of the New York Academy of Sciences, 1223. pp. 69-81. FARINHA-MARQUES, P., J. M. LAMEIRAS, C. FERNANDES, S. SILVA & F. GUILHERME (2011). "Urban biodiversity: a review of current concepts and concepts and contributions to multidisciplinary approaches". In. Innovation-The European Journal of Social Science Research, 24 (3). pp. 247-271. FUKUDA-PARR, S. (2004). Human Development Report. Cultural liberty in today’s diverse world. GAIROLA, S. & M. S. NORESAH (2010). "Emerging trend of urban green space research and the implications for safeguarding biodiversity: a viewpoint". Nature and science, 8, pp. 43-49. GOMEZ-BAGGETHUN, E. & D.N. BARTON (2013). "Classifying and valuing ecosystem services for urban planning", In. Ecological economics, 86. pp. 235-245. GORDON, A., D. SIMONDSON, M. WHITE, A. MOILANEN & S. A. BEKESSY (2009). "Integrating conservation planning and landuse planning in urban landscapes". Landscape and Urban Planning, 91(4). pp. 183–194. MADUREIRA, H. (2001). Processos de transformação da estrutura verde do Porto. MÜLLER, N. (2010). Preface. In MÜLLER, N., P. WERNER & J. G. KELCEY (eds.) (2010). Urban biodiversity and design. Oxford: Wiley- Blackwell. NIEMALÄ, Jari (2014). "Ecology of urban green spaces: The way forward in answering major research questions". In. Landscape and Urban Planning, 125. pp. 298-303. NOWAK, D. J., S. M. STEIN, P. B.RANDLER, E. J. GREENFIFIELD, S. J. COMAS, M. A. CARR, & R. J. ALIG (2010). Sustaining America’s Urban Trees and Forests. A Forests on the Edge Report. NUNES, Manuel & Jorge NUNES (2013). Fauna Urbana – a vida selvagem à nossa porta. Consultado na Internet em http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=2&cid=90130&bl=1&viewall=true a 22/01/2018. SANDSTRӦM, U. G., P. ANGELSTAM, & A. KHAKEE (2006). "Urban comprehensive planning – identifying barriers for the maintenance of functional habitat networks". Landscapeand urban planning, 75. pp. 43-57. SECRETARIAT OF THE CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (SCBD) (2012). Panorama da Biodiversidade nas Cidades. Acções e Políticas. WU, Jianguo (2014). "Urban ecology and sustainability: The state-of-the-science and future directions", Landscape and Urban Planning, 125: 209-221. 19